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PORTFÓLIO REFLEXIVO PSICOLOGIA MÉDICA

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AFYA EDUCACIONAL 
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR 
CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
PSICOLOGIA MÉDICA II 
 
 
 
 
 
Hugo Jana Felipe, João Victor Medina, João Vitor Monnerat 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO REFLEXIVO DE APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA, RJ 
2º semestre de 2020 
 
AFYA EDUCACIONAL 
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR 
CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
PSICOLOGIA MÉDICA II 
 
 
 
 
 
 
Hugo Jana Felipe, João Victor Medina, João Vitor Monnerat 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO REFLEXIVO DE APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO 
 
 
Trabalho Acadêmico no formato de 
Portfólio Reflexivo, apresentado à 
Unidade Curricular de Psicologia 
Médica II, solicitado pela Prof.ª D.Sc. 
Denise Ribeiro Barreto Mello, como 
requisito parcial de aprovação. 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA, RJ 
2º semestre de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexões feitas durante o segundo período de medicina, nas quais podemos 
referenciar a situação pandêmica que nos encontramos. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 6 
2. APRESENTAÇÃO PESSOAL 7 
3. ATIVIDADE 1 8 
4. ATIVIDADE 2 9 
5. ATIVIDADE 3 10 
6. REFLEXÕES 11 
7. AUTOAVALIAÇÃO 12 
8. REFERENCIAIS 13 
9. ANEXOS 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O trabalho a ser apresentado possui referências a filmes que foram vistos ao longo do 
período, visitas domiciliares que foram realizadas e vivências singulares. Para apresentar 
uma reflexão sobre o que nos foi apresentado, pelos professores, reunimos discussões que 
fizemos em grupo e auxílio das indicações científicas feitas pelos nossos tutores. 
 Para uma maior integração com o paciente, apresentamos um relatório que fizemos de 
uma visita domiciliar, na qual proporciona uma visão mais humanizada e centrada no 
indivíduo, para que o fim dessa discussão nos leve ao problema que aflige essa pessoa e 
possa ser resolvido de modo efetivo. Sendo assim, a integração de vertentes psicológicas é 
importante para o primeiro passo de uma visão focada no indivíduo. 
 Referências visuais também incorporam essa integração, tal como “O físico”, um filme 
que apresenta uma ideologia de medicina controversa no mundo moderno. Como essência, 
medicina é um ato de cuidado, no qual é abordado no filme, desse modo, trazemos à tona 
essa questão que está distante da prática médica vigente. Relações nas quais nos auxilia à 
prática essencial da profissão, pois esse fundamento é de suma importância para cuidar de 
uma população com efetividade. 
 Ademais, o filme “Amour”, nos permite ver o quão negligenciada é a saúde mental e, a 
importância que ela tem para um fortalecimento emocional. O trabalho feito na mente do 
ser humano pode vir a fortalecer ele por completo, tendo em vista o preparo para tempos 
de perda e vitória, tendo em vista da ativação racional feita em primeiro plano, deixando o 
emocional como secundário. 
 
2. APRESENTAÇÃO PESSOAL 
 
 
 
 
 NOME: Hugo Jana 
 IDADE: 22 anos 
 
 
 
 
 
 
 
NOME: João Victor Medina 
IDADE: 19 anos 
 
 
 
 
 
