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Livro Segurança Trab Florestal - Stanley-Minette-Vinicius - Completo

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SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO SETOR 
FLORESTAL
Editora Brazil Publishing
Conselho Editorial Internacional
Presidente:
Rodrigo Horochovski (UFPR - Brasil)
Membros do Conselho:
Anita Leocadia Prestes (Instituto Luiz Carlos Prestes - Brasil)
Claudia Maria Elisa Romero Vivas (Universidad Del Norte - Colômbia)
Fabiana Queiroz (UFLA - Brasil)
Hsin-Ying Li (National Taiwan University - China)
Ingo Wolfgang Sarlet (PUCRS - Brasil)
José Antonio González Lavaut (Universidad de La Habana - Cuba)
José Eduardo Souza de Miranda (Centro Universitário Montes Belos - Brasil)
Marilia Murata (UFPR - Brasil)
Milton Luiz Horn Vieira (UFSC - Brasil)
Ruben Sílvio Varela Santos Martins (Universidade de Évora - Portugal)
© Editora Brazil Publishing
Presidente Executiva: Sandra Heck
Rua Padre Germano Mayer, 407 
Cristo Rei ‒ Curitiba PR ‒ 80050-270
+55 (41) 3022-6005
www.aeditora.com.br
STANLEY SCHETTINO 
LUCIANO JOSÉ MINETTE 
VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
autores
SEGURANÇA DO TRABALHO 
NO SETOR FLORESTAL
 Schettino, Stanley
S327s Segurança do trabalho no setor fl orestal / Stanley Schettino, Luciano José Minette, 
 Vinícius Pereira dos Santos – Curitiba: Brazil Publishing, 2019.
 196p.: il.; 21cm 
 
 ISBN 978-65-5016-109-5
 1. Segurança do trabalho. 2. Setor fl orestal. 3. Saúde e trabalho. I. Minette, Luciano 
 José. II. Santos, Vinícius Pereira dos. III. Título. 
 CDD 363.11 (22.ed) 
 CDU 331. 823
Comitê Científi co da área Engenharias
 Presidente: Professor Doutor Marcus Vinicius Girão de Morais (UnB – Engenharia Mecânica)
Professor Doutor Bruno Luis Soares Lima (Mackenzie – Engenharia Elétrica)
Professor Doutor Paulo César Machado Ferroli (UFSC – Engenharia de Produção)
Professor Doutor Alexandre Cardoso (UFU – Engenharia Elétrica)
Professora Doutora Ana Cláudia Patrocinio (UFU – Engenharia Elétrica)
Professor Doutor Itamar Iliuk (UTFPR – Engenharia Elétrica)
Editor Chefe: Sandra Heck
Diagramação e Projeto Gráfi co: Brenner Silva
Revisão de Texto: Os autores
Revisão Editorial: Editora Brazil Publishing
DOI: 10.31012/978-65-5016-110-1
Curitiba / Brasil
2019
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
BIBLIOTECÁRIA: MARIA ISABEL SCHIAVON KINASZ, CRB9 / 626 
APRESENTAÇÃO
Contando com uma área de 528 milhões de hectares de 
florestas nativas ricas em biodiversidade e quase 8 milhões de hec-
tares de reflorestamentos, aliado ao clima e solos favoráveis, o setor 
florestal brasileiro vem experimentando constante desenvolvimen-
to, levando a demandas cada vez maiores por produtos de base 
florestal. Entretanto, destarte o elevado grau de mecanização das 
atividades florestais presente nos grandes produtores de madeira, a 
grande maioria dos pequenos e médios produtores ainda são alta-
mente dependentes de mão de obra. 
Tudo isso diante de um cenário em que as condições de tra-
balho são bastante peculiares, o que, invariavelmente leva ao desen-
volvimento de doenças relacionadas ao trabalho e exposição a riscos 
à saúde e a integridade física dos trabalhadores. Disso resulta que o 
setor florestal apresenta as maiores taxas de acidentes e mortalidade 
associada ao trabalho no mundo, apesar da introdução da mecaniza-
ção de algumas atividades. Embora diversos estudos venham sendo 
realizados abordando temas como a ergonomia e as condições gerais 
de segurança no trabalho florestal, faz-se necessário uma abordagem 
mais específica sobre a segurança do trabalho neste setor. 
A partir do conhecimento e gestão dos riscos a que estão 
expostos os trabalhadores florestais, torna-se possível a organiza-
ção do trabalho, o dimensionamento de máquinas, ferramentas e 
postos de trabalho, além da implementação de adequadas medidas 
de proteção coletivas e individuais. Com essa obra, partindo de ex-
tensa vivência prática e acadêmica, os autores se propõem a expor 
todos os possíveis riscos presentes no ambiente de trabalho flo-
restal, bem como as medidas necessárias para seu gerenciamento, 
tomando por base uma compilação de situações reais e sem deixar 
de lado o atendimento a legislação pertinente, de forma a contri-
buir para a diminuição dos índices de acidentes de trabalho e de 
doenças ocupacionais.
Espera-se que, com o gerenciamento de todos os riscos, 
seja possível garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores flo-
restais o que, indubitavelmente, reverte-se em melhorias na quali-
dade de vida, na manutenção de sua capacidade laboral e em bene-
fícios para a sociedade como um todo.
Os Autores
ABSTRACT
Studies on safety and health in forestry work have demon-
strated the conditions to which the workers in this sector are ex-
posed, revealing the consequences for their health and the changes 
of the life in the field. The performance of activities subject to cli-
matic conditions and factors such as exposure to chemical and bi-
ological agents, risk of accidents, pressure to raise yield, efficiency 
and productivity, increase the physical effort in work performance, 
reflecting in the increase in the number of accidents, injuries and 
diseases related to work which invariably leads to a reduction in 
the capacity for work and the useful life of workers.
The understanding of the applicable legislation and the 
precise identification of the risks to which these workers are ex-
posed becomes a fundamental tool for the definition and imple-
mentation of measures necessary for the elimination, isolation or 
mitigation of these risks, in order to contribute to the reduction 
of the work accidents index and the development of occupation-
al diseases in the forestry sector. It is precisely what the authors 
propose with this work where, in a clear and concise manner, they 
present all the technical and legal apparatus for the correct man-
agement of occupational health and safety in the forestry sector.
