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Resumo de Direito Processual Civil 2

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Resumo de Direito Processual Civil 2 
· Processo de conhecimento 
Conceito: O processo de conhecimento é a fase em que ocorre toda a produção de provas, a oitiva das partes e testemunhas, dando conhecimento dos fatos ao juiz responsável, a fim de que este possa aplicar corretamente o direito ao caso concreto, com o proferimento da sentença.
O processo judicial é um método de solução de conflito através do qual o Estado exerce sua função jurisdicional. Um processo consiste numa relação jurídica processual que se materializa a partir de um procedimento.
 PROCESSO CIVIL BRASILEIRO
	Ação 
	Reação 
	Decisão 
	Alguém pede algo 
	Alguém se defende 
	Estado decide em favor de uma das partes
· Procedimento 
É um conjunto de atos processuais que se entrelaçam em cada etapa do processo até a decisão final da causa. É o lado visível do processo em sua forma. Tomando-se a sistemática adotada pelo Código de Processo Civil, o procedimento pode ser classificado em procedimento comum e procedimentos especiais. O procedimento comum é aquele aplicado a todas as causas para as quais a lei não previu forma especial (art. 271, CPC).
· Procedimento comum: Identificado por exclusão. - Art. 318 CPC: Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei. Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução. FASES A) Postulatória: diálogo das partes B) Saneadora: momento em que o juiz corrige eventuais vícios dentro do processo, para que ele possa no final decidir de modo a atacar o mérito, extinguindo o conflito. C) Instrutória: o juiz determina que as partes informem quais são as provas que elas pretendem produzir. *não somente as partes podem produzir ou solicitar provas. Se as partes não solicitarem uma prova pericial contábil, e o juiz perceber que é fundamental para a decisão ele de ofício precisará solicitar que seja feito. D) Decisória: juiz decide com base na manifestação das partes (sentença). 
· Procedimento especial: tem finalidade de garantir o julgamento mais adequado de determinadas causas. Nesses casos, o procedimento se adapta ao direito material atendendo as suas necessidades para alcançar a efetiva e tempestiva tutela jurisdicional. Os procedimentos especiais têm regras próprias acerca da realização dos atos processuais. No entanto, as disposições do procedimento comum são aplicáveis subsidiariamente aos procedimentos especiais quando couber. O procedimento monitório (art. 700) traz um exemplo que não deixa dúvidas sobre o tema. Nos casos em que o devedor opuser embargos à ação monitória, poderá se valer de todas as matérias de defesa elencadas no procedimento comum (art. 702, §1º do CPC). O embargante poderá arguir quaisquer das matérias processuais (art. 337) ou de mérito dispostas no procedimento comum. Essa subsidiariedade poderá ocorrer em quaisquer procedimentos especiais. Uma observação se faz necessária. Procedimento é matéria de ordem pública, ou seja, não pode ser objeto de escolha pelas partes. Dessa forma, o procedimento pertinente será definido por exclusão: se a causa a ser ajuizada tiver procedimento especial tipificado no CPC, o autor deverá observá-lo; mas, se não tiver procedimento específico, a causa tramitará pelo procedimento comum, que é a regra geral.
· Petição Inicial (art. 319, CPC)
O procedimento, em primeira instância, se inicia com o recebimento da petição inicial pelo juiz e se exaure com a prolatação da sentença de mérito (princípio da primazia do mérito, art. 4º), através da qual o exercício da jurisdição em primeiro grau se esgota. A petição inicial dá início ao procedimento comum. 
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL Emendar à inicial
 – Significa corrigir, consertar e expurgar defeitos e irregularidades da petição inicial caso não atenda essas exigências, acarretará o indeferimento da exordial. Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
 DIFERENTE DE: Aditamento da inicial – aditar é adicionar, aumentar, acrescentar ou ampliar. Art. 329. O autor poderá: I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir". 
Como acontece? AUTOR: materializa a demanda com a petição inicial. 
JUIZ: providência a citação do réu. 
RÉU: após sua citação, defende-se. 
OBS: Não existe relação direta entre autor e réu. Sempre existirá a presença do juiz. *MÉRITO: sinônimo de segurança jurídica.
 ATIVIDADES DO JUIZ: PROVIDÊNCIAS O juiz pode ou não adotar tais providências. 
