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Alimentos Transgênicos

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Universidade de São Paulo 
 Faculdade de Saúde Pública 
 Departamento de Saúde Pública 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentos transgênicos: ​Os princípios, dados de 
produção, as vantagens socioeconômicas e os fatores de risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ana Carolina Almeida 
 Isabella Lucchesi 
Jessica Pinke 
Marianne Gonçalves 
Natália Mitie Tiuganji 
Samara Ferrari 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 2015 
 
 Ana Carolina Almeida 
 Isabella Lucchesi 
Jessica Pinke 
 Marianne Gonçalves 
 Natália Mitie Tiuganji 
 Samara Ferrari 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentos transgênicos: ​Os princípios, dados de 
produção, as vantagens socioeconômicas e os fatores de risco 
 
 
 
Trabalho temático para o segundo semestre do Curso de Graduação em Nutrição para a 
disciplina de Produção e Composição de Alimentos (HNT-197) 
Docentes responsáveis: Dra. Elizabeth A. F. S. Torres 
Dr. José Alfredo G. Arêas 
 
 
C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 2015 
 
 
1 
Sumário 
 
 
 
1.0 Introdução…………………………………………………………………………...……..1 
 
2.0 Metodologia………………………………………………………………………....……. 
 
3.0 Objetivo………………………………………………………………………………….. 
 
4.0 Desenvolvimento……………………………………………………………………….…. 
 
 4.1 Produção de Transgênicos no Brasil……………………………………….……….. 
 4.2 Discussão: vantagens e desvantagens dos alimentos transgênicos…………... 
 4.3 Rotulagem………………………………………………………………………...… 
 4.4 Biossegurança……………………………………………………………………...... 
 
6.0 Conclusão…………………………………………………………………………….. 
 
7.0 Referências………………………………………………………………………….. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
1.0 Introdução 
O aumento da população mundial associado às mudanças nos padrões de clima global e as 
alterações no uso da terra exacerbarão os problemas regionais de produção e demanda por 
alimentos, podendo culminar na falta de alimentos e deficiências generalizadas de 
micronutrientes (vitamina A, iodo e ferro). As decisões que serão tomadas na área de 
biotecnologia, por ações e diretrizes governamentais, empresas privadas e da população civil, 
devem ser baseadas em conhecimento científico, em detrimento de posições ideológicas e de 
mercado, pois, afetarão os recursos naturais do planeta e consequentemente a vida humana. 
Um dos grandes desafios apontados por Krieger é o aumento e melhoramento da produção e 
distribuição de alimentos com objetivo de diminuir o fantasma da fome mundial, com 
ressalvas para a redução dos impactos ambientais e sociais e visando a geração de empregos 
para os segmentos de baixa renda. Para tal, faz-se necessário o uso adequado de novas 
tecnologias que possuam respaldo científico que garantam a sua eficiência e inocuidade com 
vista de garantir o bem estar humano com respeito ao meio ambiente e aos direitos do 
cidadão de possuir sua alimentação assegurada. 
Uma das tecnologias mais discutidas para o beneficiamento da produção de alimentos e 
produtividade é o uso da técnica biotecnológica de transgenia. O uso de alimentos 
transgênicos e seus impactos na produção de alimento, aumento da produtividade, impacto 
social, econômico, ambiental e cultural, além de outras perspectivas que tangem o processo 
da produção de alimentos transgênicos até o consumidor final serão abordados no decorrer 
deste trabalho. 
2.0 Objetivos 
Os objetivos deste trabalho é condensar, coesamente, o conteúdo disponível na literatura 
científica e bancos de dados, tais como ISAAA, sobre a conceituação e uso dos transgênicos, 
3 
sua vantagens e desvantagens, e o foco na produção alimentar no território brasileiro 
atualmente. 
3.0 Metodologia 
A metodologia consistiu em uma revisão bibliográfica feita a partir de um levantamento 
coeso ao que há de referente à produção, composição e consequências de alimentos 
transgênicos na literatura científica. Partiu-se da definição e conceituação do tema abordado, 
dados e relevância internacionais, e aprofundou-se na produção de alimentos transgênicos no 
Brasil através de levantamento de dados e análise dos resultados obtidos. 
3.0 Desenvolvimento 
Segundo Tilman ​et al​., a seleção fenotípica foi a primeira medida usada por seres humanos 
para produzir um melhoramento de plantas. A descoberta da estrutura do DNA em 1953 por 
James D. Watson e Francis H. Crick (​A Structure for Deoxyribose Nucleic Acid​), 
revolucionou as Ciências Biológicas. A partir da compreensão da estrutura do DNA, pode-se, 
então, esclarecer o código genético. Sendo o código genético universal, tem-se que um gene 
expresso por um indivíduo A codificará a mesma informação genética caso inserido em um 
indivíduo B. Para Paterniani, a propriedade de universalidade do código genético é o que 
permitiu o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de transferir genes de uma espécie a 
outra. Durante a década de 1970, a tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvida por 
dois pesquisadores estado-unidenses, H. Boyer e S. Cohen. 
Em 1985, a tecnologia do DNA recombinante encontrou o campo da produção de alimentos 
ao se introduzir o gene que codificava a enzima quimosina, responsável por coalhar o leite no 
processamento de produção de queijo. 
O alimento que marca o nascimento dos transgênicos, destinado ao consumo humano, foi o 
tomate ​Flavr Savr™, desenvolvido em 1994, nos EUA, através de asRNA para regular a 
4 
expressão da enzima poligaracturonase (PG), considerada a enzima relacionada ao 
amolecimento do fruto, fazendo com que a vida útil desse tomate fosse maior. 
Sluys aponta como uma definição mais atualizada de transgênico: “Então na verdade, seria 
um organismo vivo que é um produto de introdução controlada de DNA, de uma informação 
genética, em um genoma receptor”. Neste processo são utilizados vários métodos para inserir 
características desejáveis ​​no genoma do hospedeiro, atentando-se em preservar as 
características individuais da planta. 
No ano de 1999, mais de 100 milhões de acres eram lavrados com sementes transgênicas ao 
redor do mundo. Os agricultores enxergaram no uso biotecnológico do cultivo em larga 
escala e grandes propriedades de culturas transgênicas um meio de aumentar a sua 
produtividade, evitar e diminuir a incidência de surtos de pestes nas plantações e garantir uma 
rentabilidade e lucro maiores sobre as suas ​commodities​. 
 
