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A fossa poplítea é um compartimento do membro inferior preenchido principalmente por gordura

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· A fossa poplítea é um compartimento do membro inferior preenchido principalmente por gordura.
· Superficialmente, quando o joelho é fletido, a fossa poplítea apresenta-se como uma depressão em forma de losango posterior à articulação do joelho.
· O losango da fossa poplítea e formado pela, face poplítea do fêmur superiormente, a face posterior da cápsula articular do joelho centralmente, e a fáscia de revestimento poplítea que cobre o músculo poplíteo inferiormente.
· Todas as estruturas neurovasculares importantes que seguem da coxa até a perna atravessam a fossa poplítea
· Quando o joelho é estendido, a gordura na fossa salienta-se através da abertura entre os músculos, produzindo uma elevação arredondada ladeada por sulcos longitudinais superficiais sobre os tendões dos músculos isquiotibiais. Na dissecção, a separação e o rebatimento das cabeças do músculo gastrocnêmio revelam um espaço muito maior.
· Quando a perna é estendida, a gordura na fossa é relativamente comprimida, enquanto a fáscia poplítea é tensionada, e o músculo semimembranáceo move-se lateralmente, oferecendo proteção adicional ao conteúdo da fossa poplítea.
· O conteúdo, sendo os mais importantes a artéria poplítea e os linfonodos, é palpado mais facilmente com o joelho em semiflexão. Em razão do teto fascial profundo e do assoalho osteofibroso, a fossa é um espaço relativamente limitado. Muitos distúrbios causam edema da fossa, tornando dolorosa a extensão do joelho. 
Limites 
Superficial
· Lateral superior: músculo bíceps femoral;
· Medial superior: músculos semitendíneo e semimembranáceo;
· Medial inferior: músculo gastrocnêmio medial;
· Lateral inferior: músculos plantar e gastrocnêmio lateral;
· Posterior: fáscia poplítea (teto);
Profundo 
· Lateral superior profundo: linha supracondilares medial e lateral do fêmur;
· Lateral inferior profundo: linha para o músculo sóleo da tíbia;
· Assoalho (parte profunda): face poplítea do fêmur, ligamento poplíteo obliquo do joelho e fáscia sobre o m. poplíteo.
FÁSCIA DA FOSSA POPLÍTEA 
- O tecido subcutâneo (tela subcutânea) que cobre a fossa poplítea contém a veia safena parva (exceto se tiver penetrado fáscia muscular da perna em um nível inferior), e três nervos cutâneos: o(s) ramo(s) terminal(is) do nervo cutâneo femoral e os nervos cutâneos medial e lateral. 
- A fáscia poplítea é uma lâmina forte d e fáscia muscular, contínua superiormente com a fáscia lata e inferiormente com a fáscia muscular da perna. 
- A fáscia poplítea forma u m revestimento protetor p ara estruturas neurovasculares que partem da coxa, atravessam a fossa poplítea e seguem até a perna, e um “retináculo” de contenção relativamente frouxo, mas funcional para os tendões dos músculos jarretes. 
- Muitas vezes, a fáscia é perfurada pela veia safena parva.
Nervos na fossa poplítea
Nervo Isquiático geralmente termina no ângulo superior da fossa poplítea, dividindo-se em Nervo Tibial (maior ramo terminal do nervo isquiático) e Nervo Fibular Comum (menor ramo lateral do nervo isquiático).
Nervo Tibial ramo terminal, medial do nervo isquiático, derivado de divisões anteriores (pré-axiais) dos ramos anteriores dos nervos espinais L4–S3. 
Nervo Fibular Comum é o menor ramo terminal, lateral do nervo isquiático, derivado de divisões posteriores (pós-axiais) dos ramos anteriores dos nervos espinais L4–S2
Nervo tibial: é o mais superficial dos três principais componentes centrais da fossa poplítea, mas, ainda está em posição profunda e protegida, ele divide a fossa ao meio seguindo do seu ângulo superior até o ângulo inferior. Na fossa ele se ramifica formando o nervo cutâneo sural medial, e em ramificações para os músculos sóleo, gastrocnêmio, plantar e poplíteo.
Nervo sural: Esse nervo irriga a face lateral da perna e do tornozelo, ele é formado através da união do Nervo tibial com o ramo do nervo fibular comunicante do nervo fibular comum em nível variável.
