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Síncopes cardiogênicas

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SÍNCOPE  PERDA DE CONSCIÊNCIA 
Na perda de consciência, o paciente fica desacordado e 
demora um tempo para que ele recupere a consciência. Na 
síncope, o paciente perde subitamente a consciência e 
imediatamente já recupera os sentidos. 
 
SÍNCOPE 
DEFINIÇÃO 
Síncope: perda súbita, transitória e completa da consciência, 
associada à incapacidade de manter o tônus postural, com 
recuperação espontânea, rápida e sem sequelas 
neurológicas. Quase todas as formas cursam com diminuição 
ou interrupção transitória do fluxo sanguíneo cerebral. A 
causa mais frequente é a neurocardiogência (ou vasovagal). 
 
Pré-síncope: caracterizada pelos sintomas que antecedem a 
síncope, como visão em túnel, visão desaparecendo 
progressivamente, com alteração da consciência em 
diversos graus, sem perda completa da consciência. Pode 
evoluir para síncope ou ser interrompida sem a ocorrência 
de síncope. 
 
CAUSAS 
1. Disautonomias ou síncopes neuromediadas ou reflexas 
→ benignas, com pouco significado clínico. 
Vasovagal; hipersensibilidade do seio carotídeo; situacional 
(precipitada por tosse, micção com esforço, etc). 
Representam de 30 a 60% dos casos. 
 
A síncope vasovagal, ou neurocardiogênica, é a principal 
etiologia da síncope. Os pcts têm profunda vasodepressão, 
devido à falência abrupta da modulação autonômica sobre o 
aparelho cardiovascular, além de ↓ da FC por reflexos 
neuromediados. 
 
2. Distúrbios do controle do ortostatismo – benignas. 
Hipotensão ortostática; neuropatia diabética; hipo-
ortostática secundária a drogas 
 
3. Arritmias cardíacas 
Bloqueios átrio-ventriculares; DNS; TSV; taquicardia 
ventricular; QT longo; QT curto; disfunção do marca-passo. 
Representam 14% dos eventos de síncope. 
 
4. Doenças cardíacas estruturais 
IAM; miocardite obstrutiva; tamponamento; hipertensão 
pulmonar (HP). Representam de 10 a 25% 
 
5. Doenças cerebrovasculares 
Doenças do sistema vertebrobasilar, do sistema carotídeo e 
alterações vasculares extrínsecas. Representam 10% dos 
eventos de síncope. 
 
6. Afecções SNC 
Convulsões, hidrocefalia; hemorragia subaracnóide 
 
7. Distúrbios metabólicos e endócrinos 
 
8. Medicamentos 
Antiarrítmicos, antidepressivos, anti-hipertensivos 
(especialmente betabloqueadores, diuréticos, inibidores da 
enzima conversora de angiotensica, antagonistas dos canais 
de cálcio e bloqueadores alfa-2-adrenérgicos), 
antiparkinsonianos, antipsicóticos e fenotiazinas. 
 
SÍNCOPE CARDÍACA 
As síncopes de causa cardíaca são ocasionadas, 
principalmente, por ARRITMIAS E DOENÇAS CARDÍACAS 
ESTRUTURAIS, e ambas podem cursar com redução do 
débito cardíaco. Embora bradiarritmias e taquiarritmias 
possam levar à síncope, não há valor fixo abaixo ou acima do 
qual ela possa ocorrer. 
 
Os sintomas dependem da capa cidade de compensação do 
sistema nervoso autônomo e do grau de doença 
aterosclerótica dos vasos do sistema nervoso central. A 
maioria dos pacientes com síncope cardíaca por arritmia não 
tem sintomas prodrômicos, e o quadro é súbito, o que pode 
ajudar a diferenciá-la da síncope vasovagal. 
 
Entretanto, em doenças cardíacas estruturais, a síncope 
costuma ser desencadeada por esforço físico ou por 
vasodilatação arterial (calor ou medicação). 
 
Síncope na estenose aórtica: essa patologia é muito 
frequente em idosos, e os pcts podem apresentar a tríade: 
dispneia aos esforços + dor torácica anginosa + síncope aos 
esforços. 
 
Síncope na cardiomiopatia hipertrófica: tal entidade 
patológica é mais comum em jovens, os quais apresentam 
alto risco de morte súbita. Apresentam mortalidade de 40% 
em 1 ano após um episódio sincopal. 
 
Maior probabilidade de causas cardiogências: idade > 60 
anos, ♂, doença cardíaca isquêmica, estrutural, arritmias 
ou disfunção ventricular; pródomo curto, como palpitações 
ou perda súbita da consciência sem pródomo; síncope 
durante esforço; síncope na posição supina, alteração ao 
exame cardiológico.

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