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processo de fabricação de comprimido

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Instituto a Vez do Mestre 
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em 
GESTÃO ESTRATÉGICA DE VENDAS E NEGOCIAÇÃO 
 
 
 
MARCELE AZEVEDO CAPELA LUTEBARK 
 
 
 
 
 
 
“CONHECENDO O PROCESSO PRODUTIVO DE 
SÓLIDOS, LÍQUIDOS E GRANULAÇÃO NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA” 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2010 
Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato 
Sensu em GESTÃO ESTRATÉGICA DE VENDAS E 
NEGOCIAÇÃO como requisito parcial para a obtenção do 
certificado de conclusão de curso sob a orientação do 
Coordenador Jorge Vieira. 
 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a meu filho Victor Henrique Capela 
Lutebark, minha mãe Iraneide Azevedo e à minha sogra 
Ilma Lutebark por se constituirem diferentemente 
enquanto pessoas, igualmente belas e admiráveis 
em essência, estímulos que me impulsionaram a 
buscar vida nova a cada dia, meus agradecimentos 
por terem aceito se privar de minha companhia 
pelos estudos, concedendo a mim a oportunidade de me 
realizar ainda mais. 
 
 2
 
Agradecimentos 
Ao nosso Coordenador e Prof. JORGE VIERA pelo incentivo, simpatia e 
presteza no auxílio às atividades e discussões sobre o andamento das tarefas, 
dinâmicas e outros trabalhos de grupos que nos foram solicitados. 
 
 Especialmente ao Professor SEBASTIÃO MASCARENHAS, pelo seu espírito 
inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar seus conhecimentos, pela sua 
disciplina nos ensinando a importância e a missão de um Representante de Vendas 
de Indústria Farmacêutica. 
 A todos os professores pelo carinho, dedicação e entusiasmo 
demonstrado ao longo do curso. 
 Aos colegas de classe pela espontaneidade e alegria na troca de informações e 
materiais numa rara demonstração de amizade e solidariedade. 
 Às nossas famílias pela paciência em tolerar a nossa ausência. 
 E, finalmente, “as nossas crenças e filosofias de Vida” pela oportunidade e pelo 
privilégio que nos foram dados em compartilhar tamanha experiência e, ao 
frequentar este curso, perceber e atentar para a relevância de temas que não faziam 
parte, em profundidade, das nossas vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
RESUMO 
 
O mercado farmacêutico no Brasil com o passar dos anos vem se tornando cada vez 
mais competitivo. Com o advento dos genéricos, política de quebra de patentes e 
entrada de novos players no mercado, a competição por market share pelas 
empresas farmacêuticas necessitou ser inovada e criativa. 
 
Dentro de um volume financeiro com giro de US$ 12 bilhões de dólares por ano, o 
investimento em treinamento se tornou um diferencial nesta disputa e consumindo 
uma boa fatia deste volume de dinheiro. Não basta apenas ter preço e qualidade. É 
necessário saber vender o produto para conquistar os clientes de forma sustentável 
e duradora. 
 
Para isso, os Representantes de Venda precisam ser qualificados e entender o 
negócio por inteiro. O conhecimento da cadeia de abastecimento do produto que 
representa, faz com que o Representante tenha capacidade de vender o produto 
muito melhor para os seus clientes, de forma mais confiável e profissional. 
 
O Representante para bater meta vende o produto, faz uma negociação fenomenal e 
etc e quando o material chega no distribuidor o cara simplesmente recusa a 
mercadoria (por motivo de divergência na negociação comercial, quantidade 
divergente do pedido e etc). Quando acontece a recusa, acontece a "logística 
reversa", em resumo "a devolução do produto" isso gera todo um stress na cadeia 
desde a coleta do material, até o envio e análise da garantia de qualidade para 
saber se o produto será incorporado novamente no estoque ou se será 
descaracterizado (incinerado). Produto parado aguardando análise é produto que 
está deixando de ser vendido, produto descaracterizado (principalmente perecível) 
normalmente não é incorporado e perdemos, prejuízo também!! Então, é importante 
que o representante tenha esse conhecimento de como isso afeta às vendas e o 
negócio da empresa... É importante entender a cadeia como um todo... 
 
 
 4
Desta forma, de maneira concisa, este trabalho tem por objetivo proporcionar um 
conhecimento da cadeia de abastecimento dos produtos industrializados 
farmacêuticos até a disponibilidade destes para o mercado, ou seja, passando 
desde o processo de recebimento das materias-primas necessárias para o processo 
produtivo até a obtenção do produto acabado. 
 
Nos últimos anos a competição tem crescido significativamente no mundo industrial, 
provocando o surgimento de novos desafios e oportunidades na forma de organizar 
e gerenciar a produção. Nesse contexto, a gestão da cadeia de suprimentos (Supply 
Chain Management – SCM) tem emergido como uma nova e promissora maneira de 
obter vantagens competitivas no mercado. Este trabalho também aborda uma 
análise geral da gestão da cadeia de suprimentos na indústria, com foco na cadeia 
de abastecimento. 
 
