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constipação e diarreia

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Semiologia
Constipação Intestinal
A mudança no hábito de vida tornou a constipação intestinal mais comum no homem. Podendo citar: alimentação com poucas fibras e proteínas, carboidratos não naturais, sedentarismo, entre outros. 
Pode ser caracterizado por sensação incômoda ou anormalidade relacionada ao hábito intestinal. 
Envolve sintomas como dificuldades na evacuação, fezes endurecidas, evacuação incompleta (todos acima de 25% do tempo); duas ou menos evacuações por semana; presentes mais de 3 meses.
Epidemiologia:
· a constipação é mais frequente nas mulheres, tendo início no período escolar, quando há novos hábitos na adolescência, se tornando progressivo da idade fértil a terceira idade. 
· Não há predisposição quanto a raça, tendo relação com hábitos alimentares, poder aquisitivo e grau de desenvolvimento social.
· Inglaterra: 29% da população estudada usava laxativo com frequência; apenas 15% das pessoas realmente tinham constipação intestinal
· Belo horizonte (500 homens/500 mulheres): homens 46% se queixavam, mas apenas 7% apresentavam constipação, nas mulheres 21% das mulheres era constipada
Causas:
· Baixo conteúdo de fibras vegetais: as fibras possuem capacidade hidrofílica, atuando na retenção de água e no aumento de peso do bolo fecal na proporção de 15g de fezes para cada 1g de fibra ingerida, aumentando e promovendo o amolecimento das fezes no lúmen colônico.
· Sedentarismo: promove o enfraquecimento muscular, desencadeando fraqueza da musculatura abdominal, pélvica e diafragmática.
· Negligência do reflexo da evacuação: a restrição voluntária da evacuação ocupa destaque na gênese da constipação intestinal (não evacuar no momento que sente vontade)
· Outros: viagens (mudança de alimentação, de ambiente), hospitalização (muito frequente devido a mudança de alimentação, fica sempre deitado e tem a mudança do ambiente) condições desfavoráveis de trabalho.
· Doenças do cólon como Doença de Hirschsprung e Doença de Chagas
· Doença de Hirschsprung – redução ou ausência dos plexos mioentéricos (contração que expulsa o bolo fecal) e submucoso em segmento intestinal com bloqueio de intercomunicação intersegmentar. (comum em criança)
· Doença de Chagas – pode evoluir para fecaloma e, eventualmente, volvo. Há despovoamento neuronal no plexo do Auerbach, o que resulta na ausência de onda peristáltica propulsiva no nível do segmento comprometido.
· Causas endêmicas e metabólicas:
· Hipotireoidismo – alterações motoras e possivelmente a infiltração do intestino por tecido mixedematoso.
· Diabetes mellitus – pacientes com neuropatia autônoma apresentam trânsito intestinal mais lentos.
· Hipercalcemia – pode desencadear a constipação por alteração da eletrofisiologia do músculo colônico.
· Doenças Neurológicas
· Doença de Parkinson – A inatividade física, fragilidade da musculatura abdominal e efeitos colaterais dos medicamentos são fatores relacionados à constipação.
· Esclerose múltipla – Os sintomas tem relação com a duração da enfermidade. Possui ausência do estímulo colônico pós-prandial.
· Lesões da coluna lombossacral - Ocorre por conta da falta de interligação de todos os estímulos. Transtornos emocionais – ocasiona a constipação devido ao uso de medicamentos.
· Depressão – pode ser uma manifestação de um distúrbio afetivo.
· Transtornos alimentares – bulimia, anorexia
· Negação do reflexo da evacuação
· Síndrome do intestino irritável – pode estar associado a algum tipo de estresse psicológico. Caracteriza-se por crises de constipação/diarreia.
Fisiopatologia
O cólon tem como principais funções a absorção de água, eletrólitos, algumas vitaminas, secreção de muco para lubrificação das fezes, síntese de vitamina B e K pelas bactérias colônicas, armazenamento de material fecal para ser excretado e eliminação de resíduos. A transferência do material fecal pelo cólon até o reto é a motilidade; e a peristalse é a movimentação da musculatura do cólon que impulsiona o material fecal – este processo é involuntário e diretamente influenciado pela distensão do lúmen pelas fezes. Estas são constituídas de bactérias, água, gases e resíduos não digeridos no delgado. O tamanho delas está diretamente relacionado à velocidade do trânsito intestinal (WALD, 2006; 2007).
