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PROJETO_PISCICULTURA

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PROJETO PISCICULTURA
Guilherme Antônio Castro
Leandro de Freitas Júnior
Saul Alves carneiro
BAMBUI-MG
DEZEMBRO DE 2013
PROJETO PISCICULTURA
Trabalho apresentado ao Prof. Cássio Noronha
como requisito da disciplina de piscicultura
do curso de Bacharelado em Zootecnia do 
IFMG – Campus Bambuí. 
BAMBUI-MG
DEZEMBRO DE 2013
Lista de Tabelas
Tabela 1. Dados da adubação das caixas destinadas para a recria.
Sumário 
Agradecimento...................................................................................................................i
Introdução..................................................................................................................06
Objetivo.....................................................................................................................07
Objetivo Geral....................................................................................................07
Objetivo Específico............................................................................................07
Descrição do Projeto..................................................................................................08
Revisão Bibliográfica................................................................................................08
Biologia da espécie.............................................................................................08
Qualidade da água para a criação de tilápias......................................................10
Criação de tilápias em caixas d'água..................................................................10
Nutrição .............................................................................................................11
Cultivo de tilápias no Brasil...............................................................................12
Materiais e Métodos .................................................................................................14
Cria.....................................................................................................................14
Recria..................................................................................................................15
Engorda..............................................................................................................16
Resultados Esperados e Discussão............................................................................17
Considerações Finais.................................................................................................17
Referências Bibliográficas...............................................................................................17
ANEXOS.........................................................................................................................20
 (
i
)Agradecimento
Ao Wellington Bruno, pela ajuda e conselhos na elaboração deste projeto.
1. Introdução
 O estado do Ceará hoje é o maior produtor de tilápias do Brasil, é o estado em que mais se consome essa espécie e é o terceiro que mais consome pescados no país. Isso prova o potencial de mercado da tilápia, pois no Ceará tem um grande desembarque de pescado marinho e um vasto litoral, o que poderia prejudicar o mercado dessa espécie nessa região.
 A tilápia é o peixe mais cultivado em pisciculturas do mundo todo e é também um dos peixes mais estudados. Tem uma grande rusticidade, são fáceis de se manter em aquários pois acham espaço facilmente neles, se reproduzem facilmente, crescem rápido e são reprodutoras de superfície e protegem seus ovos dentro da boca. Podem servir de controle biológico contra algumas plantas aquáticas que causam problemas na piscicultura. Também é adaptável a água salgada.
 Devido ao clima favorável e aos índices da qualidade da água, essa espécie de peixe se adaptou muito bem a essa região do país, tornando o Ceará o seu maior produtor no Brasil.
 Iremos utilizar uma nova técnica da piscicultura, que é o "Sistema de fluxo contínuo de água para produção de tilápias", que utiliza caixas de fibra de vidro onde a água circula ininterruptamente.
 Ele oferece vantagens como facilidade de manejo, redução dos impactos ambientais e aumento significativo do volume produzido. O emprego de caixas d'água circulares, com pequenas adaptações, permite implantar unidade produtivas com o menor custo. Além disso, proporciona menor emprego de mão de obra, já que o manejo do peixe é bastante facilitado.
 Devido aos critérios estabelecidos acima, iremos criar um projeto de piscicultura no estado do Ceará, com cria, recria e engorda de tilápias utilizando o Sistema de fluxo contínuo de água.
Objetivo
Objetivo Geral
Obter 500 quilos de pescados por despesca e obter um bom lucro.
Objetivo Específico
Ter uma segunda fonte de renda, aproveitando uma área com recursos hídricos que estavam em desuso, sem muito prejuízo ao meio ambiente e ter uma boa lucratividade na produção.
Descrição do Projeto
Nós iremos implantar uma piscicultura com o objetivo de produzir 500 quilos de pescado a cada 6 meses.
 Com a vazão de 30 litros por segundo retirada de uma represa que se encontra dentro da propriedade com área de 3 hectares. Usaremos um sistema de fluxo contínuo de água para produção de tilápias do nilo em tanques feitos com caixas d'água de fibra de vidro, uma será usada para a criação dos alevinos com vazão de 5 litros por segundo para renovação da água, outra para recria e sexagem dos animais será usada também 5 litros d'água por segundo, e duas para engorda com vazão de 10 litros d'água por segundo em cada.
