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SERVIÇO SOCIAL E POLITICA LGBT

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15
Universidade Norte do Paraná
Curso de Serviço Social
LUCAS FERREIRA SANTOS
Assistentes Sociais na luta pela garantia dos direitos LGBT
GUARABIRA
2020
LUCAS FERREIRA SANTOS
ASSISTENTES SOCIAIS NA LUTA PELA GARANTIA DOS DIREITOS LGBT
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná como requisito para elaboração do pré-projeto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
	Orientador: José Izac Rodrigues
GUARABIRA – PB
RESUMO
Compreende-se que a sexualidade na identidade de uma pessoa, revela-se como uma dimensão fundamental da construção da subjetividade, alicerce importante para a possibilidade do livre desenvolvimento da personalidade. O Serviço Social movido pelas constantes transformações da realidade social, que não só exibe novas condições de trabalho, como também redimensiona a profissão a se aprofundar e atualizar seus conhecimentos e seus fundamentos, provocando novas reflexões sobre a construção de respostas de cunho acadêmico, técnico e éticopoliticas na atualização e na adequação de novos saberes. Neste sentido, mostra-se a importância desse profissional no processo de garantia de direitos e empoderamento à comunidade LGBT, indo em direção ao combate, preconceito e a discriminação, o que é demonstrado por meio da atuação do Assistente Social como uma poderosa ferramenta no fortalecimento de indivíduos e na promoção de mudanças sociais, enfatizando que este público não deve ser olhado com diminuição, mas como detentores de direitos civis, sociais e políticos. O objetivo deste trabalho é retratar a importância do Serviço Social na luta pelas garantias de direitos à comunidade LGBT observando a garantia de direitos básicos a esta comunidade fazendo-se de via à cidadania e à dignidade humana por meio de uma revisão bibliográfica por meio da obtenção de dados a respeito desses estudos, se realizou busca nas bases de dados Periódicos CAPES, Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e The SocioWeb, sendo ou não em periódicos de acesso livre. Foram selecionados documentos que apresentem previamente como termos descritores, utilizados juntos ou separados, em português ou inglês sem determinação cronológica: Serviço Social; LGBT; Direitos; Homossexual; Assistente Social. Os documentos encontrados foram analisados quanto à correspondência aos critérios de inclusão, a partir da leitura do resumo de cada estudo previamente identificado como pertinente ao tema da presente revisão bibliográfica, e, posteriormente, promovendo-se também a leitura integral das publicações. Serão excluídos aqueles em que não apresentam dados referentes ao objetivo do atual trabalho. Seguindo a metodologia citada anteriormente, foram encontrados 32 artigos, sendo excluídos 22 que não atendiam aos requisitos da pesquisa, o que resultou em 10 artigos para leitura e análise. Após leitura na íntegra os 10 artigos atenderam os pontos necessários para a construção quadro final. Compreende-se que os dados encontrados fomentam a importância do Serviço Social na garantia dos direitos à comunidade LGBT, sendo este profissional essencial na proteção e validação de direitos básicos, criando base de acesso à serviços e políticas públicas se tornando peça principal no empoderamento dessa minoria.
Palavras chave: LGBT; Direitos; Serviço Social; Políticas Públicas.
1 INTRODUÇÃO
O debate sobre sexualidade na perspectiva do Serviço Social surge primeiramente no ano de 1986, com a aprovação do Código de Ética do Profissional de Assistentes Sociais. O debate foi promovido no Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESS), o qual realizou-se na cidade do Rio de Janeiro, sendo impulsionado por estudantes gays e lésbicas, tema este que foi levado ao Congresso Brasileiro de Pesquisadores em Serviço Social e na formação de um grupo de trabalho e pesquisa, intitulado Serviço Social, Relações de Exploração/Opressão de Gênero/Raça/Etnia, Geração e Sexualidade (DUARTE, 2014).
Compreende-se que a sexualidade na identidade de uma pessoa, revela-se como uma dimensão fundamental da construção da subjetividade, alicerce importante para a possibilidade do livre desenvolvimento da personalidade (DIAS, 2009).
