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ANATOMIA BUCAL E DENTAL

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TRABALHO DE IMAGIOLOGIA
ANATOMIA DENTAL E BUCAL
NOME: MANUELA ANTUNES ORTEGA
1° ANO: ODONTOLOGIA
GRUPOS DE DENTES
1- INCISIVOS: Os dentes incisivos são situados na parte frontal da arcada dentária, sendo eles compostos por oito dentes (quatro superiores e quatro inferiores), que ainda podem ser diferenciados como incisivos centrais e laterais. Possuem forma quadrangular com uma face cortante, biselada e uma raiz somente. Tem como função o corte dos alimentos, dando início à preparação da função mastigatória. 
 
2- CANINOS: Os caninos, compostos por quatro dentes, (dois superiores e dois inferiores), possuem a forma de cone e geralmente é o mais pontiagudo e comprido dos dentes. Sua função é a de furar, rasgar e cortar os alimentos mais fibrosos e resistentes. 
 
3- PRÉ- MOLARES: Os pré-molares, (quatro superiores e quatro inferiores) que ainda podem ser diferenciados como primeiros e segundos pré-molares são dentes da mastigação, devido a sua parte oclusal. Possuem forma de pentágono e são menores que os caninos. Trabalham com os molares na mastigação, além de manter a DVO (Dimensão vertical de oclusão) e dar suporte aos lábios e bochechas.
 
4- MOLARES: Os dentes molares, (seis superiores e seis inferiores) não apresentam decíduos correspondentes, já que estes dão lugar aos pré-molares permanentes. São responsáveis por triturar e mastigar os alimentos, possuindo assim várias pontas em sua área de contato com a comida. Além disso, eles têm como função determinar a chave de oclusão dentária, (por serem os primeiros dentes permanentes a surgirem na arcada), e de manter a DVO.
DENTIÇÃO PERMANENTE X DECÍDUA 
Os dentes decíduos, também conhecidos como dentes de leite, começam a aparecer na boca da criança por volta de seis meses de idade e vão continuar até mais ou menos completar os seis anos, quando iniciará a troca da dentição decídua para a permanente. Nesta fase, onde há simultaneamente a presença da primeira dentição e dos permanentes, denomina-se dentição mista.
 Estes dentes temporários, por serem menos mineralizados do que os dentes permanentes, acabam sendo mais brancos quando comparados, visto que em sua composição há um predomínio maior de carbonato e menor de cálcio. Quanto à dimensão, os decíduos são menores e, além disso, apresentam esmalte mais fino, o que aumenta o risco de desenvolver mais cáries quando atrelado a uma inadequada higienização bucal. 
 
Quando os dentes permanentes anteriores irrompem, eles têm geralmente um pequeno número de irregularidades/ondulações na borda, as quais são conhecidas como flor-de-lis, que se desgastam com o passar do tempo, deixando-os mais uniformes. Se os dentes encaixarem corretamente, os mamelos vão se desgastar com o tempo.
 
Outra grande diferença entre os dentes primários e os dentes decíduos é o número deles. Normalmente as pessoas têm 20 dentes de leite e 32 permanentes, incluindo os quatro terceiros molares (sisos). Parte do que determina a diferença em termos numéricos é o fato de que a boca de uma criança é muito menor que a de um adulto, já que as crianças não têm espaço para 8 a 12 molares. No entanto, à medida que vão crescendo, a mandíbula também cresce dando espaço aos dentes adicionais.
 
Em relação as raízes, os dentes de leite, quando comparados aos permanentes apresentam formatos diferentes e tamanhos menores, pois são concebidos a cair e manter o espaço para os permanentes. 
 
NOMENCLATURA E NUMERAÇÃO
A nomenclatura desenvolvida oficialmente pela Federação Dentária Internacional (FDI), identifica cada elemento da dentição num odontograma, que é uma representação gráfica de todos os dentes. Esta consiste em dividir os dois maxilares, o superior e o inferior, em quatro quadrantes a partir da linha central, entre os incisivos centrais, no sentido da zona posterior. 
 
