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SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO SETOR 
FLORESTAL
Editora Brazil Publishing
Conselho Editorial Internacional
Presidente:
Rodrigo Horochovski (UFPR - Brasil)
Membros do Conselho:
Anita Leocadia Prestes (Instituto Luiz Carlos Prestes - Brasil)
Claudia Maria Elisa Romero Vivas (Universidad Del Norte - Colômbia)
Fabiana Queiroz (UFLA - Brasil)
Hsin-Ying Li (National Taiwan University - China)
Ingo Wolfgang Sarlet (PUCRS - Brasil)
José Antonio González Lavaut (Universidad de La Habana - Cuba)
José Eduardo Souza de Miranda (Centro Universitário Montes Belos - Brasil)
Marilia Murata (UFPR - Brasil)
Milton Luiz Horn Vieira (UFSC - Brasil)
Ruben Sílvio Varela Santos Martins (Universidade de Évora - Portugal)
© Editora Brazil Publishing
Presidente Executiva: Sandra Heck
Rua Padre Germano Mayer, 407 
Cristo Rei ‒ Curitiba PR ‒ 80050-270
+55 (41) 3022-6005
www.aeditora.com.br
STANLEY SCHETTINO 
LUCIANO JOSÉ MINETTE 
VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
autores
SEGURANÇA DO TRABALHO 
NO SETOR FLORESTAL
 Schettino, Stanley
S327s Segurança do trabalho no setor fl orestal / Stanley Schettino, Luciano José Minette, 
 Vinícius Pereira dos Santos – Curitiba: Brazil Publishing, 2019.
 196p.: il.; 21cm 
 
 ISBN 978-65-5016-109-5
 1. Segurança do trabalho. 2. Setor fl orestal. 3. Saúde e trabalho. I. Minette, Luciano 
 José. II. Santos, Vinícius Pereira dos. III. Título. 
 CDD 363.11 (22.ed) 
 CDU 331. 823
Comitê Científi co da área Engenharias
 Presidente: Professor Doutor Marcus Vinicius Girão de Morais (UnB – Engenharia Mecânica)
Professor Doutor Bruno Luis Soares Lima (Mackenzie – Engenharia Elétrica)
Professor Doutor Paulo César Machado Ferroli (UFSC – Engenharia de Produção)
Professor Doutor Alexandre Cardoso (UFU – Engenharia Elétrica)
Professora Doutora Ana Cláudia Patrocinio (UFU – Engenharia Elétrica)
Professor Doutor Itamar Iliuk (UTFPR – Engenharia Elétrica)
Editor Chefe: Sandra Heck
Diagramação e Projeto Gráfi co: Brenner Silva
Revisão de Texto: Os autores
Revisão Editorial: Editora Brazil Publishing
DOI: 10.31012/978-65-5016-110-1
Curitiba / Brasil
2019
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
BIBLIOTECÁRIA: MARIA ISABEL SCHIAVON KINASZ, CRB9 / 626 
APRESENTAÇÃO
Contando com uma área de 528 milhões de hectares de 
florestas nativas ricas em biodiversidade e quase 8 milhões de hec-
tares de reflorestamentos, aliado ao clima e solos favoráveis, o setor 
florestal brasileiro vem experimentando constante desenvolvimen-
to, levando a demandas cada vez maiores por produtos de base 
florestal. Entretanto, destarte o elevado grau de mecanização das 
atividades florestais presente nos grandes produtores de madeira, a 
grande maioria dos pequenos e médios produtores ainda são alta-
mente dependentes de mão de obra. 
Tudo isso diante de um cenário em que as condições de tra-
balho são bastante peculiares, o que, invariavelmente leva ao desen-
volvimento de doenças relacionadas ao trabalho e exposição a riscos 
à saúde e a integridade física dos trabalhadores. Disso resulta que o 
setor florestal apresenta as maiores taxas de acidentes e mortalidade 
associada ao trabalho no mundo, apesar da introdução da mecaniza-
ção de algumas atividades. Embora diversos estudos venham sendo 
realizados abordando temas como a ergonomia e as condições gerais 
de segurança no trabalho florestal, faz-se necessário uma abordagem 
mais específica sobre a segurança do trabalho neste setor. 
A partir do conhecimento e gestão dos riscos a que estão 
expostos os trabalhadores florestais, torna-se possível a organiza-
ção do trabalho, o dimensionamento de máquinas, ferramentas e 
postos de trabalho, além da implementação de adequadas medidas 
de proteção coletivas e individuais. Com essa obra, partindo de ex-
tensa vivência prática e acadêmica, os autores se propõem a expor 
todos os possíveis riscos presentes no ambiente de trabalho flo-
restal, bem como as medidas necessárias para seu gerenciamento, 
tomando por base uma compilação de situações reais e sem deixar 
de lado o atendimento a legislação pertinente, de forma a contri-
buir para a diminuição dos índices de acidentes de trabalho e de 
doenças ocupacionais.
Espera-se que, com o gerenciamento de todos os riscos, 
seja possível garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores flo-
restais o que, indubitavelmente, reverte-se em melhorias na quali-
dade de vida, na manutenção de sua capacidade laboral e em bene-
fícios para a sociedade como um todo.
Os Autores
ABSTRACT
Studies on safety and health in forestry work have demon-
strated the conditions to which the workers in this sector are ex-
posed, revealing the consequences for their health and the changes 
of the life in the field. The performance of activities subject to cli-
matic conditions and factors such as exposure to chemical and bi-
ological agents, risk of accidents, pressure to raise yield, efficiency 
and productivity, increase the physical effort in work performance, 
reflecting in the increase in the number of accidents, injuries and 
diseases related to work which invariably leads to a reduction in 
the capacity for work and the useful life of workers.
The understanding of the applicable legislation and the 
precise identification of the risks to which these workers are ex-
posed becomes a fundamental tool for the definition and imple-
mentation of measures necessary for the elimination, isolation or 
mitigation of these risks, in order to contribute to the reduction 
of the work accidents index and the development of occupation-
al diseases in the forestry sector. It is precisely what the authors 
propose with this work where, in a clear and concise manner, they 
present all the technical and legal apparatus for the correct man-
agement of occupational health and safety in the forestry sector.
PALAVRAS-CHAVE
CAPÍTULO 1
Introdução
Palavras-chave: Setor florestal, trabalho florestal, condições de 
trabalho, saúde do trabalhador, precarização do trabalho;
CAPÍTULO 2 
Sobre ccidentes de trabalho
Palavras-chave: Acidentes de trabalho, tipos de acidentes, causas 
de acidentes, comunicação de acidente de trabalho, agentes causa-
dores de acidentes;
CAPÍTULO 3
Identificação de riscos nas atividades florestais
Palavras-chave: Riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, 
riscos de acidentes, riscos ergonômicos;
CAPÍTULO 4
Gestão dos riscos ocupacionais nas atividades florestais
Palavras-chave: Identificação dos riscos, avaliação dos riscos, 
medidas de controle, monitoramento das ações, gerenciamento 
dos riscos;
CAPÍTULO 5 
Sobre normas regulamentadoras
Palavras-chave: Legislação, normas regulamentadoras, direitos 
trabalhistas, deveres patronais, categorização de normas;
CAPÍTULO 6
Normas regulamentadoras aplicadas ao setor de produção florestal
Palavras-chave: Setor de produção florestal, normas aplicáveis, 
orientações legais, gestão legal de riscos, conformidade legal;
CAPÍTULO 7
Segurança na operação de motosserras
Palavras-chave: Motosserras, operação de motosserras, manu-
tenção de motosserras, riscos de acidentes com motosserras, EPIs 
para operação de motosserras;
CAPÍTULO 8
Segurança na colheita mecanizada
Palavras-chave: Colheita mecanizada, máquina florestal, manu-
tenção mecânica florestal, programa de prevenção de riscos am-
bientais, laudo técnico das condições ambientais de trabalho;
CAPÍTULO 9
Segurança na colheita manual e semimecanizada
Palavras-chave: Colheita manual, Colheita semimecanizada, 
Operador de motosserra, Ajudante florestal, Atividades de colheita
CAPÍTULO 10
Segurança na silvicultura
Palavras-chave: Silvicultura, atividades silviculturais, tratorista 
florestal, ajudante de silvicultura, riscos da atividade silvicultural;
CAPÍTULO 11
Estudos de casos
Palavras-chave: Acidente na derrubada, acidente com máquina, 
acidente com motosserra, avaliação de acidentes,mapas de riscos;
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................. 13
CAPÍTULO 2 - SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO ........ 19
CAPÍTULO 3 - IDENTIFICAÇÃO DE 
RISCOS NAS ATIVIDADES FLORESTAIS........................... 29
CAPÍTULO 4 - GESTÃO DOS RISCOS 
OCUPACIONAIS NAS ATIVIDADES FLORESTAIS ........... 47
CAPÍTULO 5 - SOBRE NORMAS 
REGULAMENTADORAS ...................................................... 61
CAPÍTULO 6 - NORMAS REGULAMENTADORAS 
APLICADAS AO SETOR DE PRODUÇÃO FLORESTAL .... 71
CAPÍTULO 7 - SEGURANÇA NA 
OPERAÇÃO DE MOTOSSERRAS ...................................... 129
CAPÍTULO 8 - SEGURANÇA NA 
COLHEITA MECANIZADA ................................................ 135
CAPÍTULO 9 - SEGURANÇA NA COLHEITA 
MANUAL E SEMIMECANIZADA ...................................... 149
CAPÍTULO 10 - SEGURANÇA NA SILVICULTURA .......... 157
CAPÍTULO 11 - ESTUDO DE CASOS ................................ 167
REFERÊNCIAS .................................................................... 181
ÍNDICE REMISSIVO ........................................................... 191
CAPÍTULO 1 
INTRODUÇÃO
O setor florestal brasileiro tem como seus produtos prin-
cipais celulose e papel, painéis de madeira industrializada, carvão 
vegetal, madeira serrada, lenha, pellets e biomassa para geração de 
energia. Contando com uma área de 528 milhões de hectares de 
florestas nativas ricas em biodiversidade e 7,84 milhões de hectares 
de reflorestamentos (IBÁ, 2017). Aliado ao clima e aos solos fa-
voráveis, o setor florestal brasileiro vem experimentando constante 
desenvolvimento, levando a demandas cada vez maiores por pro-
dutos de base florestal.
Entretanto, juntamente com o crescimento da produção 
florestal, tem surgido maior preocupação com os aspectos e impac-
tos ambientais e sociais dessas atividades. Essa preocupação está 
sendo impulsionada pela destruição de florestas tropicais e os con-
sequentes efeitos sobre o clima global (ALVES et al., 2009).
A competitividade de uma organização não depende ape-
nas de fatores econômicos, mas também de uma conduta social-
mente valorizada, que garanta a sua legitimidade e sobrevivência 
no contexto ambiental. Desta forma, as empresas florestais têm 
buscado assumir posturas socialmente responsáveis, destacando-se 
a crescente preocupação com o meio ambiente, saúde e segurança 
de seus trabalhadores, bem como a sua responsabilidade social e 
ética perante a comunidade onde estão inseridas.
Por outro lado, visando suprir os acréscimos de produção 
da indústria de base florestal e encontrando-se a mesma impos-
sibilitada de adquirir novas áreas para plantio, desenvolvem-se as 
plantações por meio de programas de fomento florestal, arrenda-
14 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
mentos de áreas e parcerias, além de aquisição de madeira no mer-
cado, os quais já representam o segundo lugar na matriz de supri-
mento da indústria de celulose (FISCHER, 2009). Entretanto, a 
grande maioria das propriedades rurais no Brasil não está adequa-
da aos requisitos exigidos em um processo de certificação, sendo 
que os principais problemas estão relacionados ao não cumpri-
mento de leis e ao direito dos trabalhadores. Esse fato demonstra, 
claramente, que algumas indústrias de base florestal, mesmo que 
possuidoras de seu manejo florestal certificado, ainda estão sendo 
abastecidas com madeira proveniente de áreas onde este cenário 
vem deixando os trabalhadores expostos à condições inadequadas 
sob as óticas da legislação trabalhista e previdenciária, de ergono-
mia e de saúde e segurança do trabalho. 
O trabalho florestal possui características peculiares como: 
acessibilidade e mobilidade restritas, terrenos íngremes, exposição 
às condições climáticas extremas, ferramentas mal desenvolvidas e 
consequentemente inadequadas, além da mão de obra pouco qua-
lificada. Os trabalhadores florestais se deparam diariamente com 
diversos fatores que influenciam a sua relação com o trabalho e 
podem interagir criando riscos para a sua saúde como: horas ex-
tras e fadiga; pressão; insatisfação no trabalho, carga mental; sus-
cetibilidade e resposta ao estresse; condições ambientais adversas; 
isolamento; trabalho em turnos entre outros. Fatores psicossociais 
influenciam ainda, para piorar o cenário em que se encontram. 
Muitos vivem em áreas rurais e possuem baixo nível de escolari-
dade e têm dificuldades para se adaptar às inovações tecnológicas 
e são pressionados a atingir metas de produção. Esses e outros fa-
tores contribuem para o desenvolvimento de doenças relacionadas 
ao trabalho e riscos à saúde e integridade física dos trabalhadores, 
decorrentes de acidentes do trabalho.
15 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
A pesquisa a respeito de fatores humanos e condições 
de trabalho nas empresas florestais tem por objetivo aperfeiçoar 
métodos e técnicas operacionais, de modo a assegurar condições 
seguras, confortáveis e saudáveis no ambiente de trabalho. O co-
nhecimento dessas condições de vida e busca constante de sua 
melhoria influencia diretamente a satisfação do trabalhador, le-
vando ao aumento da produtividade e da qualidade do trabalho 
(SANT’ANNA, 1998), além de contribuir para a redução dos ín-
dices de acidentes de trabalho. 
A frequência de dores lombares e tendinites em pessoas 
que executam o trabalho florestal, tanto em posição sentada como 
em pé, é fator primordial no absenteísmo repetido e prolongado do 
trabalhador e dificulta sua reclassificação profissional. A frequência 
destes distúrbios leva a suspeitar de uma incorreta adaptação das 
ferramentais, máquinas e equipamentos ao homem, bem como de 
posturas de trabalho incorretas dos trabalhadores. O planejamento 
incorreto de um sistema de trabalho, bem como dos equipamentos, 
ferramentas e meios auxiliares, impõe ao trabalhador solicitações 
excessivas e desnecessárias, acarretando problemas de lombalgias, 
de tendinites, de conforto, de fadiga precoce, de produtividade e 
de incidência de erros na execução do trabalho (IIDA, 2005), bem 
como contribuem na ocorrência de acidentes de trabalho durante 
a execução das atividades.
De acordo com Zibetti et al. (2006), o setor rural, em que 
estão inseridos os produtores de madeira, apresenta as maiores 
taxas de mortalidade associada ao trabalho no mundo, apesar da 
introdução da mecanização de algumas atividades. A situação do 
trabalho na silvicultura e colheita de madeira expressa múltiplas 
características com implicações sobre a saúde e segurança do tra-
balhador dentre outras: vulnerabilidade do contrato e do vínculo, 
fraca ou nenhuma proteção social, baixo nível de renda, exposição 
às elevadas cargas de trabalho e riscos presentes.
16 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Visando garantir a integridade física e moral dos traba-
lhadores entra em cena a segurança do trabalho, que é tutelada 
por um conjunto de normas e técnicas aplicáveis em vários seto-
res. Pode ser entendida como um conjunto de medidas adotadas 
para proteger o trabalhador em sua integridade e capacidade de 
trabalho, evitar doenças ocupacionais e minimizar acidentes de 
trabalho. É definida por normas e leis. No Brasil, compõe-se de 
normas regulamentadoras, leis complementares, como portarias e 
decretos e também as convenções Internacionais da Organização 
Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil (GOMES, 2012)
Segundo a Legislação Brasileira na Norma 
Regulamentadora NR-17 – Ergonomia, do Ministério do 
Trabalho e Emprego (BRASIL, 1990), para avaliar a adaptação 
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica 
do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições 
de trabalho. As condições de trabalho incluem aspectos relaciona-
dos ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mo-
biliário, aos equipamentos, às condições ambientaisdo posto de 
trabalho e à própria organização do trabalho.