1. Determinar citação “despacho positivo”
 2. Saneamento da petição: lacunas, defeitos, irregularidades, desde que sanáveis - Art.203 parágrafo 1 e 2 CPC. 
3. Indeferir a inicial: se os vícios forem insanáveis, não são passíveis de correção, a decisão terá natureza de sentença, sendo recorrível por apelação, tal apelação poderá conter pedido de reconsideração e o juiz terá 5 dias para se manifestar.
4. Improcedência liminar do pedido: Significa que a sentença deu ganho de causa para o réu, ou seja, o pedido do autor foi improcedente. Isto não quer dizer que o processo acabou, pois existem recursos para mudar a sentença. 
*Na petição inicial o autor não pode fazer pedido genérico, apenas certo e determinado.
 ESPÉCIES DE PEDIDO 
	Alternativo 
	Subsidiário 
	Cumulativo 
	Pedidos alternativos se aplicam quando há possibilidade de cumprimento da prestação de mais de uma forma. “ou”
	Há um pedido principal e outros subsidiários, que só serão examinados caso seja rejeitado o primeiro.
	Quando há soma de várias prestações a serem satisfeitas. 
1. Pedido alternativo: é aquele que se busca, de modo alternado e via de regra é marcado pelo emprego de “ou” 
2. Pedido subsidiário: Art. 326 CPC 
3. Cumulativo: Art. 327 CPC
ESPÉCIE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDO 
1. Simples: o acolhimento ou a rejeição de um não afeta o outro. 
2. Cumulação sucessiva: o acolhimento de um pedido, pressupõe o do pedido anterior 3. Cumulação superveniente: ocorre quando se dá a denunciação da lide, ou o chamamento ao processo no curso do processo principal - Art. 125/130 CPC.
Calendário processual
 O art. 191 do CPC autoriza o juiz e as partes a fixarem um calendário para a prática de atos processuais. Calendarização significa a definição de prazos processuais e também a fixação do termo inicial e final desses mesmos prazos, dispensando a publicação no diário oficial. Pode ser realizada a partir de negócio processual ou em comum acordo entre as partes, mesmo no âmbito do procedimento comum. Uma vez fixado o calendário para a prática dos atos processuais, as partes ficam a ele vinculadas, não se admitindo modificação sem prévia justificativa (art. 191, §1º do CPC). Trata-se de interessante forma de administração do tempo do processo pelas partes que, se utilizada de fato, pelo Poder Judiciário e pelos advogados, muito contribuirá para a celeridade processual, pois eliminará o chamado tempo morto do processo, ou seja, o tempo, às vezes infindável, que o processo (físico ou eletrônico) permanece à espera da publicação. 
· Improcedência Liminar do Pedido 
1)O que significa a palavra liminar? R: A medida liminar é a decisão que analisa um pedido urgente (no CPC atualé compreendido pelas chamadas tutelas que podem ser antecipadas ou de urgência). É uma decisão precária, uma vez que a medida pode ser revogada e o direito sob análise pode ou não ser reconhecido no julgamento de mérito da causa. 
Trata-se de julgamento de mérito da demanda, nos casos em que a improcedência possa ser verificada desde já, mesmo antes da citação do réu. E ela é um instituto que está regulada no artigo 332 do Código de Processo Civil.
Art. 332 - Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
Primeiramente é necessário entender é o que significa dispenda da fase instrutória. O Código está dizendo que se não houver a necessidade de produção de provas, ou de quaisquer uma que não seja aquelas das já produzidas com a petição inicial. Assim o Juiz independentemente da citação do réu, vai poder julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar.
Agora o que dizem os incisos do artigo 332:
I – Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
Esse inciso não trata somente das Súmulas Vinculantes do STF, mas também de qualquer outra Súmula, tanto do STF como do STJ. A intenção do legislador a firmar este dispositivo foi dar aos julgamentos do STF e STJ a força que a Jurisprudência necessita para estabelecer o Direito. 
Desde que haja Súmula destes Tribunais prevendo para determinado sentido, o Juiz se não houver necessidade de produção de provas e perceber que o pedido do autor contraria algum enunciado do STF ou do STJ editado em Súmula vai poder julgar liminarmente o pedido.
II – Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
Mais uma vez o Código está falando da necessidade de preservação do entendimento do STJ e do STF, nas causas em que tenham efeitos para além das partes, ou seja, quando se trata de recurso repetitivo o que se está julgando é o julgamento de uma questão para além daquele caso
Que foram analisados pelo STJ ou pelo STF, os efeitos são maiores do que para uma causa simples. Assim é imprescindível que os tribunais de menor instancia sigam aquele entendimento inaugurado pelo STF ou STJ, já que nestes dois tribunais estarão desempenhando o seu papel de Cortes Supremas.
Então é fundamental que ao escrever a sua petição inicial o autor tenha em mente que o seu direito estar de acordo com os Tribunais Superiores, se estiver de acordo autorizado a uma improcedência liminar, em contrapartida se não estiver de acordo com o entendimento firmado entre o STJ ou o STF seja no enunciado de Súmulas, seja em um acórdão de algum recurso repetitivo e o Juiz perceber que já não há mais a necessidade de produção de provas além daquelas que já constam nos autos, vai poder realizar a improcedência liminar do pedido sem sequer determinar a citação do réu.
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
Neste caso, da mesma forma que nos incisos anteriores, a força do direito jurisprudencial, então o pedido do autor deve ser de acordo com entendimentos dos Órgão Superiores.
IV – Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Neste caso sempre que um Tribunal de Justiça Estadual, analisando legislação local do seu Estado, firmar um enunciado de Súmula, firmar um entendimento em um determinado sentido, é fundamental que os Juízes de primeira instância sigam o mesmo entendimento.
Nos casos em que o autor que fizer pedido de contrarie entendimento de Súmula editado por Tribunal local, a respeito de direito local, o Juiz vai poder julgar liminarmente improcedente o pedido, ou seja, analisa o mérito, sem citar o réu, e julga o processo em desfavor do autor.
Os parágrafos do artigo 332 diz:
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
Então se o Juiz verificar desde logo que houve prescrição ou decadência do direito do autor, ele não vai sequer citar o réu e já vai julgar liminarmente improcedente o pedido. 
É fundamental também saber que por ser uma sentença de mérito, nesse caso do artigo 332, o recurso cabível é o de apelação, recurso que cabe sobre sentenças, então o autor que desejar recorrer, vai poder fazê-lo mediante apelação.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
Traz a disposição de que o réu somente tomará ciência da existência daquele pedido que foi formulado e daquela sentença que resolveu pela improcedência do pedido formulado pelo autor depois da decisão e depois de ter transcorrido o prazo para recurso, se houver recurso, o réu será citado e intimado para que apresente as suas contrarrazões de recurso, se não houver recurso, se o autor se conformar com a decisão proferida pelo Juiz no sentido da sua improcedência liminar, o réu somente será intimado depois do transcurso do prazo, depois que não houver mais um meio de impugnação daquela decisão, depois que já houve coisa julgada.
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
É um caso muito específico de retratação após a prolação de sentença e após o recurso apresentado pela parte e é assim para se prestigiar a celeridade que o artigo 332 quer dar ao Processo Civil. Então se ele prevê a possibilidade de improcedência liminar baseado na celeridade é extremamente natural que também preveja que logo que perceba após o recurso do autor que haja equívoco na sua decisão. Então com as razões recursais se ele se convencer do contrário daquilo que consta em sua decisão de improcedência liminar do pedido, vai poder retratar-se em um prazo de 5 dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Dois caminhos: Havendo retratação, o Juiz determina o prosseguimento do feito em primeira instância determina a citação do réu para que então o processo possa seguir na primeira instância.
Se não houver retratação, o que o Juiz deve fazer é determinar a citação do réu para que ele faça as suas contrarrazões ao recurso de apelação apresentado pelo autor, neste caso o réu não é intimado para apresentar contrarrazões, ele é citado porque pela primeira vez, terá contato com aquele processo, por isso que neste caso o parágrafo 4º do artigo 332 fala em citação porque é o primeiro contato que o réu vai ter com aquela demanda, então o primeiro ato de comunicação ao réu deve ser a citação, para que apresente as contrarrazões, e uma vez apresentadas para o Tribunal para exame de admissibilidade do seu exame de Mérito.