PALAVRAS-CHAVE
CAPÍTULO 1
Introdução
Palavras-chave: Setor florestal, trabalho florestal, condições de 
trabalho, saúde do trabalhador, precarização do trabalho;
CAPÍTULO 2 
Sobre ccidentes de trabalho
Palavras-chave: Acidentes de trabalho, tipos de acidentes, causas 
de acidentes, comunicação de acidente de trabalho, agentes causa-
dores de acidentes;
CAPÍTULO 3
Identificação de riscos nas atividades florestais
Palavras-chave: Riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, 
riscos de acidentes, riscos ergonômicos;
CAPÍTULO 4
Gestão dos riscos ocupacionais nas atividades florestais
Palavras-chave: Identificação dos riscos, avaliação dos riscos, 
medidas de controle, monitoramento das ações, gerenciamento 
dos riscos;
CAPÍTULO 5 
Sobre normas regulamentadoras
Palavras-chave: Legislação, normas regulamentadoras, direitos 
trabalhistas, deveres patronais, categorização de normas;
CAPÍTULO 6
Normas regulamentadoras aplicadas ao setor de produção florestal
Palavras-chave: Setor de produção florestal, normas aplicáveis, 
orientações legais, gestão legal de riscos, conformidade legal;
CAPÍTULO 7
Segurança na operação de motosserras
Palavras-chave: Motosserras, operação de motosserras, manu-
tenção de motosserras, riscos de acidentes com motosserras, EPIs 
para operação de motosserras;
CAPÍTULO 8
Segurança na colheita mecanizada
Palavras-chave: Colheita mecanizada, máquina florestal, manu-
tenção mecânica florestal, programa de prevenção de riscos am-
bientais, laudo técnico das condições ambientais de trabalho;
CAPÍTULO 9
Segurança na colheita manual e semimecanizada
Palavras-chave: Colheita manual, Colheita semimecanizada, 
Operador de motosserra, Ajudante florestal, Atividades de colheita
CAPÍTULO 10
Segurança na silvicultura
Palavras-chave: Silvicultura, atividades silviculturais, tratorista 
florestal, ajudante de silvicultura, riscos da atividade silvicultural;
CAPÍTULO 11
Estudos de casos
Palavras-chave: Acidente na derrubada, acidente com máquina, 
acidente com motosserra, avaliação de acidentes,mapas de riscos;
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................. 13
CAPÍTULO 2 - SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO ........ 19
CAPÍTULO 3 - IDENTIFICAÇÃO DE 
RISCOS NAS ATIVIDADES FLORESTAIS........................... 29
CAPÍTULO 4 - GESTÃO DOS RISCOS 
OCUPACIONAIS NAS ATIVIDADES FLORESTAIS ........... 47
CAPÍTULO 5 - SOBRE NORMAS 
REGULAMENTADORAS ...................................................... 61
CAPÍTULO 6 - NORMAS REGULAMENTADORAS 
APLICADAS AO SETOR DE PRODUÇÃO FLORESTAL .... 71
CAPÍTULO 7 - SEGURANÇA NA 
OPERAÇÃO DE MOTOSSERRAS ...................................... 129
CAPÍTULO 8 - SEGURANÇA NA 
COLHEITA MECANIZADA ................................................ 135
CAPÍTULO 9 - SEGURANÇA NA COLHEITA 
MANUAL E SEMIMECANIZADA ...................................... 149
CAPÍTULO 10 - SEGURANÇA NA SILVICULTURA .......... 157
CAPÍTULO 11 - ESTUDO DE CASOS ................................ 167
REFERÊNCIAS .................................................................... 181
ÍNDICE REMISSIVO ........................................................... 191
CAPÍTULO 1 
INTRODUÇÃO
O setor florestal brasileiro tem como seus produtos prin-
cipais celulose e papel, painéis de madeira industrializada, carvão 
vegetal, madeira serrada, lenha, pellets e biomassa para geração de 
energia. Contando com uma área de 528 milhões de hectares de 
florestas nativas ricas em biodiversidade e 7,84 milhões de hectares 
de reflorestamentos (IBÁ, 2017). Aliado ao clima e aos solos fa-
voráveis, o setor florestal brasileiro vem experimentando constante 
desenvolvimento, levando a demandas cada vez maiores por pro-
dutos de base florestal.
Entretanto, juntamente com o crescimento da produção 
florestal, tem surgido maior preocupação com os aspectos e impac-
tos ambientais e sociais dessas atividades. Essa preocupação está 
sendo impulsionada pela destruição de florestas tropicais e os con-
sequentes efeitos sobre o clima global (ALVES et al., 2009).
A competitividade de uma organização não depende ape-
nas de fatores econômicos, mas também de uma conduta social-
mente valorizada, que garanta a sua legitimidade e sobrevivência 
no contexto ambiental. Desta forma, as empresas florestais têm 
buscado assumir posturas socialmente responsáveis, destacando-se 
a crescente preocupação com o meio ambiente, saúde e segurança 
de seus trabalhadores, bem como a sua responsabilidade social e 
ética perante a comunidade onde estão inseridas.
Por outro lado, visando suprir os acréscimos de produção 
da indústria de base florestal e encontrando-se a mesma impos-
sibilitada de adquirir novas áreas para plantio, desenvolvem-se as 
plantações por meio de programas de fomento florestal, arrenda-
14 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
mentos de áreas e parcerias, além de aquisição de madeira no mer-
cado, os quais já representam o segundo lugar na matriz de supri-
mento da indústria de celulose (FISCHER, 2009). Entretanto, a 
grande maioria das propriedades rurais no Brasil não está adequa-
da aos requisitos exigidos em um processo de certificação, sendo 
que os principais problemas estão relacionados ao não cumpri-
mento de leis e ao direito dos trabalhadores. Esse fato demonstra, 
claramente, que algumas indústrias de base florestal, mesmo que 
possuidoras de seu manejo florestal certificado, ainda estão sendo 
abastecidas com madeira proveniente de áreas onde este cenário 
vem deixando os trabalhadores expostos à condições inadequadas 
sob as óticas da legislação trabalhista e previdenciária, de ergono-
mia e de saúde e segurança do trabalho. 
O trabalho florestal possui características peculiares como: 
acessibilidade e mobilidade restritas, terrenos íngremes, exposição 
às condições climáticas extremas, ferramentas mal desenvolvidas e 
consequentemente inadequadas, além da mão de obra pouco qua-
lificada. Os trabalhadores florestais se deparam diariamente com 
diversos fatores que influenciam a sua relação com o trabalho e 
podem interagir criando riscos para a sua saúde como: horas ex-
tras e fadiga; pressão; insatisfação no trabalho, carga mental; sus-
cetibilidade e resposta ao estresse; condições ambientais adversas; 
isolamento; trabalho em turnos entre outros. Fatores psicossociais 
influenciam ainda, para piorar o cenário em que se encontram. 
Muitos vivem em áreas rurais e possuem baixo nível de escolari-
dade e têm dificuldades para se adaptar às inovações tecnológicas 
e são pressionados a atingir metas de produção. Esses e outros fa-
tores contribuem para o desenvolvimento de doenças relacionadas 
ao trabalho e riscos à saúde e integridade física dos trabalhadores, 
decorrentes de acidentes do trabalho.
