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Bibliotecas e Bibliotecários na pauta política Reflexões e Propostas

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CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA – 8° REGIÃO 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTAS DO CRB-8 PARA 
PLANOS DE GOVERNO 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
Rua Maracaju, 58 – Vila Mariana – São Paulo/SP – CEP: 04013-020 
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CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
2 
 
Um olhar de atenção dos futuros gestores públicos 
para com o bem social 
proporcionado pela biblioteca 
Ao apresentar as propostas de planos de governo nas atuais 
eleições municipais, visualiza-se a preocupação da comunidade de 
bibliotecários e bibliotecárias, com a implementações de ações que levem 
o bem estar social à sociedade paulista, por meio do acesso à leitura, 
informação e cultura possibilitado pelas bibliotecas. 
Convém ressaltar que ao falar de leitura, a palavra “ler” provém 
do verbo legere. No dicionário de latim, legere, em sua primeira concepção 
denota o ato de colher, juntar, armazenar, como no caso da expressão: 
legere nuces, que significa colher nozes. 
Nota-se que, o termo, na sua origem, expressa um vocabulário 
vinculado ao ambiente agrário, onde a colheita, seleção e o 
armazenamento do produto agrícola, garantiria a sobrevivência da vida 
humana, e a vida era considerada uma dádiva preciosa – um ato sagrado. 
Já, o verbo intellegere ou intelligere – significa compreender, também é 
derivado de legere (inter + legere). Um de seus primeiros significados é 
“escolher mentalmente entre”, adquirindo, a partir daí, o sentido de 
compreender, conhecer, perceber, discernir, reconhecer, saber etc. 
Ao se agregar o termo “Biblioteca”, têm-se a compreensão de 
um meio para alcançar a informação e não um fim. Um meio 
sistematizado no qual a coleção de registros é organizada de maneira a 
favorecer o próprio legere ou o ato de leitura. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
3 
No atual momento eleitoral, têm-se quase a mesma atitude, ou 
seja, a expectativa de colher frutos de democracia, com discernimento, 
para armazenar e usufruir do bem estar social coletivo. Ter a possibilidade 
de semear para futura colheita e armazenagem das memórias, saberes, 
informações e conhecimentos humanos gerados, em benefício e usufruto 
de todo cidadão. 
Neste sentido, este documento produzido pelo Conselho 
Regional de Biblioteconomiada 8ª/São Paulo, apresenta à sociedade 
paulista e, em especial, à comunidade bibliotecária, as discussões, 
reflexões, manifestação e indicações de ações coletadas para pautar as 
políticas públicas em prol do interesse social representado pelo livro, 
leitura, literatura e bibliotecas. Desta forma destaca-se: 
• O trabalho da Comissão Temporária de Políticas 
Públicas para Bibliotecas e Bibliotecários, do CRB-8, 
que traça uma reflexão sobre as Políticas Públicas para 
Bibliotecas e Bibliotecários e a experiência do Conselho. 
• O texto: “COM A PALAVRA, @ 
BIBLIOTECÁRI@”, no qual o CRB-8 apresenta 
algumas ações de coleta das demandas de bibliotecas e 
bibliotecários para as eleições municipais e o resultado 
das opiniões recebidas. 
• O artigo da bibliotecária e professora Maria das Mercês 
Apóstolo: “O que precisamos para o livro e a leitura? 
Bibliotecas com bibliotecários”, enfatiza-se que “um 
país se faz com homens, mulheres, crianças, livros e 
principalmente bibliotecas”. 
• O texto da bibliotecária Julia Santos aborda o 
desenvolvimento do “Plano Municipal do Livro, 
Leitura, Literatura e Biblioteca – PMLLLB de São 
Paulo”, no qual é ressaltada a necessidade de uma maior 
divulgação social, com a finalidade de construir um 
diálogo e uma participação social e democrática entre as 
políticas públicas e os cidadãos. 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
4 
• As propostas relativas as políticas públicas, das duas 
chapas concorrentes ao CRB-8, para o período 2021-
2023 são relacionadas. A chapa 1 – Informar É, alinha-
se com os objetivos concebidos pela Agenda 2030, 
elaborados em 2015 pela ONU, e que tem como meta 
promover o desenvolvimento sustentável para todos. 
Ela apresenta um conjunto de 17 Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável, e 169 metas, baseadas 
em Pessoas, no Planeta, na Prosperidade, na Paz e nas 
Alianças. A Chapa 2 – InterAção, discute as políticas 
públicas destinadas ao livro, leitura, literatura e 
biblioteca como elemento fundamental para pensar 
outras possibilidades para nossa sociedade, 
possibilidades essas que contemplem cada indivíduo, 
dando a ele ferramentas que o permita acessar todos 
os direitos previsto na constituição e também na carta 
dos direitos humanos. Ou seja, tais políticas públicas 
ajudam a garantir a dignidade e a participação dos 
indivíduos enquanto ser social. 
• O capítulo destinado aos candidatos e partidos políticos 
representa o trabalho do CRB-8 realizado entre os 
meses de setembro e outubro, que encaminhou 
correspondência candidatos e partidos. Tem-se 
disponibilizado as manifestações daqueles que 
responderam ao convite do Conselho. 
Ao final do documento encontra-se compilada um conjunto 
documentos essenciais para compreensão da legislação referente a Lei do 
Livro, Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL, Lei de Universalização 
de Bibliotecas Escolares, Política Nacional de Leitura e Escrita – PNLE, 
Agenda 2030, Plano Municipal do Livro, Leitura, e Literatura e Biblioteca 
(PMLLLB) do Município de São Paulo. Ao material compilado 
acompanha proposições em tramitação na Câmara dos Deputados e 
Senado Federal que são relacionadas a questão em pauta, indicadas pelo 
bibliotecário Cristian Brayner. 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
5 
Foto: Divulgação 
Assim, com este documento produzido, o CRB-8 busca pautar 
a atenção dos Gestores e Vereadores Municipais no que se refere às 
Políticas Públicas destinadas a questão do livro, leitura e Biblioteca. 
Desta forma, também, realça a importância e o significado da 
biblioteca e do trabalho bibliotecário no estabelecimento de ações e de 
propostas de políticas públicas que valorizem o bem estar social da 
população em todos os seus extratos: sociais, culturais e econômicos. 
 
 
 
Regina Céli de Sousa 
Presidente 
CRB/8-2385 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
Um olhar de atenção dos futuros gestores públicos para com o 
bem social proporcionado pela biblioteca, por Regina Celi de 
Souza ......................................................................................... 2 
Discutir Políticas públicas para bibliotecas e bibliotecários: a 
experiência do CRB-8 ............................................................... 7 
Com a palavra, @ BIBLIOTECÁRI@..................................... 12 
O que você sugere que o Conselho encaminhe como proposta 
aos Candidatos eleitos? ................................................................ 13 
O que precisamos para o livro e a leitura? Bibliotecas com 
bibliotecários, por Maria das Mercês Apostolo ........................ 19 
Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca – 
PMLLLB de São Paulo, por Julia Santos ................................ 23 
Políticas públicas: propostas da Chapa 1 INFORMAR.É ...... 26 
Chapa 2 InterAção discute políticas públicas .......................... 31 
Livro, leitura, biblioteca e literatura na fala de candidatos a 
prefeito e vereador ................................................................... 35 
Candidatos a prefeito ................................................................... 42 
Candidatos a vereador .................................................................. 47 
Legislação e documentos essenciais ........................................ 51 
Proposições em tramitação na Câmara dos Deputados e Senado 
Federal ..................................................................................... 53 
ANEXOS ................................................................................. 57 
31 Proposições Ativas no Senado Federal ................................ 57 
92 Proposições Ativas no Câmara dos Deputados ................. 67 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
7 
 
Discutir Políticas públicas para 
bibliotecas e bibliotecários: 
a experiência do CRB-8 
A Comissão Temporária de Políticas Públicas para Bibliotecas e 
Bibliotecários foi criada em decorrência de discussões nas Plenárias 
Ordinárias, em especial na 655ª Reunião Plenária Ordinária, de 20 de 
agosto de 2018. Naquela oportunidade, foi deliberada uma ação voltada 
para as Eleições 2018 com a finalidade de contatar os candidatos aos 
diversos cargos nas eleições sobre suas plataformas de governo e a 
inclusão das bibliotecas escolares e públicas e do bibliotecário nas suas 
propostas. 
Passadas as eleições, as discussões propostas sobre políticas 
públicas sobre bibliotecas e bibliotecários foram consideradas direta e 
estreitamente relacionadas à atuação do Conselho para a valorização e 
visibilidade da profissão e dos profissionais, e que deveriam ser 
aprofundadas, tornando-se ação e trabalho contínuos do Conselho. 
Assim, ao longo de 2019, a Comissão realizou esforços nesse sentido: de 
um lado, abrindo espaço para a discussão com a categoria, com o convite 
a docentes e profissionais interessados e atuantes na área para 
participação em reuniões abertas da Comissão, por outro lado, 
acompanhando as iniciativas da área e divulgando sempre que possível. 
Em 2020, impactada pelos efeitos da pandemia de Coronavírus, a 
Comissão envidou esforços em ação conjunto com a Diretoria do 
Conselho para a elaboração colaborativa de propostas de planos de 
governo, e repetiu a ação voltada às Eleições Municipais. 
Uma das ações da Comissão foi a consulta aos profissionais 
bibliotecários sobre participação política e sobre políticas públicas para 
livros, leitura, literatura e bibliotecas, através de questionário de questões 
abertas e fechadas pelo Google Forms em 2018 e em 2020. 
http://www.crb8.org.br/wp-content/uploads/2017/02/BOBnews_SET2018_FINAL2.pdf
http://www.crb8.org.br/wp-content/uploads/2017/02/BOBnews_SET2018_FINAL2.pdf
http://www.crb8.org.br/bibliotecas-e-bibliotecarios-na-pauta-politica-das-eleicoes-2020/
http://www.crb8.org.br/bibliotecas-e-bibliotecarios-na-pauta-politica-das-eleicoes-2020/CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
8 
Algumas percepções do comparativo entre as duas consultas 
estão registradas nas quatro figuras seguintes. Na primeira delas, há uma 
redução significativa do número de respondentes: em 2018 foram 71 
respondentes e em 2020, 18 respondentes. 
 
