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minimanual compacto de ciências - teoria e prática

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Prévia do material em texto

Alessandra Bosquilha
Gláucia Elaine Bosquilha
1ª edição
Av. Casa Verde, 455 – Casa Verde
Cep 02519-000 – São Paulo – SP
www.rideel.com.br
e-mail: sac@rideel.com.br
© Copyright – todos os direitos reservados à:
EXPEDIENTE
Editor Responsável
Editora Assistente
Assistente Editorial
Projeto Gráfico e Diagramação
Capa
Revisão Técnica
Revisão de Texto
Italo Amadio
Katia F. Amadio
Cristiane Mezzari
Alfredo Carracedo Castillo
Antônio Carlos Ventura
Mitika Nagato
Edna Emiko Nomura
Proibida qualquer reprodução, seja mecânica ou eletrônica,
total ou parcial, sem a permissão expressa do editor.
2 4 6 8 0 9 7 5 3 1
0 4 0 5
Bosquilha, Alessandra
Minimanual compacto de ciências : teoria e
prática / Alessandra Bosquilha, Gláucia Elaine
Bosquilha. — 1. ed. — São Paulo : Rideel, 2005.
ISBN 85-339-0746-X
1. Ciências - Estudo e ensino I. Bosquilha,
Gláucia Elaine. II. Título.
 05-2315 CDD-507
Índice para catálogo sistemático:
1. Ciências : Estudo e ensino 507
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
SumárioSumárioSumárioSumárioSumário
Os ambientes vivo e não-vivo ................................................................................... 9
O Big Bang, 10. O Sistema Solar, 10.
A litosfera ................................................................................................................... 19
A Terra por dentro, 20. Pangéia, 21. A escala de tempo terrestre, 23. A crosta
terrestre, 25. A crosta oceânica, 27.
A Hidrosfera ............................................................................................................... 30
Como se formou a Hidrosfera, 31. Movimentos das águas, 34.
A Atmosfera ............................................................................................................... 39
Camadas da Atmosfera, 39. O efeito estufa, 41.
Estados da matéria no ambiente não-vivo ............................................................. 46
Algumas definições importantes, 47. Os átomos e a matéria, 49. Estados físicos da
matéria, 50. Transformações da matéria, 51. Algumas das propriedades da matéria,
52. Propriedades específicas da matéria, 54.
Pressão e Densidade ................................................................................................ 57
Pressão, 57. Pressão Hidrostática, 61. Pressão Atmosférica, 62. Densidade, 64.
A influência da temperatura sobre a densidade, 65.
Biosfera ...................................................................................................................... 69
Ecologia, 70. Ecossistemas, 71. Ecossistemas terrestres, 73. Ecossistemas Aquáti-
cos, 86.
Evolução .................................................................................................................... 93
Um exemplo de adaptação, 95. A evolução dos seres vivos, 95. A Teoria de Lamarck
sobre a Evolução, 96. A Teoria de Darwin sobre a Evolução, 98. A história do nosso
planeta e o aparecimento dos seres vivos, 99. Evolução do Homem, 100.
A origem da vida ..................................................................................................... 104
A origem da vida, 105. Mas então, como surgiu a vida?, 106. O microscópio, 107.
Célula animal, 109.
Biodiversidade ........................................................................................................ 116
Os Reinos, 118. Extinção das espécies, 120.
Reino dos Fungos ................................................................................................... 125
Utilização dos fungos na alimentação, 127. Utilização dos fungos na produção de
medicamentos, 128.
Reino das Plantas ................................................................................................... 130
Órgãos das plantas, 131. Classificação das plantas, 136.
Reino dos Animais .................................................................................................. 142
Filo dos Poríferos, 143. Filo dos Cnidários, 144. Filo dos Platelmintos, 144. Filo dos
Nematelmintos, 146. Filo dos Anelídeos, 147. Filo dos Moluscos, 148. Filo dos
Artrópodes, 149. Filo dos Equinodermos, 150. Filo dos Cordados, 151.
Construindo um organismo ................................................................................... 157
A célula, 158. Os tecidos, 161. Os órgãos, 164. Os sistemas, 165.
Os alimentos e o sistema digestório .................................................................... 167
Os alimentos, 168. O sistema digestório, 171. Os dentes, 173.
Reprodução e doenças sexualmente transmissíveis .......................................... 179
Os sistemas reprodutores masculino e feminino, 180. Concepção e Gravidez, 181.
Parto, 182. Menstruação, 183. Métodos contraceptivos, 184. Doenças sexualmente
transmissíveis – DSTs, 189.
Os coordenadores do nosso organismo .............................................................. 195
Sistema nervoso, 196. Efeitos das drogas sobre o sistema nervoso, 200. Sistema
Hormonal, 204. Os hormônios produzidos no pâncreas, 208.
Sistemas circulatório e excretor ........................................................................... 211
O sangue: composição e funções, 212. A circulação sangüínea, 214. Circulação
linfática, 217. A excreção, 217.
Genética ................................................................................................................... 221
Experimentos de Mendel, 222. Herança genética, 226. Cromossomos que
determinam do sexo, 228. Doenças hereditárias, 229. Grupos sangüíneos, 230.
Clima e previsão do tempo .................................................................................... 236
Clima e tempo: qual a diferença?, 237. Fatores estáticos que definem o clima, 238.
Fatores dinâmicos que definem o clima, 244. O clima: Uma combinação de diversos
fatores, 253. O fenômeno climático El-Niño, 254. Previsão do tempo, 255.
Cinemática ............................................................................................................... 258
Movimento Uniforme, 264. Movimento variado, 265. Movimento de queda livre, 266.
Dinâmica .................................................................................................................. 271
Lei de Hooke, 275. Leis de Newton, 277.
Química – Introdução ............................................................................................. 284
Os átomos e a matéria, 285.
O estudo do átomo ................................................................................................. 288
Dimensões do átomo, 289. Componentes da estrutura atômica, 290. Modelo
atômico de Bohr, 291. Eletrosfera e distribuição eletrônica, 291. Alguns conceitos
importantes, 292. Isotopia – Isobaria – Isotonia, 294. Substâncias, 296. Molécula,
296.
Tabela periódica ...................................................................................................... 302
A história da tabela periódica, 302. Classificações dos elementos químicos, 304.
Ligações químicas .................................................................................................. 318
Ligação iônica ou eletrovalente, 319. Covalência, 321. Ligação Metálica, 325.
9Ciências – Capítulo 1
CAPÍTULO
1
Os ambientes vivo e não�vivoOs ambientes vivo e não�vivoOs ambientes vivo e não�vivoOs ambientes vivo e não�vivoOs ambientes vivo e não�vivo
Aqui começa nosso estudo das Ciências da natureza. Olhando ao
nosso redor podemos refletir sobre como e quando se formou tudo que
podemos ver. Nossa observação nos leva a querer compreender como
o processo de formação do que conhecemos se deu. Portanto, vamos
em frente!
Re
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10
O Big BangO Big BangO Big BangO Big BangO Big Bang
A teoria mais comumente aceita hoje em dia éa da grande explosão
inicial que formou o Universo. Acredita-se que toda a matéria de que
consiste o Universo encontrava-se comprimida e há 15 bilhões de anos
uma grande explosão aconteceu, e com isso essa matéria inicial
espalhou-se dando origem a grandes extensões vazias e pequenos
espaços com matéria.
Essa matéria deu origem às galáxias, que consiste em regiões onde
a matéria encontra-se mais próxima, onde encontram-se os corpos
celestes.
Nossa galáxia em particular
é chamada Via Láctea. Você já
deve ter observado em dias que
o céu está limpo, uma grande
quantidade de estrelas e uma
região do céu onde aparece uma
faixa, que parece de fumaça,
esbranquiçada. Ela é que cha-
mamos de Via Láctea.
O Sistema SolarO Sistema SolarO Sistema SolarO Sistema SolarO Sistema Solar
A formação do Sistema Solar se deu há aproximadamente 4,6
bilhões de anos, momento em que também a Terra se formou. Ela
iniciou-se como um grande disco de poeira e gases cósmicos circun-
dando o Sol, a estrela central do Sistema Solar, que pertence a Via
Láctea. Ao mesmo tempo que a Terra formavam-se também mais outros
9 planetas, cometas, asteróides, que se encontram até hoje em suas
Re
pr
od
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ão
11Ciências – Capítulo 1
órbitas em torno do Sol. Os
planetas que dividem o Sis-
tema Solar conosco são, em
ordem de distância da Terra,
Mercúrio, Vênus, Marte, Jú-
piter, Saturno, Urano, Netuno,
Plutão e Sedna.
Tanto Mercúrio quanto
Vênus estão bastante próxi-
mos do Sol, e estão a tem-
peraturas muito altas. Já em
Marte, há evidências de que
existe água em sua superfí-
cie, o que faz os cientistas
suspeitarem de que exista lá
algum tipo de vida, mesmo que primária. Os outros planetas, mais
distantes do Sol do que estes citados, são muito frios para que haja
lá algum tipo de vida como a conhecemos.
Alguns dados sobre o Sistema SolarAlguns dados sobre o Sistema SolarAlguns dados sobre o Sistema SolarAlguns dados sobre o Sistema SolarAlguns dados sobre o Sistema Solar
����� Sol
O Sol é uma bola de gás incandes-
cente que se encontra a uma temperatura
de 5.500oC em sua superfície enquanto
seu núcleo está a 20 milhões de graus
Celsius. Ele encontra-se a 150 milhões de
quilômetros da Terra e tem volume de
aproximadamente um milhão e trezentas
mil vezes maior do que o da Terra. A
região visível do Sol, a chamada fotosfera,
apresenta regiões mais escuras, que são chamadas de manchas so-
lares. Nestas regiões, as temperaturas são 2.000oC menores do que
nas regiões vizinhas a elas.