15 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
A pesquisa a respeito de fatores humanos e condições 
de trabalho nas empresas florestais tem por objetivo aperfeiçoar 
métodos e técnicas operacionais, de modo a assegurar condições 
seguras, confortáveis e saudáveis no ambiente de trabalho. O co-
nhecimento dessas condições de vida e busca constante de sua 
melhoria influencia diretamente a satisfação do trabalhador, le-
vando ao aumento da produtividade e da qualidade do trabalho 
(SANT’ANNA, 1998), além de contribuir para a redução dos ín-
dices de acidentes de trabalho. 
A frequência de dores lombares e tendinites em pessoas 
que executam o trabalho florestal, tanto em posição sentada como 
em pé, é fator primordial no absenteísmo repetido e prolongado do 
trabalhador e dificulta sua reclassificação profissional. A frequência 
destes distúrbios leva a suspeitar de uma incorreta adaptação das 
ferramentais, máquinas e equipamentos ao homem, bem como de 
posturas de trabalho incorretas dos trabalhadores. O planejamento 
incorreto de um sistema de trabalho, bem como dos equipamentos, 
ferramentas e meios auxiliares, impõe ao trabalhador solicitações 
excessivas e desnecessárias, acarretando problemas de lombalgias, 
de tendinites, de conforto, de fadiga precoce, de produtividade e 
de incidência de erros na execução do trabalho (IIDA, 2005), bem 
como contribuem na ocorrência de acidentes de trabalho durante 
a execução das atividades.
De acordo com Zibetti et al. (2006), o setor rural, em que 
estão inseridos os produtores de madeira, apresenta as maiores 
taxas de mortalidade associada ao trabalho no mundo, apesar da 
introdução da mecanização de algumas atividades. A situação do 
trabalho na silvicultura e colheita de madeira expressa múltiplas 
características com implicações sobre a saúde e segurança do tra-
balhador dentre outras: vulnerabilidade do contrato e do vínculo, 
fraca ou nenhuma proteção social, baixo nível de renda, exposição 
às elevadas cargas de trabalho e riscos presentes.
16 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Visando garantir a integridade física e moral dos traba-
lhadores entra em cena a segurança do trabalho, que é tutelada 
por um conjunto de normas e técnicas aplicáveis em vários seto-
res. Pode ser entendida como um conjunto de medidas adotadas 
para proteger o trabalhador em sua integridade e capacidade de 
trabalho, evitar doenças ocupacionais e minimizar acidentes de 
trabalho. É definida por normas e leis. No Brasil, compõe-se de 
normas regulamentadoras, leis complementares, como portarias e 
decretos e também as convenções Internacionais da Organização 
Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil (GOMES, 2012)
Segundo a Legislação Brasileira na Norma 
Regulamentadora NR-17 – Ergonomia, do Ministério do 
Trabalho e Emprego (BRASIL, 1990), para avaliar a adaptação 
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica 
do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições 
de trabalho. As condições de trabalho incluem aspectos relaciona-
dos ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mo-
biliário, aos equipamentos, às condições ambientaisdo posto de 
trabalho e à própria organização do trabalho.
Por sua vez, a Norma Regulamentadora NR-31 – 
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura (BRASIL, 2005), 
tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compa-
tível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da silvi-
cultura e exploração florestal com a segurança e saúde do trabalho. 
Embora exista essa norma específica para o setor florestal, tal fato 
não desobriga ao cumprimento das demais normas aplicáveis. 
Ainda assim, a atividade florestal conduzida por empre-
sas terceirizadas ou pelo produtor florestal, tende a negligenciar as 
17 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Normas Regulamentadoras NR-17 e a NR-31, as quais não estão 
sendo consideravelmente eficientes para resguardar a segurança e 
a saúde do trabalhador (DAVID et al., 2014). Complementando, 
Melo (2013) afirma que os acidentes do trabalho ocorrem por 
práticas inadequadas no meio ambiente do trabalho, podendo-se 
mencionar o não atendimento às seguintes diretrizes:
• a falta de investimento na prevenção de acidentes por 
parte das empresas e dos empregadores;
• os problemas culturais que ainda influenciam a pos-
tura das classes patronal e profissional no que diz res-
peito à não priorização da prevenção dos acidentes 
laborais;
• a ineficiência dos poderes públicos quanto ao estabe-
lecimento de políticas preventivas e à fiscalização dos 
ambientes de trabalho;
• as máquinas e ferramentas inadequadas por culpa de 
muitos fabricantes que não cumprem corretamente as 
normas de segurança e orientações previstas em lei; e
• a precariedade das condições de trabalho por conta de 
práticas equivocadas de flexibilização do Direito do 
Trabalho, ou seja, a precarização do trabalho.
De acordo com Assunção e Câmara (2011), a adoção de 
medidas preventivas visando resguardar a saúde e a segurança dos 
trabalhadores, sem dúvida reverte-se em benefícios sociais e eco-
nômicos para esses trabalhadores e para a sociedade em geral.
CAPÍTULO 2 
SOBRE ACIDENTES 
DE TRABALHO
Em comparação com outros setores da economia, as ta-
xas de acidentes na atividade florestal, particularmente na colheita 
de madeira, são extremamente altas, resultando em pesadas perdas 
para os empregadores e muito sofrimento para os trabalhadores e 
suas famílias. 
As atividades desenvolvidas pelos trabalhadores florestais, 
quando comparadas com as atividades de outros setores, em geral 
são consideradas pesadas e extenuantes. Trabalhando ao ar livre, o 
empregado fica exposto às intempéries do clima e suas consequên-
cias, sofrendo com o calor ou frio, com a umidade, os ventos etc. 
Muitas vezes, o local de trabalho fica distante de sua residência, 
obrigando o trabalhador a dispender tempo e energia no trajeto, 
correndo o risco de sofrer acidentes. Devido ao isolamento do lo-
cal de trabalho, geralmente faltam facilidades para o atendimento 
médico e de primeiros socorros, o que agrava ainda mais a situação 
no setor florestal (MEDEIROS; JURADO, 2013).
Acidentes de trabalho, conforme a Organização 
Internacional do Trabalho, citada pelo Ministério Público do 
Trabalho (MPT, 2008), são todos os acontecimentos inesperados e 
imprevistos, incluindo os atos de violência, derivados do trabalho 
ou com ele relacionados, dos quais resulta uma lesão corporal, uma 
doença ou a morte, de um ou vários trabalhadores. Em uma visão 
prevencionista, acidente de trabalho é toda ocorrência, inesperada 
ou não, que interfere no andamento normal do trabalho e da qual 
20 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
resulta lesão no trabalhador e, ou, perda de tempo e, ou, danos ma-
teriais, ou os três simultaneamente (GOMES, 2012).
Os acidentes do trabalho constituem um problema social 
e econômico para o país. No setor de saúde, podem ser citadas 
as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) com o custeio do 
atendimento médico-hospitalar das vítimas do processo produtivo 
florestal. Além disso, há que se considerar o custo social, resultado 
do impacto sobre a saúde e vida do trabalhador, seus familiares e 
dos grupos populacionais que vivem nos entornos das áreas produ-
tivas (ULTRAMARI et al., 2012).
