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Direito Cambiário e Contratos Comerciais

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DIREITO 
CAMBIÁRIO E 
CONTRATOS 
COMERCIAIS
Títulos de Crédito
É o documento necessário para o exercício do direito 
literal e autônomo nele mencionado. 
Características:
• Cartularidade
• Autonomia; 
• Literalidade.
Tais características também são chamadas de “Rigor 
Cambiário”, pois estas são necessárias para constituir 
um título de crédito legítimo.
Classificações
Quanto a relação fundamental: 
• Abstrato (letra de câmbio e nota promissória)
• Causal (cheque e duplicata mercantil)
Quanto ao modelo: 
• Livre (letra de câmbio e nota promissória)
• Vinculado (cheque e duplicata mercantil)
Quanto a estrutura: 
• Ordem de pagamento
• Promessa de pagamento
Quanto a circulação: 
• Ao portador (não tem nome do beneficiário)
• Nominais (título que tem o nome do beneficiário)
Títulos Nominativos
À ORDEM
Circulação normal: endosso. 
NÃO À ORDEM
Não pode ser endossado. 
Observar a “cláusula não à ordem”: a circulação
muda através de cessão civil de créditos. As partes
tem que concordar.
Requisitos de Validade
REQUISITOS EXTRÍNSECOS: (RIGOR CAMBIÁRIO)
• Denominação (nome do título)
• Objeto da prestação ($ representado no título)
• Data de emissão 
• Nome do beneficiário 
• Assinatura do sacador (emitente)
REQUISITOS INTRÍNSECOS:
• Capacidade das partes
• Objeto lícito
• Forma prevista ou não defesa em lei
Espécies de Títulos de 
Crédito
1. PRÓPRIOS (letra de câmbio, nota promissória, 
cheque, duplicata mercantil)
2. IMPRÓPRIOS (documentos que obrigam uma
pessoa a legitima a determinada coisa. Não tem
todas as características de câmbio. Exemplo são
os títulos de representação, de financiamento,
dentre outros).
LETRA DE CÂMBIO
É uma declaração de ordem de pagamento em
favor de determinada pessoa. As declarações são
escritas em papel com duas superfícies. Possui rigor
cambiário, sendo imprescindível a presença dos
requisitos de validade.
SUJEITOS DA LETRA DE CÂMBIO
• Sacador: quem emite a L.C
• Sacado: quem é indicado para pagamento.
• Tomador ou beneficiário: pessoa que recebe o
valor descrito na L.C.
Espécies de Letra de 
Câmbio
• LETRA DE CÂMBIO COM DATA CERTA
Possui a data de vencimento expressa na L.C.
• LETRA DE CÂMBIO A CERTO TERMO DE DATA
Previsão de um período de tempo, contados a 
partir da data da emissão. 
• LETRA DE CÂMBIO À VISTA
Vence no ato da apresentação.
• LETRA DE CÂMBIO A CERTO TERMO DE VISTA
Previsão de um período de tempo, contados a 
partir da data de aceite da L.C.
Endosso da Letra de 
Câmbio
É uma assinatura que possui a
função de transferir a letra de
câmbio. Envolve o endossante
(aquele que transfere a L.C) e o
endossatário (aquele que
recebe o título de crédito
através de endosso).
Espécies de Endosso
• ENDOSSO EM BRANCO
Quando o endossante não indica o nome do 
endossatário.
• ENDOSSO EM PRETO
Quando o endossante indica o nome do 
endossatário.
Efeitos do Endosso
Como efeito principal tem-se a de transmitir os direitos
emergentes da letra, tornando por via de dispositivo
legal o endossante solidariamente responsável no
título.
• TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO E DIREITOS EMERGENTES
O endossatário passa a ser titular dos direitos do
crédito como se fosse originariamente. E, devido ao
princípio da autonomia das obrigações cambiárias, o
direito adquirido é autônomo. As relações do
endossatário são apenas com o endossante.
Efeitos do Endosso
• RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE
Ao lançar sua assinatura no título o endossante garante o
pagamento do referido título – assim como todos os
demais que assinarem. O lançamento do ensosso no título
determina a formação da cadeira de endossos e caso o
título não seja aceito ou pago no vencimento, o
endossatário pode reclamar seus direitos de todos os
coobrigados.
• PROIBIÇÃO DE NOVO ENDOSSO
Possibilitada pela LUG, sua inserção significa que a letra
não possa mais continuar circulando
Observação: Endosso parcial é NULO. (art.12 da LUG).
Modalidades de Endosso
• ENDOSSO MANDATO OU PROCURAÇÃO (Art.18, LUG)
Quando o endosso contém a menção "valor a
cobrar“, "por procuração", ou qualquer outra
menção que implique um simples mandato, o
portador pode exercer todos os direitos emergentes
da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de
procurador.
• ENDOSSO CAUÇÃO, PIGNORATÍCIO OU GARANTIA (Art.19)
Quando o endosso contém a menção "valor em
garantia", "valor em penhor" ou qualquer outra menção
que implique uma caução, o portador pode exercer
todos os direitos emergentes da letra, mas um endosso
feito por ele só vale como endosso a título de
procuração.
Modalidades de Endosso
• ENDOSSO POSTERIOR AO VENCIMENTO DA LETRA, 
TARDIO OU PÓSTUMO (Art.20, LUG)
O endosso posterior ao vencimento tem os
mesmos efeitos que o endosso anterior.
Todavia, o endosso posterior ao protesto por
falta de pagamento, ou feito depois de
expirado o prazo fixado para se fazer o
protesto, produz apenas os efeitos de uma
cessão ordinária de créditos.
ACEITE
É a assinatura do sacado transformando o mesmo no
principal devedor da letra. É a concordância do
indicado para pagamento, em cumprir com a
obrigação.
APRESENTAÇÃO PARA ACEITE (PRAZOS)
• L.C com data certa = data definida.
• L.C a certo termo de data = até a data do
vencimento.
• L.C à vista = no ato.
• L.C a certo termo de vista = 1 ano da data da
emissão.
ACEITE
Quem pode apresentar? 
O legítimo portador da L.C. 