Por sua vez, a Norma Regulamentadora NR-31 – 
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura (BRASIL, 2005), 
tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compa-
tível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da silvi-
cultura e exploração florestal com a segurança e saúde do trabalho. 
Embora exista essa norma específica para o setor florestal, tal fato 
não desobriga ao cumprimento das demais normas aplicáveis. 
Ainda assim, a atividade florestal conduzida por empre-
sas terceirizadas ou pelo produtor florestal, tende a negligenciar as 
17 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Normas Regulamentadoras NR-17 e a NR-31, as quais não estão 
sendo consideravelmente eficientes para resguardar a segurança e 
a saúde do trabalhador (DAVID et al., 2014). Complementando, 
Melo (2013) afirma que os acidentes do trabalho ocorrem por 
práticas inadequadas no meio ambiente do trabalho, podendo-se 
mencionar o não atendimento às seguintes diretrizes:
• a falta de investimento na prevenção de acidentes por 
parte das empresas e dos empregadores;
• os problemas culturais que ainda influenciam a pos-
tura das classes patronal e profissional no que diz res-
peito à não priorização da prevenção dos acidentes 
laborais;
• a ineficiência dos poderes públicos quanto ao estabe-
lecimento de políticas preventivas e à fiscalização dos 
ambientes de trabalho;
• as máquinas e ferramentas inadequadas por culpa de 
muitos fabricantes que não cumprem corretamente as 
normas de segurança e orientações previstas em lei; e
• a precariedade das condições de trabalho por conta de 
práticas equivocadas de flexibilização do Direito do 
Trabalho, ou seja, a precarização do trabalho.
De acordo com Assunção e Câmara (2011), a adoção de 
medidas preventivas visando resguardar a saúde e a segurança dos 
trabalhadores, sem dúvida reverte-se em benefícios sociais e eco-
nômicos para esses trabalhadores e para a sociedade em geral.
CAPÍTULO 2 
SOBRE ACIDENTES 
DE TRABALHO
Em comparação com outros setores da economia, as ta-
xas de acidentes na atividade florestal, particularmente na colheita 
de madeira, são extremamente altas, resultando em pesadas perdas 
para os empregadores e muito sofrimento para os trabalhadores e 
suas famílias. 
As atividades desenvolvidas pelos trabalhadores florestais, 
quando comparadas com as atividades de outros setores, em geral 
são consideradas pesadas e extenuantes. Trabalhando ao ar livre, o 
empregado fica exposto às intempéries do clima e suas consequên-
cias, sofrendo com o calor ou frio, com a umidade, os ventos etc. 
Muitas vezes, o local de trabalho fica distante de sua residência, 
obrigando o trabalhador a dispender tempo e energia no trajeto, 
correndo o risco de sofrer acidentes. Devido ao isolamento do lo-
cal de trabalho, geralmente faltam facilidades para o atendimento 
médico e de primeiros socorros, o que agrava ainda mais a situação 
no setor florestal (MEDEIROS; JURADO, 2013).
Acidentes de trabalho, conforme a Organização 
Internacional do Trabalho, citada pelo Ministério Público do 
Trabalho (MPT, 2008), são todos os acontecimentos inesperados e 
imprevistos, incluindo os atos de violência, derivados do trabalho 
ou com ele relacionados, dos quais resulta uma lesão corporal, uma 
doença ou a morte, de um ou vários trabalhadores. Em uma visão 
prevencionista, acidente de trabalho é toda ocorrência, inesperada 
ou não, que interfere no andamento normal do trabalho e da qual 
20 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
resulta lesão no trabalhador e, ou, perda de tempo e, ou, danos ma-
teriais, ou os três simultaneamente (GOMES, 2012).
Os acidentes do trabalho constituem um problema social 
e econômico para o país. No setor de saúde, podem ser citadas 
as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) com o custeio do 
atendimento médico-hospitalar das vítimas do processo produtivo 
florestal. Além disso, há que se considerar o custo social, resultado 
do impacto sobre a saúde e vida do trabalhador, seus familiares e 
dos grupos populacionais que vivem nos entornos das áreas produ-
tivas (ULTRAMARI et al., 2012).
O registro de acidentes do trabalho é um importante 
instrumento com informações de caráter previdenciário, estatís-
tico e epidemiológico, oferecendo um respaldo trabalhista e so-
cial ao trabalhador formal brasileiro. Contudo, cabe ressaltar que a 
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é de caráter obriga-
tório apenas para os trabalhadores formais. Isso implica na exclusão 
dos trabalhadores em regimes informais de trabalho, estatutários e 
autônomos. Além disso, as CAT restringem-se, na maioria das ve-
zes, apenas aos casos graves de acidentes, como poli traumatismos 
e fraturas, não incluindo as doenças relacionadas ao trabalho, com 
maior dificuldade de estabelecimento do nexo causal. Tem-se como 
fragilidade a qualidade do registro de informações das CAT, já que 
notifica apenas os acidentes sofridos por trabalhadores que possuem 
registro na carteira de trabalho. São necessários o treinamento e a 
capacitação de toda a rede de serviço associado à notificação dos aci-
dentes de trabalho, começando por empregadores e trabalhadores, e 
também os profissionais de saúde responsáveis pelos diagnósticos 
dos acidentados (ULTRAMARI et al., 2012).
Infelizmente, no Brasil, os acidentes são subnotificados 
e, quando os dados estão disponíveis, não são desagregados, difi-
cultando a análise de acordo com as características da empresa, da 
21 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
região do corpo atingida, das operações envolvidas e do perfil do 
acidentado, sendo essa realidade mais expressiva quando o empre-
go é precário (ASSUNÇÃO; CÂMARA, 2011). Em seu estudo, 
Begnini e Almeida (2015) evidenciam que no Brasil há falta de 
informações precisas sobre o número de acidentes que ocorrem 
no exercício do trabalho rural, além de ainda existir o fato de que 
as subnotificações de acidentes, especialmente no meio rural, são 
comuns mesmo sendo a CAT uma exigência legal.
De acordo com Gomes (2012), a ação de corrigir ou 
melhorar as questões de risco de um ambiente de trabalho pode 
ser definida como a busca pela “salubridade ambiental” daquele 
ambiente de trabalho. Ou seja, as iniciativas da segurança do tra-
balho destinam-se ao reconhecimento, avaliação, neutralização e 
controle dos riscos ambientais potenciais, originados ou existentes 
no ambiente de trabalho, antes que possam causar doença, com-
prometimento da saúde e do bem-estar da pessoa em seu trabalho 
ou são significantes para causar desconforto entre os membros de 
uma comunidade de trabalho.
Historicamente, no âmbito nacional, o percentual de 
acidentes relacionados ao grupo de atividades agrícolas, pecuá-
rias e silvicultura, varia de 6 a 8% do total registrado no Instituto 
Nacional de Seguridade Social (INSS) (BRASIL, 2014). Neste 
sentido, cada atividade desenvolvida nas áreas rurais possui poten-
cial de riscos de acidentes. Frente a isso, seria ideal que, periodica-
mente, tais atividades fossem observadas sob os aspectos da segu-
rança e saúde do trabalhador rural e conhecidas as estatísticas para 
direcionar correção, conscientização, treinamento e procedimentos 
na execução das tarefas (BEGNINI; ALMEIDA, 2015). Segundo 
os autores, nas áreas rurais ainda se percebe que muitas vezes a 
condição de transporte dos trabalhadores e a falta de fiscalização 
dos órgãos responsáveis tornam os trabalhadores vulneráveis e fa-
vorece a ocorrência de acidentes de trajeto e típicos.
22 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Lesões de punho e de mão são predominantes em traba-
lhadores rurais, na faixa etária compreendida entre 20 a 29 anos, 
sendo a maioria das ocorrências em pessoas do sexo masculino 
( JAKOBIet al., 2013). Os autores não apresentaram os fatores que 
ocasionaram as lesões, mas identificaram a incidência de elevadas 
taxas na silvicultura e na exploração florestal. Essas lesões podem 
levar a exposição de ossos, tendões, nevos e, ou, vasos sanguíneos, 
sendo que a reconstrução deve ser feita o mais rápido possível, 
constituindo-se em grande desafio para os especialistas. Com o 
avanço tecnológico instalado e o manuseio das tecnologias por 
parte dos trabalhadores, essas lesões e traumas tem se configurado 
mais complexas (TEIXEIRA; FREITAS, 2003).
Visando identificar a fonte de tantos agravos a segurança 
do trabalho no setor florestal, o Ministério Público do Trabalho de 
Minas Gerais (MPT, 2014), durante um inquérito investigatório, 
afirmou que a falta de preocupação com a segurança do traba-
lho no setor florestal vem contribuindo fortemente para um in-
desejável acréscimo nos índices e na gravidade dos acidentes de 
trabalho nos empreendimentos florestais. Os principais aspectos 
negativos relatados foram: não fornecimento de Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs); não instalação de Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes (CIPA); não realização de exames mé-
dicos periódicos; falta de materiais de primeiros socorros nas fren-
tes de trabalho, bem como de pessoal treinado para sua utilização; 
falta de treinamento para utilização de motosserras; jornada exces-
siva sem contraprestação; levantamento e transporte de cargas com 
peso excessivo; dentre outras.
23 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do 
trabalho, a serviço da empresa, com o segurado empregado, tra-
balhador avulso, bem como com o segurado especial, enquanto no 
exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou pertur-
bação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária 
ou permanente, da capacidade para o trabalho. Este é o denomi-
nado conceito previdenciário, do ponto de vista legal, conforme 
Brasil (1991).
É considerado como acidente do trabalho:
• Doença profissional, assim entendida a produzida 
ou desencadeada pelo exercício do trabalho pecu-
liar a determinada atividade, constante da relação de 
que trata o anexo II do Regulamento da Previdência 
Social – RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99;
• Doença do trabalho, assim entendida ou adquirida ou 
desencadeada em função de condições especiais em 
que o trabalho é realizado e com ele se relacione dire-
tamente, desde que constante da relação de que trata 
o anexo II do Regulamento da Previdência Social – 
RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99;
• Em caso excepcional, constatando-se que a doen-
ça não incluída na relação constante do anexo II do 
Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado 
pelo Decreto 3.048/99, resultou de condições espe-
ciais em que o trabalho é executado e com ele se rela-
ciona diretamente, a Previdência Social (INSS) deve 
equipará-la a acidente do trabalho.
24 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Equiparam-se também a acidente do trabalho:
• Acidente ligado ao trabalho que embora não tenha 
sido a causa única, haja contribuído diretamente para 
a morte do trabalhador, ou que tenha produzido lesão 
que exija atenção médica para a sua recuperação;
• Acidente sofrido pelo trabalhador no local e horá-
rio de trabalho, em consequência de ato de agressão, 
sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho;
• Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por 
motivo de disputa relacionada com o trabalho;
• Ato de imprudência, de negligência ou imperícia de 
terceiro, ou de companheiro de trabalho;
• Ato de pessoa privada do uso da razão; 
• Desabamento, inundação, incêndio e outros casos 
fortuitos decorrentes de força maior;
• Doença proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade; 
• Acidente sofrido pelo trabalhador, ainda que fora do 
local e horário de trabalho, na execução de ordem ou 
na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
na prestação espontânea de qualquer serviço à em-
presa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar pro-
veito; em viagem a serviço da empresa, inclusive para 
estudo, quando financiada por esta, dentro de seus 
planos para melhor capacitação da mão de obra, inde-
pendente do meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado; no percurso da 
residência para o local de trabalho ou deste para aque-
la, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive 
veículo de propriedade do segurado.
25 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• No período destinado à refeição ou descanso, ou por 
ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológi-
cas, no local do trabalho ou durante este, o empregado 
será considerado no exercício do trabalho.
Obs.: Entende-se como percurso o trajeto da residência 
ou local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, indepen-
dentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção 
voluntária do percurso habitualmente realizado pelo trabalhador.
Dadas as particularidades do setor e do trabalho florestal, 
especial atenção deve ser dada ao deslocamento dos trabalhadores 
desde e até as frentes de trabalho, visto que, na maioria das vezes, 
são necessários grandes deslocamentos por estradas geralmente 
em péssimas condições de manutenção. Ainda, outro ponto de 
atenção refere-se aos veículos de transporte de pessoal e materiais, 
reforçando que trabalhadores, máquinas, ferramentas e insumos 
devem ser transportados em compartimentos separados.
CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Basicamente, existem três grupos de causas de acidentes 
de trabalho, descritas a seguir. Entretanto, qualquer que seja a cau-
sa, é importante ressaltar que “nem todo acidente é um aciden-
te” visto que a perspectiva de acidente pode não ser verdadeira ao 
considerarmos os riscos de nossas escolhas. Ou seja, em qualquer 
situação é quase certo de que com uma boa escolha pode evitar a 
ocorrência dos acidentes.
Atos inseguros (inadequados) - são todos os proce-
dimentos do homem que contrariem normas de prevenção de 
acidentes: 
26 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Ficar junto ou sob cargas suspensas;
• Colocar parte do corpo em lugar perigoso;
• Operar máquinas ou equipamentos sem habilitação 
ou autorização;
• Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga / tenta-
tiva de ganhar tempo;
• Lubrificar ou ajustar máquinas em movimento;
• Improvisação ou mau emprego de ferramentas ma-
nuais;
• Alterar dispositivos de segurança;
• Não uso de EPI´s – Equipamentos de Proteção 
Individual;
• Deixar de seguir as orientações superiores;
• Brincadeiras e exibicionismo / excesso de confiança;
• Preparo insuficiente para o trabalho.
Condições inseguras - são as circunstâncias externas de 
que dependem as pessoas para realizar seu trabalho que sejam in-
compatíveis ou contrárias com as normas de segurança e preven-
ção de acidentes:
• Áreas insuficientes, corredores obstruídos, arranjo fí-
sico mal projetado;
• Pisos fracos e irregulares;
• Excesso de ruído / iluminação inadequada;
• Instalações elétricas impróprias ou com defeitos;
• Falta de organização e limpeza;
• Ventilação ou exaustão inadequada ou defeituosa;
• Localização imprópria das máquinas;
• Falta de proteção em partes móveis e de agarramento;
• Máquinas apresentando defeitos, desvios ou improvi-
sações de processos;
27 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Proteção insuficiente ou totalmente ausente;
• EPI’s impróprios ou com defeitos.
Fator pessoal de insegurança - é qualquer fator exter-
no que leva o indivíduo à prática do ato inseguro: características 
físicas e psicológicas (depressão, tensão, excitação, neuroses etc.), 
social (problemas de relacionamentos, preocupações com neces-
sidades sociais, educação, dependências químicas etc.), congênitos 
ou de formação cultural que alteram o comportamentodo traba-
lhador permitindo que cometa atos inseguros.
CAPÍTULO 3 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
NAS ATIVIDADES FLORESTAIS
No contexto laboral, o risco pode ser entendido como a 
possibilidade ou a probabilidade de um trabalhador sofrer uma 
lesão ou danos à sua integridade física ou psíquica quando exposto 
ao perigo. Em outras palavras, o risco de acidente pode ser definido 
como a combinação da probabilidade e da gravidade (consequên-
cia) de um determinado evento (perigo) ocorrer. A relação entre 
perigo e exposição, seja a imediata ou em longo prazo, pode resul-
tar em risco para ocorrência de acidentes ou doenças ocupacionais 
(OIT, 2011).
