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PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TURISMO II UNIDADE 4 – CRIAÇÃO E GESTÃO DOS ATRATIVOS Autora: Andreza Vidinha de Paula Revisora: Sandra Dalila Corbari INICIAR Introdução Os turistas ou visitantes podem ser atraídos pelos recursos naturais ou culturais que o destino oferta. Lugares com belezas cênicas ou destinos ricos arquitetonicamente. O modo de vida, a gastronomia, os costumes, todos os elementos que compõem a cultura local são atrativos para o público consumidor. Aprenderemos, ao longo deste e-book, que a existência de um recurso natural ou cultural não significa a formatação de um atrativo turístico. Para isso, é necessário garantir que a demanda chegue até a oferta, proporcionando condições necessárias em infraestrutura e serviços turísticos. “[...] os recursos em sua forma original não são mais do que a matéria-prima dos futuros atrativos” (OMT, 2001, p. 121, tradução livre). Dessa forma, sem a intervenção humana que garanta a consolidação do atrativo, ele se limita a um atrativo potencial ou recurso turístico. Durante a permanência no destino, todos os serviços e equipamentos precisam estar à disposição do público consumidor para que sua experiência seja de qualidade. Os elementos precisam estar alinhados a uma gestão que respeite a identidade local, ao mesmo tempo que se adeque às exigências do mercado. 4.1 A criação de atrativos turísticos Atrativos são recursos naturais e culturais colocados à disposição do público consumidor em formato de negócio. Segundo o Ministério do Turismo, o atrativo pode ser definido como: Atrativos turísticos são locais, objetos, equipamentos, pessoas, fenômenos, eventos ou manifestações capazes de motivar o deslocamento de pessoas para conhecê-los. Podem ser: naturais; culturais; atividades econômicas; realizações técnicas, científicas e artísticas; eventos programados (BRASIL, 2007, p. 27). Na medida em que os recursos são administrados como negócio, deve-se obrigatoriamente ofertar as condições necessárias para a receptividade de seus consumidores e seguir as especificações para oferta e comercialização. O atrativo turístico pode ser classificado em natural e cultural, segundo as características elencadas no Quadro 1. Quadro 1 – Classificação dos atrativos turísticos segundo o Ministério do Turismo CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO EXEMPLOS Atrativo turístico natural Elementos da natureza que, ao serem utilizados para fins turísticos, passam a atrair fluxos turísticos. Montanhas, rios, ilhas, praias, dunas, cavernas, cachoeiras, clima, fauna, flora etc. Atrativo cultural Elementos da cultura que, ao serem utilizados para fins turísticos, passam a atrair fluxo turístico. São os bens e valores culturais de natureza material e imaterial produzidos pelo homem e apropriados pelo turismo, da pré-história à época atual, como testemunhos de uma cultura. Artesanato, gastronomia, museus, festas e celebrações, manifestações artísticas etc. Atividades econômicas Atividades produtivas capazes de motivar a visitação turística e propiciar a utilização de serviços e equipamentos turísticos. Fabricação de cristais, agropecuária, extrativismo etc. Realizações técnicas, científicas e artísticas Obras, instalações, organizações, atividades de pesquisa de qualquer época que, por suas características, são capazes de motivar o interesse do turista e, com isso, propiciar a utilização de serviços e equipamentos turísticos. Museus naturais, observatórios, aquários etc. Eventos programados Eventos que concentram pessoas para tratar ou debater assuntos de interesse comum e negociar ou expor produtos e serviços; podem ser de natureza comercial, profissional, técnica, científica, cultural, política, religiosa, turística, entre outras, com datas e locais previamente estabelecidos. Esses eventos propiciam a utilização de serviços e equipamentos turísticos. Feiras, congressos, shows, seminários etc. Fonte: Brasil, 2007, pp. 27-28. Os atrativos são responsáveis por motivar consumidores potenciais e atrair fluxos turísticos. Eles possuem grande influência sobre a tomada de decisão do público consumidor, sendo o principal motivador para o deslocamento e responsável por atrair a demanda turística. Além disso, têm capacidade de impulsionar um fluxo constante de visitantes que podem, ou não, retornar ao destino, a