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Biossegurança em Biotérios

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Redução da contaminação dos animais, das pessoas que trabalham em um biotério e das que estão passando próximo e do micro e macro ambiente.
Conjunto de ações voltados para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, prevenção do meio ambiente e qualidade dos resultados.
Animais de Laboratório
Os animais de laboratório, carregam patógenos, inclusive zoonóticos e são esses em que há necessidade de fazer alguma prevenção. Deve-se adotar um rígido controle nos protocolos experimentais associados os procedimentos de segurança.
Cuidado com drogas carcinogênicas, compostos potencialmente tóxicos e radioisótopos e material infectante.
Os biotérios de experimentação devem ser projetados e construídos de acordo com o grupo de risco dos agentes que serão utilizados nos experimentos “in vivo” e devem atender as recomendações de biossegurança emanadas pelas autoridades competentes no país.
Os equipamentos, a edificação e as instalações prediais são integrantes do sistema de biossegurança e devem ser consideradas no desenvolvimento dos projetos operacionais, considerando o nível de biossegurança de cada instalação, já que uma vez construído não se pode transformar um biotério de baixa segurança em um biotério de alta segurança.
Não só o prédio, a construção, mas o que será colocado de material dentro desse biotério. Tipo de prateleira, gaiola (fechada ou aberta), como serão os fluxos, onde será a desinfecção do material, qual o tipo de vestimenta.
Classificação dos animais
	Os animais serão colocados de acordo com a biossegurança que o biotério apresenta.
· Animais convencionais
São animais que não tem controle da microbiota, são criados em instalações com poucas barreiras, microbiota variada e desconhecida;
· Animais gnotobióticos
Criados em instalações controladas por barreiras eficientes. A microbiota é conhecida não existe ou não é detectável.
· Germ-free: Animais que nunca entraram em contato com nenhum tipo de microrganismos na vida; livres de microrganismos
O corpo é cheio de microrganismos, a partir do momento que se tem um animal que não tem/nunca teve contato com quaisquer microrganismos, não se pode viver em ambiente aberto é como se vivesse em uma bolha.
Qualquer contaminante que entre em contato com esse animal pode causar-lhe o óbito.
· SPF: Livres de patógenos específicos;
· Microbiota definida: germ-free contaminados intencionalmente.
· Riscos Biológicos
	Animais sendo reservatórios de doenças, em algum momento podem manifestar essas doenças.
	Os animais também veiculam alérgenos em pelo, poeira, próprio cheiro da amônia que podem provocar alergia em quem entrar em contato, também formam aerossóis, deve-se entrar no biotério de forma protegida. Não podendo nunca entrar sem estar usando pelo menos uma máscara para manusear estes animais, pode-se contaminar a partir do momento em que entrar em contato com os animais.
· Riscos Físicos
	Agressão dos próprios animais. Os riscos relacionados com o ambiente, por exemplo riscos ergonômicos, escorregar no piso, as práticas realizadas com os animais, podem resultar em algum risco físico.
· Riscos Químicos
	Estão relacionados aos desinfetantes, sanitizantes que podem ser tóxicos, e a experimentais, ou seja, ao experimento que está sendo realizado.
A amônia (xixi) por ter cheiro forte, assim sendo um risco químico de inflamação do nosso sistema respiratório.
Instalações
	Vai ajudar no controle ambiental e sanitário para conter a contaminação e prevenção. Controle de contaminação cruzada dentro de um biotério.
	São as instalações que irão ajudar no controle de biossegurança do biotério.
Controle ambiental e sanitário
Os principais aspectos são as instalações de sistema de ventilação adequada (barreiras de controle de contaminação, por exemplo, filtros de entrada e de saída).
Monitoramento de temperatura, umidade e troca de ar (controle de poluentes, odores e contaminantes aerógenos, (precisa ter filtro de odores nas saídas dos exaustões).
Estabelecer fluxos operacionais entre pessoas, animais e materiais por demarcação de áreas “limpas / sujas” (minimizar interferências na qualidade e na segurança).O sistema de barreiras separa ambientes específicos – ex.: separa o ambiente limpo das zonas neutras ou sujas (para voltar da zona suja para a zona limpa deve-se tomar banho. 