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12 Ciências – Capítulo 1
����� Mercúrio
Mercúrio é o planeta que se encontra
mais próximo do Sol e leva 88 dias para
percorrer uma volta completa em torno
deste em um movimento chamado de
translação. E que leva 58,5 dias para com-
pletar uma volta em torno de seu próprio
eixo, o que é chamado de rotação. A face
do planeta voltada para o Sol encontra-se
a 450oC e o lado oposto a 180oC. A su-
perfície de Mercúrio é toda esburacada
devido à constante colisão de meteoros.
����� Vênus
É o segundo planeta mais próximo do
Sol. Vênus é tão brilhante que pode ser
facilmento visto a olho nu durante o entar-
decer e ao amanhecer, por isso é popular-
mente chamada de estrela vespertina,
embora saibamos que Vênus não é uma
estrela.
A temperatura em sua superfície é de
cerca de 470oC. Mesmo sendo mais dis-
tante do Sol do que Mercúrio, Vênus apresenta temperaturas mais altas.
O motivo está em sua atmosfera e ao chamado efeito estufa de Vênus.
Adiante veremos em mais detalhes esse assunto.
����� Marte
O primeiro planeta depois da Terra.
Marte tem uma tonalidade avermelhada,
o que valeu seu nome. O planeta verme-
lho. No verão as temperaturas podem
chegar a 30oC caindo para 120oC negati-
vos no inverno. Marte possui dois satélites,
Fobos e Deimos.
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13Ciências – Capítulo 1
����� Júpiter
Júpiter é o maior planeta do Sistema
Solar sendo chamado de O Gigante dos
Mundos. Quando observado do espaço,
Júpiter apresenta uma enorme mancha,
chamada de Olho de Júpiter. Júpiter possui
quatro satélites, a saber: Io, Europa, Gani-
medes e Calisto.
����� Saturno
É o segundo maior planeta do Sistema
Solar, apresenta anéis compostos por frag-
mentos de rochas. Possui 18 satélites, entre
eles Titã.
����� Urano
Urano foi descoberto pelo astrônomo William
Herschel no ano de 1781. Também possui
anéis, mas a existência deles só foi confirma-
da em 1977. Urano possui 15 satélites.
����� Netuno
Foi descoberto em 1846 por Galle. Possui
oito satélites sendo os maiores Nereida e Tritão.
����� Plutão
Há pouco tempo tido como o último
planeta do Sistema Solar, encontra-se a 6
bilhões de quilômetros do Sol.
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14 Ciências – Capítulo 1
����� Sedna
Há pouco tempo descobriu-se a existên-
cia de mais um planeta no sistema Solar. É
o planeta chamado Sedna com 1.700 quilô-
metros de diâmetro e se encontra a 13,5
bilhões de quilômetros do Sol. Na verdade,
ele ainda não é considerado um planeta pro-
priamente dito pois é muito pequeno e os
cientistas ainda não deram a palavra final
sobre esse assunto. Por estar tão longe do Sol, Sedna é muito frio,
apresentando temperaturas de cerca de 240oC negativos.
����� Terra
Entre os planetas Vênus e Marte encontra-
se a Terra. No início, quando as partículas de
poeira se agregaram para formar a Terra, as
temperaturas presentes ainda eram altíssimas,
e há teorias que indicam que toda a matéria
presente no planeta recém-nascido ainda se
encontrava na forma líquida.
Nesta fase, os materiais mais pesa-
dos que compunham a massa líquida
afundaram em direção ao centro do
planeta. Desde então, a Terra, assim
como os outros planetas, vêm gradati-
vamente resfriando-se, dando origem ao
que conhecemos hoje. Com esse res-
friamento, a massa líquida formou as
rochas e com o desgaste dessas rochas
formaram-se os solos. Essa porção é
chamada litosfera, também conhecida
como crosta terrestre, e é dividida em
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15Ciências – Capítulo 1
crosta continental, com es-
pessura média de 35 quilô-
metros e crosta oceânica
com aproximadamente 6
quilômetros de espessura.
Ao mesmo tempo for-
mava-se a água, que en-
contra-se em sua grande
parte sobre a crosta oceâ-
nica e compõe a hidrosfe-
ra. A profundidade média
desta camada é de cerca
de 3,5 quilômetros.
A parte gasosa de matéria restante
encontra-se em torno da Terra e é cha-
mada atmosfera. Possui espessura mé-
dia de 700 quilômetros sendo que a
maior concentração de gases se encon-
tra nos primeiros 100 quilômetros acima
da superfície.
Após todas essas mudanças surgiu
a vida sobre a Terra. A vida não é encon-
trada em todas as partes da Terra, pois nem todos os lugares oferecem
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Litosfera
Hidrosfera
Atmosfera
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16 Ciências – Capítulo 1
condições para sua existência, porém a capacidade de adaptação dos
seres vivos mostra-se surpreendente. A todos os lugares onde se
encontram seres vivos dá-se o nome de biosfera, que é o conjunto de
ecossistemas. O ecossistema é formado por várias comunidades bióticas
e componentes abióticos (luz, água, ar, solo etc.).
Podemos agora definir com sendo natureza tudo que se formou
naturalmente sobre a superfície da Terra.
Assim como vimos anteriormente, a Terra está em constante mu-
tação e dessa maneira devemos entender que as mudanças descritas
anteriormente continuam acontecendo. Porém, as mudanças da natu-
reza são lentas e gradativas enquanto que as mudanças resultantesda interferência do ser humano acontecem rapidamente. Será que a
Terra pode suportar todas essas mudanças e ainda oferecer condições
para a permanência da vida na Terra?
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Influência humana sobre a natureza
17Ciências – Capítulo 1
Perguntas
1) Qual é a teoria que explica a formação do Universo?
2) A que galáxia pertence o Sistema Solar?
3) Qual é o planeta mais próximo do Sol e qual sua temperatura super-
ficial?
4) Qual é o planeta mais afastado do Sol e qual sua temperatura super-
ficial?
5) A variação de temperatura na superfície dos planetas depende de quê?
6) Como é chamada a porção sólida da Terra?
7) Como é chamada a porção líquida da Terra?
8) Como é chamada a porção gasosa da Terra?
9) Como é chamada a porção que abriga a vida na Terra?
10) Que nome se dá a tudo que se formou naturalmente sobre a superfície
da Terra?
11) O homem pode interferir no ecossistema? De que forma?
Perguntas
18 Ciências – Capítulo 1
Aquecimento global
Os efeitos do aquecimento global,
também chamado de efeito estufa, têm
se intensificado nos últimos anos. Em
particular, a década de 1990 foi bas-
tante quente.
Em 1950, a média de temperatura
mundial era de 13,84ºC e no ano de
1998, a média de temperatura passou
a ser de 14,58ºC.
Segundo estudos atuais, acredita-se
que o efeito estufa seja resultado prin-
cipalmente do acúmulo de gases po-
luentes na atmosfera, particularmente
aqueles derivados da queima de com-
bustíveis fósseis, como, por exemplo,
o petróleo e seus derivados, como a
gasolina, o óleo diesel entre outros.
Teme-se que se a temperatura mé-
dia do planeta continuar subindo, ocor-
ra o derretimento das geleiras polares.
Se isso realmente acontecer, o nível
médio do mar subirá e assim, muitas
regiões do planeta serão inundadas,
em particular as regiões litorâneas onde
mora mais da metade de toda a popu-
lação da Terra.
Porém, os efeitos não parariam por
aí. Ainda não se conhece bem como
o clima do planeta reagiria a determina-
das temperaturas. Mas o que já se sabe
é que em várias regiões do planeta
estão acontecendo fenômenos climá-
ticos nunca observados.
É importante que estejamos atentos
ao que fazem com nosso planeta e tam-
bém muito importante é tomarmos cui-
dado com o que nós fazemos com ele!
����� Compreendendo a notícia (Dica: Leia primeiro o texto e assinale as
palavras que você não entendeu. Em seguida, consulte o dicionário e tente
ler o texto novamente e então, responda as perguntas).
1) De quanto foi o aumento da temperatura do planeta na década de 1990?
2) Por que se acredita que esteja aumentando a temperatura do planeta?
3) O que provoca o efeito estufa?
4) O que acontecerá se o gelo Antártico derreter?
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19Ciências – Capítulo 2
A litosferaA litosferaA litosferaA litosferaA litosfera
Vimos no capítulo anterior que a litosfera, também chamada de
crosta terrestre, é a parte superficial do nosso planeta. Mas como será
nosso planeta por dentro? Como será que se formaram os continentes
e do que será que os solos são compostos?
Vamos ver nesse capítulo as respostas a essas e a várias outras
perguntas.
CAPÍTULO
2
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A transformação da litosfera é dinâmica.
20 Ciências – Capítulo 2
A Terra por dentroA Terra por dentroA Terra por dentroA Terra por dentroA Terra por dentro
Vimos no capítulo anterior que no início da formação do planeta,
toda a matéria presente na Terra ainda se encontrava no estado líquido
e que os materiais mais pesados que compunham essa massa líquida
afundaram para o centro do planeta, assim como quando jogamos uma
pedra em um lago ela irá afundar até chegar ao fundo dele. Essa
porção central deu origem ao que conhecemos hoje como núcleo. O
núcleo por sua vez é dividido em núcleo interno e núcleo externo. O
primeiro está localizado a 4.500 quilômetros da superfície e o segundo
a 2.900 quilômetros da superfície. O núcleo também é chamado de nife
por ser constituído por níquel e ferro.