depender de uma série de fatores, incluindo a experiência com a viagem. A experiência completa do turista é composta por todos os serviços e produtos consumidos e pelos equipamentos turísticos colocados à sua disposição. Aprendemos nas unidades anteriores que o atrativo por si não consegue fidelizar o público consumidor. Ele é responsável apenas por impulsionar o deslocamento da demanda turística, mas necessita apoio. O apoio turístico corrobora para a recepção do público e para proporcionar conforto e segurança ao visitante. O turista poderá ter como objetivo desfrutar de belas paisagens ou visitar patrimônios culturais, mas também precisará de hospedagem, transporte, alimentação, agenciamento, dentre outros serviços, e a qualidade da experiência depende da organização da oferta de todos esses serviços e da infraestrutura colocada a sua disposição. Isso quer dizer que dispor de um recurso natural ou cultural não garante a atratividade do destino. É preciso obter condições básicas que sustentem a qualidade da experiência durante a permanência do turista, com serviços e equipamentos turísticos que proporcionem o encontro da oferta com a demanda, ou seja, levar o público consumidor até o atrativo e tornar sua experiência a mais agradável possível, para que esse público retorne e, consequentemente, se garanta a promoção do marketing positivo. Quanto à definição do atrativo natural, segundo Castro e Mendonça: O recurso/atrativo natural são fatores primordiais da natureza, assim como a fauna e a fora, em relação a característica física da paisagem de uma localidade devem ser levadas em consideração como: as planícies, montanhas, rochedos, grutas, nascentes de águas, riachos, cachoeiras, rios, lagos, praias e ilhas, entre outros (CASTRO; MENDONÇA, 2010, p.4). Os atrativos podem ser categorizados como local, regional, nacional e internacional. No entanto, esse tipo de classificação dependerá da ótica e localização do público com o atrativo. A hierarquização citada por Ruschmann (1997, p. 143) e utilizada como metodologia de estudo criada pelo Centro Interamericano de Capacitação Turística (Cicatur) estabelece os indicadores mencionados no Quadro 2. Quadro 2 – Desenvolvimento do potencial de um atrativo turístico HIERARQUIA CARACTERÍSTICAS 3 (Alto) Atração excepcional, significativa para o mercado turístico internacional e capaz de, por si só, motivar uma importante corrente de turistas. 2 (Médio) Atração com aspectos excepcionais em um país, capaz de motivar uma corrente de turistas nacionais ou estrangeiros por si só ou em conjunto com outros atrativos. 1 (Baixo) Atração com alguns aspectos chamativos, capaz de interessar aos turistas que vieram de longe para a região por outras motivações turísticas ou capaz de motivar correntes turísticas locais. 0 (Nenhum) Atração sem méritos suficientes para ser incluída nas hierarquias anteriores, que, porém, faz parte do patrimônio turístico que pode completar outros de maior interesse no desenvolvimento de complexos turísticos. Fonte: Brasil, 2007, p. 46. (Adaptado). » Atrativo natural local: Encontros das Águas Trata-se de um fenômeno hidrológico formado pelo encontro dos rios Negro e Solimões, no estado do Amazonas. Devido à composição química e temperatura das águas, elas não se misturam, tornando visível a separação entre os dois rios. Esse atrativo natural se tornou um dos principais cartões postais de Manaus, atraindo um grande fluxo turístico para deslumbrar-se com essa pintura viva. Figura 1 – Encontro das águas em Manaus. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/08/2020. O setor de agenciamento turístico de Manaus criou uma diversidade de roteiros que apresentam o encontro das águas como principal atrativo. Assim, os roteiros ganharam infraestruturade transporte e pontos de parada com alimentação, hospedagem e artesanato ofertados pelas comunidades próximas. O recurso natural ganhou condições de comercialização e se tornou um atrativo turístico, movimentando o mercado turístico da região, gerando emprego e renda para a população local. Do ponto de vista da população amazonense, ele é considerado um atrativo local. No entanto, sua classificação pode ser flexibilizada, uma vez que tem recebido diversos visitantes, podendo ser considerado um atrativo internacional para os turistas que moram fora do Brasil. » Atrativo natural regional: Cachoeiras A 130 km