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Farmacologia -SN

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1 
Drogas que atuam no SNC 
Prof Jhonatan Calel 
FarmacÊutico e Bioquímico 
2 
Fármacos que Atuam no 
Sistema Nervoso Central 
• Anestésicos Gerais 
• Drogas usadas nos Distúrbios Motores: 
 Antiepilépticos e Antiparkinsonianos 
• Hipnóticos e Ansiolíticos 
• Antipsicóticos 
• Fármacos usados nos Distúrbios Afetivos 
• Fármacos de Uso Não-Médico 
3 
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL FUNCIONA 
COMO PROCESSADOR DE INFORMAÇÕES, 
MANTENDO A HEMOSTASIA DE VÁRIOS 
SISTEMAS, REGULANDO FUNÇÕES 
VEGETATIVAS E POSSIBILITANDO 
RACIOCÍNIO LÓGICO, JULGAMENTO E 
COMUNICAÇÃO SIMBÓLICA. 
RECEBE SINAIS DETECTADOS POR 
RECEPTORES PERIFÉRICOS E CONDUZIDOS 
POR VIAS AFERENTES SENSITIVAS. ANALISA, 
FILTRA, ARMAZENA E REELABORA ESSAS 
INFORMAÇÕES, PROGRAMANDO REAÇÕES 
MOTORAS, COMUNICADAS POR NERVOS 
EFERENTES A ÓRGÃOS EXECUTORES. 
O SISTEMA NERVOSO 
Sistema Nervoso 
Periférico 
Sistema Nervoso 
Central 
Encéfalo 
Medula 
Espinhal 
Nervos 
cranianos 
Nervos 
espinhais 
5 
TELENCÉFALO 
MESENCÉFALO 
DIENCÉFALO 
PONTE 
BULBO 
6 
DESTINA-SE A: 
Reagir aos estímulos 
Transmitir a excitação resultante com 
rapidez para outras partes da célula e para 
outros neurônios, céls musculares e 
glandulares. 
Mais de 100 bilhões (1011) de 
neurônios (células nervosas), estão 
integrados no tecido estrutural e 
funcional que é o encéfalo. 
O NEURÔNO É A 
UNIDADE BÁSICA DO 
SISTEMA NERVOSO 
7 
NEURÔNIO 
TRANSMISSÃO 
SINAPSE 
NEURÔNIO 
8 
SINAPSE 
É o local de contato de 
um neurônio com o outro. 
9 
No interior do neurônio gera-se um 
impulso elétrico, fruto de trocas 
iônicas transmembranas. 
O impulso nervoso é, na verdade, uma onda 
de despolarização propagada, causada pela 
passagem rápida de sódio do exterior para o 
interior da célula, com conseqüente 
diminuição da eletronegatividade da face 
interna da membrana. 
Descarga nervosa = potencial de ação, que se propaga 
até terminais nervosos. 
10 
Chegando aos botões terminais, os 
impulsos nervosos promovem a 
liberação de substâncias químicas 
especiais denominadas 
NEUROTRANSMISSORES. 
Neurotransmissores são sintetizados em várias partes da 
célula nervosa e armazenam-se em vesículas 
localizadas nos terminais sinápticos, de onde são 
liberados mediante impulso adequado. 
Na fenda, ligam-se a receptores pré e pós 
sinápticos. 
11 
Combinação com receptores pós-
sinápticos resulta em excitação ou 
inibição neuronais. 
Interação com receptores pré-sinápticos causa 
alterações em velocidade de síntese e liberação 
do próprio neurotransmissor em seu terminal 
nervoso = auto-regulação. 
12 
NEUROTRANSMISSORES DO SNC: 
• Colinérgicos : Acetilcolina 
• Monoaminas: Epinefrina, dopamina, 
histamina, norepinefrina e serotonina. 
• Aminoácidos: ác.glutâmico, ác. Aspártico, 
GABA, glicina e taurina. 
• Neuropeptídeos: Angiotensina II, 
glucagônio, neurotensina, opióides 
endógenos, substância P, ACTH, MSH,VIP. 
• Purinas: ATP, adenosina 
• Substâncias gasosas: NO, CO 
• Outras: Insulina, benzodiazepínicos. 
13 
Existem fibras nervosas em que se 
verifica predomínio de determinado 
neurotransmissor e que, por isso, 
constituem alguns sistemas 
específicos do SNC: 
•Noradrenérgico – norepinefrina 
•Colinérgico – acetilcolina 
•Dopaminérgico – dopamina 
•Serotoninérgico – serotonina 
•Peptídeos opióides endógenos: 
encefalinas, endorfinas e dinorfinas. 
14 
• Drogas de ação central ou psicotrópicas 
podem influenciar de modo seletivo ou 
generalizado determinadas funções 
cerebrais. 
• Estimulam funções: Estimulantes ou 
excitadores cerebrais. 
• Inibem funções: depressores cerebrais. 
•Excitatório: aumento de atividade de sistemas 
excitatórios ou inibição de sistemas inibitórios. 
•Depressores: estimulam sistemas inibitórios. 
15 
NEUROFÁRMACOS interferem no 
processo de síntese, armazenamento, 
recaptação intraneuronal e 
intravesicular, biotransformação e 
liberação de neurotransmissores. 
Podem também atuar em sítios 
receptores, acoplando-se e 
mimetizando a ação do 
neurotransmissor (agonistas) ou 
bloqueando-os (antagonistas). 
16 
Classificação das drogas psicotrópicas: 
• Ansiolíticos e sedativos: 
– Sinônimos: hipnóticos, sedativos, tranquilizantes 
menores. 
– Definição: drogas que causam sono e reduzem a 
ansiedade. 
– Ex: barbitúricos, benzodiazepínicos e etanol. 
• Drogas antipsicóticas: 
– Sinônimos: neurolépticos, tranquilizantes maiores, 
antiesquizofrênicos. 
– Definição: drogas eficazes no alívio dos sintomas 
da esquizofrenia. 
– Exemplos:clozapina, clorpromazina, haloperidol. 
 