O registro de acidentes do trabalho é um importante 
instrumento com informações de caráter previdenciário, estatís-
tico e epidemiológico, oferecendo um respaldo trabalhista e so-
cial ao trabalhador formal brasileiro. Contudo, cabe ressaltar que a 
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é de caráter obriga-
tório apenas para os trabalhadores formais. Isso implica na exclusão 
dos trabalhadores em regimes informais de trabalho, estatutários e 
autônomos. Além disso, as CAT restringem-se, na maioria das ve-
zes, apenas aos casos graves de acidentes, como poli traumatismos 
e fraturas, não incluindo as doenças relacionadas ao trabalho, com 
maior dificuldade de estabelecimento do nexo causal. Tem-se como 
fragilidade a qualidade do registro de informações das CAT, já que 
notifica apenas os acidentes sofridos por trabalhadores que possuem 
registro na carteira de trabalho. São necessários o treinamento e a 
capacitação de toda a rede de serviço associado à notificação dos aci-
dentes de trabalho, começando por empregadores e trabalhadores, e 
também os profissionais de saúde responsáveis pelos diagnósticos 
dos acidentados (ULTRAMARI et al., 2012).
Infelizmente, no Brasil, os acidentes são subnotificados 
e, quando os dados estão disponíveis, não são desagregados, difi-
cultando a análise de acordo com as características da empresa, da 
21 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
região do corpo atingida, das operações envolvidas e do perfil do 
acidentado, sendo essa realidade mais expressiva quando o empre-
go é precário (ASSUNÇÃO; CÂMARA, 2011). Em seu estudo, 
Begnini e Almeida (2015) evidenciam que no Brasil há falta de 
informações precisas sobre o número de acidentes que ocorrem 
no exercício do trabalho rural, além de ainda existir o fato de que 
as subnotificações de acidentes, especialmente no meio rural, são 
comuns mesmo sendo a CAT uma exigência legal.
De acordo com Gomes (2012), a ação de corrigir ou 
melhorar as questões de risco de um ambiente de trabalho pode 
ser definida como a busca pela “salubridade ambiental” daquele 
ambiente de trabalho. Ou seja, as iniciativas da segurança do tra-
balho destinam-se ao reconhecimento, avaliação, neutralização e 
controle dos riscos ambientais potenciais, originados ou existentes 
no ambiente de trabalho, antes que possam causar doença, com-
prometimento da saúde e do bem-estar da pessoa em seu trabalho 
ou são significantes para causar desconforto entre os membros de 
uma comunidade de trabalho.
Historicamente, no âmbito nacional, o percentual de 
acidentes relacionados ao grupo de atividades agrícolas, pecuá-
rias e silvicultura, varia de 6 a 8% do total registrado no Instituto 
Nacional de Seguridade Social (INSS) (BRASIL, 2014). Neste 
sentido, cada atividade desenvolvida nas áreas rurais possui poten-
cial de riscos de acidentes. Frente a isso, seria ideal que, periodica-
mente, tais atividades fossem observadas sob os aspectos da segu-
rança e saúde do trabalhador rural e conhecidas as estatísticas para 
direcionar correção, conscientização, treinamento e procedimentos 
na execução das tarefas (BEGNINI; ALMEIDA, 2015). Segundo 
os autores, nas áreas rurais ainda se percebe que muitas vezes a 
condição de transporte dos trabalhadores e a falta de fiscalização 
dos órgãos responsáveis tornam os trabalhadores vulneráveis e fa-
vorece a ocorrência de acidentes de trajeto e típicos.
22 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Lesões de punho e de mão são predominantes em traba-
lhadores rurais, na faixa etária compreendida entre 20 a 29 anos, 
sendo a maioria das ocorrências em pessoas do sexo masculino 
( JAKOBIet al., 2013). Os autores não apresentaram os fatores que 
ocasionaram as lesões, mas identificaram a incidência de elevadas 
taxas na silvicultura e na exploração florestal. Essas lesões podem 
levar a exposição de ossos, tendões, nevos e, ou, vasos sanguíneos, 
sendo que a reconstrução deve ser feita o mais rápido possível, 
constituindo-se em grande desafio para os especialistas. Com o 
avanço tecnológico instalado e o manuseio das tecnologias por 
parte dos trabalhadores, essas lesões e traumas tem se configurado 
mais complexas (TEIXEIRA; FREITAS, 2003).
Visando identificar a fonte de tantos agravos a segurança 
do trabalho no setor florestal, o Ministério Público do Trabalho de 
Minas Gerais (MPT, 2014), durante um inquérito investigatório, 
afirmou que a falta de preocupação com a segurança do traba-
lho no setor florestal vem contribuindo fortemente para um in-
desejável acréscimo nos índices e na gravidade dos acidentes de 
trabalho nos empreendimentos florestais. Os principais aspectos 
negativos relatados foram: não fornecimento de Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs); não instalação de Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes (CIPA); não realização de exames mé-
dicos periódicos; falta de materiais de primeiros socorros nas fren-
tes de trabalho, bem como de pessoal treinado para sua utilização; 
falta de treinamento para utilização de motosserras; jornada exces-
siva sem contraprestação; levantamento e transporte de cargas com 
peso excessivo; dentre outras.
23 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do 
trabalho, a serviço da empresa, com o segurado empregado, tra-
balhador avulso, bem como com o segurado especial, enquanto no 
exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou pertur-
bação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária 
ou permanente, da capacidade para o trabalho. Este é o denomi-
nado conceito previdenciário, do ponto de vista legal, conforme 
Brasil (1991).
É considerado como acidente do trabalho:
• Doença profissional, assim entendida a produzida 
ou desencadeada pelo exercício do trabalho pecu-
liar a determinada atividade, constante da relação de 
que trata o anexo II do Regulamento da Previdência 
Social – RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99;
• Doença do trabalho, assim entendida ou adquirida ou 
desencadeada em função de condições especiais em 
que o trabalho é realizado e com ele se relacione dire-
tamente, desde que constante da relação de que trata 
o anexo II do Regulamento da Previdência Social – 
RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99;
• Em caso excepcional, constatando-se que a doen-
ça não incluída na relação constante do anexo II do 
Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado 
pelo Decreto 3.048/99, resultou de condições espe-
ciais em que o trabalho é executado e com ele se rela-
ciona diretamente, a Previdência Social (INSS) deve 
equipará-la a acidente do trabalho.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Equiparam-se também a acidente do trabalho:
• Acidente ligado ao trabalho que embora não tenha 
sido a causa única, haja contribuído diretamente para 
a morte do trabalhador, ou que tenha produzido lesão 
que exija atenção médica para a sua recuperação;
• Acidente sofrido pelo trabalhador no local e horá-
rio de trabalho, em consequência de ato de agressão, 
sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho;
• Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por 
motivo de disputa relacionada com o trabalho;
• Ato de imprudência, de negligência ou imperícia de 
terceiro, ou de companheiro de trabalho;
• Ato de pessoa privada do uso da razão; 
• Desabamento, inundação, incêndio e outros casos 
fortuitos decorrentes de força maior;
• Doença proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade; 
• Acidente sofrido pelo trabalhador, ainda que fora do 
local e horário de trabalho, na execução de ordem ou 
na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
na prestação espontânea de qualquer serviço à em-
presa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar pro-
veito; em viagem a serviço da empresa, inclusive para 
estudo, quando financiada por esta, dentro de seus 
planos para melhor capacitação da mão de obra, inde-
pendente do meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado; no percurso da 
residência para o local de trabalho ou deste para aque-
la, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive 
veículo de propriedade do segurado.