1- PERMANENTES: O primeiro quadrante (1) é o da parte superior direita da nossa boca; o segundo (2), da superior esquerda; o terceiro quadrante (3) corresponde à parte inferior esquerda; e o quarto (4) à inferior direita. Ou seja, numeramos no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio. Portanto:
Incisivos centrais permanentes superiores (11 e 21)
Incisivos laterais permanentes superiores (12 e 22) 
Caninos permanentes superiores (13 e 23)
Primeiros pré-molares permanentes superiores (14 e 24)
Segundos pré-molares permanentes superiores (15 e 25)
Primeiros molares permanentes superiores (16 e 26)
Segundos molares permanentes superiores (17 e 27)
Terceiros molares permanentes superiores (18 e 28)
Incisivos centrais permanentes inferiores (31 e 41)
Incisivos laterais permanentes inferiores (32 e 42)
Caninos permanentes inferiores (33 e 43)
Primeiros pré-molares permanentes inferiores (34 e 44)
Segundos pré-molares permanentes inferiores (35 e 45)
Primeiros molares permanentes inferiores (36 e 46)
Segundos molares permanentes inferiores (37 e 47)
Terceiros molares permanentes inferiores (38 e 48) 
2- DECÍDUOS: O primeiro quadrante (5) é o da parte superior direita da nossa boca; o segundo (6), da superior esquerda; o terceiro quadrante (7) corresponde à parte inferior esquerda; e o quarto (8) à inferior direita, na dentição decídua. Igualmente, numeramos no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio.
Incisivos centrais superiores (51 e 61)
Incisivos laterais superiores (52 e 62)
Caninos superiores (53 e 63)
Primeiro molar superior (54 e 64)
Segundo molar superior (55 e 65)
Incisivos centrais inferiores (71 e 81)
Incisivos laterais inferiores (72 e 82)
Caninos inferiores (73 e 83)
Primeiro molar inferior (74 e 84)
Segundo molar inferior (75 e 85) 
ESTRUTURAS BUCAIS
1- FREIO LABIAL: É uma estrutura que se localiza na gengiva, normalmente entre os dentes incisivos centrais, e se insere nos lábios superiores e inferiores. Esse tipo de estrutura influencia no movimento dos labios, limitando-os, podendo prejudicar o sorriso do individuo e os posicionamentos dentários. 
2- FREIO LINGUAL: Está localizado na parte do assoalho bucal e se adere por baixo da língua. Essa estrutura anatômica funciona limitando os movimentos da língua. Se a inserção estiver inadequada, problemas fonéticos poderão surgir como “língua presa”. Isso faz com que o paciente perca a capacidade de pronunciar determinadas palavras, uma vez que os movimentos da língua ficam mais limitados. 
+ Caso exista essas alterações a indicação seria a técnica da Frenectomia ou Frenotomia, que visa o corte do freio. Nesse procedimento, é alterado o local de sua inserção para que ele não interfira no fechamento de diastemas, não cause retrações gengivais e nem problemas fonéticos. 
 
3- BRIDAS: As bridas são membranas que unem o lábio e a mucosa jugal à gengiva subjacente. A importância da inserção e morfologia da brida labial, é fundamental por tratar-se de uma estrutura anatômica com função biológica de limitar os movimentos labiais, promovendo estabilização na linha média do lábio e impedindo a excessiva exposição da mucosa gengival. Mas, se as bridas estiverem muito próximas dessa gengiva, elas causam problemas periodontais, estéticos e fonéticos, podendo ser solucionadas pela bridectomia. 
4- LÍNGUA: Estrutura do sistema gustativo, a língua é um órgão sensorial e muscular que está localizada na cavidade oral e faríngea, caracterizada por ser recoberta por uma membrana com papilas gustativas, essas que registram os sabores doce, salgado, azedo, amargo e umami em sua superfície, e os corpúsculos de Krause, responsáveis por perceber as sensações táteis. É constituída por quatro músculos intrínsecos: longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso e o vertical, que são responsáveispor encurtar, estreitar e achatar a língua. Este músculo possui duas funções, sendo elas:
+Órgão sensorial: percebe a conformação, a dimensão, a textura, a temperatura e o sabor dos alimentos. +Órgão muscular: auxilia o movimento dos alimentos dentro da cavidade bucal, inicia a deglutição e participa na linguagem (articula as palavras durante a fala). 
 