17 
• Agentes antidepressivos: 
– Sinônimos: timolépticos 
– Definição: que aliviam os sintomas depressivos. 
– Ex: inib. da monoamina oxidase e antidep. 
tricíclicos. 
• Estimulantes psicomotores: 
– Sinônimo: psicoestimulantes 
– Definição: drogas que produzem vigília e euforia 
– Ex: anfetamina, cocaína e cafeína. 
• Drogas psicomiméticas: 
– Sinônimos: alucinógenos, drogas psicodislépticas. 
– Definição: drogas que causam distúrbios da 
percepção (aluc. Visuais) e do comportamento. 
– Ex: dimetilamida do ác lisérgico (LSD), mescalina e 
fenciclidina. 
18 
• Potencializadores da cognição: 
– Sinônimos: drogas nootrópicas 
– Definição: drogas que melhoram a 
memória e o desempenho cognitivo 
– Ex: tacrina, donepezil, piracetam. 
 
 
19 
DROGAS USADAS NOS 
DISTÚRBIOS MOTORES 
 
 ANTIEPILÉPTICOS 
 
 ANTIPARKINSONIANOS 
20 
21 
Processo convulsivo 
1- Há um desequilíbrio na proporção de 
moléculas excitatórias e inibitórias no 
cérebro. 
2- Os neurônios começam a transmitir 
informações desorganizadamente, essas 
mensagens chegam à medula. 
3- Neurônios na medula passam as "ordens" 
de contração para os músculos, gerando a 
convulsão. 
22 
• As crises podem ser generalizadas em toda a 
superfície cerebral e atingem todo o corpo - , 
ou parciais - que envolvem apenas uma 
região do cérebro, tendo efeito em apenas 
uma parte do corpo. Dependendo da área 
cerebral afetada, a pessoa não entra em 
convulsão, mas experimenta outras reações. 
• A-Pernas 
B-Tronco 
C-Braços 
D-Face 
23 
CRISE CONVULSIVA 
• A crise convulsiva clássica 
caracteriza-se pela perda 
repentina da consciência, 
acompanhada de contrações 
musculares violentas. 
 
