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Psicofarmacologia: Uso de Substâncias no Tratamento de Transtornos Mentais

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@enfalana 
@enfalana 
PSICOFARMACOLOGIA 
Os psicofármacos são substâncias químicas, sintéticas 
ou naturais, que possuem tropismo pelo sistema 
nervoso central. Eles modificam a atividade mental, 
causam alterações comportamentais e são usados para 
tratar transtornos mentais. 
A decisão de utilizar ou não depende antes de tudo do 
diagnóstico que o paciente apresenta, incluindo 
eventuais comorbidades. 
Para muitos transtornos os medicamentos são o 
tratamento preferencial, como na esquizofrenia, no 
transtorno bipolar, em depressões graves ou no 
controle de ataques de pânico. 
Nas fobias específicas, transtornos de personalidade, 
problemas situacionais as psicoterapias podem ser a 
primeira opção. Em algumas situações, o ideal é a 
combinação de ambos os métodos. 
Neurolépticos 
-> Utilizados no tratamento de psicoses ou outros 
distúrbios psiquiátricos caracterizados por agitação e 
perda da razão. Promovem além de sedação, diminuição 
dos sintomas psicóticos. 
CLASSIFICAÇÃO 
 1º geração/típicos/tradicionais: 
Antagonistas (bloqueia) do receptor de 
dopamina (D2) 
São eles: Clorpromazina, Haloperidol, 
Levomepromazina, Flufenazina, Periciazina, 
Tioridazina, Trifluoperazina,, Penfluridol, 
Primozida, Tiotixeno. 
e Sulpirida. 
 2º geração/atípicos/nova geração: 
Antagonistas dos receptores de dopamina e 
serotonina (5-HT) 
Ex: Clozapina, Risperidona, Olanzapina, Quetia- 
pina, Ziprazidona, Aripiprazol e Amisulprida. 
 Indicações 
 Esquizofrenia; 
 Transtornos delirantes; 
 Transtorno bipolar do humor; 
 Controle da agitação e da agressividade em 
pacientes com retardo mental ou demência; 
 Transtorno de Tourette. 
 Contraindicações 
 Hipersensibilidade à droga; 
 Discrasias sanguíneas (especialmente a 
clozapina) 
 Estados comatosos ou depressão acentuada do 
SNC; 
 Transtornos convulsivos (tradicionais de baixa 
potência e a clozapina) 
 - Cardiopatia grave (tradicionais e a clozapina) 
*Em pacientes idosos: evitar os tradicionais por 
causarem problemas cardiocirculatórios e cognitivos. 
EFEITOS COLATERAIS 
 Discinesia tardia; 
 Acatisia 
 Reação distônica aguda; 
 Parkinsonismo medicamentoso; 
 Distonia aguda; 
 Amenorréia-galactorréia, infertilidde, diminuição 
da libido, ginecomastia, impotência, dificuldade de 
ejaculação; 
 Aumento do apetite e obesidade; 
 Boca seca; 
 Perda da acomodação visual; 
 Constipação; 
 Hipotensão ortostática; 
 Discresias sanguíneas 
 Urticárias e dermatites 
 @enfalana 
@enfalana 
*Síndrome neuroléptica maligna 
Sintomas – catatonia, estupor, febre, pressão arterial 
instável, aumento da creatininaquinase (tríade principal: 
rigidez muscular, hipertermia e instabilidade autonômica) 
Tratamento Efeitos Colaterais 
 Suspender o fármaco; 
 Tratamento de suporte; 
 Fármacos anti-parkisonianos 
EPISÓDIOS AGUDOS 
 
 
 
 
 
 
 
Manutenção e recaídas 
 
Benzodiazepínicos 
Hipnóticos, Sedativos e Ansiolíticos 
Constituem um grande grupo de drogas, cujos primeiros 
representantes foram o clordiazepóxido (Librium) e o 
diazepam (Valium), lançados no início da década de 60. 
Todos eles possuem efeitos sedativos, ansioliticos e 
hipnóticos. São ainda relaxante musculares, 
anticonvulsivantes, produzem dependência e reações de 
abstinência. 
Seu mecanismo de ação se deve à atuação junto ao 
neurotransmissor ácido-gama aminobutírico (GABA), 
estimulando o aumento da frequência da abertura dos 
canais de cloro. 
 
INDICAÇÕES 
 Transtornos ansiosos ou outros transtornos 
que apresentem sintomas de ansiedade; 
 Epilepsia 
 Abstinência alcoólica ; 
 Agitação psicomotora; 
 Tensão muscular (relaxante de músculo 
esquelético); 
 Amnésia anterógrada em procedimentos 
invasivos. 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Hipersensibilidade a essas drogas; 
 Glaucoma; 
 Insuficiência respiratória ou doença pulmonar 
obstrutiva crônica; 
 Miastenia gravis; 
 Doença hepática ou renal graves (usar doses 
mínimas) em usuários de álcool e drogas. 
O uso crônico utilizados em doses elevadas e por 
longo tempo, leva com frequência a um quadro de 
dependência e a uma síndrome de retirada, caso o 
medicamento seja suspenso. 
 