Recusa do aceite
Gera o vencimento antecipado da L.C, que deve ser
caracterizado pela realização do protesto por falta
de aceite.
Cláusula não aceitável / Cláusula Proibitiva
Sua inclusão na L.C evita que a recusa do aceite
ocasione o vencimento antecipado. Determina que
a apresentação ocorra no vencimento da L.C.
ACEITE
Restituição da Letra de Câmbio
Deve ser realizada instantaneamente com ou sem o 
aceite.
Irretratabilidade do Aceite
O aceite não admite arrependimento. 
Aceite qualificado: 
1. Sob condição: aceita para data diferente da 
prevista. 
2. Limitado: aceite valor inferior total da L.C. 
AVAL
É uma assinatura prestada por uma pessoa
denominada avalista, em favor de outra pessoa
denominada avalizado.
Função: Acrescentar ou aumentar o número de
coobrigados cambiários.
Quem pode ser avalista?
Quem tem capacidade civil e/ou comercial. Não há
necessidade de outorga uxória (aval do cônjuge).
Espécies de Aval
• AVAL EM PRETO
Quando o avalista indica o nome do avalizado.
• AVAL EM BRANCO
Quando o avalista não indica o nome do avalizado.
Neste caso, a LUG determinada que o avalizado na
L.C é o sacador.
• AVAL PARCIAL OU LIMITADO
É admitida pela legislação vigente.
• AVAL POSTERIOR AO VENCIMENTO
Não tem validade como aval (NULO).
• AVAL SIMULTÂNEO
quando um avalizado possui diversos avalistas.
• AVAL SUCESSIVO
Quando uma pessoa é avalista e avalizado ao mesmo
tempo.
VENCIMENTO
É a data na qual
deve ocorrer o
cumprimento da
obrigação
representada na L.C.
Espécies de Vencimento
TIPOS DE VENCIMENTO ORDINÁRIO
• L.C com data certa;
• L.C a certo termo de data;
• L.C à vista;
• L.C a certo termo de vista.
Espécies de Vencimento
TIPOS DE VENCIMENTO 
EXTRAORDINÁRIO
• Recusa do aceite; 
• Decretação de falência.
PAGAMENTO
Trata-se do cumprimento da obrigação representada 
na L.C. 
Necessidade de apresentação: 
O legítimo portador tem o dever de apresentar a L.C
para recebimento, sob pena de perda do direito de
cobrar.
Dia da apresentação:
No vencimento ou num dos 2 dias subsequentes.
Espécies de Pagamento
• ANTECIPADO
Só desonera efetivamente o devedor na data 
do vencimento.
• PARCIAL
Só é admitido até o vencimento da L.C. A partir
do vencimento, o pagamento somente é
admitido perante o valor integral da letra.
• NO VENCIMENTO
É o pagamento que, sendo realizado pelo
devedor principal, extingue a relação cambial.
Efeitos do Pagamento
• EXTINGUE A RELAÇÃO CAMBIAL (EXTINTIVO)
Extingue a relação cambial. Ocorre quando o
pagamento é realizado pelo devedor principal.
• RECUPERATÓRIO
Admite que aquele que pagou, cobre os
coobrigadosanteriores. Ocorre quando o
pagamento é realizado por um coobrigado da
L.C.
PROTESTO
É um ato praticado pelo credor, perante cartório
competente, com a finalidade de acrescentar ao
título de crédito prova de suma relevância para as
relações cambiais.
LEGISLAÇÃO: LEI nº 9.492/97.
Formas de Protesto
• POR FALTA DE ACEITE
Caracteriza uma forma de vencimento antecipado
em razão da recusa do aceite.
• POR FALTA DE DATA DO ACEITE
Quando o sacado não menciona a data na qual
aceitou o título, ficando o título, sem data de
vencimento.
• POR FALTA DE PAGAMENTO
Este possibilita a interposição de regresso contra
sacador, endossantes e avalistas (ação cambial).
Espécies de Protesto
• PROTESTO NECESSÁRIO
Quando é requisito para ingressar com ação
cambial. Deve ser feito dentro do prazo legal.
• PROTESTO FACULTATIVO
Efetuado contra aceitante e respectivos
avalistas, tem função meramente probatória e
apenas constitui o devedor em mora.
Informações adicionais 
sobre Protesto
CLÁUSULA SEM PROTESTO OU SEM DESPESAS:
Pode ser inserida na L.C e torna desnecessário para o
ingresso de ação cambial contra os coobrigados.
CANCELAMENTO DO PROTESTO:
Ato que pode ser administrativo ou judicial.
SUSTAÇÃO DO PROTESTO:
Ato que só pode ser judicial, através de uma tutela
de urgência para evitar que o protesto seja
efetivado. Não possui previsão legal específica.
AÇÃO CAMBIAL
É a ação destinada à cobrança dos Títulos de
Crédito, possuindo procedimento regulado pelo CPC.
➢ O devedor é citado para pagar em 3 dias, através
de mandado de citação, penhora e avaliação;
➢ É possível o pagamento de 30% do valor total e
parcelamento do restante em 6 parcelas iguais.
➢ Não sendo realizado o pagamento, será feito a
penhora dos bens, para garantir a dívida;
➢ Posteriormente, sem acordo, os bens poderão ser
vendidos judicialmente e o dinheiro revertido para
cobrir a dívida existente.
Espécies de Ação Cambial
• AÇÃO DIRETA
Quando proposta contra o devedor principal 
e/ou seus avalistas.
• AÇÃO INDIRETA
Também denominada de “regresso”, pois é
proposta contra os demais coobrigados (sacador,
endossantes e seus avalistas).
Documentos necessários 
para ingressar com a ação
• Título Executivo Extrajudicial; 
• Planilha de débito; 
• Protesto (se for necessário); 
• Procuração; 
• Contrato Social (se for o caso); 
• Guia de custas (se não tiver AJG ou for JEC). 
Defesa na ação e 
Inoponibilidade das 
Exceções
• DIREITO PESSOAL DO RÉU X AUTOR
Sempre que existir relação direta entre
exequente e executado, existe direito pessoal
entre eles. Em se tratando de terceiro, vige o
princípio da inoponibilidade das exceções
pessoais (terceiro de boa-fé).
