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Prática de Ensino em Biologia - Atividade Reflexiva 4

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Prática de Ensino de Biologia no Ensino Médio
	Alun@: Fernanda Oliveira da Silva
	RGM: 24360155
	Polo: Capão Redondo
	Tutora: Andrea Charquesi 
A importância do estágio obrigatório e como a ligação entre a Universidade e as escolas de Educação Básica contribui para a formação de novos professores.
 O desenvolvimento profissional dos docentes é um processo que envolve a compreensão das situações concretas que se produzem nos contextos escolares onde eles atuarão. Para isso, um dos elementos mais importantes dessa formação é, sem dúvida, o momento do estágio. É nesta etapa que o acadêmico tem a oportunidade de ver aliadas a teoria e a prática, possibilitando-o estabelecer articulações entre estas, construindo, assim, seus saberes docentes e sua formação profissional. Para tanto, é preciso que este acadêmico assuma um papel mais ativo em termos de formação e atuação profissional.
 A finalidade do estágio é propiciar ao aluno uma vivência da realidade onde exercerá sua função docente. Para tanto, as atividades de estágio devem permear ações de análises críticas, questionamentos e práticas de ensino com uma forte ligação às teorias educacionais vigentes. 
 A Resolução CNE/CP 1/2001 assim como o Projeto Pedagógico do curso de Ciências Biológicas UFG (2003), preconizam que o estágio curricular supervisionado deverá ser realizado em escolas de educação básica, a partir do início da segunda metade do curso e ser avaliado conjuntamente com a instituição formadora e a escola campo. Para Barreiro e Gebran (2006) o estágio deve ser entendido como espaço em que os saberes pedagógicos não ocorrem de forma estanque, mas sim pela interação entre as várias áreas de conhecimento. Os autores ainda argumentam que o estágio deve propiciar aos estudantes não apenas a vivencia em sala de aula, mas também o contato com a dinâmica escolar nos seus mais diferentes aspectos. 
 O Estágio deve ser um canal de ligação entre a Universidade e as escolas de Educação Básica. Esta ligação deve proporcionar aos alunos estagiários uma reflexão da realidade escolar vivenciada para, a partir daí, contribuir com a construção de novas idéias educativas. Para Krasilchik (2008) a relação entre Universidade e escolas não pode caracterizar como cobrança ou fiscalização das ações educativas, mas uma ação cooperativa, visando a melhoria do ensino. Diferentes autores têm argumentado sobre a necessidade de uma relação prática mais próxima entre as instituições formadoras e as escolas campo de estágio. Dentre esses autores podemos destacar Kulcsar (1991), este autor, afirma que o estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática a ser cumprida formalmente, muitas vezes desvalorizado nas escolas onde os estagiários buscam espaço, mas sim como uma ação prática, dinâmica, profissional, produtora, de troca de serviços e de possibilidades de abertura para mudanças. 
 De acordo com os Referenciais Nacionais para a Formação de Professores (1999) é preciso levar em conta as novas demandas da atuação do professor para pensar ou repensar os processos de formação inicial nas Instituições formadoras. A promoção de debates em torno da temática é fundamental para a construção de propostas que desenvolva a autonomia profissional do futuro professor, bem como as competências necessárias para a boa atuação docente.
 O estágio curricular supervisionado obrigatório é uma etapa crucial para o discente universitário, uma vez que vivenciará de forma crítica e reflexiva sua futura profissão. 
 Esse momento da formação – estágio – é respaldado por leis trabalhistas e educacionais. A primeira vez que o estágio supervisionado no ensino – prática de ensino – foi estabelecido na legislação deu-se a partir do Parecer do Conselho Federal de Educação n.º 292, em 14 de novembro de 1962, que tratava como requisito obrigatório para todos os cursos de formação de professores.
 O estágio no ensino é classificado por alguns autores em três tipos: curricular obrigatório, curricular não obrigatório e monitoria. O primeiro trata-se do estágio que é ofertado como disciplina – grade curricular – durante a Graduação, em que o discente deve cumprir uma carga horária em alguma instituição de ensino, pública ou privada, realizando algumas atividades para obter no final uma nota e compor o histórico escolar do mesmo. Esse estágio ocorre de forma supervisionada pelo professor da escola – campo do estágio – e pelo professor da universidade. 
 O estágio não obrigatório é caracterizado como uma atividade complementar à formação do estudante, não sendo exigido pela Instituição de Ensino Superior (IES). Essa atividade pode ser realizada em parceria com alguma instituição conveniada com a IES, ou por meio de algum programa de incentivo à docência, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), mantido pelo Ministério da Educação – oferece bolsas a estudantes de cursos de Licenciatura Presencial para atuação em escolas da rede pública de ensino e que se comprometam a exercer a docência futuramente nas instituições públicas, ou até mesmo por iniciativa do próprio estudante universitário, sem ter vínculo com a IES. Muitas vezes, esse estágio ocorre de forma remunerada
 Já a monitoria consiste em o discente universitário auxiliar nas atividades docentes de determinada disciplina da Graduação – ou Pós-Graduação –, como na realização de aulas práticas e na resolução de exercícios com os alunos daquela disciplina. A monitoria ocorre sob a supervisão do professor orientador – responsável e/ou ministrante da disciplina. Portanto, o estágio supervisionado na Licenciatura (Figura 1) trata-se de um período de experiência em que o discente universitário poderá aplicar a teoria de forma prática para eliminar futuras falhas, aprofundar os conhecimentos em determinada área, como a Biologia, e possibilitar uma aprendizagem significativa em relação à futura profissão de professor por meio da vivência da realidade escolar. Dessa maneira, o discente deverá aliar o conhecimento específico da área com o conhecimento didático para a sua formação docente.