Figura 1 – Respondentes às consultas em 2018 e em 2020 
O número reduzido seria um indício da diminuição do interesse 
ou da participação do bibliotecário? Não foi esse o entendimento da 
Comissão, que considerou o número como o resultado de uma somatória 
de fatores. Em primeiro lugar, a consulta foi realizada em dois momentos 
muito diferentes: 2020 foi um ano fortemente impactado pela pandemia 
de Coronavírus, com uma produção excepcional de vídeos, lives, eventos 
e reuniões virtuais que não foram produzidos na mesma proporção em 
2018. O espaço de discussão e debate no tema de políticas públicas foi 
bastante expressivo ao longo de 2020, somando-se ainda ao ciclo de lives 
promovidos pelo CRB-8 e às ações de outras Comissões como a de 
Bibliotecas Escolares e de Patrimônio Bibliográfico e Documental. 
 
 
Respondentes
0
50
100
2018
2020
71
18
Responde…
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
9 
 
Quanto ao formato adotado, a coleta pelo Google Forms isoladamente 
não foi o melhor veículo para abordar os bibliotecários nesse momento. 
Provavelmente o questionário poderia ter sido um recurso melhor 
aproveitado se associado a uma série de lives ou debates. Outro aspecto 
de reflexão considerado foi a falta de familiaridade ou o distanciamento 
dos profissionais quanto à participação política e à utilização de políticas 
públicas, temas das questões do formulário. Para questões que são mais 
presentes ou mais pontuais, o volume de respostas poderia ser mais 
elevado. Esse é um indício de necessidade de aprofundamento e 
abordagem contínua da discussão de políticas públicas. 
 
 
Figura 2 - Você já se utilizou / se utiliza de alguma destas políticas para 
desenvolver ações na sua instituição? 
Nas figuras 2 a 4, os dados foram apresentados de forma 
percentual, para obter um efeito de comparação entre os dois momentos, 
ou seja, o total de cada consulta foi considerado 100%. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Sim
Não
26,1
73,9
33,3
66,7
2018
2020
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
10 
Na Figura 2, houve aumento do número de profissionais que se 
utilizam de políticas públicas, comparado à consulta anterior. Nas Figuras 
3 e 4, o mesmo ocorreu em relação ao percentual de bibliotecários 
participantes de política partidária ou de equipes de governo. Ainda que 
seja considerada a diferença do volume de respondentes nas duas 
consultas, pode haver uma modificação da percepção dos participantes 
quanto às questões colocadas. Os participantes estão mais envolvidos 
quanto aos itens do questionário e registraram mais elementos nas 
respostas abertas. Os números, guardadas todas as ressalvas quanto ao 
volume da amostra, sugerem uma participação maior na política e na 
utilização de políticas públicas. 
 
 
Figura 3 - Você foi candidato / é candidato a algum cargo eletivo 
(Vereador, Prefeito, Deputado Estadual, Governador, Deputado Federal, 
Senador, Presidente da República)? 
0
20
40
60
80
100
Sim
Não
2,9
97,1
16,7
83,3
2018
2020
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
11 
 
Figura 4 - Você participou / participa da equipe de governo em alguma das 
esferas municipal, estadual ou federal (Secretarias, Assessorias, etc)? 
Para 2021, com novas administrações em todas as prefeituras 
paulistas, com câmaras de vereadores renovadas, a nova gestão do 
Conselho Regional de Biblioteconomia recebe a missão de manter os 
espaços de discussão abertos e de dar continuidade e ampliar as reflexões 
iniciadas. 
A experiência da 18ª Gestão aponta claramente no sentido de 
manter o espaço de debate e reflexão aberto, um programa de ação 
contínuo e a ação conjunta com bibliotecários e profissionais de outras 
áreas, entidades de classe, organizações e políticos. A discussão de 
políticas públicas deve continuar ampla envolvendo a educação, a cultura, 
a ciência, a diversidade, os direitos culturais, os direitos humanos, a 
cidadania, como sugerem as ações recentes das chapas candidatas e de 
grupos de bibliotecários. 
Rede Temática Leitura e Escrita de Qualidade para Todos (LEQT) 
Carta Aberta à Comunidade Biblioteconômica do Estado de São Paulo 
Manifesto mais Biblioteconomia, Mais Cultura, Mais Educação 
0
20
40
60
80
100
Sim
Não
5,6
94,4
11,1
88,9
2018
2020
https://maisdiferencas.org.br/projeto/rede-leqt/
https://www.facebook.com/informarechapa1/photos/a.100212155222667/117928880117661
https://www.facebook.com/photo?fbid=1626927264153030&set=a.238686502977120
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
12 
COM A PALAVRA, @ BIBLIOTECÁRI@ 
O CRB-8 fez algumas ações para coletar as demandas de 
bibliotecas e bibliotecários para as eleições municipais: oficiou diversas 
bibliotecas públicas paulistas, consultando sobre suas demandas e 
disponibilizou formulário de consulta entre setembro e outubro. 
Registramos uma das respostas recebidas das bibliotecas públicas 
consultadas: 
 
1. A aquisição de um software de gerenciamento 
do Acervo, 
2. Criação por Ato Administrativo do Regimento 
e do Regulamento das Bibliotecas; 
3. Atualização e execução da Lei n°455/85 de 17 
de julho de 1985 que dispõe sobre a Criação da 
Comissão Municipal de Bibliotecas e dá outras 
providências; 
4. Criação da “Política de Desenvolvimento de 
Coleções”; 
5. Criação da Política Municipal de Livro, Leitura, 
Literatura e Biblioteca; 
6. Implementação de uma comunicação visual que 
dialogue com o Centro Cultural de Brotas. 
(Demandas da Biblioteca Pública “Profa Alice de Lourdes 
Brino Guerra” e Biblioteca Ambiental (ramal), Brotas) 
E reproduzimos as opiniões e sugestões apresentadas pelos 
bibliotecários, estudantes e interessados que responderam à consulta 
entre setembro e outubro de 2020. Neste espaço de discussão diversas 
questões foram levantadas, com manifestações sucintas, diretas, 
minuciosas, complexas. Retrato do desafio da discussão e implementação 
de políticas públicas para bibliotecas e bibliotecários, de forma contínua 
e cada vez mais ampla. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
13 
 
 
O que você sugere que o Conselho encaminhe 
como proposta aos Candidatos eleitos? 
“Disponibilidade de equipamentos para acesso a leitura do 
público em geral e dos deficientes de qualquer espécie, inclusão 
digital para esse público, inclusive computadores com teclados em 
braille para deficientes, Espaços acessíveis em infraestrutura física e 
sinalização, Orçamento para coleções para este público, Parcerias 
para treinamento de pessoal das bibliotecas em Libras, Ônibus e 
Terminais Bibliotecas com coleções para este público bem como 
equipamentos para deficientes visuais, auditivos e computadores com 
teclados em braille, sendo que estes terminais e ônibus deveriam 
também ter rampas para deficientes ou cadeirantes, Incentivo a 
Implantação de Bibliotecas Escolares, Extensão dos Terminais de 
Acesso a Internet para Todas as Bibliotecas Públicas e Escolares, 
Espaços Específicos para Primeira Infância, Parcerias com 
Educadores para ter na Biblioteca Espaço para Ações de Leitura 
Reflexiva (não basta alfabetizar é preciso "letrar"), Espaços 
Específicos para Ações de Biblioterapia tanto para adolescentes e 
idosos, aonde se encontram os públicos com maior índice de 
suicídio.” 
 
 
(Bibliotecária da área pública, Capital, setembro/2020) 
 
“Liberar no governo o uso das Redes Sociais a fim de 
divulgar, evidenciar e dar mais visibilidade as bibliotecas do Estado 
e município, com também mais investimento emRH, aumento de 
salários, aposentadoria a 25 anos de trabalho.” 
 
(Bibliotecário, Capital, outubro/2020) 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
“Propostas de aproximação entre o público e as 
bibliotecas, ampliação da rede, criação de bibliotecas prisionais.” 
 