Ser LGBT não se refere a um estilo de vida, uma opção, conduta ou comportamento. Está firmado no meio científico que ser LGBT é manifestação natural da sexualidade humana, tão saudável como ser heterossexual. Desde 1937 a homossexualidade deixou de ser classificada como patologia pela Associação Americana de Psiquiatria, no Brasil, em 1985 o Conselho Federal de Psicologia e o Conselho Federal de Medicina deixaram de classificar a homossexualidade como desvio psiquiátrico, posteriormente, proibindo psicólogos de colaborarem com eventos que tratem a condição como distúrbio ou perversão, sendo apenas em 1990, retirada da Classificação Internacional de Doenças (CID), na Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) (BASTELERO; BAHIA 2018).
Numa perspectiva contemporânea, o Serviço Social movido pelas constantes transformações da realidade social, que não só exibe novas condições de trabalho, como também redimensiona a profissão a se aprofundar e atualizar seus conhecimentos e seus fundamentos, provocando novas reflexões sobre a construção de respostas de cunho acadêmico, técnico e éticopoliticas na atualização e na adequação de novos saberes (LOPES; FILHO; ANDRADE, 2014).
Neste sentido, mostra-se a importância desse profissional no processo de garantia de direitos e empoderamento à comunidade LGBT, indo em direção ao combate, preconceito e a discriminação, o que é demonstrado por meio da atuação do Assistente Social como uma poderosa ferramenta no fortalecimento de indivíduos e na promoção de mudanças sociais, enfatizando que este público não deve ser olhado com diminuição, mas como detentores de direitos civis, sociais e políticos (MENEZES; SILVA, 2017).
Com isto, compreende-se que a população LGBT apresenta demandas que vão ao encontro de políticas públicas, rompendo a fragilidade de vínculos advindos de preconceito e discriminação no núcleo familiar, bem como a violência que resulta dessas relações e dirigem-se para além deste núcleo, o qual, é reproduzido em diversos espaços da comunidade em qualquer segmento pertencente, como estereotipização da identidade de gênero, orientação sexual e uso de terminologias preconceituosas que reproduzem práticas humilhantes de desencontro ao respeito à dignidade humana, levando à uma precária ou nula via de acesso às políticas de serviços públicos (FILHO; NASCIMENTO, 2016).
Sendo assim, entendemos o papel do Serviço Social atuando e desenvolvendo atividades e ações no âmbito dos direitos humanos para LGBT’s, deve ser considerado um avanço profissional, pelo fato de que durante décadas esta demanda foi negligenciada na formação e na implementação de políticas públicas no Brasil (MENEZES; SILVA, 2017).
A Assistência Social molda-se como uma política essencial para viabilizar direitos para a população LGBT, com o fortalecimento de suas ações e potencialidades de seus agentes, pensando num serviço como um amplo conceito que vai além de mecanismos que dão base a meios de sobrevivência norteados na pobreza e na miséria; como também no que tange suas competências de demandas deste público (FILHO; NASCIMENTO, 2016).
Tal segmento mostra incontáveis violações de direitos, resultados do processo sócio-histórico da construção da sociedade como sujeitos de direitos que exercem e usufruem de cidadania (FILHO; NASCIMENTO, 2016).
Algumas particularidades da atuação profissional foram levadas em consideração em peculiaridades da comunidade estudada, como o uso de linguagem acessível direcionada para verdadeiras necessidades desta população; engajamento na militância na busca pela conquista de direitos e batalha contra toda forma de preconceito e discriminações e atuação da profissão relevante e importante na execução de ações socioeducativas em processos políticos (MENEZES; SILVA, 2017).
	Entendendo isto, o AssistenteSocial proporciona na perspectiva inclusiva, uma ponte que leva a minoria estudada aos direitos que são a eles assegurados institucionalmente, como um direito comum criado para cidadãos sem distinções de sexualidade, resultando no empoderamento. Empoderamento este, que viabiliza o conhecimento não apenas de cunho afetivo-sexual, mas de direitos como saúde, lazer, educação, inclusive de adoção de crianças, casamento e formação de família (DOS SANTOS, 2016).
O Serviço Social contribui para a diminuição de práticas preconceituosas e homofóbicas (MENEZES; SILVA, 2017), o que reforça a visão de que essa profissão se revela de forma protetora e estimuladora de autoaceitação, autocuidado e afirmação positiva do que se é, contribuindo para uma mudança de atitude e da forma que a sociedade enxerga estas pessoas.