· Audiência de conciliação/mediação 
Código de Processo Civil previu no artigo 334, caput a realização da audiência de conciliação e mediação como etapa necessária do procedimento comum no processo civil: 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 
A audiência apenas não ocorrerá nas hipóteses expressamente previstas no dispositivo (§ 4º): se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição processual, ou, quando não se admitir a autocomposição. No primeiro caso, o autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência (§ 5º). Se houver litisconsortes, todos devem manifestar o desinteresse na realização da audiência em respeito ao tratamento paritário das partes.
· Da resposta do réu 
A partir do momento que o autor tem o direito de ingressar na justiça para defender um direitosurge para o réu uma reação, ou seja a resposta do réu.
· Ato de comunicação: citação válida tem o condão de comunicar o réu de que está sendo processado, onde ocorre a integração de modo forçado do sujeito réu na relação processual. Qual é a consequência do ato de não se defender? No processo civil temos o instituto chamado REVELIA, onde o réu deixa de agir, ato de omissão.
· Princípios
· Ampla defesa 
· Contraditório 
· Acesso à justiça
· Espécies de respostas
· Contestação: Art. 335: Somente a contestação possui natureza defensiva. ● Verbo: oferecer ● Prazo: 15 dias (úteis), pelo CPC de 73 eram dias corridos, sendo isso alterado no novo CPC. ● Termo inicial - Art. 335 CPC: DEPENDE de quando começa a contar o prazo? O prazo começa a contar no dia útil seguinte à audiência. ● Inciso I: Se as partes não comparecerem à audiência ainda assim ficam cientes sobre o prazo de 15 dias, pois tais informações estão no mandado de citação além do conhecimento jurídico do defensor ou advogado. Em caso de ausência tanto do réu ou do autor à audiência ficam submetidos a multa pecuniário. ● Inciso II: O prazo inicial para apresentar contestação fica subentendido em caso de rejeição à audiência de conciliação e mediação no dia do protocolarmente. Parágrafo 1: Em caso de pluralidade de réus, para cada réu o prazo será diferente, a contar da data do protocolarmente da petição de cancelamento da audiência. Parágrafo 2: a data do prazo de contestação dos demais réus será contada da data da decisão que homologa a desistência.
· Reconvenção: O réu pode, além de se defender, demandar em face do autor utilizando a mesma relação processual. Trata-se de um verdadeiro contra-ataque do réu contra o autor no mesmo processo. conforme dispõe o art. 343. Todavia, a inclusão da reconvenção como um capítulo da contestação não lhe retira a autonomia, que permanece mesmo no código vigente. Assim, o réu poderá contestar e reconvir, ou somente reconvir (343, §6). Essa autonomia é reforçada no art. 343, §2º, ao dispor que a desistência ou a extinção da ação principal não impede o prosseguimento da reconvenção. São duas demandas que tramitam no mesmo processo. 
NATUREZA JURÍDICA O próprio art. 343 nos indica a natureza jurídica da reconvenção quando indica o verbo PROPÕE. 
OBS: Somente propomos AÇÕES.
REQUISITOS Os mesmos da petição, condições da ação e pressupostos processuais. 
A reconvenção no novo cpc é proposta junto com a contestação, em capítulo da contestação, dentro. “Agora que eu já disse tudo para me defender, irei contra-atacar” 
OBS: com a reconvenção, haverá uma ampliação objetiva, ulterior do processo que passará a contar com duas ações:
 - Originária 
- Reconvencional 
Com a reconvenção, dentro de um mesmo processo temos duas ações, não tem pluralidade de processo, e sim de ações. Na reconvenção aquele que é autor da originária tem o nome de reconvindo (aquele que é autor se vira como réu na reconvenção), e o réu reconvinte (do mesmo modo que o autor virou réu, o réu no principal vira autor na reconvenção).
· *Outras espécies de resposta 
1. Chamamento ao processo 
2. Denunciação da lide 
3. Reconhecimento jurídico do pedido 
4. Impugnação ao valor da causa 
5. Impugnação à concessão dos benefícios da assistência judiciária, abrange despesas de perícia, custas processuais, sendo muito mais amplo. 
6. Alegação de litisconsórcio multitudinário
· Princípios
A) Princípio da impugnação especificada - Art. 341: é dever do réu combater ou rebater cada um dos fatos alegados pelo autor na petição inicial. Sendo necessário a impugnação dos direitos pretendidos pelo autor rebatidos com os direitos previstos pelo réu. 