da cidade de Manaus, na BR-174, no município de Presidente Figueiredo e na BR-240 da estrada de Balbina, há um complexo de cachoeiras que representa um tipo de atrativo natural regional. Foram catalogadas mais de 100 cachoeiras e corredeiras de diversos tamanhos e formatos. Os visitantes são atraídos para a região pelo paraíso ecológico e pela farta oferta de atividades junto à natureza, como banhos, selva, grutas, cavernas e diferentes tipos de quedas d’água que viabilizam a prática de esportes radicais e de aventura. Figura 2 – Presidente Figueiredo fotografado por Embratur. Fonte: GURGEL, 2016. » Atrativo natural nacional: Cataratas do Iguaçu O Parque Nacional do Iguaçu abriga as Cataratas do Iguaçu, reconhecidas como uma das sete maravilhas da natureza. Localizada a 17 km do centro da cidade de Foz do Iguaçu, conta com infraestrutura necessária para atender os visitantes com qualidade. Figura 3 – Parque nacional do Iguaçu. Fonte: RIZZI, C apud ICMBio, 2020. » Atrativo natural internacional: Parque natural do Douro internacional (PNDI) O atrativo natural constitui a fronteira entre Portugal e Espanha e o Águeda, um rio afluente do Douro. Perpassa áreas dos municípios Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo. Os visitantes podem contemplar um cenário deslumbrante, com vários miradouros ao longo do rio. Além da maravilhosa paisagem, a experiência pode ser completada com uma alimentação natural deliciosa e receptividade simpática dos moradores locais. História, cultura e natureza fazem parte da atratividade do lugar. Figura 4 – Parque natural do Douro internacional. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/08/2020. Os atrativos culturais também podem ser categorizados como local, regional, nacional e internacional. Segundo o Ministério do Turismo (2010, p. 34), “são considerados atrativos os bens do patrimônio cultural e suas formas de expressão, criados para sua preservação e interpretação”. Além disso: Todos os atrativos culturais podem se transformar em produtos do Turismo Cultural. Nem tudo tem o mesmo poder de atração e não há nada que atraia todos os públicos, o que exige um cuidadoso trabalho de marketing para direcionar corretamente o produto aos seus respectivos mercados; mas com criatividade, sensibilidade, conhecimento e capacidade empreendedora é possível agregar valor e ampliar a atratividade (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010, p. 35). Os atrativos culturais conseguem minimizar os impactos da sazonalidade, muitas vezes totalmente nociva para destinos que ofertam somente atividades de sol e praia, por exemplo. Segundo o Ministério do turismo (2010, pp. 16-17), o turismo cultural, por sua vez, consegue provocar uma demanda turística por meio de produtos, atividades e eventos culturais, gerando fluxo turístico para o destino durante todo o ano. Os atrativos culturais podem ser entendidos como: Bens de natureza material e imaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das populações e comunidades. São bens culturais de valor histórico, artístico, científico, simbólico, passíveis de se tornarem atrações turísticas: arquivos, edificações, conjuntos urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais, manifestações como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e celebrações. Os eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não na definição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos gastronômicos, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições de arte, de artesanato e outros. Os eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não na definição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos gastronômicos, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições de arte, de artesanato e outros (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010, p. 16-17). O Quadro 3 destaca algumas atividades que podem ser consideradas no contexto do turismo cultural, seguidas de uma breve descrição. Quadro 3 – Exemplos de atividades do turismo cultural ATIVIDADE DESCRIÇÃO Visitas a comunidades tradicionais ou étnicas Visitas a comunidades tradicionais ou grupos étnicos (comunidades representativas dos processos migratórios europeus e asiáticos, comunidades indígenas, quilombolas e outros grupos sociais que preservam seus legados étnicos como valores norteadores de seus modos de vida, saberes e