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LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA (LLA) DEFINIÇÃO: são neoplasias compostas por células B (pré-B) e T (pré-T) imaturas, as quais são hamadas de linfoblastos. →Maior incidência de dois a cinco anos (principalmente o tipo pré-B – idade em que o número de células normais pré-B está maior); tipo pré-T tem uma maior incidência em adolescentes (idade em que o timo alcança seu tamanho máximo); → Mais desafiadora para terapia em adultos; → acima de 50 anos (EUA) – o brasil não tem dados; → mais frequente em áreas urbanas e em caucasianos; → exposição ao álcool, tabaco, pesticidas ou a irradiação eletromagnética; → menos de 5% dos casos estão definitivamente associados com síndromes genéticas predisponentes como a síndrome de Down, síndrome de Bloom, ataxia-telangectasia e síndrome de Nijmegen; → câncer mais comum em crianças; → mais frequente em meninos. Inicio repentino e violento Apresentação de sintomas constitucionais: ▪ Febre; ▪ Sudorese noturna; ▪ Perda de peso; ▪ Sangramento cutâneo – mucoso; ▪ Infecções. LLA do tipo B: infiltração do sistema nervoso central (10% dos pacientes); parestesias do mento podem indicar essa complicação. LLA do tipo T: sinais referentes à presença de massa mediastinal como dispneia, broncoespasmo, derrame pleural ou pericárdio e síndrome da veia cava superior. Estas massas podem estar associadas com linfadenopatia e esplenomegalia. Obs. envolvimento testicular deve ser sempre investigo em crianças, mas não em adultos. Citogenética convencional + um conjunto de técnicas adicionais para a estratificação do risco diagnostico. Detecção de translocações cromossômicas: técnicas de hibridização in situ com sondas florescentes (FISH) ou PCR, após transcrição reversa (RT-PCR). ✓ Ferramenta confiável e de baixo custo com protocolo padronizado. Translocações com parceiros múltiplos: o FISH com sondas break apart é a melhor abordagem. → O número cromossômico pode ser avaliado por citogenética convencional ou FISH com sondas contromêricas para os cromossomos normalmente afetados por alterações numéricas. → técnicas modernas de alta resolução, como: ▪ investigação de perfis de expressão gênica por microarrays ▪ avaliação de numero de copias por hibridização genômica comparatica ▪ SNP-array Mas não são usados na abordagem convencional. Conhecimento incompleto das leucemogênese. Aproximadamente 90% das LLAs têm alterações cromossômicas estruturais ou numéricas. A mais comum é a hiperploidia (> 50 cromossomos), mas a hipoploidia e uma variedade de translocações cromossômicas equilibradas. Essas alterações frequentemente se correlacionam ao imunofenótipo e algumas vezes ao prognóstico. Por exemplo, a hiperdiploidia e a hipodiploidia são observadas apenas na LLA-B. Além disso, as LLAs-B e -T estão associadas a condições envolvendo translocações completamente diferentes, indicando que são patogeneticamente distintas. Complexo, requer minimamente dois eventos leucemonogênicos. Diferente de tumores sólidos, anormalidades genômicas amplas e aumento do número de copias em grande escala não são características da LLA, em que a maioria das alterações comumente envolve um gene simples ou poucos genes. As deleções recorrentes envolvem genes da ontogenia linfoide: ▪ supressores de tumor (NF1, PTEN, RB1, ATM), ▪ reguladores de apoptose (BTG1), ▪ microRNAS (mir15/16), ▪ receptores de esteroides (NR3C1-2) Em média, foram identificadas 6 lesões por caso, p/ cada subtipo molecular. Obs. com exceção da LLA MLL+ em que menos de uma lesão foi observada, sugerindo que rearranjos de MLL são eventos oncogênicos com maior potencial para induzir leucemia. Estudos identificaram deleções, amplificações, mutações pontuais e reordenamento estruturais de genes. Ex. deleção bialélica ou silenciamento epigenético de CDKN2A/B que codifica os supressores de tumor p16INK4A e p14ARF, e cuja inativação neutraliza as vias tanto de p53 quanto do retinoblastoma (Rb). LLA PHILADELPHIA + (LLA PH+) O cromossomo Ph+ é resultado da translocação (9;22)(q34;q11); ou seja, fusão do gene BCR que está no cromossomo 22 com o gene ABL1 que está no cromossomo 9 Maior frequência em adultos. A incidência desse cromossomo aumenta com a idade, ocorrendo em 50% dos pacientes com LLA precursor B > 60 anos. Estudos no SNP mostram que as LLA Ph+ exibem mutações do gene IKZF1. A delação desse gene sugere papel central de IKAROS na leucemogênese. A presença dessa mutação também se associa com a alta de DRM9. LLAS DE ORIGEM T Fenótipo T é mais frequente em adultos e envolve os genes dos receptores de células T (TCR) É uma doença agressiva A doença derivada de precursores T precoces tem um perfil de expressão gênica particular, imunofenótipo imaturo (CD8-, CD1a-) incluindo