 5
Sumário. 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6 
3- PRODUÇÃO FARMACÊUTICA – FABRICAÇÃO ........................................................................... 9 
3.1 Produção de Sólidos Orais .....................................................................................................9 
3.2 Equipamentos e Localização ..................................................................................................9 
3.3 Descrição do Fluxo de Processo Produtivo ......................................................................... 11 
3.3.1 Saída do Almoxarifado ................................................................................................ 11 
3.3.2 Pesagem ..................................................................................................................... 11 
3.3.3 Granulação .................................................................................................................. 11 
3.3.4 Compressão ................................................................................................................ 13 
3.3.5 Drageamento ............................................................................................................... 14 
3.3.6 Revestimento de Comprimidos ................................................................................... 14 
3.3.7 Microgrânulos .............................................................................................................. 15 
4- LÍQUIDOS ORAIS, SUSPENSÕES E SEMI-SÓLIDOS ................................................................ 16 
4.1 Líquidos Orais e Suspensões .............................................................................................. 16 
4.2 Semi-Sólidos: ....................................................................................................................... 16 
4.3 Equipamentos ...................................................................................................................... 17 
4.4 - Descrição dos Processos .................................................................................................. 17 
4.4.1 Produção de Líquidos Orais e Suspensões ................................................................ 17 
Sólidos .......................................................................................................................................... 18 
5- PRODUÇÃO DE COLAGENASE .................................................................................................. 19 
5.1 Descrição Geral da Área de Produção de Colagenase ....................................................... 19 
5.2 Descrição do Processo ........................................................................................................20 
5.2.1 Saída do Almoxarifado ................................................................................................ 20 
5.2.2 Pesagem ..................................................................................................................... 20 
5.2.3 Preparo do Meio .......................................................................................................... 20 
5.2.4 Laboratório Microbiológico .......................................................................................... 20 
5.2.5 Fermentação ............................................................................................................... 20 
5.2.6 Separação ................................................................................................................... 20 
5.2.7 Filtração ....................................................................................................................... 20 
5.2.8 Ultrafiltração ................................................................................................................ 21 
5.2.9 Flotação ....................................................................................................................... 21 
5.2.10 Diafiltração ...................................................................................................................... 21 
5.2.11 Liofilização ......................................................................................................................... 21 
5.2.12 Moagem ............................................................................................................................. 22 
5.2.13 Mistura ............................................................................................................................... 22 
5.2.14 Embalagem ........................................................................................................................ 23 
6- FOTOS DE ACOMPANHAMENTO DE EMBALAGEM E ESTOCAGEM FINAL ........................ 254 
7- ENTENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS .......................................................................... 25 
8- CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 288 
 
 6
1- Introdução 
Os itens subsequentes ressaltam todo o processo de produção da Indústria 
Farmacêutica, Fluxo do Processo Produtivo, como por exemplo, Produção de 
Sólidos Orais, desde a divisão do setor internamente e equipamentos utilizados, à 
necessidade e interligação entre os sistemas em questão, e todo o tramite entre os 
setores. 
Tudo começa no setor de planejamento da Indústria onde se recebe 
movimentação de produção mensal, verificasse a capacidade HH (Hora-Homem) e 
HM (Hora-Máquina), define programa, verifica a disponibilidade de material para a 
semana fixa, faz-se reunião semanal para fechar a semana de produção, ou seja, 
verificar se há necessidade de alterações, liberarar arquivo com o programa de 
fabricação para consulta das áreas, abertura das ordens de produção e daí seguem 
as etapas de cada setor, conforme descrito nas sequências descriminadas nos 
próximos itens, processo de produção propriamente dito, que é o foco deste 
trabalho. 
Dando finalização ao processo produtivo e produto final vai para a área de 
quarentena/estocagem, expedição e posteriormente estoque de terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
 
CONTROLE DE PROCESSO DO CHÃO DE FÁBRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
 
2-DESCRIÇÃO DO FLUXO DO PROCESSO PRODUTIVO 
 
 
 
Recebimento de
Matéria-Prima/
Material de Embalagem
ReprovadoNok
Fabricação
Análise
Ok
Reprovado ou
Reprocesso
Nok
Embalagem
Ok
Análise
Ok
Nok
Reconciliação
Técnica
Nok Investigação do 
problema
Liberação para
venda
Arquivo de 
retenção
Arquivo
técnico
Fluxo do Processo Fluxo do Processo 
ProdutivoProdutivo
Análise
Ok
Pesagem
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9
 
3- PRODUÇÃO FARMACÊUTICA – FABRICAÇÃO 
3.1 Produção de Sólidos Orais 
 
 Os setores para a produção de sólidos orais localizam-se centralmente na 
área de produção farmacêutica. As paredes são revestidas com tintas laváveis para 
permitir a limpeza e desinfecção periódica. Os pisos sofrem manutenção 
constantemente e não apresentam angulações retas com as paredes, para que não 
haja acúmulo de impurezas. A área é devidamente iluminada. 
 O setor é dividido em: 
 
 - Pesagem - 120,68 m2 
 - Granulação - 235,01 m2 
 - Compressão - 146,77 m2 
 - Microgrânulos - 20,09 m2 
 - Laqueamento - 28,33 m2 
 - Drageamento - 129,21 m2 
 