• DEFEITO DE FORMA DO TÍTULO
Atinge a aparência do título. É a defesa
alegando falta de rigor cambiário.
• FALTA DE REQUISITO PARA EXERCÍCIO DA AÇÃO
Tem natureza processual, no qual a ação é
derrubada sem ter entrado no mérito da
demanda pela falta de pressupostos
processuais.
Embargos à Execução
Matéria de defesa, não é necessário a efetivação da
penhora ara que possa apresentar tal defesa. é a
ação proposta, pelo devedor, para exonerar-se da
execução de suas dívidas pelo credor. Pode conter
efeitos suspensivos, ao passo que o juiz determinará,
em caso de acolhimento, o cancelamento da
penhora, caso este tenha se efetivado. Poderá o
executado, oferecer caução, em se tratando de
dívida legítima, porém, o bem é impenhorável.
Prescrição
Após prescrito, o título perde sua validade como tal,
servindo de meio de prova para ingresso de ação de
cobrança e/ou monitória.
Prazos: art.70 da LUG.
Todas as ações contra o aceitante relativas a letras
prescrevem em 3 (três) anos a contar do seu
vencimento.
CONTRA O ACEITANTE E SEU AVALISTA: 
03 anos do vencimento. 
ENDOSSANTES, SACADOR E RESPECTIVOS AVALISTAS:
01 ano do protesto ou, se possuir a cláusula sem 
protestos ou sem despesas, 01 ano do vencimento.
COOBRIGADO QUE PAGOU E VAI COBRAR OS
COOBRIGADOS ANTERIORES (REGRESSIVA)
06 meses do dia do pagamento.
NOTA PROMISSÓRIA
É uma declaração de promessa de pagamento
realizada pelo emitente/devedor em favor do
tomador/credor.
LEGISLAÇÃO: LUG (arts.75 a 78)
Características da Nota 
Promissória
• Extremamente formal (rigor cambiário); 
• Ato unilateral da vontade do emissor que faz 
nascer a nota promissória; 
• Nota promissória difere da Letra de Câmbio, pois a 
primeira é promessa de pagamento e a segunda é 
ordem de pagamento; 
• Possui duas relações: emitente e beneficiário. 
Requisitos da Nota 
Promissória
• Denominação do título “Nota Promissória”. 
• A promessa pura e simples de pagar a quantia 
determinada; 
• Deve conter: nome do beneficiário, indicação da
data do saque e assinatura do emitente;
• Deve ter a época do pagamento, a indicação do
lugar em que deve se efetuar o pagamento, e o
lugar da emissão do título.
Nota Promissória a certo 
termo de vista
Modalidade introduzida pela LUG que
exige a apresentação da Nota
Promissória ao emitente para visá-la, a
fim de que se conte o prazo para
vencimento da mesma. Portanto, o
vencimento da Nota Promissória é a
certo termo de vista.
Aceite x Visto
O aceite representa a assunção da
obrigação de pagar por parte do sacado.
O visto marca o início do prazo, terminado o
qual aquela obrigação deve ser cumprida.
Regras aplicáveis à NP
• Saque; 
• Endosso; 
• Aval;
• Vencimento; 
• Pagamento; 
• Protesto; 
• Ação cambial; 
• Prescrição.
Regras não aplicáveis à 
NP
• Recursa parcial; 
• Vencimento antecipado; 
• Prazo para apresentação de aceite; 
• Cláusula não aceitável.
CHEQUE
É uma ordem de pagamento à vista, direcionada ao
sacado, que tem fundos disponíveis do emitente em
seu poder. O emitente possui um contrato prévio com
uma instituição financeira, que é o sacado nessa
relação. Possui legislação específica (lei dos cheques)
PARTES:
• Emitente ou sacador (emissor do cheque/dono);
• Sacado (Instituição financeira);
• Tomador (pessoa favorecida pela ordem)
Pressupostos para 
Emissão
Está definido no Art.1º da Lei do Cheque. São eles: 
• Palavra “cheque” inserida no texto; 
• Ordem incondicional de pagar quantia
determinada. A quantia será expressa em
algarismos e por extenso.
• Nome do sacado, banco ou instituição financeira;
• Nome do beneficiário (cheques com valor acima
de R$ 100,00 é obrigatório);
• Lugar do pagamento;
• Data e lugar da emissão;
• Assinatura do emitente.
Data e Lugar da Emissão 
do Cheque
• A data da emissão serve para determinar a
capacidade do emitente, é o termo inicial do
prazo de apresentação
• Para cheques de mesma praça, o prazo é 30 dias.
Para cheques de praça diferente, o prazo é 60
dias.
• A grafia errônea do dia da emissão não invalida o
cheque.
• O cheque apresentado antes da data indicada é
pagável no dia da apresentação.
Assinatura do Emitente
• É pessoal ou através de mandatário; 
• Quando a assinatura do emitente é falsificada, a 
responsabilidade pelo pagamento do cheque é, 
em princípio do banco; 
• Se o emitente morrer ou tornar-se incapaz, o 
cheque continua válido. 
Endosso do Cheque
• É admitida a inclusão de cláusula não à ordem,
caso em que a transferência do cheque terá efeito
de cessão civil de créditos.
• O endosso parcial é NULO.
• No cheque também há endosso-mandato e o
endosso póstumo.
Aval do Cheque
• Pode ser prestado ao emitente, ao beneficiário ou
ao endossante;
• O aval deverá ser lançado no anverso do título e
assim será considerada qualquer assinatura
lançada aí que não seja do emitente;
• Se não houver indicação do avalizado, considera-
se que o aval foi dado em favor do emitente;
• Os avais em branco são considerados simultâneos
e o avalista que pagar tem ação regressiva contra
os demais.
Apresentação e 
Pagamento
A apresentação deve obedecer os seguintes prazos: 
30 DIAS DA EMISSÃO: Para cheques da mesma praça;
60 DIAS DA EMISSÃO: para cheque de praça 
diferente. 