· Sistemas de barreiras – vão separar os animais de um ambiente geral em ambientes específicos, propiciam proteção pelos riscos de contaminação do ambiente externo e protege o ambiente de possíveis escapes de animais manipulados experimentalmente e de contaminantes.
As gaiolas devem estar protegidas, não podem ser de fácil abertura, tem que ser com abertura dificultada para não ter risco do animal escapar. 
· Estantes ou gabientes ventilados - os sistemas de ventilação de ar forçado, por motores ventiladores, instalados dentro dos gabinetes que alojam os animais. Induz, em geral, um fluxo unidirecional de ar forçado para o interior das gaiolas, ventilando-as individualmente retirando os poluentes produzidos pelo metabolismo dos próprios animais, diminuindo em particular a concentração de gás amônia.
· Microisoladores – são gaiolas com tampas-filtro funcionando como barreiras. Restringindo o fluxo de ar ventilado, impedindo que ele entre no interior da gaiola, ocasionando um acúmulo de gases como o da amônia, além de alta temperatura e umidade do microambiente.
· Isoladores – são sistemas fechado de alojamento que garantem a manutenção do padrão sanitários e genético das linhagens de animais de laboratório. Sistema seguro de contenção, sendo extensivamente usado para alojar animais microbiologicamente definidos.
Não se usa isoladores para um animal convencional, pois são sistemas caros para fazer a manutenção desses animais.
O ambiente de trabalho
	Esse ambiente pode estar contaminado, com isso deve-se tomar algumas providências, cuidados relacionados a este ambiente.
· Amônia - substância toxica para humanos e animais, sai da urina do animal. 
Se há amônia no ambiente, deve-se proteger utilizando EPI’s.
Não utilizar produtos que mascarem o odor da amônia, pois se não sentimos o cheiro, não conseguimos nos proteger dela.
Para o controle, realizar limpeza constante, troca de gaiolas constantemente, ventilação adequada.
A concentração da amônia no ambiente é influenciada por: umidade relativa do ar (quanto maior a umidade, menor a capacidade de eliminar o odor).
Uma temperatura muito seca – a concentração de amônia no ar é maior. Ar muito úmido não permite a saída da amônia – ela fica presa na umidade excessiva do ar.
· Desenho das gaiolas – gaiolas muito fechadas (microisoladores), não permitem uma troca de ar o que acaba concentrando o cheiro da amônia.
Gaiolas abertas (feitas com grades), concentram menos cheiro de amônia.
· Densidade populacional – quanto maior o número de animais na gaiola maior a concentração de amônia.
· Estado sanitário dos animais – se o animal faz as necessidades muito mias que o normal a troca dessa gaiola será mais frequente.
Sala de cirurgia e inoculações
Se estiver trabalhando com anestésicos inalatórios (volátil – podem trazer algum dano à saúde humana se houver uma exposição muito alta).
Para manipular o animal (ex.: rato), é colocado dentro da campânula para que aspire o anestésico.
Pessoal Técnico
Treinamento específico e informar os riscos das atividades realizadas. Treinar o pessoal para que minimizem os riscos.
Proteção da Saúde
Para proteção do animal, ambiente, nos proteger e as pessoas que estão em volta, a primeira coisa que se deve fazer, é:
· Higiene pessoal - os animais por terem um olfato mais aguçado, as pessoas que trabalham em um biotério têm que ter um cheiro neutro (evitar desodorantes perfumados, cremes e perfumes).
Capela Fluxo Laminar
Capelas onde o microrganismo é manipulado.
Ela faz com que o ar entre para que haja a eliminaçãode qualquer agente de infecção/ contaminação.
Segurança Pessoal
Com a utilização correta dos EPI’s, respeito aos fluxos dentro do biotério e as regras de biossegurança, isso normalmente é suficiente para que se consiga evitar a contaminação por qualquer tipo de agente infeccioso. 
Dentro de um biotério o mínimo necessário é: jalecos descartáveis (ou de cores especificas para usar dentro ou fora do biotério), máscara de proteção, gorros, luvas, botas de proteção (que tem metal na ponta) e óculos de proteção.