fazeres), que permitem a interação ou acompanhamento de atividades cotidianas ou eventos tradicionais de comunidade local. Visitas a sítios históricos Visitas a lugares de interesse histórico-cultural que representam testemunhas do cultural nacional, regional ou local. Visitas a sítios arqueológicos ou paleontológicos Visitas a sítios arqueológicos e paleontológicos, com relevância histórico-cultural. Visitas a espaços e eventos religiosos Visitas a espaços e eventos cuja motivação principal seja a busca espiritual e a prática religiosa relacionadas às religiões institucionalizadas, de origem oriental, afro-brasileiras, espíritas, protestantes, católicas. Ex.: peregrinações e romarias, retiros espirituais, festas e comemorações religiosas, visitação e espaços e edificações religiosas – igrejas, templos, santuários, terreiros – realização de itinerários de cunho religioso, apresentações artísticas de caráter religioso. Visita a lugares místicos e esotéricos Visitas a espaços e eventos cuja motivação principal seja a busca da espiritualidade e do autoconhecimento em práticas, crenças e rituais considerados alternativos. Ex.: caminhadas de cunho espiritual e místico, práticas de energização. Visita a monumentos e celebrações cívicas Visitas motivadas pelo conhecimento de monumentos, acompanhar ou rememorar fatos, observar ou participar de eventos cívicos, que representam a situação presente ou da memória política e histórica em determinados locais. Visitas a museus e casas de cultura Visitas a locais destinados à apresentação, guarda e conservação de objetos de caráter cultural ou científico. Ex.: Museu da Cachaça, Museu do Folclore etc. Visitas gastronômicas Realização de passeios cujas essências sejam a visitação de roteiros, rotas e circuitos gastronômicos, a participação em eventos gastronômicos, a visitação aos bares, restaurantes e similares de um destino que represente as tradições culinárias da região. Passeios para festas, festivais, celebrações locais e manifestações populares Realização de passeios para festas e festivais locais, para apresentações de formas de expressões culturais com fins de informação cultural ou recreação; para acontecimentos ou formas de expressão relacionados à música, dança, folclore, saberes e fazeres locais, práticas religiosas ou manifestações de fé. Ex.: rodas de viola, folias de reis, crenças, rezas, novenas. Passeios para cinemas e teatros Realização de passeios culturais para teatros e cinemas, conforme programação local. Fonte: Ministério do Turismo, 2010, p. 34. 4.1.1 Função dos atrativos Como vimos, os recursos naturais ou culturais são responsáveis por motivar as pessoas. Suas imagens fomentam o imaginário e ajudam na construção da idealização da viagem e, consequentemente, na escolha do destino. O recurso, portanto, é o elemento primário, que sofre intervenções necessárias para que se torne um atrativo, ou seja, para que tenha condições suficientes para recepcionaros visitantes. Soma-se ao atrativo a inserção de infraestruturas, equipamentos, serviços, recursos humanos, dentre outros elementos indispensáveis para a criação de um produto turístico. Somente após as intervenções e adequações realizadas, é que se tem como resultado o produto turístico, ou seja, um destino turístico que supra as necessidades e desejos do público consumidor. Diagrama 1 – Processo de consolidação da oferta turística Fonte: Elaborado pela autora, 2020. Inserindo a atratividade no final do processo, entendemos que o objetivo é formar um produto turístico completo, que desperte o interesse de consumo do público visitante, ao mesmo tempo em que oferte qualidade como principal aspecto. Cho (2008) apud Coelho (2015, p. 495) “relaciona a atratividade a um conjunto de atributos que tornam o local atraente como um destino potencial para os viajantes”. O Quadro 4 representa uma síntese da análise de alguns autores que tomaram a atratividade como objeto de estudos. Essas pesquisas tomam como pressuposto: “analisar os atributos do destino turístico; analisar sentimentos, crenças e opiniões pessoais sobre a capacidade percebida de oferecer satisfação e analisar os impactos da atratividade na intenção e comportamento dos turistas” (COELHO, 2015, p. 497). Quadro 4 – Fatores de maior peso identificados por estudos de atratividade turística AUTORES TRÊS PRINCIPAIS FATORES DE ATRATIVIDADE TURÍSTICA Gearing, Swart