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Dr. Hugo Mozer Barros Eustáquio ORIFÍCIOS. CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX Engenharia Civil Hidráulica Estudo dos orifícios. Orifícios são perfurações geralmente em forma geométrica definida feitas abaixo da superfície livre do líquido em paredes de reservatórios, tanques, canais ou canalizações. Classificação: Quanto a forma ➔ circulares, retangulares; Quanto as dimensões relativas ➔ pequenos e grandes. Quanto a natureza da parede ➔ em paredes delgadas e em paredes espessas. CONCEITOS IMPORTANTES. Classificação dos orifícios Estudo dos orifícios. As paredes são consideradas delgadas quando o jato do líquido apenas toca a perfuração em uma linha que constitui o perímetro do orifício. Em uma parede espessa, verifica-se a aderência do jato. ❑Orifício com parede delgada é obtido com a chapa fina ou pelo corte em bisel. Esse acabamento não é necessário quando a espessura e da chapa é inferior a 1,5 vezes o diâmetro nominal (DN) do orifício. ❑Espessura e maior que 1,5xDN o jato poderá colar no interior da parede transformando-o em um orifício de parede espessa. ❑Se e estiver entre 2 e 3 vezes o DN, teremos um bocal. e<1,5DN e>1,5DNBisselada CONCEITOS IMPORTANTES. Classificação dos orifícios Estudo dos orifícios. ❑Após o toque nas bordas os filetes de água continuam a convergir até uma secção A2 contraída chamada de vena contracta. ❑Coeficiente de contração => Relação entre a área da secção contraída e a área do orifício. Cc = A2 / A O valor médio de Cc é 0,62. Mas há valores tabelados associados a altura da carga h e diâmetro dos orifícios. CONCEITOS IMPORTANTES. Coeficiente de contração nos orifícios Estudo dos orifícios. Aplicação Bernoulli na secção 1 e 2. ➔ Velocidade de aproximação (V1) é muito pequena em relação a V2. Considerando o caso mais comum que é a veia líquida escoando na atmosfera: P1 = Pa = P2 Expressão de Torricelli CÁLCULO DA VAZÃO EM ORIFÍCIOS. v2 2 = 2. g. ℎ + 𝑃1 −𝑃2 𝛾 Reorganizando a equação: 𝑣2 = 2𝑔ℎ Estudo dos orifícios. V2 é uma velocidade teórica porque não considera as perdas existentes, na verdade V2,real < V2. Para isso introduz o coeficiente de redução de velocidade Cv Cv = V2,R/V2 O valor médio de é 0,985. A vazão será dada por: Q = A . V = A2 . V2,R Denomina-se Coeficiente de descarga, Cd: CÁLCULO DA VAZÃO EM ORIFÍCIOS. Com a dificuldade de determinação de A2, usa-se o coeficiente de contração: Cc = A2 / A 𝑄 = 𝐴1. 𝐶𝑐. 𝐶𝑣 2. 𝑔. ℎ 𝐶𝑑 = 𝐶𝑐. 𝐶𝑣 𝑉2, 𝑅 = 𝐶𝑣. 𝑉2 = 𝐶𝑣 2. 𝑔. ℎ Estudo dos orifícios. Então tem-se: Fórmula geral para pequenos orifícios. Para orifícios em geral: CÁLCULO DA VAZÃO EM ORIFÍCIOS. 𝑄 = 𝐴. 𝐶𝑑 2. 𝑔. ℎ 𝐶𝑑 = 𝐶𝑐. 𝐶𝑣 = 0,62 . 0.985 = 0,61 Estudo dos orifícios. ❑Veia escoando em massa líquidas. ❑A expressão de Torricelli deve ser mantida porém a carga h deve ser considerada a diferença entre as cargas montante e jusante (h1-h2). ❑Coeficientes de descargas são ligeiramente inferiores aos indicados para orifícios com descarga livre. ORIFÍCIOS AFOGADOS ABERTOS EM PAREDES VERTICAIS DELGADAS. 𝑣2 = 2𝑔ℎ ℎ = ℎ1 − ℎ2 Estudo dos orifícios. Em algumas situações a contração da veia pode ser afetada, modificada ou até mesmo suprimida, alterando a vazão (pelo aumento da pressão). Para que seja completa a contração é preciso que o orifício esteja localizado a uma distância do fundo ou das paredes laterais. Caso isso não ocorra é necessário uma correção no coeficiente de descarga. CONTRAÇÃO INCOMPLETA DA VEIA 𝐶′𝑑 = 𝐶𝑑. (1 + 0,15. 𝑘) Estudo dos orifícios.Exercício 01 Em uma fábrica encontra-se a instalação indicada no esquema, compreendendo dois tanques de chapas metálicas, em comunicação por um ofício circular de diâmetro DN = “d”, seguindo de uma descarga para a atmosfera através de um orifício quadrado com lado de 0,1m, rente ao fundo. Determinar o valor máximo de “d” para que não haja transbordamento no segundo tanque. Estudo dos orifícios. Referências Básica: Bibliografia Básica: AZEVEDO NETO, J.M. et al. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1998. MACINTYRE, A. J. Bombas e Instalações de Bombeamento. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1980. HOUGHTALEN, R. J.; HWANG, N H C; AKAN, A. O. Engenharia Hidráulica. São Paulo: Pearson, 2012. Bibliografia Complementar: SANTOS, SÉRGIO LOPES DOS. Bombas & Instalações Hidráulicas. LCTE Editora, 2007. BAPTISTA, Marcio; LARA, Marcia. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. 3 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2010. COUTO, L. M. M. Elementos da Hidráulica. 1 ed. Brasília: UNB, 2012. FALCO, Reinaldo de. Bombas Industriais. Rio de Janeiro: Interciência, 1998. BRUNETTI, Franco. Mecânica dos Fluidos. 2 ed. São Paulo: Pearson, 2008.