B) Princípio da eventualidade - Art. 336/342: o réu deve numa mesma oportunidade alegar toda a matéria de defesa que existir ao seu dispor.
· Matéria de Defesa
A) Defesas processuais (instrumentais/indiretas) 
● Dilatórias: responsável por ampliar/dilatar o caminho do processo. 
● Peremptórias: encerra a possibilidade de concretização do direito do autor, devido a algum defeito.
 ● Dilatórias potencialmente peremptórias: existe a possibilidade de dilatar o prazo, porém se não for aproveitada o juiz encerrará.
 *Art. 337: matérias que são dever do réu alegar.
 B) Defesas de mérito (substanciais): A defesa de mérito é aquela em que o réu ataca os fatos que constituíram o direito do autor. Não diz respeito às formalidades processuais, mas ao conteúdo do direito que o autor afirma ser titular.
 ● Direta: quando o réu nega a existência do direito do autor por inexistência de fato(s) constitutivo(s) de tal direito ou, ainda, pode reconhecer o fato, mas nega as consequências atribuídas a esse acontecimento 
● Indiretas: quando o réu, apesar de reconhecer o direito sob o qual se funda o direito do autor, alegado fato modificativo, extintivo ou impeditivo deste.
- Impeditiva: são aqueles anteriores ou simultâneos ao fato constitutivo do direito, impedindo que gere seus regulares efeitos. Ex: um contrato firmado com um incapaz, que impede os efeitos regulares, logo o direito não pode gerar os efeitos, devido a incapacidade de uma das partes. 
Desse modo alega-se uma defesa indireta de natureza impeditiva, quando falamos sobre esse assunto estamos dentro da sede de contestação. O vício nesse caso é anterior ao contrato, podendo ser simultâneo. 
- Modificativa: é o fato posterior ao surgimento da relação de direito material. Ex: contrato de empréstimo firmado a algum tempo atrás, e o banco está cobrando as parcelas. Faz-se a parcela das dívidas, e ainda assim o banco ingressa na justiça sobre o contrato inicial. A relação jurídica de direito material se inicia no momento do contrato inicial, e modifica a partir do momento que se realiza as parcelas, pois o contrato foi modificado.
 - Extintiva: são aqueles fatos que colocam fim a um direito e são posteriores a relação de direito material. Impede por completo a pretensão do autor, pois desconstitui o próprio direito material. Ex: o banco executa o réu por alguma dívida, sendo que já estava pago. Qualquer modalidade de pagamento extingue a obrigação.
· Preclusão 
É a perda da oportunidade de praticar um determinado ato processual (a perda do direito de se praticar um ato dentro de determinado processo. Tem, portanto, efeitos endo processuais, impossibilitando a parte de praticar determinado ato em razão da preclusão), podendo ser: 
A) Lógica: tem como peculiaridade a impossibilidade de a parte praticar um ato em razão de se ter praticado ato anterior incompatível com que se pretende praticar. Não se admite que a parte pratique atos processuais incompatíveis entre si; por esse motivo, a preclusão lógica impede a prática do ato incompatível. exemplo eu estou recorrendo e para isso recolho às custas, e peço gratuidade logo depois. Não faz sentido eu recolher o preparo como eu peço a gratuidade, é um ato contraditório. 
B) Consumativa: impossibilidade de se praticar em razão de tê-lo praticado. A parte não poderá renovar a prática de um ato já praticado. exemplo possuo 15 dias para oferecer contestação, dentro do prazo eu contesto sendo assim o prazo preclui se dá por feito. 
C)Temporal art. 223: é a perda do direito de se praticar um ato em razão da perda de um prazo. O réu tem 15 dias para contestar, conforme dispõe o art. 335 do CPC. Se o réu apresentar sua defesa no 16º dia, o juiz determinará o seu desentranhamento em razão da preclusão temporal. A preclusão temporal não se aplica aos prazos fixados para o juiz (art. 226), por se tratar de prazo impróprio.
· Revelia
Ausência jurídica de contestação. O tempo todo no direito buscamos efetividade, não é somente a ausência física da contestação, e sim a ausência de elementos essenciais, a falta de efetividade.