No Brasil, a legislação considera como riscos ambientais 
os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes 
de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou in-
tensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saú-
de do trabalhador (BRASIL, 1978). Sob essa ótica, consideram-se 
agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar 
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões 
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações 
não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom; como agen-
tes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam 
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da 
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo 
organismo através da pele ou por ingestão; e, como agentes bio-
lógicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, 
entre outros.
30 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Entretanto, em uma visão prevencionista, mais dois gru-
pos de agentes de risco são adicionados a esse conjunto: os agentes 
ergonômicos e os de acidentes.
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, le-
vantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de pro-
dutividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, 
jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, im-
posição de rotina intensa. Os riscos ergonômicos podem gerar dis-
túrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde 
do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado 
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, 
tais como: lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomuscu-
lares relacionados ao trabalho (LER/DORT), cansaço físico, dores 
musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doen-
ças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e 
úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna etc.
Por sua vez, os riscos de acidentes são quaisquer fatores 
que coloquem o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar 
sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico. São exemplos 
de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, 
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, 
armazenamento inadequado etc. Tais acidentes, geralmente, são 
causados por atos inseguros (ações do homem que contrariem as 
normas de segurança do trabalho); condições inseguras (relativas 
ao ambiente de trabalho); e o fator pessoal de insegurança (relativo 
ao estado emocional do trabalhador, desviando sua atenção).
As atividades florestais, na maioria das situações laborais, 
apresentam riscos ocupacionais influenciados por diversos fatores 
característicos do setor, tais como: exposição a intempéries e riscos 
naturais; demanda de esforço físico considerável; posturas inade-
quadas; condições ambientais precárias; maquinários, ferramentas 
31 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
e equipamentos perigosos; aplicação, manipulação e, ou, exposição 
a reagentes químicos, dentre outros. De acordo com Vianna et al. 
(2011), os possíveis agentes de riscos ocupacionais encontrados em 
um ambiente de trabalho e os prováveis efeitos sobre os trabalha-
dores desses ambientes estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1 – Agentes de riscos ocupacionais, suas fontes geradoras e os efeitos 
ao trabalhador
Agentes Fontes Geradoras Efeitos nocivos à saúde
Químicos
Substâncias, compostos ou 
produtos que penetram no 
organismo, por exposição 
crônica ou acidental, pela via 
respiratória ou absorvidos 
pelo organismo através da 
pele ou por ingestão. Incluem 
os riscos químicos por explo-
sões e incêndios
Efeitos de acidentes químicos 
(explosões, incêndios etc.). Con-
taminações químicas com efeitos 
carcinogênicos, teratogênicos, sis-
têmicos (como os neurotóxicos), 
irritantes, asfixiantes, anestésicos, 
alérgicos, problemas pulmonares, 
anemias, danos à medula e ao cé-
rebro, diversos tipos de intoxica-
ções, leucemia, entre outros.
Físicos
Temperaturas extremas (calor, 
frio e umidade).
Ruído
Eletricidade
Pressões anormais
Vibrações
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
Fadiga, gripes, resfriados, desidra-
tação, hipertermia, câimbras etc.
Redução da capacidade auditiva, 
surdez, nervosismo (estresse), do-
res de cabeça, falta de concentra-
ção, aumento do batimento cardí-
aco etc.
Choques elétricos, inclusive fatais; 
fontes de incêndios.
Afogamentos, distúrbios neuroló-
gicos, embolia pulmonar, proble-
mas cardiovasculares e psíquicos.
Distúrbios osteomusculares, perda 
de sensibilidade tátil, problemas 
nas articulações, circulação perifé-
rica e rins.
Câncer, anemias, cataratas etc.
Problemas neurológicos, câncer de 
pele, vasodilatação, catarata etc.
32 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Biológicos
Microorganismos patogêni-
cos (bactérias, fungos, bacilos, 
parasitas, protozoários, vírus 
etc.)
Vetores (mosquitos, ratos, 
morcegos etc.)
Doenças contagiosas diversas (tu-
berculose, tétano, malária, febre 
amarela, tifóide, micoses etc.), in-
clusive gripes e resfriados.
Doenças contagiosas e feridas por 
mordidas
Ergonômicos
Esforços físicos, posturas for-
çadas, ritmos excessivos, mo-
notonia, turnos de trabalho, 
movimentos repetitivos, ilu-
minação deficiente etc.
Cansaço, lombalgia, LER-DORT, 
fraqueza dos músculos, hiperten-
são arterial, diabetes, úlcera, taqui-
cardia, problemas na coluna, pro-
blemas de visão, dores de cabeça, 
risco de acidentes etc.
Acidentes
Acidentes com quedas, veícu-
los e máquinas
Animais peçonhentos
Traumatismos diversos e morte
Envenenamento por picada de co-
bra, escorpião, aranha etc.
Dessa forma, conhecer os riscos ocupacionais a que se 
expõem os trabalhadores torna-se fundamental para evitar a ocor-
rência de danos à saúde ou à integridade física do trabalhador. A 
Tabela 2 apresenta os principais agentes de riscos ocupacionais 
identificados, analisados de acordo com as principais atividades 
florestais desenvolvidas e respectivas condições de trabalho, bem 
como as medidas preventivas propostas.
33 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
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41 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
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43 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
POSSÍVEIS SINTOMAS OU DANOS DOS 
AGENTES DE RISCO IDENTIFICADOS
Ruído
O ruído contínuo ou intermitente, quando presente no 
ambiente laboral em níveis ou tempos de exposição acima dos 
indicados na NR 15, ou em pessoas de extrema suscetibilidade, 
pode causar uma série de distúrbios que se manifestam na forma 
de cansaço, dores de cabeça aumento da pressão arterial, problemas 
digestivos, ulcerações e taquicardia. Com o passar dos anos a expo-
sição contínua a níveis de ruído acima do recomendado pode levar 
à perda gradativa da capacidade auditiva para certas frequências 
sonoras, de forma permanente e irreversível. Já o ruído de impacto 
pode levar a uma surdez imediata, temporária ou permanente.
Vibrações
As vibrações de partes localizadas ou de corpo inteiro, 
de forma frequente e contínua, em trabalhadores expostos a esse 
agente de risco pode manifestar-se em cansaço, irritação, dores 
musculares e articulares de membros, dores na coluna vertebral, 
doenças dos movimentos, artrite, problemas digestivos, desloca-
mento de órgãos, lesões ósseas, musculares e circulatórias.
Umidade
A exposição contínua à umidade tanto de partes do corpo, 
como do corpo inteiro, leva à predisposição de ocorrência de doen-
ças de pele, dificultam a circulação sanguínea, favorecem a ocorrên-
cia de doenças respiratórias e ainda facilitam a ocorrência de quedas 
que levarão a outros tipos de lesões dos funcionários expostos.
45 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Radiações Não Ionizantes
As radiações não ionizantes, em contato direto ou indire-
to contínuo causam queimaduras, lesões oculares e térmicas, além 
de alterações de tecidos de órgãos internos.
Temperaturas Extremas (Calor e Frio)
Podem favorecer a ocorrência de doenças pulmonares, 
gripes e resfriados, intermação, desidratação e outras, além de 
queimaduras.
Poeiras
Oferecem risco de os trabalhadores contraírem doen-
ças ligadas ao aparelho respiratório. Algumas atividades, como o 
transporte de madeira por exemplo, podem acabar gerando uma 
doença chamada silicose, que é causada pela inalação de partículas 
de dióxido de silício cristalino, substância encontrada nas rochas 
da crosta terrestre.
Fumos Metálicos
A exposição contínua a fumos metálicos pode causar do-
ença pulmonar obstrutiva, febre dos fumos metálicos e ainda, into-
xicação específica ao metal utilizado na operação de solda.
Névoas, Neblinas, Gases e Vapores
A exposição a esses agentes de risco pode levar a proble-
mas de intoxicação aguda ou crônica, podendo ter ação depressiva 
do sistema nervoso, levando à ocorrência de vertigens, problemas 
respiratórios, falta de coordenação motora e desmaios, podendo 
46 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
ainda causar lesões dérmicas, taquicardia, asfixia, náuseas, altera-
ções dos órgãos internos, problemas gastrintestinais, contrição da 
garganta, letargia, cefaleia, retenção urinária, anorexia, cólicas ab-
dominais, confusão mental, coma e morte.
Produtos Químicos
O manuseio de produtos contendo substâncias químicas 
como hidrocarbonetos aromáticos, bem como tintas, óleos, solven-
tes, graxas, querosene, detergentes e outros, pode causar lesões na 
pele, além de favorecer a ocorrência de outras doenças dérmicas e 
até a intoxicação por algum componente específico dos produtos 
manuseados, conforme descrito acima.
Riscos Biológicos
Pode provocar a contaminação direta ou indireta por mi-
cro-organismos causadores de doenças infectocontagiosas ou não, 
como tétano, meningite e verminoses, além de lesões epidérmicas, 
dentre outras consequências.
Riscos ErgonômicosPode provocar o desenvolvimento de lesões por esforços 
repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho 
(LER/DORT), provocando a incapacidade temporária ou perma-
nente do trabalhador para o desenvolvimento de suas atividades.
CAPÍTULO 4 
GESTÃO DOS RISCOS 
OCUPACIONAIS NAS 
ATIVIDADES FLORESTAIS
Para uma perfeita descrição do sistema de trabalho de 
qualquer organização, bem como das atividades desempenhadas 
pelos seus funcionários nos diferentes setores de trabalho, devem 
ser realizadas inspeções em todas as frentes de trabalho, instalações 
e seções da organização e entrevistas com os funcionários, encarre-
gados e chefias, para que possam ser delineadas as condições gerais 
de trabalho, as atitudes dos funcionários quanto à prevenção de 
acidentes e organização e limpeza, seu nível de conhecimento téc-
nico-operacional, bem como para se obter uma noção preliminar 
dos riscos presentes no ambiente laboral, o número de funcionários 
expostos aos agentes de risco e a noção que os trabalhadores têm 
em relação aos riscos do seu trabalho. Tudo isso vai de encontro 
aos pressupostos das Normas Regulamentadoras (NRs), principal-
mente na NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(BRASIL, 1978).
Levantamento qualitativo de riscos
O levantamento qualitativo de riscos (ou identificação 
de riscos) deve ser efetuado através de inspeções em cada fren-
te de trabalho ou a cada setor da empresa, buscando-se identi-
ficar a existência de agentes de riscos químicos, físicos, bioló-
48 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
gicos, ergonômicos e de acidentes, suas fontes e trajetórias, os 
Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual existentes e sua 
eficiência de controle.
Levantamento quantitativo de riscos
Quando forem identificados agentes de risco passíveis 
de quantificação, como ruído, temperaturas extremas, ilumina-
ção, vibração e exposição a produtos químicos, gases e poeiras, os 
mesmos devem ser mensurados com a utilização de equipamentos 
específicos para tal fim, seguindo os procedimentos técnicos para 
tais determinações quantitativas, utilizando-se também dados de 
levantamentos anteriores, quando disponíveis.
Quando os valores encontrados forem superiores aos 
níveis de ação estabelecidos nas Normas Regulamentadoras, os 
mesmos terão prioridade de controle quando da elaboração dos 
Cronogramas de Implantação de Medidas de Controle de Riscos 
a serem cumpridos pela organização.
Definição do tempo de exposição aos riscos
A determinação do tempo de exposição dos funcionários 
de cada função, ou posto de trabalho, aos agentes de risco iden-
tificados deve ser efetuada juntamente com as etapas anteriores, 
através do acompanhamento do desempenho das atividades la-
borais dos trabalhadores, o depoimento pessoal dos mesmos e de 
suas chefias, quando aplicável. Uma alternativa técnica para esta 
definição é a realização de um estudo de tempos e movimentos, 
para cada uma das atividades desempenhadas pelos trabalhadores.
49 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Descrição dos possíveis danos à saúde
A determinação dos possíveis danos que podem ser cau-
sados pelos agentes de risco à saúde dos trabalhadores pode ser 
efetuada através de pesquisa bibliográfica e pelo conhecimento 
técnico dos profissionais envolvidos com a execução do Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais. Esta determinação visa es-
clarecer aos funcionários, e a própria organização, a respeito das 
possibilidades de comprometimento da saúde pela exposição aos 
agentes de risco, além de subsidiar o planejamento e a determi-
nação de procedimentos a serem adotados nos exames realizados 
dentro do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO), bem como auxiliar na caracterização de nexo causal 
dos agentes de risco e as doenças ocupacionais.
Mapeamento de riscos
Os mapas de risco deverão ser elaborados a partir das fi-
chas de análise de risco funcional e divulgados pela empresa, junto 
aos funcionários a respeito dos agentes de risco presentes no seu 
ambiente de trabalho. Vale destacar que a elaboração dos mapas de 
risco é atribuição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
do Trabalho Rural – CIPATR, conforme explicitado na NR-31, 
de acordo com o número de trabalhadores registrados que traba-
lham na organização (fazenda ou empresa).
50 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Estabelecimento de medidas de controle de riscos
Depois de identificados e avaliados os agentes de risco 
presentes em cada função, devem ser estabelecidas as medidas de 
controle de riscos, as quais devem obedecer a uma hierarquia que 
priorize a adoção, em primeiro lugar, de medidas de ordem geral (ou 
de proteção coletiva) que eliminem ou reduzam os agentes de risco 
detectados e, posteriormente, medidas que previnam a liberação e 
reduzam a concentração de tais agentes no ambiente de trabalho.
Caso essas medidas sejam inviáveis tecnicamente, ou 
mostrem-se insuficientes, ou ainda, estiverem em fase de estudo, 
planejamento ou implantação, deverão ser adotadas medidas de 
caráter emergencial, como medidas administrativas e/ou de caráter 
individual, com fornecimento, treinamento e obrigatoriedade de 
uso de Equipamentos de Proteção Individual, os quais devem ter o 
seu fornecimento e uso controlados em fichas específicas.
As medidas de controle de riscos a serem implantadas 
deverão ter sua execução planejada segundo o estabelecimento de 
um Cronograma de Implantação de Medidas de Controle, no qual 
estarão discriminadas as medidas necessárias para se controlar os 
riscos, com programação mensal e previsão anual, atribuindo-se 
responsabilidades para a sua execução.
Avaliação dos EPI’s utilizados e sua adequação 
dos riscos
A verificação dos Equipamentos de Proteção Individual 
fornecidos e utilizados pelos funcionários de cada função deve 
ser realizada pela observação das fichas de controle de entrega de 
EPI’s, e pela observação in loco dos funcionários durante o desem-
51 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
penho das suas atividades. Através dessas constatações, entrevis-
tas com os funcionários e o levantamento dos riscos existentes em 
cada setor de trabalho, deve ser avaliada a eficiência de proteção 
dos EPI’s fornecidos para cada função, e a sua efetiva utilização 
pelos funcionários.
Caso esses equipamentos não estejam disponíveis ou se-
jam inadequados ou ineficientes para o controle dos riscos existen-
tes, deverá ser determinada a imediata aquisição e/ou adequação 
dos mesmos pelo empregador.
Como a simples entrega dos EPI’s aos trabalhadores, sem 
um devido treinamento quanto à sua utilização e, sem a exigência 
de uso, constitui-se em uma medida de resultado prático e legal ine-
ficientes, deverão ser estabelecidos procedimentos específicos para 
a conscientização dos trabalhadores e chefias para a utilização dos 
EPI’s, bem como da sua obrigatoriedade e monitoramento de uso.
Monitoramento ambiental do ambiente 
de trabalho
O monitoramento quantitativo de agentes de risco pre-
sentes no ambiente de trabalho deverá ser realizado logo após a 
adoção das medidas de controle, quando aplicável, para que se 
possa caracterizar a eficiência das mesmas, através da redução da 
intensidade desses agentes.