· Capelas de fluxo laminar, extintores, caixas de descartes, pepitas de proteção, autoclave.
· Todo biotério deve ter várias sinalizações de avisos – chuveiros de emergências, saída, quais são os equipamentos necessários para o ambiente.
· Não se deve fumar, comer, beber em qualquer área do biotério.
· Pessoas com ferimentos abertos não tem permissão para trabalhar.
· Roupas utilizadas em áreas de risco deverão ser autoclavadas antes de serem lavadas (descontaminação antes da higiene).
· Manusear utensílios das salas dos animais com luvas.
· Trabalhar com agentes infecciosos e realizar necropsias de animais infectados em Fluxo laminar.
· Material de necropsia: lacrado em sacos plásticos – autoclavação – incineração.
· Biotério deve ter um programa de segurança (plano de emergência e incêndio).
· Adotar “boas práticas de laboratório”
Regras de segurança
· Não manusear animais que não estejam habilitados para tal.
· Usar roupas e materiais para contenção animal.
· Comunicar acidentes de trabalho.
· Manter em ordem a área de trabalho.
· Não utilizar materiais defeituosos.
· Manter as mãos limpas e unhas aparadas.
· Materiais de vidro, ao se quebrarem, devem ser recolhidos com pá e vassoura e destinados com proteção.
Classificação de biotérios de biossegurança
Tratamento de Resíduos
1. Resolução do Conama nº 358, de 29 de abril de 2005.
1. Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010 – institui a política Nacional de Resíduos Sólidos.
1. Para cada tipo de resíduo tem um tratamento prévio e destinação apropriada;
1. Biotérios devem seguir a legislação.
Classificação dos resíduos de serviço à saúde
Gnoto = Conhecer Bioto = Vida
“Conhecer a vida desses animais”
Conhecer a microbiota que existe nesses animais. “Estudo de animais com flora e fauna completamente conhecidas.
Animais gnotobioticos são aqueles que não pode entrar em contato com o meio externo, é um animal que nunca teve contato com nenhum microrganismo.
Os animais devem ser criados em ambientes de barreiras sanitárias absolutas, devem estar em um biotério de biossegurança de nível 3 ou 4 para que não se contaminem.”
A razão de ser desta ciência é a construção de um “modelo animal”, que permita a avaliação dos fenômenos naturais e que estes possam ser comparados aos fenômenos em estudo, da biologia do homem.
Considerando todas as variantes que podem interferir na vida do animal, desde as condições do viveiro, do manejo, da alimentação até a microbiota e ectoparasitas associados ao seu corpo, esse “modelo” recebe uma classificação sanitária utilizada ordinariamente como critério para experimentação.
Minimiza variáveis associadas a variações entre indivíduos normais da mesma espécie.
Não ocorre superpopulação de microrganismos quando há imunossupressão.
Permite estudos imunobiológicos.
Quanto mais uniforme os animais, maior exatidão e precisão da resposta biológica, e menos animais deverão ser utilizados na pesquisa.
Histórico
· 1885 – Pasteur – questionava a ausência de organismos superiores na ausência de “germes”.
· Necessidade de isoladores para esse tipo de estudo.
· Diferentes materiais rígidos testados – dificuldades técnicas (acomodação da pressão etc.).
· 1957 – Texler e Reynolds desenvolveram isoladores flexíveis, transparentes que permitem a visão total no seu interior e pela flexibilidade facilita a manipulação.
· O domínio da tecnologia de construção de isoladores de plástico, de purificação do ar e da água, da higienização dos instrumentos e esterilização dos alimentos oferecidos (basicamente ração), permitiu o avanço da prática de obter e criar animais “limpo”, que no conjunto, constitui agora uma ciência importante para a biologia e a biomedicina.
Classificação dos animais
· Animal Convencional
Por mais que seja controlada a exposição dentro do biotério, há o controle dos patógenos com quem os animais entraram em contato.
São animais que estabeleceram sua própria microbiota.
Quando os animais nascem, há ausência da microbiota e quando há passagem deles no canal vaginal na hora de seu nascimento já vão estabelecendo sua microbiota.