Este trabalho tem por objetivo retratar a importância do Serviço Social na luta pelas garantias de direitos à comunidade LGBT observando a garantia de direitos básicos a esta comunidade fazendo-se de via à cidadania e à dignidade humana.
5 MÉTODO
O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, a qual, por meio da obtenção de dados a respeito desses estudos, se realizou busca nas bases de dados Periódicos CAPES, Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e The SocioWeb, sendo ou não em periódicos de acesso livre.
Foram selecionados documentos que apresentem previamente como termos descritores, utilizados juntos ou separados, em português ou inglês sem determinação cronológica: Serviço Social; LGBT; Direitos; Homossexual; Assistente Social.
Os documentos encontrados foram analisados quanto à correspondência aos critérios de inclusão, a partir da leitura do resumo de cada estudo previamente identificado como pertinente ao tema da presente revisão bibliográfica, e, posteriormente, promovendo-se também a leitura integral das publicações. Serão excluídos aqueles em que não apresentam dados referentes ao objetivo do atual trabalho. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Seguindo a metodologia citada anteriormente, foram encontrados 32 artigos, sendo excluídos 22 que não atendiam aos requisitos da pesquisa, o que resultou em 10 artigos para leitura e análise. Após leitura na íntegra os 10 artigos atenderam os pontos necessários para a construção quadro final (Quadro1). 
QUADRO 1. Estudos analisados a respeito da atuação do Assistente Social na garantia dos direitos à comunidade LGBT
	TÍTULO
	ANO
	OBJETIVO
	RESULTADO
	Gênero e sexualidade na pauta das políticas públicas no brasil
	2010
	Refletir sobre a elaboração e implementação de políticas públicas no Brasil contemporâneo e lutas do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) em tempos de neliberalismo.
	Demonstra que o “familismo” que pode atingir os programas relacionados principalmente às políticas de seguridade social são os que mais deixam à margem dos atendimentos, pessoas cuja orientação sexual se dê pelo avesso da heteronormatividade.
	Public measures for the LGBT population in Brazil: notes about reaches and possibilities
	2012
	Analisar criticamente o processo recente de formulação e implementação de políticas públicas de combate à homofobia e de promoção da cidadania e dos direitos humanos da população LGBT no Brasil, tomando-o como um exemplo interessante para problematizações em torno do modo como os direitos sexuais têm sido tratados no país.
	Cabe ainda repetir o paradoxo presente nas conclusões do estudo que deu base a este artigo: no que diz respeito à implementação de políticas públicas para a população LGBT no Brasil, a despeito dos avanços recentes nas iniciativas governamentais, o que se observa é que nunca se teve tanto e o que há é praticamente nada.
	Sexual diversity, public policy and human rights: lgbt’s health and citizenship scene
	2014
	Problematizar elementos históricos que construíram a política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – LGBT, tendo como referência os marcos jurídico-legais de cidadania e direitos de LGBT, no que tange a saúde e diversidade sexual.
	Este estudo contribui para a área de serviço social na medida em que organiza de forma sistemática as chaves histórico-interpretativas do campo da diversidade sexual e de gênero para a formação e o trabalho profissional.
	O trabalho de assistentes sociais na garantia de direitos a população lgbt em cumprimento de pena privativa de liberdade.
	2016
	Discussão acerca do reconhecimento de direitos de Lésbicas, Gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), no âmbito das políticas públicas brasileiras.
	Resultados parciais de pesquisa teórica sobre o trabalho do/a Técnico Superior Penitenciário assistente social no reconhecimento da diversidade de gênero sexual e o trato com os direitos desta população no contexto Prisional.
	A defesa de direitos do público lgbtt: uma análise do serviço social
	2016
	Análise dos direitos do público LGBTT correlacionando com o Código de Ética do Serviço Social, em uma abordagem crítica a respeito do princípio fundamental: a defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo, evidenciando o compromisso ético-político profissional.
	Ainda é restrita a seguridade dos direitos para o público LGBTT no Brasil, porém, passos largos foram dados para a construção de planos de ação, que objetivassem a implementação de políticas públicas que abranjam esse público.
	Serviço Social e Movimento 
LGBT:
Promoção da Cidadania de Crianças e 
Adolescentes no Combate à Violência de 
Gênero nas Escolas
	2017
	Fazer reflexões sobre como o Assistente Social 
formado sob a égide das Diretrizes Curriculares (2002) enquanto 
profissional que intervém nas refrações da Questão Social a luz do 
materialismo histórico dialético, poderá pensar estratégias de superação 
das múltiplas violências sofridas por LGBT’s em ambiente escolar. 