Nervo Fibular Comum: Esse nervo começa no ângulo superior da fossa e acompanha de perto a margem medial do músculo bíceps femoral e seu tendão ao longo do limite superolateral da fossa. Ele deixa a fossa, passando superficialmente à cabeça lateral do músculo gastrocnêmio, e, depois, passa sobre a face posterior da cabeça da fíbula. Ele espirala-se ao redor do colo da fíbula e divide-se em seus ramos terminais.
Os ramos mais inferiores do nervo cutâneo femoral posterior suprem a pele sobrejacente à fossa poplítea. O nervo atravessa a maior parte do comprimento do compartimento posterior da coxa profundamente à fáscia lata; apenas seus ramos entram na tela subcutânea como nervos cutâneos.
Vasos sanguíneos na fossa poplítea
Artéria Poplítea, é a estrutura mais profunda (anterior) na fossa, segue bem próximo da cápsula articular do joelho e se estende sobre a fossa intercondilar, 
Ela é a continuação da artéria femoral, começa quando esta atravessa o hiato dos adutores.
 Ela segue em sentido inferolateral através da fossa poplítea e termina na margem inferior do músculo poplíteo, dividindo-se nas artérias tibiais anterior e posterior
Os ramos musculares da artéria poplítea suprem os músculos isquiotibiais, gastrocnêmio, sóleo e plantar.
Os ramos musculares superiores da artéria poplítea fazem anastomoses clinicamente importantes com a parte terminal das artérias femoral profunda e glútea.
Cinco ramos geniculares da artéria poplítea suprem a cápsula e os ligamentos da articulação do joelho.
 As artérias do joelho são as artérias superior lateral, superior medial, média, inferior lateral e inferior medial do joelho. Elas participam na formação da rede articular do joelho periarticular.
 uma rede de vasos que circundam o joelho e garantem circulação colateral capaz de manter a vascularização da perna durante a flexão completa do joelho, o que pode causar acotovelamento da artéria poplítea. Outras artérias que contribuem para essa importante rede no joelho são: 
•Artéria descendente do joelho, originada de um ramosuperomedial da artéria femoral
•Ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral, superolateral
•Artéria recorrente tibial anterior, inferolateral, originada do ramo da artéria tibial anterior.
veia poplítea começa na margem distal do músculo poplíteo como uma continuação da veia tibial posterior. 
Em todo o seu trajeto, a veia situa-se perto da artéria poplítea, superficial a ela e na mesma bainha fibrosa.
Inicialmente, a veia poplítea situa-se posteromedialmente à artéria e lateralmente ao nervo tibial. Mais acima, a veia poplítea situa-se posteriormente à artéria, entre esse vaso e o nervo tibial sobrejacente. 
Na parte superior, quando a veia poplítea, que tem várias válvulas, atravessa o hiato dos adutores torna-se a veia femoral. 
A veia safena parva segue da face posterior do maléolo lateral até a fossa poplítea, onde perfura a fáscia muscular poplítea e entra na veia poplítea.
Linfonodos na fossa poplítea
Linfonodos poplíteos superficiais normalmente são pequenos e situam-se na tela subcutânea.
Um linfonodo situa-se na extremidade da veia safena parva e recebe linfa dos vasos linfáticos que acompanham essa veia. 
Os linfonodos poplíteos profundos circundam os vasos e recebem linfa da cápsula articular do joelho e dos vasos linfáticos que acompanham as veias profundas da perna. 
Os vasos linfáticos dos linfonodos poplíteos seguem os vasos femorais até os linfonodos inguinais profundos.
Caso Clínico 
Paciente, M.F.F., sexo masculino, 23 anos, 70 kg, branco, sem relatos de comorbidades, hígido e sem história familiar de doenças reumatológicas, praticante assíduo de atividade física como corrida e futebol.
Vai ao hospital com queixa de dor e sensação de pressão na região posterior do joelho direito, relatando que os sintomas são mais intensos ao estender a perna (a articulação do joelho), limitando a prática de atividades físicas.
Suspeita-se de um Cisto Poplíteo (Cisto de Baker), normalmente relacionado a lesões intra-articulares (lesões menisco e a osteoartrite), quanto maior o desgaste da articulação mais chances deele se forma.
Suspeita-se de um Cisto Poplíteo (Cisto de Baker), que e um ovo bem definido normalmente preenchido de liquido sinovial e localizado na região poplítea. Normalmente e relacionado a lesões intra-articulares (lesões menisco e a osteoartrite), quanto maior o desgaste da articulação mais chances de ele se forma.