reas relativas de cultivo de sementes modificadas foram de países em desenvolvimento, 
totalizando 96,2 milhões de hectares de um total mundial de 181,5 milhões de hectares. ​Em 
2014, pelo 19º ano consecutivo, as áreas de plantações com sementes geneticamente 
5 
modificadas cresceram, sustentando um aumento de 3 a 4%, um equivalente a 6,3 milhões de 
hectares de novas áreas plantadas com transgênicos por ano. Neste mesmo ano, um total de 
18 milhões de fazendas plantavam sementes OGMs em 28 países, onde 94,1%, ou 16,9 
milhões, eram pequenos agricultores de países em desenvolvimento. Em 2014, pela terceira 
vez, maisda metade (53%) das áreas cultivadas com tecnologia transgênica eram de países 
em desenvolvimento, apesar disso, apenas 28% dos lucros totais de produção voltavam a 
esses países, a maior parte (72%) se concentra nos países desenvolvidos, paradoxalmente. 
3.1 Produção de transgênicos no Brasil 
A introdução dos transgênicos, no Brasil, ocorreu ilegalmente com a chegada de sementes de 
soja transgênica trazidas da Argentina por agricultores do Rio Grande do Sul. A defasagem 
no controle e monitoramento das plantações com sementes modificadas de forma ilegal 
demandou a criação de um órgão que assegurasse uma avaliação adequada e criteriosa de 
acordo com conhecimentos técnico-científicos sobre os OGMs, logo, em 1995, criou-se a 
CTNBio, pelo decreto nº 1.752, para o controle técnico da transgenia que visa o avanço de 
processos tecnológicos, protegendo a saúde humana, animal e do meio ambiente. 
Nos dados de 2014 da ​International Service for the Acquisition of Agri-Biotech Applications 
(ISAAA), o Brasil é o segundo maior país produtor de culturas biotecnológicas no mundo, 
ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Da produção brasileira de transgênicos, a maior 
produção é a da soja, com 29,1 milhões de hectares plantados em 2014, seguindo-se dos 
cultivos de milho com 12,6 milhões de hectares plantados no mesmo ano. Para o ISAAA, em 
2014, 89,2% do total das áreas plantadas para a soja, o milho e o algodão eram de sementes 
modificadas geneticamente, um equivalente 42,2 hectares de área. 
6 
 
