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Doenças da Amamentação - Ingurgitamento, fissuras, mastite, galactocele, abcesso

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AFECÇÕES DA MAMA 
 INGURGITAMENTO MAMÁRIO 
Decorre da congestão vascular e da quantidade de leite retido na 
glândula mamária; 
As mamas aumentam de volume, ficam quentes, dolorosas, 
brilhantes, tensas e pode ocorrer febre; 
A aréola e mamilo tornam-se menores dificultando a pega; 
 
RECOMENDAÇÕES: 
Realizar massagem e ordenha sempre que as mamas ficarem 
túrgidas; 
Fazer compressas frias no intervalo entre as mamadas, para diminuir 
a produção láctea; 
Começar a mamada pelo seio mais túrgido, pois o bebê com fome 
suga mais forte, ajudando a esvaziar melhor o seio que está mais 
cheio; 
Recomendar o uso de sutiã adequado (alças largas para melhor sustento das mamas); 
Esvaziar manualmente o seio antes de oferecê-lo à criança para facilitar a “pega” de toda a aréola; 
Não interromper a amamentação; 
OBS: Orientar sobre o fato de que a ansiedade é um fator que pode inibir a saída do leite, podendo ocasionar o 
ingurgitamento mamário. 
 
 FISSURAS MAMILARES 
São decorrentes da má posição da criança ao mamar (pega 
incorreta), da higiene desnecessária da aréola, do oferecimento das 
mamas ingurgitadas e, principalmente, da técnica de sucção. 
 
RECOMENDAÇÕES 
A prevenção das fissuras deve ser realizada através de uma boa 
pega e posicionamento ao seio, exposição dos mamilos ao sol 
(queratinizando a pele e deixando-a mais resistente), evitando-se a 
maceração por umidade, aumentando a frequência das mamadas e 
usando a técnica correta para interromper a amamentação. 
 
Quando os mamilos já estão rachados, recomenda-se passar o 
próprio leite materno, deixá-los um pouco ao ar livre ou fazer banho 
de luz com uma lâmpada comum de 40 watts, colocada a uma 
distância de um palmo do seio, 10 minutos de cada lado e uma vez 
ao dia. 
 
Deve-se orientar a pega correta da aréola e a posição adequada 
do bebê durante a mamada. Manter a amamentação com 
intervalos mais frequentes e a mamada de menor duração, iniciando 
com o seio menos dolorido. 
Ordenhar a mama antes da mamada para que o reflexo da ejeção 
já esteja presente quando o bebê iniciar a sucção, fazendo com que 
ele necessite de menos força para sugar. 
Não usar sutiã muito apertado que impeça o arejamento do mamilo. 
Não usar pomadas ou antiacépticos, pois podem dificultar a cicatrização. 
Dar de mamar em outras posições não habituais. 
 MASTITE 
O acúmulo de leite sem a ordenha pode facilitar a mastite – infecção do tecido celular subcutâneo mamário. 
As mamas ficam quentes, doloridas e ocorre febre; 
É mais frequente na segunda e terceira semana após o parto; 
O agente infeccioso mais comumente envolvido é o Staphylococcus aureus; 
O seio ingurgitado ou com rachaduras pode inflamar e infeccionar surgindo a mastite. 
 
 
 
CONDUTA 
A mãe deve continuar cumprindo as mesmas orientações destinadas ao ingurgitamento mamário, a ordenha da 
mama reduz a pressão sobre o tecido conjuntivo e apressa a cicatrização; 
Deve ser medicada com analgésicos, antitérmicos e antibióticos sistêmicos (cefalexina) e não tópicos. 
Jamais contraindicar a amamentação. 
 GALACTOCELE 
Cistos presentes em meio ao tecido mamário, onde há grande produção de leite. 
O diagnóstico é feito através do exame clínico e ultrassonografia mamária. 
O tratamento consiste em excisão cirúrgica devido a sua tendência à recidiva. 
 ABCESSO MAMÁRIO 
Pode ser complicação da mastite ou resultar de seu tratamento ineficiente. 
Caracteriza-se por intensa dor, formação de nódulo palpável e febre; 
A drenagem pode ocorre por algum ducto ou para o exterior; 
O diagnóstico é sugerido pelo exame clínico e por ultrassonografia da mama (comprova a presença de 
cavitação) 
 
CONDUTA 
É necessário realizar a internação, drenagem cirúrgica, administrar antibióticos e esvaziar regularmente a 
mama. 
Se o dreno ou a incisão cirúrgica estiver longe da aréola a mãe não precisará necessariamente interromper a 
amamentação na mama afetada.

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