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Proteção Contra Incêndios e Explosões (NPG1450) - Trabalho

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1 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Raphael B. M. Azevedo 
 
 
 
Trabalho da disciplina Proteção Contra Incêndios e Explosões 
 Tutor: Prof. Marcio Jorge Gomes Vicente 
 
 
 
Salvador 
2020 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
2 
 
 
VICENTE, Márcio Jorge Gomes. Perguntas técnicas ainda sem respostas que 
envolvem o incêndio no CT do Flamengo. 
 
Revista Veja. O que se sabe sobre o incêndio no CT do Flamengo. Disponível em: < 
https://veja.abril.com.br/brasil/o-que-se-sabe-sobre-o-incendio-no-ct-do-flamengo/ > 
Acesso em: 05 de outubro de 2020. 
 
Esta resenha, é referente ao artigo publicado pelo Engenheiro de Segurança 
do Trabalho Márcio Jorge Gomes Vicente, que disserta sobre o incêndio ocorrido no 
Centro de Treinamentos do Clube de Regatas do Flamengo, no Rio de Janeiro. Este 
incêndio ocorreu nas instalações das divisões de base do clube e vitimou dez 
adolescentes, jogadores com um futuro promissor. 
De acordo com a Revista Veja, o Ninho do Urubu não estava regularizado junto 
ao Corpo de Bombeiros. Segundo o órgão, o local não possui o Certificado de 
Aprovação (CA), que atesta a existência e o funcionamento dos dispositivos contra 
incêndio. Em nota, porém, a corporação afirmou que “a não existência do CA não 
significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era 
aprovado” pelos Bombeiros. 
O clube carioca chegou a ser multado 30 vezes pela Prefeitura por funcionar 
sem alvará. Além das multas, a gestão do prefeito Marcelo Crivella (PRB) mandou 
interditar o local em 20 de outubro de 2017, mas o CT continuou em funcionamento 
(VEJA, 2019). 
Já o autor destaca que este acidente, com ou sem alvará e demais 
documentos, não ocorreria se medidas preventivas (e até mesmo preditivas) tivessem 
sido tomadas por parte de todos os envolvidos. Somente uma perícia técnica acurada 
e totalmente imparcial poderá garantir as respostas quanto à "causa raiz" deste 
acidente. 
A realidade que o brasileiro não tem uma cultura prevencionistas. O brasileiro 
é muito reativo, não proativo. Ou seja, ele não previne, ele reage. Espera ter uma 
https://veja.abril.com.br/brasil/o-que-se-sabe-sobre-o-incendio-no-ct-do-flamengo/
 
 
 
3 
tragédia como essa no Rio de Janeiro para começar a pensar no que precisa ser feito. 
“Por que não foi feito antes?”. 
O autor inicia pontuando sobre as condições climáticas da região durante a 
semana do incêndio, o que pode gerar variações na rede elétrica causando um curto-
circuito na rede. A concessionária responsável negou as possíveis variações na rede 
elétrica, mas não mostrou nenhum relatório técnico para comprovar. 
Além das oscilações na rede elétrica, que podem ser a causa do curto-circuito, 
é necessário ficar atento às instalações elétricas, se elas foram executadas de 
maneira correta e dentro das normas vigentes. 
Assim como o sistema de containers utilizados como alojamentos, apesar de 
muito utilizados hoje em dia pela fácil instalação e manutenção. Embora, para o uso 
adequado eles devem ser compostos por placas duplas de aço, com preenchimento 
de poliuretano no seu interior, incluindo tratamento antichamas e anticorrosivo nas 
chapas. Mas o autor ainda reforça que somente uma perícia pode comprovar que a 
empresa atendeu todas as normas. 
O autor ainda lembra que a Norma Regulamentadora não foi citada, 
questionando onde estão os responsáveis do SESMT para se pronunciarem sobre as 
prevenções usadas, como: Análise Preliminar de Risco (APR), ordens de serviços, 
planos de abandono, rotas de fuga, entre outros. Como a norma NR 4 regulamenta, 
se o clube tiver mais de mil funcionários sobre o regime CLT, o SESMT deve ter: um 
engenheiro de segurança do trabalho, um médico do trabalho, um técnico de 
segurança do trabalho e um auxiliar de enfermagem do trabalho, onde estão esses 
profissionais e quais suas atividades diária? Suas atribuições foram efetivamente 
cumpridas? 
Outro ponto crítico é a Brigada de emergência, que pelo porte do clube e 
população ativa, deveria ter em todos os turnos uma equipe da brigada de plantão, 
onde são responsáveis por verificarem possíveis intercorrências e não conformidades 
de todas as naturezas, ou seja, verificam principalmente o cumprimento da NR 23, 
que trata da prevenção e combate a incêndios e explosões, e NR 26 que trata de 
sinalizadores de segurança. Entretanto, explicações no que refere aos brigadistas não 
foram dadas. 
 
 
 
4 
Então questiona-se aonde estava a brigada no momento do acidente? As 
sinalizações de abandono de local e rotas de fuga foram executadas corretamente? 
Fica a dúvida se havia CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes), como a 
NR 5 regulamenta, se tinha uma CIPA ativa, aonde estavam? Como estão suas atas? 
entre outros questionamentos sobre o assunto. 
O autor reforça que o mais importante será a realização de uma Perícia Técnica 
o quanto antes, devendo a mesma ser solicitada pelo Ministério Público para garantir 
a integridade de todos os itens no pós acidente, com vistas a respostas bem objetivas, 
especialmente: levar para um laboratório amostras do poliuretano dos contêineres 
para verificar se estavam em conformidade com as especificações de segurança; 
verificar o estado final da estrutura de aço; avaliar o sistema de fornecimento da 
concessionária quanto à possibilidade de curto pela possível variação de energia; 
avaliar as constituições do SESMT, CIPA e Brigada do Clube, dentre outras 
informações complementares, para responder aos diversos quesitos técnicos, e 
elucidar tais ocorrências lamentáveis. 
Destarte, com tantas perguntas ainda sem respostas, não se pode afirmar a 
causa do incêndio no CT do Flamengo. Ainda deve-se investigar as causas, como a 
variação de energia elétrica naquele dia o que pode ter causado o curto-circuito no 
ares-condicionados do alojamento onde estavam dormindo, também se havia as 
sinalizações de emergência, extintores e outros fatores que poderiam ter evitado a 
grande tragédia. Então devem ser analisadas as questões da brigada de emergência, 
CIPA, SESMT, se estavam cumprindo com suas devidas obrigações caso tenham o 
número de funcionários que faça obrigatório. Para então após toda as investigações 
se consigam encontrar a causa desta tragédia.