Se o portador não apresentar o cheque no prazo,não poderá executar o sacador se este teve fundos
disponíveis durante o prazo e deixou de tê-los depois.
Sustação do Cheque
A sustação do cheque tem como objetivo,
impedir a liquidação do cheque, pelo
sacado (instituição financeira), pressupondo
que até a data de sustação a liquidação não
ocorreu.
Formas de Sustação
• CONTRA-ORDEM OU REVOGAÇÃO
somente poderá ser realizada pelo emitente do 
cheque e só produz efeitos após expirado o 
prazo de apresentação do título.
• OPOSIÇÃO
pode ser realizada pelo emitente ou pelo
legítimo portador, visando evitar a realização
do pagamento do cheque para pessoa que
não seja seu legítimo beneficiário, gerando
efeitos imediatos.
Prescrição do Cheque
Prazo: 06 MESES contados do término do prazo para
apresentação.
Cheque de mesma praça: 06 meses + 30 dias
Cheque de praça diferente: 06 meses + 60 dias
Modalidades de Cheque
• CHEQUE VISADO
Quando o sacado, a pedido do emitente ou 
do portador, lança um visto no verso do cheque, que 
não pode ser ao portador nem estar endossado. Este 
visto obriga o sacado a debitar na conta do emitente 
a quantia indicada no cheque, reservando a quantia 
ao portador durante o prazo de apresentação. Não 
apresentado o cheque, a quantia reservada volta à 
conta corrente do emitente. O cheque ainda poderá 
ser pago, porém, como um cheque comum. Trata-se 
de uma modalidade que apresenta uma garantia do 
pagamento na data de vencimento. 
• CHEQUE CRUZADO
O emitente ou o portador lança dois traços
paralelos na face do cheque, e o mesmo só poderá
ser depositado na conta, mediante crédito em
conta. O cheque cruzado não poderá ser pago em
dinheiro. A finalidade é prevenir extravios, porque
será sempre possível identificar o apresentante. O
fato de o cheque ter sido cruzado não impede sua
circulação via endosso, ou pela simples tradição. O
depósito é obrigatório ao último portador.
• CHEQUE PARA SER CREDITADO EM CONTA
emitente ou o portador proíbem que o cheque
seja pago em dinheiro, mediante inscrição, na face
do título, da expressão para ser creditado em conta.
• CHEQUE ADMINISTRATIVO
Emitido pelo banco sacado para liquidação
realizada por uma de suas agências. Tem como
pressuposto, ser nominativo. Concede maior
segurança para recebimento de valores. Neste caso,
o cheque deixa de ser ordem de pagamento e passa
a ser promessa de pagamento.
Cheques pré-datado e 
pós-datado
• CHEQUE PRÉ-DATADO
A data lançada é anterior a data da real
emissão – não possuindo utilização.
• CHEQUE PÓS-DATADO
A data lançada no título é posterior a data de
emissão. Este procedimento não tem
reconhecimento na Lei do Cheque.
VER SÚMULA 370 DO STJ
Ação por falta de 
pagamento
O portador tem a ação de execução para haver a
importância do cheque, que pode ser movida contra
qualquer coobrigado, antes da prescrição do
cheque.
Para cobrar do emitente e seu avalista, está o
portador dispensado de protesto, sendo
recomendável que prove ter apresentado o cheque
para cobrança no prazo da apresentação.
Só será obrigatório o protesto para pedido de
falência.
Ação de Enriquecimento
O ingresso desta ação tem o prazo prescricional de
02 anos a contar do dia em que se consumar a
prescrição da ação executiva. Pode ser dirigida
contra o emitente e demais coobrigados. Há
necessidade da prova do prejuízo ocorrido em razão
do não pagamento do cheque.
*Esta ação não exclui a possibilidade da ação
ordinária de cobrança ou ação monitória.*
Protesto do Cheque
O cheque admite protesto por falta de pagamento,
mas trata-se de um protesto facultativo pois o
carimbo da Instituição Financeira em razão da
insuficiência de fundos supre a necessidade do
protesto para o ingresso da ação cambial contra os
coobrigados.
A única situação em que o protesto é necessário,
quando o título for usado para requerer falência de
um empresário com base na impontualidade.
DUPLICATA 
MERCANTIL
É um título de crédito que representa um crédito
derivado de um contrato de compra e venda
mercantil a prazo ou de prestação de serviços.
O vendedor emite a duplicata contra o comprador
que, mediante aceite, reconhece a dívida líquida e
certa e promete pagá-la.
Não há figura do tomador/beneficiário, pois o saque
é feito em favor do próprio sacador.
Características
• É um título causal. 
• Torna-se abstrata quando endossada e o portador não
pode opor ao devedor as exceções que oporia ao
credor originário.
• A extração da fatura é obrigatória em todos os
contratos de compra e venda mercantil com prazo
igual ou maior que 30 dias, enquanto a emissão da
duplicata é facultativa.
• A fatura comprova a compra e venda e seu número
deve constar na duplicata.
• A duplicata emitida sem corresponder a uma fatura, é
chamada de fria/simulada, é irregular, tipificada como
crime no CP.
• A duplicata não pode estar vinculada a mais de uma
fatura concomitantemente.
Modalidades de 
Vencimento
• Com dia certo. 
• À Vista: o aceite é absolutamente prescindível. 
• Na duplicata, o sacado é obrigado cambial
independente do aceite.
• Para empresários que emitem duplicatas, é
obrigatório constarem no Livro de Registro.
• Utiliza-se a duplicata virtual atualmente, através de
meios magnéticos.
Legislação Aplicável
• Possui lei específica: Lei da Duplicata (Lei nº
5.474/68).
• LUG – aplicabilidade de forma subsidiária.
Requisitos da Duplicata
• Denominação “Duplicata”; 
• Data da emissão;
• Número de ordem; 
• Número da fatura correspondente; 
• Data do vencimento ou a declaração de que é à
vista;
• Nome e domicílio do vendedor e do comprador;
• A importância a pagar, em algarismos e por
extenso;
• O lugar do pagamento;
• A declaração de reconhecimento de sua exatidão
e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo
comprador, como aceite cambial.