· Animal Gnotobiótico
Animais criados num sistema de barreiras sanitárias para rigor higiênico. Como consequência, sua flora microbiologia e ectoparasitas são conhecidos, não existentes ou indetectáveis.
Os animais gnotobioticos são classificados de acordo com sua gnotobiota.
· Tipo Axênico (“livre de estranhos”) ou Germ-free
0. Animais totalmente livres de parasitas e microbiota internos e externos, como carrapatos, pulgas, bactérias, fungos, protozoários, vírus, algas.
0. Esses animais normalmente têm achados anatômicos exclusivos – diminuição da espessura da parede do intestino, alargamento do lúmen, crescimento mais rápido, absorvem mais gordura, vivem mais.
1. Tipo Flora Definida
1. Animais intencionalmente associados/contaminados com parasitas e/ou microbiota específicos.
1. São definidos a flora que quer ser feito nesses animais.
1. Tipo SPF (Specific Pathogen Free)
2. Animais livres de resposta imunológica para vírus específicos, podendo estar associados a outros parasitos e microbiota.
1. Derivados de Cesariana
3. Em que se retira os animais por cesariana e promove-se a retirada dos filhotes dentre da câmara estéril, após antissepsia do útero.
Animais utilizados em pesquisas
Manutenção
	Quando são animais gnotobiotico precisam ser mantidos em ambientes de alta restrição, cuidado e higiene.
O animal tem que ser mantido nas caixas que são isoladores, ou fixos (rígidos) ou flexíveis.
Além dos animais estarem em uma caixa fechada (isoladores) irá receber ventilação de forma induzida, a troca de caixa acontece em fluxo laminar esterilizado.
Barreiras sanitárias
O status sanitário (ou ecológico) dos animais somente pode ser mantido por meio do seu isolamento, o que impede o contato com novas formas de vida.
	Tudo aquilo que seja utilizado para isolar os animais de novas formas de vida, seja por meios físicos ou químicos, ou até pelas técnicas de manejo, é chamado de “barreiras sanitárias”.
	Assim, as luvas, as vestimentas, os filtros de ar, a autoclavagem, o projeto arquitetônico do biotério, a limpeza do instrumento, etc., são barreiras que impedem o contato entre as formas de vida.
	A água aos germ-free é acidificada até pH2,00 (tal como no estomago), para evitar a proliferação de microrganismos.
	O ar que entra nas gaiolas passa por um processo de ultrafiltração. Nenhuma partícula sólida entra, e alguns gases são retidos no filtro.
	A ração oferecida tem formulação especial, resistente à autoclavagem necessária para mantê-la asséptica e não contaminar os animais.
Instituições que possuem animais gnotobióticos
1. Centro de Animais de Laboratório (CECAL), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ);
1. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica (CEMIB);
1. Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), em várias unidades;
1. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Centro de Bioterismo (CEBIO);
1. Universidade Federal Fluminense (UFF), Núcleo de Animais de Laboratório (NAL);
1. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA).
Classificação sanitária dos animais
Classificação genética dos animais
· Animais outbreed ou não consanguíneos
Animais que possuem alta hiterozigose (possuem todos os genes – população normal)há diversidade genética.
· Animais consanguíneos ou inbreed
São animais que são produtos de 20 gerações consecutivas do acasalamento entre irmãos, tornando os animais mais idênticos possíveis (como se fossem irmãos gêmeos, mesmo sendo de óvulos diferentes).
99% de hemozigose – cruzamento entre irmãos.
Vivem menos e o número de nascidos é menor.
Animais Transgênicos
· Mutantes – variação genética é similar a da linhagem de origem.
· Mutação Natural
Um animal mutante cruza com outro animal mutante, terá linhagem com mutações genéticas.
· Mutação Induzida
Animais Knock out (KO): a modificação genética introduzida é capaz de interromper ou anular um gene que, então, não se expressa mais.
São animais em que a mutação é provocada. Devido as possibilidades da engenharia genética há os processos de transgenia de colocar ou remover os gêneses dos animais.
Híbridos
Esses animais têm 50% da genética de um e 50% da genética da outra linhagem.
F1 – Geração de animais híbridos. A próxima geração F2 já não são considerados híbridos, há mais modificações e a partir da geração F2 já não são considerados híbridos.