3.2 Equipamentos e Localização 
 
Setor Equipamento Fabricante 
Pesagem Balanças Digitais 5, 50, 500 kg Toledo 
 Aspirador de Pó (2) Karcher 
Granulação Balança 500 kg (Leito 120) Toledo 
 Secador Leito Fluidizado 60kg Treu 
 Moinho Oscilante (2) Treu 
 Misturador Rápido de Pás 
(Loedige) 
Treu 
 Granulador Diosna 
 Balança 500 Kg (Leito 60) Toledo 
 Misturador c/Hélice 
 Moinho Modelo 194-Móvel (3) Quadro Comil 
 Secador Leito Fluidizado 120 kg Treu 
 Bins 10 – 600 lts/20 – 2000 lts Zanchetta 
 Balança 1500 Kg (Roto P) Toledo 
 
 
 10 
 Misturador de Tambor 
 Balança 1500 Kg (Canguro) Toledo 
 Tacho Camisado 120L 
 Misturador “V” 
 Misturador Canguro Zanchetta 
 Misturador/Secador modelo 
Roto P 900 
Zanchetta 
 Moinho modelo 196 S – Fixo (2) Quadro Comil 
Compressão Máquinas de Compressão W. Fette 
 F. Horn 
 Neuberger 
 HP2 (2) 
 HP3 
 Máquina de Compressão Manesty 
 Enchedora de cápsulas Zanazzi 
 Aspirador de Pó Karcher 
 Balança Marte AM 550 
 Balança Mettler AM 50 
 Balança Mettler Toledo PG 
503 
Microgrânulos Drageadoras de Microgrânulos 
(2) 
Embracal 
 Peneira Vibratória Mineralmaq 
 Balança 5 Kg Toledo 
 Balança 250 kg Toledo 
 Misturador Pneumático Comepre 
Laqueamento Laqueadora de Comprimidos Driacoter 
Drageamento Drageadeiras (16) Treu 
 Balança Analítica 3000g Mettler 
 Balança 250 kg Toledo 
Suspensão Moinho Carborudun Meteor 
 Misturador (2) 
 Reator 118L Embracal 
 
 
 
 
 11 
3.3 Descrição do Fluxo de Processo Produtivo 
3.3.1 Saída do Almoxarifado 
 
 O Setor Produção emite uma Requisição de Produção de um medicamento 
para o Almoxarifado. Este separa e transfere as matérias-primas para a Central de 
Pesagem. 
 
3.3.2 Pesagem 
 
 O Setor de Pesagem recebe as matérias-primas identificadas com caracteres 
alfabéticos e código de barras. 
 As matérias-primas são pesadas, lacradas e depositadas em gaiolas 
lacradas, separadamente, evitando assim a contaminação cruzada. 
 Um sistema controlado por microcomputador somente emite a etiqueta do 
material pesado se o código de barras corresponder ao da matéria-prima correta, 
aprovado e no peso solicitado na formulação. 
 Os recipientes com os materiais pesados são mantidos em gaiolas lacradas 
contendo apenas um lote de produto em cada gaiola. As gaiolas com material já 
pesado são transferidas para o interdepósito e/ou diretamente aos Setores 
produtivos, sempre lacradas. 
 
3.3.3 Granulação 
 
 O Setor de Granulação recebe suas matérias-primas específicas devidamente 
pesadas por lote, confere a pesagem de cada uma e anexa as etiquetas de 
pesagem ao Dossiê de Fabricação, seguindo a Folha Roteiro (Processo de 
Fabricação). A Folha Roteiro indica a ordem de entrada dos ingredientes da fórmula 
e o método de fabricação de cada produto. 
 
 São utilizados dois tipos de granulação: por via seca e por via úmida, com 
adição de soluções granulantes aquosas ou alcoólicas. São utilizados os seguintes 
equipamentos: Granulador Triturador Diosna, Loedige e Misturador de Tambor. O 
granulado úmido é transferido para o Secador de Leito Fluidizado (60 Kg ou 120 Kg) 
e é seco até a faixa de umidade especificada, sendo o tempo de secagem definido12 
especificamente para cada produto. Caso seja somente necessária a mistura de pós, 
o produto segue para o Misturador em “V” ou de Bins. 
 Outro equipamento utilizado é o Misturador Triturador e Secador Roto P que 
realiza três etapas em um mesmo equipamento. 
 A Garantia da Qualidade retira amostra para análise de teor e de umidade. 
Após secagem, a mistura vai para o Misturador em “V” ou para o Misturador de Bins 
(Canguro), onde serão adicionados os demais excipientes e é finalizada a 
granulação. 
 Os produtos são transferidos do granulador ainda úmidos para o secador ou 
no caso de granulação por via seca, do granulador para o misturador, por um 
sistema fechado, através de vácuo, para evitar a liberação de pós no setor produtivo. 
 Todo o sistema é comandado por um PLC (Controlador Lógico Programável). 
O registro das temperaturas de secagem é registrado e impresso. 
 Os granulados dos três tipos de granulação são pesados e armazenados em 
depósitos chamados “zarges” ou “bins” identificados e levados para os 
interdepósitos, onde aguardam a próxima fase de produção (Compressão). 
 
 
Granulador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
 
Granulador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
 
 13 
 
 
3.3.4 Compressão 
 
 O granulado obtido no item anterior é comprimido em equipamento adequado 
montado com punções próprios, de acordo com a especificação de cada produto. 
Tanto o Setor, quanto o Controle de Qualidade, faz o acompanhamento e solicitam 
os ajustes necessários ao processo em termos de dureza, friabilidade e peso do 
comprimido. Os comprimidos são armazenados no interdepósito em barricas azuis 
de polipropileno, devidamente identificados. 
 
