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EXCEÇÃO DE PRE EXCUTIVIDADE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA DE 
FAZENDA PÚBLICA DE BRASILIA – DF 
 
Processo nº ... 
 
Marcos Sousa Franco, brasileiro, estado civil, RG... e CPF..., residente e 
domiciliado no endereço..., por seu advogado que esta subscreve 
conforme procuração anexa, com escritório profissional localizado no 
endereço..., endereço eletrônico..., vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, opor 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
Nos autos do processo de Execução fiscal cujo número está em epígrafe 
que lhe move a FAZENDA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL, nos seguintes 
termos: 
 
I – DO CABIMENTO E DA EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE 
 
Conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, o 
instituto da Exceção de Pré-Executividade, pode ser arguido à qualquer 
tempo, por simples petição, independente de segurança do Juízo, desde 
que desnecessária qualquer dilação probatória, ou seja, por prova 
documental inequívoca, comprovando a inviabilidade da Execução. 
 No caso em tela, a demanda está relacionada a matéria de 
ordem pública, portanto, cabível a apresentação de Exceção de Pré-
Executividade no caso em apreço, conforme igualmente restará 
demonstrado nas razões de fatos e direitos abaixo expostas. 
 
II – DOS FATOS 
 A Fazenda Pública do Distrito Federal propôs a presente Ação 
de Execução Fiscal alegando ser credora de dívidas (no total de R$ 
100.000.00 - cem mil reais) incidentes sobre imóvel que o contribuinte teria 
no Setor de Mansões do Lago Sul, ocorre, porém, que a exigência do Fisco 
Distrital assenta-se em gravíssimo erro de fato pois o contribuinte não é e 
nunca foi proprietário do referido imóvel, ao contrário, só tem um 
apartamento no Morro do Bandeirante – local este bem mais humilde que 
o primeiro, estando situado a 15 quilômetros do lago sul, conforme é 
possível verificar nas CDAs juntadas em anexo. 
III – DO MÉRITO 
III.I – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA 
 A execução apresentada foi originada sem que estivessem 
presentes os requisitos quem ensejariam, dispostas no artigo 121, 
Parágrafo Único, inciso I do Código Tributário Nacional, combinado com o 
artigo 150, inciso VII da Constituição Federal, ou seja, não possui a correta 
identificação do sujeito passivo sendo o contribuinte se mostra totalmente 
ilegal tal direcionamento por confrontar os artigos já mencionados infra. 
Sendo questão de ordem pública tendo em vista a falta de condições da 
ação, uma vez que não há a legitimidade passiva ad causam da executada 
em figurar parte da lide da presente execução fiscal. 
 Podemos observar que não há dúvidas que o caso em tela é 
uma nulidade absoluta uma vez que há um vício processual que está 
altamente relacionado aos pressupostos processuais, neste caso, a 
ilegitimidade do executado para figurar no polo passivo da execução, 
baseada no artigo 17 do Código de Processo Civil. 
 
III.II – DA NULIDADE DA CDA 
 
 A legislação que rege o sistema tributário brasileiro, Lei n. 5.172/1966 
(Código Tributário Nacional), leciona em seu artigo 202, incisos, que o 
termo de inscrição da dívida ativa indicará obrigatoriamente: o nome do 
devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que 
possível o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia devida e a 
maneira de calcular os juros de mora acrescidos; a origem e natureza do 
crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja 
fundado; a data em que foi inscrita; sendo caso, o número do processo 
administrativo de que se originar o crédito, e; que a certidão conterá, além 
dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. 
 A nulidade das CDA’s está totalmente comprovada uma vez que tanto 
a doutrina como a jurisprudência são pacificas no entendimento que as 
mesmas deverão ser consideradas nulas de pleno direito. Na análise das 
CDA’s pode se observar que ela não traz o fundamento sob o qual se baseia 
a dívida, provocando uma dúvida sobre a sua validade. Assim, é possível 
verificar que a CDA não informa qual é o devedor sob qual se funda a dívida, 
que é requisito indispensável para a validação da mesma. 
 Desse modo, não restam dúvidas que a CDA não possuiu os requisitos 
para sua validade pois não informa quem é o sujeito passivo e também não 
tem a fundamentação legal sob a qual se constitui o tributo, conforme o 
artigo 2º, § 5°, III da Lei 6.830/80). Sendo assim, as CDAs deverão ser 
consideradas nulas, tendo em vista o não cumprimento dos requisitos 
legais, e consequentemente a presente extinção do feito. 
 
IV – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 O trabalho desenvolvido pelo advogado é de suma importância 
para garantir as partes o direito de contestação e ampla defesa, deste modo 
devendo ser reconhecido os esforços do profissional na busca da justiça. 
O Código de Processo Civil, no artigo 85 contempla o 
reconhecimento dos serviços prestados pelo profissional de tal forma que 
leciona que a sentença condenará o vencido a pagar honorários ao 
advogado do vencedor, observando as disposições elencadas no § 2º do 
mesmo artigo. 
Deste modo, são totalmente cabíveis os ônus referentes à 
sucumbência em matérias tratadas em Exceções de Pré-Executividade, 
sendo totalmente procedente a condenação da fazenda exequente, ao 
pagamento de tais verbas advocatícias a serem arbitradas conforme 
disposições do artigo 85 do Estatuto Processual Civil. 
 
 
V – DOS PEDIDOS 
 Ante o exposto, requer: 
 
a) A dispensa da composição processual, audiência de conciliação, 
conforme disposto no artigo 334, § 4°, inciso II do Código de Processo 
Civil, em razão da ausência de lei autorizadora, conforme determina 
o artigo 171 do Código Tributário Nacional; 
b) Seja o pedido julgado procedente para o fim de anular o processo 
executivo nos termos do artigo 2°, §5°, incisos III e VI da Lei 6.830/80; 
c) A exclusão do excipiente do polo passivo da execução fiscal; 
d) A condenação da excepta nas custas processuais e honorários 
advocatícios a serem arbitradas nos termos do artigo 85 do CPC. 
 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento. 
 
Local..., Data... 
 
ADVOGADO 
OAB

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