Os chamados de híbridos é o cruzamento de genéticas diferentes – são linhagens diferentes.
· Monogâmica
Casal que se mantem com apenas um parceiro para o resto da vida.
· Acasalamento Randômico
É escolhido quem vai ficar com quem.
Classificação genética
Animais outbreds ou heterogênicos
1. 99% de heterozigose – diversidade genética;
1. Reprodução de populações naturais.
Animais inbreds ou hemogênicos
1. 99% de homozigose;
1. Acasalamentos consanguíneos.
A escolha do tipo de acasalamento depende, principalmente:
1. Característica genética necessária;
1. Espaço existente no biotério;
1. Número de animais necessários
Características dos indivíduos:
· Ambientais e genéticas
O propósito de um sistema de acasalamento é preservar ou controlar as causas genéticas para determinada característica.
· Inbreeding: subdivide a população em subpopulações, nas quais a média das características quantitativas aumenta ou diminui e a variação genética se reduz.
· Outbreeding: (acasalamento entre diversas populações) faz a variação genética aumentar e muda a média de características quantitativas.
	A combinação da consanguinidade com sistemas de seleção deu aos geneticistas métodos de controle de características herdáveis dos animais de laboratório.
Cruzamento heterogênico
Permitir que a população se mantenha constante em todas as suas características pelo maior número de gerações possíveis;
Manter o alto nível de heterozigose.
Preservar a estabilidade da população inicial de alelos e sua frequência, o máximo possível durante as gerações.
O principal acasalamento de um biotério é sempre a Colônia Fundação.
· Monogâmica;
· Fechada, sem introdução de novos pares reprodutivos;
· Com uma população tão grande quanto possível: mínimo 200 casais;
· Acasalamento randômico para que todos os indivíduos tenham igual chance de participação;
· Sem critérios de seleção, para não fixar alelos;
· Usar esquemas com métodos reprodutivos como: Poiley, Hanrotation, Robertson’s, Falkoner, etc.;
· Aumentar os intervalos entre gerações o máximo possível (usar a quinta ninhada)
· Fixar o tempo reprodutivo dos pares acasalados (ex: 30 semanas.)
Acasalamento ao acaso
· O principal objetivo é de evitar o acasalamento de parentes próximos e assegurar que a próxima geração venha de um espectro mais amplo de pais do que ocorreria nas fases iniciais.
· Utilização de sistemas rotacionais.
Método Poley
Uma das formas de acasalamento ao acaso. Mantem-se o método de poley para colônias de fundação, mas também em colônias de produção – para manter as características de animais heterogênicos.
No método poley é estabelecido grupo de animais – machos/fêmeas (G1, G2, G3 de machos e fêmeas) cruza-se o macho de um grupo com a fêmea de outro grupo (G1 X G3) teria uma população que seria do G2. 
Método Poley
Sempre tentando estabelecer novas gerações.
Um macho G1 com uma fêmea G3, a partir da 5º geração parental, assim evitando a consanguinidade.
Método de Falkoner
	Estabelece a novos grupos, mas normalmente o grupo terá o nome do grupo da fêmea.
	Fêmea G1 X Macho G2 = G1 (filhotes)
Acasalamento consanguíneo
· Preservar a isogenicidade (geneticamente semelhantes) e alto coeficiente de consanguinidade;
· Evitar ao máximo contaminações genéticas, mutações e heterozigose residual;
· Método mais fácil, cruzamento entre irmãos da mesma ninhada.
· 6 a 8 animais por ninhada
Manejo das colônias
· Separação física das colônias de diferentes linhagens;
· Se não for possível, distribuir por cor de pelagem;
· O sistema de identificação deve ser extremamente bem controlado;
· Qualquer variação fenotípica deve ser observada como possível contaminação ou mutação, devendo ser investigada.
· Caso essa má formação tenha originado por exemplo do acasalamento dos grupos G1 e G3 será evitado acasalar os animais desse grupo para que não ocorra mais presença de fenótipos.
· O núcleo da fundação deve descender de um ancestral e deve ter um número restrito de caixas (10 a 20).
