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FASE 2 PROJETO KETLIN

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UNIVERSIDADE POSITIVO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROJETO DE INTERVENÇÃO
A falta de interesse nas aulas de Educação Física em 
adolescentes.
KETLIN NOWAKOWSKI GONÇALVES
Curitiba / 2020
“A falta de interesse nas aulas de Educação Física em adolescentes.”
2.0 Área de aplicação:  
(X) Área escolar – Ensino Fundamental series finais e Ensino médio.
(X) Área escolar – Educação Especial  
3.0 A situação problema:  
A Educação Física é um componente curricular que pode proporcionar ao aluno a capacidade de conhecer seu corpo, com práticas de atividades prazerosas, assim como a interação com o professor e demais alunos.
Devide (1999) apud Mattos & Neira (2000) em recente pesquisa em uma escola de Ensino Médio, investigou a concepção de Educação Física dos alunos no cotidiano e o papel do professor enquanto educador. Os resultados indicam que os alunos encaram a Educação Física como uma disciplina sem relevância para manter-se dentro do currículo escolar, com conteúdo repetitivos e sem aplicabilidade no cotidiano, além de não motivar a prática permanente de exercícios fora da escola. 
Segundo Paes (2001), a Educação Física escolar poderá permitir ao aluno o exercício de sua cidadania, na qual o trabalho e o lazer são fundamentais para uma boa qualidade de vida. Para nós, cidadania significa participação e para participar da Educação Física é preciso saber, conhecer, analisar e refletir a prática.
Hanauer (2009) assinala que a Educação Física é um meio essencial para a formação do cidadão, pois durante uma atividade em muitas situações o aluno tem que tomar decisões rápidas, deve ser ágil e encontrar a maneira mais fácil de ultrapassar os obstáculos, e é exatamente isso que acontece na sociedade atual, devemos estar preparados para as mudanças e as exigências que temos de enfrentar. A Educação Física escolar tem o grande papel de educar, socializar, motivar proporcionando uma vida saudável e melhorando a qualidade de vida dos alunos.
Segundo Darido (2004) Uma das hipóteses possíveis para o número reduzido de aderentes à prática da atividade física pode residir nas experiências anteriores vivenciadas nas aulas regulares de Educação Física. Muitos alunos acabam não encontrando prazer e conhecimento nas aulas de Educação Física e se afastam da prática na idade adulta.
Segundo Almeida (2007) outro fator que pode ser destacado como principal origem das dificuldades ou desinteresse na Educação Física escolar, são os conteúdos realizados nas aulas, principalmente relacionado aos esportes. Assim como os conteúdos, as metodologias adotadas pelos professores que privilegiam apenas o esporte durante as aulas e toda a vivência escolar das crianças e adolescentes, sendo utilizado de forma rotineira e inadequada no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, em que os alunos praticam as mesmas atividades, muitas vezes sem um planejamento adequado realizados pelos professores nas aulas, parecem ter como consequência a evasão nas aulas de Educação Física.
Em um determinado colégio de Curitiba, vivenciei essa situação onde alguns alunos não apresentavam interesse nas aulas de Educação Física, muitas vezes participavam mas com má vontade, expressavam comportamento inquietos e desatentos, em inúmeros momentos da aula se distraem, e não mantinham o foco da aula, comprometendo também o melhor aproveitamento dos colegas.
Problema de pesquisa: 
· A falta de interesse nas aulas de Educação Física em adolescentes.
Objetivos:
· Proporcionar momentos de sucesso e prazer aos alunos, tornando a atividade o mais agradável possível;
· Proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento da amizade, através do trabalho em grupo;
· Procurar desenvolver atividades recreativas alterando, na medida do possível, o local da prática;
1.º ESTRATÉGIA DE AÇÃO 
1) Fazer um plano de aula lúdico em outros ambientes para que todos possam participar com interesse nas aulas.
2) Conversar com os alunos e descobrir quais esportes/ atividades eles gostam mais.
3) Conversar com os outros professores e direção para ver se em sala de aula os alunos participam e incentiva-los cada vez mais.
Referencial teórico:
Segundo Silva (1996), o professor deve estrategicamente oferecer ao aluno exercícios extras, orientando e encorajando, estando ciente que todas as habilidades motoras melhoram com a pratica. A inclusão ou tentativas de inclusão são de extrema valia para o aluno principalmente no trato social, inclusão social, sócio afetivo, sociabilização e equilíbrio emocional, além de prevenir doenças congênitas que estão mais presentes nesses indivíduos. Adolescentes que não participam das aulas de Educação Física tem tendência ao sedentarismo levando a problemas com obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides altos, hipertensão e doenças cardíacas na vida adulta. O maior desafio do profissional é envolver todas as pessoas que fazem parte da vida desse aluno no seu desenvolvimento como pessoa e como cidadão.
Para Place e Hodge (2001), os benefícios do processo inclusivo são possíveis desde que ocorram as adaptações necessárias. Para eles a inclusão estava relacionada com o tipo de interação social vivenciada, onde estas podem propiciar ou limitar a inclusão do aluno nas aulas de educação física. As relações sociais que tinham caráter de suporte e aceitação social eram capazes de promover a inclusão enquanto que relações sociais onde estes eram ridicularizados ou ignorados causavam a exclusão do aluno. Os autores realizaram o estudo sobre experiências de alunos (12 a 17 anos de idade) nas aulas de educação física para identificar os fatores colaboradores e limitantes para inclusão.
Segundo Silvestre e Silva (2016), a relação família e escola são fundamentais para o desenvolvimento de qualquer criança. As duas devem participar em conjunto no desenvolvimento da criança. Contudo, a falta de integração entre a família e a escola faz com que ambas fiquem alheias às dificuldades que a criança possa estar enfrentando. “Escola e família constituem sistemas nos quais a criança está inserida e onde deve desempenhar papéis diversos, às vezes conflitantes”. (SILVESTRE; SILVA, 2016 apud MARTURANO, 1999, p. 135) 
Weiss 2001 afirma que:
“Aprendizagem é um processo de construção que se dá na
Interação permanente do sujeito com o meio que o cerca,
Meio esse expresso inicialmente pela família, depois pelo
Acréscimo da escola ambos permeados pela sociedade em
Que estão.” (WEISS 2001, p. 26)
Silvestre e Silva (2016 apud. Cavalcante, 1998, p. 155), cita que “A colaboração entre pais e escola melhora o ambiente escolar e transforma a experiência educacional dos alunos numa vivência mais significativa”. 
Referências:
ESTRELA, Rafaelle Christine Cidreira. O lúdico como processo de aprendizagem para crianças  com T. Construir noticias. Disponível em: https://www.construirnoticias.com.br/o-ludico-como processo-de-aprendizagem-para-crianças-com-tdah/. Acesso em: 16 abr. 2020. 
LORENZINI, M. V. Brincando a brincadeira com a criança deficiente: Novos rumos terapêuticos.  São Paulo: Manole, 2002. 
VIGOTSKI, L. S. A Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 
SILVESTRE, Áurea; SILVA, Franciele Sales da. FAMÍLIA E A ESCOLA NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TDAH: a necessidade de uma parceria ativa e produtiva.: a necessidade de uma parceria ativa e produtiva. 2016. 17 f. TCC (Graduação) - Curso de Pedagogia, Puc Minas, Belo Horizonte, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Parana/Downloads/12325-Texto%20do%20artigo 
44261-1-10-20160706.pdf. Acesso em: 12 maio 2020 
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: DP & A Editora, 2001.

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