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Betim 2020 LUCAS FELIPE DA SILVA IMPACTO DO BRUXISMO NA QUALIDADE DE VIDA Betim 2020 IMPACTO DO BRUXISMO NA QUALIDADE DE VIDA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Betim, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Odontologia LUCAS FELIPE DA SILVA LUCAS FELIPE DA SILVA IMPACTO DO BRUXISMO NA QUALIDADE DE VIDA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (Faculdade Pitágoras Betim), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Odontologia. BANCA EXAMINADORA Lucas Maia Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Flávia Barbosa Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Gabriel Ponte Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Betim, 15 de junho de 2020 Dedico este trabalho a Simone Oliveira Cota, mãe, que sempre me ensinou a nunca desistir dos meus sonhos. Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível. (Charles Chaplin) SILVA, Lucas Felipe. Impacto do Bruxismo na qualidade de vida. 2020. 50. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Faculdade Pitagoras Betim, Betim, 2020. RESUMO O bruxismo é uma doença multifatorial, que se apresenta cada vez mais no dia a dia dos pacientes, sendo uma doença com alto nível de destruição dentaria, e causadora da perda de qualidade de vida das pessoas. O impacto causado por ela esta relacionada com diversas áreas da vida das pessoas, a prejudicando desde a sua área social a profissional. Esta parafunção segundo a literatura não tem cura, apenas tratamento que ameniza a sua ação, o objetivo dessa pesquisa é ajudar os profissionais da área da saúde, a definir o melhor tratamento para esta parafunção, muito poucos estudos e pesquisas foram feitas ate agora, tornando o bruxismo difícil a diagnosticação correta e o tratamento de sucesso. Será realizada uma Revisão da literatura, dos assuntos relacionados ao bruxismo, e a sua interferência na qualidade de vida das pessoas que possuem essa parafunção, mostrando os pontos negativos que o bruxismo trás a saúde bucal. Serão pesquisados em livros, artigos, e revistas nacionais e internacionais nos últimos 100 anos, mostrando o impacto e as descobertas que possam ser relacionadas, diferença entre o mundo da perspectiva dos autores anteriores e os atuais. que mostram o impacto do bruxismo. Buscando também a sua causa, e os tratamentos indicados para tratar essa parafunção multifatorial. Usando palavras de busca como, bruxismo, impacto, e qualidade de vida. Palavras-chave: Bruxismo; Qualidade de vida ; Tratamento do bruxismo ; Etiologia do bruxismo; DTM. SILVA, Lucas Felipe. Impacto f bruxismo n quality of life. Trabalho de conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Pitágoras, Betim, 2020. ABSTRACT Bruxism is a multifactorial disease, which presents itself more and more in the daily lives of patients, being a disease with a high level of dental destruction, and causing the loss of people's quality of life. The impact caused by it is related to different areas of people's lives, harming them from their social to professional areas. This function according to the literature has no cure, only treatment that softens its action, the objective of this research is to help health professionals, to define the best treatment for this parafunction, very few studies and researches have been done so far, making bruxism difficult to correct diagnosis and successful treatment . A literature review will be carried out, on matters related to bruxism, and their interference in quality of life of people who have this parafunction, showing the negative points that bruxism brings to oral health. It will be researched in books, articles, and national and international magazines in the last 100 years, showing the impact and the discoveries that may be related, a difference between the world from the perspective of previous and current authors. that show the impact of bruxism. Also searching its cause, and the treatments indicated to treat this multifactorial parafunction. Using search words like, bruxism, impact, and quality of life. Keywords: Bruxism; Quality of life; Treatment of bruxism; Etiology of bruxism; TMD. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Episódios de AMMR com ranger dos dentes ......................................... 21 Figura 2 – Fluxograma dos eventos fisiológicos do bruxismo ................................. 21 Figura 3 – Pontos de gatilho miofaciais para os dentes .......................................... 25 Figura 4 – Desgaste dentário intenso secundário ao bruxismo ............................... 28 Figura 5 – Desgaste dentário durante os movimentos de protrusão ....................... 28 Figura 6 – Mobilidade dentária..................................................................................29 Figura 7 – Atividade do masseter / Horas de sono....................................................34 Figura 8 – Relação de longo prazo do estresse, atividade muscular e dor...............34 Figura 9 – Aparelho oclusal superior de arcada completa, um tipo de terapia oclusal reversível....................................................................................................................37 Figura 10 – Agulhas de acupuntura colocadas na face.............................................41 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Distribuição do bruxismo em relação ao gênero. ................................... 17 Tabela 2 – Prevalência de oclusão normal e má oclusão em relação ao bruxismo. 17 Tabela 3 – Comparação das atividades funcional e parafuncional usando cinco fatores comuns ......................................................................................................... 33 LISTA DE GRAFICOS Grafico 1 - Distribuição dos hábitos bucais em relação ao gênero......................20 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMMR Atividade Muscular Mastigatória Rítmica DTM Disfunção Temporomandibular EEG Encefalograma EGS Estimulação Eletrogalvânica EMG Eletromiografia PSG Polissonografia RDC/TMD research diagnostic criteria for temporomandibular disorders (Pesquisar critérios de Diagnostico para Desordens Temporomandibulares) REM Rapid Eye Movement (Movimento Rápido dos Olhos) SAOS Síndrome Apneia Obstrutiva do Sono SNC Sistema Nervoso Central TENS Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea 13 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 2. CAUSA DO BRUXISMO .................................................................................... 16 3. COMO O BRUXISMO ALTERA E COMPROMETE A VIDA DOS PORTADORES ......................................................................................................... 23 4. TRATAMENTOS INDICADOS ........................................................................... 