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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL Resenha Crítica de Caso Leonardo Cunha Trabalho da disciplina: Responsabilidade Civil: Novas Tendências Tutor: Prof. Marcelo Pereira dos Santos Salvador/BA 2020 http://portal.estacio.br/ 2 A RESPONSABILIDADE CIVIL PELA PERDA DE UMA CHANCE NO DIREITO BRASILEIRO. Referência: JUNIOR, Gilberto. A RESPONSABILIDADE CIVIL PELA PERDA DE UMA CHANCE NO DIREITO BRASILEIRO. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/POS591/Biblioteca _51290/Biblioteca_51290.PDF. Acesso em: 18/10/2020 O presente artigo aborda no seu transcorrer acerca da Responsabilidade Civil e por fim sobre a perda de uma chance, o autor traz os conceitos, tipos, elementos, a historicidade bem como as jurisprudências emanadas pelos entendimentos dos Tribunais referentes a Responsabilidade Civil. Cumpre-se dizer que a responsabilidade civil se trata de um Instituto em que se busca a reparação de um dano sofrido à um bem jurídico tutelado em que se pese a sua concretude se dar quando um sujeito de Direito aciona a justiça, pois, entende que hora sofreu um dano, dano este que pode ser patrimonial ou até mesmo de encontro com o próprio sujeito subjetivo podendo afetar seu animus causando-lhe sofrimento, este último infere-se dano moral. Assim a reparação civil é uma forma por vias econômicas de se aplicar a lei aos que não a respeitaram, bem como dar uma resposta positiva à aqueles que sofreram um possível dano quando estes estavam agindo de boa-fé. A questão histórica remonta desde a antiguidade desde o famoso Código de Hamurabi que dizia “olho por olho dente por dente”, em outras palavras os danos infligidos a outrem seriam os mesmos a serem feitos contra aquele o qual o provocou, mais tarde a noção de responsabilidade passa a vigorar mais com a lei romana vindo com a Lei das Tabuas em que ainda se era presente a vingança privada, porém previsto valores em pecúnia como forma alternativa de se reparar os danos a outrem sem que necessariamente se fizesse obrigado a “pagar com a 3 mesma moeda”. Importante destacar que em meados da Fundação de Roma vem a existir a famosa Lei Aquilia motivada por meio popular via plebiscito em que visava o castigo ao causador de um dano e passava a regular a questão da responsabilidade sob três elementos configuradores: Lesão na coisa; Ato contrário a norma e a culpa e/ou dolo, após, a mesma influenciou para a criação de diversas legislações no campo da Responsabilidade civil como para o Código de Napoleão bem como à teorias no campo criminal como as de Josserand e Saleilles. Quanto as espécies podemos entender que se passa pelo seu fato gerador e fundamentos. A Responsabilidade Civil Subjetiva observa a culpa do agente para responsabiliza-lo caso tenha causado dano com dolo via art. 186 e 927, já a Responsabilidade Objetiva permite responsabilizar o agente bastando que seja comprovado que houve dano não auferindo com tanta veemência se houve ou não dolo. Podemos citar também a Responsabilidade Contratual em que se pese a relação contratual criar direitos e deveres, caso descumpridos deve-se buscar os termos ali fomentados para gerar responsabilidade, caso os termos não possuam respaldo legal neste caso que se aplique a lei, pois, está acima de qualquer cláusula contratual arbitrada pelos entes particulares, por fim a Responsabilidade Civil Extracontratual conhecida como Aquiliana que embora não há uma relação contratual expressa entre as partes do litígio houve ali um dano que fere diretamente a legislação cabendo reparação civil ao agente danificado. O artigo após, traz os elementos constitutivos básicos para que aja a responsabilidade capaz de indenizar, podendo ser dano causado por ação, entende- se por motivação provocada através de um fazer e a omissão um deixar de fazer capaz de causar dano; observa-se também o nexo causal que é a linha que liga o agente causador com o resultado, essencial para que se encontre o/os responsáveis pelo dano; observa-se a culpa do agente se a mesma fora ou não intencional e por fim o dano que é o fato delituoso “consumado”, final em que ocorre a lesão ao bem jurídico capaz de gerar o Direito a indenização, podendo ser este um dano 4 patrimonial ou moral conforme a súmula 37 do STJ sendo cumuláveis ambos os danos. Nota-se que o artigo após contextualizar questões atinentes à Responsabilidade Civil geral, adentra o tema da responsabilidade por perda de uma chance questão essa ainda em construção e muito atual que merece uma atenção devida. O termo da perda de uma chance se concebeu inicialmente pela jurisprudência francesa e comportava questões de responsabilidade médica até então, no caso fora um diagnóstico equivocado o qual provocou dano em que se pese a vítima doença divergente perdendo a chance de se tratar pela enfermidade que hora possuía. Adentrando a um ponto de vista aplicável, os entendimentos acerca da perda de uma chance possibilitam indenizar aqueles que se veem privados de obter lucro ou evitar um prejuízo, assim, não se trata de um dano direto, mas, um ato que pode impossibilitar uma vantagem eminente, a perda de uma chance real, por assim dizer. Todavia, deve-se observar para a aplicação do Instituto de indenizar deve haver de fato algo que certamente iria ocorrer, mas que se deu por arruinada a sua realização por um fato danoso, portanto, a existência do dano final. Nota-se que o Instituto é recente, portanto não há legalidade especifica que aborde do assunto, apenas entendimentos jurisprudênciais que colocam em prática o Instituto alicerçado na Responsabilidade Civil com dever indenizatório. Vale salientar que sua aplicação está muito ligada a atuações profissionais ligadas a advocacia e a medicina, a advocacia quanto a responsabilidade do advogado quanto a prazos por exemplo e questões as quais ele é responsável, sabido que não o é pelo resultado do processo quando o mesmo agiu de forma competente; e na medicina quando o médico comete negligência ou qualquer ato que vá de encontro à uma atuação profissional esperada, assim o que se observa é a atuação do profissional ocorrida no decorrer e não apenas o resultado final que muitas das vezes possui seus riscos inerentes à profissão. 5 Por fim o artigo finaliza trazendo a questão da valoração da perda de uma chance visando a sua mensuração, assim observa-se: Como se encontrava a vítima e a chance a qual fora perdida caso a mesma tivesse o feito; o caráter de reversibilidade total ou parcial caso seja possível e a indenização devida caso ocorrido a chance, portanto o benefício que se esperava. Assim o artigo em sua totalidade traz uma breve sinalização do que é a Responsabilidade Civil e seus conceitos básicos bem como questões históricas trazendo ao final a questão atinente à perda de uma chance questão recente e de necessária discussão, através do texto elucida questões a serem debatidas por todo os manipuladores do Direito em que na sua atuação irão ou não se deparar com estes assuntos abordadas, tornando-os mais capazes frente a tais situações semelhantes trazendo uma maior eficiência e segurança jurídica para aqueles tutelados.
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