· Sistema de produção em linha única ou em linhas paralelas;
· Colônia pedigree.
Linha Única/Reta – Vai trabalhar com os frutos do mesmo casal.
Linhas Paralelas – Utiliza vários produtos de linhagens diferentes
Colônia de Fundação – Dessa colônia tem-se a colônia pedigree que é a primeira colônia e é onde se mantem o pedigree da linhagem.
Registro de Pedigree – Quando explica qual a origem materna e paterna e que se possa manter a linhagem.
Colônia de Expansão – Vai distribuir para os biotérios de produção para que possam fazer as pesquisas.
Métodos de Acasalamento 
Sistema de hárem (poligâmico)
Sistema monogâmico – Um casal para toda a visa – Colônia de Fundação
Animais Isogênicos – inbreed
99% dos genes parecidos.
Um casal com linhagem isogênica – Ex.: Linhagem azul X Linhagem branca
Ao cruzar essas linhagens terá o produto. 
O produto dessa linhagem será metade azul e a outra metade branca.
Animais Híbridos
Os animais híbridos só podem ser formados a partir da linhagem consanguínea.
Zoonoses são enfermidades transmitidas naturalmente dos animais ao homem, a incidência delas permanece alta em todos os países em desenvolvimento, já são mais de 200 zoonoses conhecidas, e a causa de morbidade e mortalidade em grupos demográficos vulneráveis.
Coriomeningite Linfocitária
Etiologia: vírus ARN, gênero Arenavirus; família Arenaviridae.
Transmissão: horizontal e vertical;
Reservatório: camundongo – eliminam o vírus por secreções nasais, urina, sêmen, leite e fezes;
Infecção adquirida por aerossóis, via conjuntival, pele, ou simplesmente ao se visitar uma colônia;
Sinais clínicos nos animais: baixos – convulsões.
Contaminação por via uterina, pode carregar o vírus por toda a vida dele, transmitindo para outros animais, mas sem apresentar sinais clínicos.
Hantavirose
Etiologia: Vírus RNA, família Bunyaviridae
Transmissão: Ratos silvestres – hospedeiro natural
Sintomas no homem – primeiros sintomas se assemelham aos da influenza: febre, dores musculares, cefaleia, náuseas, vômitos, calafrios e tonturas. Os ratos são assintomáticos.
Casos mais graves: hemorragia e insuficiência renal ou pulmonar.
Em cerca de 5 dias, mais de 50% das vítimas morrem.
Diagnóstico: isolamento do vírus.
Controle: Impedia a presença de roedores silvestres nos biotérios. Utilização da proteção adequada.
Raiva
Etiologia: Vírus RNA, gênero Lyssavirus, família Rhabdiviridae.
Transmissão: carnívoros e quirópteros.
Transmissão: soluções de continuidades.
Sinais clínicos: nos cães, distinguem-se duas formas, a raiva furiosa e a paralítica ou muda.
Sintomas no homem: início sensação de angústia, cefaleia, elevação da temperatura corporal, mal-estar, anorexia, náuseas, irritabilidade, alterações sensoriais imprecisas, queixa de hiperestesiae parestesia no local da inoculação.
Fase seguinte: excitação, hipersensibilidade à luz, ao som e ao vento, midríase e aumento da salivação, espasmos nos músculos da deglutição, espasmos dos músculos respiratórios, ansiedade, delírio e convulsões generalizadas.
Diagnostico: Coleta de cérebro de animais suspeitos.
Imunofluorescência direta;
Prova biológica (inoculação em camundongos);
Exame histopatológico.
Controle: Vacinação dos animais; vacinação preventiva dos funcionários envolvidos em experimentos que utilizem animais susceptíveis. Utilização por parte dos funcionários, de proteção adequada (gorros, máscaras, luvas, macacões, botas, etc.)
Tratamento: não há.
Animais para experimentação afetados: Cães e primatas não humanos.
Febre por Mordedura de Rato
Etiologia: Streptobacillus moniliformis e Spirillum minus.
Infecção por Streptobacillus moniliformis:
Transmissão: reservatórios – ratos que albergam o agente etiológico na nasofaringe;
Transmissão ao homem: mordedura;
Infecção: camundongos de laboratório podem ser produzida por via aerógena quando são alojados no mesmo ambiente com santos.