25 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• No período destinado à refeição ou descanso, ou por 
ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológi-
cas, no local do trabalho ou durante este, o empregado 
será considerado no exercício do trabalho.
Obs.: Entende-se como percurso o trajeto da residência 
ou local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, indepen-
dentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção 
voluntária do percurso habitualmente realizado pelo trabalhador.
Dadas as particularidades do setor e do trabalho florestal, 
especial atenção deve ser dada ao deslocamento dos trabalhadores 
desde e até as frentes de trabalho, visto que, na maioria das vezes, 
são necessários grandes deslocamentos por estradas geralmente 
em péssimas condições de manutenção. Ainda, outro ponto de 
atenção refere-se aos veículos de transporte de pessoal e materiais, 
reforçando que trabalhadores, máquinas, ferramentas e insumos 
devem ser transportados em compartimentos separados.
CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Basicamente, existem três grupos de causas de acidentes 
de trabalho, descritas a seguir. Entretanto, qualquer que seja a cau-
sa, é importante ressaltar que “nem todo acidente é um aciden-
te” visto que a perspectiva de acidente pode não ser verdadeira ao 
considerarmos os riscos de nossas escolhas. Ou seja, em qualquer 
situação é quase certo de que com uma boa escolha pode evitar a 
ocorrência dos acidentes.
Atos inseguros (inadequados) - são todos os proce-
dimentos do homem que contrariem normas de prevenção de 
acidentes: 
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Ficar junto ou sob cargas suspensas;
• Colocar parte do corpo em lugar perigoso;
• Operar máquinas ou equipamentos sem habilitação 
ou autorização;
• Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga / tenta-
tiva de ganhar tempo;
• Lubrificar ou ajustar máquinas em movimento;
• Improvisação ou mau emprego de ferramentas ma-
nuais;
• Alterar dispositivos de segurança;
• Não uso de EPI´s – Equipamentos de Proteção 
Individual;
• Deixar de seguir as orientações superiores;
• Brincadeiras e exibicionismo / excesso de confiança;
• Preparo insuficiente para o trabalho.
Condições inseguras - são as circunstâncias externas de 
que dependem as pessoas para realizar seu trabalho que sejam in-
compatíveis ou contrárias com as normas de segurança e preven-
ção de acidentes:
• Áreas insuficientes, corredores obstruídos, arranjo fí-
sico mal projetado;
• Pisos fracos e irregulares;
• Excesso de ruído / iluminação inadequada;
• Instalações elétricas impróprias ou com defeitos;
• Falta de organização e limpeza;
• Ventilação ou exaustão inadequada ou defeituosa;
• Localização imprópria das máquinas;
• Falta de proteção em partes móveis e de agarramento;
• Máquinas apresentando defeitos, desvios ou improvi-
sações de processos;
27 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Proteção insuficiente ou totalmente ausente;
• EPI’s impróprios ou com defeitos.
Fator pessoal de insegurança - é qualquer fator exter-
no que leva o indivíduo à prática do ato inseguro: características 
físicas e psicológicas (depressão, tensão, excitação, neuroses etc.), 
social (problemas de relacionamentos, preocupações com neces-
sidades sociais, educação, dependências químicas etc.), congênitos 
ou de formação cultural que alteram o comportamentodo traba-
lhador permitindo que cometa atos inseguros.
CAPÍTULO 3 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
NAS ATIVIDADES FLORESTAIS
No contexto laboral, o risco pode ser entendido como a 
possibilidade ou a probabilidade de um trabalhador sofrer uma 
lesão ou danos à sua integridade física ou psíquica quando exposto 
ao perigo. Em outras palavras, o risco de acidente pode ser definido 
como a combinação da probabilidade e da gravidade (consequên-
cia) de um determinado evento (perigo) ocorrer. A relação entre 
perigo e exposição, seja a imediata ou em longo prazo, pode resul-
tar em risco para ocorrência de acidentes ou doenças ocupacionais 
(OIT, 2011).
No Brasil, a legislação considera como riscos ambientais 
os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes 
de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou in-
tensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saú-
de do trabalhador (BRASIL, 1978). Sob essa ótica, consideram-se 
agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar 
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões 
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações 
não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom; como agen-
tes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam 
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da 
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo 
organismo através da pele ou por ingestão; e, como agentes bio-
lógicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, 
entre outros.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Entretanto, em uma visão prevencionista, mais dois gru-
pos de agentes de risco são adicionados a esse conjunto: os agentes 
ergonômicos e os de acidentes.
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, le-
vantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de pro-
dutividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, 
jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, im-
posição de rotina intensa. Os riscos ergonômicos podem gerar dis-
túrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde 
do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado 
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, 
tais como: lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomuscu-
lares relacionados ao trabalho (LER/DORT), cansaço físico, dores 
musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doen-
ças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e 
úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna etc.
Por sua vez, os riscos de acidentes são quaisquer fatores 
que coloquem o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar 
sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico. São exemplos 
de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, 
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, 
armazenamento inadequado etc. Tais acidentes, geralmente, são 
causados por atos inseguros (ações do homem que contrariem as 
normas de segurança do trabalho); condições inseguras (relativas 
ao ambiente de trabalho); e o fator pessoal de insegurança (relativo 
ao estado emocional do trabalhador, desviando sua atenção).
As atividades florestais, na maioria das situações laborais, 
apresentam riscos ocupacionais influenciados por diversos fatores 
característicos do setor, tais como: exposição a intempéries e riscos 
naturais; demanda de esforço físico considerável; posturas inade-
quadas; condições ambientais precárias; maquinários, ferramentas 
31 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
e equipamentos perigosos; aplicação, manipulação e, ou, exposição 
a reagentes químicos, dentre outros. De acordo com Vianna et al. 