Posteriormente, deverão ser realizados levantamentos 
anuais visando demonstrar o efetivo controle dos agentes de risco, 
pela manutenção de sua intensidade a níveis aceitáveis ou pela sua 
eliminação do ambiente laboral, ou ainda para constatar a necessi-
dade de adoção de outras medidas de controle, caso aquelas adota-
das não tenham atingido seus objetivos.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Monitoramento biológico
A realização dos exames complementares periódicos pe-
los trabalhadores, além de atestar a sua condição de saúde, também 
servirá de parâmetro para a identificação de problemas de exposi-
ção a agentes de riscopresentes no ambiente de trabalho que, pela 
análise do Médico do Trabalho, poderá demonstrar a necessidade 
de adoção de medidas de controle, as quais deverão ser adotadas 
em caráter emergencial.
Treinamento
Para que todos os funcionários tenham pleno conheci-
mento dos riscos presentes em cada setor da empresa e as formas 
de preveni-los, deverá ser estabelecido um programa de treinamen-
to, cujos procedimentos adotados deverão ser anotados em fichas 
individuais de treinamento ou em livro de registro para este fim.
Conhecimento dos riscos e formas de prevenção
Como a conscientização pessoal é um processo que se 
efetiva de forma lenta e gradual, deverá ser estabelecido pela em-
presa um programa contínuo de treinamento dos funcionários, 
visando maiores esclarecimentos sobre os riscos presentes no am-
biente de trabalho, sua identificação, suas consequências e formas 
de prevenção.
Os funcionários recém-admitidos, e aqueles que venham 
a assumir uma nova função, de forma definitiva ou não, deverão ter 
pleno conhecimento dos riscos gerais presentes na empresa e dos 
53 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
específicos da função. Para tanto, esses funcionários deverão passar 
por um treinamento de integração a ser realizado pelos profissio-
nais do SESTR, para prestar conhecimentos quanto a:
• Conhecimento de Riscos, Formas de Prevenção e Uso 
de EPI’s.
• Procedimentos Técnico-operacionais.
Avaliação de condições insalubres e perigosas
A caracterização das atividades insalubres e perigosas é 
um complemento do levantamento de riscos executados duran-
te a execução do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
PPRA, que visa a identificação dos principais riscos presentes no 
ambiente de trabalho e a adoção de medidas de controle.
A identificação das condições de insalubridade e pericu-
losidade, ou a sua ausência, é feita pela análise do PPRA, o qual 
deve ser elaborado através de inspeções e acompanhamento das 
atividades de cada função durante o processo normal de produção 
nos diferentes locais de trabalho onde os funcionários desempe-
nham as suas funções, além de entrevistas com os funcionários, 
encarregados, SESTR e gerências para caracterizar as atividades 
laborais de cada função.
A determinação do tempo de exposição aos agentes de 
risco deve ser efetuada através de medições durante a execução das 
diferentes tarefas de cada função, e o depoimento dos funcionários 
e chefias, quando pertinente, extrapolando-se esse tempo para a 
carga horária normal da jornada de trabalho. As quantificações dos 
diferentes agentes de risco devem ser efetuadas com equipamentos 
apropriados e devidamente calibrados, seguindo adequadas meto-
dologias de avaliação.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Registro de dados e caracterização de atividades 
insalubres e perigosas
Os dados obtidos nos levantamentos de riscos, bem como 
os tempos de exposição, a existência de Equipamentos de Proteção 
Coletiva, o uso de Equipamentos de Proteção Individual e demais 
fatores relacionados a cada função desempenhada na empresa e 
que auxiliam na caracterização, ou não, das atividades insalubres e/
ou perigosas deverão estar anotados no PPRA, como Laudos de 
Caracterização de Atividade Insalubre e Perigosa.
Medidas de controle (NR 09)
Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes 
para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos am-
bientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes 
situações: 
a. identificação, na fase de antecipação, de risco poten-
cial à saúde;
b. constatação, na fase de reconhecimento de risco evi-
dente à saúde; 
c. quando os resultados das avaliações quantitativas 
da exposição dos trabalhadores excederem os valo-
res dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência 
destes os valores limites de exposição ocupacional 
adotados pela ACGIH - American Conference of 
Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que 
venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de 
trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios 
técnico-legais estabelecidos; 
55 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
d. quando, através do controle médico da saúde, ficar ca-
racterizado o nexo causal entre danos observados na 
saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que 
eles ficam expostos. 
O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de 
proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:
a. medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a 
formação de agentes prejudiciais à saúde;
b. medidas que previnam a liberação ou disseminação 
desses agentes no ambiente de trabalho;
c. medidas que reduzam os níveis ou a concentração 
desses agentes no ambiente de trabalho.
A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser 
acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto os proce-
dimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as 
eventuais limitações de proteção que ofereçam.
Quando comprovado pelo empregador ou instituição a 
inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou 
quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de 
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter com-
plementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, 
obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a. medidas de caráter administrativo ou de organização 
do trabalho;
b. utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
56 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Utilização de EPIs
A utilização de EPI no âmbito do programa deverá con-
siderar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver 
no mínimo:
a. seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que 
o trabalhador está exposto e à atividade exercida, con-
siderando-se a eficiência necessária para o controle 
da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo 
avaliação do trabalhador usuário;
b. programa de treinamento dos trabalhadores quanto à 
sua correta utilização e orientação sobre as limitações 
de proteção que o EPI oferece;
c. estabelecimento de normas ou procedimento para 
promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higieni-
zação, a conservação, a manutenção e a reposição do 
EPI, visando garantir as condições de proteção origi-
nalmente estabelecidas;
d. caracterização das funções ou atividades dos trabalha-
dores, com a respectiva identificação dos EPI’s utili-
zados para os riscos ambientais.
Níveis de ação
Conforme estabelecido na NR 09, considera-se nível de 
ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de 
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes 
ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem 
incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos 
trabalhadores e o controle médico.
57 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Deverão ser objeto de controle sistemático as situações 
que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, 
conforme indicado nas alíneas que seguem:
a. para agentes químicos, a metade dos limites de ex-
posição ocupacional considerados de acordo com a 
alínea “c” do subitem 9.3.5.1 da NR 09;
b. para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), con-
forme critério estabelecido na NR 15, Anexo I, item 6.4.
Responsabilidades
Do empregador:
I. Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento 
do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
II. Informar aos trabalhadores de maneira apropriada e 
suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos 
locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou 
limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
Dos trabalhadores:
I. Colaborar e participar na implantação e execução do 
PPRA;
II. Seguir as orientações recebidas nos treinamentos ofe-
recidos dentro do PPRA;
III. Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrên-
cias que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos tra-
balhadores.
IV. Apresentarpropostas e receber informações e orien-
tações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identifi-
cados na execução do PPRA.
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Gerenciamento de riscos
Dentre os riscos físicos (ruído, vibração, temperatura, ilu-
minação, radiação ionizante e umidade), químicos (poeiras, fumos 
e gases) e biológicos, a adoção de medidas de ordem geral capazes 
de conservar o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerân-
cia e com a utilização de equipamento de proteção individual, tem 
o condão de anular os efeitos adversos decorrentes da exposição 
tais riscos, de acordo com o previsto no PPRA e em conformidade 
com a NR-15 (BRASIL, 1978).
Quanto aos riscos ergonômicos a adoção de postura 
corporal inadequada, a monotonia/repetitividade do trabalho e a 
monotonia na execução das atividades rotineiras são os riscos de 
maior relevância e com menores índices de tolerabilidade. O mes-
mo comportamento foi verificado para os riscos de acidentes. De 
fato, no setor florestal, mormente nas atividades mecanizadas, as 
doenças ocupacionais vêm ocupando lugar de destaque nas preo-
cupações referentes a atividade (TEWARI; DEWANGAN, 2009; 
SILVA et al., 2013; SILVA et al., 2014; ALMEIDA et al., 2015), 
sendo um claro demonstrativo de que este grupo de risco apresenta 
baixa tolerabilidade, com risco substancial, sendo necessárias ações 
no sentido de reduzir sua incidência sobre os trabalhadores que 
laboram em tais atividades.
Considerar todos s fatores de exposição dos trabalhadores 
em um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional é fun-
damental para o desenvolvimento de um programa de boas práti-
cas e vigilância na saúde do trabalhador, criando-se um ambiente 
de trabalho seguro (FARIA et al., 2011). Para que seja possível 
esclarecer a sistemática das etapas a serem cumpridas em um pro-
grama como este, é fundamental a caracterização de alguns precei-
tos básicos. Em síntese, qualquer programa de saúde ocupacional 
59 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
deve ter três objetivos básicos: a eliminação ou redução dos riscos, 
sempre que possível, a proteção de trabalhadores expostos a riscos 
associados ao ambiente de trabalho e a promoção de medidas que 
visem a manter a saúde destes trabalhadores. 
O gerenciamento de riscos reveste-se de vital importân-
cia e configura-se como a principal atividade no que concerne à 
proteção à saúde de trabalhadores expostos. O objetivo principal 
desta atividade é reduzir os riscos a níveis insignificantes ou até 
mesmo negligentes, de maneira que os trabalhadores florestais não 
sofram os efeitos adversos lesivos à saúde provocados pelo trabalho 
ou pelo ambiente de trabalho (OJHA; KWATRA, 2011). É im-
portante ressaltar que um mapeamento inicial, por mais bem feito 
e minucioso que seja feito, não consegue representar a realidade 
de exposição na sua plenitude. Isso significa que a identificação de 
perigos e avaliação de riscos é uma ação contínua e ininterrupta, 
na busca da aproximação da realidade operacional em termos de 
identificação de perigos e riscos presentes na rotina de trabalho. 
Conhecendo a tolerabilidade de risco é possível identificar as uni-
dades, processos, tarefas que requerem atenção no que se refere à 
adoção de ações para diminuir o risco e trazê-lo para a região de 
tolerabilidade. 
Uma vez identificados os principais riscos existentes na 
atividade florestal, o próximo e fundamental objetivo da análise de 
riscos que é o entendimento de como eliminar ou controlar estes 
riscos, evitando danos à saúde dos trabalhadores, ao meio ambien-
te e à saúde da população em geral. Tal objetivo pode ser alcançado 
via medidas de engenharia (projetos de máquinas seguras ou iso-
lamento dos riscos), medidas administrativas (treinamentos, sina-
lizações e medidas de caráter punitivo) e medidas organizacionais 
(remediação ou atenuação dos riscos, que pode ser via proteção 
coletiva, preferencialmente, ou individual, conforme o caso).
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Ainda, como consequência da identificação dos riscos 
ambientais a que estão expostos os trabalhadores, propõe-se a pro-
moção de medidas para a manutenção da saúde dos mesmos. Com 
esse objetivo, a legislação (NR-7) estabelece a implementação do 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, 
que tem como objetivo promover e preservar a saúde dos trabalha-
dores (BRASIL, 1978). O PCMSO considera questões relaciona-
das tanto ao indivíduo quanto à coletividade. Seu foco é prevenir, 
rastrear e diagnosticar precocemente os agravos à saúde relaciona-
dos ao trabalho, constatando a existência de casos de doenças pro-
fissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Deve 
entre outros, realizar exames médicos físicos e mentais e avaliações 
clínicas, a serem especificados de acordo com os riscos aos quais os 
trabalhadores estiverem expostos.
Desta forma, o foco principal da análise de riscos nos lo-
cais de trabalho é a prevenção, ou seja, os riscos devem ser elimi-
nados sempre que possível e o controle dos riscos existentes deve 
seguir os padrões de qualidade mais elevados em termos técnicos 
e gerenciais. Saber reconhecer os riscos do ambiente de trabalho é 
de extrema importância para o processo que servirá de base para 
a tomada de decisões quanto às ações de prevenção, controle ou 
eliminação dos riscos. Reconhecer os riscos significa identificar os 
fatores ou situações com potencial de danos à saúde dos trabalha-
dores ou, em outras palavras, se existe a possibilidade de danos à 
saúde dos mesmos (SILVA; SILVA, 2012). 
CAPÍTULO 5 
SOBRE NORMAS 
REGULAMENTADORAS
A Constituição da República Federativa do Brasil (CF) 
assegura, desde sua edição de 1967, a todos os trabalhadores urba-
nos e rurais o direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança. A Constituição fala 
em trabalhadores e não empregados. Logo, todos os trabalhadores 
têm esse direito, independentemente da natureza jurídica da rela-
ção de trabalho, posto que, sendo um direito fundamental e social 
do trabalhador, a norma é de aplicabilidade imediata, (§2º, do Art. 
5º da CF). As normas a que se refere a CF estão contidas na Lei 
nº 6.514, de 22.12.77, que deu nova redação aos Arts. nos 154 e 
seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), constan-
tes do Capítulo V – Da Medicina e da Segurança no Trabalho, do 
Título II, da CLT (ZIBETTI et al., 2006).
Ainda segundo os autores, os trabalhadores rurais, sem 
vínculo de emprego, também fazem direito ao meio ambiente de 
trabalho seguro e sadio, por força dos Arts. 1º, 13 e 17, da Lei 
nº 5.889/73 (BRASIL, 1973). A responsabilidade pela sua obser-
vância recai sobre o empregador rural ou sobre o dono das terras 
cultivadas, em caso de arrendamento ou parceria rural, na medida 
em que, conforme previsto no Art. 21 da Convenção nº 155/1981 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), relativa à segu-
rança, à saúde dos trabalhadores e ao ambiente de trabalho; e no 
Art. 12 da Convenção nº 161/1985 da OIT (relativa a serviços de 
saúde no trabalho), as medidas de segurança e higiene e de acom-
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
panhamento da saúde do trabalhador não devem implicar em ne-
nhum ônus financeiro para os trabalhadores (FRANCO FILHO; 
MAZZUOLI, 2016).
Não obstante, o despreparo e desfalque quanto à segu-
rança no trabalho foi suficiente para que na década de 1970 o país 
atingisse um dos maiores índices de acidente no trabalho do mun-
do. A situação preocupante contribuiu para que os direitos traba-
lhistas passassem por avanços importantes no que tange a ampa-
ros legais. Dentre a legislação brasileira, destacam-se as Normas 
Regulamentadoras (NRs), previstas na Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT), sendo fundamentais para a normatização da 
segurança e medicina notrabalho, possuindo caráter obrigatório 
por empresas e empregadores (SOUTO, 2009).
No Brasil, a legislação trabalhista exige dos empregadores 
ou equiparados que seus trabalhadores usem determinados dispo-
sitivos para proteção contra possíveis acidentes quando executando 
suas atividades e alguns requisitos ergonômicos são especificados 
pela Norma Regulamentadora (NR) 17 para os postos de trabalho. 
A NR-17 – Ergonomia, do Ministério do Trabalho e Emprego, 
estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de 
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desem-
penho eficiente (BRASIL, 1990).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego - 
MTE (MTE, 2015) as Normas Regulamentadoras - NR’s, criadas 
pela lei n° 6.514 de 1977 e aprovadas pela Portaria n° 3.214 de 08 
de junho de 1978, são relativas à segurança e a saúde do trabalho, 
de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pe-
los órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como 
pelos órgão dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam em-
pregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, 
aprovada pelo Decreto de Lei n° 5.452 de 1943 (BRASIL, 1978).
63 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
As NR’s aprovadas de 1978, a partir do Capítulo V, 
Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, 
eram compostas inicialmente por 28 (vinte e oito) normas, que 
com o passar da evolução industrial, necessitou de atualização e 
especificidade, sendo ampliadas e chegando no ano de 2019 com 
36 Normas Regulamentadoras em vigor. Vale ressaltar que as NR’s 
são numeradas de 01 a 37, sendo que a NR 27 foi revogada. 
A partir da CLT também foram criadas as Normas 
Regulamentadoras Rurais - NRR’s -, através da Portaria n° 3.067 
de 1988, compostas por 05 normas relativas à segurança e higiene 
do trabalho rural. Estas normas foram revogadas pela Portaria do 
Ministério do Trabalho e Emprego n° 191 de 2008, em considera-
ção da vigência da Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde 
no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aquicultura (NR 31), aprovada pela Portaria GM n° 
86 de 2005 (BRASIL, 2005). 