(Auxiliar de Biblioteca, Capital, outubro/2020) 
 
“Uma síntese das respostas levantadas nesse formulário. 
Dando centralidade ao fortalecimento dos trabalhadores de 
bibliotecas e à biblioteca como fundamental na política cultural e 
educacional das cidades.” 
 
(Estudante de Biblioteconomia, outubro/2020) 
“Criação de bibliotecas municipais em rede em cada 
município.” 
 
(Anônimo, capital, outubro/2020) 
 
“Reforçar a educação, ensino de qualidade em primeiro lugar.” 
 
(Anônimo, setembro/2020) 
 
“Investimento financeiro maior.” 
 
(Anônimo, outubro/2020) 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
15 
 
 
 
 
 
“Uso das bibliotecas em eventos municipais; Virada do 
Livro e da Leitura (evento igual virada cultural dentro das 
bibliotecas com Saraus, Rodas de Leituras); divulgação das 
bibliotecas em escolas; adequação das instalações para conforto de 
usuários e profissionais, além de proteção dos acervos. Divulguem 
e façam das bibliotecas espaços da comunidade.” 
 
(Bibliotecária da área privada, Capital, outubro/2020) 
“Sede de uma biblioteca com equipamento próprio, hoje 
a biblioteca pública fica junta com o teatro de Diadema e isto causa 
muito problema, pois está em um local improvisado. 
As cidades do grande ABC praticamente abandonaram 
as Bibliotecas públicas, principalmente Mauá, Rio Grande da Serra 
e Diadema.” 
 
(Anônimo, Diadema, outubro/2020) 
 
“Ter um profissional bibliotecário responsável pelas 
bibliotecas públicas.” 
 
(Anônimo, outubro/2020) 
 
“Que as bibliotecas escolares sejam fiscalizadas de 
forma padronizada pelo MEC, como forma de manter um padrão 
igualmente as universitárias.” 
 
(Bibliotecária, Juazeiro do Norte, outubro/2020) 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
16 
 
 
 
“Adaptação da Lei de deposito legal para fortalecer as 
bibliotecas. 
Propostas Futuras: 
1. Plano municipal do livro, Leitura, Literatura e 
Bibliotecas para todos os municípios (5565) 
2. Criar uma Rede de Livrarias Populares que possam 
incluir (pequenas livrarias, sebos de cada município) 
3. Criar junto aos Conselhos Regionais de 
Biblioteconomia e com o apoio do conselho federal a adoção de 
pelo menos 01 bibliotecário por município deste País 
4. Criar redes de bibliotecas em cada cidade para 
otimizar acervos e conseguir um melhor aproveitamento (acervos 
da prefeitura, da Igreja, das escolas etc) 
5. Retomar a lei de depósito legal e adaptá-la para os 
municípios, mesmo que veja de forma virtual 
6. Estimular a ampliação de espaços de leitura em todos 
os equipamentos culturais da cidade 7. Criar leis municipais que 
incentivem a leitura. Hora da Leitura, Dias de maratonas de 
leituras 8. Criação da Maratona Municipal de Leitura 24 H 9. Criar 
um dia para relembrar os autores dos municípios.” 
 
 
(Estudante de Biblioteconomia, outubro,2020) 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
17 
 
“Regulamentar, por meio de decretos, todos os equipamentos 
culturais existentes e em funcionamento na cidade; Estimular e participar das 
discussões dos Planos Municipais de Livro, da Leitura e Biblioteca (PMLLB) da 
cidade; Criar o Sistema Municipal de Bibliotecas da cidade, coordenado por 
um(a) bibliotecário(a); Manter as bibliotecas e salas de leitura em pleno 
funcionamento, com boas condições de infraestrutura, acessibilidade, 
localização e atendimento; Construir um prédio para comportar adequadamente 
a biblioteca central, prevendo espaços específicos para atividades coletivas, 
acervo, estudo individual, auditório, reserva técnica, direção, sala de 
computação, acessibilidade física, informatização, modernização; Reelaborar 
organograma funcional da Secretaria de Cultura, nomeando servidores públicos 
da cultura com conhecimento, formação e experiência para ocupar a função de 
chefia para cada um dos departamentos gerais/coordenadorias; Restabelecer e 
formalizar as chefias locais dos equipamentos públicos conforme formação, 
profissão e função de nível superior na prefeitura; Garantir um fundo de 
manutenção para cada departamento da cultura, para realização de atividades 
culturais, aquisição de bens e serviços; Fazer planejamento anual para a Pasta, 
considerando a participação e representação de cada segmento cultural da 
Secretaria e da cidade; Garantir, incentivar, apoiar e favorecer a capacitação 
contínua dos servidores públicos; Executar leis da cultura e leitura e criar as que 
forem necessárias; Realizar parcerias com instituições públicas e privadas para 
ampliar a cultura e a leitura na cidade; Desenvolver novo plano municipal 
decenal de cultura, tentando para a leitura; Garantir a eleição de conselheiros da 
cultura e não ocupação da presidência pelo Secretário da Pasta; Informatização 
dos equipamentos culturais, com a aquisição de novos computadores para os 
servidores e usuários em quantidade satisfatória, internet banda larga/wifi de 
qualidade em todos os espaços; Equipe de frente de trabalho (auxiliares de 
limpeza, segurança/vigias) suficiente para cada espaço; Contratação, por meio 
de concurso público, de profissionais da cultura de nível superior e médio; 
Participação em editais públicos e privados, nacionais e estaduais de cultura; 
Criação de um banco de dados ou plataforma virtual para mapeamento dos 
artistas e ações culturais da cidade; Garantir um servidor público exclusivo para 
o trabalho de comunicação de imprensa, preparação e divulgação de peças 
gráficas, programação cultural nas mídias…” 
 
 
 
(Anônimo, outubro/2020) 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
18 
 
 
“Que exista pelo menos a figura das Bibliotecas 
Públicas, pois no meu município nenhum candidato fala no 
assunto, e creio que no resto do país a coisa seja igual. Políticos 
não tem interesse de pessoas letradas, esclarecidas, com 
conhecimento e discernimentos para questionar e reivindicar. 
Pessoas sem leituras são mais fáceis de tanger. 
1. Criação de uma lei determinando no orçamento 
(municipal, estadual e federal) um percentual 
orçamentário de verbas semestrais (de acordo com o 
número populacional) para as Bibliotecas Públicas. E 
que essa verba possa ser utilizada, exclusivamente, para 
compra de livros, periódicos, mobiliário e 
equipamentos, geridos e administrado com a 
participação direta do bibliotecário da instituição; 
2. Que todo município brasileiro seja obrigado por lei a 
contratar um profissional da área de Biblioteconomia.” 
 
 
 
 
(Bibliotecária da área pública, outubro/2020) 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
19 
Foto: Divulgação 
O que precisamos para o livro e a leitura? 
Bibliotecas com bibliotecários 
 