Os movimentos do cólon normalmente são lentos e de dois tipos: movimentos de mistura (contrações haustrais) e propulsivos (movimentos de massa). Os primeiros resultam na absorção de água e eletrólitos e os segundos são os responsáveis pela condução das fezes do intestino delgado até o sigmoide, onde elas ficam armazenadas até o momento da evacuação. Quando as contrações propulsivas de alta amplitude ocorrem (uma ou duas vezes ao dia), forçam uma massa de fezes para o reto, manifestando-se o desejo evacuatório. O sistema nervoso parassimpático aumenta a frequência e a amplitude dos movimentos e o simpático os inibe (WALD, 2006).
As causas da constipação nos pacientes em cuidados paliativos são multifatoriais e envolvem fatores orgânicos, psicológicos, fisiológicos, emocionais e ambientais. Esses pacientes frequentemente fazem uso de medicações que promovem alterações no funcionamento intestinal e, com o agravamento da doença e do grau de debilidade física, tendem a realizar suas eliminações intestinais no leito e sem a devida privacidade, o que consiste num potente fator inibitório para as evacuações espontâneas (SYKES, 2006).
As consequências da constipação intestinal crônica incluem as hemorroidas, a impactação fecal, o prurido anal e até mesmo a diarreia paradoxal ou diarreia por transbordamento (escape de fezes líquidas após constipação intestinal prolongada) (SYKES, 2006; WALD, 2007). Importante ressaltar que esses sintomas nos pacientes com rebaixamento do nível de consciência e em cuidados ao fim da vida podem induzir ou agravar um quadro de agitação psicomotora e delirium
Tipos de Constipação
· Constipação Funcional ou primária: Falta de líquidos e fibras na dieta. Imobilidade, sedentarismo. Falta de privacidade para a evacuação. Falta de tempo para defecação.
· Constipação secundária: Anormalidades estruturais anorrectais e do cólon; Anormalidades extraintestinais; 
· Constipação Iatrogênica: Uso prolongado e exagerado de laxantes e de drogas como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), opioides, psicotrópicos, anticonvulsivantes, anticolinérgicos, dopaminérgicos, diuréticos, bloqueadores de canais de cálcio, sais de ferro, antiácidos à base de cálcio e alumínio etc.
Sintomatologia
· Constipação simples – alteração no ritmo de eliminação de fezes, desconforto associado.
· Disfunções de origem colônica – dor abdominal, geralmente em cólica, desconforto, dolorimento abdominal difuso, flatulência e borborigmos.
· Sintomas dispépticos – dor epigástrica, imprecisa, sem ritmicidade ou periodicidade e sem relação com a alimentação. Pode apresentar, pirose, RGE, azia e eructação.
· Anomalias anorretais – podem ocorrer alterações anatomofuncionais da ampola retal, canal anal ou musculatura esfincteriana.
Alguns medicamentos que podem favorecer a constipação intestinal:
· Medicamentos opióides para dor.
· Agentes anti-colinérgicos
· Antiespasmódicos.
· Antidepressivos tricíclicos.
· Bloqueadores dos canais de cálcio.
· Medicamentos para Parkinson.
· Simpaticomiméticos.
· Antipsicóticos.
Prevenção de constipação intestinal:
1. Coma alimentos que sejam laxantes naturais: mamão, ameixa, linhaça, farelos ricos em fibras...
2. Ingerir mais líquido
3. Consuma probióticos: microrganismos que ajudam a equilibrar a nossa flora intestinal, os probióticos estão presentes em diversos iogurtes e leites fermentados. Também há opção de consumo em cápsulas, com o mesmo efeito.
4. Controle o seu nível de estresse
5. Pratique atividade física:
Diarreia
Definição: considera-se diarreia uma alteração do trânsito intestinal habitual com o aumento da frequência dos movimentos intestinais com eliminação de fezes moles ou aquosas, podendo ter cólicas presentes.
Causas da diarréia crônica ou constante: infecções, problemas do aparelho digestivo,intolerâncias alimentares
Em bebes e crianças deve haver uma maior preocupação pois pode haver desidratação. A criança fica facilmente irritada, sentindo dores abdominais ou cólicas.
A diarreia amarela pode ser causada por estresse, cirrose, câncer do cólon, intoxicação alimentar, hepatite A, gastroenterite. Em bebes, principalmente nos primeiros 6 meses, é comum a presente fezes liquidas e amareladas devido a alimentação a base de leite materno.
Diarreia verde pode ser causada por alto consumo de vegetais verdes ou com corantes verdes, uso de laxantes, ingestão de suplementos alimentares em excesso. Em bebes é comum fezes liquidas e esverdeadas nos primeiros dias de vida.
Diarreia preta são causadas por sangramentos no sistema digestivo, provocado por ulceras, varizes esofágicas, uso excessivo de suplementação de ferro.
A diarreia vermelha possui essa coloração devido a hemorroida, fissura anal, colite ulcerativa, doença de Crohn, câncer do cólon

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