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Tatiana Lopes 2020.1 Terceira Semana do Desenvolvimento Embrionário Caracterizada por: Aparecimento da linha primitiva. Desenvolvimento da notocorda. Diferenciação das 3 camadas germinativas. Gastrulação: formação das camadas germinativas: Embrião nesse período é denominado de gástrula. Cada uma das camadas dará origem a órgãos e tecidos específicos. Disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar. A gastrulação é o início da morfogênese, isto é, do desenvolvimento da forma do corpo e o evento mais importante da 3ª semana do desenvolvimento embrionário. Se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do Epiblasto do disco embrionário. Embrião trilaminar: Ectoderma: origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e várias outras estruturas. Endoderma: origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. Mesoderma: origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor. Linha primitiva resulta na proliferação e da migração de células do Epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Sua extremidade caudal se alonga com a adição de células e sua extremidade cranial se prolifera e forma o nó primitivo. Na linha primitiva, é formado o sulco primitivo, que continua formando a fosseta primitiva, que é uma pequena depressão no nó primitivo. O sulco e a fosseta primitiva resultam na invaginação das células. Parte do mesênquima forma o mesoblasto, que forma o mesoderma embrionário. Endoderma embrionário, é formado pelo deslocamento do Hipoblasto por células do Epiblasto, do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva. As células que permanecem no Epiblasto formam o ectoderma embrionário. A partir do processo de gastrulação, as células do Epiblasto dão origem a todas as 3 camadas germinativas do embrião, que darão origem a todos os tecidos e órgãos. A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pelo ingresso de células até o final da quarta semana, sofrendo assim mudanças gradativas até o seu desaparecimento também na quarta semana. Tatiana Lopes 2020.1 Processo notocordal e notocorda: Processo notocordal: se dá por meio da migração, em direção cefálica do nó e da fosseta primitiva, de células mesênquimais. Cresce cefalicamente entre endoderma e o ectoderma até alcançar a placa pré – cordal, uma pequena área circular onde o endoderma e o ectoderma estão em contato. Quando o processo notocordal aquire luz, forma o canal notocordal. A placa pré – cordal é o primórdio da membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da cavidade oral e que tem papel sinalizador no desenvolvimento de estruturas cranianas. Membrana cloacal: indica o local do futuro ânus, situada caudalmente à linha primitiva como uma área circular. Nesse local, e também na membrana bucofaríngea o disco embrionário permanece bilaminar, pois o ectoderma e o endoderma se encontram fundidos de modo a impedir a passagem de células mesênquimais entre os folhetos. Sinais indutores na região da linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a formarem a notocorda. São funções da notocorda: Definir o eixo primitivo do embrião de modo a conferir certa rigidez. Fornecer os sinais necessários para o desenvolvimento do eixo axial e sistema nervoso central. Contribuir na formação dos discos intervertebrais. Ela se desenvolve da seguinte maneira: Alongamento do processo notocordal, pela invaginação de células da fosseta primitiva. Formação do canal notocordal, pela extensão da fosseta primitiva para dentro do processo notocordal. Processo notocordal, então, é um tubo celular que se estende cefalicamente do nó primitivo até a placa pré – cordal. Fusão do assoalho do processo notocordal com o endoderma embrionário subjacente. Degeneração das camadas fundidas, formando uma abertura no assoalho do processo notocordal. Desaparecimento do canal notocordal. O remanescente do processo notocordal forma a placa notocordal, achatada e com um sulco. As células da notocorda se proliferam e a placa notocordal se dobra formando a notocorda. A parte proximal da notocorda persiste formando temporariamente o canal neuroentérico, que garante uma comunicação transitória entre as cavidades dos sacos amniótico e vitelino. Tatiana Lopes 2020.1 A notocorda se separa do endoderma do saco vitelino, que volta a ser uma camada continua. A notocorda se estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo, degenerando- se quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como o núcleo polposo de cada disco intervertebral. A notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma sobrejacente a se expressar e formar a placa neural, primórdio do sistema nervoso central. Alantóide: É uma pequena invaginação em forma de salsicha da parede caudal do saco vitelino que se estende para o pedículo do embrião. Permanece muito pequeno, mas o medodermo alantoide se expande abaixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta. Parte proximal: úrico, se estende da bexiga até a região umbilical. Os vasos sanguíneos do alantoide se tornarão as artérias umbilicais. Neurulação: formação do tubo neural São processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais no fechamento dessas pregas para formar o tubo neural. Placa neural: se forma com o espessamento do ectoderma embrionário, com o desenvolvimento da notocorda. Neuroectoderma: ectoderma da placa neural que dá origem ao sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal). Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se larga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea. Sulco neural: formado a partir da invaginação da placa neural ao longo de seu eixo central. Pregas neurais tornam-se proeminentes na extremidade cefálica, o que dá o primeiro sinal de desenvolvimento do encéfalo. Quando essas pregas começam a se aproximar e se fundir, convertem a placa neural em tubo neural, o primórdio do sistema nervoso central. Tubo neural se separa do ectoderma de superfície, de modo que as células da crista neural formam uma massa achatada e irregular, a crista neural, localizada entre o tubo neural e o ectoderma superficial suprajacente. Assim, a crista neural se separa em partes direita e esquerda que migram para porção dorsolateral do tubo neural. Tatiana Lopes 2020.1 Nessa região é originada os gânglios sensitivos dos nervos cranianos espinhais. As células da crista neural depois se movem tanto para dentro quanto sobre a superfície dos somitos. As células da crista neural originam os gânglios espinhais e os gânglios do sistema nervoso autônomo, além de formarem as bainhas de neurilema dos nervos periféricos e contribuírem na formação de diversas células. As interações celulares na superfície do epitélio e entre ele e o mesoderma subjacente são necessárias para estabelecer os limites da placa neural. Desenvolvimento dos somitos: Mesoderma paraxial: formado a partir das células derivadas do nó primitivo. Na região próxima ao nó, as células são grossas e longitudinais. Cada coluna está em continuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se “adelgaça” para formar a camada do mesoderma lateral. Se diferencia e começa a se dividir em pares de corpos cuboides, os somitos. Se organizam em blocos no lado do tubo neural em desenvolvimento. São usados como critériopara determinar a idade do embrião. Aparecem na futura região occipital do embrião. Somitos cefálicos são os mais velhos e os caudais os mais jovens. As células musculares nos somitos são enervadas por axônios motores do cordão espinhal. Desenvolvimento do celoma intra – embrionário: Primórdio do celoma intra – embrionário: é a cavidade do corpo do embrião que surge com espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no cardiogênico. Tais espaços se juntam formando uma única cavidade em forma de ferradura, o celoma intra – embrionário, que divide o mesoderma lateral em 2 camadas: Camada somática: forma a parede do corpo do embrião (somatopleura). Camada esplâncnica: forma o intestino do embrião (esplancnopleura). Tatiana Lopes 2020.1 Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular: A nutrição do embrião é obtida no sangue materno por difusão por meio do celoma extra – embrionário e do saco vitelino. A formação inicial do sistema cardiovascular está relacionada com a necessidade dos vasos sanguíneos de trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna da placenta. Durante a terceira semana é desenvolvido o primórdio de uma circulação uteroplacentária. Vasculogênse: formação de novos canais vasculares pela reunião de angioblastos. Grupo de células angiogênicas formam as ilhotas sanguíneas. Angioblastos se achatam formando o endotélio. Cavidades revestidas do endotélio se fundem para formar redes de canais endoteliais. Angiogênese: formação de novos vasos pela ramificação de vasos preexistentes. O coração e os cardíacos endocárdios, formados por pares de canais longitudinais revestidos por endotélio, se fundem formando o tubo cardíaco primitivo. O sistema cardiovascular é o 1° sistema de órgãos que alcança um estágio funcional. Desenvolvimento das vilosidades coriônicas: Vilosidades coriônicas primárias começam a se ramificar no final da 2ª semana, de modo que no início da 3ª, o mesênquima penetra nas vilosidades coriônicas formado um eixo central de tecido mesenquimal, denominado de vilosidades coriônicas secundárias, que recobrem toda a superfície do saco coriônico. Quando os vasos sanguíneos se tornam visíveis nas vilosidades, elas são chamadas de vilosidades coriônicas terciárias. Os capilares das vilosidades coriônicas se fundem, formando redes arteriocapilares, que se conectam ao coração do embrião por meio de vasos que se diferenciam no mesênquima do córion e no pedículo do embrião. O sangue do embrião começa a fluir lentamente através dos capilares das vilosidades coriônicas. Os resíduos se difundem do sangue nos capilares fetais para o sangue materno por meio das paredes das vilosidades. Capa citotrofoblástica: formada quando as células do Citotrofoblasto das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem por meio do sinciciotrofoblasto. Essa capa envolve o saco coriônico e o prende ao endométrio. Vilosidades – tronco: são as vilosidades que se prendem aos tecidos maternos por meio da capa citotrofoblástica. Vilosidades terminais: crescem ao lado das vilosidades tronco, permitem a troca de material entre o sangue materno e o sangue do embrião e são banhados por sangue materno.
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