 Os punções e matrizes utilizados passam por um controle de qualidade do 
Setor de Engenharia de modo a verificar o seu dimensional padrão. 
 No caso de comprimidos simples, a próxima fase é a embalagem; já no caso 
das drágeas ou comprimidos revestidos, os núcleos obtidos por compressão irão 
para o setor de drageamento ou laqueamento diretamente, após aprovação da 
Garantia da Qualidade. 
 
 
Compressor (Aproximado) 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
Compressor 
 14 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
 
3.3.5 Drageamento 
 
 É efetuada conferência do peso e das etiquetas das barricas contendo os 
núcleos. As condições de umidade relativa do ar e temperatura ambiente requeridas 
são monitoradas durante o processo para que a produção alcance padrões 
homogêneos de drageamento. 
 A primeira etapa de isolamento com aspiração de pó, ocorre na drageadeira 
sempre em rotação. Depois é adicionada a pasta de drageamento, que é preparada 
no Setor de Líquidos Orais e Suspensão. Na fase de acabamento, dilui-se parte da 
pasta em xarope de água e sacarose, dando brilho à superfície da drágea para 
finalizar com o polimento. 
 As drágeas prontas são armazenadas em sacos de polietileno dentro de 
barricas no interdepósito. 
 Finalizando o processo, segue a fase de seleção de drágeas onde 
selecionam-se as drágeas fora de especificação no que diz respeito a tamanho e 
formato. Ao final do processo, tem-se a aprovação do Controle de Qualidade e o 
granel está liberado para seguir o processo de embalagem. 
 
Drageadeira 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
3.3.6 Revestimento de Comprimidos 
 
 Após a compressão, os comprimidos a serem revestidos com laca passam 
por uma aplicação de solução de laqueamento, específica para cada produto, no 
equipamento adequado ao tamanho do lote, permanecendo em rotação até 
adquirirem o aspecto especificado. Os comprimidos revestidos são armazenados em 
sacos de polietileno dentro de barricas no interdepósito. 
 15 
 
Revestimento 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
Revestimento 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
3.3.7 Microgrânulos 
 
 Microgrânulos Neutros 26 são utilizados para a produção de Teolong 
cápsulas. 
 Os microgrânulos são colocados na drageadeira de fundo chato, adicionando-
se uma solução específica para retardar a liberação do princípio ativo e, o próprio 
em fases sucessivas, de forma a se obter a liberação fracionada do princípio ativo 
conforme especificado. 
 Após a análise do Setor Físico-Químico, é calculado o título, e partir dele, 
serão efetuados os cálculos para a quantidade a ser colocada em cada cápsula para 
obter o teor necessário em cada fase de liberação. 
 Uma vez terminado o processo os microgrânulos são armazenados em sacos 
plásticos no interdepósito, aguardando a aprovação da Garantia da Qualidade para 
fase de encapsulamento. 
 
 16 
 
 
4- LÍQUIDOS ORAIS, SUSPENSÕES E SEMI-SÓLIDOS 
4.1 Líquidos Orais e Suspensões 
 
Abrange 3 salas distintas: uma com 28,75 m2 para fabricação de Líquidos 
Orais e Suspensões, uma com 35,02 m2 para fabricação e preparação de Líquidos 
Orais, Suspensões e Pasta para Dragear e outra para estocagem de Líquidos Orais 
e Suspensões de 45,49 m2. 
O Setor possui 3 reatores de fabricação de 6000 L, nos quais as matérias-
primas são adicionadas por gravidade, diretamente pela escotilha (parte superior) do 
reator e por bomba diafragma. Um reator de fabricação de 1000 L e um reator de 
100 L, onde as matérias-primas são adicionadas diretamente pela escotilha do reator 
e por bomba diafragma. A área de estocagem de líquidos, possui: 3 reatores de 
6000 L para depósito. 
As paredes são revestidas com tintas laváveis, para permitir limpeza e 
desinfecção periódica. Estão disponíveis para o processo: ar comprimido, água 
quente e purificada. O piso é polido e o local é devidamente iluminado. 
 
Reator 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
4.2 Semi-Sólidos: 
 Abrange uma área total de 221,29 m2, composta por 2 salas de fabricação, 
uma sala de preparação e um sala para armazenagem de tambores de 9,20 m2.
 
 As paredes são revestidas com tintas laváveis, para permitir limpeza e 
desinfecção periódica. Estão disponíveis para o processo: ar comprimido, água 
quente e purificada. O piso é polido e o local é devidamente iluminado. 
 