Maria das Mercês Apóstolo 
Bacharel em Biblioteconomia pela Fundação Escola de 
Sociologia e Política de São Paulo, Bacharel em História pela 
Universidade de São Paulo e Pós Graduação em Metodologia da História 
e História Paulista. Professora da Fundação Escola de Sociologia e 
Política de São Paulo. Foi vice-presidente do Conselho Regional de 
Biblioteconomia- 8a. Região, gestão de 2009 a 2011. Conselheira do CFB, 
2019--2021. Tem experiência na área de Ciência da Informação, com 
ênfase em História, Arquivística e Leitura, atuando principalmente nos 
seguintes temas: projetos de organização de bibliotecas e arquivos, 
história do livro e mediação à leitura. Coautora do livro Fabci, retrato de 
uma escola. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
20 
Quem se debruçar sobre a históriada leitura, principalmente 
aquela relatada por Guglielmo Cavallo e Roger Chartier em sua 
esplêndida obra “História da leitura no mundo ocidental”, perceberá que 
o ato de ler sempre esteve associado a privilégios: privilégio de status 
social que possibilitou o aprendizado da leitura; privilégio de condição 
financeira que permitiu a aquisição de livros; privilégio do 
desenvolvimento de uma sensibilidade para o belo contido nas palavras, 
nas narrativas; e, principalmente, privilégio do ócio, do tempo não 
dedicado ao trabalho e à subsistência, e dispendido à leitura. 
O entendimento do acesso à leitura como direito é muito 
recente. 
Sendo a escrita produto de criação estamental, seja de uma casta 
de sacerdotes na antiga Mesopotâmia ou de monges cristãos na Alta 
Idade Média, podemos dizer que a leitura, tal como a compreendemos 
hoje, exercício da mente e desfrute do espírito, começou a ser exercida 
com o aparecimento do alfabeto. Foi a simplificac ̧ão dos signos que 
permitiu que a escrita se tornasse plena das possibilidades de ser lida por 
muitos. Mas, ainda por vários séculos, a leitura manteve-se encerrada 
num perímetro restrito. E antes de tornar-se meio de formac ̧ão, de 
desvelamento e de questionamento, ela foi por muito tempo, e podemos 
dizer que ainda é, testemunha e instrumento de poder, disseminando 
narrativas de opressão e de mando, ainda que justificadas por uma 
aspiração ordenadora e docilizadora. A leitura, com sua capacidade de 
gerar sentido em âmbito público e privado, está indissociada do exercício 
da autoridade, restrita a um grupo seleto. Le Goff ressalta que o 
documento é produto de um centro de poder. Dito de outro modo, quem 
registra a narrativa exerce a prerrogativa, não raramente absoluta, de 
dispor sobre sua hermenêutica, estabelecendo, assim, seus sentidos, seus 
destinatários e suas excepcionalidades. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
21 
Será com a tipografia que a leitura irá vislumbrar a possibilidade 
de ser exercida por muitos. Segundo Burke em sua “Uma História social 
do conhecimento”, ao surgir em um século estilhaçado por dissidências 
políticas e religiosas, a tipografia tornou-se um efetivo instrumento de 
divulgação de ideias. Todas as narrativas procuravam legitimar-se por 
meio do impresso. E para isso, tal como no passado e tal como ainda 
hoje, as sociedades fizeram da alfabetização uma arma de propaganda. E 
como toda arma, a leitura poderia ser perigosa se em mãos erradas. Diante 
da ameaça latente, estabelece-se um arsenal de instrumentos de vigilância 
e de mediação. A tarefa de especialistas no universo das palavras, de 
bibliotecários a filósofos, de forte teor moral, era dupla: dificultar, 
sobremaneira, o acesso a livros vistos como de teor nocivo, e 
potencializar leituras consideradas edificantes, seja do ponto de vista 
individual ou coletivo. Nesse sentido, além da censura e de outras práticas 
de filtragem, as estratégias políticas tinham por fim que a mensagem 
autorizada encontrasse o seu caminho na mente do leitor. 
A partir dessas preocupações podemos inferir que a leitura, 
mesmo ainda dentro do campo dos privilégios, começa a se tornar 
elemento de preocupação pública. Preocupação esta que se amplia e se 
relaciona estreitamente com o desenvolvimento dos sistemas educativos 
no século XIX, com a generalização da instrução básica pública e o 
aumento da produção de livros, jornais e outros materiais de leitura, 
trazendo para a discussão questões sobre o desenvolvimento, 
fortalecimento e sobrevive ̂ncia de uma indústria editorial. O livro e a sua 
leitura passam a ser vistos como elementos fundamentais, sustentáculos 
dos novos modelos econômicos, políticos e culturais das sociedades do 
Estado Moderno. 
O surgimento das novas tecnologias que marcaram o século XX 
e XXI, reacende essas preocupações de garantir ao livro, seja impresso 
ou digital, um espaço duradouro e efetivo no universo dos equipamentos 
culturais. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
22 
No caso do Brasil é muito interessante acompanharmos essa 
progressiva introduc ̧ão da pauta do livro nas agendas do poder público. 
É interessante porque ao mesmo tempo em que observamos uma 
veemente defesa do livro como objeto, como mercadoria, não 
conseguimos observar, paralelamente, a defesa dos espaços onde ele 
poderia ser potencializado. As bibliotecas estão ausentes das políticas 
para o livro e a leitura, e só recentemente e de maneira tímida as palavras 
livro, leitura e biblioteca se alinharam em uma mesma frase. 
Os componentes da cadeia produtiva do livro ignoram as 
bibliotecas. Temos inúmeras iniciativas de fomento à leitura, de 
distribuiça ̃o de livros, mas poucas de apoio e valorização das bibliotecas 
como espaços por excelência no desenvolvimento e na fruic ̧ão da leitura. 
Monteiro Lobato disse que “um país se faz com homens e 
livros”. Eu digo que “um país se faz com homens, mulheres, crianças, 
livros e principalmente bibliotecas”. 
Sem as bibliotecas e seus bibliotecários, o livro será mera peça 
de mercadoria, e a leitura será́ arma de propaganda de narrativas únicas. 
Afinal, é a biblioteca que pode oferecer gratuitamente a diversidade e as 
várias perspectivas facetadas de narrativas; é o bibliotecário, por sua 
natural atividade de mediador, que ajuda na construção de um 
pensamento crítico. 
E tudo que precisamos na sociedade brasileira desse momento 
é de mentes capazes de pensar com pluralidade e alteridade, aptas a 
discernir entre o fato e a lenda, entre a “doxa” e a episteme. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
23 
Foto: Divulgação 
Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e 
Biblioteca – PMLLLB de São Paulo 
 
Julia Santos 
Bibliotecária, gestora cultural e mediadora de leitura da 
Biblioteca Comunitária Espaço Jovem Alexandre Araújo Chaves – 
EJAAC que é integrante da Rede LiteraSampa e da RNBC. 
Representante da sociedade civil no Plano Municipal do Livro, Leitura, 
Literatura e Biblioteca – PMLLLB. 
O Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca – 
PMLLLB de São Paulo é um marco para a cidade e para todos que lutam 
por políticas públicas de acesso, democratização, preservação, estímulo, 
formação, valorização, reconhecimento e desenvolvimento de uma 
sociedade leitora. E essas palavras mencionadas são fundamentais e estão 
inscritas na Lei nº 16.333 que sancionou o Plano em 2015. Contudo, é 
preciso inicialmente evidenciar que a necessidade de criação do Plano 
parte das demandas e necessidades dos territórios e principalmente das 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
24 
periferias da cidade. Por isso, a construção do Plano, a organização e 
sistematização das metas e objetivos foi um trabalho construído 
coletivamente com a participação de diversos atores, profissionais e 
representatividades que atuam diretamente ou indiretamente com o livro, 
a leitura, a literatura, a escrita e as bibliotecas em São Paulo em diálogo 
com o poder público, e que teve também como base a Política Nacional 
de Leitura e Escrita – PNLE e o Plano Nacional do Livro e Leitura – 
PNLL. 
Entretanto ter a Lei do Plano sancionada não garantiu e não 
garante a efetivação e implementação de suas metas pelo poder público 
diante de cada Governo pelas Secretarias de Cultura e Educação, e desta 
forma justamente a atuação do Conselho do Plano Municipal do Livro, 
Leitura, Literatura e Biblioteca com representantes também da sociedade 
civil é de suma importância para o acompanhamento e fiscalização. Por 
essa razão, em 2016 com a eleição e constituição do primeiro Conselho 
do PMLLLB já foi possível perceber que a luta pela efetivação do Plano 
e do diálogo com o poder público seria grande, consequentemente em 
2017 o primeiro Conselho foi destituído, impossibilitandoa atuação da 
sociedade civil e da participação social, popular e democrática. No 
entanto, em resposta imediatamente realizou-se uma grande mobilização 
de militantes pela causa com a criação de uma frente com diversos atores, 
instituições, coletivos, profissionais, mediadores, bibliotecas 
comunitárias e movimentos que se uniram pela defesa do livro, da leitura, 
da literatura e das bibliotecas e para a retomada do Conselho em diálogo 
com Vereadores que também lutam pela causa. 
Como resultado desta grande mobilização em 2019 foi possível 
retomar o Conselho e sendo realizadas novas eleições no final de 2019 
foi constituído o segundo Conselho do PMLLLB. Essa retomada foi 
importantíssima para continuação da luta pela efetivação do Plano na 
cidade e das políticas públicas que devem ser políticas públicas efetivas 
de Estado e não de um Governo específico. Eleitos então para atuação 
em dois anos (2020 e 2021) os novos Conselheiros titulares e suplentes 
representantes da sociedade civil dentro do Conselho enfrentaram neste 
ano além da pandemia, as diversas manifestações do Poder Público 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
25 
Federal contra a democratização do acesso ao livro, à leitura, à literatura 
e a informação como um direito para todos os cidadãos e respondemos 
publicamente contra toda forma de impossibilitar o acesso. Desta 
maneira, o Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca - 
PMLLLB é muito importante para o desenvolvimento da cidade, 
contribuindo na formação de novos leitores, possibilitando a articulação 
dentro dos territórios e nas periferias entre os diversos equipamentos 
culturais públicos, descentralizando as ações e atividades e buscando a 
efetivação das políticas públicas e de orçamento destinados ao livro, a 
leitura, a literatura e as bibliotecas em São Paulo. 
Por isso, o Plano precisa ser cada vez mais divulgado, 
compartilhado e conhecido por toda a sociedade, construindo assim um 
diálogo e uma participação social e democrática entre as políticas públicas 
e os cidadãos. E nós Bibliotecários (Julia Santos e Gabriel Justino) que 
participamos atualmente do Conselho como representantes da sociedade 
civil sendo titular e suplente respectivamente nos segmentos das 
Bibliotecas Comunitárias e Bibliotecas queremos contribuir na efetivação 
do Plano e suas metas, utilizando também os conhecimentos da 
biblioteconomia para melhoria e interação das bibliotecas comunitárias, 
escolares e públicas com outros atores, espaços e a própria comunidade, 
estimulando cada vez mais o trabalho em conjunto e articulado na 
garantia da literatura como um direito humano para todos, por isso, 
convidamos à todos os bibliotecários (as) à conhecerem o Plano e 
divulgarem, porque juntos podemos realizar um grande Advocacy pelo 
PMLLLB. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
26 
POLÍTICAS PÚBLICAS: PROPOSTAS DA 
CHAPA1 INFORMAR.É 
 