36 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 43 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44 14 1. INTRODUÇÃO O bruxismo é um ato parafuncional que ocorre tanto durante o dia quanto a noite, que envolve todo o sistema estomatognático, provocando desgastes dentais, periodonpatias, dores articulares e fracassos clínicos. Apresentandoum impacto direto na qualidade de vida do paciente, sendo eles na vida social, profissional, físicos e emocionais. Identificar as possíveis impressões que esta parafunção causa na vida das pessoas, e assim podendo definir quais áreas atinge, e em qual grau ela pode ser prejudicial na qualidade de vida do individuo, definindo a melhor maneira, para melhorar as experiências dos tratamentos definidos. O bruxismo sendo uma parafunção que pode se manifestar de diversas etiologias, e também ser tratada por diversas intervenções, mas não curada, deixa o paciente sujeito ao tratamento continuamente. Assim identificando como melhorar a qualidade de vida das pessoas que são submetidas a esses tratamentos. E determinando, quais consequências que o bruxismo apresenta para seus portadores? O presente trabalho tem como objetivo geral Determinar possíveis tratamentos que represente melhora na qualidade de vida, através de uma revisão de literatura e especificamente definir a causa do bruxismo, determinar como o bruxismo altera e compromete a vida dos portadores e conhecer os tratamentos indicados. O bruxismo trás problemas a curto e longo prazo, diferenciando-se também de intensidade e grau, que trazem consequências aos indivíduos portadores desta função. Esses apresentam as mesmas características clinicas de pacientes que possuem doenças crônicas com grandes dores, distúrbios psicológicos e comportamentais, necessitando- se de um tratamento especifico, e eficaz contra a parafunção. Foi realizado um estudo qualitativo, descritivo, através de revisão bibliográfica sistematizada de artigos publicados no Brasil e internacionais no período de 1997 a 2019. A pesquisa foi realizada através da internet e livros, sendo utilizados os seguintes termos para a pesquisa: Bruxismo, Qualidade de Vida, Tratamentos o levantamento foi realizado nos meses Março, Abril e Maio, os critérios de inclusão 15 foram pessoas com sinais e sintomas do Bruxismo, desta forma foi utilizado 14 artigos. 16 2. CAUSA DO BRUXISMO Podendo ser uma parafunção que ocorre tanto durante o dia quanto a noite, caracterizando situações distintas, como o bruxismo em vigília e bruxismo do sono, ambas trazendo consequências à qualidade de vida das pessoas. (SIQUEIRA, et al,.2012). “O bruxismo noturno não necessariamente tem relação com o bruxismo diurno”. (MOLINA et al.,2002,p.63). Havendo evidencias clinicas e cientificas promovendo que se trata de comportamentos diferentes. (MOLINA et al.,2002) O bruxismo é classificado como primário ou secundário. O bruxismo primário, por ser idiopático, não está relacionado a nenhuma causa médica evidente, clínica ou psiquiátrica. [....] O secundário esta associado com transtornos clínicos: neurológico, como na doença de Parkinson; psiquiátrico, nos casos de depressão; outros transtornos do sono, como apnéia; e uso de drogas como as anfetaminas. (MACEDO,2008,p.10) Segundo Mikami(1977) O habito pode ser considerado como o mais significante de todas as atividades parafuncionais do aparelho mastigador. “No passado os fatores morfológicos, como as características oclusais e a anatomia das estruturas ósseas da região facial, eram consideradas as principais causas do bruxismo.” (CERANTO,MIURA,PRIMO,2009,p.20). O bruxismo é dividido em primário e secundário, sem causa parente é definido como primário, enquanto que o secundário é associado ao uso de drogas, medicamentos psicoativos e desordens medicas. .(GONÇALVES, TOLEDO, OTERO,2010). Apesar de a literatura sugerir que existem vários graus de severidade do bruxismo que podem ser medidos em termos de intensidade das forças, frequência dos eventos e duração de cada episódio, ou ainda em termos dos efeitos sobre os diversos componentes do aparelho mastigador, estudos sobre a classificação do bruxismo e seus efeitos sobre o mesmo são raros ou inexistentes. (MOLINA et al.,2002) “A etiologia é multifatorial e a literatura sugere vários fatores associados: dentário, fisiológico, psicológico e neurológico.” (MICHELE BAFFI DINIZ et al, 2009, p.113). Assim se tornando uma parafunção muito complexa. “Entre os fatores locais, 17 as interferências oclusais parecem ser a causa mais aceita pela grande maioria dos autores.” (KARINA EIRAS DELA COLETA PIZZOLA et al, 2006, p.158). No inicio, a Odontologia estava quase convencida de que o bruxismo era diretamente ligado ás interferências oclusais. Consequentemente, os tratamentos eram direcionados à correção das condições oclusais. [...] Existe certo questionamento de que os contatos oclusais influenciam a função do sistema mastigatório (Cap.02), mas eles provavelmente não contribuem para o bruxismo. (OKESON; 2000; P.113). Um estudo transversal foi realizado com 680 alunos de forma aleatória em escolas da rede publica, da cidade de Brasília/DF, aprovado pelo comitê de Ética da Faculdade de Ciências da Saúde, os alunos apresentavam de 4 a 16 anos. Utilizando critérios de exclusão, (1) distúrbios mentais, (2) tratamento ortodôntico/ortopédico presente ou passado, e (3) não autorização dos responsáveis. Apenas o bruxismo excêntrico foi investigado. (GONÇALVES, TOLEDO, OTERO,2010) Tabela 1 - Distribuição do bruxismo em relação ao gênero. Fonte: Gonçalves, Toledo, Otero (2010,p.99) Assim pode-se afirmar que o bruxismo não tem relação com gênero, podendo atingir de formas iguais ou aproximadas. Tabela 2 - Prevalência de oclusão normal e má oclusão em relação ao bruxismo. Fonte: Gonçalves, Toledo, Otero (2010,p.100) 18 “De acordo com a tabela pode se afirmar que não houve associação entre quaisquer fatores oclusais estudados e o bruxismo.” (GONÇALVES, TOLEDO, OTERO,2010,p.100) “Vários são os fatores de risco associados ao bruxismo do sono: idade, tabaco, álcool, cafeína, ansiedade, estresse, transtornos psiquiátricos e do sono, drogas e disfunções temporomandibulares.”(MACEDO;2008,p.18) Durante o sono, contrações musculares rítmicas são realizadas, com forças além do normal, acarretando atritos e ruídos fortes ao ranger os dentes que não são produzidos em períodos de consciência. (GONÇALVES, TOLEDO, OTERO,2010) Com o avanço da idade o bruxismo do sono diminui. (MACEDO,2008). Sendo os idosos com menor registro desta parafunção. Pacientes Fumantes apresentam risco aumentado em duas vezes de desenvolverem o bruxismo do sono, devido a atividade induzida pelo cigarro. (MACEDO,2008) A parafunção se relaciona claramente com conflitos de ansiedade que ocorrem durante o dia. (MOLINA et al.,2002) sendo assim “Não resta duvidas de que algumas variáveis do bruxismo estão relacionadas com ansiedade.” (MOLINA et al.,2002,p.64)Também incluindo o uso de substancias estimuladores como anfetaminas e antidepressivos. (CERANTO,MIURA,PRIMO,2009) Hoje com avanços em pesquisas constatou-se que se deve por vários fatores, como psicológicos e genéticos. (CERANTO,MIURA,PRIMO,2009) Com relação aos fatores genéticos, não há trabalhos demostrando que o bruxismo possa ser uma condição herdada, mas o fato do ambiente familiar ser mais ou menos estressante favorecia seu desenvolvimento.(Orlando,2000) Estudos demonstram que filhos de pais que possuam bruxismo possuem mais chances de desenvolver a parafunção.