 17 
4.3 Equipamentos 
 
Setor Equipamento Fabricante 
Sala de Semi-
Sólidos 
Moinho Coloidal Meteor 
 Balança 500 kg (Digital) (2) Toledo 
 Misturador-Homogeinizador Becomix 
 Reator de Fusão de Vaselina Treu 
 Bomba de Transferência Mono Pumps 
 Misturador (2) IKA 
 Bomba de Transferência / Diafragma 
 Misturador de Cremes Molt-o-Mat 
 Transferidor de Produtos Viscosos Murzan 
 Reator 120L - R2 Nemo 
 
Sala de Líquidos 
e 
Balança 500 kg (Digital) Toledo 
Suspensões Bomba de Transferência (Lobulos) (2) 
 Reator 1000 L, camisado, com 
misturador 
 
 Reator 100 L, camisado. 
 Misturador 
 Balança 1500 Kg (Digital) Toledo 
 Carcaças para Filtro (2) 10" e (1) 30" 
 Reatores de Fabricação 6000 L (3) 
 Tanques Depósitos 6000 L (3) 
 Tanques Depósitos de Inox 500 L (5) 
 Bomba de Transferência / Diafragma 
 Misturador Homogeneizador Silverson 
 Bomba de Transferência por Pistão (2) Gracco 
 Micronizador de Pós ZC-1 (1) Comil 
 
4.4 - Descrição dos Processos 
4.4.1 Produção de Líquidos Orais e Suspensões 
4.4.1.1 Saída do Almoxarifado 
 
 Procedimento similar ao item 3.3.1 
 
 4.4.1.2 Pesagem 
 
 Procedimento similar ao item 3.3.2 
 
 18 
 
4.4.1.3 Produção Líquidos Orais e Suspensões 
 
 O Setor de Líquidos Orais e Suspensões, recebe suas matérias-primas 
específicas, devidamente pesadas por lote, confere a pesagem de cada uma e 
anexa as etiquetas ao Dossiê de Fabricação, seguindo a folha roteiro (processo de 
fabricação). A folha roteiro indica a ordem de entrada dos ingredientes da fórmula e 
a metodologia de produção, durante cada fase do processo. 
 O processo consiste na solubilização dos diversos ingredientes nos reatores 
contendo água purificada, seguindo-se várias etapas de homogeinização, 
aquecimento, acerto de pH e filtração, até a obtenção de xaropes conforme as 
especificações internas. Após este processo, os produtos são armazenados na área de 
estocagem de líquidos, aguardando envase.4.5 -Produção de Sem 
 
Sólidos 
4.5.1 Saída do Almoxarifado 
 
 Procedimento similar ao item 3.3.1. 
 
4.5.2 Pesagem 
 
 Procedimento similar ao item 3.3.2. 
 
4.5.3 Preparação de Semi-Sólidos 
 
 O Setor de Semi-Sólidos recebe suas matérias-primas específicas 
devidamente pesadas por lote, confere a pesagem de cada uma e anexa as 
etiquetas ao Dossiê de Fabricação, seguindo a folha roteiro (processo de 
Misturador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
Envazador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 19 
fabricação). A folha roteiro indica a ordem de entrada dos componentes da fórmula 
dos produtos, e a metodologia de fabricação para cada fase do processo. O 
processo consiste na fusão das bases oleosas em reatores e a posterior 
transferência para o Becomix ou Moltomat, podendo utilizar água purificada, no 
caso de géis, e os demais componentes da fórmula. Seguem-se várias etapas de 
homogeinização, aquecimento, moagem e resfriamento até a obtenção das 
pomadas conforme as especificações internas. Após este processo, as pomadas são 
transferidas para recipientes de aço inox e armazenadas na sala de estocagem. 
 
 
Recipientes de Aço Inox 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
5- PRODUÇÃO DE COLAGENASE 
5.1 Descrição Geral da Área de Produção de Colagenase 
 
 Este setor está separado da Produção Farmacêutica, ocupando no prédio K 
uma área de 405,34 m2, divididos em dois pavimentos e subdivididos por sua vez, em 
sala de Preparação, Purificação, Moagem, Microbiologia, Fermentação, Casa de 
Máquina, e Torre de Resfriamento. Todas as instalações e procedimentos de 
fabricação foram idealizados dentro de um contexto de produção biotecnológica. As 
utilidades disponíveis para este setor são as mesmas existentes na produção 
farmacêutica, excetuando-se o Sistema de ar e Chiller. Localizada externamente em 
área classificada como Biolimpa, o ativo produzido é a enzima Colagenase 
Clostriopeptidase A, em forma finamente granulada na coloração castanha. O limite 
de fermentações semanais é de 5 e algumas fases do processo são controladas 
pelo próprio setor, sendo o produto final analisado pela Garantia da Qualidade. 
 
 20 
 
 
5.2 Descrição do Processo 
 
 As principais etapas do processo são: 
5.2.1 Saída do Almoxarifado 
 
 Procedimento similar ao item 3.3.1. 
 
5.2.2 Pesagem 
 
 Procedimento similar ao item 3.3.2. 
 
5.2.3 Preparo do Meio 
 
 As matérias-primas são recebidas, pesadas e embaladas em sacos plásticos 
de polietileno. Os meios de cultura são preparados e esterilizados por autoclavação. 
 
5.2.4 Laboratório Microbiológico 
 
 Os primeiros inóculos são realizados em condições assépticas sob fluxo 
laminar. 
 
5.2.5 Fermentação 
 
 Fermentadores são inoculados com a bactéria específica em meio líquido 
definido. A fermentação procede em anaerobiose. 
 
5.2.6 Separação 
 
 O líquido enzimático é separado da biomassa por uma centrífuga Westfalia. 
Esta biomassa é autoclavada e descartada. 
 