• A assinatura do emitente.
ACEITE
O aceite na duplicata, é OBRIGATÓRIO, admitindo-se
recusa conforme a lei das duplicatas.
Havendo cumprimento do contrato que originou a
duplicata, a simples emissão do referido título vincula o
comprador, sendo dispensável a assinatura no título.
A duplicata é título de aceite obrigatório, e descabe
aceite qualificado (parcial), pois o valor contido na
duplicata corresponde ao valor da compra e venda.
A duplicata deverá ser remetida ao sacado diretamente
pelo vendedor ou por representante, que tem sido os
bancos. (os bancos possuem duplicata mediante
endosso-mandato).
O prazo para apresentação direta é de 30 dias da
emissão!!! Pelo banco é 10 dias a contar do recebimento.
Motivos legais para que o 
sacado recuse o aceite
• AVARIA OU NÃO RECEBIMENTO DAS
MERCADORIAS, no caso de entrega por conta do
devedor. Se ficou a cargo do credor o envio, este
não pode alegar avaria ou não-recebimento;
• VÍCIOS, DEFEITOS E DIFERENÇAS na qualidade ou na
quantidade de mercadorias;
• DIVERGÊNCIA NOS PRAZOS E NOS PREÇOS
AJUSTADOS.
Motivos legais que o aceite 
seja recusado na duplicata 
de prestação de serviços
• Quando não corresponder aos serviços
efetivamente prestados.
• Quando houver vícios ou defeitos na qualidade
dos serviços;
• Quando houver divergências nos preços ou nos
prazos ajustados.
Espécies de Aceite
• ORDINÁRIO
assinatura do devedor no inferior, lado esquerdo
do título.
• POR PRESUNÇÃO
Quando o comprador recebe as mercadorias sem
fazer qualquer oposição. É a tendência, em virtude
da maioria das duplicatas ser do tipo magnética.
• POR COMUNICAÇÃO
Não muito utilizado, quando o comprador retém o
título e comunica a retenção e o aceite.
Vencimento da Duplicata
• DUPLICATA COM VENCIMENTO À VISTA
nas duplicatas à vista, o aceite é prescindível.
Isto porque a duplicata é conduzida para
pagamento e não para aceite.
• DUPLICATA COM VENCIMENTO A DIA CERTO
a presença do aceite se faz obrigatória.
Pagamento da Duplicata
• Pode ocorrer antes do aceite ou do vencimento,
desde que seja de boa-fé, pois a duplicata é um
título de resgate.
• No ato do pagamento, a duplicata deverá ser
devolvida.
• Aval e Endosso de duplicataseguem as regras da
Letra de Câmbio dispostas na LUG.
• O aval dado após o vencimento é válido.
• O aval em branco = em favor do sacado.
Duplicata de Prestação de 
Serviços
• Disposta nos arts 20 e seguintes da Lei das
Duplicatas.
• Aplicam-se as mesmas disposições da duplicata
mercantil.
Protesto da Duplicata
A natureza da espécie do contrato é determinada
pelas circunstâncias nas quais o título é levado ao
protesto, podendo ocorrer por falta de aceite, falta
de devolução ou de pagamento.
É necessário para o portador cobrar dos demais
coobrigados, caso em que o prazo para realização
do protesto é de 30 dias a contar do vencimento.
Espécies de Protesto
• PROTESTO POR FALTA DE ACETE
O sacador, com título na mão, o leva a
protesto por falta de aceite.
• PROTESTO POR FALTA DE DEVOLUÇÃO
Quando o sacado retém a duplicata e
comunica ao vendedor, por epístola, que
firmou o aceite.
• PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO
É realizado após o vencimento do título, no
prazo assinalado no art.13 da Lei de
Duplicatas.
Ação de Execução e 
Defesa
Para propor ação de execução, o credor deverá
apresentar a duplicata aceita ou, se não aceita,
acompanhada de instrumento de protesto, de
documento que comprove a entrega e o
recebimento da mercadoria.
Para fins de defesa, o sacado poderá alegar as
causas do art.8º (motivos legais para recursar o
aceite) ou ainda, eventuais causas extintivas da
obrigação, além de defeitos formais no título.
Prescrição
A AÇÃO DE EXECUÇÃO DA DUPLICATA PRESCREVE
EM:
• 3 anos, contados do vencimento (contra sacado e
seus avalistas);
• 1 ano, contado do protesto (contra os demais
coobrigados, endossantes e seus avalistas);
• 1 ano, contado do pagamento (coobrigados, uns
contra os outros).
Triplicata
Constitui, em realidade, uma 2ª via da duplicata,
sendo emitida quando ocorrer a perda ou extravio
da duplicata. Todavia, se a duplicata já tiver
circulando, será cabível ação de anulação.
AÇÃO DE COBRANÇA: A jurisprudência do STF
entende que a duplicata sem aceite, desde que
protestada e comprovada a entrega de
mercadorias, é título hábil para a ação executiva,
bem como para o requerimento da falência.
OUTROS TÍTULOS DE 
CRÉDITO
São documentos que não representam uma
verdadeira operação de crédito, mas que
garantem diversas espécies de crédito, não
reunindo as características dos verdadeiros
títulos de crédito (rigor cambiário).
Classificação
Classificam-se em: 
• TÍTULOS DE CRÉDITO PRÓPRIOS
Aqueles que possuem natureza essencialmente
comercial e características de títulos de
crédito.
• TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS
São títulos de crédito que não encerram
verdadeira operação creditícia. São causais,
pois são aqueles vinculados a uma causa.
Espécies de Títulos 
Impróprios
• TÍTULOS DE LEGITIMAÇÃO
São títulos que conferem ao portador a
prestação de serviços, participação em agremiações
e o ingresso em eventos destinados a pagantes. Não
são títulos autênticos porque não são suscetíveis de
endosso, apenas conferíveis ao portador. Exemplo:
passagem aérea, ingresso de cinema, teatro, etc.
• TÍTULOS REPRESENTATIVOS
São títulos que servem de instrumento
representativo de mercadorias e outros bens, os quais
estão custodiados. Também são chamados de títulos
de tradição. Através destes títulos, incorpora-se ao
documento representativo um direito sobre a coisa.