24 
• A vítima de uma crise convulsiva sempre 
cai e seu corpo fica tenso e retraído. 
Em seguida ela começa a se debater 
violentamente e pode apresentar os 
olhos virados para cima e os lábios e 
dedos arroxeados. Em certos casos, a 
vítima apresenta sialorréia e perda de 
esfincteres. 
25 
• Estas contrações fortes duram de dois a 
quatro minutos. Depois disto, os 
movimentos vão enfraquecendo e a 
vítima recupera-se lentamente. 
• Pode ficar inconsciente ou com 
movimentos lentos e/ou confusão 
mental por vários minutos após a crise, 
o que representa o estado pós-
convulsivo (pós-ictal). 
 
26 
Causas de convulsões: 
• A crise convulsiva pode acontecer em 
conseqüência de: 
• febre muito alta, 
• intoxicações, 
• overdose de drogas, 
• abstinência alcóolica, 
• hipertensão na gravidez (eclâmpsia) 
• epilepsia ou lesões cerebrais. 
27 
Classificação Internacional das Crises 
Epilépticas: 
I) Crises Parciais (Locais ou Focais): 
 A) Crises Parciais Simples (sem envolv. consciência) 
 B) Crises Parciais Complexas (psicomotoras ou de lobo temporal, 
com alteração de consciência) 
 C) Crises Parciais Seguidas de Crises Generalizadas Secundárias 
(tônico-clônica, tônica ou clônica) 
II. Crises Generalizadas (convuls. e ñ-convulsivas) 
 A. Ausência (pequeno mal) 
 B. Crises Mioclônicas 
 C. Crises Clônicas 
 D. Crises Tônicas 
 E. Crises Tônico-clônicas (grande mal) 
 F. Crises Atônicas 
III. Crises Epilépticas Não-Classificáveis 
28 
Mecanismo de Ação dos 
Antiepilépticos 
1) Ação nos neurôniospatológicos, impedindo 
ou reduzindo a descarga neuronal 
excessiva. 
2) Redução da difusão da excitação e 
impedimento da detonação e da ruptura das 
funções dos agregados normais de 
neurônios 
3) Ação sobre lesões não-neuronais 
envolvidas na gênese do foco (redução isq.) 
-Potencialização ação do GABA – Inibição da 
função dos canais de sódio. 
29 
DROGAS ANTIEPILÉPTICAS 
1. Hidantoínas (Fenitoína) 
2. Barbitúricos (Fenobarbital) 
3. Desoxibarbitúricos (Primidona) 
4. Iminoestilbenos (Carbamazepina) 
5. Succinimidas (Etosuximida) 
6. Ácido Valpróico 
7. Oxazolidinadionas (Trimetadiona) 
8. Benzodiazepínicos (Diazepam) 
30 
Efeitos Adversos dos Antiepilépticos 
F á rm a c o E fe ito s A d v e r so s
F e n ito ín a H ip e rp la s ia g e n g iv a l, h ir s u ti sm o , so n o lê n c ia , n á u se a s ,
v ô m ito s , h ip o c a lc e m ia , o s te o m a lá c ia , a g ra n u lo c ito se ,
d e rm a ti te s , lu p u s e r i te m a to so s is tê m ic o , h e p a ti te
F e n o b a rb ita l S e d a ç ã o , ir r i ta b il id a d e , n is ta g m o , a ta x ia , e ru p ç ã o c u tâ n e a ,
a n e m ia m e g a lo b lá s tic a e a g ita ç ã o e m c r ia n ç a s e id o so s .
C a rb a m a z e p in a S e d a ç ã o , d e sc o n fo r to g a s tro in te s tin a l, r e a ç ã o c u tâ n e a ,
a n e m ia a p lá s ic a ( ra ra ) , le u c o p e n ia , v e r tig e m , n is ta g m o ,
a ta x ia .
Á c id o
V a lp ró ic o
N á u se a s e v ô m ito s , s e d a ç ã o , h e p a to to x ic id a d e , a lo p é c ia ,
te n d ê n c ia h e m o rrá g ic a , p a n c re a ti te a g u d a , a u m e n to d e p e so .
B e n z o d ia z e p ín i
c o s
S e d a ç ã o , in c o o rd e n a ç ã o , a ta x ia , to n tu ra , s a liv a ç ã o ,
a lte ra ç õ e s d e c o m p o r ta m e n to
31 Interações Farmacológicas Entre 
Antiepilépticos 
F á r m a c o e m u s o F á r m a c o A s s o c ia d o E fe ito
F e n ito ín a C a rb a m a z e p in a
D ia z e p a m
F e n o b a rb ita l
Á c . V a lp ró ic o
