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ATIVIDADE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

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PÓS GRADUAÇÃO EM INTELIGÊNCIA POLICIAL
DISCIPLINA DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
Legislação Brasileira de Combate ao Crime Organizado 
Antes de comentar sobre as leis que coíbem a prática de organização criminosa, cumpre esclarecer o termo “organização criminosa”. 
Segundo Hartmann (2011), tais organizações possuem características especiais como, por exemplo, um sistema normativo infracultural, que privilegia valores específicos e determinados estilos de comportamento (honra, amizade, solidariedade e a violência como instrumento para ascender socialmente) que apresentam, como maior risco, a possibilidade de infiltração no sistema político-administrativo.
Para o mesmo autor, uma das características desse fenômeno social é que esses grupos, sempre enfrentarão, além do combate das forças policiais de sua região de atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas, os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo se pode dizer que as armas – e os assassinatos – entre outras são o sustentáculo do crime organizado. Entretanto, os maiores instrumentos e não menos fascinante das organizações criminosas é a ocultação de informações sobre suas atividades. Para tanto, elas contam com destruições de provas, subornos, falhas nos sistemas de segurança. Nesse sentido, suas ações se assemelham, em parte aos processos revolucionários subversivos sendo que completamente desprovido das nobres ideais de combate à miséria a construção de um mundo melhor, no crime organizado a maior importância decorre do poder social e do poder aquisitivo.
No Brasil, as organizações criminosas se desenvolveram com o tráfico de drogas, principalmente de maconha e a cocaína e secundariamente com o tráfico de armas, roubo de cargas, roubo a bancos e crimes de lavagem de dinheiro para tornar lícita a origem do dinheiro. Trata-se de negócio lucrativo, possuem uma estrutura organizada e complexa, sendo que um crime alimenta outro.
Diante da estrutura organizada, forte, atividade fortemente lucrativa e por trazer importante ameaça a sociedade, em 2013 os legisladores, abarcaram como matéria de direito penal o assunto e publicaram a Lei 12.850/2013, que dispõe sobre conceito de organização criminosa, que dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências.
O artigo 1º, §1º da aludida lei, considera uma organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais.
O artigo 2º, § 1º, prevê pena para quem embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
A legislação também penaliza de maneira especial a participação de funcionário público, mormente se policial, em esquema de organização criminosa, tendo a lei atrelada à apuração pela Corregedoria de Polícia à participação, para acompanhamento da apuração, de membro do Ministério Público.
Quanto aos meios de obtenção de provas, tal ordenamento prevê, além dos meios usuais investigativos, a utilização das tecnologias, que surgiram nos últimos anos, e a união de forças dos órgãos e instituições das esferas federal, estadual e municipal, conforme disciplina seu Artigo 3 º (BRASIL, 2013). 
Importante meio para conseguir informações para entender como funcionam as organizações criminosas e dar fim nessa atividade ilícita é a delação premiada. 
A delação premiada, disciplinada no Artigo 4º, menciona que o juiz poderá, a requerimento das partes, conceder os benefícios da delação, a dedução lógica que esses benefícios poderão ser requeridos não somente pelos interessados no desbaratamento da associação criminosa, mas também, pelo Defensor do agente criminoso que se disponha a colaborar. No entanto, levando-se em consideração o interesse da investigação pela polícia e das condições para a propositura da denúncia pelo representante do Ministério Público, cabe a estes, a princípio, a iniciativa da proposta. Os critérios objetivos para a concessão dos benefícios da delação premiada estão nos incisos do referido artigo (JUSBRASIL 
REFERÊNCIAS
BRASIL, 2013. Planalto. Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm
HARTMANN, J.C.F. 2011. Crime organizado no Brasil. Disponível em: <https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0611230215.pdf>.
JUSBRASIL. https://jus.com.br/artigos/25355/aspectos-praticos-da-lei-n-12-850-de-02-de-agosto-de-2013#:~:text=em%20territ%C3%B3rio%20brasileiro.-,Art.,%C3%A0s%20demais%20infra%C3%A7%C3%B5es%20penais%20praticadas.

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