5.2.7 Filtração 
 
 21 
 Filtração esterilizante do líquido coletado por filtro de placas horizontais Seitz 
e por cartuchos de filtração absoluta. 
 
 
 
Filtro 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
5.2.8 Ultrafiltração 
 
 Elimina substâncias proteicas não aproveitáveis através da passagem do 
líquido por cartuchos de ultrafiltração de fibra oca concentrando a colagenase e 
proteases. 
 
 5.2.9 Flotação 
 
 Ao líquido resultante é adicionado Sulfato de Amônio sob agitação, até que 
haja a formação de flocos proteicos contendo a massa enzimática (Colagenase e 
proteínas). 
5.2.10 Diafiltração 
 
 A massa enzimática é absorvida em água isenta de íons e inicia-se o 
processo de dessalinização através da diafiltração, em sistema de cartuchos de 
filtração de fibra oca. 
 
5.2.11 Liofilização 
 
 O líquido diafiltrado é congelado em bandejas e submetido a secagem através 
de liofilização. 
 
 22 
5.2.12 Moagem 
 
 O pó liofilizado é retirado das bandejas e moído em moinho centrífugo. A 
granulometria do pó é atingida, de acordo com as especificações para a produção 
de pomadas e géis. 
 
Moinho 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
5.2.13 Mistura 
 Diferentes pós provenientes de várias fermentações são misturados para a 
obtenção de um lote com especificações constantes. 
 
Misturador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
Misturador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 23 
 
 
 
Misturador 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
5.2.14 Embalagem 
 
O lote moído é acondicionado em sacos de polietileno duplo e lacrado. O lote 
é enviado para terceiros para realizar a sua esterilização através de radiação 
ionizante (Co 60). 
 O lote esterilizado retorna a Indústria, é analisado pela Garantia da 
Qualidade, ficando estocado na sala fria do almoxarifado até sua liberação. 
 
Embaladora 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
Embaladora 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
 
 24 
6- Fotos de acompanhamento de embalagem e de estocagem final 
 
 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
Arquivo ABBOTT/KNOLL 
 
 
 
 
 
 25 
7- ENTENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
Compreende-se como cadeia de suprimentos, um conjunto de instalações 
dispersas geograficamente interagindo entre si. Como exemplos dessas instalações 
têm-se: fornecedores de matéria-prima, plantas produtivas, centros de distribuição, 
varejistas, estoque em trânsito, produtos intermediários e produtos acabados entre 
as instalações. (Yin, 1991, apud Souza, Carvalho, Liboreiro, 2006). 
A cadeia de suprimentos é um subconjunto da cadeia de valor, a qual é 
focada em agregar valor a um serviço ou a um produto físico, enquanto a cadeia de 
suprimentos é preocupada principalmente com a produção, distribuição e vendas de 
produtos físicos. (Simchi-Levi, 2000, apud Souza, Carvalho, Liboreiro, 2006). 
Na gestão da cadeia de suprimentos o foco é a integração de cada 
componente, com maximização da eficiência determinando maior satisfação do 
cliente e conseqüentemente o aumento do market share. De acordo com Nazário 
(1999) apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), “maximizar a utilização de ativos, 
maximizar a utilização da atual cadeia de suprimentos incluindo a tecnologia da 
informação, temos nos anos 1970 preocupações voltadas à eficiência dos objetivos 
operacionais”. Nos anos 1980, a eficiência estratégica foi preocupação. Nessa 
época, sistema como reserva de passagens aéreas funcionaram como uma forte 
vantagem competitiva. 
“Hoje, a gestão da cadeia de suprimentos é um bom exemplo onde ambos, 
objetivos e utilização de tecnologias da informação, contêm aspectos de eficiência 
operacional e estratégica.” A complexidade e multiplicidade de relacionamentos 
dentro da cadeia de comercialização têm que ser equacionadas para um mesmo 
objetivo, que é a missão da empresa. Essa missão do comprador tem que estar 
equacionada com a missão do fornecedor, suas práticas de mercado e padrão ético. 
O gerenciamento eficaz da Cadeia de Suprimentos é baseado no relacionamento 
direto dos que trabalham diariamente, pois a idéia é reduzir os lead-times e estoques 
ao mínimo necessário. 
 