Ao redor do núcleo está o manto, que possui uma espessura de
2.900 quilômetros e é formada em sua maior parte por rocha no estado
sólido. No entanto, sua parte mais externa, ou seja, a mais próxima da
superfície, é composta por rocha no estado líquido e pode mover-se
lentamente; essa região é chamada de astenosfera.
Finalmente, chegamos à crosta terrestre, a região mais externa da
Terra. Ela é dividida em crosta continental e crosta oceânica. A primeira
compõe as terras secas, que fazem parte dos continentes e a segunda
encontra-se sob a água dos oceanos.
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CROSTA
MAN
TO
NIFE
21Ciências – Capítulo 2
PangéiaPangéiaPangéiaPangéiaPangéia
Quando observamos o mapa-múndi, tão conhecido por nós, quase
nunca nos perguntamos se a Terra sempre teve os mesmos contornos,
não é mesmo?
Pois saiba que a maioria dos cientistas afirma que não. Um deles,
chamado Alfred Wegener (1880-1930) foi um dos primeiros a hipotetizar
sobre a teoria da deriva dos continentes.
A crosta oceânica (a) e a crosta continental (b)
a
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22 Ciências – Capítulo 2
Com base em algumas evidências como a grande similaridade dos
contornos das regiões costeiras da América do Sul e da África ou
mesmo a identificação de alguns tipos de fósseis em ambos os lados
do Atlântico, Wegener afirmou que todos os continentes existentes
atualmente faziam parte de um supercontinente, ao qual deu o nome
de Pangéia.
Quando Wegener publicou suas pesquisas, elas foram aceitas por
muitos mas discutidas por alguns. Uma das principais falhas em suas
teorias era com relação aos mecanismos propostos por ele para ex-
plicar o movimento dos continentes. Ele propôs que os continentes
eram corpos rígidos, movendo-se através das bacias oceânicas.
Com base em informações mais recentes, Harry H. Jess (1906-
1968) teorizou, em 1962, que as camadas mais externas da Terra (a
camada superior do manto, a astenosfera), estaria em movimento e que
estes movimentos são os responsáveis pela deriva dos continentes.
Estas novas teorias se baseiam em um estudo chamado Teoria da
Tectônica das Placas. Segundo esta teoria, em vez de pensar nos
continentes como corpos rígidos, imagina-se que a superfície da Terra
é composta por placas tectônicas, como se fossem “jangadas de
pedra” flutuando sobre a parte líquida, a astenosfera, “movendo” dessa
maneira os continentes.
Por meio de estudos mais recentes, vêem sendo cada vez mais
confirmadas estas teorias, que em princípio, mal passavam de um
exercício de imaginação.
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Contornos das placas tectônicas
23Ciências – Capítulo 2
A escala de tempo terrestreA escala de tempo terrestreA escala de tempo terrestreA escala de tempo terrestreA escala de tempo terrestre
É quase inacreditável a idéia de que os continen-
tes estejam se movendo, uma vez que sentimos que
a terra sobre a qual pisamos está firme e sólida sob
nossos pés, não é mesmo? Isso por que esses
movimentos acontecem muitíssimo devagar. Como
sabemos, a Terra se formou há 4,6 bilhões de anos,
mas vamos fazer uma comparação para ter uma
idéia mais aproximada do que isso significa. A es-
cala de tempo terrestre, só por comparação, pode
ser vista como um ano terrestre de 12 meses ou 365
dias. Assim podemos dizer que a Terra se formou em
janeiro e que sua crosta foi concluída em fevereiro.
Em seguida, o primeiro oceano surgiu em março ou
no máximo até junho. Seguindo então esta mesma
escala, podemos dizer quea vida em suas formas
primordiais surgiu em agosto e os fósseis mais antigos
apareceram em novembro. Os dinossauros habita-
ram a Terra no início de dezembro e o ser humano
enfim apareceu na última semana do ano, na verda-
de, às 23 horas do 365º dia.
Assim, o ciclo atual de deriva dos continentes
teve início há 175 milhões de anos. No princípio
havia um supercontinente envolvido apenas por um
oceano. Em cerca de 180 milhões de anos atrás, com
a separação da Pangéia, formaram-se dois grandes
supercontinentes e com isso outro oceano formou-se,
e que é atualmente chamado de oceano Atlântico.
O oceano Pacífico por sua vez é o mais antigo,
pois já existia desde os tempos iniciais da deriva
continental, porém bem menor em tamanho do que
era no passado. Seguindo este raciocínio, o oceano
Atlântico é o segundo em idade e formou-se, como
mencionamos anteriormente, pela separação inicial Ban
co
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24 Ciências – Capítulo 2
da Pangéia. O oceano mais jovem portanto é o oceano Índico, que teve
origem com a separação do subcontinente em outras partes há cerca
de 125 milhões de anos, dando origem à Antártica, à Índia e à Austrália.
A Índia continuou seu movimento de deriva para o norte, colidindo
com a Ásia. Essa colisão deu origem à cadeia de montanhas conhe-
cidas hoje em dia como o Himalaia.
Terremotos� vulcões e placas tectônicas�Terremotos� vulcões e placas tectônicas�Terremotos� vulcões e placas tectônicas�Terremotos� vulcões e placas tectônicas�Terremotos� vulcões e placas tectônicas�
qual é a relação entre eles?qual é a relação entre eles?qual é a relação entre eles?qual é a relação entre eles?qual é a relação entre eles?
Existe mesmo uma relação entre terremotos, vulcões e placas
tectônicas? Sim, existe e a resposta a essa pergunta baseia-se na teoria
das placas tectônicas vista anteriormente. Vamos ver se vocês, obser-
vando as figuras a seguir, conseguem descobri-la antes de ler o res-
tante do texto.
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25Ciências – Capítulo 2
Como podemos observar, tanto
terremotos como vulcões ocorrem nas
regiões onde as placas tectônicas se
encontram.
No caso dos vulcões, as regiões
onde há o encontro de placas tectôni-
cas permite que as rochas líquidas,
ou magma, extravasem vindas da
astenosfera e se derrame tanto sobre
a crosta continental como sobre a
crosta oceânica.
Isso quer dizer que ocorrem erupções vulcânicas também debaixo
d’água? Sim, ocorrem, e as conseqüências podem ser as Tsunamis.
No caso dos terremotos, como as placas tectônicas são móveis, elas
podem colidir umas com as outras dando origem aos terremotos ou
abalos sísmicos. Quão mais forte esse impacto, maiores as conseqüên-
cias observadas. Maior a destruição de cidades etc.
A crosta terrestreA crosta terrestreA crosta terrestreA crosta terrestreA crosta terrestre
Como vimos, a Terra passa continuamente por um processo de
resfriamento, e esse processo deu origem ao que conhecemos como
a crosta terrestre. Mas por meio dos vulcões, o magma presente na
astenosfera chega à superfície e se resfria rapidamente até se tornar
sólido, ou seja, até virar rocha, dando origem a diversos minerais. Os
geólogos chamam as rochas formadas por esse processo de rochas
ígneas ou magmáticas, ou mais precisamente, magmáticas extrusivas
ou vulcânicas. Um exemplo deste tipo de rocha é o basalto. Porém,
o magma expelido pode ficar aprisionado sob a superfície, resfriando-
se mais lentamemnte, dando origem também a rochas magmáticas,
mais precisamente a rochas magmáticas intrusivas ou plutônicas, tal
como o granito.
As rochas assim formadas são constituídas pelos minerais quartzo,
mica e feldspato.
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26 Ciências – Capítulo 2
Com o passar do tempo, pelo desgas-
te dos ventos, da água das chuvas, dos
rios etc., essas rochas vão se fragmentan-
do, dando origem a sedimentos. O acúmulo
desses sedimentos, pela ação do próprio
peso das camadas que vão se sobrepon-
do ao longo do tempo, acabam novamente
se solidificando e dando origem às chama-
das rochas sedimentares. Exemplos des-
sas rochas são o calcário e o arenito.
Os animais e as plantas que morrem
também ficam sob essas camadas de se-
dimento e com o processo de formação
das rochas dão origem aos chamados
fósseis. O granito é formado pelo quartzo,
feldspato e mica.
Agora, suponhamos que sobre uma
região onde havia rochas sedimentares
tenha ocorrido um derramamento de mag-
ma. Sob a ação do peso e do calor do
magma essas rochas sedimentares darão
origem a um novo tipo de rocha, as cha-
madas rochas metamórficas. Um exemplo
desse tipo de rocha é o mármore.
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Basalto: utilizado
no calçamento
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Sinal de fósseis em rochas
sedimentares.
Deposição de sedimentos em camadas.
O granito é formado pelo
quartzo, feldspato e mica
27Ciências – Capítulo 2
Porém os solos não são apenas forma-
dos por rochas ou pelo resultado de seu
desgaste, mas também por matéria orgâ-
nica que tem origem na decomposição de
plantas e animais mortos, o chamado húmus.
Os solos ricos em húmus são apropriados
para o desenvolvimento de plantas em geral.
A crosta oceânicaA crosta oceânicaA crosta oceânicaA crosta oceânicaA crosta oceânica
Assim como surgem vulcões e terremotos sobre os continentes,
isso também acontece sob os oceanos. Observe a figura a seguir que
mostra como veríamos o fundo do oceano Atlântico se pudéssemos
retirar dele toda a água.