e Var (1974) 1. Beleza natural; 2. Infraestrutura acima da “qualidade turística mínima”; 3. Instalações alimentícias e de acomodação acima da “qualidade turística mínima”. Formica e Uysal (2006) 1. Serviços e instalações turísticas; 2. Cultural / histórico; 3. Pousada rural. Lee, Huang e Yeh (2010) 1. Atrações turísticas; 2. Acessibilidade; 3. Instalações. Oliani, Rossi e Gervassoni (2011) 1. Desenvolvimento de meios de transporte para alcançar o destino; 2. Qualidade dos recursos naturais; 3. Meios e quantidade de acomodações. Cheng, Wu e Huang (2013) 1. Atributos-chave (meio ambiente, cenários e história únicos); 2. Atributos estendidos (localização dos meios de hospedagem, serviços; oferecidos e transporte conveniente). Fonte: COELHO, 2015, p. 498. Obter conhecimento sobre a atratividade do destino ajuda os gestores na classificação e na administração dos recursos naturais e culturais existentes que estão à disposição do público consumidor, possibilitando, além da análise voltada para os recursos, uma análise interna das deficiências que precisam ser sanadas. VOCÊ QUER LER? O artigo “A percepção de qualidade da experiência nos atrativos turísticos como base para a construção da atratividade do destino turístico Curitiba” discute alguns aspectos sobre atratividade do destino turístico. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/51534>. 4.2 Gestão de atrativos turísticos Com a inserção de infraestruturas que facilitam e proporcionam o deslocamento do turista até o destino e as facilidades de compras colocadas à disposição do público consumidor, realizar uma viagem se tornou mais acessível. Outro aspecto relevante para negócios turísticos é que as viagens nacionais e internacionais estão mais acessíveis a uma grande parte da população brasileira. Portanto, o turista brasileiro, assim como o estrangeiro, está mais experiente e exigente em relação às atividades e experiências que deseja adquirir e, principalmente, à qualidade dos serviços prestados (SEBRAE- SP. 2008, p.16). O mercado, por sua vez, acompanhou as mudanças vinculadas ao poder de compra do consumidor e passou a ofertar produtos turísticos para todas as classes. Todos os aspectos que caracterizam o cenário externo (mercado) e o cenário interno (atrativo) devem ser analisados pelos gestores dos atrativos turísticos, para que, junto aos empresários locais, formalizem um planejamento e concretizem a gestão de acordo com as adversidades exigidas pelo atual cenário. Dentro do processo de implementação de um empreendimento turístico, é de suma importância a formulação do plano de negócios, que trará viabilidade ao empreendimento turístico ao fazer um levantamento de todas as potencialidades existentes no local. O plano registra o conceito do negócio, os riscos, a análise da oferta, empresas similares no mercado, o perfil de clientes, as estratégias de marketing, bem como todo o plano financeiro que viabilizará o negócio. […] A definição das atividades, experiências e serviços que serão oferecidos pelo atrativo turístico não é tarefa simples e requer muita atenção dos gestores. Devem ser consideradas as potencialidades da região turística, as possibilidades de oferta de atividades e experiências, os fornecedores, o perfil dos turistas, a distância dos principais centros emissores, entre outras variáveis (SEBRAE- SP, 2008, p. 8). Também possuem igual necessidade e importância a formulação de planos e programas, leis municipais/estaduais/nacionais, sistemas de gestão, dentre outros instrumentos que possam trazer viabilidade ao negócio turístico ou a gestão dos destinos. Além disso, ao longo do processo de compreensão dos recursos disponíveis transformados em atrativos turísticos para atender à demanda, os gestores enfrentam alguns desafios para gerenciar o destino turístico. O Quadro 5 representa alguns deles. Quadro 5 – Desafios para gestores de atrativos turísticos Aprimorar a qualidade dos produtos e serviços turísticos, buscando atingir padrões internacionais para satisfazer consumidores cada vez mais exigentes; Comunicar o mercado sobre as atividades e experiências de lazer e entretenimento que o empreendimento oferece; Aprimorar o desempenho técnico dos profissionais; Adquirir visão sistêmica do turismo; Buscar melhores condições de segurança e manutenção nos empreendimentos; Encontrar formas de melhor negociação para acesso ao crédito; Colaborar para a melhoria e a profissionalização das ações de marketing do destino turístico; Incentivar a qualificação dos profissionais, tanto nos aspectos operacionais e gerenciais, como em idiomas estrangeiros. Fonte: SEBRAE-SP, 2008. p. 23. 