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3 semana desenvolvimento embrionário

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Isabela Mion - UC2
3ª SEMANA DE DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
- o rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário trilaminar durante a 3ª semana é
caracterizados por: aparecimento da linha primitiva; desenvolvimento da notocorda; diferenciação das 3 camadas
germinativas
- a 3ª semana do desenvolvimento coincide com a semana seguinte à 1ª ausência do período menstrual.
Frequentemente a interrupção da menstruação é a 1ª indicação de que a mulher pode estar grávida.
Aproximadamente 5 semanas após o último período menstrual normal, uma gravidez normal pode ser detectada
por ultrassonografia
→ gastrulação: formação das camadas germinativas
- a gastrulação é o processo pelo qual as 3 camadas germinativas - que são as precursoras de todos os tecidos
embrionários e a orientação axial - são estabelecidos nos embriões
- durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar
- grandes mudanças na forma celular, reorganização, movimento e alterações nas propriedades de adesão celulares
contribuem para o processo de gastrulação
- a gastrulação é o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo) e é o evento mais importante que
ocorre durante a 3ª semana
- durante essa semana, o embrião é referido como uma gástrula
- proteínas morfogenéticas ósseas e outras moléculas de sinalização possuem uma participação de extrema
importância na gastrulação
- cada uma das 3 camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a tecidos e órgãos
específicos
1. ectoderma embrionário: epiderme, sistemas nervosos central e periférico, olhos, ouvidos internos, células
da crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça
2. endoderma embrionário: fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo
as glândulas que se abrem no trato digestório e as células glandulares de órgãos associados ao trato
digestório, como o fígado e o pâncreas
3. mesoderma embrionário: todos os músculos esqueléticos, células sanguíneas, revestimento dos vasos
sanguíneos, musculatura lisa das vísceras. revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, ductos e
órgãos dos sistemas genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a fonte
de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma (tec.
conjuntivo) dos órgãos internos)
→ linha primitiva
- o 1º sinal morfológico da gastrulação é a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco
embrionário bilaminar
- no começo da 3ª semana, uma faixa linear espessada do epiblasto aparece caudalmente no plano mediano do
aspecto dorsal do disco embrionário
- a linha primitiva resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco
embrionário
- tão logo a linha primitiva aparece, é possível identificar o eixo craniocaudal, as extremidades caudal e cranial, as
superfícies dorsal e ventral do embrião
Isabela Mion - UC2
- conforme a linha primitiva se alonga pela adição de células à sua extremidade caudal, sua extremidade cranial
prolifera para formar o nó primitivo
- simultaneamente, um sulco estreito, o sulco primitivo, se desenvolve na linha primitiva e é contínuo com uma
depressão no nó primitivo, a fosseta primitiva
- o sulco e a fosseta primitivos resultam da invaginação das células epiblásticas
- pouco tempo depois do aparecimento da linha primitiva, as células migram de sua superfície profunda para
formar o mesênquima, um tec. conjuntivo embrionário formado por pequenas células fusiformes, frouxamente
organizadas em uma matriz extracelular (substância intercelular de um tecido) de fibras colágenas (reticulares)
esparsas
- o mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião, assim como a maior parte dos tecidos conjuntivos do
corpo e a trama de tecido conjuntivo das glândulas
- uma parte do mesequêncima forma o mesoblasto (mesoderma indiferenciado), que forma o mesoderma
intraembrionário
- as células do epiblasto, bem como as do nó primitivo e de outras partes da linha primitiva, deslocam o hipoblasto,
formando o endoderma embrionário no teto da vesícula umbilical
- as céls. remanescentes do epiblasto formam o ectoderma embrionário
- dados de pesquisa sugerem que as moléculas de sinalização (fatores nodais) da superfície do fator transformador
de crescimento 𝛽 induzem a formação do mesoderma
- a ação combinada de outras moléculas de sinalização também participa especificando os destinos das células da
camada germinativa
- entretanto, o fator transformador de crescimento 𝛽 (nodal) parece estar envolvido na especificação do
endoderma
- as células mesenquimais derivam da ampla migração da linha primitiva. Essas células pluripotentes se diferenciam
em diversos tipos celulares, como os fibroblastos, os condroblastos e os osteoblastos