Como podemos verificar na posição central da bacia do Atlântico,
há uma região de montanhas com uma aparente fenda no meio. Nesse
ponto as placas Americana e Africana se encontram dando origem a
derramamentos contínuos de magma. Esse, ao se solidificar sobre as
camadas anteriores, vai dando origem à chamada Cordilheira Meso-
Atlântica que possui picos com mais de 10.000 metros de altura, ou
seja, maior do que o ponto mais alto sobre a Terra que é o Monte Everest
localizado na Cordilheira do Himalaia com 8.849 metros de altura.
São esses derramamentos de magma sob as águas oceânicas que
deram origem ao arquipélago de Fernando de Noronha, localizado no
litoral do Rio Grande do Norte, Brasil.
Noronha é o topo de um vulcão
extinto que se elevou das águas
do Oceano Atlântico logo depois
da separação continental entre
África e América do Sul. Há cerca
de 80 milhões de anos ele surgia
de dentro do oceano transbordan-
do lava em um dos pontos mais
altos da cadeia Meso-Atlântica.
Pedra de mármore
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28 Ciências – Capítulo 2
Perguntas
1) Quais são as camadas internas da Terra?
2) Qual é a camada mais próxima da superfície em que as rochas se
encontram em estado líquido?
3) Qual é a teoria que explica a deriva dos continentes? Em que ela se
baseia?
4) Qual é o nome das rochas formadas pelo derramamento de magma
vulcânico? Dê um exemplo.
5) Como se formam as rochas sedimentares? Dê um exemplo de rocha
sedimentar.
6) Por que terremotos e vulcões acontecem, em sua maioria, no mesmo
local?
7) Como se formou a Cordilheira do Himalaia?
8) Como é chamada a Cordilheira localizada sob as águas do Oceano
Atlântico?
Perguntas
29Ciências – Capítulo 2
����� Compreendendo a notícia (Dica: Leia primeiro o texto e assinale as palavras
que você não entendeu. Em seguida, consulte o dicionário e tente ler o texto
novamentee então, responda as perguntas).
1) A quais fenômenos da natureza o texto se refere?
2) Por que no Brasil não ocorrem terremotos fortes nem vulcões atualmente?
3) Onde ocorre a maioria dos fenômenos geológicos?
O Brasil é a terra
abençoada por Deus?
Ouvimos freqüentemente na televi-
são e no rádio, lemos nos jornais e
revistas sobre os resultados dos fenô-
menos da natureza em outros países.
Entre eles estão os terremotos, os vul-
cões, os maremotos. Eles são respon-
sáveis, ao longo de toda a história do
mundo, pela morte de incontáveis
vidas animais e humanas. Como no
Brasil esses fenômenos não ocorrem a
ponto de causar grandes estragos, diz-
se que o Brasil é uma terra abençoada
por Deus.
Mas por que o nosso país está livre
desses fenômenos?
Todo o território do Brasil encon-
tra-se sobre uma única placa tectônica,
sendo essa a razão de nossa estabili-
dade. A maioria dos fenômenos cha-
mados geológicos ocorre sobre regiões
onde há o encontro de duas ou mais
placas tectônicas e isso pode ocorrer
sob o oceano ou sob os continentes.
Como essas placas encontram-se em
constante movimento, mesmo que
lento, a terra “balança”.
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30 Ciências – Capítulo 3
A HidrosferaA HidrosferaA HidrosferaA HidrosferaA Hidrosfera
Sabemos que a água é o componente principal para a existência
da vida sobre a Terra. O nosso próprio organismo é composto por 70%
de água. Essa substância preciosa está a cada dia mais ameaçada
pela devastação que o ser humano faz do ambiente não-vivo. Para
entendermos melhor essa preciosa dádiva, nesse capítulo vamos ex-
plicar questões tais como: como se formou a parte líquida da Terra?
Como a água é distribuída pela crosta terrestre? Quais são os seus
movimentos na natureza? Entre outras.
CAPÍTULO
3
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Os oceanos representam 70% da superfície do planeta.
31Ciências – Capítulo 3
Como se formou a HidrosferaComo se formou a HidrosferaComo se formou a HidrosferaComo se formou a HidrosferaComo se formou a Hidrosfera
Conforme vimos anteriormente, no início a Terra encontrava-se a
altíssimas temperaturas. Depois, à medida que a temperatura diminuiu,
surgiram as primeiras rochas pelo resfriamento do magma. Logo em
seguida surgiram os oceanos, assim que a temperatura do planeta caiu
abaixo do ponto de ebulição da água, ou seja, aquela temperatura em
que a água passa do estado líquido para o estado gasoso. A água
estava presente desde a formação do planeta, no interior das rochas
e escapou devido às altas temperaturas. O vapor de água elevou-se
formando imensas nuvens que envolveram a Terra. No princípio, o solo
deveria ser tão quente que qualquer gota de chuva que o atingisse
era imediatamente convertida novamente em gás. Mas neste processo
a Terra era resfriada e o calor liberado ia gradativamente sendo perdido
para o espaço. Além disso, essa imensa cobertura de nuvens deve ter
ajudado a impedir que o calor do Sol atingisse diretamente a superfície
do planeta, contribuindo assim para que a Terra atingisse as tempe-
raturas atuais.
Dessa maneira, chegou o momento em que a água que atingia o
solo não era mais transformada em vapor e assim, as partes mais
baixas do relevo começaram a ser preenchidas por água.
Assim, chegamos à conclusão de como a água inundou o planeta,
mas como vimos no capítulo anterior, os contornos da Terra têm se
modificado com o passar do tempo e a feição dos oceanos tem mudado
desde então.
Constituição da HidrosferaConstituição da HidrosferaConstituição da HidrosferaConstituição da HidrosferaConstituição da Hidrosfera
A hidrosfera é constituída pela cobertura de água do planeta.
Ela é responsável pelos 97% de água existente em nosso planeta,
sendo que os outros 3% estão sob a forma de gelo e localizam-se
nos pólos.
De toda água existente em nosso planeta, 95,1% é de água salgada
e apenas 4,9%, de água doce. Podemos então concluir que quase toda
água do mundo pertence aos oceanos e mares.
32 Ciências – Capítulo 3
Conforme dissemos anteriormente, a configuração atual da Terra,
ou seja, a distribuição dos continentes e oceanos sobre o globo foi um
processo que levou milhões de anos.
Atualmente, a Terra pode ser descrita como composta por cerca
de 70,8% de águas e 29,2% por terras. Para visualizarmos o que isto
representaria, mesmo que de maneira aproximada, trace, com o auxílio
de um compasso, um círculo e divida-o em quatro partes iguais. Pinte
três partes de azul e uma de marrom. A aparência final será algo assim:
AzulAzulAzulAzulAzul
MarromMarromMarromMarromMarrom
A parte em marrom representa os sete continentes, a saber: América
do Sul, América do Norte, América Central, Europa, África, Ásia e
Oceania e a parte azul os oceanos, mares, rios etc.
A maior parte das águas encontra-se no Hemisfério Sul, que é então
denominado “Hemisfério das Águas” e pelo motivo inverso o Hemisfério
Norte é denominado “Hemisfério das Terras”.
A tabela a seguir mostra as distribuições em porcentagem das
quantidades de água e terra nos dois hemisférios.
33Ciências – Capítulo 3
Distribuição de água e terra sobre a superfície da Terra
Terra (%) Oceano (%)
Hemisfério Norte 39,3 60,7
Hemisfério Sul 19,1 80,9
Observando a Terra do espaço, podemos visualizar o que os dados
da tabela anterior nos mostram.
A figura anterior nos mostra que todo o planeta é coberto por três
bacias oceânicas que estendem-se desde o continente Antártico em
direção ao norte e são divididas pelas massas de terra.
Já o gráfico a seguir mostra qual a porcentagem que cada oceano
possui do total de água do planeta.
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Índico
Atlântico
Água dos pólos
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34 Ciências – Capítulo 3
O oceano Pacífico domina a superfície da Terra com seus 52% das
águas oceânicas, seguido pelo oceano Atlântico que contém outros
25% e o oceano Índico contendo os restantes 20%, mais 3% referentes
às águas presentes nos pólos. Entre estes últimos 3%, 2% representam
as águas dos rios, lagos, as águas presentes na atmosfera na forma
de vapor de água, além das águas de lençóis freáticos (também
chamados aqüíferos), ou seja, as águas que estão em reservatórios no
subsolo terrestre.
Por que as águas dos oceanos são salgadas?Por que as águas dos oceanos são salgadas?Por que as águas dos oceanos são salgadas?Por que as águas dos oceanos são salgadas?Por que as águas dos oceanos são salgadas?
Parte do sal existente na água do mar proveio da fragmentação das
rochas, causada pela erosão. Assim as substâncias nelas contidas se
desprendem e são levadas para o mar, por meio da água das chuvas.
O restante é proveniente das rochas existentes no fundo do oceano.
Por isso há um constante acréscimo da salinidade do mar ao longo
de centenas de milhões de anos.
Movimentos das águasMovimentos das águasMovimentos das águasMovimentos das águasMovimentos das águas
Uma vez na natureza, as águas estão sempre em movimento, seja na
corredeira de um rio ou caindo em forma de chuva. Em princípio, vamos
ver como a água circula pela natureza, por meio do ciclo da água.
Ciclo da águaCiclo da águaCiclo da águaCiclo da águaCiclo da água
Na ilustração ao
lado observamos um
esquema do ciclo da
água na natureza.
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Evaporação
35Ciências – Capítulo 3
Como o próprio nome diz trata-se de um ciclo, ou seja, um processo
que não tem começo nem fim.