Segundo Almeida (2009), as NR’s não se apresentam 
em forma sequencial, ou dividida em grupos temáticos, elas sim-
plesmente atendem a distribuição proposta pela legislação que 
a fundamentou, podendo apenas ser dividida em cinco grandes 
grupos: Normas Institucionais, Normas de Programas Gerais, 
Normas de Programas Específicos, Normas de Agentes de Riscos 
e Normas Setoriais. 
Na Tabela 1 são apresentadas as NR’s agrupadas cada 
qual em seus grupos temáticos, diretrizes e orientações, segundo 
Almeida (2009), atualizadas para o novo contexto de 2017, onde 
incluem-se as Normas regulamentadoras 34 e 36 que são conside-
radas NR’s de caráter Setoriais, enquanto a NR 35 é considerada 
Agente de Risco.
Para a Organização Internacional do Trabalho – OIT, em 
sua cartilha intitulada “Cartilha sobre o Trabalho Florestal”, as ati-
64 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
vidades florestais possuem características próprias, distintas de ou-
tros setores produtivos com relação ao ambiente de trabalho e suas 
condições e, em decorrência deste fato, lista as NR’s categorizadas 
(OIT, 2005) com aplicação direta sobre esse setor produtivo, como 
demonstrado na Tabela 2.
As NR’s são instrumentos legais que estabelecem precei-
tos mínimos de segurança nos mais diversos setores produtivos e 
de serviços. Segundo Almeida (2016), as NR’s tem como objetivo 
principal a padronização de serviços, a regulamentação de profis-
sionais voltados a segurança, treinamento para funcionários em 
atividade de risco, determinação de benefícios para determinadas 
profissões e condições de trabalho, mas também tem o papel de 
conscientização de todos os envolvidos nas atividades profissionais. 
65 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
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CAPÍTULO 6 
NORMAS 
REGULAMENTADORAS 
APLICADAS AO SETOR DE 
PRODUÇÃO FLORESTAL
Segundo a Organização Internacional do Trabalho – 
OIT – , o setor rural é uma das atividades de maior índice de aci-
dentes no mundo, ao lado da construção civil e mineração (OIT, 
2005). Desde 1921, a OIT adota diversas convenções referentes 
a aspectos das atividades agrícolas, inclusive a segurança e saúde 
no desenvolvimento do trabalho, sendo o Brasil signatário de tais 
convenções. O desenvolvimento e a aprovação das NRs foram um 
importante passo no sentido de adequação da legislação brasileira 
as convenções da OIT.
Nesse sentido, as Normas Regulamentadoras – NRs, do 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – estabelecem inú-
meras orientações obrigatórias, na área da segurança, medicina 
e meio ambiente do trabalho, para empresas públicas e privadas, 
órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes 
Legislativo e Judiciário, para todos os trabalhadores regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (BRASIL, 1978). 
As NRs são de observância obrigatória dos empregado-
res e alertam as empresas quanto aos cuidados e à diligência que 
se deve ter com seus funcionários, e não as desobrigam do cum-
primento das demais regras e disposições vigentes na legislação, 
abrangendo as convenções e os acordos coletivos de trabalho. 
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STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
O não cumprimento das disposições legais e regulamen-
tares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empre-
gador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinen-
te, as quais contemplam desde a aplicação de multas até o embargo 
ou interdição do estabelecimento. Por outro lado, na parte mais 
fraca da relação, os trabalhadores florestais ficam expostos a riscos 
de acidentes e desenvolvimento de doenças ocupacionais, capazes 
de levar a incapacidadetemporária ou permanente.
NR 01 – Disposições Gerais
A NR 01 trata especificamente da aplicação das Normas 
Regulamentadoras (NR’s), relativas à segurança e medicina do tra-
balho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e 
públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indi-
reta, bem como pelos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, 
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho – CLT. 
Segundo Farias (2015), o item 1.7 da NR 1, é um dos 
itens mais importantes, no ponto de vista jurídico e prevencionista, 
considerando que seu contexto é claro na imposição da obrigação 
do empregador na elaboração do documento denominado Ordem 
de Serviço, direcionado aos empregados contendo todas as infor-
mações dos riscos ambientais existentes nos locais de trabalho. 
Outro item de suma importância, o item 1.8, refere-se 
as obrigações dos empregados no cumprimento das disposições 
legais, no cumprimento das ordens de serviços emitidas pelo em-
pregador e principalmente no uso dos Equipamentos de Proteção 
Individuais determinados pelo empregador podendo este no caso 
de recusa do uso dos EPIs e descumprimento das normas de se-
73 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
gurança impostas, estará incorrendo em falta grave e podendo, por 
isso, ser demitido por justa causa (FARIAS, 2015). 
NR 04 – Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) 
A NR 04 tem como objetivo normatizar as empresas 
privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e 
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam em-
pregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT 
–, a necessidade de manutenção, obrigatoriamente, do Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a inte-
gridade do trabalhador no local de trabalho.
O Quadro I da NR 04, relaciona a Classificação Nacional 
de Atividade Econômica – CNAE (CONCLA, 2017), que se 
apresenta na sua versão 2.2, em associação com correspondente 
Grau de Risco – GR, para fins de dimensionamento do SESMT. 
O CNAE referente a atividades de Produção Florestal, em espe-
cial florestas plantadas possui grau de risco 3.
No Quadro II da NR 04 fica estabelecido como deverá ser 
feito o dimensionamento do SESMT, que leva em consideração ao 
número de empregados e o graus de risco da atividade econômica, 
ficando estas obrigadas a preencher os cargos com os seguintes 
profissionais: Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, 
Enfermeiro do Trabalho e Médico do Trabalho (BRASIL, 1978).
A exemplo de aplicação da NR 04, nos registros do MTE, 
o Grupo Madeiras S.A., empresa florestal da região do Sul do país, 
74 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
representada pela Reflorestadora Araucária (nomes fictícios), pos-
sui 11 mil hectares de florestas plantadas, cerca de 1.100 emprega-
dos diretos, possui corpo de SESMT formado por 04 Técnicos de 
Segurança do Trabalho, 01 Engenheiro de Segurança do Trabalho, 
01 Auxiliar de Enfermagem do Trabalho e 01 Médico do Trabalho, 
evidenciando o atendimento da legislação trabalhista na composi-
ção do SESMT. 
Além do dimensionamento do SESMT, a NR 04 pos-
sui quadros em seu corpo de texto que pressupõem que o grupo 
do SESMT atente a instruções adicionais, tais como: Quadro III 
- Acidentes com Vítima (NBR 14280), Quadro IV – Doenças 
Ocupacionais, Quadro V – Insalubridade e Quadro VI – Acidentes 
sem Vítima (ABNT, 2001; BRASIL, 1978). 
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA) 
A NR 05 tem como objetivo a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível per-
manentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção 
da saúde do trabalhador. Embora tenha sido publicada original-
mente em 1978, através da Portaria MTb nº 3.214, sua redação 
atual se dá pela Portaria SSST nº 08, de 23 de fevereiro de 1999. 
Sua missão é preservar a saúde e integridade física dos trabalhado-
res. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de 
diálogo e conscientização entre os integrantes da empresa, ela deve 
ser a ponte que liga direção e empregados. De forma criativa e par-
ticipativa deve opinar na forma como os trabalhos são realizados, 
objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando à 
75 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
humanização do trabalho e consequente melhoria nas condições 
de trabalho.
De acordo com esta NR, a formação da CIPA é obrigató-
ria para empresas com mais de 50 funcionários (Quadro I da NR 
5). Quando a empresa não se enquadrar nas condições previstas no 
Quadro I da NR 5, ela deve designar um funcionário como res-
ponsável pelo cumprimento dos objetivos daquela NR e para esse 
responsável deverá promover treinamento anual.
Os Quadros I e II da NR 05 não fazem menção sobre 
o dimensionamento da CIPA para o CNAE 02.10-1 (Produção 
Florestal – Florestas Plantadas), cabendo a observância no inciso 
5.6.4: “quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a 
empresa designará um responsável pelo cumprimento dos objeti-
vos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação 
dos empregados, através de negociação coletiva”.
Entretanto, a NR 31 estabelece a Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR –, com seus 
objetivos, dimensionamento, atribuições e responsabilidades, sen-
do que este tema será abordado oportunamente.
Para Canto et al. (2007) e Assunção; Câmara (2011) a 
colheita semimecanizada é realizada sem o uso de máquinas e 
equipamentos adequados, sobretudo em propriedades rurais onde 
a atividade é terceirizada ou realizada por conta do produtor flo-
restal fomentado, o qual é inexperiente na atividade. Isso mostra 
uma forma de se negligenciar a aplicação da NR 05, devido a in-
formalidade dos contratos de serviço e pelo tempo de colheita ser 
temporário, o que contribui para a geração de acidentes de trabalho 
em suas mais variadas formas. Esses acidentes ocorrem, em parte, 
devido a não realização de treinamento do funcionário em relação 
ao uso dos equipamentos e aos procedimentos que devem ser fei-
tos na realização da atividade, negligenciando a NR 5, que dispõe 
76 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
sobre prevenção de acidentes através de treinamento e conscienti-
zação (FREITAS, 2016). 
A CIPA deve participar das ações dos programas ocupa-
cionais, como consta no item 7.4.6.2 da NR 07: “o relatório anual 
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional deverá 
ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empre-
sa, de acordo com a NR 05, sendo sua cópia anexada ao livro de 
atas daquela Comissão”. Assim como na NR 09 o item 9.2.2.1: o 
documento base do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e 
discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com 
a NR 05, sendo sua cópia anexada ao livro de atas dessa Comissão”. 
NR 06 – Equipamento de Proteção Individual 
(EPI)
A NR-06 obriga as empresas e os empregadores a fornecer 
aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco, em per-
feito estado de conservação e funcionamento, além de estabelecer 
responsabilidades aos trabalhadores quanto a seu uso e conservação. 
Os EPI’s devem ser adequados tecnicamente ao risco a 
que o trabalhador está exposto e o equipamento usado em uma 
atividade/operação, níveis de exposição a certo agente de ris-
co e a atividade exercida, levando em conta a eficiência para o 
controle da exposição ao risco e o conforto do trabalhador na 
correta utilização dos EPI’s e orientados sobre suas limitações 
(MANFREDINI et al., 2011).
Segundo Paiva et al. (2015), no que se refere à utilização 
de EPI por parte dos trabalhadores florestais, há grande dificulda-77 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
de de conscientização e cumprimento de exigências operacionais, 
além de existir, ainda, um descrédito quanto aos perigos associados 
às atividades florestais, conforme orienta a NR 31.
Ao avaliar o fornecimento e utilização de EPI’s por traba-
lhadores florestais em propriedades rurais, SCHETTINO (2016) 
identificou que os principais desvios encontrados, por parte dos 
empregadores ou equiparados, foram referentes ao não forneci-
mento de EPIs adequados as peculiaridades das atividades desen-
volvidas (45,2% dos casos); a não exigência do uso (51,6% dos 
casos); o não fornecimento ao trabalhador de EPI aprovado pelo 
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho (58,1% dos casos); a falta de treinamento e orientação aos 
trabalhadores sobre o correto uso, guarda e conservação (83,9% 
dos casos); e a falta de registro do fornecimento, quando este ocor-
reu (71,0% dos casos). 
No mesmo estudo, por parte dos trabalhadores florestais, 
a grande desconformidade foi, nos casos em que o EPI foi forne-
cido, a sua incorreta ou não utilização, fato verificado em 83,9% 
dos casos. De acordo com Carrion; Carrion (2015), vale ressal-
tar o enunciado da alínea “b” do parágrafo único do Art. 158 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): “Parágrafo único – 
Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: […] b) 
ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela 
empresa”.
Desta forma, quando o empregador ou equiparado notar 
que seu trabalhador não usa o EPI fornecido, poderá dispensá-lo 
por justa causa, ficando a seu cargo, antes disso, advertir ou suspen-
der o trabalhador que não usar o EPI.
Os EPIs se tornaram o maior aliado dos profissionais que 
estão expostos constantemente a situações de riscos no ambiente de 
trabalho, caso dos trabalhadores florestais. De maneira geral, a uti-
78 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
lização dos equipamentos de proteção individual gera uma série de 
benefícios ao trabalhador e aos empregadores. Por um lado, os em-
pregadores ou equiparados se beneficiam na diminuição dos riscos 
de acidente de trabalho e afastamentos que demandam, na maioria 
das vezes, um custo bem maior que o de um EPI. A ausência do 
trabalhador traz outros prejuízos, como a substituição do emprega-
do afastado, quebras na produção e geração de passivos trabalhistas.
Paiva et al. (2015), ao avaliarem a ocorrência de ganhos 
sociais decorrentes da certificação florestal em empresas florestais, 
concluíram que no que se refere à utilização de EPI por parte dos 
trabalhadores florestais, há grande dificuldade de conscientização 
e cumprimento de exigências operacionais, além de existir, ainda, 
um descrédito quanto aos perigos associados às atividades flores-
tais. Os autores afirmam, ainda, que este fato é recorrente no setor 
florestal brasileiro. 
Por outro lado, ao avaliarem a ocorrência de acidentes de 
trabalho e doenças ocupacionais em trabalhadores rurais, Alves; 
Guimarães (2012) relataram que, dentre outros motivos, em rela-
ção aos EPIs, mesmo sendo de utilização obrigatória, nem todos 
os trabalhadores o utilizavam e nem sempre eram oferecidos, ocor-
rendo, muitas vezes, a improvisação, contribuindo para o agravo 
das ocorrências. Corroborando tais resultados, Menegat; Fontana 
(2010) concluíram que os EPIs que protegem o trabalhador contra 
os riscos ocupacionais são usados parcialmente ou negligenciados 
pelos trabalhadores e, ou, empregadores, configurando a presença 
de risco de lesões por acidentes ou adoecimento
79 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
NR 07 – Programas de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO)
Esta NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e im-
plementação, por parte de todos os empregadores e instituições 
que admitam trabalhadores como empregados, do PCMSO, com 
o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos 
seus trabalhadores. 
Todas as empresas, independentemente do número de 
empregados ou do grau de risco de sua atividade, estão obrigadas 
a elaborar e implementar o PCMSO, que deve ser planejado e im-
plantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores. Entre suas 
diretrizes, uma das mais importantes é aquela que estabelece que o 
PCMSO deve considerar as questões incidentes tanto sobre o in-
divíduo como sobre a coletividade de trabalhadores, privilegiando 
o instrumental clínico-epidemiológico. A norma estabelece ainda, 
o prazo e a periodicidade para a realização das avaliações clínicas, 
assim como define os critérios para a execução e interpretação dos 
exames médicos complementares (os indicadores biológicos).
A partir do reconhecimento dos riscos, deve ser estabe-
lecido um conjunto de exames clínicos e complementares especí-
ficos para cada grupo de trabalhadores da empresa, utilizando-se 
de conhecimentos científicos atualizados e em conformidade com 
a boa prática médica. Assim, o nível de complexidade do PCMSO 
depende basicamente dos riscos existentes em cada empresa, das 
exigências físicas e psíquicas das atividades desenvolvidas e das 
características biopsicofisiológicas do conjunto dos trabalhadores 
(BRASIL, 1978).
Através da realização de exames médicos (determinados 
a partir do PPRA e de acordo com a exposição aos riscos ocupa-
80 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
cionais existentes no local de trabalho), tem caráter de prevenção, 
mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos a saúde dos traba-
lhadores, além da constatação dos casos de doenças profissionais 
ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. 
O PCMSO determina quem deverá ser submetido aos 
exames médicos, quais exames deverão ser realizados, sua periodici-
dade e a forma de interpretação dos resultados. Os exames prescritos 
pelo PCMSO são classificados como: exames médicos admissionais; 
exames médicos periódicos; exames de retorno ao trabalho; exames 
para mudança de função na empresa; e exames demissionais. 