 
Segundo o ISAAA, os primeiros anos de aprovação de OGMs pela CTNBio eram altos, 
porém, entre 2013 e 2014 o número de aprovações foi muito baixo. Em 2014, existiam 37 
plantas transgênicas aprovadas no país, deste número 5 tipos de soja, 19 de milho 12 de 
algodão e 1 feijão resistente a vírus. De 2004 a 2014, o Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA) aprovou 959 variedades de soja, das quais 752 foram geneticamente 
modificadas (78%) e apenas 207 eram variedades convencionais (22%). O Brasil tem 
desenvolvido outros cultivos biotecnológicos, como a cana-de-açúcar para a produção de 
açúcar, além de arroz, trigo e frutas cítricas. 
3.2 Discussão: vantagens e desvantagens dos alimentos transgênicos 
Para Andrade "O melhoramento genético vegetal visa à obtenção de plantas mais produtivas, 
adaptadas a diferentes ecossistemas, resistentes a doenças e pragas e com maior qualidade 
nutricional". De fato, a principal justificativa da argumentação positiva ao uso de 
transgênicos, utiliza-se das necessidades de aumentar-se a produtividade para o suprimento 
7 
da demanda de alimentos frente ao crescimento populacional e a insegurança alimentar, já 
enfrentada por parte da população global. (Cavalli, 2001) Essa argumentação é contestada, 
no entanto, quando se encara a fome como mais do que apenas um problema decorrente da 
ineficiência dos métodos tradicionais de produção de gêneros alimentícios. 
Para Londres, 77% dos transgênicos produzidos atualmente, possuem como única 
modificação genética a resistência a herbicidas e pragas. 
Um estudo realizado pela Universidade de Nebraska, afirmou que as produções de soja 
não-transgênica foram de 5 a 15% maiores do que as de soja transgênica, contrariando a 
afirmação de maior produtividade gerada pelo uso da transgenia. 
A maior acessibilidade ao alimentos, sugerida pelos defensores do emprego de transgênicos, 
é explicada pela suposta redução do uso de agroquímicos, o que baratearia o custo da 
produção. Contradizendo tal argumento, o Departamento de Agricultura do Governo 
Americano (USDA), afirmou que o cultivo da Soja Roundup Ready fazia necessário o uso de 
15% a mais de herbicida do que a soja convencional. 
Segundo Benbrook, de 1996 a 2008, nos Estados Unidos, a implantação de soja, milho e 
algodão transgênicos levaram ao uso de 144 milhões de quilos a mais de herbicidas do que 
nas culturas convencionais. 
Para Altieri; Rosset, as pragas adquirem resistência aos genes herbicidas dos OGMs muito 
mais rapidamente que aos inseticidas, fazendo com que a curto ou longo prazo a proteção 
inserida nos transgênicos deixe de ter um efeito eficaz. A ​Royal Society of Canada’s Biotech 
Experts afirma que as próximas gerações de organismos geneticamente modificados serão 
ainda mais complexas, o que obrigará os agricultores a utilizarem químicos altamente tóxicos 
para eliminar novas super pragas. 
8 
No entanto, para Dufumier, não se pode negar, que a resistência a herbicidas dos transgênicos 
fornece uma opção útil para estabelecimentos agrícolas localizados na savana, por exemplo, 
onde o controle de pragas constitui uma atividade de difícil execução, sendo o uso de 
herbicidas rentável, desde que não cause danos ao gênero cultivado. São poucos e 
contraditórios os resultados e estudos sobre o impacto dos transgênicos nas populações de 
insetos e outras espécies vegetais, embora a simplificação de agroecossistemas devido à 
implantação de monoculturas, dispensa de rotação de culturas e emprego de herbicidas, pode 
estar relacionada com problemas na manutenção de populações de borboletas e outros insetos 
polinizadores, causando o aumento de impedimento da reprodução de cerca de 30 mil 
espécies vegetais, cultivadas ou selvagens. 
Outro problema relaciona-se ao monopólio das sementes geneticamente modificadas por 
grandes multinacionais e a dependência ao qual os produtores agrícolas são sujeitados. 
Para Chupeau et Gouyon, os transgênicos da segunda geração, ou seja, organismos 
desenvolvidos com genes de melhoramento de qualidades nutricionais e organolépticas, além 
de resistência maior à organismos patogênicos, estresse hídrico e à salinidade dos solos, 
diferentemente dos de primeira geração, que tiveram enfoque no melhoramento genético para 
resistência à herbicidas e/ou produção de toxinas de proteção contra pragas, seriam talvez 
uma solução mais eficiente para o problema da fome e carências nutricionais. Estes, no 
entanto, ainda não foram desenvolvidos e despertam pouco interesse de investimento de 
companhias privadas pela maior dificuldade apresentada em sua criação (os transgenes 