 
As propostas da CHAPA 1 INFORMAR.É estão alinhadas 
com os objetivos concebidos pela Agenda 2030, elaborados em 2015 pela 
ONU. Essa Agenda tem como meta promover o desenvolvimento 
sustentável para todos. Ela apresenta um conjunto de 17 Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS), e 169 metas, baseadas em Pessoas, 
no Planeta, na Prosperidade, na Paz e nas Alianças. 
Partindo desses 17 Objetivos, a CHAPA 1 INFORMAR.É 
identificou aqueles que mais representam a nossa visão e que serão os 
pontos principais que o Conselho Regional de Biblioteconomia de São 
Paulo deve priorizar nessa próxima gestão em relação às questões de 
Políticas Públicas, uma vez que para pôr o mundo em um caminho 
sustentável é urgentemente necessário tomar medidas ousadas e 
transformadoras. 
O acesso público à informação permite que pessoas tomem 
decisões conscientes melhorando suas vidas, e as bibliotecas, centro 
culturais, centros de informação, museus, arquivos e assemelhados, são 
instituições fundamentais para se alcançar estes objetivos. 
 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
27 
Para viabilizar os projetos voltados para o Livro, a Leitura e a 
Biblioteca consideramos os ODS: 
4 - EDUCAÇÃO DE QUALIDADE; 
8 - TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO 
ECONÔMICO; 
10 - REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES e 
17 - PARCERIAS E MEIOS DE 
IMPLEMENTAÇÃO como as principais temáticas para o embasamento 
de nossas propostas. 
Atendendo a esses objetivos, definimos as seguintes frentes de 
ação: Contribuição nas ações que viabilizem a implantação das bibliotecas 
escolares, trabalhando em parceria com as escolas e as secretarias de 
educação - ODS 4 e 17; 
• Aproximação do Conselho com as Secretarias de Cultura, 
Educação e Cidadania e dos vereadores e deputados 
encarregados de elaborar os projetos e políticas voltados 
para as questões do Livro, Literatura e Bibliotecas. Para 
isso será necessário que o CRB8 se aproxime e participe 
dos grupos de discussão e desenvolvimento das propostas 
- ODS 4 e 17; 
• Colaboração com os/as bibliotecários/as e/ou 
secretários/as de cultura e educação municipais e 
estadual, no desenvolvimento de projetos para melhoria 
da infraestrutura da biblioteca, ampliação de acervo, 
promoção do acesso à informação de qualidade e garantia 
de acessibilidade à informação para todos, aumentando 
significativamente o acesso às tecnologias da informação 
e da comunicação e proporcionando acesso universal à 
Internet. Para os/as bibliotecários/as, promover, em 
parceria com instituições de ensino, cursos e treinamentos 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
28 
de capacitação para a elaboração de projetos, atualização 
profissional, entre outros - ODS 4, 8 e 10; 
• Desenvolvimento de ações voltadas para que a 
biblioteca se torne um espaço de promoção e incentivo 
da leitura e de outras atividades culturais, garantindo a 
acessibilidade a todo/a cidadão/ã - ODS 4 e 10; 
• Apoio na divulgação das atividades desenvolvidas pela 
biblioteca e de sua importância como espaço de 
crescimento cultural da sociedade - ODS 4 e 8. 
• Ao se considerar a publicação recente do Instituto Pró-
livro de que entre 2015-2019, no Brasil, o número de 
leitores sofreu uma queda de 4,6 milhões, e sendo que a 
maior parte desses leitores está concentrada na cidade 
de SP. A de atentar apoio às políticas de incentivo à 
leitura no dia a dia de todos os/as profissionais 
bibliotecários/as, para que esta direção se expanda ainda 
mais para o interior do nosso Estado, tendo como 
referência o Plano Municipal do Livro, Literatura, 
Leitura e Bibliotecas – PMLLLB da cidade de São Paulo 
Além das políticas acima descritas, existe uma preocupação 
dos/as integrantes da CHAPA 1 – INFORMAR.É em ter como foco o/a 
profissional em suas preocupações, desejos e realizações, enfim a 
humanização de suas ações e processos. 
Esse cuidado também se reflete na construção conjunta com a 
comunidade biblioteconômica planejada para nossas atos e realizações. 
Surge, então, a interrogação de como realizar uma gestão com 
essas caraterísticas. 
Propomos as seguintes ações imediatas que o CRB8 poderá 
realizar na organização da elaboração conjunta por meio de reuniões com 
os decisores da área e políticos, considerando os seguintes passos: 
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – 8° REGIÃO 
 
 
29 
1. Identificar representantes do setor bibliotecário; 
2. Identificar o processo de implementação e as prioridades 
dos governos; 3. Desenhar a estratégia bibliotecária e preparar 
mensagens-chave; 4. Organizar reuniões com os decisores políticos e 
participar das consultas públicas; 
5. Aproveitar os meios de comunicação social, as alianças e 
a experiência de líderes; 
6. Observar com atenção o desenvolvimento do processo. 
Como possuímos representantes em todo Estado, característica 
que auxilia a capilaridade das ações, formaremos subgruposregionais 
com bibliotecários/as de diversas cidades de uma mesma região, 
montando-se equipes para projetos que podem ser compartilhados por 
todos. Ao CRB8 caberia o planejamento e organização desses grupos, a 
ampla divulgação dos projetos governamentais (federal, estadual e 
municipal) e a capacitação das equipes bibliotecárias envolvidas. 
“Nada se faz sem o livro. Até o videotexto busca nos livros 
orientação para a sua sobrevivência. Faça do livro o seu presente, a sua 
mensagem, o desejo de conhecer a magia do universo.” 
(Lenyra Fraccaroli) 
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31 
CHAPA 2 InterAção 
DISCUTE POLÍTICAS PÚBLICAS 
Enquanto bibliotecário que se considera um agitador cultural, e 
do campo progressista, vejo as Políticas Públicas destinadas ao Livro, 
Leitura, Literatura e Biblioteca como elemento fundamental para pensar 
outras possibilidades para nossa sociedade, possibilidades essas que 
contemplem cada indivíduo, dando a ele ferramentas que o permita 
acessar todos os direitos previsto na constituição e também na carta dos 
direitos humanos. Ou seja, tais políticas públicas ajudam a garantir a 
dignidade e a participação dos indivíduos enquanto ser social. 
Acredito que as políticas públicas quando desenvolvidas 
buscam trazer à tona uma reflexão acerca da vontade de diferentes setores 
da sociedade em avançar para uma determinada direção, e representa uma 
articulação coerente de medidas para transformar uma situação. Uma 
política pública permite garantir que os problemas não serão crônicos e 
idênticos aos que sempre existiram. 
Quando pensamos esse tema em nível de Brasil devemos ser 
radicais, e quando digo radical estou me referindo a origem etimológica 
da palavra, “ir na raiz”, ou seja, não basta dizer “no Brasil se lê pouco”, 
ou “as pessoas não vão a biblioteca”. Ir na raiz nos faz retornar as origens 
da constituição histórica do livro, da leitura e das bibliotecas nesse país. 
Sendo assim temos um país constituído a partir de políticas que 
criaram uma forte desigualdade social, ausência de socialização dos ex-
escravizados, política de embranquecimento com a imigração, e um 
enorme analfabetismo da população brasileira, a partir dessa realidade é 
preciso pensar que o país se constrói a partir da não constituição da figura 
pública de leitor. A leitura, o acesso aos livros e bibliotecas ficam restritos 
as elites letradas, que estudaram na Europa, e que exerciam forte 
influência nos modelos da cultura brasileira. 
 
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Numa sociedade racista, preconceituosa, elitista, machista era 
impossível pensar políticas que através da cultura buscassem estabelecer 
direitos e dignidades a todos. Mas embora o panorama fosse catastrófico, 
havia sim figuras se articulando e pensando no fortalecimento da cultura 
interna, até mesmo na constituição de uma identidade nacional. Mário de 
Andrade, em 1939, viu como alternativa para se pensar um projeto de 
país a criação de bibliotecas, dizem que ele costumava mencionar que a 
criação de bibliotecas populares lhe parecia uma das atividades mais 
necessárias para o desenvolvimento da cultura brasileira. 
O que Mario de Andrade e outros intelectuais já estavam 
pensando era exatamente na responsabilização do Estado quanto a 
promoção do livro e da leitura, e isso só poderia acontecer por meio de 
bibliotecas que fossem acessíveis a todas e todos A disseminação, no 
povo, do hábito de ler, se bem orientada criaria fatalmente uma 
população urbana mais esclarecida, mais capaz de vontade própria, 
menos indiferente à vida nacional. 
A minha opinião para os tempos atuais, portanto, vai de 
encontro a buscarmos resgatar as coisas boas que vem de um passado 
distante até, mas também questões recentes. A articulação do Plano 
Nacional do Livro e Leitura teve em sua origem, como por exemplo, as 
mais de 150 reuniões públicas em todo o País nos anos de 2005 e 2006, 
ocasião em que sugestões para o Plano eram colhidas, a participação do 
debate com representantes de toda a cadeia produtiva do livro – editores, 
livreiros, distribuidores, gráficas, fabricantes de papel, escritores, 
administradores, gestores públicos e outros profissionais do livro –, bem 
como educadores, bibliotecários, universidades, especialistas em livro e 
leitura, organizações da sociedade, empresas públicas e privadas, 
governos estaduais, prefeituras e interessados em geral. 
 