(2011), os possíveis agentes de riscos ocupacionais encontrados em 
um ambiente de trabalho e os prováveis efeitos sobre os trabalha-
dores desses ambientes estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1 – Agentes de riscos ocupacionais, suas fontes geradoras e os efeitos 
ao trabalhador
Agentes Fontes Geradoras Efeitos nocivos à saúde
Químicos
Substâncias, compostos ou 
produtos que penetram no 
organismo, por exposição 
crônica ou acidental, pela via 
respiratória ou absorvidos 
pelo organismo através da 
pele ou por ingestão. Incluem 
os riscos químicos por explo-
sões e incêndios
Efeitos de acidentes químicos 
(explosões, incêndios etc.). Con-
taminações químicas com efeitos 
carcinogênicos, teratogênicos, sis-
têmicos (como os neurotóxicos), 
irritantes, asfixiantes, anestésicos, 
alérgicos, problemas pulmonares, 
anemias, danos à medula e ao cé-
rebro, diversos tipos de intoxica-
ções, leucemia, entre outros.
Físicos
Temperaturas extremas (calor, 
frio e umidade).
Ruído
Eletricidade
Pressões anormais
Vibrações
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
Fadiga, gripes, resfriados, desidra-
tação, hipertermia, câimbras etc.
Redução da capacidade auditiva, 
surdez, nervosismo (estresse), do-
res de cabeça, falta de concentra-
ção, aumento do batimento cardí-
aco etc.
Choques elétricos, inclusive fatais; 
fontes de incêndios.
Afogamentos, distúrbios neuroló-
gicos, embolia pulmonar, proble-
mas cardiovasculares e psíquicos.
Distúrbios osteomusculares, perda 
de sensibilidade tátil, problemas 
nas articulações, circulação perifé-
rica e rins.
Câncer, anemias, cataratas etc.
Problemas neurológicos, câncer de 
pele, vasodilatação, catarata etc.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Biológicos
Microorganismos patogêni-
cos (bactérias, fungos, bacilos, 
parasitas, protozoários, vírus 
etc.)
Vetores (mosquitos, ratos, 
morcegos etc.)
Doenças contagiosas diversas (tu-
berculose, tétano, malária, febre 
amarela, tifóide, micoses etc.), in-
clusive gripes e resfriados.
Doenças contagiosas e feridas por 
mordidas
Ergonômicos
Esforços físicos, posturas for-
çadas, ritmos excessivos, mo-
notonia, turnos de trabalho, 
movimentos repetitivos, ilu-
minação deficiente etc.
Cansaço, lombalgia, LER-DORT, 
fraqueza dos músculos, hiperten-
são arterial, diabetes, úlcera, taqui-
cardia, problemas na coluna, pro-
blemas de visão, dores de cabeça, 
risco de acidentes etc.
Acidentes
Acidentes com quedas, veícu-
los e máquinas
Animais peçonhentos
Traumatismos diversos e morte
Envenenamento por picada de co-
bra, escorpião, aranha etc.
Dessa forma, conhecer os riscos ocupacionais a que se 
expõem os trabalhadores torna-se fundamental para evitar a ocor-
rência de danos à saúde ou à integridade física do trabalhador. A 
Tabela 2 apresenta os principais agentes de riscos ocupacionais 
identificados, analisados de acordo com as principais atividades 
florestais desenvolvidas e respectivas condições de trabalho, bem 
como as medidas preventivas propostas.
33 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
POSSÍVEIS SINTOMAS OU DANOS DOS 
AGENTES DE RISCO IDENTIFICADOS
Ruído
O ruído contínuo ou intermitente, quando presente no 
ambiente laboral em níveis ou tempos de exposição acima dos 
indicados na NR 15, ou em pessoas de extrema suscetibilidade, 
pode causar uma série de distúrbios que se manifestam na forma 
de cansaço, dores de cabeça aumento da pressão arterial, problemas 
digestivos, ulcerações e taquicardia. Com o passar dos anos a expo-
sição contínua a níveis de ruído acima do recomendado pode levar 
à perda gradativa da capacidade auditiva para certas frequências 
sonoras, de forma permanente e irreversível. Já o ruído de impacto 
pode levar a uma surdez imediata, temporária ou permanente.
Vibrações
As vibrações de partes localizadas ou de corpo inteiro, 
de forma frequente e contínua, em trabalhadores expostos a esse 
agente de risco pode manifestar-se em cansaço, irritação, dores 
musculares e articulares de membros, dores na coluna vertebral, 
doenças dos movimentos, artrite, problemas digestivos, desloca-
mento de órgãos, lesões ósseas, musculares e circulatórias.
Umidade
A exposição contínua à umidade tanto de partes do corpo, 
como do corpo inteiro, leva à predisposição de ocorrência de doen-
ças de pele, dificultam a circulação sanguínea, favorecem a ocorrên-
cia de doenças respiratórias e ainda facilitam a ocorrência de quedas 
que levarão a outros tipos de lesões dos funcionários expostos.
45 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Radiações Não Ionizantes
As radiações não ionizantes, em contato direto ou indire-
to contínuo causam queimaduras, lesões oculares e térmicas, além 
de alterações de tecidos de órgãos internos.
Temperaturas Extremas (Calor e Frio)
Podem favorecer a ocorrência de doenças pulmonares, 
gripes e resfriados, intermação, desidratação e outras, além de 
queimaduras.
Poeiras
Oferecem risco de os trabalhadores contraírem doen-
ças ligadas ao aparelho respiratório. Algumas atividades, como o 
transporte de madeira por exemplo, podem acabar gerando uma 
doença chamada silicose, que é causada pela inalação de partículas 
de dióxido de silício cristalino, substância encontrada nas rochas 
da crosta terrestre.
Fumos Metálicos
A exposição contínua a fumos metálicos pode causar do-
ença pulmonar obstrutiva, febre dos fumos metálicos e ainda, into-
xicação específica ao metal utilizado na operação de solda.
Névoas, Neblinas, Gases e Vapores
A exposição a esses agentes de risco pode levar a proble-
mas de intoxicação aguda ou crônica, podendo ter ação depressiva 
do sistema nervoso, levando à ocorrência de vertigens, problemas 
respiratórios, falta de coordenação motora e desmaios, podendo 
46 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
ainda causar lesões dérmicas, taquicardia, asfixia, náuseas, altera-
ções dos órgãos internos, problemas gastrintestinais, contrição da 
garganta, letargia, cefaleia, retenção urinária, anorexia, cólicas ab-
dominais, confusão mental, coma e morte.
Produtos Químicos
O manuseio de produtos contendo substâncias químicas 
como hidrocarbonetos aromáticos, bem como tintas, óleos, solven-
tes, graxas, querosene, detergentes e outros, pode causar lesões na 
pele, além de favorecer a ocorrência de outras doenças dérmicas e 
até a intoxicação por algum componente específico dos produtos 
manuseados, conforme descrito acima.
Riscos Biológicos
Pode provocar a contaminação direta ou indireta por mi-
cro-organismos causadores de doenças infectocontagiosas ou não, 
como tétano, meningite e verminoses, além de lesões epidérmicas, 
dentre outras consequências.