 Na pratica do estagio, o estagiário aprenderá a melhor forma de atuar em sala de aula. Já que durante toda a sua vida teve professores diferentes que jamais gostaria de ser, ou outros pelos quais teve bastante admiração, buscará motivação para fazer um ótimo trabalho durante o período de estágio; assim como depois, quando se tornar professor efetivo. Logo, o estagiário é previamente construído para o que é ser um bom professor ou o que gostaria de ser. 
 O estágio supervisionado é regido por toda legislação supracitada, em que a IES deve exigir do universitário o cumprimento da carga horária. Para isso, o estagiário realiza algumas atividades inerentes à docência, tais como visita e análise do campo de estágio – escola –, observação da regência do professor supervisor, planejamento, regência propriamente dita, atividades complementares – por exemplo, oficinas, palestras, minicursos, resolução de exercícios, entre outras – e avaliação. 
 Em relação à escola, é importante atentar-se, principalmente, na escolha da mesma, se será particular ou pública, a localidade e até mesmo a afinidade ou não com os profissionais do local. Depois disso, uma boa recepção pela equipe gestora do local fará toda a diferença. É fundamental que o estagiário observe toda a estrutura física disponível (figuras 5 e 6), tais como pátios, jardins, quadras de esportes, bibliotecas, laboratórios, praças, salas de aula, entre outros elementos, bem como os recursos didáticos disponíveis, a fim de que haja um bom planejamento. Vale ressaltar que, muitas vezes, a escola particular oferecerá uma infraestrutura melhor (Figura 6). Além do mais, o estagiário deve observar o funcionamento de toda a escola, tanto pedagógico quanto gestor, ficar a par dos documentos norteadores do ensino – por exemplo, o projeto político-pedagógico –, como ocorre a relação entre escola e comunidade e quais eventos a escola promove durante o ano letivo.Por fim, é fundamental que os sujeitos que realizam o processo de ensino-aprendizagem observem essas leis, assim como o momento político da época, a fim de proporcionar um processo de construção do conhecimento significativo para todos os envolvidos
 A melhoria da formação inicial docente passa necessariamente pela mudança de pensamento dos professores formadores e da postura político-pedagógica das instituições de formação em relação às licenciaturas e como resultado das mudanças no pensar o estágio curricular supervisionado. 
 O não cumprimento de diretrizes educacionais compromete o avanço das discussões em torno de uma prática de ensino inovadora que prepara o aluno com competências necessárias para o exercício da profissão de professor. Os problemas de ensino e aprendizagem em ciências e biologia têm uma forte ligação com as deficiências na formação dos professores marcada pela dificuldade em compreender a própria ciência e os processos educativos. 
 Há uma valorização excessiva das teorias em detrimento das práticas, esquecendo-se da transposição didática, fator primordial no processo de aprender. O desenvolvimento do estágio, enquanto disciplina do currículo dos cursos de licenciatura, isolada das demais, apresenta-se limitado para garantir uma boa formação docente. Nesta pesquisa os alunos apresentaram o estágio como um momento rico na formação, pois além de possibilitar o contato direto com a realidade da escola, permite dialogar com os sujeitos envolvidos no processo, formando assim sua identidade profissional. 
 No entanto, reclamam do distanciamento entre teoria e prática e da ausência de atividades didáticas desde o início do curso. Para superar essa dicotomia é necessária uma organização curricular capaz de estabelecer uma estreita ligação entre disciplinas específicas e as práticas de ensino, bem como entre a escola campo de estágio e a instituição formadora.
Referências Bibliográficas
BARREIRO, I. M. de F. e GEBRAN, R. A. Prática de ensino: elemento articulador da formação do professor. IN: Barreiro, I. M. de F. e Gebran, R. A. Práticas de ensino de estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006.
CASTOLDI, R.; POLINARSKI, C. A. Considerações sobre o estágio supervisionado por alunos licenciandos em Ciências Biológicas. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIA, 7., 2009, Florianópolis, SC
CORTE, A.C.D.; LEMKE, C.K. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE FRENTE AOS NOVOS DESAFIOS DE ENSINAR. DIsponivel em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/22340_11115.pdf Acesso em: 13/11/2020. 
FONSECA, M.R.; GALVÃO, L.C.M.S. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DA BIOLOGIA: CONTRIBUIÇÕES PARA FORMAÇÃO DOCENTE. Disponível em : https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/8941/45/O_estagio_supervisionado_no_ensino_da_biologia_contribuicoes_para.pdf Acesso em: 13/11/2020
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. São Paulo: Editora da USP, 2008. 
KULCSAR, R. O Estágio Supervisionado como atividade integradora. In: Piconêz, S. C. B. (Coor.) A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. Campinas-SP: Papirus, 1991. NÓVOA, A. (Coord.) Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1995.
PIMENTA, Selma G. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática? São Paulo: Cortez, 2012.
SILVA, R.A.O.; ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM BIOLOGIA: VIVENCIAR E REFLETIR A PRÁTICA. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/248/o/Regisnei_Aparecido_de_Oliveira_Silva__Elci_Ferreira_Mendes_Piochon_e_Susigreicy_Pires_de_Morais.pdf acesso em: 11/10/2020

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