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33 
O que acredito é que nós bibliotecários temos que cada vez mais 
se aproximar e buscar entender de construções de políticas públicas, 
também buscar entender como as políticas econômicas impactam em 
nossa profissão e seus desdobramentos para o nosso público. Faz-se 
necessário entender como a permanente ligação entre economia e política 
impactam em políticas ligadas a biblioteconomia. A política tem grande 
interferência em nossa área, portanto torna-se cada vez mais necessário 
que os profissionais da informação se interessem também por discussões 
políticas ligadas não só a nossa área, mas também a sociedade. Um bom 
profissional compreende que as bibliotecas são criatura e instrumento de 
políticas públicas derivadas de processos políticos. 
Em suma, não basta ter acesso as bibliotecas e livros, é 
fundamental que, ao longo da sua formação como leitor, o indivíduo seja 
estimulado à prática da leitura. Caso contrário, o livro não cumpre sua 
função, afinal de contas um livro existe sem leitor? Pode existir até como 
objeto, mas sem leitor, o texto do qual ele é portador é apenas virtual. 
Será que o mundo do texto existe quando não há ninguém para dele se 
apossar, para inscrevê-lo na memória ou transformá-lo em experiência? 
Nesse sentido fica explícito que a simples oferta de livros não garante a 
formação de práticas de leitura. Portanto, quando falamos em Políticas 
Públicas destinadas ao Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca não estamos 
só abordando ideias e realização de ações pontuais, é preciso ir além, 
pensar na promoção de ações contínuas que contemplam a participação 
frequente da sociedade civil, profissionais da educação e principalmente 
os bibliotecários. 
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34 
 
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35 
Livro, leitura, biblioteca e literatura na fala de 
candidatos a prefeito e vereador 
Entre os meses de setembro e outubro, o Conselho enviou 
ofícios aos Diretórios de todos os partidos, o quadro dos ofícios enviados 
estará disponível no site do CRB-8. O convite foi especialmente 
endereçado, a candidatos que declararam a ocupação de bibliotecário no 
registro da candidatura junto à Justiça Eleitoral, ou que indicavam alguma 
relação com bibliotecas. Outra forma de contato com candidatos foi a 
partir de indicação de bibliotecários. No ofício enviado, o Conselho 
sugeriu a inclusão das seguintes propostas: 
Posto isso, consideramos de fundamental importância que 
estejam destacadas no seu programa de governo as seguintes propostas: 
• rubrica orçamentária dedicada à implementação e à 
manutenção de bibliotecas públicas e escolares, com a 
direção de bibliotecários em conformidade com a Lei nº 
4.084/1962, a Lei nº 9.674/1998, a Lei 12.244/2010 e o 
Decreto nº 56.725/1965 por constituírem instrumentos 
pedagógicos e fatores de desenvolvimento social, 
educacional e cultural; 
• presença do bibliotecário no corpo técnico dos 
servidores municipais em número suficiente para 
atendimento das demandas de informação e oferta de 
produtos e serviços em prol dos munícipes; 
• ações previstas para implementação e apoio ao Plano 
Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca, 
pautado pelo Decreto nº 7.559/2011,o Decreto nº 
9.930/2019 e a Lei nº 13.696/2018; 
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• propostas mais específicas para as Bibliotecas Escolares, 
considerando, a Lei nº 12.244/2010, que dispõe sobre a 
universalização de bibliotecas escolares e torna 
obrigatória a partir de 2020 a existência de biblioteca 
em todas as instituições de ensino públicas e privadas 
de todos os sistemas de ensino do País. 
O espaço para divulgação de propostas a seguir foi 
disponibilizado para os candidatos que responderam ao convite do 
Conselho, ou para aqueles que foram indicados e que tinham em seus 
programas alguma referência a bibliotecas ou bibliotecários. Foi feito um 
esforço de compilar as referências às bibliotecas e bibliotecários em 
programas de candidatos à prefeito na cidade de São Paulo. Assim, a 
pesquisa e trabalho de verificação de programas de candidatos não foram 
exaustivos, sua finalidade foi registrar a resposta recebida seja dos 
próprios candidatos, seja de eleitores, e fornecer material de reflexão e 
análise dos bibliotecários atuantes no Estado de São Paulo. 
 
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37 
Foto: Divulgação 
Rogério Xavier, candidato a vereador, Jundiaí 
 
Rogério Xavier Neves, é docente e coordenador na área de 
Biblioteconomia e Ciência da Informação no Centro Universitário 
Assunção - UNIFAI-SP. Candidato a vereador no município de Jundiaí, 
participou da consulta feita pelo Conselho aos bibliotecários. Confira 
algumas das suas respostas. 
CRB-8. Você pode mencionar ações governamentais ou da 
sociedade civil que tenham se destacado na área de biblioteca, livro, 
leitura e literatura? Fique à vontade para incluir planos de governo ou 
ações locais das administrações públicas de sua cidade. 
Rogério. Na cidade onde moro não houve a criação de Políticas 
Municipais para o Livro, a Leitura. Precisamos trabalhar para que as 
políticas locais relacionadas ao livro e a leitura sejam executadas. Em 
Jundiaí só temos uma biblioteca pública. E houve fechamento de 
bibliotecas escolares. Caso seja eleito quero promover a criação da 
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38 
biblioteca itinerante com a criação do ônibus-biblioteca. Campanhas de 
um Plano de Leitura e do Livro para cidade é fundamental. 
CRB-8. Acessibilidade inclui diversos aspectos: arquitetônica 
(espaços abertos e externos do ambiente construído), comunicacional 
(que permite a comunicação de forma autônoma como audiodescrição, 
legenda, tecnologias assistivas), atitudinal (comportamento das pessoas 
frente a alguém que tenha uma deficiência ou qualquer outra característica 
que seja considerada diferente), programática (garantir que acesso às 
políticas da organização, regulamentos, avisos, notícias, intranet, etc), 
metodológica (alternativas e recursos a serem empregados para que o 
conteúdo seja transmitido da melhor forma possível, seja um conceito, 
seja uma técnica de trabalho) e instrumental (instrumentos de estudo e 
pesquisa que contemplem as características e especificidades do usuário). 
O que você sugere como política pública para acessibilidade em 
bibliotecas? 
Rogério. Uma das minhas propostas como candidato a 
vereador é defender a ideia de cidades inclusivas e conectadas. Nesse caso 
precisamos pensar em várias inclusões, principalmente a inclusão 
informacional, digital e de acesso aos livros, a leitura. A minha sugestão é 
que iniciemos um movimento nas cidades em que todo cidadão tem 
direito à Informação e que a biblioteca, ou as bibliotecas, sejam esse canal 
comunicação com a população. Se a gente conseguir alcançar esse 
primeiro passo, o restante será mais fácil chegar. As bibliotecas precisam 
ser reconhecidas pela sua agilidade e funcionalidade no uso, recuperação 
e disseminação de informações gerais e específicas. Ser um lugar de lazer 
e entretenimento. 
CRB-8. O que você sugere como política pública para inclusão 
digital nas bibliotecas? 
Rogério. Precisamos pensar em políticas de acesso a 
informação primeiro, para depois chegar na inclusão digital. Aqui em 
Jundiaí durante a pandemia vi inúmeras crianças sem acesso à 
informação. Sem o que é mais básico. Professores tendo que se virar para 
dar suas aulas. A situação é grave. A biblioteca fez ações isoladas. Não 
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39 
serviu de apoio aos alunos, nem aos professores. A primeira coisa a fazer 
é tornar a biblioteca num espaço estratégico em relação às informações 
governamentais e daí pra frente pensar em políticas públicas que 
valorizem espaços de pesquisa e leitura na cidade a começar pelas escolas. 
CRB-8. O que você sugere que o Conselho encaminhe como 
proposta aos Candidatos eleitos? 
Rogério. Sugiro que o Conselho apresente para os candidatos 
sugestão de propostas exequíveis sobre funcionamento e potencialidades 
das bibliotecas públicas e escolares. Temos muitos candidatos que nem 
sabem o papel da biblioteca no seu município. Talvez uma cartilha com 
os principais problemas e soluções para a área e como eles podem colocar 
em práticas essas sugestões. Isso vai ajudar e muito os candidatos. Por 
exemplo, as bibliotecas escolares foram fechadas em muitas escolas 
públicas da cidade. Algumas viraram salas de aula e outras viraram 
espaços administrativos. Nesse caso o Conselho pode intervir em 
conjunto com vereadores apresentando projetos de reabertura de 
bibliotecas escolares considerando a relação custo/benefícios para o 
município. 
Confira mais sobre as ideias e trajetória de Rogério Xavier em 
artigo recente da Biblioo. 
 
https://biblioo.info/rumo-ao-parlamento-os-desafios-de-um-bibliotecario-em-busca-de-votos/
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40 
Foto: Divulgação 
Sebastião Severino Neto, candidato a prefeito, Avaré 
 
O candidato a prefeito de Avaré enviou ao CRB-8 texto com 
suas propostas sobre políticas públicas para bibliotecas e bibliotecários. 
Políticas Públicas: biblioteca, bibliotecários e livros 
As bibliotecas públicas são fundamentais para pesquisa e o 
acesso de crianças, jovens e adultos à leitura. É função do poder público, 
promover esse acesso, garantido que todos possam buscar nas bibliotecas 
uma forma de adquirir conhecimento, especialmente aqueles que têm 
pouco ou nenhum recurso para tal. 
O acervo de livros didáticos e paradidáticos nas bibliotecas da 
rede pública é muito comum e é realizado através do Programa Nacional 
do Livro e do Material Didático – PNLD, no entanto, pouco se faz para 
trazer o aluno no ambiente da biblioteca. A organização e gestão da 
biblioteca é realizada por professores(as) que estão afastados da sala de 
aula, aposentados ou em vias de, e por professores readaptados. 
 