coexpressão de marcadores de célula tronco e mieloide. O subtipo T mais frequente (LLA T tímica CD1a+): o superexpressão de TLX1 causada pela t(10;14) (q24;q11) foi associada com melhor prognóstico. o superexpressão de TLX3 causada pela t(5;14)q35;q32), foi associada com um risco alto de recaída. A superexpressão de TAL1, originada por uma deleção submicroscópica no cromossomo 1, resultando na fusão SIL–TAL1, parece estar associada a uma boa resposta terapêutica. Mais de 50% dos casos de LLA-T apresentam mutações em NOTCH1, que codifica um receptor que regula o desenvolvimento normal T. o O engajamento de NOTCH1 inicia uma cascata de clivagem proteolítica, mediada por metaloproteases ADAM e gamma-secretases, o A cascata é finalizada na clivagem do domínio intracelular de NOTCH1, levando à transcrição de genes alvo. o As mutações determinam a ativação constitutiva dessa via o representam os eventos leucemogênicos primários. Ç A carga tumoral de células leucêmicas abaixo do nível de detecção dos métodos morfológicos convencionais é chamada de “doença residual mínima”. A utilização de um algoritmo correlaciona o número de células leucêmicas, a carga tumoral de um paciente ao diagnóstico e durante diferentes tempos do tratamento e a sensibilidade dos métodos de avaliação utilizados. Idealmente, no momento do diagnostico um paciente apresenta uma carga tumoral de 100%. Ou seja, o número de células leucêmicas no paciente no momento do diagnostico é de 1012 células (acima disso é incompatível com a vida). A aplicação de QT para a indução da remissão induz uma diminuição do clone que resulta em uma não detecção do mesmo pela morfologia (carga de 1010 células). Nesse ponto julga-se que o paciente está em RC. RC = base hematológica como: a presença de <5% de blastos em um aspirado de medula óssea; a ausência de células leucêmicas identificáveis no sangue periférico por inspeção com microscópio ótico e a regeneração da função hematopoiética normal. As técnicas que devem ser utilizadas para a detecção de DRM nas LLAs são: o citometria multiparamétrica – utiliza os antígenos associados às células leucêmicas e ausentes nas células normais o PCR – possui dois alvos principais podem ser utilizados para avaliação de DRM por PCR alterações moleculares específicas de tumor, de maneira relevante o BCR-ABL, e os rearranjos clonoespecíficos de imunoglobulinas (IG) ou receptores de células T (TCR). Detectam de 0-106 células e possuem frequências parecidas. Por apresentarem maior sensibilidade sendo, portanto, capazes de detectar baixos níveis de carga tumoral. Com o reconhecimento das restrições, procura- se a determinação de níveis de resposta preditivos da evolução clínica do paciente. Apesar do grande progresso obtido na cura da LLA, a principal falha dos protocolos terapêuticos continua a ser a recaída, ou seja, o ressurgimento da doença a partir de células residuais após o tratamento. Com exceção dos pacientes portadores deLLA de células B maduras, os quais são tratados com quimioterapia intensiva de curta duração (com altas doses de metotrexate, citarabina e ciclofosfamida); os demais pacientes seguem a terapia com: 1. Fase de indução de remissão; 2. Período de intensificação (consolidação) que leva meses; 3. Fase de manutenção por um período de dois a três anos. Durante as duas primeiras fases, existe ainda uma preocupação com o sistema nervoso central que determina a utilização de quimioterapia intratecal associada ou não à radioterapia como medida profilática. Indução a remissão: erradicar mais de 99% da massa tumoral e restaurar a hematopoese normal. Administração de glicocorticoides, vincristina e uma terceira droga, segundo como modelo os programas alemães BFM. Obs. a remissão é obitida em 96 a 99% das crianças e 83 a 93% de adultos. Obs. adultos e alto risco usam quatro drogas. Consolidação: muito em discussão o tipo de tratamento, sua cronologia e o valor do transplante de medula óssea. Hoje em dia, se individualiza o tratamento de acordo com os fatores de risco; sendo que, a seleção de pacientes para tratamento mais agressivos é orientada pela avaliação da DRM estabelecido em protocolos pediátricos. Obs. transplante sem foi considerado em crianças que falharam no tratamento inicial, adultos não se tem dados e em LLA Ph deve ser sempre considerado – ademais, imatinibe desde o diagnostico e encaminhando precoce para a TCTH. Manutenção: cerca de 70% dos pacientes podem ser curados com 12 meses de tratamento, porém o tratamento deve ser continuado diante da incapacidade de identificar de forma absoluta aqueles indivíduos. Doses diárias de mercaptopurina e semanais de metotrexate constituem a base do tratamento de manutenção.a leucometria pode ser utilizada.
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