 @enfalana 
@enfalana 
A síndrome de retirada ou de descontinuação é 
muito semelhante a um quadro de ansiedade. 
EFEITOS COLATERAIS 
 Sonolência; 
 Depressão respiratória; 
 Disfunção cognitiva: déficit de memória, 
demência; 
 Dependência 
 
 
 
 
 
 
 
Barbitúricos 
Indicados no tratamento de crises convulsivas e 
indução anestésica. 
Mecanismo de ação: Ligam-se ao complexo 
receptor GABA resultando no aumento de tempo 
de abertura do canal de cloro. 
 
 
 
 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 Sonolência 
 Irritabilidade 
 Distratibilidade 
 Depressão 
 Alteração da libido 
 Eritema cutâneo 
 Hepatotoxicidade 
 Facilidade em desenvolver: Tolerância, 
dependência física e graves sintomas de 
abstinência. 
Antidepressivos 
Atuam no aumento da disponibilidade de um ou mais 
neurotransmissores nas sinapses -> Essa ação 
permite uma melhora no quadro geral do paciente e 
possibilita restabelecer o humor -> A melhora do 
humor é consequência de um funcionamento 
adequado dos nossos neurotransmissores. 
Demoram de quatro a oito semanas para 
começarem a fazer efeito. Após obtenção do 
efeito esperado, o psicofármaco é mantido por 
várias semanas, objetivando a prevenção de novos 
episódios do transtorno. 
CLASSIFICAÇÃO 
 1ª geração: IMAO (inibidores da monoamina 
oxidase) e Triciclícos (ADT) 
 2ª geração: Atípicos 
Antidepressivos tricíclicos (ADT) 
Mecanismo de ação: Atuam na inibição da proteína 
que recaptura os neurotransmissores 
(noradrenalina e serotonina). 
EFEITOS COLATERAIS 
SNC: 
 Hipomania ou mania 
 Psicose tóxica 
 Sonolência e sedação excessiva 
(amitriptilina, doxepina) 
 Insônia, agitação 
 Tremores finos 
 Crise convulsivas 
 Coma 
SNA (efeitos anticolinérgicos): 
 
 @enfalana 
@enfalana 
 Secura na boca 
 Dilatação pupilar, visão turva 
 Agravação de glaucoma de ângulo fechado 
 Retenção urinária 
 Constipação 
 Impotência 
 Íleo paralítico 
Ap. Cardiovasc. 
 Taquicardia 
 Hipotensão ortostática 
 Distúrbio da condução: Aumento do 
intervalo QT, diminuição do segmento ST, 
achatamento da onda T; 
 Taquiarritmias ventriculares 
 Morte súbita 
Outros: 
 Icterícia colestática 
 Reações alérgicas da pele 
 Sudorese excessiva 
 Agranulocitose (rara) 
Drogas mais utilizadas: 
 
 
 
 
 
 
Inibidores da monoamina oxidase (IMAO) 
Mecanismo de ação: Aumentam os níveis sinápticos de 
monoaminas pela inibição de sua destruição pela MAO 
(monoamina oxidase), aumentando a concentração 
sináptica. 
Monoaminas: Noradrenalina, Serotonina, Dopamina, 
Histamina 
 
 
 
 
 
 
Restrição Alimentar 
 O paciente que faz uso de IMAO precisa evitar 
o consumo de queijo, vinho, chocolate, cerveja, 
e etc., pois possuem uma grande quantidade de 
tiamina (aminoácido precursor das monoaminas), 
o que pode desencadear crise hipertensiva 
grave. 
 Proibido combinar com outros antidepressivos 
EFEITOS COLATERAIS 
SNC: 
 Insônia; 
 Irritabilidade; 
 Agitação; 
 Conversão de depressão inibida em ansiosa ou 
agitada (risco de suicídio); 
 Conversão de depressão em hipomania ou 
mania; 
SNA: 
 Secura da boca; 
 Retenção urinária; 
 Constipação; 
 Impotência; 
 Ejaculação precoce; 
 Hipotensão ortostática; 
ACV: 
 Síndrome hipertensiva; 
Outros: 
 Síndrome tipo lúpus (hidrazinas); 
 Hepatoxicidade;@enfalana 
@enfalana 
 Discrasias sanguíneas; 
 Reações patológicas da pele; 
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Inibidores seletivos da recaptação de serotonina 
(ISRS): Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina 
Fluvoxamina, Citalopram e Escitalopram; 
 Inibidores da recaptação de serotonina e 
noradrenalina (IRSN): Venlafaxina, Milnacipran e 
Duloxetina ; 
 Antidepressivo noradrenérgico e 
serotoninérgico específico (ANASE): 
Mirtazapina; 
 Inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina 
(ISRN): Reboxetina; 
 Inibidor da recaptação de noradrenalina e 
dopamina (IRND): Bupropiona e Amineptina; 
EFEITOS COLATERAIS 
Amineptina 
 efeito estimulante do SNC, com ansiedade e 
insônia; 
 relatos de hepatite colestática. 
Fluoxetina 
 efeito estimulante do SNC, com ansiedade e 
insônia; 
 anorexia e perda de peso; 
 distúrbios gastrointestinais (náuseas, diarréia). 
Maprotilina 
 efeitos anticolinérgicos e cardiovasculares 
indistiguíveis dos ADT; 
 incidência elevada de convulsões; 
 -reações alérgicas (2 vezes mais que os ADT) 
Mianserina 
 sedação; 
 risco de convulsões; 
 discrasias sanguíneas potencialmente fatais 
(snemia aplástica, agranulocitose). 
Mirtazapina 
 sonolência 
 ganho de peso 
 aumento de apetite 
Sertralina 
 alterações plaquetárias (?) 
Bupropiona 
 convulsões 
Venlafaxina 
 hipertensão 
 