Riscos ErgonômicosPode provocar o desenvolvimento de lesões por esforços 
repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho 
(LER/DORT), provocando a incapacidade temporária ou perma-
nente do trabalhador para o desenvolvimento de suas atividades.
CAPÍTULO 4 
GESTÃO DOS RISCOS 
OCUPACIONAIS NAS 
ATIVIDADES FLORESTAIS
Para uma perfeita descrição do sistema de trabalho de 
qualquer organização, bem como das atividades desempenhadas 
pelos seus funcionários nos diferentes setores de trabalho, devem 
ser realizadas inspeções em todas as frentes de trabalho, instalações 
e seções da organização e entrevistas com os funcionários, encarre-
gados e chefias, para que possam ser delineadas as condições gerais 
de trabalho, as atitudes dos funcionários quanto à prevenção de 
acidentes e organização e limpeza, seu nível de conhecimento téc-
nico-operacional, bem como para se obter uma noção preliminar 
dos riscos presentes no ambiente laboral, o número de funcionários 
expostos aos agentes de risco e a noção que os trabalhadores têm 
em relação aos riscos do seu trabalho. Tudo isso vai de encontro 
aos pressupostos das Normas Regulamentadoras (NRs), principal-
mente na NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(BRASIL, 1978).
Levantamento qualitativo de riscos
O levantamento qualitativo de riscos (ou identificação 
de riscos) deve ser efetuado através de inspeções em cada fren-
te de trabalho ou a cada setor da empresa, buscando-se identi-
ficar a existência de agentes de riscos químicos, físicos, bioló-
48 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
gicos, ergonômicos e de acidentes, suas fontes e trajetórias, os 
Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual existentes e sua 
eficiência de controle.
Levantamento quantitativo de riscos
Quando forem identificados agentes de risco passíveis 
de quantificação, como ruído, temperaturas extremas, ilumina-
ção, vibração e exposição a produtos químicos, gases e poeiras, os 
mesmos devem ser mensurados com a utilização de equipamentos 
específicos para tal fim, seguindo os procedimentos técnicos para 
tais determinações quantitativas, utilizando-se também dados de 
levantamentos anteriores, quando disponíveis.
Quando os valores encontrados forem superiores aos 
níveis de ação estabelecidos nas Normas Regulamentadoras, os 
mesmos terão prioridade de controle quando da elaboração dos 
Cronogramas de Implantação de Medidas de Controle de Riscos 
a serem cumpridos pela organização.
Definição do tempo de exposição aos riscos
A determinação do tempo de exposição dos funcionários 
de cada função, ou posto de trabalho, aos agentes de risco iden-
tificados deve ser efetuada juntamente com as etapas anteriores, 
através do acompanhamento do desempenho das atividades la-
borais dos trabalhadores, o depoimento pessoal dos mesmos e de 
suas chefias, quando aplicável. Uma alternativa técnica para esta 
definição é a realização de um estudo de tempos e movimentos, 
para cada uma das atividades desempenhadas pelos trabalhadores.
49 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Descrição dos possíveis danos à saúde
A determinação dos possíveis danos que podem ser cau-
sados pelos agentes de risco à saúde dos trabalhadores pode ser 
efetuada através de pesquisa bibliográfica e pelo conhecimento 
técnico dos profissionais envolvidos com a execução do Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais. Esta determinação visa es-
clarecer aos funcionários, e a própria organização, a respeito das 
possibilidades de comprometimento da saúde pela exposição aos 
agentes de risco, além de subsidiar o planejamento e a determi-
nação de procedimentos a serem adotados nos exames realizados 
dentro do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO), bem como auxiliar na caracterização de nexo causal 
dos agentes de risco e as doenças ocupacionais.
Mapeamento de riscos
Os mapas de risco deverão ser elaborados a partir das fi-
chas de análise de risco funcional e divulgados pela empresa, junto 
aos funcionários a respeito dos agentes de risco presentes no seu 
ambiente de trabalho. Vale destacar que a elaboração dos mapas de 
risco é atribuição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
do Trabalho Rural – CIPATR, conforme explicitado na NR-31, 
de acordo com o número de trabalhadores registrados que traba-
lham na organização (fazenda ou empresa).
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 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Estabelecimento de medidas de controle de riscos
Depois de identificados e avaliados os agentes de risco 
presentes em cada função, devem ser estabelecidas as medidas de 
controle de riscos, as quais devem obedecer a uma hierarquia que 
priorize a adoção, em primeiro lugar, de medidas de ordem geral (ou 
de proteção coletiva) que eliminem ou reduzam os agentes de risco 
detectados e, posteriormente, medidas que previnam a liberação e 
reduzam a concentração de tais agentes no ambiente de trabalho.
Caso essas medidas sejam inviáveis tecnicamente, ou 
mostrem-se insuficientes, ou ainda, estiverem em fase de estudo, 
planejamento ou implantação, deverão ser adotadas medidas de 
caráter emergencial, como medidas administrativas e/ou de caráter 
individual, com fornecimento, treinamento e obrigatoriedade de 
uso de Equipamentos de Proteção Individual, os quais devem ter o 
seu fornecimento e uso controlados em fichas específicas.
As medidas de controle de riscos a serem implantadas 
deverão ter sua execução planejada segundo o estabelecimento de 
um Cronograma de Implantação de Medidas de Controle, no qual 
estarão discriminadas as medidas necessárias para se controlar os 
riscos, com programação mensal e previsão anual, atribuindo-se 
responsabilidades para a sua execução.
Avaliação dos EPI’s utilizados e sua adequação 
dos riscos
A verificação dos Equipamentos de Proteção Individual 
fornecidos e utilizados pelos funcionários de cada função deve 
ser realizada pela observação das fichas de controle de entrega de 
EPI’s, e pela observação in loco dos funcionários durante o desem-
51 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
penho das suas atividades. Através dessas constatações, entrevis-
tas com os funcionários e o levantamento dos riscos existentes em 
cada setor de trabalho, deve ser avaliada a eficiência de proteção 
dos EPI’s fornecidos para cada função, e a sua efetiva utilização 
pelos funcionários.
Caso esses equipamentos não estejam disponíveis ou se-
jam inadequados ou ineficientes para o controle dos riscos existen-
tes, deverá ser determinada a imediata aquisição e/ou adequação 
dos mesmos pelo empregador.
Como a simples entrega dos EPI’s aos trabalhadores, sem 
um devido treinamento quanto à sua utilização e, sem a exigência 
de uso, constitui-se em uma medida de resultado prático e legal ine-
ficientes, deverão ser estabelecidos procedimentos específicos para 
a conscientização dos trabalhadores e chefias para a utilização dos 
EPI’s, bem como da sua obrigatoriedade e monitoramento de uso.