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41 
Da minha experiência de 18 anos na rede pública do estado de 
São Paulo, não conheci nenhum profissional bibliotecário (a) cuidando 
da biblioteca. Dessa forma, as bibliotecas escolares são desprovidas de 
arranjos adequados, atualizações diferenciadas de acervo, de movimentos 
e de encantos culturais que possam atrair os alunos para essa esteira de 
conhecimento. 
Eu como candidato a prefeito da cidade de Avaré junto com 
minha equipe, temos essa preocupação e estará no nosso plano de 
governo elaborar projetos que cumpra a Lei 12.244/10 - bibliotecas 
escolares a qual assegura a universalização das bibliotecas e do 
profissional bibliotecário. Dessa forma pretendemos criar estruturas 
adequadas, dignas de uma biblioteca, desenvolver planos como 
programação artístico-cultural – mecanismo de incentivo e estímulo à 
produção artística de pequenos e coletivos grupos, para a realização de 
atividades culturais; exposição de arte, saraus, plano de leitura, inclusão 
de usuários especiais, braile, e tudoque possa contribuir como parte 
integrante da biblioteca e a contratação do bibliotecário (a) para gerir, 
buscar essas iniciativas pontuais. 
Sebastião Severino Neto 
Sociólogo e candidato a prefeito em Avaré pelo Partido dos 
Trabalhadores 
Eleições 2020 
 
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42 
Candidatos a prefeito 
Andrea Matarazzo, candidato a prefeito, São Paulo 
EDUCAÇÃO ATRAVÉS DA CULTURA 
• Dentro do Programa Educação através da Cultura a 
gestão deverá retomar, recuperar e modernizar todas as bibliotecas 
municipais, centros culturais, casas de cultura, teatros municipais e teatros 
acoplados aos CEUs 
• Promover a modernização das bibliotecas, 
implementando programação cultural, noite com cinema, equipamentos 
multimídia e ampliar o horário de funcionamento 
Fonte: Plano de Governo 2021-2024 
Bruno Covas, candidato a prefeito, São Paulo 
ONDE VAMOS CHEGAR 
Nosso propósito é desenvolver novas vocações para São Paulo, 
impulsionando uma economia mais integrada às redes de cidades globais, 
que atraia investimento e talentos, estimule habilidades e acolha 
diferenças. Colocar a economia criativa no centro político de 
desenvolvimento da cidade. Isso inclui não apenas nossa riqueza cultural 
em todas as suas manifestações, como também o esporte, o turismo, a 
moda, o design, a inovação e a indústria de games como eixos 
estratégicos. Vamos implantar distritos criativos, voltados à economia 
criativa e à juventude, e criar zonas de flexibilização tributária para atrair 
empresas. Instalar hubs de startups, incluindo a oferta de capacitação 
tecnológica e 13 novos TEIAs. Cada macrorregião da cidade terá uma 
área 24 horas, para estimular a atividade noturna, e a Virada Cultural vai 
se consolidar como o maior evento desta natureza do país, atraindo mais 
turismo para nossa cidade. Iremos investir na revitalização de bibliotecas 
e demais equipamentos de cultura, levando mais saber, lazer e 
entretenimento às regiões mais periféricas. 
Fonte: Diretrizes do Plano de Governo 
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/2030402020/250000661535/pje-d279f6f5-Proposta%20de%20governo.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/537551/5_1600890440425.pdf
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43 
 
Celso Russomano, candidato a prefeito, São Paulo 
CULTURA, ESPORTE E JUVENTUDE 
Ampliar a rede de bibliotecas nas escolas e em demais 
equipamentos públicos municipais. 
Fonte: Plano de Governo 
 
Filipe Sabará, candidato a prefeito, São Paulo 
PARCERIAS PÚBLICAS 
Promoveremos parcerias da Secretaria de Educação com as 
Secretarias de Saúde, Assistência Social, Cultura e Esportes com foco no 
bem-estar, desenvolvimento da criança e do adolescente e na criação de 
alternativas de contraturno escolar. Exemplos são atuações conjuntas 
com a secretaria de Saúde em campanhas de prevenção de doenças, 
vacinação, segurança alimentar, testes de oftalmologia, entre outros; com 
as secretarias de Direitos Humanos e Assistência Social para garantir que 
não haja violação dos direitos das crianças; com a secretaria de Cultura 
para a utilização das 54 bibliotecas municipais, os centros culturais e 
demais unidades; com a secretaria de Esportes para utilização dos 349 
equipamentos, como centros esportivos. 
Fonte: Plano de Governo 2021-2024 
 
 
https://www.nossasaopaulo.org.br/wp-content/uploads/2012/07/programagovernoRussomano.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/435371/5_1600528099208.pdf
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44 
Guilherme Boulos, candidato a prefeito, São Paulo 
POLÍTICAS DE LEITURA E BIBLIOTECAS 
PÚBLICAS MUNICIPAIS 
• Fazer valer na prática os princípios contidos no Plano 
Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB) de São Paulo; 
• Ampliar a rede de bibliotecas públicas, incluindo as 
bibliotecas móveis, em áreas como parques, centros culturais, casas de 
cultura, clubes desportivos municipais, conjuntos habitacionais de 
responsabilidade da prefeitura, áreas de subprefeituras e terrenos 
municipais ociosos; 
• Criar horários alternativos de funcionamento das bibliotecas 
de acesso público, com o objetivo de atender os diversos públicos e sua 
possibilidade de frequentar esses espaços, como, por exemplo, a abertura de 
bibliotecas aos sábados, domingos e feriados, para facilitar o acesso a jovens 
e trabalhadores, de acordo com as condições estruturais; 
• Realizar programas de leitura e outros que incentivem 
uma formação reflexiva e cidadã; 
• Programações culturais adequadas à natureza da 
instituição como cursos, palestras debates, exibição de vídeos, 
apresentações teatrais e musicais; 
• Definir e assegurar um quadro mínimo de pessoal 
conforme o porte de cada Biblioteca. 
• Garantindo a continuidade dos serviços com a 
recomposição das equipes de trabalho por meio de concurso público; 
• Reativação da Rede de Leitura para conectar, expandir, 
incluir, dar condição de significar e ressignificar os serviços e as ações de 
cultura com a valorização dos diversos atores culturais e em contribuição 
para constituição de uma sociedade leitora. 
Fonte: Programa de Governo 
https://download.uol.com.br/files/2020/10/1768545056_programa-de-governo-boulos-e-erundina.pdf
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45 
Jilmar Tatto, candidato a prefeito, São Paulo 
PROPOSTAS PARA UMA CULTURA DO FUTURO, 
TRANSFORMADORA 
• Fortalecer e implementar programações dinâmicas para as 
Bibliotecas Municipais e fomentar as Bibliotecas Itinerantes, em atenção 
ao Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca, com 
atividades culturais que privilegiem o debate e a produção cultural local. 
• Retomar a política de Livre Leitura, em cumprimento à 
Lei 12.244/2010, de Universalização das Bibliotecas Escolares, que 
determina que todas as bibliotecas escolares tenham um bibliotecário e 
acervo mínimo de um título para cada aluno matriculado. 
• Realizar imediatamente concurso público para o 
provimento das vagas de bibliotecários no município. 
• Fomentar projetos de incentivo à leitura em locais 
públicos, como o projeto Geloteca 
PROPOSTAS PARA UMA JUVENTUDE PROTEGIDA 
• Abrir bibliotecas e centros culturais para exposições 
artísticas juvenis LGBTQIA+, com edital de auxílio para artistas de 
periferia. 
Fonte: Programa de Governo 2021-2024: SP da Gente 
Joice Hasselmann. candidata a prefeito, São Paulo 
• Criar condições para ampliar a oferta de distribuição de bens 
culturais, como salas de cinemas, teatros, livrarias, museus e bibliotecas 
Fonte: Plano de Governo 2021-2024: Coligação SP Merece 
Mais formada pelos partidos PSL-DC 
 
https://jilmartatto.com.br/programadegoverno-PAG_SIMPLES.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/2030402020/250000658458/pje-2fb2e3aa-Proposta%20de%20governo.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/2030402020/250000658458/pje-2fb2e3aa-Proposta%20de%20governo.pdf
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46 
Márcio França, candidato a prefeito, São Paulo 
PREVENÇÃO E SEGURANÇA URBANA 
A Prefeitura poderá diminuir a violência na cidade por meio da 
presença de mais ”olhos nas ruas” e programas culturais, esportivos e 
educacionais nos espaços públicos da cidade para criar a cultura das 
pessoas estarem mais presentes nesses espaços. Investindo fortemente no 
aumento da iluminação em áreas deficientes dessa infraestrutura, fator 
decisivo para melhoria da segurança, bem como desenvolver uma rede de 
Praças, Parques e Bibliotecas Parque nos espaços públicos da cidade – 
por meio de uma adaptação e evolução do modelo de equipamentos 
multifuncionais integradosa áreas de parques ou praças. 
Fonte: Plano de Governo 2021-2024 
 
