Resenha Crítica - Incêndio no CT do Flamengo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Lucio Rodrigues Neto 
 
 
 
Trabalho da disciplina 
Proteção Contra Incêndio e Explosões 
Tutor: Prof. Marcio Jorge Gomes 
 
EAD – DUQUE DE CAXIAS 
2020 
 
 
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“INCÊNDIO NO CT DO FLAMENGO” 
Referência: 
Perguntas técnicas ainda sem respostas que envolvem o incêndio no CT do 
Flamengo. Artigo publicado em 11/02/2019 
 
INTRODUÇÃO 
Após o incêndio ocorrido em 08 de fevereiro de 2019 no “Ninho do Urubu”, como é 
conhecido o CT do Flamengo localizado na Zona Oeste do Rio de Janeito e que 
deixou 10 mortos e 3 feridos (todos jogadores da categoria de base do clube), 
levantou-se várias dúvidas técnicas a respeito das condições das instalações e é 
disso que se trata o artigo referência desta resenha crítica. 
 
DESENVOLVIMENTO 
O artigo publicado em 11/02/2019 pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho 
Márcio Jorge Gomes Vicente, tem o objetivo de lançar luz sobre as dúvidas técnicas 
e ainda sem resposta que envolvem o incêndio no CT do clube e que se transformou 
em uma tragédia acabando com a vida de 10 jogadores da base do clube, além de 
deixar 3 feridos. 
O foco da discussão na época e até hoje sempre foi no sentido de se o clube teria 
ou não os alvarás e a também certificação necessária do corpo de bombeiros para 
funcionamento. O que fica claro na opinião do autor do artigo é que mesmo que 
todos os alvarás e certificações estivessem em dia, o acidente não aconteceria 
desta forma caso as medidas preventivas (atém mesmo preditivas) tivessem sido 
tomadas corretamente. Apenas uma perícia técnica e imparcial pode garantir as 
respostas reais da “causa raiz” deste acidente. A partir desta constatação, o autor 
lança mão de alguns fatos que devem ser levados em consideração em uma perícia 
a fim de se chegar na conclusão dos fatos ocorridos. 
1- Variações de energia podem gerar curto circuito nos equipamentos de ar 
condicionado. Embora a concessionária tenha se pronunciado no sentido de 
negar tais variações, um relatório confirmando esse diagnóstico deve ser 
apresentado para conclusão; 
 
 
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2- Embora os módulos (contêineres) utilizado pelo clube seja amplamente 
utilizados hoje em dia para diversos tipos de instalações, cuidados especiais 
devem ser tomados a fim de se evitar a propagação de incêndio, tal como 
utilização de placas duplas de aço com preenchimento de poliuretano em seu 
interior e tratamento anticorrosivo e antichama. Apenas a perícia poderia 
verificar tal condição; 
3- Um plano de abandono bem definido e pessoal treinado poderia evitar esse 
fim trágico. O não pronunciamento do pessoal do SESMT causa certa 
estranheza ao autor e é apontado como um item importante a ser investigado 
pela perícia técnica; 
4- Cita que deverá ser verificada conforme a quantidade de funcionários do 
clube em regime CLT, que conforme a NR4, se acima de 1 mil funcionários 
deverá ser constituído de: um engenheiro de segurança do trabalho; um 
médico do trabalho; um técnico em segurança do trabalho e um auxiliar de 
enfermagem do trabalho. Caso tenha menos que este quantitativo, deverá ter 
um técnico em segurança do trabalho. A perícia técnica deverá verificar quais 
são estes funcionários e quais são suas atividades diárias; 
5- Falta da presença da brigada de incêndio, pela área construída e pelo pessoal 
“residente” efetivo obriga ao clube ter brigada de incêndio ativa em todos os 
turnos. Além disso, a brigada seria responsável por verificar as condições e 
localização adequada dos extintores de incêndio e sinalização adequada de 
segurança. Citando as normas NR23 e NR26 respectivamente; 
6- O autor questiona o papel da CIPA do clube, se a mesma é efetiva, se 
existem ATAS de reuniões e inspeções abordando os riscos por exemplo. O 
autor cita também o fato de o corpo de bombeiros do Rio de Janeiro ter 
considerado que as estruturas das instalações inapropriadas apresentando 
inclusive pontos de ajustes necessários. Cita ainda o logo tempo de processo 
sem uma solução – desde 2010; 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
Este artigo não tem o objetivo de apontar as efetivas falhas no processo diário do 
trabalho, claramente o objetivo principal e indicar as ações básicas a serem tomadas 
por uma perícia técnica totalmente imparcial na identificação da causa raiz do 
acidente.