Vamos começar então falando sobre a evaporação da água. Para
entendermos melhor do que se trata, vejamos um exemplo. Já observa-
mos vários exemplos em nosso dia-a-dia do processo de transformação
da água em vapor de água, ou em outras palavras, da transformação
da água no estado líquido para o estadogasoso, a chamada evapora-
ção. Quando colocamos roupas recém-lavadas no varal para secar,
dependemos do Sol e do vento para que elas sequem. Portanto,
quando a roupa é aquecida pelo Sol, a umidade que nela ainda havia
pelo processo de lavagem vai desaparecendo aos pouquinhos, ou
seja, a água que ainda havia na roupa evapora e ela finalmente fica
completamente seca.
Na formação das chuvas é assim que acontece. O calor do Sol faz
com que a água presente sobre o solo no estado líquido se transforme
em vapor de água, a qual irá se agrupar na atmosfera formando as
nuvens e estas por sua vez darão origem às chuvas.
As chuvas serão drenadas pela terra formando os lençóis freáticos
ou irão escorrer pela superfície e encontrar os rios os quais desaguarão
novamente nos oceanos.
As marésAs marésAs marésAs marésAs marés
Quem conhece o mar já deve ter obser-
vado seu movimento de vai e vem diário.
Quando colocamos nossa toalha na areia
bem próxima ao mar e deitamos para tomar
Sol, lá pelas onze da manhã temos que mudar
de lugar e nos afastar da água porque ela já
está quase nos alcançando. Esses movimentos
são explicados pelo fenômeno das marés.
Esse movimento envolve um conceito da
Física que se chama lei da ação e reação
ou 3ª Lei de Newton, que conheceremos
com mais detalhes adiante.
Re
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Isaac Newton
36 Ciências – Capítulo 3
Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642 na Inglaterra. Ele fez
contribuições extremamente importantes para a física, a matemática e
a astronomia. Conta a história que ao observar uma maçã caindo do
seu pé ao chão teria despertado nele as primeiras idéias sobre a lei
da gravitação universal que diz que a força que havia puxado a maçã
para a terra seria a mesma que puxava a Lua, impedindo que a mesma
deixasse de orbitar a Terra.
As marés podem ser diurnas, quando ocorre apenas uma elevação
diária do nível do mar, ou semi-diurnas, quando ocorrem duas eleva-
ções do nível do mar durante um mesmo dia. No Brasil, as marés são
semi-diurnas.
Existem locais em que a maré varia apenas alguns poucos cen-
tímetros por dia enquanto que em outros essa variação pode chegar
a até 15 metros. Essa variação pode mudar muito uma paisagem ou
mesmo a ocupação que se pode fazer dela, como podemos observar
nas próximas figuras.
As correntes marinhasAs correntes marinhasAs correntes marinhasAs correntes marinhasAs correntes marinhas
Quando olhamos o mar, percebemos no primeiro momento que ele
não se encontra parado. Na praia, observamos a arrebentação das
ondas. Mas não é só aí que existe movimento. Muitos outros ocorrem,
sendo um deles caracterizado pelas correntes marinhas de superfície.
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Maré vazante Maré enchente
37Ciências – Capítulo 3
A seguir vemos um mapa com as principais correntes marinhas em
todos os oceanos.
Como podemos verificar na figura anterior, algumas delas são
quentes e outras são frias dependendo do local em que se formaram
e são principalmente geradas pelo vento.
As correntes marinhas têm importância fundamental sobre o clima,
mas esta questão será abordada mais adiante.
Perguntas
1) Conte com suas palavras como se formou a hidrosfera?
2) Qual é a porcentagem correspondente às terras e às águas do planeta?
3) Qual é o Hemisfério das Águas? Como é chamado o Hemisfério Norte?
4) Descreva com suas palavras como ocorre o ciclo das águas.
5) Quais são as alturas máximas e mínimas das marés?
6) Cite o nome de três correntes marinhas quentes e de onde para onde
elas transportam as águas. Faça novamente o mesmo para três cor-
rentes frias.
Perguntas
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38 Ciências – Capítulo 3
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A água está acabando
A água é a substância mais impor-
tante para a existência da vida e tudo
leva a crer que esse bem precioso se
encontra em extinção da mesma ma-
neira que muitas espécies animais.
Isso acontece por que as fontes de
água não têm sido respeitadas pelo ser
humano. Principalmente nas grandes
cidades, as pessoas constróem casas
em torno das regiões de mananciais e
os reservatórios estão sendo cada vez
mais e mais poluídos. Há também o
hábito de se desperdiçar água, deixando
as torneiras abertas desnecessariamente,
lavando-se as calçadas e quintais com
água, lavando-se carros, entre outros
hábitos que fazem com que a água se
torne cada vez menos disponível para
o consumo que é realmente necessário.
Além de todo o prejuízo que a escas-
sez de água causa, ela também pesará
no bolso dos seus consumidores. Sen-
do um bem cada vez mais raro, a água
também se tornará cara.
Se não tomarmos cuidado, a água
vai acabar!
����� Compreendendo a notícia (Dica: Leia primeiro o texto e assinale as palavras
que você não entendeu. Em seguida, consulte o dicionário e tente ler o texto
novamente e então, responda as perguntas).
1) Por que a água está em extinção?
2) Procure no dicionário de Português o que significa a palavra manancial e anote
o significado.
3) Quais são as maneiras de se evitar a crise no abastecimento?
4) De que maneira podemos evitar o desperdício?
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w.
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ntr
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or
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39Ciências – Capítulo 4
A AtmosferaA AtmosferaA AtmosferaA AtmosferaA Atmosfera
Nascemos neste mundo
e nos acostumamos a olhar
para o céu a fim de verificar
se o tempo está claro, se
está chuvoso, se está quen-
te ou frio etc. Respirar o ar
da atmosfera é uma das pri-
meiras coisas que fazemos
assim que nascemos.
Como se formou o ar que respiramos? Por que tanto ouvimos falar
hoje em dia sobre o efeito estufa ou sobre o buraco na camada de
ozônio?
O objetivo deste capítulo é o de responder esta e várias outras
perguntas.
Camadas da AtmosferaCamadas da AtmosferaCamadas da AtmosferaCamadas da AtmosferaCamadas da Atmosfera
A Terra encontra-se rodeada por uma espessa camada de gases
que vai desde a superfície do planeta e não tem um limite definido,
que é chamada de atmosfera. Na figura a seguir, podemos observar
as camadas da atmosfera e seus limites verticais.
CAPÍTULO
4
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40 Ciências – Capítulo 4
78% de nitrogênio
21% de oxigênio
0,90% de gases nobres
0,03% de gás carbônico
0,07% de vapor de água.
Como podemos ver na figura, a camada mais próxima da superfície
é a troposfera e chega a aproximadamente 10 quilômetros. Nessa
camada é onde encontramos 80% dos gases atmosféricos e todo o
vapor de água da atmosfera. É nessa camada que ocorre o ciclo da
água.
Um dos gases mais importantes existentes na atmosfera é o oxigê-
nio, gás esse de extrema importância para a existência de vida em
nosso planeta.
Mas apesar de sua extrema importância, não é o oxigênio o gás
mais abundante na atmosfera e sim o nitrogênio.
Além desses dois gases existem ainda na composição da atmos-
fera os gases nobres,
o gás carbônico e o
vapor de água.
As quantidades
existentes desses ga-
ses, porcentualmente,
podem ser vistas no
gráfico ao lado:
41Ciências – Capítulo 4
Essas composições correspondem ao ar normal presente próximo
à superfície e sem poluentes. As temperaturas na troposfera chegam
a até 56oC negativos. Todas as intempéries tais como chuvas,
tempestadas, furacões ocorrem nesta camada. A seguir, vemos a
estratosfera que vai de 10 a 50 quilômetros e sua temperatura nessa
camada varia dos 56oC negativos até 2oC negativos, ou seja, a tem-
peratura nessa camada aumenta com a altitude. É nessa camada
que se encontra a tão falada camada de ozônio, que tem como pro-
priedade absorver a energia do Sol.
A próxima camada é a mesosfera que vai de 50 a 80 quilômetros
e sua temperatura varia de 2oC negativos a 92oC negativos,ou seja,
atinge temperaturas muito frias. Após a mesosfera encontra-se a
termosfera, que recebe este nome porque nesta camada embora muito
distante da superfície, a temperatura volta a aumentar podendo chegar
até a 1.200oC (termo = calor). Essa camada também é conhecida como
ionosfera por causa da presença de íons livres que nela são encon-
trados. A seguir temos a exosfera, com algumas centenas de quilôme-
tros. Na medida em que a altitude aumenta a atmosfera vai ficando
cada vez mais rarefeita até chegar ao espaço cósmico.
O efeito estufaO efeito estufaO efeito estufaO efeito estufaO efeito estufa
Como vimos anteriormen-
te, mais de 80% dos gases
atmosféricos estão contidos
nos primeiros 10 quilômetros
a partir da superfície e formam
uma espécie de “cobertor
térmico” que faz com que o
calor recebido do Sol perma-
neça nessa região.
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42 Ciências – Capítulo 4
Por esse raciocínio podemos entender também o que acontece no
chamado efeito estufa. No efeito estufa são liberados para a atmosfera
os chamados gases estufa, quase que na sua totalidade provenientes
da queima de combustíveis fósseis, sejam eles o petróleo e seus deriva-
dos, o carvão e a queima de florestas. Esses gases vêm contribuir para
o aumento da quantidade dos gases atmosféricos, fazendo assim com
que mais do calor recebido proveniente do Sol seja conservado nas
camadas inferiores da atmosfera, ou seja, mais próximas da superfície.