A u m e n to
A u m e n to
A u m e n to /d im in u iç ã o
D im in u iç ã o
F e n o b a rb ita l F e n ito ín a
Á c . V a lp ró ic o
A u m e n to
A u m e n to (4 0 % )
C a rb a m a z e p in a F e n ito ín a
F e n o b a rb ita l
D im in u iç ã o
D im in u iç ã o
Á c . V a lp ró ic o C a rb a m a z e p in a
F e n o b a rb ita l
F e n ito ín a
D im in u iç ã o
D im in u iç ã o
D im in u iç ã o
C lo n a z e p a m F e n o b a rb ita l
F e n ito ín a
D im in u iç ã o
D im in u iç ã o
32 Interações entre Antiepilépticos e 
outros Fármacos 
A n tie p ilé p t ic o F á r m a c o A sso c ia d o E fe ito
F e n ito ín a C lo ra n fe n ic o l , c im e tid in a ,
is o n ia z id a , c u m a r ín ic o s ,
d is su lf ir a m
S a lic ila to s , f e n i lb u ta z o n a e
te o f il in a
A u m e n to
D im in u iç ã o
F e n o b a rb ita l A n tic o n c e p c io n a is o ra is
C u m a r ín ic o s e C lo ra n fe n ic o l
D im in u iç ã o
D im in u iç ã o
C a rb a m a z e p in a C u m a r ín ic o s , te tr a c ic l in a ,
e s tró g e n o s
V e ra p a m il e d il tia z e m
D im in u iç ã o
A u m e n to
Á c id o V a lp ró ic o S a lic ila to s A u m e n to
33 
FENITOÍNA 
Altera ou diminui a percepção do 
paladar. 
Pode causar hiperplasia gengival. 
Náuseas, vômitos, hepatite, 
hipocalcemia 
34 
35 
FENOBARBITAL 
Melhor administrar em jejum 
Alimentos retardam e reduzem sua 
absorção – entretanto reduzem sintomas 
gastrointestinais. 
Reduz a atividade do ácido fólico e 
vitaminas B6, B12, D e K. 
Reduz absorção de cálcio. 
36 
CARBAMAZEPINA 
Ministrar com alimentos – 
aumento da absorção. 
Pode causar perda de apetite. 
37 
ÁCIDO VALPRÓICO 
Ministrar com as refeições, 
alimento ou leite, para prevenir 
distúrbios gastrointestinais. 
Aumento de peso. 
Hepatotoxicidade 
Pancreatite aguda 
38 
PRIMIDONA 
Reduz a absorção de cálcio 
Reduz a absorção de ácido fólico 
Reduz a absorção das vitaminas 
B6 e B12. 
39 
INTERAÇÃO NUTRIENTES COM 
FÁRMACOS ANTIPARKINSONIANOS 
• Doença de Parkinson: Processo degenerativo 
extrapiramidal que resulta em distúrbios no 
controle dos movimentos. 
• Prevalência: Primeiro mundo 1:1000. No BR 
desconhecida. 
• Faixa Etária: Quinta e sexta décadas. Infreqüente 
antes dos 30 anos. 
• Sintomas clássicos: 
– BRADICINESIA 
– TREMOR DE REPOUSO 
– RIGIDEZ 
– PERDA DE REFLEXOS POSTURAIS 
40 
ANTIPARKINSONIANOS 
• Defeito bioquímico: Depleção de dopamina no sistema 
extrapiramidal, decorrente de degeneração neuronal. 
• PARKINSONISMO: 
– PRIMÁRIO: Sem causa conhecida. DOENÇA DE PARKINSON. 
– SECUNDÁRIO: 
• Infeccioso ou pós infeccioso (encefalites, LUES, AIDS) 
• Toxinas (manganês, Thinner, mercúrio) 
• Medicamentos: Cinarizina, flunarizina, Lítio, hidantoína, captopril, 
metoclopramida, alfa-metildopa, antipsicóticos (fenotiazinas). 
• Tumores cerebrais 
• Trauma físico (encefalopatia pugilística) 
• Metabólico (hipoparatireoidismo, hipotireoidismo) 
41 
ANTIPARKINSONIANOS 
• Objetivo do Tratamento: 
Reverter o tremor, rigidez e bradicinesia, 
responsáveis por imobilidade, fraturas e 
infecções a que estão sujeitos os 
pacientes. 
• Início do tratamento: 
 Quando os sintomas começam a 
prejudicar o desempenho profissional ou 
as tarefas diárias dos pacientes. 
42 Classificação dos fármacos 
Antiparkinsonianos 
Grupos Representantes 
ANTICOLINÉRGICOS Triexifenidil, biperideno, 
antihistamínicos 
LIBERADORES DE 
DOPAMINA 
Amantadina 
PRECURSOR 
DOPAMINÉRGICO 
Levodopa 
INIBIDORES PERIFÉRICOS 
DA DOPA-DESCARBOXILASE 
Carbidopa, benserazida 
 