Importante esclarecer que o réu tem ônus de contestar e não dever, ou seja, o réu não é obrigado a apresentar contestação. No entanto, assumirá as consequências processuais de sua inércia caracterizada pela revelia, que, no procedimento comum, é a ausência de contestação do réu. O simples fato de o réu não apresentar contestaçãoincide à revelia e seus efeitos. Ainda que o réu apresente reconvenção, à revelia será decretada pelo juiz. Nos juizados especiais cíveis estaduais, diferentemente do que ocorre no procedimento comum, à revelia ocorrerá quando o réu não comparecer a quaisquer das audiências designadas, ainda que a contestação tenha sido juntada aos autos.
EFEITOS
 Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
 I - Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; 
II - O litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; 
IV - As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Não se confunde com o conceito, o que ocorre com essa ausência, o que provoca? 
- 1º presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor na petição inicial; 
- 2º desnecessidade de intimação do réu sem advogado constituído; 
*Prerrogativa do advogado ser intimado independente de intimação do réu 
- 3º julgamento antecipado do mérito;
 Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
 I - Não houver necessidade de produção de outras provas; 
II - O réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
 *A contestação sempre irá aproveitar ao outro litisconsorte unitário naquilo que for comum a todos. 
MODIFICAÇÃO OBJETIVA DA DEMANDA 
Tem relação íntima a causa de pedir anterior. O réu revel responderá sobre a demanda por completo se não houver modificação. Caso ocorra a modificação o prazo reabrirá para o réu sobre a parte modificada e não a anterior que permaneceu. Se o réu provar que não deve o pedido inicial nem ao pedido modificado o juiz não poderá presumir a veracidade daquele fato. 
- A modificação poderá ser feita por total ou parcialmente. Em caso de modificação total da demanda e apresentação da contestação o réu deixa de ser revel.
Os pedidos podem ser alterados após a citação do réu? 
- Antes da citação do réu; 
- Após a citação com a anuência do réu; 
- Antes da estabilização da demanda;
INGRESSO DO RÉU REVEL NO PROCESSO 
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Na fase instrutória é dividida em duas espécies de prova.
PARTICIPAÇÃO DO RÉU REVEL NA FASE INSTRUTÓRIA 
A)1º Provas pré-constituídas: é aquela que já estava em posse do autor ou réu; Fases:
 - Propositura (+ produção): quando autor e o réu, indicam as provas que querem produzir e já produzem, geralmente documental ou pericial. 
- Admissibilidade: quando o juiz admite a prova 
- Valoração: quando o juiz analisa o potencial da prova.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
I - Relativas a direito ou a fato superveniente; 
II - Competir ao juiz conhecer delas de ofício; 
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Ainda que não tenha contestado o réu revel poderá apresentar prova, afirmando que teve ciência da prova no momento desde que seja relativa ao fato superveniente.
B)2º Provas causais: é aquele produzida no curso do processo em sede de contraditório e ampla defesa; Fases:
 - Propositura
 – Admissibilidade
 - Produção: a produção possui fase própria chamada de instrução dívida em preparação e realização. 
- Valoração
O réu revel poderá participar da fase de instrução? Sim, desde que ele ingresse no processo no momento da propositura. 
Em tese, na petição inicial e a contestação são os momentos essenciais para apresentação das provas que irão produzir, porém o juiz poderá pedir de ofício a produção de provas.
- Na admissibilidade o réu poderá pedir ao juiz a produção de provas 
- Na produção poderá produzir provas 
- Na valoração para apelar
· Providência Preliminares
são medidas tomadas pelo juiz logo após a resposta do réu, encerrando a fase postulatória e preparando para a fase saneadora. Com o objetivo de assegurar o contraditório, estas providências permitem que as partes tenham a mesma chance de defesa.
Em que momento o juiz poderá tomar providências preliminares? Não sendo uma etapa obrigatória, assim que se dá o fim do prazo para contestação conforme o caso. (Art.347) 
Art. 347. Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo.
- Não é fase obrigatória do procedimento. Só ocorrerá diante de algumas circunstâncias do caso concreto. 
ATENÇÃO: se o réu for revel a adoção das providências dependerá de ter ocorrido ou não a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. (Art. 345).