Estudos recentes indicam que as temperaturas médias da Terra
subiram cerca de 0,3oC a 0,6oC desde 1960 e este aumento tem sido
atribuído ao efeito estufa. Existem ainda estimativas de que se não
forem tomadas medidas sérias no sentido de controlar a poluição na
atmosfera até o ano de 2100, a temperatura terrestre irá aumentar entre
1oC e 3,5oC. Esse aumento terá conseqüências bastante graves como
o derretimento das calotas polares e em conseqüência a elevação do
nível médio do mar, cobrindo assim várias regiões litorâneas ou a
proliferação de doenças que se aproveitarão do clima quente e úmido
para se alastrar.
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43Ciências – Capítulo 4
Um pouco mais sobre a camada de ozônioUm pouco mais sobre a camada de ozônioUm pouco mais sobre a camada de ozônioUm pouco mais sobre a camada de ozônioUm pouco mais sobre a camada de ozônio
A camada de ozônio, formada pelo gás de mesmo nome, é de
extrema importância para a manutenção da vida sobre a Terra. Para
entendermos o porquê, vamos contar um pouquinho de sua história.
Sabemos que a evolução geológica da Terra levou muito tempo
para chegar ao que conhecemos hoje e a atmosfera, como não podia
deixar de ser, também passou por várias transformações. Há 600
milhões de anos surgiram alguns organismos aquáticos capazes de
produzir, por meio de um processo de respiração das plantas chamado
fotossíntese, o gás oxigênio.
O Sol emite uma radiação chamada ultravioleta que em contato
com o oxigênio presente na atmosfera produziu o ozônio, (O3), e este
gás por sua vez filtra essa radiação ultravioleta, que é extremamente
nociva às células vivas. Foi a partir de então, por causa da existência
da camada de ozônio, que os seres vivos voltaram a evoluir para formas
superiores.
Cientistas demonstraram que os gases denominados freons são os
responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Esses gases são
utilizados pela indústria de refrigeradores, perfumes e inseticidas e
também na indústria de espumas plásticas do tipo isopor. Foi detectado
na década de 1980 que esses gases já haviam feito um grande estrago
na camada de ozônio, provocando o surgimento de um enorme buraco
na região da Antártida, como pode ser verificado na figura a seguir.
Na
sa
Buraco na camada de ozônio
44 Ciências – Capítulo 4
Atualmente vários acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto,
foram firmados com o objetivo de pesquisar e encontrar substitutos
para os freons, que se tornaram muito importantes comercialmente, a fim
de preservar a camada de ozônio e, em conseqüência, a vida na Terra.
Efeitos da radiação ultravioleta Efeitos da radiação ultravioleta Efeitos da radiação ultravioleta Efeitos da radiação ultravioleta Efeitos da radiação ultravioleta nnnnna saúde humanaa saúde humanaa saúde humanaa saúde humanaa saúde humana
Os efeitos nocivos da radiação ultravioleta sobre a saúde humana são:
����� Sobre a pele: insolação, envelhecimento, câncer, doenças
infecciosas
����� Sobre os olhos: catarata, tumores, cegueira
No geral, o ser humano fica mais propenso a ter cânceres, deficiên-
cias nutricionais, doenças infecciosas e imunossupressão.
Perguntas
1) Quais são as camadas da atmosfera?
2) Cite três características da troposfera.
3) Qual é a composição do ar atmosférico?
4) O que acontece na atmosfera no efeito estufa?
5) Quais são algumas das conseqüências do efeito estufa?
6) Por que a camada de ozônio é importante para a vida em nosso planeta?
7) Cite três efeitos nocivos da radiação ultravioleta para a saúde humana.
Perguntas
45Ciências – Capítulo 4
O que acontecerá na
Terra superaquecida?
Em um planeta cuja temperatura
seja muito maior do que as temperatu-
ras médias atuais, teremos o derreti-
mento das geleiras polares e com isso
o nível do mar aumentará várias deze-
nas de metros. Em decorrência disso,
várias regiões antes habitáveis serão
cobertas pela água e mais da metade
da população mundial terá que se
mudar para regiões mais altas.
Temperaturas mais altas também
significam menor produção de alimen-
tos, uma vez que os alimentos cultiváveis
atualmente estão adaptados a tempera-
turas mais amenas. O número de fon-
tes de água doce também diminuirá,
o que levará a uma disputa pelas fon-
tes de água doce que ainda restarem.
A população do planeta então não
conseguirá ser suprida em suas neces-
sidades e muitos morrerão de sede,
de fome ou vítimas de outras doen-
ças, que se aproveitam de temperatu-
ras mais altas para proliferarem.
Para evitar que tudo isso aconteça
devemos poluir menos a atmosfera e
exigir que os países que ainda poluem
o meio ambiente parem com essas
ações, de modo a garantirmos um fu-
turo mais ameno para a humanidade.
����� Compreendendo a notícia (Dica: Leia primeiro o texto e assinale as palavras
que você não entendeu. Em seguida, consulte o dicionário e tente ler o texto
novamente e então, responda as perguntas).
1) De qual fenômeno trata o texto?
2) O que acontecerá se as geleiras polares derreterem?
3) Cite algumas conseqüências de um superaquecimento global.
4) O que podemos fazer para evitar que isso aconteça?
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46 Ciências – Capítulo 5
Estados da matéria noEstados da matéria noEstados da matéria noEstados da matéria noEstados da matéria no
ambiente não�vivoambiente não�vivoambiente não�vivoambiente não�vivoambiente não�vivo
Estamos sempre observando fenômenos físicos e químicos ao nosso
redor. A chuva, a condensação do vapor nos vidros do lado interno
do carro, o cozimento de um alimento, uma roupa secando ao Sol etc.
Por que esses fenômenos acontecem? Que explicação científica po-
demos dar a eles?
CAPÍTULO
5
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47Ciências – Capítulo 5
Algumas definições importantesAlgumas definições importantesAlgumas definições importantesAlgumas definições importantesAlgumas definições importantes
Quase tudo aquilo que nos cerca é considerado matéria: o ar que
respiramos, a água, o solo, o ferro, o ouro etc.
�����Matéria: é tudo o que tem massa e ocupa espaço no Universo.
����� Corpo: é uma porção limitada de matéria.
����� Objeto: é um corpo produzido para ser utilizado pelo homem.
Por exemplo, temos a madeira que é um tipo de matéria, pois umpedaço de madeira constitui um corpo e uma mesa, um objeto. O
elemento químico ferro, encontrado na natureza na forma de minérios,
sem forma ou função definida‚ é chamado de matéria; já um prego que
é uma porção limitada dessa matéria, ou seja, o ferro extraído desses
minérios‚ é considerado objeto.
A água é matéria, já uma gota d’água
é uma porção limitada de matéria, logo, é
considerada corpo.
Os corpos podem ser classificados em:
Corpos naturais quando são forma-
dos pela natureza. Por exemplo, árvores
e pedras.
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Matéria Objeto
Minério de ferro
Corpos naturais
48 Ciências – Capítulo 5
Corpos artificiais quando são pro-
duzidos pelo Homem. Como exemplos
podemos citar canetas, automóveis etc.
Os corpos podem ainda ser formados
por apenas um tipo de matéria, assim como
os pregos são formados por ferro, anéis
podem ser de prata ou então, por um conjun-
to de materiais diferentes misturados, bem
como pneus ou tijolos.
Os materiais são formados, muitas vezes, pela união de muitas
substâncias.
����� Substância: é o tipo ou espécie de matéria da qual o corpo
é formado.
No exemplo, pregos de ferro são
corpos formados pela substância
ferro. Jóias podem ser fabricadas a
partir da substância ouro extraída
de veios encrustrados nas rochas.
A matéria água é formada pelos
elementos hidrogênio e oxigênio.
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Corpo artificial
Mineração de ouro
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Molécula de água
O
H H
49Ciências – Capítulo 5
Os átomos e a matériaOs átomos e a matériaOs átomos e a matériaOs átomos e a matériaOs átomos e a matéria
Os átomos são estruturas extremamente pequenas com as quais
são formados todos os materiais do Universo.
Com exceção dos gases nobres, hélio, neônio, argônio, xenônio,
criptônio e radônio, que são materiais constituídos por átomos isolados,
todos os outros materiais são formados pela união de átomos.
Existem milhões de materiais diferentes formados por combinações
entre um número muito menor de átomos.
Poderíamos pensar nisso fazendo uma analogia com as palavras
escritas. Quantas palavras existem? Milhares e milhares. E quantas
letras conhecemos? Nosso alfabeto é composto por apenas 23 letras.
A diferença entre as palavras consiste apenas na seleção e no arranjo
das letras.
A formação das substâncias a partir da combinação dos átomos
é semelhante.
Os diferentes tipos de átomos formam tudo. De cada arranjo de
átomos, temos uma substância diferente.
Se unirmos dois átomos de hidrogênio a um átomo de oxigênio,
teremos a substância água. Unindo apenas dois átomos de oxigênio,
teremos o gás oxigênio. Se um átomo de hidrogênio e um de cloro se
unirem, teremos o cloreto de hidrogênio. É dessa forma que os átomos
vão formando tudo.
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H H
O O ClH
50 Ciências – Capítulo 5
Estados físicos da matériaEstados físicos da matériaEstados físicos da matériaEstados físicos da matériaEstados físicos da matéria
Na natureza, a maior parte da matéria encontra-se em três estados
físicos: sólido, líquido e gasoso. O que determina o estado físico de
um material é a intensidade das forças que unem as partículas que
o formam.
Estado sólidoEstado sólidoEstado sólidoEstado sólidoEstado sólido
A força que une as partículas (áto-
mos, moléculas ou íons) é muito intensa,
dessa maneira, o espaço entre elas é
mínimo. Devido à essa união, os sólidos
apresentam grande resistência a serem
quebrados, além de possuírem forma e
volume definidos.