 Toda a água usada nesse sistema cairá em uma caixa de tratamento e será devolvida ao meio ambiente. 
Usaremos arraçoamento duas vezes ao dia, para cada fase usaremos um nivel diferente de proteína: 
· Juvenil(40%), 
· Recria e engorda(32%).
 Iremos fazer a despesca de 6 em 6 meses com o objetivo de obter 500 quilos de pescado em cada período.
Revisão Bibliográfica
Biologia da espécie
As tilápias têm hábitos alimentares desde herbívoros, a fitoplanctófago, onívoro e detritívoro. A espécie nilótica é fitoplanctófaga, mas aceita rações comerciais elaboradas à base de produtos agropecuários.
Possui dentes rudimentares, intestino longo, respiração branquial e corpo coberto por escamas. Pode desovar de 8 a 12 vezes no ano. Maturidade sexual relacionada ao clima da região, condição de espaço, manejo e alimentação. Começa a se reproduzir por volta dos 4,5 meses de vida.
Apresenta dimorfismo sexual: a fêmea apresenta 3 orifícios na região ventral e o macho somente 2; a fêmeas tem menor porte que os machos e tem um escurecimento na região gular.
Na desova, o macho constrói o ninho no chão do ambiente aquático. A fêmea deposita os óvulos nesse ninho e são fecundados pelo macho.
As fêmeas do gênero Oreochromis têm o hábito de proteger seus ovos recolhendo-os dentro da boca, mantendo-os por 8 dias durante a incubação e desenvolvimento das larvas. Nesse período a fêmea não se alimenta. Após a eclosão dos ovos, ela os protege por cerca de 20 dias, recolhendo os filhotes na boca na iminência de algum perigo.
Devido a precocidade reprodutiva, da desova parcelada e o hábito de proteger a prole, sua população cresce rapidamente, trazendo problemas no seu cultivo. Mas com a técnica de reversão sexual, esses problemas foram superados. (GONÇALVES et al., 2007).
Tem fácil reprodução, manipulação de sexo, carne de grande aceitação no mercado, pela inexistência de espinhos em forma de "y" no seu filé e fácil industrialização (Hildsorf, 1995).
A tilápia, de hábito alimentar onívoro, apresenta eficiente utilização dos carboidratos e, em decorrência do aumento da sua produção, muitos aspectos de sua nutrição têm sido estudados. (Barros et al., 2002; Pezzato et al., 2002).
A tilápia-do-Nilo apresenta hábito alimentar planctófago e se alimenta de detritos do fundo, mas aceita bem ração comercial (YANCEY & MENEZES, 1983).
A tilápia nilótica desenvolve-sebem no período larval alimentando-se somente com ração artificial (Santiago et al., 1987; Hayashi et al., 1999).
Qualidade da água para a criação de tilápias
· PH da água: o ideal é mantê-lo neutro, em torno de 7°.
· Alcalinidade: água com alcalinidade até 40 mg/L.
· Oxigênio da água: índice ideal para tilápias é de 5mg/L, mas toleram bem os níveis entre 3 a 4 mg/L.
· Cloretos(CL²): as tilápias tem boa tolerância a eles, mas para a criação o ideal fica em torno de 7 mg/L.
· Amônia: é tóxica a 0,5 mg/L, mas em pH neutro e em temperaturas amenas o peixe a tolera até 9,0 mg/L, mas prejudicando seu crescimento. 
· Dureza da água: índice desejável de até 40 mg/L, mas até 80mg/L não tem se observado danos.
· Cloro: ideal na faixa de 0,1 mg/L.
· Fluoreto: na água o índice deve ser menor que 1 mg/L.
· Ferro: nível de até 1 mg/L é aceitável para a tilápia.
· Coliformes: níveis toleráveis de coliformes totais é de 1000 a 5000 NMP/100 ml e de 200 a 1000 NMP/100 ml para coliformes fecais.
· Turbidez: Para medi-la usamos o disco de SECCHI. É preciso enxergar esse disco a uma profundidade de 30 a 40 cm, se ele desaparecer é preciso trocar a água.