- em resumo, as células do epiblasto, por meio do processo de gastrulação, dão origem a todas as 3 camadas
germinativas no embrião, os primórdios de todos os seus tecidos e órgãos
- as primeiras células a migrarem do epiblasto através do nó são as destinadas a tornar-se o epitélio faringeal do
intestino anterior
→ o destino da linha primitiva
- a linha primitiva forma ativamente o mesoderma pelo ingresso de céls. até o início da 4ª semana; depois disso, a
produção do mesoderma desacelera
- a linha primitiva diminui d tamanho relativo e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do
embrião
- normalmente, a linha primitiva sofre mudanças degenerativas e desaparece no final da 4ª semana
→ processo notocordal e notocorda
- algumas células mesenquimais migram através da linha primitiva e, como consequência, adquirem os destinos de
célula mesodérmica
- essas células então migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva, formando um cordão celular mediano, o
processo notocordal, que logo adquire um lúmen, o canal notocordal
- o processo notocordal cescre cranialmente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal,
uma pequena área circular de células endodérmicas cilíndricas no qual o ectoderma e o endoderma se fundem
- o mesoderma pré-cordal é uma população mesenquimal que tem origem na crista neural, localizada no futuro
local da cavidade oral
Isabela Mion - UC2
- a placa pré-cordal funciona como um centro sinalizador para o controle do desenvolvimento das estruturas
cranianas, incluindo o prosencéfalo e os olhos
- as céls. mesenquimais da linha primitiva e do processo notocordal migram lateral e cranialmente, se misturando
com outras células mesodérmicas, entre o ectoderma e o endoderma, até alcançarem as margens do disco
embrionário
- essas células são contínuas com o mesoderma extraembrionário que reveste ao âmnio e a vesícula umbilical
- algumas céls. mesenquimais da linha primitiva que têm destinos mesodérmicos, migram cranialmente em cada
lado do processo notocordal e ao redor da placa pré-cordal
- é aí que elas se encontram cranialmente para formar o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica, na qual o
primórdio do coração começa a se desenvolver no final da 3ª semana
- na região caudal à linha primitiva existe uma área circular, a membrana cloacal, que indica o futuro local do ânus
- o disco embrionário permanece bilaminar nessa região e na membrana bucofaríngea devido à fusão do
ectoderma e do endoderma embrionários nesses locais, impedindo, assim, a migração de céls. mesenquimais
entre eles
- por volta da metade da 3ª semana, o mesoderma intraembrionário separa o ectoderma e o endoderma em todos
os lugares, exceto: cranialmente, na membrana bucofaríngea; no plano mediano da região cranial até o nó
primitivo, onde o processo notocordal está localizado; cranialmente, na membrana cloacal
- os sinais instrutivos da região da linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a formar a notocorda,
uma estrutura celular semelhante a um bastão
- o mecanismo molecular que induz essas célulasenvolve (pelo menos) a sinalização da placa ventral do tubo
neural
- a notocorda define o eixo longitudinal primordial do embrião e dá a ele alguma rigidez; fornece sinais que são
necessários para o desenvolvimento das estruturas musculoesqueléticas axiais do sistema nervoso central (SNC);
contribui para formação dos discos intervertebrais
- inicialmente, o processo notocordal se alonga pela invaginação das células da fosseta primitiva, que é um
aprofundamento que se desenvolve e se estende para dentro do processo notocordal formando o canal
notocordal
- o processo notocordal se torna um tubo celular que estende cranialmente a partir do nó primitivo até a placa
pré-cordal
- em seguida, o assoalho do processo notocordal se funde com o endoderma embrionário subjacente
- essas camadas fusionadas se degeneram gradualmente, resultando na formação de aberturas no assoalho do
processo notocordal, o que coloca o canal notocordal em comunicação com a vesícula umbilical
- conforme essas aberturas se tornam confluentes, o assoalho do canal notocordal desaparece e o restante do
processo notocordal forma a placa notocordal achatada e sulcada
- começando na extremidade cranial do embrião, as céls. da placa notocordal se proliferam e sofrem um
dobramento, que forma a notocorda
- a região proximal do canal notocordal persiste temporariamente como o canal neuroentérico, formando uma
comunicação transitória entre a cavidade amniótica e a vesícula umbilical
- quando o desenvolvimento da notocorda está completo, o canal neuroentérico normalmente se fecha
- a notocorda se destaca do endoderma da vesícula umbilical, que volta a ser uma camada contínua
- a notocorda se estende da membrana bucofaríngea até o nó primitivo; ela se degenera conforme os corpos