Monitoramento ambiental do ambiente 
de trabalho
O monitoramento quantitativo de agentes de risco pre-
sentes no ambiente de trabalho deverá ser realizado logo após a 
adoção das medidas de controle, quando aplicável, para que se 
possa caracterizar a eficiência das mesmas, através da redução da 
intensidade desses agentes.
Posteriormente, deverão ser realizados levantamentos 
anuais visando demonstrar o efetivo controle dos agentes de risco, 
pela manutenção de sua intensidade a níveis aceitáveis ou pela sua 
eliminação do ambiente laboral, ou ainda para constatar a necessi-
dade de adoção de outras medidas de controle, caso aquelas adota-
das não tenham atingido seus objetivos.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Monitoramento biológico
A realização dos exames complementares periódicos pe-
los trabalhadores, além de atestar a sua condição de saúde, também 
servirá de parâmetro para a identificação de problemas de exposi-
ção a agentes de riscopresentes no ambiente de trabalho que, pela 
análise do Médico do Trabalho, poderá demonstrar a necessidade 
de adoção de medidas de controle, as quais deverão ser adotadas 
em caráter emergencial.
Treinamento
Para que todos os funcionários tenham pleno conheci-
mento dos riscos presentes em cada setor da empresa e as formas 
de preveni-los, deverá ser estabelecido um programa de treinamen-
to, cujos procedimentos adotados deverão ser anotados em fichas 
individuais de treinamento ou em livro de registro para este fim.
Conhecimento dos riscos e formas de prevenção
Como a conscientização pessoal é um processo que se 
efetiva de forma lenta e gradual, deverá ser estabelecido pela em-
presa um programa contínuo de treinamento dos funcionários, 
visando maiores esclarecimentos sobre os riscos presentes no am-
biente de trabalho, sua identificação, suas consequências e formas 
de prevenção.
Os funcionários recém-admitidos, e aqueles que venham 
a assumir uma nova função, de forma definitiva ou não, deverão ter 
pleno conhecimento dos riscos gerais presentes na empresa e dos 
53 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
específicos da função. Para tanto, esses funcionários deverão passar 
por um treinamento de integração a ser realizado pelos profissio-
nais do SESTR, para prestar conhecimentos quanto a:
• Conhecimento de Riscos, Formas de Prevenção e Uso 
de EPI’s.
• Procedimentos Técnico-operacionais.
Avaliação de condições insalubres e perigosas
A caracterização das atividades insalubres e perigosas é 
um complemento do levantamento de riscos executados duran-
te a execução do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
PPRA, que visa a identificação dos principais riscos presentes no 
ambiente de trabalho e a adoção de medidas de controle.
A identificação das condições de insalubridade e pericu-
losidade, ou a sua ausência, é feita pela análise do PPRA, o qual 
deve ser elaborado através de inspeções e acompanhamento das 
atividades de cada função durante o processo normal de produção 
nos diferentes locais de trabalho onde os funcionários desempe-
nham as suas funções, além de entrevistas com os funcionários, 
encarregados, SESTR e gerências para caracterizar as atividades 
laborais de cada função.
A determinação do tempo de exposição aos agentes de 
risco deve ser efetuada através de medições durante a execução das 
diferentes tarefas de cada função, e o depoimento dos funcionários 
e chefias, quando pertinente, extrapolando-se esse tempo para a 
carga horária normal da jornada de trabalho. As quantificações dos 
diferentes agentes de risco devem ser efetuadas com equipamentos 
apropriados e devidamente calibrados, seguindo adequadas meto-
dologias de avaliação.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Registro de dados e caracterização de atividades 
insalubres e perigosas
Os dados obtidos nos levantamentos de riscos, bem como 
os tempos de exposição, a existência de Equipamentos de Proteção 
Coletiva, o uso de Equipamentos de Proteção Individual e demais 
fatores relacionados a cada função desempenhada na empresa e 
que auxiliam na caracterização, ou não, das atividades insalubres e/
ou perigosas deverão estar anotados no PPRA, como Laudos de 
Caracterização de Atividade Insalubre e Perigosa.
Medidas de controle (NR 09)
Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes 
para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos am-
bientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes 
situações: 
a. identificação, na fase de antecipação, de risco poten-
cial à saúde;
b. constatação, na fase de reconhecimento de risco evi-
dente à saúde; 
c. quando os resultados das avaliações quantitativas 
da exposição dos trabalhadores excederem os valo-
res dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência 
destes os valores limites de exposição ocupacional 
adotados pela ACGIH - American Conference of 
Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que 
venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de 
trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios 
técnico-legais estabelecidos; 
55 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
d. quando, através do controle médico da saúde, ficar ca-
racterizado o nexo causal entre danos observados na 
saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que 
eles ficam expostos. 
O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de 
proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:
a. medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a 
formação de agentes prejudiciais à saúde;
b. medidas que previnam a liberação ou disseminação 
desses agentes no ambiente de trabalho;
c. medidas que reduzam os níveis ou a concentração 
desses agentes no ambiente de trabalho.
A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser 
acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto os proce-
dimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as 
eventuais limitações de proteção que ofereçam.
Quando comprovado pelo empregador ou instituição a 
inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou 
quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de 
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter com-
plementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, 
obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a. medidas de caráter administrativo ou de organização 
do trabalho;
b. utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Utilização de EPIs
A utilização de EPI no âmbito do programa deverá con-
siderar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver 
no mínimo:
a. seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que 
o trabalhador está exposto e à atividade exercida, con-
siderando-se a eficiência necessária para o controle 
da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo 
avaliação do trabalhador usuário;
b. programa de treinamento dos trabalhadores quanto à 
sua correta utilização e orientação sobre as limitações 
de proteção que o EPI oferece;
c. estabelecimento de normas ou procedimento para 
promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higieni-
zação, a conservação, a manutenção e a reposição do 
EPI, visando garantir as condições de proteção origi-
nalmente estabelecidas;
d. caracterização das funções ou atividades dos trabalha-
dores, com a respectiva identificação dos EPI’s utili-
zados para os riscos ambientais.
Níveis de ação
Conforme estabelecido na NR 09, considera-se nível de 
ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de 
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes 
ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem 
incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos 
trabalhadores e o controle médico.
57 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Deverão ser objeto de controle sistemático as situações 
que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, 
conforme indicado nas alíneas que seguem:
a. para agentes químicos, a metade dos limites de ex-
posição ocupacional considerados de acordo com a 
alínea “c” do subitem 9.3.5.1 da NR 09;
b. para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), con-
forme critério estabelecido na NR 15, Anexo I, item 6.4.
Responsabilidades
Do empregador:
I. Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento 
do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
II. Informar aos trabalhadores de maneira apropriada e 
suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos 
locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou 
limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
Dos trabalhadores:
I. Colaborar e participar na implantação e execução do 
PPRA;
II. Seguir as orientações recebidas nos treinamentos ofe-
recidos dentro do PPRA;
III. Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrên-
cias que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos tra-
balhadores.
IV. Apresentar

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