· Temperatura: temperatura de conforto entre 25°C a 30°C.(CARVALHO, ).
Criação de tilápias em caixas d'água
O sistema oferece várias vantagens como facilidade de manejo, redução dos impactos ambientais e aumento significativo do volume produzido. O emprego de caixas d'água circulares, com pequenas adaptações, permite implantar unidade produtivas com o menor custo. Além disso, proporciona menor emprego de mão de obra, já que o manejo do peixe é bastante facilitado.(MACEDO, 2012).
Nutrição
As tilápias representam o segundo maior grupo em importância na aquicultura mundial. Têm baixo nível trófico, o que as coloca em vantagem em relação às espécies carnívoras que necessitam de grande quantidade de farinha de peixe na rações (Fitzsimmons, 2000).
Aceitam rações com facilidade desde o período larval (Meurer et al., 1999).
A inclusão de gordura na ração dos peixes leva a um aumento da gordura corporal, quanto maior o nível de gordura dietária maior o depósito de gordura no peixe (Cyrino, 1995; Meurer et al.; 2002).
A reversão sexual é aplicada em pós-larvas com 9 a 13mm. A ração com 30 a 60mg de metiltestosterona/kg deve ser fornecida em 5 a 6 refeições diárias. Durante uma refeição os peixes devem ser alimentados até serem saciados. Para tanto, é preciso que o tratador observe atentamente o consumo e a atividade dos peixes, evitando excessiva sobra de ração nas unidades de reversão. O uso de anéis de alimentação facilita o manejo alimentar em hapas e permite uma boa observação do consumo quando a reversão é realizada em unidades de maiores dimensões (hapas, tanques e viveiros). Os peixes devem receber rações com metiltestosterona por um período de 28 dias. Cerca de 600 a 800 gramas de ração são necessárias para 1.000 alevinos de 4 a 5 cm produzidos.
Em tanques-rede a disponibilidade de alimento natural é limitada e os peixes estão submetidos a uma maior pressão de produção e estresse. Portanto, é recomendável que as rações sejam mais concentradas em proteínas (36 a 40%), energia digestível (3.200 a 3600 kcal/kg) e recebam um enriquecimento mineral e vitamínico ainda maior. Descuido com estes detalhes pode resultar em grandes perdas econômicas devido ao reduzido crescimento e conversão alimentar, aos distúrbios nutricionais e a uma maior susceptibilidade dos peixes às doenças. A taxa de alimentação diária deve ser ajustada para 6 a 3% do peso vivo ao dia, do início ao final desta fase. Esta quantidade de alimento deve ser dividida em 3 refeições. O consumo pode ser aferido periodicamente alimentando os peixes tudo o que eles puderem consumir durante dois ou três dias. Utilizando a média de consumo nestes dias, a taxa de alimentação deve ser ajustada para 80 a 90% deste valor. Quando o objetivo for máximo crescimento, mesmo em detrimento da conversão alimentar, os peixes devem ser alimentados à vontade. A conversão alimentar nesta fase deve girar entre 1,1 e 1,3.
Nas fases de recria devem ser usadas rações com 32 a 36% de proteína e 2.900 a 3.200 kcal ED/kg. O enriquecimento mineral e vitamínico deve ser dobrado. O arrazoamento diário varia de 3 a 1,5% do peso vivo, sendo dividido em 3 a 2 refeições do início ao fina desta fase. A expectativa de conversão alimentar é de 1,4 a 1,8. Sob condições adequadas de temperatura (28 a 32°C), são necessários 120 a 130 dias para as tilápias alcançarem 600g.
Nas fases de engorda devem ser usadas rações com 32 a 36% de proteína e 2.900 a 3.200 kcal ED/kg. O enriquecimento mineral e vitamínico deve ser dobrado. O arrazoamento diário varia de 3 a 1,5% do peso vivo, sendo dividido em 3 a 2 refeições do início ao fina desta fase. A expectativa de conversão alimentar é de 1,4 a 1,8. Sob condições adequadas de temperatura (28 a 32°C), são necessários 120 a 130 dias para as tilápias alcançarem 600g. (KUBITZA, 1999b).