AGONISTAS 
DOPAMINÉRGICOS 
Bromocriptina, pergolida. 
 
INIBIDORES DA MAO-B Selegilina (l-deprenil), cabergolida 
43 
Fármacos Efeitos Adversos 
Anticolinérgicos Boca seca, confusão mental, delírio, 
sonolência, alucinações, constipação e 
retenção urinária. 
Amantadina Alucinações, confusão, pesadelos, insônia, 
tontura, letargia, fala arrastada, náuseas, 
vômitos, anorexia, constipação, edema 
pré-tibial, exacerbação da insuficiência 
cardíaca. 
Levodopa + carbidopa 
ou beserazida 
Hipotensão postual, arritmias, taquicardia, 
anorexia, náuseas, vômitos, movimentos 
involuntários, flutuações clínicas, 
distúrbios psiquiátricos, exacerbação de 
úlcera péptica, coloração avermelhada 
ou escura da urina. 
44 
Interações Antiparkinsonianos 
Nutrientes 
• LEVODOPA: 
– Administração feita com pequenas refeições 
para prevenir náuseas e vômitos, embora 
alimentos reduzam sua absorção. 
– Consumo alto de proteínas diminui a eficácia 
do fármaco. 
– Evitar alimentos ricos em vit B6 (fígado, 
leveduras ou levedo de cerveja, carnes, 
vegetais, peixes, grãos integrais) – aumentam o 
metabolismo extra-cerebral. 
– Evitar preparações multivitamínicas que 
contenham mais de 10 a 15 mg de vit B6 por 
drágea. 
45 
Interações Antiparkinsonianos 
Nutrientes 
• ANTICOLINÉRGICOS: 
– Antagonistas do sistema dopaminérgico 
– bloqueio colinérgico leva a aumento 
do efeito dopaminérgico: boca seca, 
constipação e retenção urinária. 
46 
FÁRMACOS UTILIZADOS 
NOS DISTÚRBIOS 
AFETIVOS 
47 
• Alterações do humor: 
 