4.2.1 Função dos atrativos – alinhamento com gestão Gerir um atrativo de forma sustentável é uma maneira de trazer bem-estar para a comunidade local e todos os envolvidos nas atividades turísticas e ofertar um produto turístico com responsabilidade socioambiental. A sustentabilidade agrega valor e as ações de responsabilidade concretizam o selo “verde”. A sustentabilidade é uma tendência irreversível, imposta não apenas pelos governos e organizações ambientalistas, mas principalmente, pelo próprio mercado. Dessa forma, a gestão da sustentabilidade deve ser encarada como oportunidade para aumentar a competitividade do atrativo turístico e fomentar a inovação (SEBRAE- SP, 2008, p. 19). Quadro 6 – Gestão do atrativo turístico - nível 2 BOAS PRÁTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS TURÍSTICAS Contratação de mão de obra local; Resgate e valorização da cultura e tradição da região; Capacitação de jovens para inserção no mercado turístico; Valorização do patrimônio imaterial; Promoção da gastronomia típica; Apoio a grupos culturais (dança, música, coral, arte etc.) do destino; Utilização de produtos artesanais locais (sabonetes, doces, compotas, artesanatos, bebidas, verduras, legumes etc.). Fonte: SEBRAE-SP, 2008 p. 20. O empreendimento deve apresentar relação com o ambiente físico escolhido pelo turista/visitante como produto de consumo, assim, a oferta turística como negócio precisa compor integralmente as características culturais e identitárias que o lugar apresenta. O atrativo turístico deve estar em harmonia com o ambiente onde está instalado e seu entorno. Se o empreendimento está localizado no meio rural e oferece diversas atividades relacionadas às rotinas do campo, tanto sua estrutura física, como a sinalização, mobiliário, objetos de decoração, uniforme dos colaboradores, entre outros aspectos, devem combinar com esse estilo “rústico”, que remete o visitante para o ambiente rural. Nesse caso, podemser utilizadas cercas, placas e móveis de madeira, telhado de sapé, e assim por diante (SEBRAE- SP, 2008, p. 13). Portanto, a gestão ou administração precisa estar em harmonia com destino, seja ele urbano, rural, moderno, rústico, bucólico, dentre outros. Assim, o atrativo ganha identidade e suas ações de gerenciamento devem seguir tais características. Respeito ao ambiente interno, à flora, à fauna, valorização cultural, contratação de mão de obra local e rede colaborativa com os outros empreendimentos da localidade são exemplos de ações que valorizam o compromisso do empreendimento turístico com a representatividade local. Figura 5 – Cenário bucólico como atrativo em Minas Gerais. Fonte: MTur, 2014. 4.3 Pesquisa de mercado em turismo Estar atento ao mercado significa também estar atento ao perfil do público consumidor. Entender o seu perfil é de suma importância para garantir a oferta do produto turístico de acordo com seus interesses e as exigências, garantindo, assim, qualidade e satisfação durante o consumo. Os destinos de turismo precisam estudar os mercados, conhecer as características e tendências predominantes, saber o que os turistas gostam de visitar, onde residem, quando e como vêm, quanto gastam, quem são e quanto permanecem no destino, entre outros aspectos. A compreensão do mercado é importante, pois a sustentabilidade econômica do destino é função da aceitação e aprovação dos seus serviços pelo turista. Além disso, como a oferta do destino é rígida, as ações em marketing precisam ser eficazes na gestão da demanda, o que exige profundo conhecimento do mercado (PETROCCHI, 2009, p, 68). Algumas características do perfil do turista/visitante da atualidade podem ser vistas a seguir: · É bem informado e sabe o que busca; · Utiliza as ferramentas de tecnologia para definir o destino e comprar serviços (transporte, hospedagem, passeios etc.); · Tende a fazer viagens mais curtas e com mais frequência; · Valoriza as características naturais e culturais do destino; · É mais experiente, exigente e independente em relação à qualidade das suas escolhas; · É mais proativo e busca experiências e vivências inovadoras (SEBRAE, 2018, p. 18). A pesquisa