vertebrais se formam, mas uma pequena porção dela persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral
- a notocorda funciona como um indutor primário (centro de sinalização) no embrião inicial. O desenvolvimento da
notocorda induz o ectoderma embrionário sobreposto a se espessar e formar a placa neural, o primórdio do SNC
Isabela Mion - UC2
→ alantoide
- aparece aproximadamente no 16º dia como um pequeno divertículo (evaginação) da parede caudal da vesícula
umbilical, que se estende para o pedículo de conexão
- o alantoide permanece muito pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e forma
os vasos sanguíneos que serviram á placenta
- a porção proximal do divertículo do alantoide original persiste durante a maior parto do desenvolvimento como
um cordão, o úraco, que se estende da bexiga até a região umbilical
- o úraco é representado nos adultos pelo ligamento umbilical mediano
- os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se artérias umbilicais
- a porção intraembrionária das veias umbilicais tem uma origem diferente
→ neurulação: formação do tubo neural
- o processo envolvido na formação da placa neural e das pregas neurais e no fechamento das pregas para formar o
tubo neural constitui a neurulação, que está completa até o fim da 4ª semana, quando ocorre o fechamento do
neuroporo caudal
→ placa neural e tubo neural
- conforme a notocorda se desenvolve, ela induz o ectoderma localizado acima dela ou adjacente à linha média, a
se espessar e formar uma placa neural alongada de céls. epiteliais espessas
- o neuroectoderma da placa dá origem ao SNC, o encéfalo e medula espinhal
- o neuroectoderma também é fonte de várias outras estruturas como a retina, por exemplo
- inicialmente, a placa neural corresponde em comprimento à notocorda subjacente
- ela surge rostralmente ao nó primitivo e dorsalmente à notocorda e ao mesoderma adjacente a ela
- conforma e notocorda se alonga, a placa neural se amplia e finalmente se estende cranialmente até a membrana
bucofaríngea
- posteriormente, a placa neural se estende além da notocorda
- aproximadamente no 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural
mediano longitudinalmente, com as pregas neurais em ambos os lados
- as pregas neurais se tornam particularmente proeminentes na extremidade cranial do embrião e são o 1º sinal do
desenvolvimento do encéfalo
- ao final da 3ª semana, as pregas neurais se movem e se fusionam transformando a placa neural em tubo neural, o
primórdio das vesículas encefálicas e da medula espinhal
- o tubo neural se separa do ectoderma superficial assim que as pregas neurais se fusionam
- as extremidades abertas do tubo neural correspondem aos neuroporos anterior e posterior. O neuropor anterior
fecha-se em torno do 25º dia, e o posterior, um pouco mais tarde, ao redor do 27º
- as células da crista neural sofrem uma transição de pitelial para mesenquimal e migram à medida que as pregas
neurais se encontram e as margens livres do ectoderma de superfície (ectoderma não neural) se fundem, de
modo que essa camada se torna contínua sobre o tubo neural e no dorso do embrião
- em seguida, o ectoderma superficial se diferencia na epiderme
- a neurulação se completa durante a 4ª semana
- a formação do tubo neural é um processo celular complexo e multifatorial que envolve uma cascata de
mecanismos moleculares e fatores extrínsecos
Isabela Mion - UC2
→ formação da crista neural
- à medida que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas
situadas ao longo da margem interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células
vizinhas
- conforme o tubo neural se separa do ectoderma superficial, as células da Crista neural forma uma massa achatada
irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial acima
- a crista neural logo se separem porção direita e esquerda, e esta se deslocam para os aspectos dorsolaterais do
tubo neural; nesse local elas Dão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos
- em seguida, as células da Crista neural se movem tanto para dentro quanto sobre a superfície do somitos
- embora essas células sejam difíceis de identificar, técnicas de traçadores especiais revelaram que as células da
crista neural se disseminam amplamente, mas, em geral, ao longo de vias pré-definidas
- a diferenciação e a migração das células da Crista neural são reguladas por interações moleculares de genes
específicos, moléculas de sinalização e fatores de transcrição
- as células da crista neural dão origem aos gânglios espinhais ( gânglios da raiz dorsal) e aos gânglios do sistema
nervoso autônomo
- os gânglios dos nervos cranianos V, VII, IX e X também são parcialmente derivados das células da Crista neural
- além de formar as células ganglionares, as células da crista neural formam as bainhas de neurilema dos nervos
periféricos e contribuem para a formação das leptomeninges, a aracnoide-máter e a pia-máter