DEPRESSÃO E DISTÚRBIO 
BIPOLAR. 
48 
ANTIDEPRESSIVOS 
• A depressão é após a hipertensão, a 
condição médica crônica mais 
comum na população. 
• Pelo menos 1 em cada 10 pacientes 
apresentam depressão maior, mas a 
maioria não é diagnosticada ou é 
inapropriadamente tratada. 
49 
DEPRESSÃO MAIOR 
• Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda 
de interesse em praticamente todas as 
atividades por pelo menos duas semanas, 
acompanhado de pelo menos três ou quatro 
dos seguintes sintomas: 
– Insônia ou hipersonia 
– Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa; 
– Fadiga ou falta de energia; 
– Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se; 
– Alteração significativa no apetite ou peso; 
– Retardo ou agitação psicomotora;– Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. 
50 
FÁRMACOS UTILIZADOS NO 
TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES: 
ESPECÍFICOS 
Antidepressivos tricíclicos: imipramina (Tofranil), 
desipramina, trimipramina, clomipramina 
(Anafranil), amitriptilina (Tryptanol), nortriptilina 
(Pamelor), protriptilina, doxepina, amoxapina, 
maprotilina (Ludiomil). 
 
Antidepressivos atípicos: mianserina (Tolvon), 
trazodona (Donaren), bupropriona, fluoxetina 
(Prozac, Daforin, Verotina), fluvoxamina (Fluvox), 
citalopram, sertralina (Zoloft), paroxetina (Aropax). 
51 
Inibidores da MAO: 
 IRREVERSÍVEIS: fenelzina, isocarboxazida, 
tranilcipromida. 
 REVERSÍVEIS: moclobemida (Aurorix). 
 
INESPECÍFICOS: 
 
Precursores: L-dopa, L-triptofano, adenosil-S-
metionina. 
 Potencializadores: triiodotironina. 
 Outros: lítio, estrógenos, salbutamol, captopril, 
sulpirida, carbamazepina, alprazolam, 
metilfenidato. 
FÁRMACOS UTILIZADOS NO 
TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES: 
52 
Mecanismo de Ação: 
 1) Bloqueio da recaptação neuronal 
 2) Inibição do metabolismo da noradrenalina ou 
serotonina 
 
Os antidepressivos são o tratamento de 
escolha em depressão maior. 
 
 Eficácia: Estudos demonstram que os 
antidepressivos clássicos e os novos tem 
semelhante eficácia quando comparados, 
devendo os novos serem reservados como 
agentes de segunda escolha. 
53 
Interação Nutrientes e Antidepressivos 
• Antidepressivos tricíclicos: 
– Efeitos anticolinérgicos: boca seca, 
retenção urinária, diminuição da 
motilidade gastrointestinal. 
– Ganho de peso. 
– Hepatotoxicidade. 
• Antidepressivos Atípicos: 
– Menores efeitos adversos 
54 
Interação Nutrientes e Antidepressivos 
• Inibidores da Monoamino Oxidase: 
– Tranilcipromina (parnate): administrar 30 min. 
antes das refições. Reage com alimentos com 
TIRAMINA, levando a cefaléia intensa, hipertensão, 
hemorragia intracraniana e até morte. 
– Alimentos ricos em TIRAMINA: 
• Álcool, cerveja preta, queijos (brie, cheddar, camenbert, stilton), 
vinho, café, fígado de galinha, chocolate, bebidas com cola, figos 
enlatados, peixe seco, fígado, chá, passas, molho de soja, iogurte e 
baunilha. 
– Moclobemide (aurorix): sem hepatotoxicidade, 
poucos efeitos com alimentos com tiramina. 
55 
Muito Obrigado!

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