Os corpos sólidos podem ser classi-
ficados em:
����� Corpos cristalinos são os
sólidos verdadeiros onde as espécies
químicas estão arranjadas em forma
geométrica definida, e são chamadas
de cristais. Como exemplo, podemos
citar uma pedra de ametista, um dia-
mante etc.
����� Corpos amorfos são sólidos
cujos átomos se agrupam de maneira
desordenada. Não apresentam forma
geométrica definida. Como exemplo,
podemos citar um pedaço de piche,
cera etc.
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51Ciências – Capítulo 5
Estado líquidoEstado líquidoEstado líquidoEstado líquidoEstado líquido
A força que une as partículas são menos
intensas que no estado sólido, por isso, o
espaço entre elas é maior. As partículas
apresentam-se relativamente distantes en-
tre si. Os líquidos não apresentam forma e
volume definidos. Exemplo: um litro de água
em uma garrafa terá o formato da garrafa.
Se transferirmos essa água para uma jarra,
seu formato mudará, porém, continuará
sendo um litro.
Estado gasosoEstado gasosoEstado gasosoEstado gasosoEstado gasoso
Nesse estado, as forças que
unem as partículas são muito peque-
nas, por isso elas estão relativamen-
te afastadas umas das outras. Os
gases não apresentam forma e
volume definidos. O gás apresenta
a forma do recipiente que o contém
e, devido à pequena força de atra-
ção entre as moléculas, tende a se
expandir e ocupar todo o volume
do recipiente, independentemente
de sua capacidade.
Transformações da matériaTransformações da matériaTransformações da matériaTransformações da matériaTransformações da matéria
Para falarmos das transformações que ocorrem na matéria, primeiro
vamos definir o que é fenômeno. Fenômeno é qualquer mudança que
pode ocorrer na matéria, alterando seu estado físico ou transformando
sua estrutura em composição química. Dessa maneira, definimos a
seguir o que são fenômeno físico e fenômeno químico.
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Temos 1 litro de água tanto
na jarra como na garrafa
O gás dentro do balão
assume a forma do balão
52 Ciências – Capítulo 5
����� Fenômeno físico: ocorre sem que
haja transformação na composição do
material. As alterações de estado físico são
consideradas fenômenos físicos. Por exem-
plo, a solidificação da água. As moléculas
de água no estado sólido (gelo) apenas se
organizam de forma diferente da água no
estado líquido mas o material não deixa de
ser água.
����� Fenômeno químico: é a transfor-
mação que altera a estrutura química da
matéria, isto é, sua constituição. Normal-
mente, as transformações químicas apre-
sentam caráter irreversível. Por exemplo, a
queima de uma folha de papel. Mesmo
apagando-se o fogo, a porção de papel
queimada não se recompõe. Os fenômenos
químicos, também são chamados de rea-
ções químicas.
Algumas das propriedades da matériaAlgumas das propriedades da matériaAlgumas das propriedades da matériaAlgumas das propriedades da matériaAlgumas das propriedades da matéria
É o conjunto das características que qualquer tipo de matéria
possui. Algumas dessas características são descritas a seguir.
����� Extensão: Toda matéria ocupa lugar no espaço. A medida
deste espaço é seu volume.
����� Massa: É a porção de matéria que forma um corpo. A massa
de um corpo é obtida por meio de balanças embora, na verdade, o
valor obtido represente a força peso, e sua unidade no SI é o quilo-
grama (kg).
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Água passando do estado
sólido para o estado líquido.
Papel queimando.
53Ciências – Capítulo 5
Diferença entre massa e peso: o peso é uma força que
resulta da ação da gravidade sobre a massa de um corpo. É
determinada por meio de dinamômetros. Sua unidade no SI é
o Newton (N) ou kg.m/s2.
����� Impenetrabilidade:“Dois corpos não podem ocupar, ao
mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço”.
Ao retirarmos um prego que antes se encontrava preso a um
pedaço de madeira, podemos observar que o espaço ocupado ante-
riormente pelo prego continua a existir. Dessa maneira podemos con-
cluir que o prego e a madeira não ocupam o mesmo espaço ao mesmo
tempo
����� Porosidade ou desconti-
nuidade: Toda matéria é porosa ou
descontínua. Por mais unidas que as
partículas estejam, sempre haverá
pequenos espaços entre elas chama-
dos “poros” ou espaços intermolecu-
lares.
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54 Ciências – Capítulo 5
����� Compressibilidade ou expansibilidade: Ao aplicarmos
uma força sobre uma porção de matéria, ela sofrerá diminuição ou
aumento de volume, pois ocorre a movimentação entre os espaços
intermoleculares, dependendo do sentido da força. Os espaços
intermoleculares existem em qualquer estado da matéria. No estado
gasoso, a compressibilidade pode ser grande enquanto nos estados
sólido e líquido ela é quase nula.
Propriedades específicas da matériaPropriedades específicas da matériaPropriedades específicas da matériaPropriedades específicas da matériaPropriedades específicas da matéria
Os materiais podem mudar de estado físico, motivados pela varia-
ção da pressão ou da temperatura. Exemplo: a água no estado sólido,
ou seja, quando é gelo, pode passar ao estado líquido por meio de
um processo de aquecimento. Aquecendo-se ainda mais, ela mudará
novamente de estado, desta vez do líquido para o gasoso, transforman-
do-se em vapor de água. As mudanças de estado físico têm nomes
específicos. A seguir indicamos essas mudanças e seus respectivos nomes.
����� Fusão: passagem do estado sólido para o estado líquido.
����� Solidificação: passagem do estado líquido para o estado
sólido.
����� Vaporização: passagem do estado líquido para o estado
gasoso. Quando a vaporização ocorre de forma lenta, chamamos de
evaporação. Quando ocorre de forma rápida chamamos de ebulição.
����� Condensação: passagem do vapor para o estado líquido.
����� Liqüefação: passagem do estado gasoso para o estado líquido.
����� Sublimação: passagem do estado sólido para o estado gasoso
ou vice-versa, sem passar pelo estado líquido.
55Ciências – Capítulo 5
Cada substância apre-
senta suas próprias tem-
peraturas de fusão e ebu-
lição. Essas temperaturas
também são conhecidas
como pontos de fusão e
de ebulição. A água, por
exemplo, apresenta tem-
peratura de fusão de 0oC
enquanto que sua tempe-
ratura de ebulição é de
100oC, ao nível do mar.
Já a prata tem temperatura de fusão em torno de 960oC e temperatura
de ebulição de 2.200oC.
Perguntas
1. Defina matéria.
2. Defina corpo e dê exemplo.
3. Defina objeto e dê exemplo.
4. Que são corpos naturais e corpos artificiais. Dê exemplo de cada um.
5. O que é substância? Dê exemplos.
6. Quais são os estados físicos da matéria? Dê exemplo de cada um.
7. O que é fenômeno químico? Dê exemplo.
8. O que é fenômeno físico? Dê exemplo.
9. Cite três propriedades da matéria.
10. O que é condensação?
11. Como se chama a passagem do estado líquido para o estado gasoso?
Perguntas
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56 Ciências – Capítulo 5
O nível do mar
está subindo?
O IPCC (Painel Intergovernamental
sobre Mudança Climática) já há vários
anos estima que o nível médio dos
oceanos aumenta de 1,5 a 2 milímetros
por ano. Esse aumento é o resultado
de dois fatores: o degelo das geleiras
polares e o aumento de volume da
porção de água dos oceanos que fica
em contato com a atmosfera.
Sabemos que o volume de uma
substância tem relação com a variação
da temperatura. Por exemplo com a
água, quando aquecemos um determi-
nado volume de água, suas moléculas
se agitam e o volume ocupado por ela
aumenta. Assim acontece com a água
do mar.
Por causa do aumento da tempe-
ratura média do planeta devido ao
efeito estufa, a água que fica em
contato com a atmosfera também é
aquecida e aumenta de volume.
����� Compreendendo a notícia (Dica: Leia primeiro o texto e assinale as palavras
que você não entendeu. Em seguida, consulte o dicionário e tente ler o texto
novamente e então, responda as perguntas).
1) Segundo o IPCC, qual é o aumento do nível médio dos oceanos anual?
2) Qual é a causa do aumento do nível dos oceanos?
3) Como se comporta um líquido com o aumento de temperatura?
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57Ciências – Capítulo 6
CAPÍTULO
6
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Pressão e DensidadePressão e DensidadePressão e DensidadePressão e DensidadePressão e Densidade
Por que o alpinista da ilustração está usando uma máscara de oxigê-
nio se ele não está debaixo d’água? E por que razão ele tem que utilizar
tantos agasalhos? A resposta a estas e outras questões estão neste capítulo.
PressãoPressãoPressãoPressãoPressão
A camada de gases que envolve
a Terra, a chamada atmosfera, se
mantém em torno de nosso planeta
sem escapar para o espaço cósmico
devido à força de atração gravita-
cional que a Terra exerce sobre ela,
assim como acontece conosco, nos-
sas casas, nossos carros etc.
Essa força, descrita por Isaac
Newton, é responsável por aquilo
que chamamos peso. Imagine-se
subindo em uma balança. O valor
que você lê corresponde ao seu
peso. O peso é dado pela seguinte
fórmula:
58 Ciências – Capítulo 6
P = m x g
onde P corresponde ao peso, m corresponde à massa do corpo que
está sendo pesado e g corresponde à aceleração da gravidade na
Terra que é de aproximadamente 10 m/s2. O peso nesse caso também
pode ser chamado de força, a qual indicaremos por F e a unidade do
peso é chamado newton ou N.