Conforme Chopra e Meindi (2001), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), a 
informação é essencial para tomar boas decisões de gerenciamento da cadeia de 
suprimentos porque ela proporciona o conhecimento do escopo global necessário 
para tomar boas decisões. A tecnologia da informação proporciona as ferramentas 
para reunir essas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores decisões 
 26 
sobre a cadeia de suprimentos. Strati (1995), apud Souza, Carvalho, Liboreiro 
(2006), confirma esta proposição argumentando que as organizações estão 
deixando de serem sistemas relativamente fechados para transformarem-se 
sistemas cada vez mais abertos. As fronteiras estão se tornando cada vez mais 
permeáveis, e em muitos casos difíceis de identificar. A separação entre empresa e 
o ambiente passa a ser delimitada por uma tênue linha divisória,incerta e mutável. 
Muitas vezes, a empresa se confunde com o ambiente, misturando fornecedores e 
clientes. Fica difícil saber onde termina a cooperação e começa a concorrência. 
Lambert, Cooper e Pagh (1998), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), entendem 
que a Cadeia de Suprimentos pode ser considerada uma tentativa de estabelecer 
um corte transversal das fronteiras organizacionais visando viabilizar a gestão de 
processos entre corporações. Os próprios autores advertem que “gerenciar uma 
cadeia de suprimentos é uma tarefa desafiadora e que muito mais fácil escrever 
definições sobre esses processos do que implementá-los”. Conforme argumentou 
Ballou (1993), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), o conceito básico de 
logística, do qual evoluíram vários outros é “colocar o produto certo, na hora certa, 
no local certo e ao menor custo possível”. Apesar de ser um conceito genérico, 
reflete de forma clara a abrangência e o objetivo da logística. Segundo o Council of 
Logistics Management (CLM), logística é a parcela do processo da cadeia de 
suprimentos que planeja, implanta e controla, de forma eficiente e eficaz, o fluxo e o 
fluxo reverso e a estocagem de materiais, serviços, e as informações 
correlacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo, de forma a atender 
as necessidades dos clientes. 
Lambert (1993) afirma que, “o conceito de gerenciamento integrado de 
logística se refere à administração das várias atividades como um sistema 
integrado”. Christopher (1999) também amplia o conceito, considerando que a 
logística empresarial abrange as áreas que tratam diretamente com o fluxo de 
beneficiamento das matérias-primas em produtos acabados, tanto no aspecto 
interno de uma organização empresarial quanto no aspecto externo, envolvendo 
todos os fornecedores de matérias primas e partes que compõem um produto, até o 
ponto de ocorrência da demanda deste produto pelo consumidor final. 
É interessante observar que a definição dada pelo Council of Logistics 
Management para o SCM, “Gerenciamento da cadeia de suprimentos é a 
coordenação estratégica e sistêmica das funções de negócio tradicionais bem como 
as ações táticas que perpassam essas funções numa companhia e através de 
 27 
negócios dentro da cadeia logística com o propósito de aprimorar a performance de 
longo prazo das companhias individualmente e da cadeia de suprimentos como um 
todo”. 
Para Fleury, Wanke e Figueiredo (2000), apud Souza, Carvalho, Liboreiro 
(2006), a integração externa, outra das dimensões de excelência logística, significa 
desenvolver relacionamentos cooperativos com os diversos participantes da cadeia 
de suprimentos, baseados na confiança, capacitação técnica e troca de informações. 
A integração externa permite eliminar duplicidades, reduzir custos, acelerar o 
aprendizado e customizar serviços. 
Lambert (1993) considera o gerenciamento da cadeia de suprimentos “a 
integração dos processos-chave de negócios desde o usuário final até os 
fornecedores originais que provêem produtos, serviços e informações que agregam 
valor para os consumidores e demais interessados no negócio”. 
As empresas transnacionais que tiverem a coragem de adotar a visão de 
planejamento das cadeias de abastecimento globais poderão obter economias de 
abrangência, escala e velocidade, fatores-chave para a liderança mundial. Os 
acontecimentos mundiais estão forçando as empresas a considerar os méritos de 
processos de planejamento de tal abrangência. 
 
Para avaliação do estágio de uma organização, segundo modelo 
desenvolvido por Bowersox e colaboradores (1992), apud Souza, Carvalho, Liboreiro 
(2006), o nível de desenvolvimento da estrutura logística de uma empresa pode ser 
analisado a partir de três dimensões básicas: formalização da função logística, 
monitoramento de desempenho e adoção de tecnologia. 
 
O objetivo geral é contribuir para a modernização organizacional, operacional 
e controle de processos, analisando e apresentando métodos para aumentar a 
eficiência do planejamento e otimização do controle da gestão da cadeia de 
suprimentos, capazes de desenvolverem o processo, conseqüentemente o produto, 
convergindo assim para a melhoria da qualidade da produção e monitoramento da 
cadeia de suprimentos, adequando-os as necessidades. 
 
 
 28 
 
8- Conclusão 
 
 Todo o processo produtivo de uma Indústria Farmacêutica é tão amplo 
e complexo, que não se resume somente no planejamento e produção, tem todo um 
desenvolvimento que engloba o lote piloto passando pela validação, estabilidade do 
produto, documentação, reconciliação e qualidade final do mesmo, tudo dentro da 
GMP (Good Manufacture Products). 
 Todo este tramite é garantido desde a saída, a rastreabilidade não só 
da matéria-prima, embalagem bem como produto acabado garantindo a qualidade e 
confiabilidade final do produto proporcionando a satisfação do consumidor. 
 Com isso, foi apresentado a cadeia de abastecimento do produto para 
que o Representante tenha capacidade de vender o produto muito melhor para os 
seus clientes, de forma mais confiável e profissional tendo maior conhecimento do 
processo produtivo de forma à proporcionar para a empresa uma competitividade 
maior. 
 
O trabalho teve como objetivo a recomendação para a modernização 
organizacional e operacional, analisando e apresentando métodos para aumentar a 
eficiência do planejamento e otimização da cadeia de suprimentos, convergindo 
assim para a melhoria da qualidade da produção e monitoramento dos contratos, 
adequando-os as necessidades, demonstrando as razões pelas quais deve ser 
implementada a Cadeia de Suprimentos. A primeira conclusão deste trabalho foi 
evidenciar que deve haver sempre organização na gestão de contratos e da cadeia 
de suprimentos, observando alguns pontos básicos a serem seguidos, como: 
estruturar uma equipe para coordenar as atividades, definir responsabilidades, 
estabelecer um sistema de informações e cadastrar o que foi executado, visando à 
formação de um banco de dados entre outros. 
 