 
NOME: João Vitor Monnerat 
IDADE: 19 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. ATIVIDADE 1 
 O filme se passa na Inglaterra, no século XI. Nessa época a medicina não era conhecida como 
profissão, muito menos nomeada desse jeito, por alguns. 
 O protagonista Rob viu a sua mãe falecer, acometida pela “doença do lado”. Desse modo, o 
menino cresce sobre os cuidados de Bader, que era conhecido como “barbeiro” na comunidade 
aonde viviam. O barbeiro, para eles, era a pessoa responsável por curar e tratar o enfermo. Sendo 
assim, o menino, durante seu desenvolvimento, acompanhou os ensinamentos e a rotina do barbeiro 
que tratava as pessoas que necessitavam de uma atenção mais específica devido as doenças que 
acometiam a população daquele local e não sabiam como proceder. Ao crescer, o menino aprende 
os ensinamentos de Bader e segue o encargo de barbeiro também, no entanto, Rob possui ambições 
muito maiores. O filme se passa na Inglaterra, no século XI. Nessa época a medicina não era 
conhecida como profissão, muito menos nomeada desse jeito, por alguns. 
 O aprendiz descobre que na Pérsia há um médico famoso, chamado Ibin Sina, que coordenava 
um hospital. Esse fato seria algo inaceitável para os ingleses, na época. Mesmo assim Rob aceita 
fazer uma grande viagem para adquirir ensinamentos que não eram possíveis na sua região. Para 
isso, ele esconde o fato de ser cristão, já que apenas os Judeus e Árabes entram na Pérsia. 
 Chegando no Oriente, Rob conhece o médico Ibin Sina, que logo se dão bem e logo se torna o 
seu seguidor. Entretanto, esse famoso médico ainda respeita os limites impostos pela religião, em 
contrapartida Rob vê a ciência acima dos poderes religiosos, ao passo que para evoluir o campo 
médico-científico não pode haver limitações impostas por outros setores distantes da ciência, desse 
modo, rompendo com todos os paradigmas. 
 A epidemia da peste negra consome toda a cidade, com ajuda de Rob o número de mortes 
pela doença começa a diminuir. Ibin Sina, ainda respeitando os limites da igreja, o seu seguidor age 
em oposição, realizando estudos anatômicos em cadáveres sem que a igreja ou qualquer outra 
pessoa saiba. 
 Após entender sobre a história do filme, é possível relacionar com o cenário atual da medicina 
no mundo. A prática da medicina, do século XI para o XXI sofreu mudanças extraordinárias. 
Atualmente, a medicina é algo muito mais tecnológico e exato em relação ao passado, tendo em 
vista que era algo muito mais tátil e visual. Além disso, o profissional médico perdeu a essência de 
ser uma pessoa mais acessível, resolutiva, conversativa e prestativa. Na realidade contemporânea, a 
formação do médico é inerente à exclusividade de ser uma pessoa com a capacidade de curar uma 
pessoa, ou matar, tornou-se algo substancial, sendo para muitos apenas um status ser chamado de 
“Doutor”. Esse fato tornou a prática médica mais distante das pessoas, dos pacientes, tornando a 
profissão como comparada a um mecânico, que irá resolver o seu problema, você irá embora e nada 
além disso. Isso é perigoso, pois muitas vezes os problemas das pessoas vão além de um momento 
no qual o médico presenciou, tendo em vista o processo de saúde-doença que está presente no 
domicílio ou bairro no qual a pessoa está inserida. 
 Por fim, o médico contemporâneo é uma figura muito distante da sociedade, que apesar da 
evolução tecnológica científica, fatores simples, como a acessibilidade e a empatia, que existiam no 
século XI, deixaram de ser inerentes à formação do médico. Nessa ótica, deve ser reestabelecido essa 
essência do médico durante a formação do mesmo. 
 Dessa forma, visto que a igreja dominava o cenário político da época, a ciência não tinha 
tanto espaço, diversas pessoas morriam por não ter o acesso ao conhecimento ou por não 
acreditarem no mesmo. A medicina surge então a partir desses curandeiros, e com o passar do 
tempo a informação e o saber foram se difundindo por todo o mundo fazendo com que a ciência 
fosse se desenvolvendo cada vez mais. Porém, não foi fácil mostrar para as pessoas que algo era bom 
ou ruim porque a ciência simplesmente dizia, muitos simplesmente não acreditavam, seja pela 
crença, cultura, ou até mesmo conspiração do governo, que é o caso dos dias atuais que muitas 
pessoas acreditam, e o exemplo disso são as vacinas. Porém, sabemos que o conhecimento é chave 
para seja para qualquer área da ciência, e na medicina, os profissionais sabem que mesmo depois de 
formados eles nunca poderão parar de estudar,pois a todo momento um novo tipo de 
conhecimento surge e muda todo o cenário que antes poderia parecer impossível, mas que com o 
passar do anos o impossível agora é possível. E dessa forma foi com Rob, que no filme “O físico", era 
um jovem que estava com sua mãe doente e ninguém sabia qual era o problema da mesma visto que 
naquela época como mencionado anteriormente, o acesso a informação era bem difícil, desse modo, 
motivado pela morte de sua mãe, Rob passou então a obter conhecimento para poder curar as 
pessoas enfermas, pois sabia que através de estudo ele poderia descobrir quais doenças as pessoas 