(ORLANDO,2000) Alguns estudos mostraram que o bruxismo tem correlação com algumas patologias respiratórias, como desordens respiratórias e a síndrome da apneia obstrutiva do sono(SAOS).(GONÇALVES, TOLEDO, OTERO,2010,p.97) Hoje com avanços em pesquisas constatou-se que se deve por vários fatores, como psicológicos e genéticos. (CERANTO,MIURA,PRIMO,2009). “Estudos demonstram 19 que filhos de pais bruxômanos tendem a desencadear o bruxismo com maior frequência” (ORLANDO 2000,p.264). Um fator que parece influenciar a atividade de bruxismo é o estresse emocional.Acredita-se que certas medicações possam aumentar os eventos de bruxismo. Estudos sugerem que possa haver uma predisposição genética ao bruxismo, outros estudos relatam uma relação entre bruxismo e desordens do sistema nervoso central (SNC). Um estudo vincula o bruxismo ao refluxo gastroesofagico. Vários relatos de caso vincularam o bruxismo elevado ao uso de certos antidepressivos, como os inibidores da recaptura seletiva da serotonina. (OKESON, 2000). São mais propensos a expressarem o bruxismo os indivíduos que apresentam dificuldade em expressar os sentimentos como, ansiedade, raiva, e medo. (ORLANDO, 2000; MANFREDINI; LOBBEZOO, 2009). O sistema mastigatório possui atividades que são divididas em funcionais e parafuncionais., dentro das atividades funcionais estar o bruxismo tem relação com a hiperatividade muscular. Que é a fonte da atividade que causa o ranger e o apertamento dos dentes. (CERANTO,MIURA,PRIMO,2009) Segundo GONÇALVES, TOLEDO, OTERO(2010 apud CHEIFETZ et al, 2005) Após avaliação feita em crianças notou-se que as crianças que não tinham hábitos bucais como sucção dos dedos, morder objetos apresentavam esta parafunção, relacionando como modo alternativo para alivio de estresse. 20 Grafico 1- Distribuição dos hábitos bucais em relação ao gênero Fonte: Gonçalves, Toledo, Otero (2010,p.100) Avaliou se que os tipos específicos de hábitos bucais como, onicofagia, sucção de chupeta, sucção de dedo e morder os lábios apenas a sucção de chupeta se mostrou relacionada ao bruxismo. (GONÇALVES, TOLEDO, OTERO,2010) Segundo Cristiane Rufino de Macedo o “bruxismo do sono esta associada com despertares curtos com duração de 3 a 15 segundos, conhecidos como microdespertares”. (MACEDO, 2008,p.18) Que é modulado por vários neurotransmissores no sistema central, principalmente pelo sistema dopaminérgico. (MACEDO, 2008) Varias atividades motoras acontecem à noite, entre elas são engolir, movimentar os lábios e língua, a atividade orofacial mais comum observada à noite é a atividade muscular mastigatória rítmica (AMMR) do musculo facial masseter, que tem o papel fundamental no bruxismo do sono, a frequência de AMMR é três vezes maior em indivíduos com bruxismo. (MACEDO,2008) Cada episódio de AMMR possui ate 70% mais contrações e com amplitude das concentrações é de 60%%, ou seja, nesses pacientes a atividade é mais forte, Há uma variação para cada paciente com bruxismo do sono. (MACEDO, 2008) Os episódios de AMMR estão relacionados com alterações do encefalograma (EEG) e eletromiografia (EMG) relacionadas aos microdespertares. (MACEDO, 2008) 21 FIGURA 1 – Episódios de AMMR com ranger de dentes. Fonte: Macedo (2008,p.20) Estes eventos fisiológicos se iniciam 4 a 8 minutos, antes de ocorrer à atividade mastigatória rítmica, nesse momento a alteração no balanço do sistema de simpático para parassimpático, ocorre um aumento da atividade simpático autonômico cardíaco e diminuição do parassimpático, 4 segundos antes de começar o primeiro episodio de AMMR, observasse um aumento na atividade alfa e delta do EEG. Logo em seguida 1 segundo antes do AMMR ocorre uma taquicardia com a primeira batida cardíaca. (MACEDO, 2008) FIGURA 2 – Fluxograma dos eventos fisiológicos do bruxismo do sono. Fonte: Macedo (2008,p.20) 22 Há um aumento do tônus do suprahióde 08 segundos antes do inicio, que provavelmente é responsável pela abertura da mandíbula e da via aérea, e finalmente, ocorre a AMMR com alteração do EMG nos músculos masseteres, com ou sem ranger de dentes. (MACEDO, 2008,p.21) Há controvérsias quanto ao estágio do sono no qual o bruxismo ocorre. Alguns estudos sugerem que ele ocorre, principalmente, durante o estágio REM, enquanto outros sugerem que nunca ocorre durante o sono REM. Ainda outros estudos relatam que os eventos de bruxismo ocorrem durante o estágio de ambos os sonos REM e não-REM, porém a maior parte dos eventos aparentemente está associada aos estágios de sono mais leve 1 e 2 do sono não-REM. Os eventos de bruxismo parecem estar associados à mudança do sono profundo para o sono leve, como pode ser demonstrado dirigindo-se um foco de luz ao rosto da pessoa que está dormindo. (OKESON,2008) A seguir no próximo capitulo abordaremos como essa parafunção de variadas etiologias pode comprometer e prejudicar o individuo portador da mesma. Mostrando o quanto pode ser destrutiva e prejudicial na qualidade de vida. 23 3. COMO O BRUXISMO ALTERA E COMPROMETE A VIDA DOS PORTADORES Hábito parafuncional tem impacto direto na qualidade de vida não só do individuo como também de seus familiares mais próximos, além de ser considerado importante fator de risco para disfunções temporomandibulares. (COSTA, 2013) O bruxismo pode causar diversas alterações na cavidade bucal e sintomas sistêmicos, sobrecarga dos músculos mastigatórios. (AZATO et al; 2013) “Tal atividade resulta na aplicação de forças pesadas em poucos dentes e com a articulação numa posição instável; consequentemente, há um aumento na probabilidade de surgirem consequências patológicas nos dentes e articulações.” (OKESON, 2000, p.113). Os principais sinais e sintomas do BS incluem o ruído característico de ranger dos dentes, desgaste dentário, dor local, hipertrofia dos músculos masseteres e temporais, cefaléias, disfunção da articulação temporomandibular, sono de má qualidade e sonolência diurna. (ALÓE GONÇALVES,et al,2009,p.5) Sintomatologia muscular inclui fadiga, aumento do grau de excitação dos músculos mastigatórios, principalmente o musculo mastigatório, principalmente o musculo pterigoideo lateral e os elevadores mandibulares masseter e temporal, responsáveis pela mastigação e os movimentos da boca. (CERANTO, PRIMO, MIURA, 2009) Essas dores podem se tornar destrutivas para o espírito humano, levando a uma redução significativa na qualidade de vida. Essas dores são geralmente continuas e podem diminuir significamente a capacidade funcional do individuo. (OKESON, 2000) “A dor é uma das maiores experiências de emoções negativas humanas”. (OKESON, 2000, p.36). Uma pesquisa feita entre pacientes com bruxismo que acordavam com dor e outros não, constatou que pacientes que praticavam mais contrações musculares à noite não tinham dores, sendo que os pacientes que tinham menos contrações acordavam queixando-se de dor, conclui-se que os pacientes que praticavam mais o bruxismo eram como fisiculturistas que estimulavam o musculo ao nível de se tornarem mais eficientes para tal ato, sendo assim construíram fibras musculares mais fortes, e resistentes à dor, em relação aos demais indivíduos. Mas em consequência esses indivíduos que apresentavam maior apertamento