Orlando Silva, candidato a prefeito, São Paulo 
Reforma de escolas para a implantação de quadras de esporte, 
bibliotecas e laboratórios 
Fonte: Diretrizes do Programa Orlando Silva – Prefeito de São 
Paulo 
 
Vera Lúcia, candidata a prefeito, São Paulo 
PELO DIREITO À CULTURA E À INFORMAÇÃO 
- Ampliação da rede municipal de Bibliotecas! Uma biblioteca 
pública por bairro! 
Fonte: São Paulo precisa de um governo socialista! (Plano de 
Governo) 
 
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/731435/5_1600986975532.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/569617/5_1600730485276.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/569617/5_1600730485276.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/379901/Propostas.pdf
https://divulgacandcontas.tse.jus.br/candidaturas/oficial/2020/SP/71072/426/candidatos/379901/Propostas.pdf
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Candidatos a vereador 
Andrea Werner, candidata a vereadora, São Paulo 
UMA CIDADE COM EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Oferta de parques e espaços de brincar nas escolas, adaptados 
para crianças com deficiência, bem como ampliação da infraestrutura de 
bibliotecas, laboratórios, quadras e espaços de convivência 
Fonte: Caderno de Propostas: Vereadora Andrea Werner: 50005 
 
Donato, candidato a vereador, São Paulo. 
Fizemos também a Lei que cria o Plano Municipal do Livro, 
Leitura, Literatura e Biblioteca 
Fonte: Youtube 
 
Inti Queiroz, candidata a vereadora, São Paulo. 
A cultura é a área central do trabalho da Inti, e representa 4% 
do PIB brasileiro. São cerca de 170 bilhões de reais injetados na economia 
por ano e São Paulo é uma das principais ativadoras dessa riqueza. Ainda 
assim, apenas 1,5% do orçamento da cidade é voltado para isso. 
Lutamos por mais orçamento e descentralização dos recursos 
da SMC. A Implantação do Plano Municipal de Cultura bem como apoio 
à implantação de um Conselho Municipal de Políticas Culturais, 
deliberativo e eleito democraticamente. Sistema Municipal de cultura 
previsto em lei. Lutamos por mais acesso à produção com cotas de gênero 
e raciais em editais. Lutamos pelo fortalecimento do PMLLLB – Plano 
Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca. Fomento à produção 
cultural PCD. Fortalecimento das leis de fomento às linguagens culturais 
https://www.andreawerner.com.br/propostas
https://www.youtube.com/watch?v=70F0rFqrI_A
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já existentes e a aprovação em leis de outras. SP Cidade da Música; Reggae 
é Lei. Pela arte de rua e a cultura periférica. Criação de novos fomentos 
às artes visuais e a literatura. Novo PL para os programas de formação 
Piá e Vocacional. Pela fiscalização e monitoramento do retorno dos 
equipamentos da SMC no pós Covid 19. Por uma reestruturação da 
Secretaria Municipal de Cultura com a criação concurso público para 
novos servidores para melhor atender a futura lei do Sistema Municipal 
de Cultura. Regulamentação e implantação do Fundo Municipal de 
Cultura. Gestão compartilhada dos equipamentos da SMC. 
Fonte: Site Inti Queiroz 
 
Luana Alves, candidata a vereadora, São Paulo. 
Infância 
• Reformar e equipamentos públicos como praças, quadras 
poliesportivas e bibliotecas, para que as crianças e adolescentes possam 
usufruir destes espaços 
Fonte: Site Luana PSOL 
 
Nabil Bonduki, candidato a vereador, São Paulo. 
Coletivo + Direito à Cidade 
O que defendemos? 
A cidadania cultural, a qualificação das bibliotecas e museus, o 
patrimônio cultural, ampliação do fomento ao teatro, à dança, ao 
audiovisual, à cultura periférica e às ocupações dos espaços públicos por 
coletivos. 
Fonte: Folder digital 
 
http://intiqueiroz.com/projeto-de-futuro/
https://luanapsol.com.br/propostas/infancia/
https://maisdireitoacidade.com.br/wp-content/uploads/2020/11/FolderNabilWeb-1.pdf
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Richard Maguim, candidato a vereador, Caconde. 
BIBLIOTECA 
No prédio centenário onde fica a Biblioteca Municipal de 
Caconde já funcionou o Fórum, a Delegacia e a Cadeia de nossa cidade. 
A edificação que no passado aprisionava pessoas, hoje é símbolo 
da liberdade, pois a biblioteca guarda o conhecimento, que nos enriquece 
de sabedoria e proporciona verdadeira emancipação. 
Enxergando a biblioteca pública como espaço de acesso à 
cultura e ao consequente exercício da cidadania, pretendo valorizá-la, 
fazendo com que o poder público se atente mais para a existência de tão 
importante patrimônio, por isso pretendo: 
a) agir no sentido de tornar nossa biblioteca um lugar ainda 
mais vivo; 
b) trabalhar para a renovação de seu acervo; e 
c) lutar para a melhora de seu espaço físico, um serviço que 
requer intensa demanda junto ao poder executivo e diálogo junto à 
comunidade cacondense. 
A biblioteca não é mero depósito de livros, pode ser um local 
inovador, de múltiplas funções culturais e educacionais; nesse sentido 
buscarei meios para efetivamente torná-la um ponto que atraia cidadãos 
de todas as idades, desenvolvendo nela projetos literários com a ajuda de 
leitores, estudantes, professores, escritores e outros artistas. 
A informação, verdadeira e completa, deve chegar a todos, 
desde os livros didáticos até políticas públicas construídas juntamente 
com a população. 
Fonte: Facebook 
 
https://www.facebook.com/100002072550586/posts/3479873398758378/?sfnsn=wiwspwa
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Toninho Vespoli, candidato a vereador, São Paulo. 
O que o vereador Toninho Vespoli está fazendo pela cultura? 
PMLLLB PLANO MUNICIPAL DO LIVRO, LEITURA, 
LITERATURA E BIBLIOTECA 
Esteve presente na luta pelo Plano Municipal e na defesa do seu 
conselho que foi brutalmente atacado na gestão do ex secretário de 
Cultura, André Sturm. 
 
CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS BIBLIOTECAS 
Foi contra a privatização das bibliotecas municipais e, ao lado 
de bibliotecários(as) propôs o “abraçaço” no Centro Cultural Vergueiro, 
que devido ao sucesso da mobilização, fez o processo ser barrado. 
Fonte: Folder digital 
 
 
https://toninhovespoli.com.br/wp-content/uploads/2020/10/Cultura_2.pdf
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Legislação e documentos essenciais 
Em 1998 e em 2001, o CRB-8 elaborou um documento com 
compilação de propostas para planos de governo, “Propostas do CRB-8 
para Planos de Governo”. Desde então, houve uma significativa evolução 
do ponto de vista legal para a área de livro, leitura e bibliotecas. 
Selecionamos algumas leis e documentos essenciais. Essa 
seleção está aberta para sugestões e complementações. Envie sua 
contribuição. 
 
Lei do Livro 
Lei 10.753, de 30 de outubro de 2003. Institui a Política 
Nacional do Livro. 
 
Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL 
Portaria Interministerial nº 1.442, de 10 de agosto de 2006. 
Institui o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), de duração trienal, 
tendo por finalidade básica assegurar a democratização do acesso ao livro, 
o fomento e a valorização da leitura e o fortalecimento da cadeia 
produtiva do livro como fator relevante para o incremento da produção 
intelectual e o desenvolvimento da economia nacional. 
Decreto 7.559, de 01º de setembro de 2011. Dispõe sobre o 
Plano Nacional do Livro e Leitura - PNLL e dá outras providências 
Decreto 9.930, de 23 de julho de 2019. Altera o Decreto nº 
7.559, de 1º de setembro de 2011, que dispõe sobre o Plano Nacional do 
Livro e Leitura. 
 
http://www.crb8.org.br/wp-content/uploads/2020/07/PROPOSTA-DO-CRB-8-PARA-PLANOS-DE-GOVERNO-1998.pdf
http://www.crb8.org.br/wp-content/uploads/2020/07/PROPOSTAS-DO-CRB-8-PARA-PLANOS-DE-GOVERNO-2001.pdf

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