devem interferir em várias vias de regulação metabólica para tanto) e pelo longo período de 
validade das patentes, aumentando o risco dos OGMs serem ultrapassados, quando 
finalmente forem liberados para comercialização. 
9 
Alimentos usualmente consumidos pela população brasileira , como arroz, feijão e batata 
doce, estão sendo atualmente alvo de modificações genéticas voltadas para sua 
biofortificação com vitamina A, ferro e zinco, realizada pela empresa EMBRAPA, através do 
projeto BioFort que visa a diminuição das carências nutricionais e o aumento da segurança 
alimentar. (Lanzetta, 2015). 
Um risco a ser considerado é o de transferência horizontal e recombinação entre os 
organismos geneticamente modificados da primeira geração, com acréscimo de resistência à 
antibióticos, e bactérias patogênicas do ser humano. Outro possível risco refere-se a reações 
alergênicas e intolerantes causadas pelos genes acrescidos aovegetal e outros problemas à 
saúde humana (Ferment G.). 
A União de Academias de Ciências e Humanidades da Alemanha, por meio de um relatório 
onde analisou-se riscos potenciais do consumo de alimentos transgênicos, declarou que os 
OGMs são equivalentes ou mesmo superiores que seus equivalentes convencionais, quando 
analisados possíveis efeitos toxicológicos, carcinogênicos, alergênicos e outras alterações 
indesejadas. Além do fato de que OGMs são submetidos à testes e legislação rigorosos 
quanto a sua segurança, o que não ocorre nos produtos convencionais. 
3.3 Biossegurança 
É avaliado se a interação do transgênico com a planta, o inseto ou algum outro ser vivo é 
igual do que o tradicional. E é avaliado, também, como ele interage, “cruza”, com outras 
espécies. Quando se fala de saúde humana, é realizado um teste toxicológico e nutricional e 
se há a possibilidade de alguma alergia (procedimento que não é realizado nos alimentos 
convencionais). 
No Brasil, a lei de Biossegurança (11-105/05) exige que qualquer OGM passe pela avaliação 
técnica nacional de Biossegurança CTNBIO. Com efeito, apenas no ano de 2006, a comissão 
10 
aprovou a liberação da produção comercial de cinco organismos transgênicos, a despeito de 
nem todas empresas preencheram os requerimentos determinados pela própria CTNBio 
(Melgarejo et. al., 2013). 
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) também participa de pesquisas 
para garantir a qualidade e a inoquidade desses OGMs, eles fizeram o projeto Bioseg-Rede de 
Biossegurança; onde o organismo geneticamente modificado precisa gerar um protocolo 
científico, utilizando como modelo plantas (PGM’S) usados pela empresa. 
3.4 Rotulagem 
A rotulagem de alimentos no Brasil é considerada um direito do consumidor, defendida pela 
lei n° 8.078, de 11/09/90 – art. 6°, III e art. 8°, no qual defende-se o direito do cidadão em 
conhecer as informações pertinentes na produção de um produto, além de promover a 
autonomia e o empoderamento da população no processo de escolha e aquisição dos 
alimentos. De acordo com a Lei de Biossegurança 11.105/2005, art. 40, os alimentos e 
ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam 
produzidos a partir de OGMs ou derivados deverão conter informação nesse sentido em seus 
rótulos, conforme regulamento 
Em 28 de abril deste ano, deputados pediram uma análise das leis de rotulagem sobre os 
transgênicos para eliminação do símbolo nos produtos alimentícios processados e de origem 
animal cujo animal fora alimentado com ração modificada geneticamente (PL 4148). 
Objetivando-se a derrubada do antigo decreto as seguintes alternativas foram apresentadas: 
tornar a simbologia facultativa, substituir o símbolo pela afirmativa “contém alimento 
transgênico” ou rotular alimentos identificados por meio de análise laboratorial, o que pode 
acarretar a falta de informação ao consumidor final, visto que alimentos processados são de 
difícil detecção de ingredientes transgênicos (IDEC, 2015). 
11 
4.0 Conclusão 
A alta adesão da tecnologia do DNA recombinante na produção de gêneros alimentícios, 
apesar das polêmicas e questões de biossegurança quanto a saúde humana, animal e 
ambiental, não trouxeram tanto efeito no aumento negativo prático quanto ao uso desses 
cultivos ao redor do mundo, que têm crescido em detrimento dos cultivos tradicionais, e 
entrado cada vez mais no mercado de consumo. Nota-se que no Brasil, a soja, o milho e o 
algodão se destacam na área agrícola, voltado principalmente para exportações, consumo 
animal e produção de combustíveis. Entretanto, novas propostas de leis quanto à rotulagem 
têm levantado discussões acerca do uso de alimentos transgênicos na alimentação da 
população brasileira. 
6.0 Referências 
 