tinham e por sua vez trata-las. 
 O aprendiz descobre que na Pérsia há um médico famoso, chamado Ibin Sina, que 
coordenava um hospital. Esse fato seria algo inaceitável para os ingleses, na época. Mesmo assim 
Rob aceita fazer uma grande viagem para adquirir ensinamentos que não eram possíveis na sua 
região. Para isso, ele esconde o fato de ser cristão, já que apenas os Judeus e Árabes entram na 
Pérsia. 
 Chegando no Oriente, Rob conhece o médico Ibin Sina, que logo se dão bem e logo se torna 
o seu seguidor. Entretanto, esse famoso médico ainda respeita os limites impostos pela religião, em 
contrapartida Rob vê a ciência acima dos poderes religiosos, ao passo que para evoluir o campo 
médico-científico não pode haver limitações impostas por outros setores distantes da ciência, desse 
modo, rompendo com todos os paradigmas. 
 A epidemia da peste negra consome toda a cidade, com ajuda de Rob o número de mortes 
pela doença começa a diminuir. Ibin Sina, ainda respeitando os limites da igreja, o seu seguidor age 
em oposição, realizando estudos anatômicos em cadáveres sem que a igreja ou qualquer outra 
pessoa saiba. 
 Após entender sobre a história do filme, é possível relacionar com o cenário atual da medicina 
no mundo. A prática da medicina, do século XI para o XXI sofreu mudanças extraordinárias. 
Atualmente, a medicina é algo muito mais tecnológico e exato em relação ao passado, tendo em 
vista que era algo muito mais tátil e visual. Além disso, o profissional médico perdeu a essência de 
ser uma pessoa mais acessível, resolutiva, conversativa e prestativa. Na realidade contemporânea, a 
formação do médico é inerente à exclusividade de ser uma pessoa com a capacidade de curar uma 
pessoa, ou matar, tornou-se algo substancial, sendo para muitos apenas um status ser chamado de 
“Doutor”. Esse fato tornou a prática médica mais distante das pessoas, dos pacientes, tornando a 
profissão como comparada a um mecânico, que irá resolver o seu problema, você irá embora e nada 
além disso. Isso é perigoso, pois muitas vezes os problemas das pessoas vão além de um momento 
no qual o médico presenciou, tendo em vista o processo de saúde-doença que está presente no 
domicílio ou bairro no qual a pessoa está inserida. 
 Por fim, o médico contemporâneo é uma figura muito distante da sociedade, que apesar da 
evolução tecnológica científica, fatores simples, como a acessibilidade e a empatia, que existiam no 
século XI, deixaram de ser inerentes à formação do médico. Nessa ótica, deve ser reestabelecido essa 
essência do médico durante a formação do mesmo. 
 Dessa forma, visto que a igreja dominava o cenário político da época, a ciência não tinha 
tanto espaço, diversas pessoas morriam por não ter o acesso ao conhecimento ou por não 
acreditarem no mesmo. A medicina surge então a partir desses curandeiros, e com o passar do 
tempo a informação e o saber foram se difundindo por todo o mundo fazendo com que a ciência 
fosse se desenvolvendo cada vez mais. Porém, não foi fácil mostrar para as pessoas que algo era bom 
ou ruim porque a ciência simplesmente dizia, muitos simplesmente não acreditavam, seja pela 
crença, cultura, ou até mesmo conspiração do governo, que é o caso dos dias atuais que muitas 
pessoas acreditam, e o exemplo disso são as vacinas. Porém, sabemos que o conhecimento é chave 
para seja para qualquer área da ciência, e na medicina, os profissionais sabem que mesmo depois de 
formados eles nunca poderão parar de estudar, pois a todo momento um novo tipo de 
conhecimento surge e muda todo o cenário que antes poderia parecer impossível, mas que com o 
passar do anos o impossível agora é possível. E dessa forma foi com Rob, que no filme “O físico", era 
um jovem que estava com sua mãe doente e ninguém sabia qual era o problema da mesma visto que 
naquela época como mencionado anteriormente, o acesso a informação era bem difícil, desse modo, 
motivado pela morte de sua mãe, Rob passou então a obter conhecimento para poder curar as 
pessoas enfermas, pois sabia que através de estudo ele poderia descobrir quais doenças as pessoas 
tinham e por sua vez trata-las. 
4. ATIVIDADE 2 
 Um senhor de 77 anos, solteiro, aposentado, chamado de José. Casado duas vezes, Sr. José 
vive sozinho em sua casa no bairro Niterói, em Itaperuna. Apesar dos seus cinco filhos, ele possui 
uma vida solitária e ociosa, passando a maior parte do seu dia sentado em uma cadeira, somente. 
Sua casa localizada próxima a um barranco, não se encaixa nas recomendações de salubridade e 
segurança, tendo em vista a vegetação alta do quintal, que pode ser abrigo de vetores de doenças 
virais, como animais transmissores de doenças, a fiação elétrica exposta de maneira contra indicada, 
insegura, solo desregular que pode acarretar em tombos, entre outros. 
 Ademais, sobre a saúde do Sr. José, ele nos relatou que possui alguns problemas que 
impedem suas atividades, sendo eles, dificuldade em ingerir líquidos, bradicardia e déficit alimentar 
e ansiedade. Além do que foi dito, ele contraiu Chikungunya e a ansiedade passou a se desenvolver 
