Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
: Sequência de eventos coordenados que se inicia com o encontro do gameta masculino (espermatozoide) com o gameta feminino (ovócito II) para formação do zigoto (ou célula ovo). QUATRO ETAPAS: 1. Encontro dos gametas; 2. Reconhecimento espécie-específico; 3. Fusão das membranas plasmáticas; 4. Combinação do núcleo e ativação da célula ovo. LOCAL DE FECUNDAÇÃO Ampolas das tubas uterinas. Como os gametas chegam? O ovócito II é liberado pelo ovário e captado pelas fímbrias do infundíbulos, chegando às ampolas por meio do batimento de cílios e contração da musculatura das tubas uterinas. Os espermatozoides são depositados no fundo da vagina e “nadam” (batimento flagelar + ajuda das contrações da musculatura lisa do útero) até as ampolas das tubas uterinas, onde acontecerá a fecundação. Inicialmente, são cerca de 100 milhões, mas são poucos os que chegam no sítio de fecundação (100 a 1000 apenas). Como os espermatozoides sabem para onde ir? Quimiotaxia: a corona radiata libera progesterona, que atrai os espermatozoides capacitados; Termotaxia: diferença de cerca de 2°C entre o istmo e a ampola guia os espermatozoides capacitados; Reotaxia: os espermatozoides capacitados nadam contra o batimento dos cílios do epitélio da tuba uterina. O sêmen é levemente básico para neutralizar o pH ácido da vagina. Quando o sptz chega à ampola, ele é, ainda, incapaz de fertilizar o óvulo e, por isso, precisa passar por modificações. CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA: Acontece ao entrar em contato com secreções do trato reprodutor feminino. Remoção de uma camada glicoproteica e de proteínas do trato seminal da superfície do espermatozoide. Modificação na quantidade de colesterol da membrana plasmática do sptz; Aumento da fosforilação oxidativa ( consumo de oxigênio) → HIPERATIVIDADE: batimento flagelar mais vigoroso. Por que a capacitação enzimática é importante? Algumas proteínas que se encontram na superfície do espermatozoide impedem o batimento vigoroso do flagelo, que é extremamente necessário para a chegada ao local de fecundação e para transpor a primeira barreira, a corona radiata. REAÇÃO ACROSSÔMICA Fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a membrana externa da vesícula acrossomal → após o reconhecimento dos gametas. Nas ampolas, então, acontece a primeira etapa da fertilização, o encontro de gametas. PRIMEIRA BARREIRA: CORONA RADIATA Para transpor a corona radiata: Batimento flagelar vigoroso; Proteína PH-20 na superfície do sptz secreta a enzima hialuronidase, que digere o ácido hialurônico entre as células da corona radiata. Após transpor a corona radiata, o espermatozoide chega à zona pelúcida, que é a segunda barreira. ZONA PELÚCIDA Camada glicoproteica (ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4) resistente e permeável secretada pelo ovócito II. ZP2 e ZP3: formam longos filamentos; ZP1 e ZP4: formam as pontes cruzadas que ligam os filamentos; ZP3: responsável pelo reconhecimento da SED1 do sptz e pela reação acrossômica. Funções: 1. Reconhecimento espécie-específica; 2. Início da reação acrossômica após o reconhecimento → as enzimas liberadas auxiliam na transposição da ZP. Após transpor a ZP, o espermatozoide precisa transpor a terceira e última barreira para chegar ao núcleo, a membrana plasmática do ovócito II. O sptz liga sua região equatorial, que contém enzimas fertilinas à superfície irregular da MP do ovócito II, que contém integrinas. Esse reconhecimento entre enzimas leva à fusão das membranas plasmáticas dos dois gametas, e a cabeça, peça intermediária e cauda se adentram na célula gamética feminina. Por que só um espermatozoide entra na célula? A função da fecundação é reestabelecer o número cromossômico do indivíduo, portanto, se mais de um sptz fosse capaz de se adentrar no ovócito II, o número seria incompatível com a ploidia humana. BLOQUEIO À POLIESPERMIA 1. Bloqueio rápido (dura poucos minutos): Assim que o espermatozoide se funde ao ovócito II, a membrana no ovócito se despolariza rapidamente e impede que outros sptz entrem. Essa despolarização leva a um influxo de cálcio (onda de cálcio intracitoplasmática). 2. Bloqueio lento: o influxo de cálcio faz com que grânulos de enzimas próximos à MP se fundam a ela e liberem suas enzimas → reação cortical; Essas enzimas liberadas alteram a ZP3 → reação zonal: causa uma ausência de reconhecimento entre ZP e espermatozoides. Antes da fecundação o ovócito secundário está com o metabolismo adormecido em meiose II (metáfase II), sem síntese de DNA, RNA, proteínas e baixo consumo de oxigênio. O influxo de cálcio, então, além de bloquear a poliespermia, também retoma o metabolismo (termina e meiose II e forma o óvulo e o segundo corpúsculo polar) e dá início ao desenvolvimento embrionário. 1. Estimula o ovócito II (parado em metáfase II) a terminar a meiose; 2. Restaura a diploidia do zigoto; 3. Variabilidade genética; 4. Determinação do sexo cromossômico; 5. Ativação metabólica do ovo; 6. Possibilita o início da clivagem.
Compartilhar