O gerenciamento adequado desses recursos possibilita a redução do custo 
sem que haja a diminuição do lucro e conseqüentemente reduzindo o custo da 
construção. Além disto, é apontado também a importância do processo de aquisição 
para o resultado final do empreendimento que depende de alguns fatores como; 
fornecer insumos ou serviços ao empreendimento atendendo aos parâmetros de 
 29 
qualidade e custo, negociar ao máximo com os fornecedores garantindo as melhores 
condições de compra e/ou contratação, avaliar e manter parcerias com fornecedores 
garantindo a melhoria contínua do processo. Estas funções a serem 
desempenhadas pelo setor de suprimentos parecem óbvias, entretanto, o modo que 
se assume ao desempenhá-las é que definirá o diferencial de uma empresa para a 
outra. 
 
Com relação à cadeia de suprimentos, é de extrema importância a diminuição 
dos problemas de comunicação entre o setor de suprimentos e os processos entre 
si. 
Para os processos internos, deverão utilizar computadores interligados entre 
si e formalizando processos administrativos de requisição de compras, facilitando a 
aquisição de serviços e/ou compra de materiais para a devida aplicação nas obras. 
A disponibilidade destas informações aumenta a flexibilidade com respeito, a 
saber, quanto, quando e onde os recursos podem ser utilizados para obtenção de 
vantagem estratégica. 
 30 
8. REFERÊNCIAS 
 
BOND, Emerson. Medição de desempenho para gestão da produção em um 
cenário de cadeia de suprimentos. Dissertação (mestrado em Engenharia de 
Produção). São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de 
São Paulo. 2002. 125p. 
 
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. PMBOK – Project management 
body of knowledge. Disponível em http://www.pmimg.org.br. 
 REIS, Palmyra Farinazzo. Análise dos Impactos da Implementação de 
Sistemasde Gestão da Qualidade nos Processos de Produção de Pequenas e 
Médias. Dissertação (Mestrado em Engenharia). São Paulo: Escola Politécnica da 
Universidade de São Paulo. 1998. 255p. 
SOUZA, Gleim Dias de, CARVALHO, Maria do Socorro M. V. de & 
LIBOREIRO, Manuel Alejandro Martínez. Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Integrada à Tecnologia da Informação. Revista de Administração Pública vol. 40 
nº 4. Rio de Janeiro. Julho e agosto de 2006. 
SOUZA, Roberto et al. Sistema de gestão da qualidade para empresas 
construtoras. São Paulo: Pini, 1997. 
ANGELL, Márcia. A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos. Rio de 
Janeiro: Record, 2007. 
 
ZUBIOLI, Arnaldo. Ética Farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004. 
 
 FEBRAFARMA. Departamento de Economia da Federação Brasileira da 
Indústria Farmacêutica. [s/título] Disponível:<http://www.febrafarma.org.br/divisoes. 
php?area=ec&secao=tc&modulo=ar qs_economia> 
 
BUXEY, G. Production Scheduling: practice and theory. European Journal for 
Operational Research, v. 39, p. 17-31, 1989. 
 
 
 
	Introdução
	3- PRODUÇÃO FARMACÊUTICA – FABRICAÇÃO
	3.1	Produção de Sólidos Orais
	3.2	Equipamentos e Localização
	3.3	Descrição do Fluxo de Processo Produtivo
	3.3.1	Saída do Almoxarifado
	3.3.2	Pesagem
	3.3.3	Granulação
	3.3.4	Compressão
	3.3.5	Drageamento
	3.3.6	Revestimento de Comprimidos
	3.3.7	Microgrânulos
	4- LÍQUIDOS ORAIS, SUSPENSÕES E SEMI-SÓLIDOS
	4.1	Líquidos Orais e Suspensões
	4.2	Semi-Sólidos:
	4.3	Equipamentos
	4.4 - Descrição dos Processos
	4.4.1	Produção de Líquidos Orais e Suspensões
	4.4.1.1	 Saída do Almoxarifado
	4.4.1.2	 Pesagem
	4.4.1.3	 Produção Líquidos Orais e Suspensões
	4.5 -Produção de Sem
	Sólidos
	4.5.1	Saída do Almoxarifado
	4.5.2	Pesagem
	4.5.3	Preparação de Semi-Sólidos
	5- PRODUÇÃO DE COLAGENASE
	5.1	Descrição Geral da Área de Produção de Colagenase
	5.2	Descrição do Processo
	5.2.1	Saída do Almoxarifado
	5.2.2	Pesagem
	5.2.3	Preparo do Meio
	5.2.4	Laboratório Microbiológico
	5.2.5	Fermentação
	5.2.6	Separação
	5.2.7	Filtração
	5.2.8	Ultrafiltração
	5.2.9	Flotação
	5.2.10 Diafiltração
	5.2.11 Liofilização
	5.2.12 Moagem
	5.2.13 Mistura
	5.2.14 Embalagem
	7- ENTENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS
	8- Conclusão

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