Para Camisassa (2015), a própria NR 07 deixa claro que 
o PCMSO é parte de um programa mais amplo na área da saúde 
ocupacional que deve existir na empresa, e estar articulado com 
as demais NR’s, dentre elas a NR 09, que trata da elaboração do 
PPRA. No PPRA deve constar a identificação dos riscos químicos, 
físicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho. Além des-
ses riscos previamente identificados no PPRA, o PCMSO tam-
bém deve considerar outros fatores de adoecimento, como riscos 
ergonômicos e de acidentes, e também a análise das matérias-pri-
mas e dos produtos finais, informações administrativas e técnicas 
sobre o processo, bem como todas as evidências teóricas e práticas 
de possibilidade de agravos à saúde dos trabalhadores envolvidos.
Em um estudo para analisar o absenteísmo em trabalha-
dores rurais de uma empresa florestal no município de Curvelo-
MG, Simões (2010) constatou que o acompanhamento interno 
da saúde dos trabalhadores é feito por meio de assistência dire-
ta, realizada através de exames ocupacionais e eventuais e pela 
execução de ações de prevenção e promoção da saúde conforme 
planejamento anual do PCMSO. Ainda segundo a pesquisa, as 
informações constantes nos mesmos, como causa referida, tempo 
de afastamento, local de atendimento e data, alimentam o históri-
81 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
co do trabalhador em uma planilha de eletrônica e no prontuário, 
permitindo que as políticas e ações de saúde seja direcionadas efe-
tivamente para combater os maiores agentes causais. 
NR 09 – Programas de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA)
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e im-
plementação, por parte de todos os empregadores e instituições 
que admitam trabalhadores como empregados, do PPRA, visando 
à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através 
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente contro-
le da ocorrência de riscosambientais existentes ou que venham a 
existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção 
do meio ambiente e dos recursos naturais. 
Ao regulamentar o PPRA, os legisladores brasileiros bus-
caram, como objetivo maior, a preservação da saúde e da integri-
dade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, 
avaliação e controle dos riscos ambientais (principalmente físicos, 
químicos e biológicos) existentes ou que venham a existir no am-
biente de trabalho.
De acordo com item 9.3.1 desta NR, o PPRA deve pos-
suir as seguintes etapas:
• Antecipação e reconhecimento dos riscos;
• Estabelecimento de propriedades e metas da avalia-
ção e controle;
• Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
• Implantação de medidas de controle e avaliação de 
sua eficácia;
82 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Monitoramento da exposição aos riscos;
• Registro e divulgação dos dados.
Segundo Lancman et al. (2003), a possibilidade de prever 
um perigo e, ou, a probabilidade de sua concretização em perdas 
e danos (ações implícitas no conceito de risco), aliada à dimensão 
quantitativa do risco que pode ser objeto de ações, podem levar 
os profissionais da área de segurança e saúde do trabalhador a en-
contrar mecanismos para avaliar potenciais de perdas e danos nas 
diferentes atividades laborais, com objetivo de prevenir, controlar, 
minimizar e impedir sua concretização em acidentes de trabalho e 
doenças ocupacionais.
Em geral, as grandes empresas de base florestal brasileiras, 
detentoras de certificações ambientais e sociais, possuem PPRA’s 
bem elaborados e implementados, em conformidade com o dis-
posto nessa NR. Entretanto, em propriedades rurais esse quadro 
é bastante diferente, chegando a 74% de descumprimento, con-
forme constatado por Schettino (2016) em seu estudo. Trata-se 
de uma constatação extremamente preocupante e capaz de gerar 
graves prejuízos tanto aos trabalhadores quanto aos empregadores 
e equiparados. Estes podem sofrer sanções por parte do MTE, res-
ponder a procedimentos criminais e de indenização civil, período 
em que acumulam vultuosos passivos trabalhistas. Com relação aos 
trabalhadores, sua saúde e integridade física podem ficar desneces-
sariamente expostas, sujeitando-os a iminentes riscos de acidentes 
e desenvolvimento de doenças ocupacionais.
Para Rocha; Glina (2000), o PPRA é um avanço na con-
dução do gerenciamento preventivo dos riscos ambientais. A pre-
sença de produtos ou agentes no local de trabalho não significa 
obrigatoriamente que existe perigo para à saúde. Está sim, na de-
pendência da combinação de diversas condições como, a natureza 
83 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
do produto, sua concentração, o tempo e a intensidade de exposi-
ção (PATNAIK, 2002).
Ainda, a percepção do risco entre os trabalhadores é uma 
das mais relevantes formas de prevenção de acidentes, além de 
ser fonte de informação para planejamento de programas, ações 
e mudanças. Deve ser ressaltada a importância do conhecimento 
que os trabalhadores possuem do próprio ambiente laboral. Com a 
compreensão de que em conjunto serão estabelecidas as estratégias 
individuais e coletivas a fim de prevenir e minimizar as situações 
de risco a que estão submetidos (PERES, 2003). 
Mattos et al. (2003), observaram ser importante executar 
a análise da visão ambiental, com seus riscos inerentes às ativida-
des. Deve ser incentivada a realização de programas de educação e 
capacitação desses trabalhadores para que sejam agentes multipli-
cadores de técnicas e informações entre os demais. E, finalmente, 
a NR-09 também preconiza a divulgação dos resultados da análise 
de riscos a todos os trabalhadores para definir prioridades de ação. 
Por fim, Granemann (2010) destaca como vantagens da 
elaboração e implementação do PPRA conforme preconiza a NR-
09 os seguintes aspectos: prevenção de acidentes de trabalho; re-
dução de perdas de material e de pessoal; otimização dos custos; 
redução dos gastos com saúde; e aumento da qualidade, produtivi-
dade e competitividade; dentre outras.
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas 
e Equipamentos
Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem re-
ferências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção 
84 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e es-
tabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doen-
ças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e 
equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importa-
ção, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas 
as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto 
nas demais NR’s, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou 
omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.
A NR 12 e seus 12 anexos trazem informações comple-
mentares sobre a segurança no trabalho em máquinas e equipa-
mentos. Em atendimento aos quesitos de segurança no setor de 
Produção Florestal, são caracterizados como imprescindíveis na 
execução das tarefas a orientação contida, principalmente, nos se-
guintes anexos: 
• Anexo II – Conteúdo programático da capacitação;
• Anexo IV – Glossário;
• Anexo V – Motosserras; e
• Anexo XI – Máquinas e implementos para uso agrí-
cola e florestal
É extremamente importante ressaltar que as motosserras, 
por seus aspectos ambientais e de segurança do trabalho (ver capí-
tulo específico sobre operação segura de motosserras), mereceram 
um destaque especial dentro da NR 12. Trata-se da máquina res-
ponsável pelo maior número de acidentes no setor florestal e, por 
essa razão, para sua correta utilização, essa NR estabelece alguns 
dispositivos mínimos de segurança, que devem estar presentes em 
todas as motosserras, quais sejam:
• freio manual ou automático de corrente;
• pino pega-corrente;
• protetor da mão direita;
85 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• protetor da mão esquerda; e
• trava de segurança do acelerador.
Tais dispositivos visam proteger os trabalhadores das 
consequências causadas pelos acidentes mais comuns, tais como 
a quebra da corrente da motosserra ou o rebote, situação opera-
cional muito comum durante sua operação e que ocorre quando 
se usa a ponta do sabre e somente alguns dos dentes cortadores 
penetram na madeira, fazendo com que a corrente agarre-se fa-
cilmente a esta. O contato com a ponta da barra pode em alguns 
casos causar uma reação reversa muito rápida, impulsionando a 
barra para cima e para trás em direção ao operador. A retenção da 
corrente na parte superior da barra, pode empurrar rapidamente a 
barra contra o operador. Neste momento, a motosserra dá o golpe 
de rebote, que em alta velocidade (20 m/s) não pode ser evitado 
(HASELGRUBER; GRIEFFENHAGEN, 1989).
Especificamente, o Anexo XI da NR 12 trata sobre a se-
gurança em máquinas e implementos para uso agrícola e florestal, 
estabelecendo diretrizes para a operação e manutenção segura de 
tais máquinas. É importante ressaltar que esse anexo se aplica às 
fases de projeto, fabricação, importação, comercialização, exposi-
ção e cessão a qualquer título de máquinas estacionárias ou não, 
e implementos para uso agrícola e florestal, e ainda a máquinas e 
equipamentos de armazenagem e secagem e seus transportadores, 
tais como silos e secadores. Ainda, determina que as proteções, 
dispositivos e sistemas de segurança previstos neste Anexo devem 
integrar as máquinas desde a sua fabricação, não podendo ser con-
siderados itens opcionais para quaisquer fins. 
Além da segurança na utilização em máquinas e equipa-
mentos, outro fator importante a ser mencionado e que esta NR 
aborda é em relação ao treinamento dos profissionais. Os empre-
86 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
gadores devem estar atentos com relação a capacitação, pois os 
procedimentos de operação,manutenção, inspeção e demais in-
tervenções em máquinas e equipamentos devem ser realizados por 
trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados 
para este fim (CAMISASSA, 2015).
A capacitação deve ser providenciada pelo empregador 
e compatível com as respectivas funções, devendo abordar os 
riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e as medidas de 
proteção existentes e necessárias. Segundo a NR 12, são requi-
sitos da capacitação:
• Ocorra antes que o trabalhador assume a função;
• Ser realizado pelo empregador, sem ônus para o tra-
balhador;
• Ter carga horária mínima que garanta aos trabalhado-
res executarem suas atividades com segurança, sendo 
distribuída em no máximo oito horas diárias, durante 
o horário normal de trabalho;
• Ser ministrada por trabalhadores ou profissionais 
qualificados para esse fim, com supervisão de profis-
sional legalmente habilitado;
• Material de capacitação deve ser escrito ou audiovisu-
al fornecido aos participantes, em linguagem adequa-
da aos trabalhadores;
• Todo material produzido na capacitação como lista 
de presença, certificados, currículo dos ministrantes 
e avaliação dos capacitados devem estar arquivados 
para eventuais fiscalizações;
Ainda, a NR 12, em seu Anexo V, estabelece que os em-
pregadores devem promover, a todos os operadores de motosserra 
e similares, treinamento para utilização segura da máquina, com 
87 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
carga horária mínima de oito horas e conforme conteúdo progra-
mático relativo à utilização constante do manual de instruções.
Com relação as zonas de perigo das máquinas e equipa-
mentos devem possuir sistemas de segurança caracterizados por 
proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança inter-
ligados, que garantam a proteção à saúde à integridade física dos 
trabalhadores. O objetivo dos sistemas de segurança é impedir o 
acesso do operador à zona de perigo das máquinas. 
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
A NR 15 categoriza as atividades laborativas e conside-
ra como atividades ou operações insalubres as atividades que se 
desenvolvam acima dos limites de tolerância para os riscos am-
bientais previstos em seus anexos, sendo estas comprovadas por 
laudos de inspeção do local de trabalho, levando em consideração 
a natureza e tempo de exposição ao agente.
É importante destacar que a NR15 está intimamente li-
gada à NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, pois, 
enquanto esta define, entre outras informações, quais os agentes 
ambientais presentes no ambiente de trabalho, aquela estabelece, 
para cada agente apresentado, os critérios de caracterização de insa-
lubridade nas atividades que expõem os trabalhadores a tais agen-
tes e respectivos limites de tolerância, quando aplicáveis. Temos, 
portanto, que cada anexo da NR15 corresponde a um agente am-
biental identificado na NR 09 (CAMISASSA, 2015).
A execução de trabalho em condições insalubres, assegu-
ram ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o sa-
lário mínimo da região, equivalentes não acumuláveis da ordem de:
88 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• 40% para insalubridade de grau máximo;
• 20% para insalubridade de grau médio; e
• 10% para insalubridade de grau mínimo. 
Cita-se ainda no Item 15.3 da NR 15: “No caso de inci-
dência de mais de um fator de insalubridade, será apenas conside-
rado o graus mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo 
vedada a percepção cumulativa”.
Para efeito de aplicação desta NR sobre as atividades 
florestais, destacam-se as condições insalubres do Anexo n.º 1 – 
Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente; Anexo 
n.º 3 – Limites de tolerância para exposição ao calor; e Anexo n.º 
8 – Vibrações. 
Anexo nº 1 – Limites de tolerância para ruído 
contínuo ou intermitente 
Este Anexo preconiza que o nível de ruído equivalente 
para oito horas de exposição não supere 85 decibéis (dB), medindo 
os níveis de ruído com instrumento de nível de pressão sonora 
operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta 
lenta (SLOW), devendo as leituras serem feitas próximos ao ouvi-
do do trabalhador. Acima de 80 decibéis, já se tornam obrigatórias 
a adoção de ações para atenuar a exposição ao ruído.
O ruído é uma mistura complexa de diversas vibrações, 
sendo mensurado em uma escala logarítmica conhecida como de-
cibel, ou ainda, é um estímulo auditivo que não contém informa-
ções úteis para a tarefa que se está executando no momento (IIDA; 
GUIMARÃES, 2016).
89 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Os operadores de máquinas, quando expostos a níveis de 
ruído elevados, podem ter perda auditiva que, no início, é apenas 
temporária, podendo gerar a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído 
(PAIR), que é um dano permanente e irreparável, além de pertur-
bações do estado de alerta e sono (KROEMER; GRANDJEAN, 
2005). Além disso, segundo Santos et al. (2014), afirmam que ele-
vados níveis de ruído podem ocasionar a redução ou a perda de 
audição do trabalhador, reduzindo o conforto e o rendimento do 
conjunto homem-máquina.
Outros fatores extra-auditivos são destacados por Saliba 
(2014), provocados pela exposição contínua ao ruído como: irrita-
bilidade, ansiedade, nervosismo, vertigens, aumento da frequên-
cia e profundidade respiratória, aceleração do pulso, elevação da 
pressão arterial, contração dos vasos sanguíneos, insônia, redução 
da libido, aumento do tônus muscular, dificuldade de repouso do 
corpo, espasmos musculares e outros.
Estudos conduzidos por Massa et al. (2012) compro-
vam que além da perda auditiva, a exposição prolongada ao ruído 
pode causar alterações cardiovasculares, psicológicas e respirató-
rias, distúrbios do sono, disfunções no sistema imunológico, irri-
tabilidade e fadiga, além de diminuir o desempenho do trabalha-
dor nas suas funções, aumentando a possibilidade de ocorrerem 
acidentes de trabalho.
Diversos estudos têm demonstrado que a exposição ao 
ruído nas atividades florestais é um fator de grande relevância no 
planejamento e implementação de programas de saúde ocupacio-
nal. Sasaki et al. (2014), realizaram estudos de avaliação ergonô-
mica de pulverizadores costais utilizados no setor florestal, em que 
constataram que os pulverizadores pneumáticos e termonebuli-
zadores apresentaram níveis de ruído médio da ordem de 99,97 
dB(A) e 94,33 dB(A), respectivamente. Para esses níveis de ruído, 
90 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
somente é permitida a utilização (tempo de exposição) sem prote-
ção individual em intervalos de tempos que variam de 1 e 2 horas 
diárias, respectivamente para cada equipamento avaliado. 
Minette et al (2007) avaliando o posto de trabalho de ope-
radores de skidder e carregadores florestais, concluíram que estas 
máquinas geram bastante desconforto, devido aos níveis de ruído 
estarem acima do limite de ação recomendado por essa NR. Estudos 
realizados por Fiedler et al. (2012) encontraram para as atividades 
de roçada e desgalhamento semimecanizado, nível de ruído acima 
do permitido por essa NR, justificado pelo uso de máquinas movi-
das a motor de “dois tempos” que apresentam um acentuado nível 
de ruído quando o equipamento é submetido a aceleração, sendo 
necessário o uso de EPI como os abafadores de ruído, para evitar o 
detrimento à audição podendo chegar a surdez ocupacional.