- as células da crista neural também contribuem para a formação das células pigmentares, da medula da glândula
supra-renal e muitos outros tecidos e órgãos
- estudos indicam que as interações celulares dentro do epitélio de superfície e entre ele e o mesoderma
subjacente são necessárias para estabelecer os limites da placa neural e especificar os locais onde ocorrerá a
transformação epitelial-mesenquimal
- essas interações são mediadas pelas proteínas morfogenéticas ósseas e pelos sistemas de sinalização. Moléculas
como as esfrinas também são importantes para orientar os fluxos específicos da migração das células da crista
neural
- muitas doenças humanas resultam de defeitos na migração e/ou diferenciação das células da crista neural
→ desenvolvimentos dos somitos
- além da notocorda, as céls. derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial
- próximo ao nó primitivo, essa população celular aparece como uma coluna espessa e longitudinal de células
- cada coluna é contínua lateralmente com o mesoderma intermediário, que gradualmente se estreita em uma
camada de mesoderma lateral
- o mesoderma lateral é contínuo com o mesoderma extraembrionárioque reveste a vesícula umbilical e o âmnio
- próximo ao final da 3ª semana, o mesoderma paraxial se diferencia, se condensa e começa a se dividir em corpo
cuboides pareados, os somitos, que se formam em uma sequência craniocaudal
- esses blocos de mesoderma estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento
- cerca de 38 pares de somitos se formam durante o período somítico do desenvolvimento humano (dias 20 a 30)
- o tamanho e a forma dos somitos são determinados pelas interações celulares
- os somitos formam elevações na superfície do embrião e são um pouco triangulares em secções transversais
- como os somitos são bem proeminentes durante a 4ª e a 5ª semanas, eles são utilizados como um dos vários
critérios para a determinação da idade do embrião
- os somitos surgem 1º na futura região occipital da cabeça do embrião, e logo se desenvolvem craniocaudalmente
e dão origem à maior parte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim como à derme da pele adjacente
- o 1º par de somitos aparece a uma pequena distância caudal do local em que o placóide ótico se forma
Isabela Mion - UC2
- os axônios motores da medula espinhal inervam as células musculares nos somitos, um processo que necessita da
correta orientação dos axônios da medula espinhal para as células-alvo apropriadas
- a formação dos somitos a partir do mesoderma paraxial envolve a expressão dos genes da vida de sinalização e
outros fatores de sinalização
→ desenvolvimento do celoma intraembrionário
- o primórdio do celoma intraembrionário (cavidade do corpo do embrião) aparece como espaços celômicos
isolados no mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico (coração em formação)
- esses espaços logo coalescem para formar uma única cavidade em formato de ferradura, o celoma
intraembrionário, que divide o mesoderma lateral em 2 camadas: uma camada somática ou parietal de
mesoderma lateral localizado abaixo do epitélio ectodérmico, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário
que reveste o âmnio; uma camada esplâncnica ou visceral de mesoderma lateral localizado adjacente ao
endoderma, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula umbilical
- o mesoderma somático e o ectoderma embrionário acima formam a parede do corpo do embrião ou
somatopleura, enquanto o mesoderma esplâncnico e o endoderma embrionário abaixo formam o intestino
embrionário ou esplancnopleura
→ desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular
- no final da 2ª semana, a nutrição do embrião é obtida a partir do sangue materno pela difusão através do celoma
extraembrionário e da vesícula umbilical
- no início da 3ª semana, a formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula
umbilical, do pedículo de conexão e do córion
- os vasos sanguíneos embrionários começam a se desenvolver aproximadamente 2 dias depois
- a formação inicial do sistema cardiovascular está relacionada com a necessidade crescente por vasos sanguíneos
para trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna através da placenta
- durante a 3ª semana, se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial
→ vasculogênese e angiogênese
- a formação do sistema vascular embrionário envolve 2 processos, a vasculogênese e a angiogênese
- a vasculogênese é a formação de novos canais vasculares pela união de precursores individuais celulares
(angioblastos)
- a angiogênese é a formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de vasos preexistentes
- a formação de vasos sanguíneos no embrião e nas membranas extraembrionárias, durante a 3ª semana, começa
quando as céls. mesenquimais se diferenciam em precursores das céls endoteliais, ou angioblastos (céls.