tinham os dentes mais desgastados. (OKESON, 2000) A dor pode 24 tornar-se recorrente e, posteriormente, crônica. Artralgia crônica pode implicar em maiores perdas de dias de trabalho e em alguns casos, apresentar envolvimento psicossocial relevante afetando a qualidade de vida. (JOSÉ LEOPOLDO FERREIRA ANTUNES, MARCO AURÉLIO PERES, 2013). A dor crônica pode afetar diversos domínios da vida, e é associada a diversos distúrbios do sono, perda de apetite, fadiga, perda de libido, da autoestima e das interações sociais, também pelo comprometimento da qualidade de vida (alterações de sono, humor, depressão, afastamento do trabalho, etc). (ANTUNES, PERES, 2013). “O bruxismo e outros hábitos bucais tem sido relatados como associados à cefaleia.” (ANTUNES, PERES, 2013, p.169). Embora não seja, considerado um fator primário para dor facial e cefaleias, ele aumenta o fator de risco, tanto para dores crânio faciais como para depressão e sintomas inespecíficos. (ANTUNES, PERES, 2013). “O impacto das desordens bucais pode repercutir em outras esferas, alémda atividade física e do convívio social”. (ANTUNES, PERES, 2013, p.440). Foram avaliadas cinco diferentes formas de determinar as formas que a saúde bucal comprometida pode afetar Aparência, dor, conforto e bem-estar, limitação funcional, e relação social. (ANTUNES, PERES, 2013). Associados ao bruxismo podem estar presentes: sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM). Dor dentaria e periodontais e, com menor frequência, lesões traumáticas em mucosa. Desgastes excessivos dos dentes, bem como o controle da dor quando presente. (SIQUEIRA, JOSÉ, et al, 2012). ”Existem indicações de que o bruxismo é relevante para algumas alterações estruturais na articulação (ATM) e, pelo menos em parte, por algumas dores craniofaciais.” (SIQUEIRA, et al; 2012,p.258). Estudos relacionando o diagnostico de dor com disfunção mandibular mostraram que pacientes com bruxismo com dor miofascial combinada com deslocamento de disco (87,5%). .(SIQUEIRA, et al, 2012). Mialgia esta relacionada ao uso aumentado dos musculo, o sintomas estão associados à fadiga e tensão muscular, alguns atores acreditam que a causa se dá pelo acumulo de subproduto metabólicos no tecido muscular (OKESON,2008).se a 25 causa não for tratada pode levar de episódios agudos á episódios crônicos, uma vez que ela se torna crônica o SNC contribui mais para tal condição.(OKESON,2008) Figura 3 – Pontos de gatilho miofaciais para os dentes Fonte: Okeson (2008,p.97) “Como o SNC é um fator importante nesta condição, ela é referida como mialgia centralmente mediada. Mialgia crônica mediada centralmente costuma ser muito difícil de resolver, e as estratégias de tratamento devem ser diferentes daquelas usadas para desordens miálgicas agudas”. (OKESON,2008;p.135) “Formação de zonas desencadeantes de dor a gravidade da dor muscular está diretamente relacionada com a atividade funcional do músculo envolvido. Portanto, os pacientes geralmente relatam que a dor afeta suas atividades funcionais”. (OKESON,2008;p.133) Um estudo feito por MOLINA(2002) na qual pesquisadores poderam relacionar que os pacientes com bruxismo severo apresentam sintomas e sinais de depressão, distúrbios psicossomáticos, dor em locais múltiplos e Somatização, que se origina de Impressão de dores ou síndromes corporais provenientes de distúrbios psíquicos; Resposta a uma extrema aflição psicológica como Mágoas, desgosto, consternação e chegando ao extremo, que são incapazes de serem notados em exame clinico convencional. (CURY et al;2002) A mais frequente é a fadiga, que é a incapacidade de resistir durante um tempo determinado a um esforço sustentado sem que sinais e sintomas de dor e desconforto se tornem aparentes. (MOLINA,1997; OKESON,200;ORLANDO,2000) 26 Aumento da atividade muscular tônica Níveis elevados de estresse emocional vivenciado pelo paciente aumentam não somente a tonicidade muscular da cabeça e do pescoço, como também os níveis de atividade muscular parafuncional, como o bruxismo ou o apertamento dentário. (OKESON,2008) O musculo torna-se sensível a palpação, com restrição de amplitude de movimento, e dolorido com esforços mínimos. (SIQUEIRA, et al, 2012).“Essa sensibilidade ocorre por inflamação não infecciosa direta.”(SIQUEIRA, et al , 2012,p.258). Microtrauma se refere a qualquer pequena força aplicada repetidamente às estruturas articulares por um longo período de tempo. Pode resultar de uma carga articular associada à hiperatividade muscular, Isto pode ser verdadeiro se a atividade do bruxismo for intermitente e os tecidos não conseguirem se adaptar. (OKESON,2008) “bruxismo ou apertamento dentário podem produzir micro trauma aos tecidos que estão sendo sobrecarregados (i.e., dentes, articulações ou músculos).”(OKESON,2008;p.197) Na verdade, na maioria dos pacientes, a sobrecarga gradual nas superfícies articulares torna o tecido articular mais espesso e mais tolerante.(OKESON,2008) Desordens da musculatura mastigatória: há vários tipos de desordens, é importante determinar suas diferenças para o profissional agir da maneira correta.(OKESON,2008) Condições co-contração protetora, sensibilidade dolorosa muscular local e dor miofascial: são comumente encontradas no consultório odontológico, sendo outras enfermidades também envolvidas na sua origem. Super. contração e superestiramento prolongados e aumento na atividade elétrica .(OKESON,2008) Desgastes dentários: A etiologia do desgaste dentário é proveniente quase que inteiramente de atividades parafuncionais. Se o desgaste dentário fosse associado a atividades funcionais, seria logicamente encontrado nas superfícies dentárias funcionais (i.e., cúspides linguais superiores e cúspides vestibulares inferiores). Após o exame de pacientes, torna-se evidente que a maioria das facetas de desgaste dentário resulta de contatos dentários excêntricos criados por movimento típicos do bruxismo. (OKESON,2008) 27 O ranger padronizado dos dentes pode causar sensibilidade muscular pós- exercício (SMPE) em voluntários saudáveis– [...] contrações excessivas dos músculos em geral também provocam (SMPE), entre 8 a 24 horas após a atividade; o desconforto dura de 1 a 2 dias. .(SIQUEIRA, et al, 2012, p.258). “O bruxismo é um dos distúrbios que mais contribui para o desgaste dos dentes, doença periodontal e distúrbios temporomandibulares”. (MAEHTA et al,2000;p.62). Algumas estruturas são mais sensíveis ao trauma causado pelo bruxismo como: as fibras elásticas posteriores da capsula e o disco articular, que podem apresentar sintomatologia dolorosa, desvios laterais e desgastes articulares. (CURRY et al,2002) “As estruturas auriculares, sendo próximas ao ouvido, causam uma falsa sensação de obstrução.” (CURRY et al,2002;p.63) No trabalho de Flores et al.(2007), crianças com bruxismo apresentavam menor desempenho escolar pela sensação de obstrução auditiva. Se não tratado ou controlado, pode levar a danos permanentes. (CURRY et al,2002) O paciente portador desta parafunção pode apresentar também graus diferentes de desgastes dentários, que vão de perda do esmalte a da dentina, que podem levar a fraturas e perda de restaurações. Sendo assim é necessário avaliar a localização do dente e a força exerda por ele na escolha do material restaurador.