POLITICA SOCIAL I O NOVO MODELO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL EXIGENCIAS E PERSPECTIVAS

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POLÍTICA SOCIAL I
O NOVO MODELO DE FORMAÇÃO 
PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL: 
EXIGÊNCIAS E PERSPECTIVAS
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Compreender a evolução da profissão Serviço Social;
2. conhecer a expectativa e as exigências que perpassam o profissional formado em Serviço Social;
3. conhecer a história e a evolução da profissão Serviço Social no Brasil e no mundo;
4. reconhecer a evolução da ciência Política Social ao longo da história.
Como vimos nas aulas anteriores, principalmente no Brasil, as primeiras manifestações do serviço social
emergem em meio à implantação do capitalismo: surgem duas classes sociais distintas e, com isso, a necessidade
da implementação de uma política social. No entanto, essas medidas sociais partiam da burguesia e tinham um
caráter "assistencialista" e visavam dominar a classe social mais baixa.
Segundo lamamoto, o serviço social dessa época pode ser descrito como:
" [...] reforço dos mecanismos do poder econômico, político e ideológico, no sentido de subordinar a
população trabalhadora às diretrizes das classes dominantes em contraposição à sua organização
livre e independente."(IAMAMOTO; CARVALHO, 1982, p. 96).
O Papel do assistente social neste cenário brasileiro era o de promover uma "tranquilidade social" que
permitisse o desenvolvimento industrial. Nesse período, a formação do assistente social estava vinculada à igreja
e possuía uma base essencialmente pessoal e moral.
Com o crescimento industrial desenfreado, a necessidade de implementação de políticas sociais era cada dia
maior, por isso, em 1935, a profissão é regularizada e, em 1936, surge a Primeira Escola de Serviço Social do
Brasil.
Situada em São Paulo, a Primeira Escola de Serviço Social do Brasil seguia o mesmo modelo de assistência social
já citado (doutrina assistencialista, baseada nos preceitos da igreja). No entanto, por volta de 1960, não só no
Brasil como no mundo inteiro, essa doutrina de assistência social como caridade começa a ser questionada e
surge um movimento de renovação na profissão denominado "Movimento de Reconceituação do Serviço Social".
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social teve caráter diferente em países distintos, de acordo com a
história política e social de cada um deles. No Brasil, por exemplo, com a implantação da ditadura militar em
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1969, o serviço social teve seu movimento de revolução “freado” e somente em 1970 voltou-se a refletir sobre as
aplicações do serviço social no país.
As reflexões do Movimento de Reconceituação do Serviço Social pautavam-se, entre outros, na necessidade
sentida pela classe ao interagir com a sociedade e os projetos sociais, em propor novas metodologias teóricas e
práticas de ação profissional voltadas para os movimentos populares.
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Por volta de 1982, motivada pela reconceituação do serviço social e pelas buscas de novas teorias, surge a
necessidade de uma reformulação no processo de formação do profissional em serviço social. Deste modo é
aprovado um “Novo Currículo Mínimo para os Cursos de Serviço Social”.
Esse novo currículo propunha uma mudança no caráter assistencialista da profissão e proporcionava uma maior
reflexão acerca da necessidade de projetos sociais voltados para o interesse do povo e não como forma de
domínio da burguesia sobre o povo. Para tais estudos, tinha-se como base o pensamento teórico de Marx.
Apesar do caráter inovador do currículo proposto em 1982, era perceptível que as barreiras do assistencialismo
social como caridade, baseadas no pensamento católico, ainda não tinham sido totalmente rompidas.
Por isso, as discussões a respeito da profissão Assistente Social se prolongaram durante a década de 90, tendo
como principal avanço alcançado a revisão do código de ética profissional em 1993.
(Fonte: < >.), a construção de diretrizes curriculareshttp://www.cfess.org.br/arquivos/CEP2011_CFESS.pdf
aprovada em 1996.
http://www.abepss.org.br/briefing/graduacao/Lei de Diretrizes Curriculares 1996.pdf
As Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social apresentam a "questão social" como eixo central,
compreendendo que "A perspectiva é, então, aprofundar a compreensão da 'questão social' como elemento que
dá concretude à profissão, ou seja, que é 'sua base de fundação histórico-social na realidade', e que nesta
qualidade, portanto, deve constituir o eixo ordenador do currículo." (ABESS,1997, p. 20-21).
Nesse sentido, a formação do profissional de serviço social objetiva capacitar e orientar os seus profissionais a
intervirem nas questões sociais.
Diante de todas essas reflexões e mudanças perante a profissão serviço social, pode-se perceber uma mudança
em relação à visão conservadora de controle e mediação através de projetos sociais.
No entanto, como pudemos perceber ao longo desse curso, o serviço social foi algo implantado tardiamente no
mundo, principalmente no Brasil. Isso quer dizer que seus estudos ainda encontram-se em discussão e muitas
mudanças, tanto curriculares como práticas no âmbito desta profissão, ainda precisam ser feitas.
Trata-se de uma ciência recém-explorada e que durante muito tempo foi voltada apenas para o benefício de uma
determinada parte da sociedade.
Obviamente, podemos verificar na sociedade brasileira, por exemplo, resquícios de uma política social
conservadora, tais como programas do governo que oferecem "recompensa" por crianças na escola, quando na
verdade deveria ser um dever governamental oferecer escola de qualidade para todos.
Porém, mesmo com os problemas ainda existentes, há de se concluir ao longo dessas 10 aulas que tivemos que o
Serviço Social, não só no Brasil como no mundo, evoluiu consideravelmente.
http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP2011_CFESS.pdf
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Lembremos, por exemplo, da aula 1 em que a discussão principal era a diferença entre Política Social e Política
Pública...
A essa altura de nossos estudos já conseguimos identificar a diferença entre essas duas vertentes e já podemos
considerar como dever do governo: oferecer Políticas Públicas eficazes para o bem-estar da população. Já para o
papel do assistente social, vimos que é preciso promover Políticas Sociais, baseadas em histórias, políticas e
teorias, que proporcionem tal bem-estar.
Durante muitos anos essa visão não foi tão clara!
Para terminar a nossa disciplina, deixo vocês com uma reflexão: O que ainda é preciso mudar na Política Social
Brasileira para que ela se torne eficaz? Lembre-se que você também faz parte dessa história!
Até a próxima!
O que vem na próxima aula
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