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( UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG364 – PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE CALOR ) SÍNTESE DE SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA AMANDA SOUZA CÁTIA LARISSA JAMILE SERRA SALVADOR, JUNHO/2010 SÍNTESE DE SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA (AVALIAÇÃO III) Versão da 3ª avaliação, referente à Integração Energética de Redes de Trocadores de Calor, na disciplina ENG364, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial à obtenção de aprovação. PROFESSOR: SILVIO VIEIRA DE MELO AMANDA FIGUEIREDO CÁTIA LARISSA JAMILE SERRA TURMA B 2 SUMÁRIO SÍNTESE DE SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA 1 INTRODUÇÃO 5 DADOS DO SISTEMA 7 CONCLUSÕES 10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10 [2] Novazzi, Luis Fernando. “Dinâmica e controle de redes de trocadores de calor”, Campinas-SP, 2007. 10 OBJETIVO O presente trabalho tem o objetivo de propor uma rede de trocadores de calor para um dado sistema através do Método Heurístico determinando: · O fluxograma da rede · A carga térmica e área de cada trocador · Consumo de utilidades e custos O problema consiste em, dados um conjunto de correntes quentes, um conjunto de correntes frias e um conjunto de utilidades, determinar um sistema capaz de conduzir as correntes das suas temperaturas de origem às suas temperaturas de destino. INTRODUÇÃO Plantas químicas são tradicionalmente grandes consumidoras de energia, principalmente em processos de fabricação de commodities. Levando-se em conta aspectos econômicos e de produtividade, é interessante que se faça o uso eficiente e racional de energia nesses processos. É comum encontrar em vários processos químicos, correntes que precisam ter suas temperaturas ajustadas, ou seja, correntes que precisam ser aquecidas (correntes frias) e correntes que precisam ser resfriadas (correntes quentes). Os ajustes das temperaturas das correntes de processo geralmente são promovidos através de trocadores de calor. A forma mais eficiente de realizar esses ajustes é através da integração energética das correntes do processo que consiste no aproveitamento do calor das correntes quentes para aquecer as correntes frias com o conseqüente o resfriamento das correntes quentes. A integração energética se dá por meio de uma rede de trocadores de calor na qual os equipamentos são interligados entre si. A integração, portanto, serve para reduzir o consumo de utilidades quentes e frias pelo processo e, adicionalmente, é vantajosa do ponto de vista ambiental, já que o calor rejeitado num processo químico representa um desperdício de combustível. No projeto da rede, o dimensionamento é baseado nas condições nominais de vazão e temperatura das correntes. Um dos métodos de construção de Redes de Integração Energética é o Método Heurístico descrito nos Capítulo 6 e 8 do livro “Engenharia de Processos” [1]. As regras heurísticas para síntese de uma rede de trocadores são descritas basicamente a seguir: Regra 1 – “Iniciar a síntese cogitando exclusivamente trocadores de calor casco- e- tubo, de passo simples, com escoamento em contracorrente.” “Regra 2-” “Seleção dos pares de correntes com base nas temperaturas em que elas devem entrar e sair do trocador” Para a seleção dos pares de corrente, existem dois critérios: RPS "Selecionar a corrente quente com a maior temperatura de entrada e a fria com a maior temperatura de entrada ou, de forma equivalente, selecionar a corrente quente com a menor temperatura de entrada e a fria com a menor temperatura de entrada." PD "Selecionar a corrente quente com a maior temperatura de entrada e a fria com a maior temperatura de saída" Regra 3- "Efetuar a troca térmica máxima entre as correntes escolhidas, respeitando as restrições quanto às temperaturas nas extremidades do trocador." (ΔT de 'approach') As regras devem ser aplicadas sistematicamente até que estejam esgotados todos os pares possíveis, realizando aquecimento e/ou resfriamento complementares quando necessário. Dessa forma, o método é aplicado para a definição dos pares de corrente, da seqüência de trocas térmicas e a quantidade de calor trocada por cada par. DADOS DO SISTEMA Os dados do sistema proposto são apresentados nas tabelas abaixo: CORRENTE W.Cp (kW/ºC) TO (ºC) Td (ºC) F1 2,2 40 205 F2 2,4 65 150 F3 2,5 95 205 Q1 3,2 250 120 Q2 2,5 205 65 TABELA 1: CORRENTES - VAZÕES E TEMPERATURAS DE ORIGEM E DESTINO UTILIDADE