Cultivo de tilápias no Brasil
Em 2004 o Ceará consolidou a sua liderança como produtor de tilápia, aumentando para 18.000 toneladas sua produção, distanciando-se ainda mais do segundo produtor, ao produzir 6.000 toneladas a mais que o Paraná (que no ano citado produziu apenas 11.922 toneladas). Não somente o volume cultivado mas também o consumo do peixe não para de crescer no Estado. Somente em um de seus açudes (Castanhão), são colhidas 100 toneladas de tilápia por mês. Este rápido crescimento fez com que os produtores sentissem a necessidade de maior organização da cadeia produtiva (FIGUEIREDO & SABOYA, 2008)
Estima-se que no período de 1996 a 2005, a produção de tilápias no Brasil cresceu em média 23% ao ano. A produção brasileira de 2005 ultrapassou a produção conjunta dos principais países exportadores de filé fresco de tilápia para o mercado americano (Equador, Honduras, Costa Rica e Colômbia). (FIGUEIREDO & SABOYA, 2008)
São vários os motivos que justificam a preferência dos produtores pela tilápia, entre os quais destacam-se: fácil adaptação às diversas condições de cultivo nas diferentes regiões do País; ciclo de engorda relativamente curto (seis meses em média); aceitação de uma ampla variedade de alimentos; são resistentes a doenças, altas densidades de povoamento e baixo teor de oxigênio dissolvido; desova durante todo o ano; possui carne saborosa e saudável, com baixo teor de gordura (0,9g por 100g de carne); possui baixo nível de calorias (172 kcal por 100g de carne); não possui espinhas em forma de “Y”; rendimento do filé chega a 37% em peixes com peso médio de 600 gramas ( Nogueira, 2008).
No Nordeste, o cultivo de tilápias cresceu rapidamente devido à forte demanda pelo peixe e à grande quantidade de reservatórios públicos sob controle do estado, sendo atualmente o sistema de cultivo predominante. São muitas as suas vantagens: investimento inicial significativamente inferior ao verificado com a utilização de viveiros escavados, possibilidade de altas densidades de cultivo, maior facilidade de implantação, maior facilidade de monitoramento de cultivo e de despesca, entre outras. americano (Equador, Honduras, Costa Rica e Colômbia) (FIGUEIREDO & SABOYA, 2008).
A tilápia é um peixe comumente levantadas em todo o mundo, perdendo apenas para Carpa. Em 2009, mais de 3 milhões de toneladas de tilápia foram levantadas. Tilapia prosperar em áreas tropicais quentes. É um bom peixe para os agricultores pobres de recursos para crescer, porque tilápia são: fácil de levantar, de crescimento rápido e saboroso, capaz de comer muitos tipos de alimentos e são baixos na cadeia alimentar, altamente resistente a doenças, capaz de reproduzir facilmente, resistente e pode tolerar más condições de qualidade da água (MURNYAK, 2010).
Existem mais de 100 espécies diferentes de tilapia, cada um com características únicas, comportamento e adequação para piscicultura. Alguns dos mais comumente cultivados são a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), tilápia azul (O. aureus), tilápia de Moçambique (O. mossambicus), redbelly tilápia (Tilapiazillii), ea tilápia peito encarnado (T. rendalli) (MURNYAK, 2010).
Através de um programa de reprodução seletiva no Egito ao longo de mais de uma década, WorldFish desenvolveu a tensão 'Abbassa' de Tilápia do Nilo, que cresce 28% mais rápido do que a estirpe comercial mais utilizado no país, a cepa 'Kafr El Shaikh'. A cepa 'Kafr El Shaikh' é amplamente percebido como a tilápia mais produtiva no Egito, mas a avaliação científica rigorosa revelou que a tensão 'Abbassa' tem uma taxa de crescimento mais rápido e de peso colheita superior. Isto é esperado para ter benefícios econômicos significativos para a expansão da aquicultura egípcio, que é o segundo maior produtor mundial de tilápia após China.A) ( HOLMES, 2012).
Tilápia pode ser criado em tanques de terra, pistas de cimento e tanques, gaiolas e caixas. O escopo desta nota técnica é em tanques de terra, porque eles são os mais comuns, a menos caro, e, normalmente, o menor risco, tornando-os adequados para recurso pobre agricultores (MURNYAK, 2010).