(OKESON,2008) A diferença entre estes dois tipos de desgaste dentário é importante, pois a sua etiologia é um tanto diferente. O desgaste dentário secundário ao bruxismo noturno é centralmente induzido e necessita ser controlado através da tentativa de controlar os mecanismos centrais. (OKESON,2008) 28 Figura 4 – Desgaste dentário intenso secundário ao bruxismo . Fonte: Okeson (2008,p.162) Por outro lado, o desgaste dentário causado pela estrutura dentária que está invadindo o envelope de movimento funcional pode ser tratado através do ajuste dos dentes, para produzir mais liberdade durante os movimentos funcionais. Se estas diferenças realmente existem e como o dentista pode diferenciá-las para a seleção adequada do tratamento correto ainda precisa ser determinado. O desgaste dentário secundário ao bruxismo noturno é centralmente induzido e necessita ser controlado através da tentativa de controlar os mecanismos centrais (OKESON,2008) Figura 5 – Desgaste dentário durante os movimentos de protrusão Fonte: Okeson (2008,p.161) Por outro lado, o desgaste dentário causado pela estrutura dentária que está invadindo o envelope de movimento funcional pode ser tratado através do ajuste dos dentes, para produzir mais liberdade durante os movimentos funcionais. (OKESON,2008) 29 Problemas posturais: O bruxismo segundo MOLINA( 1997) poda causar problemas posturais, podendo afetar tanto a musculatura mastigatória quanto postural, músculos localizados na musculatura cervical da coluna, podendolevar a dores crônicas permanentes. (CURRY et al,2002) Problemas periodontais: Apos o agravamento é visível à ação no periodonto, levando a doenças periodontais, por perda de incersão e perdas ósseas em consideração dos traumas oclusais. (CURRY et al,2002) Figura 6 – Mobilidade dentária Fonte: Okeson (2008 , p. 160) Se tratando de periodonto podemos ver recessões nas áreas de estresse oclusal, reabsorção da crista óssea alveolar horizontal, espessamento de lamina dura, assim gerando hipercementose e cementomas que pode ser visualizados através da radiografia. (OKESON,2008) O segundo fator que pode causar mobilidade dental são forças oclusais pesadas anormais. (OKESON,2008) Este tipo de mobilidade está intimamente relacionado com a hiperatividade muscular e, portando, se torna um sinal de distúrbio funcional do sistema mastigatório (OKESON,2008) (especialmente aquelas direcionadas horizontalmente) é aplicado aos dentes, o ligamento periodontal não pode distribuí-las adequadamente aos ossos. (OKESON,2008) Quando forças horizontais pesadas são aplicadas ao osso, o lado da raiz que sofre a pressão destas forças mostra sinais de colapso celular, enquanto o lado 30 oposto (lado de tensão) mostra sinais de dilatação vascular e alongamento do ligamento periodontal. Isto aumenta a largura do espaço periodontal em ambos os lados do dente (OKESON,2008). Forças verticais são bem aceitas pelas estruturas de suporte dos dentes. Este movimento produz forças horizontais, que não são bem aceitas e aumentam a probabilidade de danos aos dentes e/ou às estruturas de suporte. A mobilidade dentária pode resultar de dois fatores: perda de osso de suporte (doença periodontal) e forças oclusais pesadas não usuais (oclusão traumática). (OKESON,2008) “Dentes desvitalizados, por serem friáveis são facilmente fraturados devido aos traumas oclusais. Se tratando de dentes isolados pode levar a extrusão e agravamento da situação.” (OKESON,2008;p.252) Impactos anatômicos: utilizaram sensores colocados sobre a placa de mordida, e observaram que as forças de mordida aplicadas durante a noite eram superiores as forcas máximas voluntarias que ocorrem durante o dia, e por isto afirmaram que o bruxismo noturno é muito danoso para as estruturas anatômicas, principalmente músculos, dentes, osso alveolar e articulações.(CURRY et al,2002) “Alguns pacientes são mais suscetíveis a sinais e sintomas que outros, chamada de teoria do “elo fraco”, que diz que determinadas forcas aplicadas sobre o aparelho mastigatório” podem alcançar determinadas intensidades em alguns indivíduos”. CURRY et al, 2002;p.64). assim provocando dores e sinais e sintomas em indivíduos menos tolerância. Geralmente é vista como uma diminuição da amplitude dos movimentos mandibulares. Quando os tecidos musculares tiverem sido comprometidos pelo excesso de uso, qualquer contração ou estiramento aumenta a dor. Portanto, para manter o conforto, o paciente restringe os movimentos dentro de uma amplitude que não cause o aumento do nível de dor. Clinicamente isto aparece como dificuldade de abrir a boca amplamente. (OKESON,2008) Lembre-se que a quantidade e a intensidade da carga influenciam grandemente na possibilidade de a instabilidade ortopédica causar ou não uma desordem de desarranjo do disco. Pacientes com bruxismo e com instabilidade ortopédica consequentemente são mais propensos a estes problemas do que pacientes sem bruxismo e com a mesma oclusão. (OKESON,2008) 31 “Pacientes com bruxismo pesado apresentam mais sinais e sintomas de DTM, dores de cabeça, dores cervicais, mais somatização, distúrbios internos articulares, menor grau de abertura de bucal, e maior frequência de sinais e sintomas de (DDMF) e fatores psicológicos.”(CURY et al, 2002;p.64) “O bruxismo é considerado um dos principais fatores etiológicos de distúrbios na ATM e na musculatura mastigatória, podendo iniciar ou potencializar quadros de desordens temporomandibulares.” (DIAS et al,2014;p.114) Se as estruturas mais fracas (com menor tolerância de força e resistência) forem os músculos, o paciente sentira sensibilidade muscular e dor durante os movimentos funcionais, isto é podendo causar limitações em abertura de boca. Se as ATMS forem a estrutura de menor resistência o paciente sentira dor e sensibilidade articular, podendo produzir sons como estalidos ou crepitação. (OKESON,2008) ”A maioria dos doentes com bruxismo e dor na face apresenta dor bilateral, descrita como sensação de peso ou aperto, bem como cefaleia na região frontotemporal.” (SIQUEIRA, et al, 2012,p.258). Sendo de enorme desconforto para o paciente, limitando a qualidade de vida. “Dor, desconforto e deficiência, consequências diretas de incapacidades físicas, psicológicas e sociais podem limitar nossa capacidade de realizar atividades diárias.” (ANTUNES,PERES,2013,p169). DTM: “O que determina se o paciente irá desenvolver DTM é a quantidade de carga”. (OKESSON.2008;p.253) Consequentemente, pacientes com bruxismo e instabilidade ortopédica apresentam um risco muito mais alto de desenvolver problemas quando comparados aos pacientes com a mesma instabilidade. (OKESSON,2008). Atividade parafuncional, Seja ela diurna ou noturna, bruxismo ou apertamento, esse tipo de atividade muscular pode ser responsável pelos sintomas de DTM.(OKESSON,2008) Este tendão é suscetível à inflamação da mesma forma que outros tendões (i.e., cotovelo). A atividade constante e prolongada do músculo temporal pode resultar em uma tendinite do temporal. (OKESSON,2008) O bruxismo leva aos sinais e sintomas característicos de alguns subgrupos de DTM, enquanto outras sugerem que o bruxismo em si é uma DTM que pode coexistir com outras formas ou subgrupos de disfunção. .