Estabilizadores do humor 
São psicofármacos que apresentam efeito antimaníaco 
e antidepressivo do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). 
São eles: Lítio, Ácido valpróico, Carbamazepina, 
Oxcarbazepina e Lomotrigina. 
Outras drogas com potencial para estabilização do 
humor são o Topiramato, a Gabapentina e os 
bloqueadores de canal de cálcio. 
LÍTIO 
Mecanismo de ação – hipótese: Altera certos aspectos 
da função da membrana neuronal 
 O lítio é um cátion monovalente, que pode imitar 
o papel do Na+ nos tecidos excitáveis, sendo 
capaz de atravessar os canais pela geração do 
potencial de ação. Todavia, não é bombeado pela 
 @enfalana 
@enfalana 
Na+/K+ ATPase e, portanto, tende a acumular-
se no interior das células excitáveis. 
INDICAÇÕES 
 Tratamento e na profilaxia de episódios agudos 
tanto maníacos como depressivos 
 Ciclotimia 
 Como potencializador dos antidepressivos em 
pacientes com depressão maior unipolar, que 
respondem parcialmente ou não respondem aos 
antidepressivos; 
 Em episódios de agressividade e de descontrole 
do comportamento. 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Cicladores rápidos (4 ou mais episódios por ano), 
pois a resposta tem sido insatisfatória; 
 Insuficiência renal 
 Disfunção do nódulo sinusal 
 Arritmias ventriculares graves 
 Insuficiência cardíaca congestiva 
EFEITOS COLATERAIS 
 Acne; 
 Aumento do apetite; 
 Edema; 
 Fezes amolecidas; 
 Ganho de peso; 
 Gosto metálico; 
 Leucocitose; 
 Náuseas; 
 Polidipsia/Poliúria; 
 Tremores finos. 
Outros estabilizantes: 
 O ácido valpróico é um anticonvulsivante 
tradicionalmente utilizado na epilepsia. 
 A carbamazepina é um anticonvulsivante 
utilizado em diferentes tipos de epilepsia. 
 O topiramato é um anticonvulsivante e 
apresenta uma vantagem sobre os demais: a 
perda de peso. 
Cuidados com psicofármacos 
A equipe de enfermagem deve observar os seguintes 
cuidados ao manter, controlar e administrar 
psicofármacos: 
– mantê-los acondicionados de maneira adequada: lugar 
seguro, protegidos da luz, calor e umidade. Alguns 
psicofármacos por questões legais devem ser 
rigorosamente controlados; 
– observar cuidadosamente a ingestão pelo pacientes: 
alguns podem estocá-los com a finalidade de cometer 
suicídio ou não tomar por causa de seus efeitos 
desagradáveis; 
– manter controle de seus sinais vitais com o objetivo 
de detectar anormalidades; 
– observar com mais cuidado o paciente que não 
consegue informar adequadamente a presença de 
efeitos colaterais; 
– diante da necessidade de o paciente receber outras 
medicações, informar sobre as possíveis interações 
medicamentosas; 
– orientar sobre o não uso de álcool e cafeína (café, 
chá-mate, coca-cola) quando pertinente; 
– observar especialmente crianças, idosos e gestantes, 
pois muitos efeitos dos medicamentos nos organismos 
em crescimento, em envelhecimento e em gestação 
ainda não foram bem estudados e esclarecidos; 
– conhecer os alimentos que podem ser contra-
indicados quando se ministra determinadas medicações 
como os antidepressivos IMAOS; 
– orientar mulheres que usam psicofármacos a 
avisarem imediatamente seu médico em caso de 
gravidez; 
– orientar que determinados psicofármacos interagem 
com anticoncepcionais; 
– alertar a mulher que amamenta que pequena 
quantidade de medicamento passa para a criança, 
através do leite e tal fato precisa ser considerado na 
decisão de amamentar; 
 @enfalana 
@enfalana 
– orientar familiares sobre os efeitos da medicação, 
incluindo colaterais (aqueles previstos) e adversos 
(aqueles prejudiciais).

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