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ESTADO DE ALAGOAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAMA ESPECIAL PARA FORMAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS - PROESP Olá! O presente instrumento de avaliação tem por objetivo resgatar os conceitos trabalhados durante a disciplina, valendo-se de questões discursivas para auxiliar o processo de compreensão da produção do ordenamento jurídico mundial e brasileiro. Para sua realização, poderão se valer de consulta aos materiais de aula e à legislação reguladora. Certamente farão grande progresso se estiverem atentos(as) aos enunciados das questões propostas. Os elementos apresentados foram objeto de nossa discussão durante as aulas, mas as questões buscam que sejam aprofundados e tomados conceitos e fatos não esgotados em função da exiguidade do tempo, razão de a execução desta atividade comportar o objetivo de ampliar os conhecimentos através da pesquisa. Conforme já informado, a atividade deverá ser realizada, impreterivelmente, em grupos de 03 acadêmicos, salvo as situações em que o quantitativo da turma impedir esta distribuição. Todas as atividades deverão ser devolvidas via Google Sala de Aula. Uma vez que esta atividade está sendo postada na data de 13/11/2020, sua devolução deverá se dar até o dia 18/11/2020. Excelente atividade! ATIVIDADE PROSPECTIVA – HISTÓRIA DO DIREITO 1. Considere a seguinte afirmação: “Examinar e problematizar as relações entre a História e o Direito reveste-se hoje da maior importância, principalmente quando se tem em conta a percepção da normatividade extraída de um determinado contexto histórico definido como experiência pretérita que conscientiza e liberta o presente” (WOLKMER, Antônio Carlos. Paradigmas, historiografia crítica e direito moderno. In: Revista Fac. Direito. Curitiba, n. 28, 1994/95, p.55-67). Tendo como referência o estudo realizado, responda à seguinte questão: Qual a importância atual de problematizar a relação entre História e Direito? 2. Com fulcro em nossas discussões e nos textos que serviram de base à disciplina, estabeleça uma relação entre o direito dos povos da Mesopotâmia, Egito e hebreus, destacando, no mínimo, três aspectos convergentes e divergentes. 3. Na sequência, o império centralizou todos os poderes nas mãos de Augusto. Apesar de respeitar as instituições públicas em Roma, nas províncias imperiais agia como um déspota. Nesse período destacam-se alguns jurisconsultos e criadores de conceitos tópicos da ciência jurídica romana. Já o baixo Império foi marcado pela sua cristianização e pela decadência política e cultural. A propriedade era considerada perpétua e impassível de contestação dos outros, merecendo grande importância para os romanos. Essa relevância decorria tanto da parte econômica como da religiosa, uma vez que cultuavam os ancestrais enterrados em tais áreas. Devido ao seu caráter sagrado, a propriedade era perpétua das famílias, mas o poder dos proprietários não era ilimitado. A ciência jurídica conheceu a sua autonomia, primeiramente, através do povo romano. No campo da propriedade, surgiram conceitos de copropriedade, teorias subjetivas sobre a posse e conceito de pessoa jurídica. Os romanos foram pioneiros na construção dos conceitos jurídicos de direito objetivo e subjetivo, conceitos de ato e fato jurídico e também na questão da irretroatividade das leis civis. Entretanto, o Império Romano foi substituído pela fragmentação da Europa ocidental em unidades de produção descentralizadas, que constituíram o antigo feudalismo. Nesse período, a Igreja era a única instituição centralizada. Fundamentalmente, o Direito Romano foi incorporado pelo Ocidente por satisfazer os burgueses em relação às práticas capitalistas. Com o passar do tempo, ele passou a ser cautelosamente estudado e aplicado mais concretamente, notavelmente com o advento do sistema romano-germânico. (Resumo da Obra “Fundamentos de História do Direito”, de Antonio Carlos Wolkmer (org.), publicada pela Editora Del Rey). Recorrendo à pesquisa mais aprofundada entre as obras indicadas na disciplina, faça um breve resumo destacando os principais legados do direito romano aos dias atuais, remetendo-se, para tanto, à normatização realizada naquele período. 4. Considere a afirmação: “[...] o direito desempenhou, na Idade Média, um papel muito menor do que havia tido no mundo romano e o que alcançaria na modernidade; um papel subalterno. Regressou-se a um arcaico mundo de temores e mistérios populares, a um mundo mágico-religioso. Ainda que agora se fez seu e se transformou híbrido e desnaturalizado, como bem compreenderiam os espíritos profundo e sinceramente religiosos como Francisco de Assis ou Lutero séculos mais tarde. As crenças religiosas (servidas por uma clerezia próxima aos fragmentados poderes locais) se constituíram no discurso público por excelência, e as noções jurídicas mesmas experimentaram uma mutação que as retrotraía à linguagem sacerdotal” (CAPELLA, 2002, p. 84-85). O autor está correto ao dizer que houve um retrocesso na sociedade medieval? Por que a religiosidade serviu de discurso público por excelência? 5. Segundo Justo, em análise sobre a herança jurídica que recebemos do Direito Português, afirma: “Quando, em 22 de Abril de 1500, a armada portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral chegou à Terra de Vera Cruz, o Direito Português penetrou no Brasil, onde, durante vários séculos, teve vigência e, hoje, conserva uma influência particularmente importante que permite afirmar, sem a mínima ousadia, que partilhamos, Portugueses e Brasileiros, do mesmo direito: o direito luso-brasileiro” (JUSTO, Antônio Santos, 2008, Palestra “A INFLUÊNCIA DO DIREITO PORTUGUÊS NA FORMAÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO”, disponível em file:///C:/Users/55829/Downloads/217-Texto%20do%20artigo-650-1-10- 20170309.pdf). Teça uma análise sobre a contribuição do Direito Português, em especial, no que toca às Ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas, para a formação do Direito Brasileiro: 6. De acordo com Klaes, “O direito pode ser considerado mais como um mecanismo criador de estruturas econômicas e comerciais do que propriamente um instrumento da Justiça Social. A prática legal é cada vez mais definida em função do mercado e em razão da instrumentalização de formas que possibilitam o uso tático das estruturas jurídicas pelas elites econômicas, que depauperam os regimes democráticos nacionais, convertendo a sociedade em uma massa por elas controlada legalmente, tornando visível e presente a existência de um superpoder econômico transnacional por trás das organizações políticas nacionais” (KLAES, Marianna Izabel Medeiros. O fenômeno da globalização e seus reflexos no campo jurídico. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 968, 25 fev. 2006). Tomando por base o fenômeno da globalização, relacione os impactos desse processo complexo sobre a produção jurídica e administração da justiça.
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