(SIQUEIRA, et al, 2012, p.258). 32 Alargamento do Espaço Periodontal. O aumento da mobilidade está diretamente relacionado com a reabsorção do osso de suporte nos aspectos laterais dos dentes. (OKESSON,2008) Osteoesclerose. No geral, quando um tecido é submetido a forças pesadas, é provável que ocorra um dos dois processos. (OKESSON,2008) Hipercementose. A atividade hipertrófica pode também ocorrer no cemento, com uma aparente proliferação do cemento. (OKESSON,2008) Abfração O desenvolvimento de abfrações geralmente aumenta com a idade. A etiologia das abfrações é muito debatida. (OKESSON,2008) Alguns sugeriram que as abfrações são os resultados da flexão da raiz na região cervical, quando o dente é submetido a cargas oclusais pesadas. Se isto for correto, então, o bruxismo é uma causa provável. (OKESSON,2008) Qualidade do sono: Parece haver uma relação entre algumas condições de dor e a qualidade do sono do paciente. É importante, portanto, que a qualidade do sono do paciente seja avaliada. Atenção especial deve ser dada quando o paciente relata acordar durante a noite com dor ou quando a dor na realidade acorda o paciente. (OKESSON,2008) Bruxismo pode levar ao insucesso os implantes dentários devido às fraturas implantares, dependendo da força, frequência e duração. (PRIMO,2009). Para tanto que para realização de reabilitação oral o bruxismo seja descartado. (PONTES et al;2003) Entretanto os indivíduos que apresentam mais sinais e sintomas são indivíduos com menos resistência adquirida, quando se trata em sintomas musculares, isso porque o paciente com bruxismo severo apresenta um musculo masseter mais evoluído e com hipertrofia, assim tolerando com mais resistência os episódios. Estudo pouco aprofundado sobre substancias neuroquímicas chamada de catecolaminas, são substancias que agem no sistema nervoso central; a dopamina contribui pra mais da metade composta no SNC, acreditam se que ela é responsável pela inibição do movimentos espontâneos e tem ligação com manifestações de estresse. Assim podemos relacionar com o bruxismo.(DIAS et al,2014) 33 ”Esse envolvimento do sistema nervoso autônomo com os movimentos mandibulares sugere que o bruxismo seja mediado centralmente por vários neurotransmissores principalmente pelo sistema dopaminérgico “(DIAS et al,2014;p.114). Nesses indivíduos um evento de bruxismo durante o sono claramente seria mais provável de causar problemas do que um apartamento máximo durante um período que estivesse acordado. Mais recentemente, demonstrou que 66% dos eventos de bruxismo noturno eram maiores que a força da mastigação, mas apenas 1% dos eventos excedeu a força máxima do apertamento voluntário. (OKESON,2013) Tabela 3 – Comparação das atividades funcional e parafuncional usando cinco fatores comuns Fonte: Okeson (2008,p.123) Contatos dentários durante as atividades parafuncionais são mais difíceis de avaliar, pois pouco se sabe a respeito da quantidade de força aplicada aos dentes. Estabeleceram que uma significante quantidade de atividade muscular consiste contrações que são maiores do que aquelas usadas meramente para deglutir e que são mantidas. (OKESSON, 2008) Se 36 kg de força são aplicados por segundo, produzem-se 17.507 kg por segundo por noite, o que representa três vezes a quantidade da atividade funcional por dia. Pode-se facilmente perceber que a força e a duração dos contatos dentários durante as atividades parafuncionais trazem consequências muito mais sérias para as estruturas do sistema mastigatório do que nas atividades funcionais. Tal atividade resulta na aplicação de forças pesadas em poucos dentes e com a articulação numa posição instável e, consequentemente, há um aumento na probabilidade de surgirem consequências patológicas nos dentes e articulações. 34 Isto permite um aumento da atividade parafuncional, que eventualmente alcança altos níveis, sufi cientes para causar um colapso das estruturas envolvida. Figura 7 – Atividade do masseter / Horas de sono Fonte: Okeson (2008,p.124) A maioria dos indivíduos possui algum tipo de atividade parafuncional que nunca resulta em alguma consequência maior. Contudo, algumas vezes, a atividade parafuncional precipita problemas e a terapia necessita ser direcionada para o seu controle. Em outras circunstâncias, ela pode não ser a causa principal dos sintomas de DTM, mas um fator perpetua-te que mantém ou acentua os sintomas. 35 Figura 8 – Relação de longo prazo do estresse, atividade muscular e dor Fonte: Okeson (2008,p.125) Quando um único indivíduo é monitorado por um longo período de tempo. À medida que o indivíduo, se depara com um evento estressante, a atividade noturna do masseter aumenta. Vale ressaltar que estudos mais recentes consideraram esta relação como verdadeira em apenas uma pequena porcentagem dos pacientes estudados, a maioria dos indivíduos possui algum tipo de atividade parafuncional que nunca resulta em alguma consequência maior. (OKESSON,2008) Atividades parafuncionais devem ser também avaliadas. O paciente deve ser questionado com relação a bruxismo, apertamento dentário ou qualquer outro hábito oral. Deve-se lembrar de que estas atividades geralmente ocorrem em um nível subconsciente e o paciente pode não ser preciso no seu relato (como apertamento e bruxismo). (OKESSON,2008) Níveis aumentados de estresse emocional podem afetar a função muscular por aumentar a atividade em repouso (co-contração protetora), aumentar o bruxismo, ou ambos. Níveis elevados de estresse emocional também ativam o sistema nervoso simpático, o que pode, por si só, ser uma fonte de dor muscular. (OKESSON,2008) 36 4. TRATAMENTOS INDICADOS Considerando-se que a etiologia do bruxismo é multifatorial, as diferentes formas de tratamento devem ser aplicadas para o paciente. (KARINA EIRAS DELA COLETA PIZZOLA et al, 2006). O tratamento desta parafunção deve ser cuidadosamente estudada, se tratando que cada paciente tem seu grau e etiologia diferente, por se tratar de uma doença com vários fatores. A literatura fornece inúmeras opções terapêuticas para o tratamento do bruxismo, entretanto nenhuma delas tem estudos controlados e de longo prazo que confirmem sua eficácia. (SIQUEIRA, et al, 2012). “A terapêutica atual visa controlar seus efeitos secundários, como os desgastes dentários e a dor muscular mastigatória. São citados: medicação, higiene do sono, relaxamento e aparelhos intra orais.” (SIQUEIRA, et al, 2012, p.259). Placa de mordida é indicada como meio paliativo, para proteção dos elementos dentais, permitindo maior relaxamento dos músculos hipertrofiados e relaxamento para a ATM. (PRIMO,MIURA,CERANTO,2009) Relata se uma diminuição significativa de episódios de bruxismo e microdespertares nos primeiros 15 dias, também facilitaram a abertura das vias aéreas superiores durante o sono, enquanto a espessura da placa favoreceu a abertura da bucal, e consequentemente diminuído os episódios. (SIQUEIRA, et al, 2012. A terapia oclusal reversível altera a condição oclusal do paciente apenas temporariamente, e é mais bem executada com uma placa oclusal. Essa placa é um aparelho em acrílico usado sobre os dentes de uma arcada, que apresenta uma superfície oclusal que cria e altera a posição mandibular e o padrão de contato dos dentes A posição mandibular e oclusão exatas dependerão da etiologia da desordem. Quando se trata uma atividade parafuncional, a placa fornece uma posição mandibular e uma oclusão que se encaixam nos critérios de relações oclusais ideais.