	As 
escolas também precisam, por meio de suas equipes multidisciplinares, 
refletir sobre a educação no âmbito dos direitos humanos e da cidadania 
para dedicar-se à problematização de reproduções hegemônicas da 
heterossexualidade, naturalização da violência e barbarização da vida 
social neste espaço que é da maior importância para a formação de 
sujeitos.
	Public health polices regarding LGBT population and the performance of social control
	2017
	Identificar quais foram as ações propostas e os possíveis entraves para sua efetivação.
	Verificou-se uma crescente visibilidade à promoção da equidade da população LGBT no Sistema Único de Saúde SUS, embora ainda não seja suficiente para a efetivação destas. 
	Serviço Social e homofobia: a construção de um debate desafiador
	2017
	Propor reflexões acerca do debate sobre a diversidade sexual e de gênero no Serviço Social articulando seus desafios e limitações no seio da categoria profissional perante o combate a violência homofóbica. 
	O Serviço Social, através de entidades representativas e de diversos outros fragmentos da categoria profissional como estudantes, pesquisadores e profissionais, tem realizado várias iniciativas a favor dos direitos da população LGBT e do combate à homofobia no Brasil. 
	The pathways of the social public assistance policy in caring for lgbt population
	2019
	Investigar os (des) caminhos da Política de Assistência Social voltada a este público. Apesar das conquistas da Política de Assistência Social, a mesma não elucida a população LGBT enquanto seus/ suas usuários/as.
	As políticas públicas de assistência social para a população LGBT são apenas uma ficção, e não se conta sequer com o mínimo necessário para atender às necessidades dos LGBTs, com honrosas exceções, sinal claro do pouco que se investe na área e dos inúmeros erros cometidos na defesa desses direitos.
	Against to hetero-patriarchal radicalization: resistance and ethical-policy possibilities in social service
	2019
	Identificar as resistências e possibilidades ético-políticas do Serviço Social no antagonismoao ultraconservadorismo hetero-patriarcal estruturante das relações sociais no Brasil.
	Somente quando se apreende o real é que se pode transformá-lo. Por esse ângulo, as entidades representativas do Serviço Social brasileiro (CFESS-CRESS, ABEPSS e ENESSO) buscam materializar e viabilizar o direcionamento ético-político profissional no cotidiano de suas ações, uma vez que reconhecem e se propõem contrárias às formas de dominação, exploração e opressão sexistas, patriarcais e homo-lebo-bi-trans-fóbicas.
Compreendendo a capilaridade das intervenções técnico-científicas acerca da vivência social, política e econômica em que se encontra a população LGBT e seus movimentos as políticas encontradas não se restringem apenas à área da saúde, como senso comum, mas se alarga e chega a outras políticas públicas, como educação, assistência social e dos próprios direitos humanos produzidos por meio da implantação dos centros de prevenção à homofobia ou de referência de direitos e cidadania LGBT pelo país (DE OLIVEIRA DUARTE, 2014).
O Código de Ética do Assistente Social representa e regula a atuação deste profissional e denuncia as condutas discriminatórias visando enaltecer as diversas diferenças. Neste sentido, releva-se a importância deste profissional em diversos ambientes, atuando como um agente elaborador de estratégias na eliminação de preconceitos (MEDEIROS; DOS SANTOS NETO, 2017). O projeto ético-político produzido pelo Assistente Social promove emancipação também na área das produções científicas na área de gênero, desenvolvendo reflexões a respeito da diversidade sexual e dos direitos LGBT.
A atuação do Serviço Social contribui na diminuição de práticas preconceituosas e homofóbicas, corroborando para a mudança de atitude por meio da atuação do Assistente Social utilizando-se de atitudes particulares como linguagem acessível na busca de compreender as verdades do indivíduo, engajamento em militância buscando a conquista de direitos e lutas no combate a todas as formas de preconceito e discriminações com uma atuação atuante e de alta relevância, principalmente no que se refere a execução de ações socioeducativas dos processos político-organizativo (MENEZES; SILVA, 2017).