1. NODARI, R. O.; GUERRA, M. P. ​Plantas transgênicas e seus produtos: impactos, 
riscos e segurança alimentar​. Rev. Nutr,​ ​Campinas, 16(1):105-116, jan./mar., 2003. 
2. Seminário Internacional: ​Transgênicos no Brasil. (2003, São Paulo, SP). Org. Adilson 
Avansi de Abreu. -- São Paulo: Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da 
Universidade de São Paulo, 2005. 308 p. 
3. Conselho de Informações Sobre Biotecnologia. Agricultura. ​Transgênicos​. Disponível 
em: <​http://cib.org.br/biotecnologia/agricultura/​> Acesso em 12/11/2015. 
4. The National Museum of American History. ​Humulin N, NPH, human insulin 
(recombinant DNA origin) isophane suspension​. Disponível em: 
<​http://americanhistory.si.edu/collections/search/object/nmah_1000967​> Acesso em: 
12/11/2015. 
5. JAMES, C. 2014. ​Global Status of Commercialized Biotech/GM Crops: 2014​. 
ISAAA Brief No. 49. ISAAA: Ithaca, NY: January, 2015. 
6. Segurança alimentar: a abordagem dos alimentos transgênicos. Rev. Nutr.​[online]. 
2001, vol.14, suppl., pp. 41-46. ISSN 1678-9865. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732001000400007. 
7. NODARI, Rubens Onofre and GUERRA, Miguel Pedro.Implicações dos 
transgênicos na sustentabilidade ambiental e agrícola. Hist. cienc. saude-Manguinhos 
[online]. 2000, vol.7, n.2, pp. 481-491. ISSN 1678-4758. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702000000300016​. 
8. NODARI, Rubens Onofre e GUERRA, Miguel Pedro.Plantas transgênicas e seus 
produtos: impactos, riscos e segurança alimentar (Biossegurança de plantas 
12 
http://cib.org.br/biotecnologia/agricultura/
http://americanhistory.si.edu/collections/search/object/nmah_1000967
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702000000300016
transgênicas). Rev. Nutr. [online]. 2003, vol.16, n.1, pp. 105-116. ISSN 1678-9865. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732003000100011. 
9. Andrade S. R. M. ​Documentos 130. Biossegurança de alimentos trangênicos. 
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Embrapa cerrados. 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Planaltina, DF, 2004. 
Disponível em <http://bbeletronica.cpac.embrapa.br/2004/doc/doc_130.pdf> Acesso 
em 14 de novembro de 2015. 
10. MARINHO, C. L. C. and MINAYO-GOMEZ, C. ​Decisões conflitivas na liberação 
dos transgênicos no Brasil. ​São Paulo Perspec. vol. 18. no.3. São Paulo: JulySept. 
2014. 
11. MELGAREJO, L., FERRAZ, J. M., FERNANDES, G. B. ​Transgênicos no Brasil: a 
manipulação não é só genética​. Agriculturas. v.10. no.1. Março de 2013. 
12. Insituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). ​Fim da rotulagem dos 
alimentos transgênicos: diga não. Disponível em 
<​http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/fim-da-rotulagem-dos-alimentos-tran
sgenicos-diga-no​> Acesso em 19 de novembro de 2015. 
13. RIBEIRO, I. G.; MARIN, V. A. ​A falta de informação sobre os Organismos 
Geneticamente Modificados no Brasil. Rev. Ciência e Saúde Coletiva. v. 17 n.2 Rio 
de Janeiro 2012. 
14. AZEREDO R. M.C. ​Alimentos transgênicos: segurança para a saúde. Conselho de 
Informações sobre Biotecnologia. 2004. Disponível em 
<http://cib.org.br/em-dia-com-a-ciencia/artigos/alimentos-transgenicos-seguranca-par
a-a-saude/> Acesso em 20 de novembro de 2015. 
15. FERMENT G.; et al.​Transgênicos para quem? Agricultura Ciência Sociedade. 
Ministério do Desenvolvimento Agrário. Brasília, 2011. Disponível em 
<http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_arquivos_64/pageflip-4204232-487363-lt_Transgnicos_para_quem-4765672.pdf> Acesso em 22 de novembro de 
2015. 
16. LANZETTA P. Alimentos biofortificados buscam reduzir a desnutrição da população. 
EMBRAPA. Disponível em 
<https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/3254365/alimentos-biofortificad
os-buscam-reduzir-a-desnutricao-da-populacao> Acesso em 22 de novembro de 2015. 
 
13 
http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/fim-da-rotulagem-dos-alimentos-transgenicos-diga-no
http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/fim-da-rotulagem-dos-alimentos-transgenicos-diga-no

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