(OKESON,2008) Assim, quando a placa está sendo utilizada, é estabelecido um padrão de contato oclusal que se encontra em harmonia com a relação côndilo-disco-fossa ideal para o paciente. Portanto, a placa fornece estabilidade ortopédica. Esse tipo de placa tem sido usado para diminuir os sintomas 37 associados a várias DTMs assim como também diminui a atividade parafuncional.(OKESON,2008) FIGURA 9 – Aparelho oclusal superior de arcada completa, um tipo de terapia oclusal reversivel Fonte: Okeson (2008,p.274) Logicamente, a estabilidade ortopédica é mantida somente enquanto a placa está sendo usada, sendo assim considerado um tratamento reversível. Uma placa oclusal que utiliza a posição condilar músculo-esqueleticamente estável (relação cêntrica) é referida como placa estabilizadora. Terapia oclusal irreversível é qualquer tratamento que altere permanentemente a condição oclusal e/ou a posição mandibular.(OKESON,2008) Modelos Montados, durante o exame, o dentista identificar uma instabilidade ortopédica significativa, os modelos de estudos montados em articulador podem ser extremamente úteis para uma avaliação da condição oclusal.(OKESON,2008) Os modelos de estudo montados podem ser de grande valor, não só como um registro básico das relações dos dentes e maxilares, mas também como uma avaliação dos efeitos do bruxismo ao longo do tempo. Os dentistas devem manter em mente que uma dor muscular e articular aguda e um edema articular podem diminuir a precisão da montagem. Portanto, uma análise oclusal é mais confiável após ter-se solucionado o processo de doença aguda. .(OKESON,2008) Níveis aumentados de estresse emocional podem afetar a função muscular por aumentar a atividade em repouso (co-contração protetora), aumentar o bruxismo, ou ambos. Níveis elevados de estresse emocional também ativam o sistema nervoso simpático, o que pode, por si só, ser uma fonte de dor muscular. A ativação do sistema nervoso autônomo pode também estar associada a outras desordens psicofisiológicas comumente associadas à DTM, tais como a síndrome do cólon irritado, síndrome pré-menstrual e cistite intersticial. É extremamente 38 importante que o clínico reconheça essa relação e altere os tratamentos apropriadamente (OKESON,2008). Essa atividade muscular aumentadapode não apenas estar somente associada a apertamento e/ou bruxismo como pode meramente representar um aumento generalizado da tonicidade muscular. Assim, pode ser feita uma correlação entre níveis elevados de ansiedade, medo, frustração, raiva e hiperatividade muscular. (OKESON,2008) Infelizmente, contudo, nenhum teste psicológico pode ser feito para determinar se esses estados emocionais estão contribuindo para a hiperatividade muscular. O paciente deve ser instruído a desocluir rapidamente os dentes toda vez que eles entrarem em contato que não seja durante a mastigação, deglutição e fala. Essa posição de repouso não somente diminui a atividade, e conseqüentemente a dor muscular, como também minimiza a pressão interarticular, promovendo o reparo da articulação. Esse exercício simples deve ser repetido todos os dias até que se adquira o hábito de manter a mandíbula nessa posição de repouso durante todo o dia. (OKESON,2008) Toxina botulínica: Visa interromper, ao menos de modo temporário, á atividade no musculo mastigatório, indicados a injeção da substância nos músculos masseteres e temporais. Na dor miofascial mastigatória persistente o uso de toxina tipo A não se mostrou relevante. (SIQUEIRA, et al, 2012) Fármacos: Algumas tentativas do tratamento com o bruxismo não mostraram resultados favoráveis. Não existe evidencias que o bruxismo idiopático seja controlado por medicamentos. Os efeitos colaterais ultrapassam os benefícios. (SIQUEIRA, et al, 2012). Certas drogas dopaminérgicas, serotoninérgicas, e adrenérgicas diminuem ou exacerbam o bruxismo. (SIQUEIRA, et al, 2012). Na esfera farmacológica podemos citar medicamentos paliativos no tratamento do bruxismo, dentre eles estão, analgésicos, antiiflamatorios, miorelaxantes,ansiolíticos e antidepressivos. (ZUANON et al.,1999). Antidepressivos: O efeito terapêutico dessa drogas parece estar relacionado à sua capacidade de aumentar a disponibilidade das aminas biogênicas serotonina e norepinefrina na junção sináptica no sistema nervoso central (OKESON,2008). 39 Os antidepressivos tricíclicos são benéficos em doses tão baixas quanto 10 mg no tratamento da dor de cabeça do tipo tensional e dor músculo-esquelética. Eles diminuem o número de vezes em que se desperta durante a noite, aumentam o estágio IV (delta) do sono, e diminuem acentuadamente o tempo gasto com o sono REM (rapid eye movement). Por essas razões, eles podem ter potencial no tratamento de certos tipos de bruxismo noturno, assim como para melhorar a qualidade do sono. (OKESON,2008). As drogas mais comumente utilizadas em abuso pelos pacientes são os analgésicos narcóticos e os tranquilizantes. Elas fornecem um breve período de euforia ou sensação de bem-estar e podem às vezes se tornar uma recompensa inconsciente pela dor sofrida. O uso continuado de drogas tende a levar a ciclos de dor mais freqüentes e menos eficácia das drogas (OKESON,2008). A sugestão geral é que, quando se indicam drogas para DTMs, elas devem ser prescritas em intervalos regulares por um período específico (p.ex., três vezes ao dia durante 10 dias) (OKESON,2008). Exercícios físicos: existem evidencias que os exercícios alteram a arquitetura do sono, reduzem distúrbios de movimento e estimulam a secreção de endorfinas. Produzem alterações no musculo estriado, consequentemente devido à liberação de dopamina. (SIQUEIRA, et al, 2012).“Ate o presente momento não existem estudos controlados e consenso sobre o tratamento do bruxismo propriamente dito.” (SIQUEIRA, et al, 2012, p.260). Modalidades de Fisioterapia. As modalidades de fisioterapia representam os tratamentos físicos que podem ser aplicados ao paciente. Elas podem ser divididas nos seguintes tipos: termoterapia, terapia de resfriamento, ultra-som, fonoforese, iontoforese, estimulação eletrogalvânica (EGS), estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), acupuntura e laser. Termoterapia. A termoterapia usa o calor como um mecanismo primário e é baseada na premissa de que o calor aumenta a circulação na área aplicada. Embora a origem da dor muscular seja incerta e complexa, a maioria das teorias discute que a condição inicial de diminuição de fluxo sangüíneo para os tecidos é responsável pela mialgia associada à sensibilidade dolorosa muscular local.