Proprietário do bem é quem o título, podendo ser
negociado e, neste caso, devendo ocorrer a entrega
do bem, juntamente com o título.
Podem ser:
➢ Títulos representativos de mercadorias depositadas
➢ Títulos representativos de mercadorias
transportadas
• TÍTULOS DE FINANCIAMENTO
Também denominados títulos de investimento,
são títulos que representam crédito concedido por
instituições financeiras, sedo que a garantia é
prestada no próprio título, documento no qual é
concedido o financiamento. Podem ser rurais,
comerciais ou industriais.
Títulos de financiamento podem ser:
➢ Cédula e nota de crédito rural;
➢ Cédula e nota de crédito industrial;
➢ Cédula e nota de crédito comercial;
➢ Cédula e nota de crédito à exportação;
➢ Cédula hipotecária.
CONTRATOS 
COMERCIAIS
Contrato é o acordo de vontades para o fim de
adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.
Dessa forma, afirma-se que o contrato tem o condão
de estabelecer obrigações que são assumidas pelas
partes que contratam.
Requisitos dos Contratos
I. Capacidade plena dos contratantes;
II. Consentimento (tácito ou expresso);
III. Objeto lícito;
IV. Forma não prescrita ou não defesa em lei.
Princípios Contratuais
• Liberdade de contratar; 
• Boa-fé; 
• Interpretação favorável ao aderente; 
• Nulidade de cláusulas.
Contratos Atípicos
São contratos que advém da prática e são inerentes
ao direito empresarial, não possuem legislação
específica e são admitidos pelo art.425, CC.
A desconstituição do vínculo contratual relaciona-se
às causas de desconstituição das obrigações,
podendo ocorrer:
➢ Resolução;
➢ Resilição (unilateral ou bilateral).
Classificações
• QUANTO ÀS OBRIGAÇÕES: 
-Unilateral; 
-Bilateral. 
• QUANTO À ONEROSIDADE: 
-Gratuito; 
-Oneroso. 
• QUANTO À FORMA: 
-Solene; 
-Não solene.
• QUANTO À REGULAMENTAÇÃO LEGAL:
-Típicos;
-Atípicos. 
• QUANTO AO PRAZO:
-Determinado; 
-Indeterminado. 
• QUANTO AO OBJETO:
-Principal; 
-Acessório. 
COMPRA E VENDA 
MERCANTIL
É o contrato através do qual uma das partes
compromete-se a pagar o preço em troca do
recebimento de certo bem.
Caracteriza-se como mercantil quando as duas
partes são empresários e o objeto da contratação
envolve bem destinado para revenda.
Fundamentação legal: Art.481 do CC.
Características
• CONSENSUAL; 
• BILATERAL; 
• ONEROSO.
Elementos do Contrato de 
Compra e Venda 
Mercantil
• COISA (certa, determinada e disponível); 
• PREÇO (definido, determinado ou determinável);
• CONSENTIMENTO (vontade das partes e 
capacidade civil e comercial). 
Forma do Contrato
A regra geral é da inexistência de forma
determinada, admitindo-se, inclusive, a forma verbal.
Somente a contratação que envolve bem imóvel,
exige forma específica, sendo contrato solene.
(Escritura pública).
A venda pode envolver:
• Amostras (fragmento ou porção do objeto)
• Protótipo (exemplar do bem a ser alienado)
• Modelo (objeto em pequena escala)
Cuidar!!!
• A negociação de bem imaterial recebe a
denominação de CESSÃO.
• A negociação que envolve objeto futuro constitui
venda sob encomenda.
• O dever de entregar o bem só surge a partir do
pagamento do preço integral.
CARTÃO DE CRÉDITO
“Contrato” através do qual uma pessoa jurídica,
obriga-se ao pagamento do crédito concedido a
uma pessoa física ou jurídica perante terceiro
credenciado na operadora do cartão. Não possui
fundamentação legal.
Principais características:
• Contrato inominado, sendo misto de abertura de
crédito e prestação de serviços;
• Em geral, utiliza a técnica de adesão.
Titular do Cartão
É totalmente desamparado legalmente, sedo
que a jurisprudência e o CDC têm
possibilitado o equilíbrio das diferenças
existentes entre os polos da relação
contratual.
ALIENAÇÃO 
FIDUCIÁRIA EM 
GARANTIA
Negócio jurídico do qual um devedor para
garantir o pagamento de uma dívida,
transmite ao credor a propriedade de um
bem, retendo-lhe a posse direta, mediante a
resolução de saldá-la.
Fundamento Legal
• Lei 4.728/66 (Lei de Mercados e Capitais); 
• Lei 9.514/97 (Bens Imóveis); 
• Código Civil – Arts.1.361 à 1.368ª (Bens Móveis).
Classificação
• BILATERAL
• ONEROSO
• REAL (Extingue a transferência efetiva do domínio)
Características
• Permite a aquisição de bens mediante
financiamento, para pagamento parcelado, tendo
como garantia o bem objeto do contrato.
• Pode ter como objeto, bem já pertencente ao
devedor;
• Pode ter como objeto bem móvel e imóvel;
• O pagamento total das obrigações determina a
concretização da propriedade do antes
denominado devedor, resolvendo-se o domínio.
Partes
• CREDOR FIDUCIÁRIORecebe a propriedade de um bem em
garantia ao pagamento dos valores que foram
emprestados, possuindo a posse indireta do
bem alienado e domínio resolúvel.
• DEVEDOR FIDUCIANTE
Parte que recebe os valores e aliena a
propriedade de um bem como garantia do
cumprimento das obrigações, possui a posse
direta e é mero depositário do bem objeto do
contrato.
Mora ou Inadimplemento 
Contratual
Determina o vencimento antecipado das prestações
vincendas.
Ademais, possibilita o ingresso de ação judicial de busca e
apreensão do bem, para vender a terceiros e receber o
valor emprestado.
Não pode o credor ficar com o bem para haver o
pagamento do valor emprestado.
Pode o devedor requerer a purgação da mora, mediante
depósito judicial do valor integral do débito.