formadoras de vasos)
- os angioblastos se agregam para formar aglomerados celulares angiogênicos isolados, ou ilhotas sanguíneas, que
são associados à vesícula umbilical ou com os cordões endoteliais dentro do embrião
- pequenas cavidades aparecem dentro das ilhotas sanguíneas e dos cordões endoteliais pela confluência das
fendas intercelulares
- os angioblastos se achatam para formar as células endoteliais que se organizam ao redor das cavidades das ilhotas
sanguíneas para formar o endotélio
- muitas dessas cavidades revestidas por endotélio se fusionam e formam uma rede de canais endoteliais
(vasculogênese)
- vasos se ramificam nas áreas adjacentes por meio do brotamento endotelial (angiogênese) e se fundem com
outros vasos
Isabela Mion - UC2
- as céls. mesenquimais ao redor dos vasos sanguíneos endoteliais primitivos se diferenciam nos elementos de
tecido muscular e tecido conjuntivo da parede dos vasos sanguíneos
- as céls. sanguíneas se desenvolvem a partir de céls. endoteliais especializadas (epitélio hematogênico) dos vasos á
medida que eles crescem na vesícula umbilical e no alantoide ao final da 3ª semana e depois em locais
especializados ao longo da aorta dorsal
- céls. sanguíneas progenitoras também se originam diretamente de céls tronco hematopoiéticas
- a formação do sangue (hematogênese) não começa no embrião até a 5ª semana
- 1º, ela ocorre ao longo da aorta e depois, em várias regiões do mesênquima embrionário, principalmente no
fígado e no baço, na medula óssea e nos linfonodos
- as hemácias fetais e adultas são derivadas de células progenitoras hematopoiéticas
→ sistema cardiovascular primitivo
- o coração e os grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais na área cardiogênica
- os canais longitudinais e pareados revestidos por células endoteliais, ou tubos cardíacos endocárdicos, se
desenvolvem durante a 3ª semana e se fusionam para formar o tubo cardíaco primitivo
- o coração tubular se une aos vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão e da vesícula umbilical para
formar o sistema cardiovascular primitivo
- ao final da 3ª semana, o sangue está circulando e o coração começa a bater no 21º ou 22º dia
- o sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional. Os batimentos cardíacos
embrionários podem ser detectados ao se realizar uma ultrassonografia com Doppler durante a 4ª semana,
aproximadamente 6 semanas após o último período menstrual normal
→ desenvolvimento das vilosidades coriônicas
- logo após o aparecimento das vilosidades coriônicas primárias, ao final da segunda semana, elas começam a se
ramificar
- no início da 3ª semana, o mesênquima cresce para dentro dessas vilosidades primárias, formando um eixo central
de tecido mesenquimal
- nesse estágio, as vilosidades, agora vilosidades coriônicas secundárias, revestem toda a superfície do saco
coriônico
- algumas céls. mesenquimais nas vilosidades logo se diferenciam em capilares e células sanguíneas
- as vilosidades são denominadas vilosidades coriônicas terciárias quando os vasos sanguíneos são visíveis no
interior delas
- os capilares nas vilosidades coriônicas se fundem para formar redes arteriocapilares, que logo se tornam
conectadas com o coração do embrião através dos vasos que se diferenciam no mesênquima do córion e do
pedículo de conexão
- até o final da 3ª semana, o sangue do embrião começa a fluir lentamente através dos capilares das vilosidades
coriônicas
- o oxigênio e os nutrientes do sangue materno presentes no espaço interviloso se difundem através das paredes
das vilosidades e entram no sangue do embrião
- o CO2 e os produtos residuais se difundem do sangue dos capilares fetais, através das paredes das vilosidades
coriônicas, para o sangue materno
- simultaneamente, as céls. citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem através do
sinciciotrofoblasto, formando uma capa citotrofoblástica extravilosa que, gradativamente, envolve o saco
coriônico e o fixa ao endométrio
Isabela Mion - UC2
- as vilosidades que se prendem aos tecidos maternos através da capa citotrofoblástica são as vilosidades
coriônicas-tronco (vilosidades de ancoragem)
