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10 - Ação Declaratória de Constitucionalidade

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Ação Declaratória de Constitucionalidade
1. Introdução
Para muitos autores a ADC é uma ADI em sentido contrário com objeto mais restrito.
Apesar de toda norma ser presumida relativamente constitucional, é possível que esteja acontecendo
uma grande insegurança jurídica (Art. 14, III, Lei 9.868/99) e, assim, muitas vezes a ADI era proposta com
o fim de garantir a constitucionalidade da norma. Sendo assim, surgiu, com a Emenda Constitucional
03/1993, a ADC.
A ADC não visa transformar a presunção relativa de constitucionalidade em absoluta, mas sim declarar
a constitucionalidade da lei em nome da segurança jurídica. Seu objeto é mais restrito que o da ADI, pois só
pode atuar sob ato normativo federal.
2. Base Legal
Tem a mesma base legal da ADI, o art. 102, I, a e §2º da CRFB/88, junto a Lei 9.868/99. O art. 14, III
da Lei 9.868/99 explica um requisito essencial para o recebimento da ADC, a existência de controvérsia
judicial relevante, ou seja, é preciso um número relevante de decisões controvertidas (não há número
exato).
3. Finalidade
Declarar a constitucionalidade da norma em defesa da segurança jurídica. É importante frisar que
mesmo a norma declarada constitucional pelo Supremo pode, em momento posterior, vir a ser declarada
inconstitucional, conforme a interpretação sobre a matéria e a sociedade se modificam.
4. Legitimidade Ativa
Quando a EC 3/93 surgiu, adicionou-se o §4º ao artigo 103, que estabelecia um rol de legitimados ativos
bastante restrito para a propositura desta ação. Com a EC 45/2004, que revogou expressamente o §4º
do art. 103 e tacitamente o art. 13 da Lei 9.868/99, alterando também o caput do art. 103, são legitimados
para a propositura da ADC os mesmos que podem propor a ADI. 
Portanto, aplicam-se à ADC as mesmas regras referentes aos legitimados da ADI.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I processar e julgar, originariamente:–
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória 
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
§2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de 
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e 
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
ADCs 43, 44 e 54: O STF decidiu que o cumprimento de pena só se inicia após trânsito em julgado da 
ação penal condenatória (não com a confirmação por uma decisão de 2º grau), tendo como base o 
princípio da presunção de inocência, que pode ser encontrado no art. 5º, LVII, da CRFB/88.
Art. 14. A petição inicial indicará:
III a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação –
declaratória.
Nunca foi cobrada na OAB
Tópico para esse requisito essencial
5. Legitimidade Passiva
Ajuíza-se a ADC em face da Lei. No entanto, como em alguns espelhos já apareceu a Lei e aquele que a
elaborou, o ideal é colocar ambos na qualificação e, nos pedidos, pleitear as informações a essas autoridades
e órgãos.
6. Capacidade Postulatória
Aplica-se a mesma regra referente à ADI, precisando da representação de advogado os indicados nos
incisos XVIII e IX, ou seja, os partidos políticos com representação no Congresso Nacional, confederação
sindical e entidade de classe de âmbito nacional.
7. Objeto
A ADC terá como objeto unicamente a lei ou ato normativo federal, ou seja, as normas do art. 59 da
CRFB/88, extraindo seu fundamento de validade diretamente da Constituição. Também pode ser proposto
diante de Decreto Autônomo Art. 84, VI , Resolução do CNJ, Resolução do TSE.– –
Não pode ser objeto de ADC:
• Leis estaduais, distritais ou municipais
• Normas pré-constitucionais
• Atos secundários/Normas infralegais
• Projetos de lei ou Proposta de emenda
8. Participação do PGR e AGU
O art. 19 da Lei 9.868/99 estabelece a intimação ou oitiva do PGR para se manifestar acerca da ADC;
não havendo previsão, nem nesta norma nem na Constituição, de atuação do AGU. Há posição minoritária no
sentido de que a atuação deste último é necessária em razão da natureza ambivalente das ações de ADI e
ADC, encontrada no art. 24 da Lei 9.868/99.
A natureza ambivalente implica que cabe a declaração de constitucionalidade/inconstitucionalidade tanto
em sede de ADI quanto de ADC, pois se o STF nega provimento a ação de ADI, significa que a lei é
constitucional, assim como quando nega provimento a ação de ADC quer dizer que a norma é inconstitucional.
9. Cautelar
A medida de urgência da ação declaratória é extraída do art. 21 da Lei 9.868/99, sendo pedido a
suspensão dos processos em curso que dependam da aplicação da norma objeto da ação, gerando efeitos
erga omnes, vinculantes e ex nunc. Essa suspensão só durará por, no máximo, 180 dias e, passado esse
prazo, a liminar cai e os processos voltar a correr.
O pedido final da ADC é a declaração de constitucionalidade (para defender a segurança jurídica ou para
resolver a insegurança jurídica)
Qualificação
 … para confirmar a constitucionalidade da Lei , elaborado por … …
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual 
ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou 
improcedente eventual ação declaratória.

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