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PENSAMENTO ECONÔMICO

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PENSAMENTO ECONÔMICO	
Módulo 1: Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia
Introdução
Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos a seguir:
Por que a renda no Brasil é tão centrada?Por que os impostos no Brasil são tão altos?O que a crise mundial?Ela já acabou?Como fazer a economia crescer mais?Como controlar a inflação?
Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda o funcionamento das atividades econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de conhecimento, é necessário conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os ferramentais básicos da Microeconomia e os principais agregados macroeconômicos. É o que veremos neste tema.
Conceitos fundamentais
O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas econômicos, demonstrar as principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações.
Mas você sabe quando a economia moderna surgiu?
De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos XVIII e XIX. Nessa época, foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de três tipos de concepções:
Mecanicista
Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da Física, empregando, inclusive, a mesma terminologia (estática, dinâmica, elasticidade, fluidez etc.).
Organicista
Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas se comportavam como um órgão vivo e usavam a mesma terminologia da Biologia (órgãos, funções, circulação, fluxos).
Humanista
Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência social e reflete as atitudes do ser humano, cheias de aspectos psicológicos, e a preocupação em fixar relações de causa e efeito entre os fenômenos sociais.
Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências — Matemática, Estatística, Política, História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante interagir com vários outros domínios do conhecimento científico, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de forma sistemática o comportamento humano em sociedade.
Diante de tantas concepções, como podemos definir a Economia?
Segundo Samuelson e Nordhaus (2004): A Economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos.
Observe que, nessa definição, estão presentes três conceitos fundamentais:
Escassez:Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, afinal, temos meios de produção e recursos insuficientes para atender aos desejos e necessidades de todos os seres humanos.
Eficiência:Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter a máxima produção e ao uso racional dos meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente determinado.
Equidade:É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de renda é consequência de uma baixa equidade.
Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desafio de ser colocado em prática de forma ampla. Alguns economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda, afirmam ser preciso esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não foi produzido. 
Mas o que isso significa?
Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos economistas, a relação entre eficiência e equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em que há um conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição mais justa da renda entre os agentes econômicos, é necessário abrir mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de escolha, leia o poema Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles:
 Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre eficiência e equidade. Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas. 
Como, então, satisfazer necessidades ilimitadas com recursos limitados?
As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais:
O QUE E QUANTO PRODUZIR?
A sociedade deve escolher, dentro de um leque de possibilidades, quais bens e serviços serão produzidos e em que quantidade. Os produtores aumentam ou diminuem a sua produção de acordo com os preços (rentabilidades) dos produtos.
COMO PRODUZIR?
De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos que os fatores de produção são os recursos básicos empregados na oferta de bens e serviços e podem ser divididos em:
· Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais utilizados no processo produtivo.
· Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na produção de bens e serviços.
· Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis empregados no processo. É importante destacar que, em Economia, o termo capital refere-se ao capital físico e não ao capital financeiro.
PRA QUEM PRODUZIR?
A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto:
· Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra?
· Mercado interno ou mercado externo?
Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade infinita de bens pudesse ser produzida e caso as necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não estaríamos preocupados com a utilização racional dos recursos produtivos, nem em desenvolver novas tecnologias para aumentar a eficiência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em questões relacionadas ao meio ambiente.
A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na economia: o custo de oportunidade. Ele representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos proporcionar. Vejamos um exemplo:
Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações.
O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da poupança para arriscar o capital em busca de uma rentabilidade maior.
A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia Mista e Economia Centralizada (planificada ou de direção central). Vamos conhecê-los a seguir.
Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo)
-Neste modelo não existe a interferência do governo na atividade econômica.
-Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) na determinação dos preços de bens e serviços.
-Por meio dessa interação, os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir) são resolvidos mediante o chamado mecanismo de preços, promovendo o equilíbrio nos vários mercados.A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual, agindo livremente, não consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade econômica.

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