de mercado orienta ações estratégicas e a formulação do ordenamento da oferta turística, com informações que trarão direcionamento de acordo com o perfil que se deseja atingir. Segundo Petrocchi, 2009, uma pessoa necessita de três requisitos básicos até que conclua uma viagem, conforme mostra o Card a seguir. Card – Etapas necessárias para decidir fazer uma viagem Fonte: Elaborado pela autora, 2020. A escolha do destino depende de vários aspectos que incluem situações econômicas, sociais e culturais do consumidor, podendo ser influenciada por vários grupos, que podem estar próximos ou mais distantes de sua realidade. Um turista pode ser influenciado a realizar uma viagem por motivos profissionais, pessoais ou até mesmo pela mídia. Atualmente, as imagens visualizadas diariamente em redes sociais despertam desejos de conhecer lugares antes desconhecidos e realizar atividades antes não cogitadas. O poder do marketing digital pode ajudar o destino na divulgação de seus atrativos, bem como na pesquisa de diferentes perfis de viajantes, fazendo com que o destino se encaixe nos desejos e interesses desse público, e na criação de novos atrativos. O destino pode contar com empresas especializadas, responsáveis por investigar perfis de consumidores e estar atento às novas tendências de mercado. O gestor precisa estar conectado com as informações e as formas de coletas, tendo a tecnologia como aliada no gerenciamento dos negócios turísticos, empreendimentos, serviços e produtos colocados à disposição do consumidor. VOCÊ QUER LER? Faça uma leitura rápida do artigo “Turismo digital é a aposta para diminuir impacto do Coronavírus”, no portal Consumidor Moderno, e descubra como a tecnologia pode apresentar saídas criativas em tempos de crises e criar novos comportamentos. Disponível em: <https://www.consumidormoderno.com.br/2020/04/28/turismo-digital-diminui-impacto-covid-19/>. Petrocchi (2009, p. 70) apresenta a definição do turista segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT) por meio de um diagrama (Diagrama 2) que compõe seu perfil, as motivações de viagem e as influências sofridas. Diagrama 2 – Perfil motivacional do viajante Fonte: PETROCCHI, 2009, p. 70. Ao analisarmos o Diagrama 2, nota-se o quanto o turismo pode ser impactado e influenciado por diversos fatores. Entendê-los pode trazer ordenamento para a complexidade que envolve o desenvolvimento turístico. Segundo o Rabahy apud Petrocchi (2009, p. 71), “a análise dos principais fatores intervenientes será realizada com base na classificação desses elementos em três grandes grupos”. Esses principais fatores podem ser vistos no Diagrama 3. Diagrama 3 – Fatores que afetam o desenvolvimento turístico Fonte: Elaborado pela autora, 2020. 4.3.1 Como buscar novos segmentos Compreendemos que o mercado e as formas de consumo mudam. Os produtos ofertados ao público consumidor precisam estar em constante adequação para que permaneçam nas prateleiras da atratividade, mantendo a regularidade de seu consumo. Nesse sentido, a criação de segmentos turísticos é uma forma de diversificar e apresentar produtos turísticos que se enquadrem a demanda cada vez mais exigente e ávida por novas experiências. Segundo o Ministério do Turismo: A segmentação é entendida como uma forma de organizar o turismo para fins de planejamento, gestão e, principalmente, para fins de mercado. Podem ser estabelecidos a partir de elementos de identidade da oferta em um determinado território ou pelas características e variáveis da demanda (BRASIL, 2007, p. 29). A partir das características apresentadas pela oferta, os segmentos podem ser definidos com enfoques na identificação da demanda, ou seja, na identificação de certos grupos de consumidores, como público LGBTQI+, casais, deficientes, famílias com crianças, idosos etc., analisando alguns fatores que podem determinar as decisões de compras, suas influências e desejos de consumo, ou pela oferta (turismo de sol e praia, ecoturismo, turismo étnico etc.). Analisando os elementos de identidade, é preciso organizar a oferta em segmentos e apresentar um produto direcionado a um grupo mais específico. Além disso, a necessidade de ofertar produtos cada vez mais diversificados para atender à amplitude da demanda não significa criar produtos turísticos que fujam das características únicas que o atrativo representa. As peculiaridades, ou seja, a identidade