Exame 
Em uma primeira análise foi realizado o exame físico, onde através da palpação, encontra-se uma massa arredondada, móvel, com sensação de conteúdo líquido e de bordas bem delimitadas. O cisto tende a desaparecer ou diminuir com a flexão de 45 graus do joelho (sinal de Foucher). 
Em uma primeira análise foi realizado o exame físico, onde através da palpação, encontra-se uma massa arredondada, móvel, com sensação de conteúdo líquido e de bordas bem delimitadas. O cisto tende a desaparecer ou diminuir com a flexão de 45 graus do joelho (sinal de Foucher). Este teste é útil para distinguir os cistos de Baker de massas sólidas e fixas que não mudam de posição.
Para confirmar o diagnóstico foi realizado um exame de imagem, o exame de ultrassonografia é adequado para identificar e mensurar o cisto poplíteo. Ela permite delimitar o tamanho e a localização do cisto de Baker.
Tratamento
Foi administrada uma injeção local de corticosteroides após a consulta como medida temporária para alívio dos sintomas. E foi prescrito ao paciente o uso de anti-inflamatórios, analgésicos e medidas preventivas, também foi sugerido o uso de compressão vascular. 
Na maioria das vezes o tratamento do cisto de Baker não demanda ressecção cirurgia. O tratamento conservador é composto de analgesia, anti-inflamatórios, alongamento e fortalecimento muscular. O tratamento tradicional também apresenta bons resultados.
Nos casos de excisão cirúrgica, o procedimento é realizado com a paciente em decúbito ventral, por uma via de acesso transversa na prega poplítea, seguindo as linhas de força da pele, dissecando-se ao redor do cisto. Após identificarmos a base do cisto, realizamos a excisão e fechamos o orifício residual com um ponto circular com um fio não absorvível.
O tratamento também deve visar o tratar as lesões articulares, para garantir que não acha o desenvolvimento do cisto ou seu regresso 
O tratamento cirúrgico do cisto de Baker demanda priorizar a abordagem à lesão intra-articular associada. A ressecção isolada do cisto de Baker geralmente leva à recidiva da tumoração. Na mesma linha, a aspiração e injeção local de corticosteroides consiste em uma medida temporária, pois apresenta alta taxa de recorrência do cisto.
Dessa forma, quando optamos pelo tratamento conservador da lesão associada, o cisto de Baker é apenas observado. Nestes casos, pode-se ainda realizar aspiração e infiltração de corticosteroides como medida de alívio. O tratamento da lesão associada, na maioria das vezes, é realizado por artroscopia, pois grande parte dos pacientes com cistos poplíteos apresentam lesões meniscais. Na maioria dos casos, realizamos apenas o tratamento da lesão intra-articular, pois o cisto de Baker frequentemente apresenta redução de volume ou remissão após o procedimento artroscópico. Em casos selecionados, quando o cisto de Baker não regride e persiste causando desconforto, consideramos a ressecção aberta. Nesse caso, realizamos uma via de acesso local, dissecção do cisto e remoção desde sua base. Na base, realizamos um ponto de fechamento para prevenir a sua recorrência. Alguns autores descreveram a possibilidade de se realizar a abordagem ao cisto de Baker por via artroscópica
Há relatos de boa resposta ao tratamento conservador, inclusive em casos de compressão vascular, sendo possível tentá-lo antes de indicar a ressecção. A ressecção isolada do cisto de Baker geralmente leva à recidiva da tumoração.Quando sintomático e refratário, a ressecção cirúrgica é uma boa opção. A literatura tem indicado que a ressecção artroscópica apresenta melhores resultados, com recuperação melhor da ferida operatória, melhora da dor e menor recorrência do cisto (aproximadamente 4% na ressecção artroscópica e 40% na aberta) em relação à ressecção aberta ou combinada.
	
https://www.anatomiaonline.com/arterias-membro-inferior/
Anatomia Orientada para Clínica, Moore, 8ª edição
www.ufjf.br/anatomia/files/2012/04/Roteiro-anatomia-aplicada-a-medicina-I-livro.pdf
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-do-vale-do-taquari/anatomia/resumos/mi-vic-perna-pe-e-fossa-poplitea/9025690/view
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-de-lavras/anatomia-humana/resumos/anatomia-joelho-e-perna/4423668/view
https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/101/46-Abordagem_fisioterapYutica_do_Cisto_de_Baker.pdf
https://pt.wikihow.com/se-Livrar-de-um-Cisto
Rev. bras. ortop. vol.46 no.6 São Paulo  2011, Cisto de Baker

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