- as vilosidades que crescem das laterais das vilosidades-troncosão as vilosidades coriônicas ramificadas, e é
através das paredes das vilosidades ramificadas que ocorre a principal troca de material entre o sangue materno e
do embrião
- as vilosidades ramificadas são banhadas por sangue materno do espaço interviloso, que é renovado
continuamente
❖ resumo da 3ª semana
- o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar durante a gastrulação. Essas
alterações começam com o aparecimento da linha primitiva, que surge no início da 3ª semana como um
espessamento do epiblasto na extremidade caudal do disco embrionário
- a linha primitiva resulta da migração de células do epiblasto para o plano mediano do disco. A invaginação das
céls. epiblásticas a partir da linha primitiva da origem as céls. mesenquimais que migram ventral, lateral e
cranialmente entre o epiblasto e o hipoblasto
- logo que a linha primitiva começa a produzir céls mesenquimais, o epiblasto passa a ser conhecido como
ectoderma embrionário. Algumas células do epiblasto deslocam o hipoblasto e formam o endoderma
embrionário. As células mesenquimais produzidas pela linha primitiva logo se organizam em uma 3ª camada
germinativa, o mesoderma intraembrionário ou embrionário, ocupando a área entre o antigo hipoblasto e as
células do epiblasto. As células do mesoderma migram para as bordas do disco embrionário, onde se unem ao
mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio e a vesícula umbilical
- ao final da 3ª semana, o embrião é um disco embrionário oval e achatado. O mesoderma existe entre o ecto e o
endoderma do disco em toda a sua extensão, exceto em alguns locais
- no início da 3 semana, as células mesenquimais da linha primitiva formam o processo notocordal, entre o ecto e o
endoderma embrionário. O processo notocordal se estende do nó primitivo até a placa pré-cordal. Formam-se
aberturas no assoalho do canal notocordal, que logo coalescem, formando a placa notocordal, que se invagina
para formar a notocorda, o eixo primitivo do embrião ao redor do qual se forma o esqueleto axial
- a placa neural aparece como um espessamento do ectoderma do embrião, induzido pelo desenvolvimento da
notocorda. Um sulco neural longitudinal se desenvolve na placa neural, e é margeado pelas pregas neurais. A
fusão das pregas neurais forma o tubo neural, primórdio do SNC
- à medida que as pregas neurais se fusionam para formar o tubo neural, as células neuroectodérmicas formam a
crista neural entre o ectoderma superficial e o tubo neural
- o mesoderma de cada lado da notocorda se condensa para formar colunas longitudinais de mesoderma paraxial,
que, até o final da 3ª semana, dão origem aos somitos
- o celoma (cavidade) no interior do embrião surgem como espaços isolados no mesoderma lateral e no
mesoderma cardiogênico. As vesículas celômicas em seguida coalescem formando uma única cavidade, em
formato de ferradura, que, posteriormente, originam as cavidades do corpo
- os vasos sanguíneos aparecem primeiro na parede da vesícula umbilical, do alantoide e do córion. Eles se
desenvolvem no interior do embrião logo em seguida. As hemácias fetais se desenvolvem a partir de precursores
hematopoiéticos diferentes
- o coração primitivo é representado pelos tubos cardíacos endocárdicos pareados. Até o final da 3ª semana, os
tubos cardíacos se fundiram, formando um coração tubular, que está unido aos vasos sanguíneos do embrião, da
vesícula umbilical, do córion e do pedículo de conexão, formando um sistema cardiovascular primitivo
- as vilosidades coriônicas primárias se tornam vilosidades coriônicas secundárias quando adquirem um eixo central
mesenquimal. Antes do final da 3ª semana, ocorre o desenvolvimento de capilares transformando-as em
Isabela Mion - UC2
vilosidades em vilosidades coriônicas terciárias. As extensões citotrofoblásticas das vilosidades-tronco se unem
para formar uma capa citotrofoblástica que ancora o saco coriônico no endométrio.
➤ referências
Embriologia 3ª edição - García e Garcia
Embriologia Clínica 10ª edição - Moore

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