A aceleração da gravidade em outros planetasA aceleração da gravidade em outros planetasA aceleração da gravidade em outros planetasA aceleração da gravidade em outros planetasA aceleração da gravidade em outros planetas
Em outros planetas, a aceleração da gravidade muda. Quanto
maior o planeta maior sua aceleração gravitacional. Vejamos alguns
valores para os planetas do sistema solar:
Mercúrio 3,6 m/s2
Vênus 8,6 m/s2
Terra 9,8 m/s2
Marte 3,7 m/s2
Júpiter 25,8 m/s2
Saturno 11,3 m/s2
Urano 11,4 m/s2
Netuno 11,5 m/s2
E também para o Sol e a Lua:
Sol 274 m/s2
Lua 1,67 m/s2
• Exemplo: Quanto pesaria uma pessoa com 50 quilogramas em
Vênus, em Júpiter, em Netuno e na Lua?
• Solução:
Em Vênus � PVênus= 50 x 8,6 = 430 newtons
59Ciências – Capítulo 6
Em Júpiter � PJúpiter = 50 x 25,8 = 1290 newtons
Em Netuno � PNetuno = 50 x 11,5 = 575 newtons
Na Lua � PLua = 50 x 1,67 = 83,5 newtons
• Exemplo: Um menino caminha em direção à sua casa. Qual é
o seu peso, sabendo que sua massa é de 40 quilogramas?
• Solução: Sabendo-se que
sua massa é de 40 quilogramas e
que a aceleração da gravidade vale
10 m/s2, substituímos na fórmula:
P = m x g
P = 40 x 10
P = 400 newtons
Se em vez de nos pesarmos
subindo em pé em uma balança,
nos pesássemos na posição hori-
zontal, ou seja, deitados, será que a balança indicaria outro valor para
o nosso peso? Certamente não. Mas há uma grandeza chamada pressão
que depende do peso e que muda dependendo da posição do objeto.
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60 Ciências – Capítulo 6
Podemos perceber pelas figuras anteriores que a área ocupada
sobre o chão da balança é menor no primeiro caso do que no segundo.
Assim, mesmo o peso sendo o mesmo, a pressão exercida sobre a
balança muda pois a pressão é definida da seguinte maneira:
Pressão =
 F ___
 A
onde F corresponde a força e A corresponde a área ocupadae a
unidade da pressão é N/m2.
• Exemplo: Calcule o valor da
pressão exercida pelo menino do
exemplo anterior sobre a base de
uma balança de 0,5 m2.
• Solução: Sabendo-se que o
peso do menino é de 400 Newtons
e que a base da balança é de 0,50
m2, substituímos na fórmula:
Pressão = F/A
Pressão = 400/0,5
Pressão = 800 N/m2
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61Ciências – Capítulo 6
Pressão HidrostáticaPressão HidrostáticaPressão HidrostáticaPressão HidrostáticaPressão Hidrostática
Se jogarmos um corpo dentro
de um vasilhame com água parada,
a água exercerá sobre este corpo
uma pressão chamada de pressão
hidrostática.
Para conhecermos a massa do
corpo dentro da água basta verifi-
carmos qual o deslocamento da
água depois que o corpo foi inse-
rido na água, pois o corpo desloca-
rá água para acomodar-se dentro
do recipiente e a água por sua vez exercerá pressão sobre o corpo
na tentativa de voltar a sua posição inicial.
É essa pressão exercida sobre o casco de submarinos, sobre
mergulhadores etc. Quanto maior a profundidade do corpo dentro da
água, maior será a pressão hidrostática exercida sobre o mesmo.
Podemos definir então como pressão hidrostática a pressão que as
moléculas de água exercem sobre uma determinada superfície.
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Deslocamento
da água
62 Ciências – Capítulo 6
Pressão AtmosféricaPressão AtmosféricaPressão AtmosféricaPressão AtmosféricaPressão Atmosférica
A idéia aqui envolvida é a mesma que para a pressão hidrostática,
somente diferindo pelo fato de os objetos aqui serem envolvidos pelo
ar e não pela água. A pressão atmosférica é menor do que a pressão
hidrostática.
A existência da pressão atmosférica foi percebida há relativamente
pouco tempo. Somente em 1643, Torricelli utilizando um tubo de vidro
estreito com uma das extremidades aberta e preenchendo-o com
mercúrio e o colocando de pé com uma das extremidades submersa
em uma bacia com mercúrio percebeu que o mercúrio descia até 76
centímetros de altura e ali ficava parado dentro do tubo. Ele então
concluiu que isso acontecia pois existia uma pressão, a pressão atmos-
férica, impedindo que o tubo de vidro esvaziasse todo o seu conteúdo
de mercúrio dentro da bacia.
Evangelista Torricelli
Nasceu em Pisa, Itália em 1608 e morreu em 1647. Foi imortalizado
por sua experiência para determinação da pressão atmosférica
utilizando uma coluna de vidro e mercúrio.
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Mercúrio
76 cm
63Ciências – Capítulo 6
O instrumento inventado por Torricelli
chama-se barômetro. Porém os modelos
utilizados atualmente são um pouco dife-
rentes, normalmente mais práticos para a
medida da pressão atmosférica.
Como vimos no capítulo anterior, a maior
parte dos gases encontra-se na camada da
atmosfera mais próxima da superfície, a
troposfera. Quando andamos pela rua,
estamos o tempo todo envolvidos pelos ga-
ses da atmosfera. Assim como dentro da
água, quando estamos dentro da atmosfera estamos ocupando o lugar
do ar que estava ali anteriormente e portanto o ar tende a fazer pressão
sobre nós na tentativa de ocupar o espaço em que estava anteriormente.
Quando estamos caminhando podemos imaginar todo o ar que está
sobre nós exercendo sua pressão sobre as nossas cabeças. Porém,
quando subimos no topo de uma montanha e o ar é menos denso (ar
rarefeito), a pressão atmosférica exercida sobre nós também diminui
pois a camada de ar sobre as nossas cabeças também está mais leve.
Podemos definir então a pressão atmosférica como sendo a pressão
que as moléculas de ar exercem sobre uma determinada superfície.
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64 Ciências – Capítulo 6
DensidadeDensidadeDensidadeDensidadeDensidade
Na atmosfera, como discutimos anteriormente, a maior parte do ar
atmosférico se encontra próxima à superfície da Terra. Como sabemos
que o ar é composto por vários gases, ou seja, pelas moléculas dos
vários gases, podemos concluir que existem mais moléculas próximas
à superfície do que mais distante dela. Para entendermos melhor essa
idéia, vamos observar a figura a seguir.
Assim, dizemos que mais próximo à superfície o ar é mais denso
(ar comprimido), pois há mais moléculas, enquanto que no topo da
montanha o ar é mais rarefeito, pois há menos moléculas. A densidade
então é definida como:
d =
 m ___
 V
onde d corresponde a densidade, m corresponde a massa e V ao
volume e a unidade da densidade é dada por g/cm3.
• Exemplo: Encontremos o valor da densidade da água sabendo
que uma caixa contendo água, cheia com 1.000 g de água, tem volume
de 1.000 cm3.
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À medida que a
altitude aumenta,
a densidade de
gases atmosféricos
diminui.
65Ciências – Capítulo 6
• Solução: Vamos aplicar os valores
do enunciado na fórmula:
d = m/V
d = 1000/1000
d = 1 g/cm3
Para exemplificar o que foi dito anteriormente, vamos utilizar um
balão. Observe a figura.
Como podemos ver dentro do balão, as moléculas de ar estão mais
afastadas umas das outras do que fora dele. Então podemos dizer que
o ar dentro do balão é mais rarefeito do que o ar fora dele.
A influência da temperaturaA influência da temperaturaA influência da temperaturaA influência da temperaturaA influência da temperatura
sobre a densidadesobre a densidadesobre a densidadesobre a densidadesobre a densidade
Quando o ar é aquecido, assim como a maioria dos fluidos, ele
torna-se menos denso, pois as moléculas que fazem parte de sua
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Jo
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66 Ciências – Capítulo 6
composição ficam mais distantes umas das outras e, dessa maneira,
torna-se ainda menos denso e mais leve do que o ar que não foi
aquecido. Para entendermos melhor essa idéia, vamos observar o que
está acontecendo na figura a seguir.
A chama do maçarico do balão aquece o ar interno dele, tornando-
o menos denso do que o ar externo. Com isso o ar interno ao balão
fica menos denso do que o ar que o circunda fazendo dessa maneira
com que ele suba.
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67Ciências – Capítulo 6
1) Por que a camada de gases que envolve nosso planeta não escapa para
o espaço cósmico?
2) Qual é o valor da aceleração da gravidade terrestre?
3) Como podemos definir a pressão hidrostática?
4) Como podemos definir a pressão atmosférica?
5) Por que razão um balão sobe?
6) Qual é a influência da temperatura sobre a densidade?
7) Quanto pesaria uma pessoa com 70 quilogramas
em Mercúrio, em Marte, em Saturno, em Urano
e no Sol?
8) Um carro viaja por uma estrada. Qual é o seu peso,
sabendo que sua massa é de 1.000 quilogramas?
9) Calcule o valor da pressão exercida por um cami-
nhão de 6.000 quilogramas sobre a base de uma
balança de estrada de 20 m2.
10) Encontre o valor da densidade do mercúrio sa-
bendo-se que uma caixa contendo mercúrio cheia
com 1.380 g tem volume de 100 cm3.
PerguntasPerguntas
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68 Ciências – Capítulo 6
Montanha acima
Muito cuidado se você pretende
aproveitar suas férias para fazer uma
trilha. Principalmente se você pretende
se aventurar a escalar uma montanha.
Saiba que à medida que a altitude

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