nele após esse período. No ano de 2006, ele contraiu Leptospirose, que o deixou acamado por pouco 
mais de uma semana. 
 À fim de elucidar mais sobre os aspectos que envolvem o sujeito em questão, decidimos 
apresentar uma das nossas visitas domiciliares como a problemática da situação, trazendo os seus 
aspectos e processos de saúde-doença para enriquecer nosso argumento. 
 O senhor José não é agraciado da boa condição financeira, sendo assim, não há como pagar 
uma pessoa para cuidar de suas necessidades fisiológicas e realizar suas atividades. Desse modo, o 
mesmo frequenta a UBS (Unidade Básica de Saúde) para conseguir seus remédios (para ansiedade) e 
cuidados para seus problemas, entretanto, o Sr. José não vai à UBS mais próxima há quatro anos. 
Pelo fato da sua frequência irregular ao médico, seus problemas se desenvolvem com mais facilidade 
e com mais velocidade. Atualmente, vivemos a era da informação, em um mundo globalizado, no 
qual, teoricamente, todas pessoas possuem acesso aos níveis de informação, sendo elas mais 
específicas ou não. No entanto, não se encontra isso na prática, pois quanto mais estratificada é uma 
sociedade, mais pessoas desinformadas há. O Sr. José é uma pessoa idosa que não se interessa em 
fazer parte do mundo pós globalizado, nessa ótica, se torna mais difícil para ele acessar às 
informações. Porém, as informações, na prática, não estão disponíveis para todas as pessoas, tendo 
em vista os indivíduos de classes sociais mais inferiores que são acometidos por essa realidade, de tal 
modo que a pessoa em questão não possui discernimento o suficiente para analisar a sua saúde e 
julgar as condições adversas que se encontra para a continuidade de sua vida. (Branco, 1996) A 
finalidade da informação em saúde consiste em identificar problemas individuais e coletivos do 
quadro sanitário de uma população, propiciando elementos para análise da situação encontrada e 
subsidiando a busca de possíveis alternativas de encaminhamento. Assim, as informações em saúde 
devem abranger as relativas ao processo saúde/doença e as de caráter administrativo,todas 
essenciais ao processo de tomada de decisão no setor. Como postulado sobre as informações da 
saúde, na localidade no qual o Sr. José está inserido, essa premissa não se firma, pois denota-se a 
desinformação do indivíduo sobre os cuidados necessários à serem tomados para uma maior 
longevidade, tal como a salubridade do local, melhor alimentação, maior frequência na UBS, 
procurar se ocupar mais para que não se torne depressivo ou os músculos atrofiem. Portanto, o 
cuidado das pessoas deve começar pela informação, de modo democrático. 
 Outrossim, a partir do momento que há o contato desse paciente com o médico, deve haver 
uma abordagem diferente. Apesar de saber sobre os problemas visíveis, é necessário analisar além 
daquele momento no qual estão juntos por um curto período, tendo em vista que o revés pode ser 
originado a partir de outras vertentes, tal como o meio no qual está inserido, suas relações pessoais, 
sua vivência, o local onde dorme, entre outros. Suponha-se que o Sr. José passa a frequentar o 
médico com mais regularidade, entretanto o doutor não age de maneira mais pessoal com o 
indivíduo, e então o mesmo retorna para casa com a medicação em mãos. Dentro de uma semana 
ele retorna para o atendimento com o mesmo problema, dessa forma o sofrimento do Sr. José não 
irá ser interrompido. Para que isso não ocorra, o médico deve possuir uma visão além do paciente, 
para que haja um cuidado abrangendo os possíveis processos de saúde-doença, isso é uma forma de 
avaliar o paciente que deve ser mais pessoal, ou seja, mais integrativo, humanizado, de uma maneira 
que seja possível saber o que acontece na vida dessa pessoa em todos os âmbitos. Ao tratar da 
saúde, Gadamer (1994), como uma referência ao pensamento hermenêutico, destaca os atributos da 
prática do médico na produção da saúde, profissão que há muito é definida como ciência e arte de 
curar. Em todo o processo diagnóstico e terapêutico, a familiaridade, a confiança e a colaboração 
estão altamente implicadas no resultado da arte médica. Gadamer conduz a reflexão sobre a 
humanização da medicina, em particular da relação do médico com o paciente, para o 
reconhecimento da necessidade de uma maior sensibilidade diante do sofrimento do paciente. Esta 
proposta, em relação a qual várias outras convergem, aspira pelo nascimento de uma nova imagem 
profissional, responsável pela efetiva promoção da saúde, ao considerar o paciente em sua 
integridade física, psíquica e social, e não somente de um ponto de vista biológico. Sendo assim, a 
abordagem médico-paciente deve transcender o momento de diagnóstico, havendo uma relação 
com a promoção, proteção e recuperação da saúde, para que o problema em questão seja tratado e 
cuidado. 
 Por fim, foi discutido acima sobre o cuidado e suas vertentes, pois o cuidado pode começar 
tanto da informação quanto da medicação, tratamento, enfim. Desse modo, a medicina deve se 
basear ao redor dessa premissa, para que seja um modelo integrativo, humanizado e menos e 
mecânico e impessoal. 
 