5- RUGAS PALATINAS: As rugosidades palatinas, pregas de tecido encontradas no palato, são formadas no 3º mês de vida intrauterina e permanecem na mesma posição durante toda a vida, possuindo resistência à ação destrutiva, uma vez que são cobertas pelas estruturas dentais e esqueléticas. Nesse contexto, apresentam uma grande variabilidade anatômica, sendo assimétricas na espécie humana, o que acaba por ser um requisito fundamental para a identificação, viabilizando sua utilização em ocasiões em que os métodos classicamente estabelecidos são inviáveis. Essa ferramenta da Antropologia Forense pode ser aplicada tanto no cadáver recente como no indivíduo vivo e são várias as formas e sistemas de classificações existentes.
6- ASSOALHO BUCAL: É a região sublingual, cujo espaço é compreendido entre as gengivas e a base da língua. O assoalho da boca é formado exclusivamente por tecidos moles, sendo totalmente recoberto por uma mucosa delgada, vermelha, translúcida e apresentando-se frouxamente fixada aos planos profundos Triangular, com o vértice apontando para os incisivos inferiores, esta região apresenta o frênulo da língua, e em cada uma de sua extremidade posterior, há um tubérculo correspondente ao orifício do conduto de Wharton (condutos excretores da glândula sublingual).
7. GENGIVA: Encontrada na cavidade oral, a gengiva consiste de tecido mucoso que recobre as apófises alveolares da maxila e da mandíbula, e terminam no colo de cada dente. Ao contrário da restante mucosa oral, que possui muitas glândulas salivares acessórias, a gengiva não possui submucosa nem glândulas. Nessa direção, existem dois tipos de gengiva que são claramente reconhecíveis, conhecidas como gengiva marginal e gengiva fixa. 
+Gengiva marginal:  é uma faixa por volta de 1,5 mm de tecido gengival que envolve o colo dos dentes, e é conhecida por esse nome devido ao fato de que a parede interna forma a parede gengival do sulco. 
+Gengiva fixa: encontra-se entre a gengiva móvel e a gengiva alveolar. Possui quatro a cinco milímetros de largura e não é removível das estruturas subjacentes sem causar danos.
8. LÁBIOS: Compostos pelo lábio superior e inferior, os lábios são a parte externa da boca, e possuem como papel facilitar a articulação e manipulação dos alimentos que são incorporados na cavidade bucal. São, portanto, fundamentais para comer, deglutir e falar. Na linguística, representam um dos muitos pontos de articulação, ajudando a bloquear o ar que vem dos pulmões e a formar fonemas. Além disso, usar os lábios para sugar é uma das primeiras habilidades do ser humano, por tratar-se de um reflexo primitivo e uma aptidão fundamental para a nossa sobrevivência.
 
9. GRÂNDULAS SALIVARES: As glândulas salivares produzem o fluido lubrificante encontrado na boca e na garganta, a saliva. Essa, contém enzimas que iniciam o processo de digestão dos alimentos, anticorpos e outras substâncias que ajudam a evitar infecções da boca e da garganta.
Os dois principais tipos de glândulas salivares são as glândulas salivares maiores e as glândulas salivares menores.
As glândulas salivares maiores são divididas em 3 pares, sendo elas:
+Glândulas Parótidas. São encontradas em ambos os lados da face, abaixo e diante das orelhas. Esta glândula tem função de secretar conteúdo salivar através do ducto parótido a fim de facilitar a mastigação e a deglutição e também de iniciar a digestão do alimento. Por volta de 25% do volume total de saliva é produzida pela glândula parótida. Através da secreção da enzima alfa-amilase, o conteúdo salivar inicia o processo de digestão, principalmente de amidos, facilitando os processos de quebra e absorção do conteúdo alimentar. Além disso, alguns estudos apontam que a enzima alfa-amilase também pode ser um importante mecanismo imunológico, visando impedir a deposição de bactérias na superfície oral. Cerca de 70% dos tumores de glândulas salivares se iniciam na parótida, a maioria destes tumores é benigna
+Glândulas Submandibulares. As glândulas submandibulares se encontram na parte interna da mandíbula. Elas secretam uma menor quantidade de saliva sob a área bucal, quando comprada à glândula supracitada. Aproximadamente 15% dos tumores se formam nestas glândulas, e cerca de metade destes tumores são malignos.
+Glândulas Sublinguais. São encontradas sob o assoalho da boca e por baixo de cada lado da língua. Os tumores em estágios iniciais nessas glândulas são raros.
BIBLIOGRAFIAS:
https://www.odontoup.com.br/pre-molares-descricao-anatomica/
https://www.sorrisologia.com.br/noticia/dentes-incisivos-veja-a-importancia-deles-para-funcoes-essenciais-como-a-mastigacao_a7239/1
https://www.anatomiaonline.com/boca/
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S000452762015000100003&script=sci_arttext
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cavidade-oral

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