Os prejuízos provocados pela Perda Auditiva Induzida 
pelo Ruído - PAIR podem ser agravados pela interação com ou-
tros agentes nocivos à saúde humana, como a vibração (provoca-
da por máquinas de uso florestal como motosserras) ou produtos 
químicos. Fato este registrado por Guida et al. (2010), quando foi 
constatado que, entre trabalhadores expostos apenas a ruído, o re-
gistro de PAIR foi de 42,5% e, entre trabalhadores expostos a ruí-
do e agroquímicos, a ocorrência de PAIR passou para 60%. 
Anexo n.º 3 – Limites de tolerância para 
exposiçãoao calor 
Esse anexo trata da sobrecarga térmica à qual os trabalha-
dores podem estar expostos em suas atividades laborais, estabele-
cendo os limites de tolerância para exposição ao calor. A sobrecar-
91 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
ga térmica corresponde à carga de calor e resulta da combinação 
dos seguintes fatores:
• Calor metabólico: resultante da atividade física, seja 
ela leve, moderada ou pesada. Esse valor é obtido por 
meio das tabelas constantes na própria NR15;
• Fatores ambientais: temperatura do ar, umidade, velo-
cidade do ar e calor radiante. A contribuição dos fato-
res ambientais à sobrecarga térmica é obtida a partir 
do cálculo de um índice chamado Índice de Bulbo 
Úmido Termômetro de Globo - IBUTG;
• Vestimentas exigidas para o trabalho.
Com relação ao IBUTG, esse índice considera a contri-
buição dos fatores ambientais à sobrecarga térmica e é obtido a 
partir de medições de temperatura realizadas por três tipos de ter-
mômetros: termômetro de bulbo úmido natural (tbn); termômetro 
de globo (tg); e termômetro de bulbo seco (termômetro de mercú-
rio comum, tbs). Todos os termômetros medem a temperatura do 
ar. A diferença entre eles é que sua leitura é afetada por diferentes 
parâmetros ambientais.
As medições de temperatura devem ser efetuadas no local 
onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais 
atingida, sendo que no momento da medição esses três termôme-
tros devem ficar em um mesmo plano horizontal.
A equação para o cálculo do IBUTG varia em função da 
presença ou não de carga solar no ambiente, da seguinte forma:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg (para ambientes internos ou 
externos sem carga solar)
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg (para ambientes ex-
ternos com carga solar)
92 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Em que:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural;
tg = temperatura de globo;
tbs = temperatura de bulbo seco.
Mediante os resultados obtidos pelas equações, o limite 
de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho inter-
mitente com períodos de descanso no próprio local de prestação 
de serviço (por hora), deverá ser definido como apresentado na 
Tabela 1, situação típica do trabalho florestal. A classificação da 
atividade como leve, moderada ou pesada é determinada pela taxa 
metabólica consumida por hora trabalhada (Kcal/h) de acordo 
com a Tabela 2.
Tabela 1 - Regime de trabalho intermitente com descanso no próprio local 
de trabalho em relação ao tipo de atividade, em função do IBUTG calculado
Regime de trabalho intermitente 
com descanso no próprio local de 
trabalho (por hora)
Tipo de atividade
Leve Moderada Pesada
Trabalho contínuo Até 30 Até 26,7 Até 25,0
45 minutos de trabalho
15 minutos de descanso 30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
30 minutos de trabalho
30 minutos de descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
15 minutos de trabalho
45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o trabalho, sem a 
adoção de medidas adequadas de 
controle
Acima de 
32,2
Acima de 
31,1
Acima de 
30,0
Fonte: Anexo nº 3 da NR 15 (BRASIL, 1978)
93 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Tabela 2 - Taxas de metabolismo por tipo de atividade
Tipo de atividade Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir) 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os 
braços. 150
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimenta-
ção. 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movi-
mentação. 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar 300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remo-
ção com pá). 440
Trabalho fatigante 550
Fonte: Anexo Nº 3 da NR 15 (BRASIL1978)
Quando os trabalhadores estão inseridos em ambientes 
com sobrecarga térmica, neste caso o calor, seu organismo tenta 
se adaptar ao meio em que se encontra, mantendo a temperatura 
interna. Para isso, utiliza funções termorreguladoras, que coman-
dam a redução ou o aumento das perdas de calor pelo organis-
mo por meio de alguns mecanismos de controle (GOSLING; 
ARAÚJO, 2008). Segundo Vilela et al. (2005), sob condições de 
calor excessivo, ocorre a sudorese (perda de líquidos pela pele), 
um dos mecanismos fundamentais para a regulação da tempera-
tura interna do corpo, que ocorre por meio da evaporação. Neste 
94 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
caso, com a evaporação do suor, o corpo perde calor para o meio 
ambiente. Caso a sudorese e a vasodilatação periférica não sejam 
suficientes para manter a temperatura interna do corpo em torno 
de 37ºC poderá haver consequências perigosas para o organismo, 
como a desidratação, câimbras de calor, desmaios e choque tér-
mico (SALIBA, 2000). Couto (1996) acrescenta que o trabalho 
em condições climáticas desfavoráveis produz extenuação física e 
nervosa, diminuição do rendimento e aumento nos erros e riscos 
de acidentes no trabalho.
A adequada temperatura do ambiente de trabalho é essen-
cial para garantir o bem-estar, a segurança e o conforto dos trabalha-
dores. O trabalho em temperaturas acima de 30 ºC aumenta o risco 
de danos à saúde do trabalhador, as pausas se tornam mais frequen-
tes e necessariamente maiores, o grau de concentração diminui e a 
frequência de erros e acidentes tende a aumentar significativamente. 
Nessas condições, deverá ser reduzido o tempo de permanência do 
trabalhador no local quente, o qual deverá ser alternado com um 
período de descanso e reidratação (COUTO, 2002).
De acordo com Seixas (1991), o trabalho realizado no 
setor florestal é considerado como uma das mais difíceis ocupa-
ções, sendo que, exceto os trabalhos em viveiros de produção de 
mudas, a maior parte das atividades florestais podem ser classi-
ficadas como moderadamente pesadas a pesadas. Destarte esse 
cenário, os conceitos de ergonomia e saúde ocupacional têm sido 
usualmente ignorados, de acordo com resultados encontrados 
por Fiedler et al. (2011). 
Apud et al. (1999) afirmam que sobrecargas físicas du-
rante a jornada de trabalho são capazes de produzir enfermidades 
no organismo dos trabalhadores, levando a perdas de rendimento, 
afastamentos e até mesmo a invalidez permanente.
A elevada carga física de trabalho a que são submetidos os 
trabalhadores florestais quando desempenhando suas atividades, 
95 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
permite afirmar que as atividades florestais sujeitam os trabalhado-
res a situações de penosidade. Face a isso, torna-se necessário a re-
organização do trabalho e a determinação de pausas para descanso 
para todas as atividades. Essas pausas devem ser adequadamente 
distribuídas durante a jornada de trabalho, pois elas representam 
um auxílio ao mecanismo fisiológico de compensação e recupera-
ção do trabalhador, evitando a fadiga (MINETTE, 1996).
O fato de não serem estabelecidas pausas para descanso 
obriga aos trabalhadores um aumento do esforço para desempenhar 
suas tarefas, levando o indivíduo a tomar outras posturas que po-
dem desencadear as lesões musculoesqueléticas ou até mesmo aos 
acidentes de trabalho. De acordo com Luce (2013), o trabalho a 
ritmos/intensidade mais elevados leva ao esgotamento prematuro da 
corporeidade viva do trabalhador e que a exigência de mais-trabalho 
ao trabalhador, mediante procedimentos extensivos ou intensivos, ao 
provocar fadiga e esgotamento têm nos acidentes de trabalho e nas 
doenças ocupacionais um de seus indicadores mais representativos.
Anexo n.º 8 – Vibrações
O objetivo do Anexo n.º 8 da NR 15 é o de estabele-
cer critérios para caracterização da condição de trabalho insa-
lubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e Braços 
- VMB e Vibraçõesde Corpo Inteiro - VCI, sendo a forma de 
avaliação quantitativa destes valores estabelecida pelas Normas 
de Higiene Ocupacional - NHO da Fundação Jorge Duprat e 
Figueiredo – FUNDACENTRO (FUNDACENTRO, 2013a; 
FUNDACENTRO, 2013b). 
A OIT, em sua Convenção n.º 148, estabeleceu que: “o 
termo ‘vibração’ compreende toda vibração transmitida ao orga-
96 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
nismo humano por estruturas sólidas e que seja nociva à saúde ou 
contenha qualquer outro tipo de perigo” (OIT, 1977)
Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o 
limite de exposição ocupacional diária a VMB correspondente a 
um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) 
de 5 m/s2. Por sua vez, caracteriza-se a condição insalubre caso 
sejam superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional 
diária a VCI o valor da aceleração resultante de exposição norma-
lizada (aren) de 1,1 m/s2 ou o valor da dose de vibração resultante 
(VDVR) de 21,0 m/s1,75.
A vibração relacionada ao trabalho constitui-se em um im-
portante fator de risco à saúde e pode levar a sérias consequências ao 
organismo. Ela resulta de uma ou mais fontes emissoras de vibração 
mecânica que incidem no organismo (SEBASTIÃO et al., 2007) 
que, no caso das máquinas florestais, são decorrentes do funciona-
mento do motor, dos deslocamentos sobre pisos irregulares e da 
própria operação. Diferente dos outros agentes, onde o trabalhador 
é exposto aos riscos, quando o tema são as vibrações, caracteristica-
mente deve haver o contato entre o trabalhador e o equipamento/
máquina que transmita a vibração. No entanto, mesmo as exposições 
intermitentes podem trazer danos (SALIBA, 2016).
As vibrações mecânicas originadas tanto no funciona-
mento da máquina quanto pela rugosidade da superfície de deslo-
camento se tornam problemáticas quando a frequência de partes 
do corpo humano (por exemplo, o tronco vibra a uma frequência 
de 4 a 8 Hz), acaba se aproximando a da máquina (1-7 Hz), o 
que pode elevar as chances de problemas de saúde no operador 
(ZEHSAZ et al., 2011).
As consequências da exposição repetida e prolongada a 
vibrações de corpo inteiro incluem alterações degenerativas da co-
luna vertebral que podem causar dores lombares, hérnias e distúr-
bios degenerativos nos discos lombares, além de outros distúrbios 
musculoesqueléticos (SHERWIN et al., 2004).
97 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Os operadores de máquinas agrícolas e florestais são fre-
quentemente expostos a altos níveis de vibrações de corpo inteiro 
durante o desenvolvimento de suas atividades e, por isso, são acome-
tidos por distúrbios na coluna vertebral e vários outros tipos de do-
enças. A origem desses problemas dificilmente pode ser eliminada, 
devido à conhecida dinâmica da interação máquina-solo-operador. 
Projetistas de máquinas vem adotando muitas técnicas diferentes, 
a fim de minimizar as vibrações que, a partir do solo, surgem até o 
corpo humano. No entanto, as atividades em campo podem ter lugar 
em cenários muito diferentes: rugosidade e inclinação do solo, tipo e 
velocidade da máquina, presença de pneus ou de esteiras, manuten-
ção das máquinas, dispositivos para tarefas específicas (ex.: o cabeço-
te harvester, motosserras) etc. Além disso, a influência de tais fatores 
na saúde humana ainda não é bem compreendida e, portanto, não é 
fácil limitar a quantidade de vibrações agindo sobre as variáveis de 
projeto (SERVADIO; BELFIORE, 2013).
NR 17 – Ergonomia
Esta norma regulamentadora visa estabelecer parâmetros 
que permitam a adaptação das condições de trabalho às caracte-
rísticas psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcio-
nar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente 
(BRASIL, 1990). 
Segundo Camisassa (2015), para efeito da NR 17, a orga-
nização do trabalho deve levar em consideração, no mínimo alguns 
fatores como:
• Normas de produção - regras da empresa;
• Modo operatório - como as atividades que devem ser 
executadas;
98 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Exigência de tempo - metas de produção;
• Determinação do controle de tempo - relacionada às 
atividades que envolvem às subtarefas;
• Ritmo de trabalho - pode ser livre ou imposta; e
• Conteúdo das tarefas - relacionado ao modo de como 
o trabalhador percebe o seu trabalho.
Segundo a autora, estudos mostram que as características 
psicofisiológicas dizem respeito a todo conhecimento referente ao 
funcionamento do ser humano. As principais características psico-
fisiológicas do ser humano são: 
• Sinais de estresse quando tem sua performance ava-
liada por meio de metas de desempenho;
• Prefere impor seu próprio ritmo de trabalho, incomo-
da-se com tarefas com tempo de execução reduzido;
• Apresenta uma tendência a acelerar seu ritmo de tra-
balho quando motivado pecuniariamente ou por ou-
tros meios;
• Prefere escolher livremente sua postura no posto de 
trabalho;
O setor florestal brasileiro vem ao longo dos anos sendo 
um dos mais problemáticos nos aspectos de segurança do trabalho. 
As atividades em boa parte das vezes são pesadas, perigosas e de-
pendem de altos níveis de atenção e treinamento. Neste aspecto, a 
ergonomia, importante área da segurança do trabalho, como uma 
ciência multidisciplinar que visa a melhoria da saúde, do bem-es-
tar, do conforto, da saúde e da segurança do trabalhador, tem trazi-
do uma colaboração enorme aos sistemas de produção (FIEDLER 
et al., 2007).
A preocupação atual com a associação entre o ambiente 
laboral e as condições ambientais básicas reflete na qualidade de 
99 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
vida do trabalhador (MILARÉ, 2015). A ergonomia se destaca 
nas práticas de planejamento, monitoramento e controle da qua-
lidade de vida como uma ciência interdisciplinar que compreende 
a fisiologia e a psicologia do trabalho com o objetivo prático de 
adaptar o posto de trabalho, os instrumentos, as máquinas, os ho-
rários e o meio ambiente às exigências do ser humano, propiciando 
uma facilidade do trabalho e um maior rendimento e eficiência do 
esforço humano como consequência (GRANDJEAN, 1982).
Essa ciência apoia-se em dados sistemáticos, fazendo uso 
de métodos científicos para se chegar à adaptação do trabalho ao 
ser humano que o realiza, ou seja, visa sempre a melhoria das con-
dições de segurança, saúde, conforto, bem-estar e eficiência do ser 
humano (IIDA, 2005).
Os objetivos principais dos estudos em ergonomia são o 
conhecimento das capacidades e dos limites de produção dos tra-
balhadores, bem como a recíproca adaptação entre o ser humano 
e o seu local de trabalho, levando-o a um melhor preparo, treina-
mento e uma especialização, adequando-o a métodos, técnicas e 
sistemas de trabalho, bem como às condições do local (SILVA et 
al., 2009).
Apesar dos avanços nas últimas décadas, a contribuição 
da ergonomia para a melhoria das condições de trabalho do ser 
humano no setor florestal ainda tem sido modesta, pois as pes-
quisas ainda são muito voltadas para os aspectos de otimização 
do trabalho, redução de custos, produtividade e rendimentos de 
máquinas e equipamentos no trabalho. O conhecimento das limi-
tações do principal responsável pelo processo de produção ainda é 
pouco considerado para a obtenção da harmonia no sistema, pro-
porcionando um trabalho confortável, mantendo a saúde e o bem-
-estar e levando, consequentemente, ao aumento de rendimento, 
à diminuição dos riscos de acidentes e melhoria da qualidade do 
100 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
trabalho (ANDERSON, 2012). Ainda, segundo o autor, o estudo 
dos fatores humanos no trabalho consiste em um levantamento do 
trabalhador na empresa. O conhecimento desses fatores é de fun-
damental importância para que a área de trabalho, o seu arranjo, 
as máquinas, equipamentos e ferramentas sejam bem adaptados às 
capacidades psicofisiológicas, antropométricase biomecânicas do 
ser humano.