5. ATIVIDADE 3 
 O filme relata uma doença degenerativa que acomete Anne, abordando a relação da 
família com o enfermo, em especial, seu marido, Georges. Pois, pelo fato de possuírem um 
laço de longo prazo, o casal de idosos possui uma relação amorosa genuína. Sendo assim, o 
marido continuou ao lado de Anne, acompanhando sua deterioração. No entanto, o 
desfecho, polêmico, deixou vertentes a serem discutidas, porque Georges mata sua esposa 
asfixiada com um travesseiro, pelo fato dela estar sofrendo com a doença que não possui 
cura. Apesar da morte ter sido autorizada, ou implorada, pela mulher, deve ser discutida, em 
vertentes terapêuticas, a condição do Georges por ter realizado essa ação. 
 Pelo fato de uma pessoa próxima estar com problemas relacionados à saúde, o 
familiar sente medo e aflição, seja qual for o nível de agravamento da doença, pois há uma 
possibilidade do enfermo piorar, como também de melhorar. Quando o caso se trata de uma 
doença degenerativa, ou seja, não há métodos existentes que possa curar ou salvar essa 
pessoa, o parente se põe em uma posição delicada, emocionalmente, tendo em vista que 
não há o preparo para lidar com uma situação dessa gravidade, porque trata-se de uma 
pessoa próxima, de modo parental, que torna as sensações mais intensas e emocionais, ao 
contrário de racionais. 
 Como o personagem em questão no filme, Georges, ele agiu de modo emocional e 
privativo, pois passou a cuidar da sua esposa, da forma dele, que, por mais que seja boa a 
intenção dele, não era um auxílio profissional e adequado, emocionalmente. Sendo assim, 
um projeto terapêutico deveria ser montado para que ele pudesse viver e passar por essa 
fase da maneira mais saudável encontrada e, com um estado pós-traumático estabilizado. 
Nessa ótica, primeiramente, deveria iniciar um requerimento, feito pelo médico, por 
profissionais terapêuticos, que trabalhem, de maneira efetiva e racional, a saúde mental do 
Georges. A família contrataria os serviços de saúde mental, para que acompanhasse a rotina 
desse casal de idosos, em específico, e trabalhasse a mente do marido, de modo que o faça 
ver a situação de modo ponderado, tanto racionalmente quanto emocionalmente. Dessa 
maneira, ele teria auxílio para ajudar a sua esposa em estado terminal e, paralelamente, 
trabalhando sua mente para o acontecimento futuro, que já era esperado, que seria a morte 
de sua esposa. 
 A busca de ajuda profissional, não iria adiar a morte de Anne, entretanto, não iria 
causar danos emocionais no seu marido e, juntamente, não iria definhar a mente de sua 
esposa, que também se encontrava em uma situação mental na qual traumatizava ele 
também. Os últimos dias dela poderiam ter sidos aproveitados e desfrutados de maneira 
mais proveitosa, pois a ajuda de uma equipe multidisciplinar voltada para a terapia mental, 
iria prover auxílio psicológico para pessoas que haviam esquecido a parte lógica e racional da 
situação. 
 Conforme a psicóloga Janayna Longhi, “nesse sentido, a psicoterapia pode facilitar a 
possibilidade de elaboração e recuperação do enlutado, na medida em que favorece a 
individualidade própria do sujeito e a retomada do significado da vida. O psicoterapeuta 
escutará e prestará apoio. Para que este processo possa ser menos doloroso possível e capaz 
de prevenir possíveis psicopatologias futuras.” 
 Portanto, em situações de enfermidades que envolve familiares, torna-se mais difícil 
ajudar e amparar a pessoa. Para isso, a equipe de saúde mental é preparada para prestar 
apoio e auxiliar nessa fase de abalo emocional, para que haja um preparo para lidar com a 
situação na qual se encontra, e o preparo para superar a pior das possibilidades, a morte. 
 