inerente ao atrativo deve se adequar às exigências do mercado. Trata-se de uma verdadeira busca pelo equilíbrio entre se adequar ao novo sem perder a essência. Esse é um grande desafio enfrentado pelos gestores dos negócios e empreendimentos turísticos, sejam eles públicos ou privados. Atualmente, os atrativos precisam se conectar com o público consumidor antes mesmo da visita. Lembrando das novas formas de identificação da oferta com a demanda, a tecnologia e as interações digitais são exemplos de que a informação deve ser uma aliada na aproximação com o público. A exemplo, temos a segmentação turística de museus, exposição de história, arte, cultura e conhecimento aliadas à tecnologia. A interação pelas redes sociais é uma forma de gerar atratividade em um público totalmente digitalizado e mundialmente conectado, com um olhar atento a uma tecnologia que lhe proporciona um consumo mais rápido da informação. O Sebrae levantou uma discussão sobre as mudanças no comportamento dos turistas, na qual a WTM (World Travel Market) aponta a dimensão de conectividade das pessoas, o que nos traz o cenário urgência de buscar estratégias para aproximar os destinos de seus consumidores. A PWC (Brasil) apresenta novas tendências de consumo, as mudanças das condições econômicas do público consumidor e como os avanços tecnológicos podem contribuir para o aumento da concorrência. Para você acompanhar as transformações que influenciam as formas de consumodo turismo, fique atento às pesquisas, estudos e dados disponíveis nos sites PWC Brasil e Global HUB: O Infográfico 1 apresenta dados relevantes do perfil do novo turista. Infográfico 1 – Perfil do novo turista Fonte: AONI, 2020. (Adaptado). Vemos um perfil de turista imediatista, que busca praticidade, custo-benefício, vivências únicas, com caráter excêntrico, e que procura explorar os destinos amplamente divulgados, mas que busca estruturas físicas com boas condições para a conectividade com o mundo. Assim, mesmo distante de casa, ele poderá continuar conectado. É importante termos em mente que os perfis de turistas mudam e se adequam da mesma forma que o mercado, ou seja, modificam-se conforme o espaço (ambiente) no qual estão inseridos, bem como nas necessidades projetadas pelo mercado. Há uma série de fatores que podem influenciar a mudança de comportamento; não existe um padrão comportamental absoluto. Por isso, o administrador ou gestor do empreendimento turístico precisar criar possibilidades de que várias tipologias de perfis de consumidores possam entrar e conhecer o negócio turístico ofertado. Conectados ou não, o fluxo turístico depende do movimento das pessoas. VOCÊ QUER LER? Para saber mais sobre a mudança de perfil do turista, leia a matéria “O turista mudou, e agora? Conheça as novas tendências nesse segmento”, elaborada pelo Sebrae. Disponível em: <https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-turista-mudou-e-agora-conheca-as-novas-tendencias-nesse-segmento,6bdd66c42833e510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Síntese Ao longo do conteúdo exposto neste e-book, entendemos que a disposição do recurso turístico natural ou cultural não caracteriza a oferta de um atrativo turístico. Não basta ter o elemento atrativo se não houver condições mínimas para fazer com que o público chegue até ele e permaneça. O convidado especial é o turista/visitante e ele sempre esperará o melhor. O melhor da infraestrutura, dos serviços, dos equipamentos, da segurança, do conforto e do lazer que lhe foi prometido. Trata-se, portanto, de um árduo desafio para os gestores dos empreendimentos turísticos, que precisam estar em movimento assim como o mercado turístico exige e se adequar a inúmeras formas de consumo, sem perder seus bens mais preciosos: o atrativo principal e a identidade que representa tudo o que se propõe mostrar como oferta turística. Referências bibliográficas ALVES, F. A percepção de qualidade da experiência nos atrativos turísticos como base para a construção da atratividade do destino turístico Curitiba. 2017. 213 f. Dissertação (Mestrado em Turismo) – Programa de Pós-Graduação em Turismo, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/51534>. Acesso em: 07 ago. 2020. AONI, C. O turista mudou, e agora? Conheça as novas tendências nesse segmento. SEBRAE, São Paulo, 19 mai. 2020. 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