Venda do Bem Móvel
A alienação do bem pode ocorrer independente de
leilão, avaliação ou interpelação do devedor.
O valor recebido pela venda deve pagar o montante
devido e eventual saldo positivo deve ser colocado a
disposição do devedor. Não sendo suficiente o valor
recebido com a venda, é cabível ação contra o
devedor para saldar os débitos existentes.
Bem Móvel
A falta de purgação da mora determina a
consolidação da propriedade em nome do credo
fiduciário.
Para imóveis a purgação da mora ocorre mediante
depósito no Registro de Imóveis pelo devedor
devidamente intimado.
ARRENDAMENTO 
MERCANTIL
É também chamado de “Leasing”. É o contrato de
locação caracterizado pela faculdade conferida ao
locatário de, ao término, optar pela aquisição do
bem locado.
Fundamentação Legal:
• Lei nº 6.099/74 (aspectos tributários);
• Resolução do Banco Central nº 2.309/96.
Partes
• ARRENDADOR OU ARRENDANTE 
Instituição Financeira. 
• ARRENDATÁRIO
Pessoa física ou jurídica que “loca” o bem. 
• FORNECEDOR
Tem a posse indireta do bem/objeto (dono).
Classificação
• Bilateral;
• Oneroso;
• Consensual.
Principais Características
Pode ser celebrado tanto por PF como PJ.
O objeto do contrato deve ser bens móveis ou imóveis.
O contrato é formal, e deve ser observado o disposto no
art.5 da Lei 6.099/74.
O prazo mínimo é de 03 anos, sendo que para veículos, o
prazo é de 02 anos.
Súmula 369 do STJ – determina a necessidade de
notificação prévia para caracterização da mora.
Valor Residual Garantido
Trata-se de um valor monetário previsto
no contrato e que deve ser pago no
momento em que o locatário decide
adquirir o bem.
Modalidades de Leasing
• LEASING FINANCEIRO
Nítida finalidade de financiamento. Todas as parcelas
devem ser pagas, mesmo ocorrendo a devolução do bem
antes do prazo ajustado.
• LEASING BACK
O bem é do arrendatário que “vende” para o locador e
o recebe de volta. Constitui opção de financiamento para
empresários, permitindo a ele transformar o ativo imobilizado em
capital de giro.
• LEASING OPERACIONAL
Arrendante (fabricante), sem a intervenção de
instituição financeira. Arrendante compromete-se a prestar
assistência técnica.
Descaracterização do 
Contrato de Leasing
Ocorria pela prática cotidiana de antecipar o
pagamento do valor residual garantido. Porém, com
o advento da súmula 293 do STJ, dispõe: “A
cobrança antecipada do valor residual garantido
não descaracteriza o contrato de arrendamento
mercantil”.
Término do prazo 
contratual
A rigor determina ao locatário optar dentre as
seguintes alternativas:
• O fim do contrato com a devolução do bem;
• A prorrogação do contrato;
• A aquisição do bem mediante o pagamento do
valor residual garantido.
FIANÇA
Trata-se de um contrato que ocorre quando uma
pessoa presta garantia em favor de outrem, sendo
que em ocorrendo o descumprimento da obrigação
por parte do garantido, esta restará devidamente
cumprida pelo garantidor.
Aquele que presta a garantia é denominado “fiador”
e este deve assegurar o pagamento do crédito com
o seu patrimônio.
Características
Pode ser no valor total do contrato ou parcial (valor
inferior). Já, existindo o excesso de valor, este será nulo,
mas não ocasiona a nulidade de toda a obrigação.
Deve ser escrito, ou seja, solene.
É gratuito, pois o fiador não recebe nada em troca.
É intuito personae, pois a celebração ocorre em razão da
confiança.
Possui caráter acessório e subsidiário (observar se no
contrato há cláusula de benefício de ordem).
Modalidades
• LEGAL
Quando é imposta pela lei
• CONVENCIONAL
Resultante do acordo de vontades
• JUDICIAL
Decorrente de determinação judicial
Extinção da Fiança
Pode ocorrer com a morte do fiador, porém,
a obrigação transfere-se aos herdeiros, nos
limites do quinhão hereditário. Ocorre
também, de acordo com as disposições dos
contratos em geral (pagamento da
obrigação pelo devedor principal...).
PENHOR
É um direito real de garantia, segundo o qual, o
devedor entrega uma coisa móvel ou mobilizável ao
credor com a finalidade de garantir o pagamento do
débito. É um direito acessório que deve ser transcrito
no Registro de Títulos e Documentos, surgindo em
proveito do credor um direito de garantia que opera
“erga omnes”.
Natureza Jurídica do 
Penhor
• É um direito real de garantia sobre coisas alheias; 
• É um direito acessório, porque garante a
obrigação principal;
• É um direito que se ultima com a entrega da coisa,
perfazendo-se com a posse do objeto pelo credor;
• É um direito que recai, como regra, sobre uma
coisa móvel.
Partes
• DEVEDOR PIGNORATÍCIO
• CREDOR PIGNORATÍCIO
Constituição do Penhor
• CONVENCIONAL
Acordo entre as partes.
• LEGAL
A norma jurídica, para a proteção de certos
credores, confere-lhes o direito de tomar certos bens
como garantia, até o pagamento do débito.
GESTÃO DE NEGÓCIOS
Decorre de declaração unilateral de vontade. Trata-se da
intervenção de uma pessoa na direção dos negócios de
outra pessoa – sem a devida autorização e em benefício
do dominus negotti.
PRESSUPOSTOS:
• Ausência de convenção entre as partes;
• Ausência de proibição por parte do dono do negócio;
• Necessidade da gestão;
• Limitação a atos de natureza patrimoniais;
• Vontade do gestor de praticar o ato.
Obrigações do Gestor
• Realizar o ato de administração conforme a vontade e
o interesse presumível do dono do negócio;
• Fazer a comunicação do ato de gestão ao respectivo
dono do negócio;
• Atuar até o final do ato de gestão;
• Agir de forma diligente e reparar danos causados
culposamente.