 
 
6. REFLEXÕES (articulações entre teoria e prática) 
6.1. Questão 1 
 
 Grande parte dos médicos tende em uma consulta procura os sintomas que seu 
paciente relata e o receita uns fármacos para resolver os sintomas, e assim finaliza a 
consulta, ele não pergunta como está sua vida, seu trabalho. Como fala a atividade 2, o 
homem adquiri uma doenças aonde a casa dele pode ser a razão, ele pegou chikungunya e a 
casa dele está com a vegetação inapropriada. Certamente ao ir ao médico, foi diagnosticado 
a patologia e foi passado a receita, provavelmente não foi perguntado se a casa dele pode 
haver algum foco do vetor. Esses focos de doenças deveriam ser prevenidos pela agente de 
saúde. 
 A medicina já foi um profissão que era reconhecida como heróis, hoje os jovem 
pensam em medicina mas não querem ser heróis e salvar vidas e sim então visando somente 
o dinheiro e status, trazendo uma nova versão para a profissão, médicos que só estão 
pensando em dinheiro e não tratando o paciente da melhor forma possível e dandotoda a 
atenção necessária. Vemos hoje vários meios e possibilidades dos médicos ganharem 
dinheiro, os médicos estão fazendo consultas online, sem ter o mínimo de contato com o 
paciente, estão criando uma forma de trabalhar menos e ganhar mais, fazem a consulta sem 
examinar o paciente, só pelos sintomas. 
 Os serviços de saúde deveria procurar esse pontos aonde traz risco para a população e 
fazer com que o governo resolva esses problemas para melhorar as condições de vida dessas 
pessoas, que moram perto de morros que podem cair, pedir a prefeitura que limpe terrenos 
que traz riscos à saúde dos moradores. 
 O médico deveria perguntar como está a vida do paciente, procurar melhorar não só a 
doença dele mas sim melhorar a vida dele como um todo, analisar mais os fatores que levam 
ao pacientes ter esses sintomas. Certamente as pessoas teriam uma qualidade de vida muito 
melhor, não ficaria uma consulta robotizada e o paciente se sentiria muito mais satisfeito. 
 