 
Materiais e Métodos 
4 caixas de fibra de vidro de 2000 litros;
1 caixa de fibra de vidro de 1000 litros;
50 metros de encanamento de 2 polegadas;
10 joelhos de 10 polegadas para o encanamento;
4 telas de 1cm;
2 caixas selecionadoras de tamanho;
4 pulsares;
2 carrinhos de mão;
8 caixas de isopor de 100 litros;
2 macacões;
2 pares de botas;
50 quilos de sacos plásticos 50x50 para transporte de alevinos;
2 medidores multi parâmetros de qualidade de água;
Cria
Os alevinos serão produzidos através das 10 matrizes encontradas na piscicultura, serão feitos o processo de sexagem dos animais com adição de hormônio α-metiltestosterona no arraçoamento com uma ração indicada para alevinos com granulometria pequena durante 30 dias, em uma caixa de 2000litros com fluxo continuo de água.
Segundo CARVALHO, com arraçoamento com frequencia de três vezes ao dia, em horários pré-determinados (9h, 14h e 17h30min) durante 30 dias, que é o período usual do processo de reversão sexual. 
Recria
 A recria consiste em criação de alevinos (peixes com média de comprimento de 3 cm e 1 g de peso), até o porte adequado para a engorda, que pode ser iniciada com peixes pesando 100 g.
Muitos sistemas de produção combinam os benefícios do alimento natural com o uso de rações suplementares ou completas, visando um aumento na produtividade e melhora na conversão alimentar. Os piscicultores e nutricionistas devem estar atentos para ajustar a densidade dos nutrientes nas rações e o manejo alimentar em função do sistema de cultivo adotado, otimizando a produtividade e minimizando os custos de produção.
O plâncton contribui de forma significativa na alimentação das tilápias, produz oxigênio e remove a amônia da água, favorecendo assim um rápido desenvolvimento dos peixes. Além disso o plâncton sombreia o fundo dos tanques, impedindo a entrada de luz e o desenvolvimento de algas filamentosas e plantas submersas.
No processo de recria será feita a adubação da água para a formação de plâncton que ira auxiliar os animais na recria no seu ganho de peso.
Segue uma tabela com os dados da adubação das caixas destinadas para a recria:
	Tipo de Adubação
	Adubação inicial
	Manutenção (semanal)
	Cloreto de sódio
	10g/m²
	-
	Cal Hidratada
	10g/m²
	-
	NPK – 4-14-8
	10g/m²
	5g/m²
	Calcário dolomítico
	100g/m² a 300g/m²
	-
	Superfosfato Simples
	15g/m²
	10g/m²
	Superfosfato Triplo
	6g/m²
	4g/m²
	Uréia
	3g/m²
	-
Para os animais na recria será fornecida ração com 40% de proteínas durante um mês sendo feita a mudança de animais com mais de 100g para a engorda, os animais que não atingirem este peso serão mantidos na recria até atingirem esse peso.
Engorda
O fornecimento diário de alimento aos peixes na fase da engorda deve ser em quantidade tal, que 100% da ração  seja consumida. Esse objetivo pode ser alcançado através do uso de ração extrusada (flutuante),métodos corretos de alimentação e técnicas adequadas de distribuição. 
A taxa de arraçoamento diário dos peixes deve ser função da temperatura da água, espécie e tamanho dos peixes cultivados e do tipo de ração utilizada. O ajuste freqüente da taxa de arraçoamento deve ser realizando usando a seguinte orientação: 
Frequência de alimentação e quantidade  diária  de ração em função da percentagem do peso vivo das tilápias e da variação da temperatura da água para o cultivo de tilápias.
Na engorda os animais com 100g irão receber rações com um teor de proteína de 32%, esses animais estarão em uma caixa com água de alta qualidade e com bastante oxigenação.
Resultados Esperados e Discussão
Espera-se obter 500 quilos de pescado por safra com uma lucratividade significativa, que dê para suprir as necessidades da produção e garantir novos investimentos.
Considerações Finais
Com esse projeto vamos utilizar um sistema com o uso de caixas d'água, que é uma novidade neste ramo, o chamado "Sistema de fluxo contínuo de água para produção de tilápias".
Esperamos, com isso, que possamos obter bons resultados nesse início de projeto para que possamos investir e incrementá-lo no futuro. 