• Caso se faça substituir, deverá responder pelas faltas
praticadas pelo substituto;
• Havendo mais de um gestor, existirá vinculação
solidária;
• Em caso de fortuito, possuirá responsabilidade e deverá
responder;
• Prestar contas da gestão e efetivar a devolução de
todos os bens
Direitos do Gestor
• Receber o reembolso das despesas efetivadas
durante a gestão;
• No caso do art.872 – receber a importância
despendida com o funeral;
• Ter restituído os valores gastos com alimentos;
Deveres do Dono do 
Negócio
• Restituir os valores que o gestor despendeu com as
despesas úteis e necessárias;
• Indenizar o gestor caso a atuação tenha afastado
prejuízo iminente ou tenha adicionado lucros para
o dono do negócio;
• Indenizar o gestor em relação aos prejuízos sofridos;
• Substituir o gestor em atos perante terceiros.
Direitos do Dono do 
Negócio
• Exigir a devolução dos bens pelo gestor ou efetivar
a indenização da diferença – em caso de gestão
contrária à vontade do dono.
• Confirmar ou desaprovar a gestão.
Obrigações do Gestor 
perante Terceiros
• O gestor responde pelo que contratou perante
terceiros em seu nome;
• O dono do negócio deve assumir perante terceiros
as obrigações que o gestor contraiu em seu nome
desde que o ato tenha sido útil.
KNOW-HOW
Também denominado “transferência de tecnologia”.
No Brasil não existe legislação específica, porém,
algumas transações podem ser reguladas por normas
administrativas.
Tecnologia – Elemento essencial no mundo moderno,
e envolve aumento da produtividade e incremento
do comércio.
O presente contrato envolve a transmissão de segredos
de produção, processosindustriais, técnicas
especializadas industriais, bem como técnicas
comerciais não divulgadas, mediante remuneração.
Tecnologia = bem imaterial (conhecimento de um
determinado processo, que pode ser utilizado na
produção de um determinado bem, possuindo valor
econômico).
A transmissão da tecnologia deve ser completada pela
assistência técnica necessária que possibilita a fruição
completa do “know-how”.
Partes
• TRANSMITENTE
Pode ser PF ou PJ, que realizou a descoberta
ou é possuidor de conhecimentos técnicos
originais.
• LICENCIADO
Pessoa que recebe o direito de uso do know-
how, mediante pagamento de determinado
valor econômico.
Remuneração
Comumente o pagamento é efetivado sob a forma
de ROYALTIES.
O pagamento é efetivado à vista ou calculado de
forma proporcional sobre cada produto fabricado
conforme o uso do processo transmitido.
Formas de Transferência
• TEMPORÁREA
Denominada “licença de know-how” e possui 
determinado tempo de duração, findo o qual 
o licenciado deve cessar a utilização.
• DEFINITIVA
Denominada “cessão”, sem a possibilidade do
cessionário transmitir a terceiro.
Características
• BILATERAL 
• ONEROSO
• CONSENSUAL
• INTUITO PERSONAE 
• AUTÔNOMO (Ex. Franquia)
Extinção do Know-How
• Vencimento do prazo de duração; 
• Distrato – Resilição bilateral; 
• Infração de cláusula contratual; 
• Modificação do objeto; 
• Mudança da pessoa licenciada. 
Mesmo após o término do contrato, as informações
recebidas pelo licenciado durante a vigência do
contrato continuam sendo sigilosas.
CONTRATO BANCÁRIO
As instituições financeiras compõem o Sistema Financeiro
Nacional, juntamente com o Conselho Monetário
Nacional, Banco Central, Banco do Brasil, Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social e as demais
instituições públicas e privadas.
São pessoas jurídicas públicas ou privadas que possuem
atividade de coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
corrente nacional ou estrangeira.
Legislação aplicável: Lei 4.595/64.
Operações Bancárias
São serviços que o banco disponibiliza para seus
clientes e subdividem-se em:
• ATÍPICAS OU ACESSÓRIAS
Relacionadas a prestação de serviços
correlatados, envolvendo obrigações. Ex:
pagamento de algum boleto, conta, água, etc.
• TÍPICAS OU EXCLUSIVAS
Atividade exclusiva de banco, de
intermediação de recursos financeiros, podendo ser
ativa (captação de dinheiro) ou passiva
(fornecimento de recursos monetários).
Contrato de Depósito
Contrato bancário típico de operação passiva,
mediante o qual uma pessoa entrega valores
monetários a um banco, que obriga-se a restituí-los.
É autônomo, podendo o depositante resgatar
unilateralmente o bem objeto de contrato.
Constitui-se em contrato real, solene, aperfeiçoando-
se com a entrega efetiva do dinheiro ao banco.
Conta Corrente
Contrato bancário típico de operação
passiva, mediante o qual o banco obriga-se a
receber valores monetários e proceder a
pagamentos por ordem do correntista com os
referidos recursos.
Mútuo
Contrato bancário típico de operação ativa,
mediante o qual o banco empresta quantia em
dinheiro para o cliente. É um contrato solene,
somente se aperfeiçoando com a entrega do
dinheiro (objeto do empréstimo). Cabe ao mutuário
restituir o valor emprestado com correção monetária,
pagar juros, comissões e demais taxas, bem como
amortizar o valor emprestado nos prazos
estabelecidos no instrumento. Somente é exigido
instrumento público se houver garantia real
hipotecária.
Abertura de Crédito
É um contrato bancário típico de operação ativa,
mediante o qual o banco disponibiliza determinado
valor monetário ao cliente que poderá ou não utilizá-
lo.
Costuma-se designar tal contrato como “cheque-
especial” e geralmente é associado a um contrato
de depósito.
Contrata-se que o cliente do banco somente pagará
juros e encargos quando utilizar o crédito concedido.
Espécies de Abertura de 
Crédito
• ABERTURA SIMPLES
O cliente que utiliza o crédito disponibilizado
não tem a faculdade de reduzir o montante antes de
certo prazo estipulado.
• ABERTURA DE CONTA CORRENTE
O cliente pode reduzir seu débito perante a
instituição financeira mediante entradas, sendo
usualmente utilizado.

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