6.2. Questão 2 (articulação entre teoria e prática) 
O filme “Amour”, retrata um romance e uma transição de envelhecimento de dois ex-
professores de música, Anne e George os quais são personagens centrais do filme. Ao longo 
da história é mostrada toda a trajetória a qual a senhora porta uma doença progressiva. Ao 
longo do filme percebemos que Anne e George possuem uma conduta de não informar os 
acontecimentos corretos a respeito do ocorrido, contudo pelos dados expostos esta ao que 
tudo indica sofreu um acidente vascular encefálico (AVE), dessa forma ela sofre de uma 
doença degenerativa, dado que, sua filha pergunta a respeito de tratamentos viáveis. 
Em relação ao cenário da senhora, podemos observá-la em primeira análise em seu 
instante de consciência e com o passar do tempo, a mesma vai ficando cada vez mais 
doente, perdendo dessa forma o prazer de viver. Acerca de seu esposo, é importante 
ressaltar que o mesmo passa todo o filme e ainda traz aquilo de modo a comprovar todo o 
seu amor pela esposa, o afeto o qual ele mostra e admirar sempre atencioso e o instante o 
qual ele tirou a vida dela, se mostra como uma grande prova de seu amor, visto que, apenas 
daquele modo ele poderia fazer com que o autêntico desejo de seu amor infinito. 
Tendo em vista todo seu amor por sua esposa, há uma cena no filme em que George 
demite a enfermeira que cuidava de Anne, pois a mesma não a tratava com carinho, George 
ainda desejou que a enfermeira sofresse todos os males que ofereceu a seus pacientes. 
Podemos perceber que o convívio entre os profissionais da saúde com os pacientes é de 
extrema importância, tendo em vista que podem afetar diretamente no quadro de melhora 
ou então no conforto dos cuidados paliativos ( o qual seria o caso de Anne). 
Contudo, penso eu que para o conforto e melhoria do paciente, se faz necessário de 
uma equipe multidisciplinar bem capacitada, não somente médicos, pois muitas das vezes 
nos preocupamos com apenas os sintomas físicos dos pacientes e acabamos nos esquecendo 
do psicológico, que é fundamental para a melhoria e qualidade de vida do paciente, mesmo 
que o próprio não vá sobreviver, ele ainda merece e digno de um cuidado bem feito. 
 
 
 
 
4. AUTOAVALIAÇÃO 
 
 
 Quando entramos na faculdade de medicina, estamos realizando o sonho de nossas 
vidas, ao mesmo tempo também ansiosos, pois são terras, antes, não exploradas por nós. 
Sem saber oque tem por vir, damos início em nossa nova vida, com objetivos a serem 
alcançados, rotinas a serem construídas, amizades novas, perspectivas novas e, tudo isso em 
uma mistura de sentimentos. Conforme o tempo avança, as coisas vão se encaixando e 
vamos nos habituando, cada um em seu tempo. 
 No segundo período, ainda há muito a ser feito e muito a ser vivido, apesar de 
habituados, somos ansiosos pelo futuro e fugazes pelo imediato, isso deixa tudo mais 
alvoroçado. Não temos certezas sobre nossos futuros, entretanto, devemos possuir certeza 
do que fazemos no presente, para que, desse modo, possamos colher esses frutos 
brevemente. 
 Por fim, a emoção de poder trilhar caminhos e vertentes diferentes, é única. Por isso, 
investimos em nossos conhecimentos, para que a estrada que nos leva ao nosso destino, 
seja como um gramado japonês, plano, sem obstruções e identificável, pois o 
reconhecimento do trajeto é necessário para a essência de um ser humano íntegro que 
ainda carrega consigo, a lembrança do passado.. 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 Branco, M. A. F. (1996). Sistemas de informação em saúde no nível local. Cadernos de Saúde 
Pública, 12(2), 267-270. 
 Caprara, A., & Franco, A. L. (1999). A relação paciente-médico: para uma humanização da 
prática médica. 
 Autor(a): Janayna Longhi. Data da publicação: 14/08/2020. Retirado em 17/11/2020. 
16:48. Disponível em: https://blog.psicologiaviva.com.br/luto-na-separacao-amorosa//

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