A) Com presunção: julgamento antecipado do mérito, também se intitula como julgamento conforme o estado do processo. 
B) Sem presunção: o juízo intima o autor para especificar as provas, se já não tiver. (Art.348).
Em que prazo o autor deve se manifestar em provas justificadamente? Por uma interpretação sistemática de acordo com o capítulo 9 tomamos como base o prazo de 15 dias úteis a partir da intimação. Sob pena de perda da prova o autor ou o réu precisa JUSTIFICAR a prova que se pede. 
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344 , ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado.
- Ausência jurídica de contestação não significa que os fatos da petição inicial do autor serão presumidos verdadeiros.
Geralmente a especificação das provas se dá de forma genérica, com o resguardo de não esquecer de alguma prova e perder a oportunidade.
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. 
Não só o autor/réu revel deve ser intimado para manifestar em provas justificadamente, também o réu não revel.
Quais são as duas providências preliminares? 
- Autor 
- Réu revel 
- Réu não revel em provas 
- Autor em réplica
RÉPLICA 
É a oitiva do autor quando o réu apresentar em sede de contestação defesas processuais e ou defesas de mérito indireta. O juízo precisa intimar o autor para se manifestar em réplica. 
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. 
A oportunidade de se manifestar em réplica é aberta para o autor sempre que o réu: 1º Alegar defesas processuais 
2º Alegar defesas de mérito INDIRETAS Isolada e cumulativamente
Por que existe a réplica? Ao alegar as defesas processuais/de mérito indireta o réu inova o cenário processual, vem o dever de cooperação previsto no art. 6 do cpc, para evitar a decisão surpresa.
- A réplica é a materialização do princípio do contraditório 
A réplica é obrigatória? não tem previsão expressa no CPC. É a construção do primeiro capítulo do CPC da paridade de armas das partes. Manifestação do réu.
Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337 , o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova. 
Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias. 
Art. 353. Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X.
3º Julgamento conforme o estado do processo: fase do procedimento ocorre após a fase das providências preliminares independente de ter ou não alguma providência a ser tomada.
- É o passo seguinte à fase das providências preliminares, AINDA QUENENHUMA PROVIDÊNCIA SEJA TOMADA!
O juízo poderá toma uma decisão de natureza: 
1) Interlocutória 
2) Sentencial
	Decisão interlocutória 
	Decisão sentencial
	Agravo de instrumento, a sustentação é feito oralmente.
	Apelação, cabe um recurso adesivo (é uma forma de recorrer).
	Execução provisória
	Não ocorre a execução provisória
	Efeito: não tem efeito suspensivo (via de regra). Essa parte do processo fica direcionada ao tribunal. Rol taxativo art. 1015 CPC.
	Efeito: suspensivo (via de regra). Essa parte do processo fica com o juiz que julgou desde o início o processo.
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Aonde está escrito SENTENÇA deve ser lido como decisão. Porque se essa decisão diz respeito a uma parte do processo não é sentença e sim decisão interlocutória. Tanto é que o parágrafo único indica que só será impugnável por agravo, porém se fosse sentença seria por apelação.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento. 
- é regra que materializa o princípio da economia processual, direcionada ao juízo.
São 5 caminhos que poderão ser seguidos pelo juízo (juiz): 
1º Extinção do processo sem julgamento do mérito, art. 485 
2º Extinção do processo com resolução do mérito desde que a sentença se funde no artigo 487 II e III do CPC, art. 487 
3º Julgamento antecipado do mérito, art. 355
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras provas; 
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349; 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.
No inciso II deste artigo os elementos são cumulativos: 
- réu revel 
- presunção de veracidade 
- não haver requerimento de prova PERTINENTE
O mero requerimento da prova sem pertinência viola a economia processual, ou seja se a prova for impertinente e o processo estiver maduro o juízo PRECISA julgar o processo.
 Só acontecerá o julgamento antecipado quando houver a desnecessidade de produção de provas, o inciso I é um requisito “si ne qua nom”.
1) Na análise da pertinência da prova o juiz não deverá se fazer como destinatário final da prova, pode ser que um órgão jurisdicional possa ser destinado a apreciar e se dar como não convencido. 