O trabalho com expressões de preconceito e de discriminação não tem sido uma realidade fácil de ser vivida, pois faz-se necessário desconstruir conceitos e idéias motivadas por estereótipos e rotulações negativas que são construídas e alimentadas socialmente de forma constante (MENEZES; SILVA, 2017).
 A homofobia é um exemplo claro de uma dinâmica defasada, pois somos criados para sermos heterossexuais, aprendemos rapidamente nos primeiros anos de vida a comportar-nos e conduzir-nos nossos anseios e perfis afetivo-sexual conforme o mais comum para a genitália, sendo assim, prosseguir por outro caminho é como ir contra ao comum e colocar-se para viver incontáveis formas de preconceito e discriminação por carregar o fardo de não seguir o padrão aceito socialmente.
A relação entre o Serviço Social e a comunidade LGBT se promove como um grande desafio profissional devido a ser um público que possui constante violação dos direitos básicos, porém, mesmo com o impedimento do gozo pleno de políticas que os cubram, a comunidade LGBT tem ganhado espaço na criação e desenvolvimento de políticas sociais.
O ponto principal a ser observado na importância do Assistente Social voltado ao comprometimento com à comunidade LGBT acontece no fortalecimento como categoria profissional, cujo o objetivo é a efetivação de direitos junto aos movimentos sociais de tal comunidade, proporcionando informação crítica e gerando a efetivação dos direitos (LEANDRO, et al., 2016).
CONCLUSÃO
	Compreende-se que os dados encontrados fomentam a importância do Serviço Social na garantia dos direitos à comunidade LGBT, sendo este profissional essencial na proteção e validação de direitos básicos, criando base de acesso à serviços e políticas públicas se tornando peça principal no empoderamento dessa minoria.
Referências
LOPES, Antônio Jardson Ferreira; FILHO, Adilson Vaz Cabral; ANDRADE, Márcia Irene Pereia. The Communication as Human Right: An analysis of the Social Worker role in contamporaneity. Serviço Social & Realidade, Franca, v. 23, n. 2, p. 43-57. 2014. 
MENEZES, Moisés Santos; SILVA, Joilson Pereira. Serviço Social e homofobia: a construção de um debate desafiador. Rev. katálysis,  Florianópolis ,  v. 20, n. 1, p. 122-129,  abr.  2017 .   Disponível em 
DUARTE, Marcos José Oliveira. Diversidade Sexual, políticas públicas e direitos humanos: saúde e cidadania LGBT em cena.. Revista Temporalis, Brasília, v. 14, n. 27, p. 77-98, jan./jun. 2014.
FILHO, Geraldo Magela Brandão Lopes; NASCIMENTO, Elizabeth Machado do. (DES)PROTEÇÃO SOCIAL? Análise sobre a Política de Assistêncoa Social para a população LGBT no município de Volta Redonda – RJ. Rev. Episteme Transversalis, Volta Redonda, v. 7, n. 2, p. 93-119, dez. 2016.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social. Política Nacional de Assistência Social. Brasília: 2014.
DOS SANTOS, Marco Gimenes. A HOMOTRANSFOBIA E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Revista Prâksis, v. 2, p. 160-167, 2016.
DIAS, Maria Berenice. União homoafetiva: o preconceito e a justiça. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, p. 48
BALESTERO, Gabriela Soares; BAHIA, Alexandre Melo Franco de Moraes Minorias sexuais e homofobia no direito Brasileiro: breves delineamentos constitucionais. Revista Videre, Dourados, v.10, n.19, p. 148-176, jan./jun. 2018.
DE OLIVEIRA DUARTE, Marco José. Diversidade sexual, políticas públicas e direitos humanos: saúde e cidadania LGBT em cena. Temporalis, v. 14, n. 27, p. 77-98, 2014.
MEDEIROS, Mônica De Melo; DOS SANTOS NETO, Francisco. Serviço Social e Movimento LGBT: promoção à cidadania de crianças e adolescentes no combate à violência de gênero nas escolas. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 3, n. 1, 2017.
MENEZES, Moisés Santos; SILVA, Joilson Pereira. Serviço Social e homofobia: a construção de um debate desafiador. Revista Katálysis, v. 20, n. 1, p. 122-129, 2017.
LEANDRO, Kallyne Nascimento Silva et al. A DEFESA DE DIREITOS DO PÚBLICO LGBTT: UMA ANÁLISE DO SERVIÇO SOCIAL. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, v. 3, n. 11, 2016.

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