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Lívia Larissa Primo Cândido HISTO E EMBRO ORAL | ODONTOGÊNESE 1 ODONTOGÊNESE Na quinta semana de vida intrauterina o epitélio oral primitivo começa a proliferar, invadindo o ectomesênquima subjacente dando origem a banda epitelial primária, essa tem forma de ferradura (o que dará forma aos futuros arcos dentários da maxila e mandíbula). A banda epitelial primária continua a proliferar e se subdivide em lâmina dentária vestibular e lâmina dentária. A porção vestibular vai proliferar, aprofundar, parte das células do seu centro irão se desintegrar para formar o sulco vestibular (fica entre os lábios e a bochecha). A Lâmina dentária por sua vez, ela vai persistir e aprofundar mais ainda e ela formará o futuro dente. ➢ FASE DE BOTÃO O Epitélio oral inicia uma intensa atividade mitótica em regiões específicas e mergulha no ectomesênquima (mesênquima proveniente da crista neural). A lâmina dentária primária inicia uma atividade mitótica diferenciada e na oitava semana de vida intrauterina aproximadamente apresenta o início da formação do germe dentário decíduo, esse período de desenvolvimento é chamado de fase de botão. Nela identificamos o epitélio e o ectomesênquima condensado ao redor. ➢ FASE DE CAPUZ A proliferação epitelial do germe continua e começa a adotar uma forma parecida com um chapéu, dessa maneira esse período do desenvolvimento dentário é chamado de fase de capuz. Na fase de capuz, as estruturas provenientes do epitélio darão origem órgão epitelial do esmalte, que é composto por: 1. Epitélio interno do órgão do esmalte formado por células localizadas na concavidade adjacente à condensação ectomesênquimal. 2. Epitélio externo do órgão do esmalte formado por células localizadas na convexidade externa do capuz. Lívia Larissa Primo Cândido HISTO E EMBRO ORAL | ODONTOGÊNESE 2 3. Retículo estrelado do órgão do esmalte formado por células que ficam na região entre o epitélio interno e o externo. Nessa fase o germe dentário ainda está ligado ao epitélio oral e pela lâmina dentária. Há uma condensação das células do ectomesênquima dando origem a papila dentária. O folículo dentário, é formado devido uma condensação e alinhamento das células do ectomensênquima que circunda tanto o órgão do esmalte como a papila dentária, desenvolvendo assim uma cápsula que separa esse germe dentário do restante do ectomensêquima da maxila ou mandíbula. ➢ FASE DE CAMPÂNULA Na fase de campânula o órgão do esmalte possui aspecto de sino e envolve a papila dentária. As células do epitélio externo são pavimentosas, enquanto as do epitélio interno são cilíndricas. Entre o retículo estrelado e o epitélio interno observamos o estrato intermediário , esse é formado células pavimentosas. Em íntimo contato com as células do epitélio interno do órgão do esmalte ficam as células da periferia da papila dentária. Essas células aumentam de tamanho em altura, estabilizam junções célula-célula, iniciando o processo de diferenciação em odontoblastos. A partir desse momento a papila dentária passa a ser designada polpa dentária. ➢ FASE DE COROA A fase de coroa é marcada pelo início do processo de dentinogênese e amelogênese que significa a deposição de dentina pelos odontoblastos e esmalte pelos ameloblastos, respectivamente. Circundando o folículo dentários há presença do processo alveolar. A alça cervical é constituída pelo epitélio interno e externo do órgão do esmalte, essa estrutura prolifera em sentido apical guiando a formação de raiz. A alça cervical dará origem a bainha epitelial de Hertwig e no momento em que está dobrada essa estrutura também é chamada de diafragma epitelial. Lívia Larissa Primo Cândido HISTO E EMBRO ORAL | ODONTOGÊNESE 3 ➢ FASE DE RAIZ Na fase de raiz, a bainha epitelial de Hertwig guia a diferenciação dos odontoblastos na periferia da polpa. Essas células são responsáveis por secretar a dentina que formará a raiz. Essa imagem mostra o corte histológico de um dente que está é iniciando o processo de erupção dentária. Nela observamos a ampla polpa dentária, a dentina da coroa e da raiz ainda em fase de formação, o espaço do esmalte, a gengiva e o osso alveolar. Referências: KATCHBURIAN, E.; ARANA, V. Histologia e Embriologia Oral, 2 nd edn. Brazil: Editorial Medica Panamericana. 2005.
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