TEMPERATURA PROPRIEDADE Vapor Saturado 250 ºC Calor Latente 0,48 kWh/kg Água Entrada 30 ºC Cp 0,00116 kWh/kg ºC Saída 60 ºC (máx) TABELA 2: UTILIDADES - TEMPERATURAS E PROPRIEDADES EQUIPAMENTO U (kW/m² ºC) Trocador, Resfriador 0,75 Aquecedor 1 TABELA 3: EQUIPAMENTOS - COEFICIENTES GLOBAIS W = vazão mássica Wa (Consumo total de água) kg/h Wv (Consumo total de vapor) kg/h Ca (Custo unitário da água) 0,0005 R$/kg Cv (Custo unitário do vapor) 0,0015 R$/kg Cutil (Custo de Utilidades) R$/ano Cutil=8500*(CaWa+CvWv) Ccap (Custo de Capital) R$/ano Ccap=0,1*IE IE (Custo de Investimento) R$/ano IE=900*A0,024 A (Área de Troca) m² CT (Custo Total) R$/ano CT=Cutil+Ccap TABELA 4: DADOS PARA AVALIAÇÃO ECONÔMICA EQUAÇÕES BÁSICAS As equações básicas de troca térmica utilizadas para a construção de redes de trocador de calor são: Q = WCp(TSF-TEF) (1) Q = WCp(TEQ-TSQ) (2) Q = UAΔTML (3) onde TEQ Temperatura de entrada da corrente quente TSQ Temperatura de saída da corrente quente TEF Temperatura de entrada da corrente fria TSF Temperatura de saída da corrente fria e: Os ΔT's de 'approach' são definidos como: (TEQ-TSF) e ( TSQ-TEF),como restrição, exige-se que ΔT's de 'approach' ≤ 10⁰C. DESENVOLVIMENTO Através das equações básicas foi calculada a oferta/demanda de cada corrente e construída a tabela abaixo: CORRENTE W.Cp (kW/ºC) TO (ºC) Td (ºC) OFERTA/DEMANDA (Kw) F1 2,2 40 205 363 F2 2,4 65 150 204 F3 2,5 95 205 275 Q1 3,2 250 120 416 Q2 2,5 205 65 350 TABELA 5: SITUAÇÃO DAS CORRENTES ANTES DA INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA Com os dados acima, foram feitos os cálculos de integração utilizando como ferramenta o software Excel®. A memória de cálculo encontra-se anexada neste trabalho. RESULTADOS Aplicado o método Heurístico, foi possível propor uma possível rede de integração das correntes do sistema proposto. A Figura 1 apresenta o fluxograma da rede: Figura 1: Fluxograma da rede. A Tabela 6 apresenta as cargas térmicas e áreas de cada trocador e o consumo de utilidades correspondentes, quando existente: CARGA TÉRMICA (Kw) ÁREA (m²) CONSUMO DE UTILIDADES (kg/h) 1 275 6,5 - 2 341 25,7 - 3 141 4,0 - 4 22 0,4 46 5 63 0,6 131 6 9 0,5 388 TABELA 6: TROCADORES DE CALOR – CARGA TÉRMICA, ÁREA E CONSUMO DE UTILIDADES Com base na rede obtida, foram calculados os custos associados à aquisição dos trocadores e consumo de utilidades: Wa (Consumo total de água) 388 kg/h Wv (Consumo total de vapor) 177 kg/h Ca (Custo unitário da água) 0,0005 R$/kg Cv (Custo unitário do vapor) 0,0015 R$/kg Cutil (Custo de Utilidades) 3906,52 R$/ano Ccap (Custo de Capital) 549,82 R$/ano IE (Custo de Investimento) 5498,23 R$/ano A (Área de Troca) 37,7 m² CT (Custo Total) 4456,34 R$/ano TABELA 7: CUSTOS ASSOCIADOS À REDE CONCLUSÕES Aplicando o método Heurístico para a construção de uma rede de trocadores, foi possível propor um dentre os diversos arranjos possíveis. A rede apresentada não necessariamente representa a rede ótima, ou seja, aquela que acarreta o menor custo. Para determinar tal solução ótima é necessária a análise de outras possíveis redes aplicando outras metodologias de síntese a exemplo do Método Evolutivo descrito no capítulo 8 do livro “Engenharia de Processos” [1]. Para fins didáticos, porém, é satisfatória a determinação de uma rede ilustrativa como forma de aplicação prática do método estudado. Além disso, na abordagem apresentada não foram levados em conta outros aspectos importantes, tais como: · A integração das correntes de processo pode levar a plantas desnecessariamente complexas e inclusive potencialmente perigosas. · Procedimentos de partida e parada de planta podem ficar difíceis e até mesmo inviáveis em função da complexidade da planta · A distância física entre correntes que são integradas não é considerada. Isso pode implicar em maior gasto com bombeamento de correntes, despesas com tubulação, etc. · O controle de uma rede complexa não é trivial. Uma perturbação na temperatura ou na vazão de uma corrente pode afetar um grande número de correntes de processo. Tais aspectos são de extrema importância quando se trata de processos reais e, por isso, métodos de integração mais complexos costumam ser empregados. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] C.A.G. Perlingeiro. “Engenharia de Processos”, Ed. Edgard Blücher, São Paulo-SP, 2005. [2] Novazzi, Luis Fernando. “Dinâmica e controle de redes de trocadores de calor”, Campinas-SP, 2007. MEMÓRIA DE CÁLCULO
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