Nesse início, pretendemos obter 500 quilos de pescado de Tilápia do Nilo por safra. Estaremos usando um corpo d'água que está em desuso na nossa propriedade, que se situa no estado do Ceará.
É um corpo d'água que pode ter um potencial bem grande sendo usado na piscicultura. Ele tem uma vazão de 30L/S-¹. 
Esperamos, com esse investimento, obter uma lucratividade satisfatória.
Referências Bibliográficas
BARROS, M. M.; PEZZATO, L. E.; KLEEMANN, G. K. et al. Níveis de vitamina C e ferro para tilapia do nilo (Oreochromis niloticus). Revista Brasileira de Zootecnia, v31, n.6, p. 2149-2156, 2002.
CURSO BÁSICO PARA CRIAÇÃO DE TILÁPIAS EM TANQUES DE TERRA. E CRIAÇÃO DE CARPAS PARA CONSUMO DOMÉSTICO- José Henrique Carvalho Moraes- Médico-Veterinário CRMV 5/1995 da EMATER-RIO Gerente de Pequenos e Médios Animais da EMATER-RIO.
Circular Técnica- GONÇALVES, Elenise; Professora DEP/UFC; SEIXAS, Francisco; Pesquisador Embrapa Meio-Norte, Doutorando UFCG; MOURA, Alitiene; Pesquisadora Embrapa Meio-Norte; BATISTA, Carolyny; Professora CCA/UFPB, 2007.
CYRINO, J. E. P. Regulação nutricional do alimento. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE NUTRIÇÃO DE PEIXE E CRUSTACEOS, 1, 1995, Campos do Jordão. Anais... Campos do Jordão: CBNA, 1995, p.69-91.
FIGUEIREDO, Carlos; SABOYA, Aírton. Cultivo de Tilápias no Brasil: Origens e Cenário Atual - SOBER- Rio Branco – Acre - Brasil. 2008.
FLITZSIMMONS, K. Tilápia: most important aquaculture species of the 21st century. In: PROCEEDINGS FROM THE FIFTH INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON TILAPIA AQUACULTURE, 2000, Rio de Janeiro, Anais… Rio de Janeiro: ISTA, 2000. p. 3-8.
HILDSORF, A. W. S. Genética e cultivo de tilapias vermelhas, uma revisão. Boletim Instituto de Pesca, v.22, n.1, p.73-78, 1995.
HOLMES, Holly; WorldFish Harnessing research that makes a difference; 2012. Disponível em:(http://www.worldfishcenter.org/feature/fast-growing-nile-tilapia-bring-vast-benefits).
KUBITZA, Fernando; Ph. D.; Produção de tilápias em tanques de terra, estratégias avançadas no manejo- Panorama da AQÜICULTURA. Acqua & Imagem Serviços Ltda. p. 14-21, setembro-outubro, 2009. 
KUBITZA, Fernando. Uma Coleção de Artigos sobre Tilápia - Panorama da Aquicultura, 1999-2008. p.82, v.9, n.52, 1999.
KUBTIZA, Fernando, Ph.D.- Consultoria e Treinamento em Aquicultura- Panorama da AQUICULTURA- Vol. 9, N 53-maio/junho-1999b
LEMES, Daniela; NOVELLI, Priscila; ROSADO, Sandra- Tilápia- Faculdades Metropolitanas Unidas. São Paulo, 2009
MACEDO, Vicente- Piscicultura, Nova Alternativa para Produção de Tilápias em MG- EPAMIG. 2012. Disponível em: (http://www.epamig.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1494&Itemid=68)
MURNYAK, Dennis; Fish Farming: Basics of Raising Tilapia & Implementing Aquaculture Projects. Echo Technical Note- EUA, 2010.
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<http://www.sebrae.com.br>. Acesso em: 11 de fev. de 2008
SANTIAGO, C. B.; ALDABA, M. B.; REYES, O. S. Influence of feeding rate anddiet from on growth and survival of Nile tilapia (Oreochromis niloticus) fry. Aquaculture, v.64, p. 277-282, 1987.
YANCEY, D. R.; MENEZES, J. R. R. Manual de criação de peixes. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1983. 117 p.
ANEXOS

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