(OKESON,2008) A termoterapia neutraliza isso criando uma vasodilatação nos tecidos comprometidos, levando à redução dos sintomas. Essa combinação deve 40 permanecer no lugar por 10 a 15 minutos, não excedendo 30 minutos. Assim como a termoterapia, a terapia de resfriamento provou ser um método simples e freqüentemente eficaz de redução de dor. A sugestão que tem sido feita é que o frio estimula o relaxamento dos músculos que se encontram em espasmo, aliviando, assim, a dor associada. O gelo deve ser aplicado diretamente sobre a área afetada e em movimentos circulares sem pressão nos tecidos moles. A continuação com o gelo vai resultar em uma dor leve e depois em dormência. Quando iniciar a dormência, o gelo deve ser removido. Acredita-se que durante o aquecimento haja um aumento no fluxo sangüíneo para os tecidos que auxilia na reparação tecidual (OKESON,2008). Outra técnica de modulação da dor, a acupuntura usa o próprio sistema antinociceptor do organismo para reduzir os níveis de dor. A estimulação de certas áreas (ou pontos de acupuntura) parece causar a liberação de endorfinas, o que reduz as sensações dolorosas através da estimulação de interneurônios aferentes com estímulos abaixo do limiar de gatilho (OKESON,2008). Figura 10 – Agulhas de acupuntura colocadas na face Fonte: Okeson (2008,p.287) A acupuntura esta se mostrando muito eficaz na redução das atividades musculares do masseter e temporal anterior,(DALLANORA et al.,2004) assim auxiliando na diminuição das contrações e sua intensidade. 41 Posição de dormir: Poucos estudos foram realizados sobre a relação da posição de dormir e o bruxismo. Mas os pesquisadores especularam que os pacientes rangiam mais os dentes quando estavam deitados de lado, em comparação ao dormir de costas. Foram tambem relatado que pacientes com bruxismo mudam mais de posição durante o sono do que individuos não bruxomanos. (OKESON,2008) Eletromiografia Nos anos recentes, tem-se dado muita atenção para o uso de registros de eletromiografia (EMG) nos diagnósticos e tratamentos das DTMs. Originalmente, os especialistas acreditavam que se um músculo dolorido estivesse em espasmo, uma atividade EMG aumentada seria registrada no músculo envolvido. Embora isto provavelmente seja verdade para mioespasmos, os estudos agora demonstram que dor muscular geralmente não está associada a qualquer aumento signifi cativo na atividade EMG. A maioria das dores musculares parece ser o resultado de uma sensibilidade dolorosa muscular local, dor miofascial ou mialgia centralmente mediada. (OKESON,2008) Como podemos considerar a doença é multifatorial, sendo assim pode se exigir também um tratamento multiprofissional, como fisioterapeutas e psicólogos. Os fisioterapeutas podem ser eficaz realizando o uso de correntes elétricas continuas (T.E.N.S.), com objetivo de alcançar o relaxamento muscular. (PRIMO,MIURA,CERANTO,2009) Outras teraprias complementares inovadoras que podemos encontrar é a hipnose, florais e fitoterápicos, que são usados para controlar os níveis de ansiedade.(PRIMO,MIURA,CERANTO,2009,). O dentista deve-se ficar sempre atento para o tratamento adequado para assim ter um prognostico favorável e duradouro. Dois tipos de terapia de relaxamento podem ser instituídos para reduzir os níveis de estresse emocional: substitutiva e ativa. A terapia de relaxamento substitutiva pode ser tanto uma substituição de fatores estressantes quanto uma interposição entre eles numa tentativa de diminuir seu impacto sobre o paciente. Ela é mais precisamentedescrita como modificação comportamental, e pode ser qualquer atividade apreciada pelo paciente que o remova da situação de estresse. Os pacientes são encorajados a se afastar, quando possível, dos fatores 42 estressantes e substituí-los por outras atividades que o agradem, como ter mais tempo para esportes, hobbies ou atividades recreativas. Tais atividades são consideradas mecanismos externos de liberação de estresse e levam a uma redução geral do estresse emocional apresentado pelo paciente. O limiar para o feedback é ajustado de tal forma que as atividades funcionais de fala e deglutição podem ocorrer sem desencadear resposta alguma. Durante o dia, o paciente deve considerar que qualquer som emitido pelo instrumento indica apertamento ou bruxismo.(OKESON,2008) A terapia teria como objetivo o estabelecimento de uma relação côndilo/disco mais favorável que irá aliviar a carga dos tecidos retrodiscais e transferi-la para o disco. Paciente deve ser estimulado a movimentar a mandíbula dentro de limites indolores para que os proprioceptores e os mecanoceptores no sistema músculo- esquelético sejam estimulados. Essa atividade parece estimular o retorno à função muscular normal. Dessa forma, o uso cuidadoso e ponderado do músculo pode favorecer o desaparecimento da sensibilidade dolorosa muscular local. Em seguida depois desenvolva técnicas para eliminar esses contatos (consciência cognitiva). O paciente é instruído a manter os lábios juntos e os dentes separados (OKESON,2008). Quando o estresse emocional parece ser um contribuinte significativo para a sensibilidade dolorosa muscular local, as técnicas que reduzem o estresse e promovem o relaxamento devem ser encorajadas para que assim possa haver ganho na qualidade de vida do paciente. As placas macias também têm sido recomendadas para pacientes que exibem altos níveis de apertamento e bruxismo. Parece razoável que elas auxiliem a dissipar algumas forças de cargas pesadas encontradas durante a atividade parafuncional. (OKESON,2008) Além disso, quando um indivíduo utiliza uma placa todas as noites, ainda pode haver um retorno do bruxismo conforme o paciente se acomoda ao estímulo sensitivo alterado Segundo CULANI et al (2012) a polissonografia(PSG) e o índice Reseach Diagnostic Criteria (RDC/TMD) é melhor meio para diagnostico do bruxismo noturno, no qual o exame pode diferenciar os movimentos funcionais dos parafuncionais durante o sono. 43 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS No trabalho atual trabalhou-se sobre o impacto do bruxismo na qualidade de vida das pessoas, buscando melhorar a vida e o cotidiano dos pacientes que sofrem desta parafunção. Com essa pesquisa descobrimos que o bruxismo não tem uma cura definitiva, mas meios que podem fazer a vida dos portadores menos comprometedoras. Sabendo que a causa do bruxismo se da por meios psicológicos e por usos externos de estimulantes podemos alertar as pessoas futuras um meio de se preparar ou evitar tal parafunção. Alertando o quão importante é manter o equilíbrio para que mais tarde não traga consequências a saúde. Demostrando todos os impactos que podem causar a saúde do individuo, podemos conscientizar os pacientes a procurarem a ajuda especializada desde já, para assim evitar um maior compromentimento da saúde e melhorar a qualidade de vida, não deixando o caso crônico e de difícil recuperação. Os tratamentos do bruxismo podem ajudar os pacientes a procurarem meios mais eficientes, e de fácil ação para combater a parafunção, encontrando meios inovadores.O assunto não é muito estudado e existem pouca pesquisa sobre ele, dificultando assim encontrar respostas de qualidade 44 REFERÊNCIAS ANTUNES, José; TEIXEIRA, Manoel. Fundamentos da odontologia epidemiologia da saúde bucal: 2ª edição. 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