Sinais clínicos nos animais: ratos portadores sadios Streptobacillus moneliformes é patogênico para camundongos: alta morbidade e mortalidade. Poliartrite, gangrena e amputação espontânea dos membros. Em cobaias, pode produzir uma linfadenite cervical com grandes abscessos nos gânglios linfáticos regionais.
Sintomas no homem: período de incubação de 2 a 14 dias;
Enfermidade: inicia com uma sintomalogia similar a influenza;
Ferida na mordedura curada espontaneamente;
Comum exantema, linfadenopatia regional, artralgias migratórias e mialgias.
Casos mais severos: poliartrite e endocardite – mortalidade chega a 10%
Diagnostico: isolamento de S. moniliformes (em meios enriquecidos com soro e sangue) de material provenientes das lesões articulares ou de amostras de sangue.
Controle: camundongos, ratos e cobaias de laboratório devem se alojar em diferentes ambientes, e os funcionários do biotério devem ser instruídos sobre manejo apropriado.
Tratamento: penicilina e estreptomicina de 7 a 10 dias.
Animais de experimentação normalmente afetados são os ratos e camundongos.
Infecção por Spirillum minus
Transmissão: mordedura
Reservatório: ratos e outros roedores.
Saliva – fonte de infecção para o homem
Sinais clínicos nos animais: infecção nos ratos é inaparente.
Sintomas no homem: período de incubação – 1 semana a 2 meses.
Febre começa bruscamente e tarda a desaparecer, recorre em várias ocasiões durante 1 a 3 meses.
Erupção exantemática generalizada que pode aparecer em cada ataque febril.
Ferida apresenta infiltração edematosa e ulceração.
Linfadenomagalia generalizada.
Diagnostico: bactéria não se desenvolve em meios de cultivo de laboratório.
Diagnostico: base de exame microscópio em campo escuro do infiltrado da ferida.
Controle: igual infecção por S. moniliformes.
Animais para experimentação afetados: ratos e camundongos.
Leptospirose
Transmissão: animal reservatório (roedores, especialmente ratos) excreta leptospiras na urina.
Sinais clínicos nos animais.
Sintomas nos homens
Diagnóstico: ELISA (sorologia)
Animais para experimentação afetados: ratos, camundongos, cobaias, gambás, cães, primatas não-humanos, gatos (assintomáticos)
Controle: evitar roedores silvestres no biotério, usar EPI’S adequados quando da manipulação das gaiolas e dos animais.
Não precisa de ferida para transmitir a doença.
Listeriose
Etiologia: Listeria monocytogenes
Transmissão: bactéria pode ser eliminada pelas fezes e se encontra presente nos fetos abortados e na placenta.
Infecção se dá por contato.
A doença pode ser observada em coelhos, cobaias, caninos e no homem.
Sintomas: febre e mialgia, náuseas e diarreia.
Meningo encefalite, septicemia, endocardite, aborto em mulheres grávidas.
Morte em pacientes imuno comprometidos e idosos
Controle: Quarentena dos animais recém-adquiridos; Incineração das placentas e fetos abortados. Em coelhos: eutanásia dos animais infectados;
Mulheres grávidas que trabalham em biotérios: exames periódicos principalmente após sintomatologia semelhante à da influenza;
Utilização, por parte dos funcionários dos EPI’s adequados.
Os animais para experimentação afetados são as cobaias, coelhos, cães.
Salmonelose
Etiologia: salmonela entérica
Transmissão: camundongos de laboratório podem eliminar várias espécies de Salmonella simultaneamente, sem mostrar nenhum sinal clínico da enfermidade.
Formas de transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados om fezes de animais infectados ou portadores.
Camundongos podem serem portadores assintomáticos.
Dermatomicose
Etiologia: diversas espécies de Microsporum e Trichophyton
Transmissão: contato com o animal infectado (enfermo ou portados) ou por esporos contidos nos pelos desprendidos do animal.
Tratamento: antibióticos de aplicação local e/ou griseofulvina por via oral;
Animais para experimentação afetados: camundongos, ratos, cobaias, cães.

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