2) Deixar de deferir o pedido de prova por achar que não irá favorecer a parte que requereu a tal, porque essa análise não compete a ele, se ele fizer esse juízo de valor estará advogando para a parte e isso vai contra ao princípio da imparcialidade.
4º Julgamento antecipado parcial do mérito, art. 356 
Ocorre a quebra da unicidade da decisão, trazido pelo Chiovenda, o juiz pode pôr fim ao processo por decisão única, ou pode também repartir as decisões de acordo com a decisão do processo. 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso; 
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
A decisão dos moldes do 356 faz coisa julgada material. Uma vez transitada em julgada o juiz não pode rever a decisão de ofício, ou seja, aqui temos uma preclusão pro judicato.
§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
A decisão que julga parcialmente o mérito é passível de execução provisória independentemente de caução, ainda que haja recurso. se houver recurso será AGRAVO DE INSTRUMENTO. Qual é o efeito da do julgamento parcial do mérito?
§ 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva. 
§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
OBS 1: O réu revel pode requerer a produção de provas e o participar efetivamente de sua produção. Via de regra as custas das provas é de quem pede. 
OBS 2: A fase de instrução se destina, a provar fatos e não direito. 
5º Prolação de decisão saneadora, art. 357
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: 
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver; 
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; 
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373 ; 
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; 
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
Em síntese, nas providências preliminares ocorre: 
● Especificação de provas (art. 348): Quanto ao réu revel, há possibilidade de produzir provas e não incidir sobre ele os efeitos da revelia (art. 344 e 349);
● Réplica do autor (prazo de 15 dias), quando: 
- O réu alegar defesa indireta de mérito com fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.
- O réu alegar preliminares processuais (art. 351 c/c 337).
● O juiz verificando a existência de irregularidade ou de vícios sanáveis, determinará a correção no prazo não superior a 30 dias (art. 352). Não sendo sanável, acarretará a extinção sem resolução de mérito (art. 485); 
● Cumpridas tais providências preliminares ou não sendo necessário, o juiz proferirá o julgamento conforme o estado do processo (art. 353).
· Saneamento e Organização do Processo 
o juiz resolverá as questões processuais pendentes (art. 357, I) e organizará o processo para a fase instrutória. 
É a única forma de o processo seguir seu caminho até a fase decisória. 
O saneamento escrito é regra, oral somente e, casos complexos 
Além da resolução de pendências processuais (saneamento), o juiz organizará o processo de modo a evitar atos processuais desnecessários. O juiz delimitará as questões de fato sobre os quais a atividade probatória recairá e especificará os meios de provas que serão admitidos (art. 357, II, do CPC). Assim, se num determinado processo o autor alega inadimplemento contratual e indenização por perdas e danos e o réu admitiu o inadimplemento, o juiz delimitará como fato controvertido somente a indenização por perdas e danos, e poderá especificar que o meio de prova adequado para se apurar o alegado fato será prova testemunhal. Esse recorte da atividade jurisdicional a ser realizada é fundamental para a redução de tempo inútil do processo. Em outras palavras, o juiz fixará os pontos controvertidos, ou seja, os fatos sobre os quais o autor e o réu discordam, e especificará o meio de prova adequado para esclarecer o respectivo fato. Poderá o juiz, após requerimento da parte, especificar produção de prova testemunhal para se apurar o período em que determinada união estável ocorreu (fato controvertido).
Na fase saneadora, o juiz deverá delimitar, também, as questões de direito relevante para o enfrentamento do mérito (art. 357, IV).
A principal finalidade das regras dos incisos II e IV do art. 357 diz respeito à delimitação das questões que devem ser consideradas pelo juiz na fase instrutória e decisória. A partir da referida delimitação, o juiz indeferirá requerimento desnecessário de produção de provas, garantindo a solução do mérito num prazo razoável (art. 6º do CPC).
Na fase saneadora,o juiz também definirá a distribuição do ônus da prova (art. 357, III) e designará audiência de instrução e julgamento, se for ocaso (art. 357, V). O ônus da prova pode ser distribuído de forma dinâmica e estática. A distribuição estática (art. 373) dispõe que incumbe ao autor provar o fato constitutivo de seu direito e ao réu provar o alegado fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Caso haja mudança na distribuição desse ônus (dinâmica), o juiz definirá na fase de saneamento do processo.

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