Ao contrário das grandes empresas de base florestal, as 
atividades de florestais em propriedades rurais são, em sua grande 
maioria, realizadas de forma manual ou semimecanizada, dadas 
as condições de topografia dos terrenos e de fatores econômicos, 
ambientais e sociais (REIS et al., 1996). Essas atividades apresen-
tam uma série de problemas ergonômicos, que se não forem cor-
rigidos ou prevenidos poderão acarretar danos à saúde, bem como 
afetar a satisfação e o bem-estar dos trabalhadores. Os principais 
problemas são: elevada carga de trabalho físico, elevado ruído, alta 
vibração, alta exigência de forças, posturas forçadas, falta de pausas 
e repetitividade dos movimentos (SCHETTINO et al., 2014).
Macedo (2012) explica que a execução de tarefas monó-
tonas e repetitivas do trabalho moderno, associada à alta produ-
tividade, pode levar o trabalhador a sofrimentos psíquicos e so-
máticos. Esses e outros motivos fazem com que empresas incre-
mentem, aos planejamentos operacionais, medidas para mitigar 
causas de acidentes em suas atividades. Com isso, dois aspectos 
são elementares para a segurança e saúde no trabalho, sendo eles 
a ergonomia, definida como o estudo da interação entre trabalha-
dor, máquina e ferramentas, bem como seu bem-estar na execu-
ção da atividade (GRANDJEAN, 1982). O segundo corresponde 
à segurança e saúde ocupacional, que atribui, ao trabalho, práticas 
de prevenção e contenção a acidentes, bem-estar e salubridade 
(MACEDO, 2012).
101 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às ca-
racterísticas psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao emprega-
dor realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), devendo 
a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme 
estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 
Para Camisassa (2015) a AET é uma abordagem meto-
dológica proposta pela ergonomia, que realiza uma avaliação de-
talhada e minuciosa das tarefas, modos operatórios, comparação 
entre o trabalho real e o prescrito, variabilidade do contexto do 
trabalho, bem como dos instrumentos utilizados. Mediante cons-
tatação de risco ergonômico, deverão ser apresentadas propostas 
para melhoria da execução das tarefas.
A ergonomia é de suma importância para a realização 
das tarefas no setor de produção florestal, devendo seus gestores 
fazerem uso constante desta ferramenta, não só em atendimento 
à legislação pertinente, como também na minimização do absen-
teísmo, diminuição de gastos com recontratações e melhoria das 
condições de saúde dos colaboradores, o que reflete positivamente 
na satisfação com o labor e produtividade. 
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto
Como os trabalhos florestais são realizados, em sua gran-
de maioria, durante o dia e a céu aberto, a NR-21 estabelece cri-
térios mínimos para a proteção dos trabalhadores contra os efei-
tos indesejáveis da exposição a insolação e demais intempéries. É 
importante ressaltar que o termo “a céu aberto”, corresponde aos 
trabalhos efetuados em ambientes externos, sem coberturas para 
proteção do trabalhador, sob influência dos fatores climáticos na-
turais. Especificamente, a NR-21 estabelece que, nos trabalhos re-
102 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
alizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda 
que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intem-
péries. Ainda, preconiza que serão exigidas medidas especiais que 
protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o 
frio, a umidade e os ventos inconvenientes.
A exposição à radiação ultravioleta sem proteção adequa-
da é cancerígena à pele, está associada a diversas neoplasias cutâ-
neas, pode causar depressão imunológica, além de lesões oculares. 
Na pele os efeitos mais notados em pouco tempo são o eritema ou 
queimadura solar, o bronzeamento ou melanogênese e a indução à 
imunossupressão (FRANCO et al., 2016). A longo prazo podem 
ocorrer efeitos relacionados ao fotoenvelhecimento e à fotocarci-
nogênese (OKUNO; VILELA, 2005).
Menegat e Fontana (2010) afirmam que as radiações 
solares podem ser consideradas um importante agravante para a 
saúde dos trabalhadores rurais, sendo necessário usar cremes ou 
loções com filtro solar, chapéu de palha, roupas compridas e óculos 
escuros; evitar os horários de pico solar, entre as dez da manhã 
e as três da tarde. Afirmam ainda os autores, que o fato é que os 
trabalhadores exercem suas atividades durante o dia e têm uma 
carga horária longa, em função do grande volume de trabalho, o 
que facilita sua exposição e os danos, considerando-se que os mes-
mos não se protegem adequadamente dos riscos do sol e do calor 
excessivo. O baixo percentual de empregadores ou equiparados que 
fornecem EPIs aos trabalhadores florestais contribui sobremaneira 
para a elevação dos agravos a saúde destes quando expostos aos 
efeitos deletérios das radiações solares e das altas temperaturas.
Com relação a exposição ao frio, analisando pelo enfo-
que geográfico, pode-se caracterizar que o Brasil apenas raramente 
apresenta situações que exponham os trabalhadores a frio intenso. 
Para Brevigliero et al. (2008), a exposição ocupacional ao frio in-
103 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
tenso não chega a constituir problema sério no Brasil. Isto porque 
as condições meteorológicas naturais definem apenas algumas re-
giões do Sul como sujeitas a baixas temperaturas. Ainda assim, tais 
condições se evidenciam de forma sazonal, quase que ocasional-
mente em alguns dias do inverno, concentradas em alguns locais 
com maiores altitudes e latitudes, o que não é o caso das regiões 
objeto deste estudo.
NR 23 – Proteção contra Incêndios
Esta norma preconiza que todos os empregadores devem 
adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com 
a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. É importante 
que essa norma não se refere às técnicas de prevenção e combate 
a incêndios (de competência do Corpo de Bombeiros Militar de 
cada Estado); mas única e exclusivamente a proteção dos trabalha-
dores em caso de incêndios ocorridos nos locais de trabalho.
A norma não é detalhada sobre quais informações devem 
ser fornecidas aos trabalhadores, porém dispõe que, como quesito 
mínimo, o empregador deverá informar sobre: 
• Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
• Procedimentos de evacuação dos locais de trabalho 
com segurança; e
• Dispositivos de alarme existentes.
No caso das atividades florestais, os dois tipos de incên-
dios mais comuns são os incêndios florestais (na vegetação arbórea) 
e em máquinas e equipamentos. Em ambos os casos, o desejável é a 
implementação de brigadas de incêndios. De acordo com a norma 
ABNT NBR 14276:2006, uma brigada de incêndio é um grupo 
104 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
organizado de pessoas, preferencialmente voluntárias ou indicadas, 
treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao 
princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, den-
tro de uma área pré-estabelecida na planta (ABNT, 2006).
O Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade – ICMBio – estabelece que a segurança da briga-
da é ponto central para o sucesso das operações de combate aos 
incêndios florestais. O primeiro princípio básico é a obediência à 
estrutura hierárquica estabelecida que deverá ser conhecida e res-
peitada por todos. O segundo é a certeza da compreensão e o cum-
primento das estratégias e táticas de combate definidas. Obedecer 
a estes dois princípios básicos é o primeiro passo para garantir a 
segurança nas operações de combate (ICMBio, 2010). Além disso, 
durante o período de contratação, o brigadista deverá participar de 
treinamentos periódicos, zelar pelo uso e boas condições das ferra-
mentas, equipamento e do Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI) e pela manutenção do preparo físico. O acúmulode experi-
ências locais nos combates pode, e deve, traduzir-se na criação de 
normas de segurança específicas. Porém, existem algumas normas 
que se aplicam independentemente do local. Dez normas de segu-
rança gerais:
1. Manter-se informado sobre as condições de clima e 
de previsões meteorológicas.
2. Manter-se sempre informado do comportamento do 
incêndio, observar pessoalmente ou empregar um as-
sistente capacitado.
3. Basear qualquer ação contra o incêndio segundo o 
comportamento atual dele.
4. Manter rotas de escape para todo o pessoal e fazê-lo 
conhecê-las.
105 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
5. Manter um posto de observação quando houver a 
possibilidade de perigo.
6. Manter-se alerta e calmo, pensar claramente e atuar 
com decisão e energia.
7. Manter comunicação com o pessoal, chefes e forças 
de apoio.
8. Dar instruções claras e estar certo de que essas foram 
entendidas.
9. Manter controle do pessoal todo o tempo, por exem-
plo, comando de enumerar os membros da brigada.
10. Combater o fogo com agressividade, porém, manter a 
calma acima de tudo, por exemplo, a manutenção da 
distância de segurança nos deslocamentos e na aber-
tura de linha
NR 26 – Sinalização de Segurança
Esta norma trata especificamente sobre a sinalização de 
segurança dos ambientes de trabalho, com o objetivo principal de 
indicar e advertir acerca dos riscos existentes, e tendo como obje-
tivos secundários: identificar os equipamentos de segurança, de-
limitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução 
de líquidos e gases e advertir contra riscos, devendo atender ao 
disposto nas normas técnicas oficiais.
O item da 26.2.4 desta norma determina que os trabalha-
dores devem receber o treinamento: 
• para compreender a rotulagem preventiva e a ficha 
com dados de segurança do produto químico; e
• sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o 
uso seguro e procedimentos para atuação em situa-
ções de emergência com o produto químico.
106 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Segundo Harstela (1987), somente os dispositivos de se-
gurança da máquina e o uso de equipamentos de proteção indivi-
dual não são suficientes para garantir a segurança do trabalhador 
do setor florestal, sendo também considerados itens essenciais à 
segurança no trabalho florestal o treinamento e a formação dos 
operadores, observância a distância segura entre um operador o 
outro, disponibilidade de material de primeiro socorros, uso de 
meios de comunicação eficientes na floresta e, principalmente, a 
sinalização nos limites e proximidades do talhão de corte. 
Ainda, há que se considerar que a sinalização de seguran-
ça é um dos itens que deve ser atendidos no checklist das Análises 
Preliminares de Riscos – APR´s. Em estudos sobre APR das prin-
cipais atividades de extração florestal com cabos aéreos no municí-
pio de Tunas do Paraná, constatou que a sinalização de segurança 
é fundamental e presente na manutenção do ambiente de trabalho 
seguro, possibilitando aos trabalhadores agirem de forma proativa 
nas questões de segurança. 
NR 28 – Fiscalização e Penalidades
Esta norma trata especificamente sobre os procedimen-
tos de fiscalização no cumprimento das disposições legais e regu-
lamentares sobre a segurança e saúde do trabalhador, podendo o 
agente de inspeção do trabalho fazer uso de meios audiovisuais, 
necessários à comprovação da infração, devendo este lavrar auto 
de infração à vista de descumprimento das leis, normas e acordos 
coletivos de trabalho. 
As multas previstas na NR 28, quando são infringidos itens 
da Portaria n° 3.214 (BRASIL, 1978) e tendo percorrido toda tra-
jetória institucional, à ser convertida em valores financeiros, variam 
107 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
de R$ 402,22 a R$ 6.708,08 por item descumprido, de acordo com 
a gravidade da situação encontrada, a existência de reincidência e o 
porte da empresa associado ao número de empregados. 
Observa-se também que esta norma permite a conces-
são de prazos para a regularização de algumas exigência de Saúde 
e Segurança do Trabalho – SST–, dentro de critérios definidos, 
bem como estabelece os procedimentos necessários para embargo 
e interdição. Esta norma trata brevemente sobre casos de embar-
go e interdição, sobre situações de risco grave e iminente à saúde 
ou integridade física do trabalhador, com base em critérios técni-
cos, à interdição do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou 
equipamento, ou embargo parcial ou total da frente de trabalho 
(ARAÚJO, 2010). 
Marangon (2014), analisando resultados de auditorias de 
certificação de florestas plantadas no Brasil, concluiu que ocorreu 
uma maciça migração do número de não conformidades ambien-
tais para o setor trabalhista, reflexo do número reduzido de fiscali-
zações e das terceirizações, sendo essa última ainda mal interpre-
tada pelas empresas do setor florestal, transferindo suas responsa-
bilidades a empresas terceirizadas. 
O resumo público de auditoria anual realizado pelo 
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola - 
IMAFLORA (IMAFLORA, 2017) – em uma empresa de base 
florestal no ano de 2016, mostrou inúmeras não conformidades 
passíveis de penalidades pelo descumprimento de requisitos míni-
mos contidos na NR 31 como: 
• Reutilização de EPI’s contaminados na aplicação de 
herbicidas;
• Objetos de uso pessoal acondicionados no mesmo lo-
cal de uso de herbicidas;
108 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Máquinas sem a devida manutenção preventiva; 
• Programa de redução de ruídos parcialmente execu-
tado pela empresa;
Observa-se em muitos trabalhos que algumas não con-
formidades podem ser facilmente corrigidas e são, em muitos ca-
sos, correções de baixo custo financeiro. Essa norma regulamenta 
aos Auditores Fiscais do Trabalho a notificarem tais não conformi-
dades, podendo as empresas corrigirem as não conformidades no 
prazo de 60 dias, como consta o item 28.1.4.1, podendo este prazo 
ser estendido em até 120 dias, condicionadas a prévia negociação 
entre o notificado (VIEGAS, 2016). 
Para Vieira (2013), grande parte das empresas de explora-
ção florestal, cumprem os requisitos mínimos exigidos pela NR 31, 
sendo que em seus estudos, foram levantados 125 itens dos quais 
apenas 11 itens não estavam em conformidade, o que representa 
menos de 10% dos itens. Segundo autor, o fato de maior relevân-
cia se deu com relação as adequações dos 11 itens não conformes, 
o que custaria, caso fossem implantados pela empresa, um valor 
aproximado, na época da avaliação de R$ 2.201,00, sendo que este 
valor poderia ter atingido proporções maiores caso fossem apli-
cados as penalidades previstas pela NR 28, um montante de R$ 
23.643,71 estimados em multas para os itens não conformes. 
NR 31 – Segurança e saúde no trabalho na 
agricultura, pecuária silvicultura, exploração 
florestal e aquicultura 
Esta NR estabelece as obrigações, competências e res-
ponsabilidades tanto do empregador quanto do empregado rural. 
109 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Faz também o detalhamento de todas as questões relacionadas à 
segurança e saúde nesta área. Instrui também na criação de sis-
temas e comissões responsáveis pelo planejamento, emprego e 
manutenção dos quesitos segurança e saúde do trabalhador rural 
(BRASIL, 2005). 
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores na 
Agricultura – CONTAG, a NR 31 é considerada um instrumento 
avançado se comparado com outras normas existentes, a qual tem 
grande importância para a fiscalização da segurança do trabalho 
no meio rural e principalmente a do setor florestal. Dessa forma, 
a NR 31 visa a melhoria das condições de segurança e saúde no 
meio ambiente a partir do planejamento compatibilizado com o 
desenvolvimento das atividades.
Deste ponto em diante, serão destacados os itens da NR 
31 que impactam diretamente o trabalho florestal.
Item 31.3 – Disposições gerais- obrigações e 
competências – das responsabilidades
As disposições gerais deste item permitem inferir que 
cabe ao empregador: garantir boas condições de trabalho, higiene 
e conforto; realizar avaliações dos riscos e, a partir disto, promover 
medidas de proteção e prevenção de riscos do ambiente de traba-
lho; assegurar que sejam fornecidas aos trabalhadores instruções 
compreensíveis, orientações e supervisões referentes à segurança e 
saúde; entre outros. Porém, observação da real condição dos tra-
balhadores florestais em campo conduz ao entendimento de que 
existe claro descaso com o trabalhador florestal, não considerando 
que a condição social local, de maneira ampla, limita ao trabalha-
110 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
dor pouca instrução educacional, e o acesso às informações, quan-
do permitido e, ou, existente, passa a ser falho.
As condições e o ambiente de trabalho na colheita flores-
tal têm aspectos particulares, pois os locais de trabalho são tempo-
rários e os trabalhadores atuam expostos a condições climáticas ad-
versas, que aumentam o risco de acidentes. De acordo com Canto 
et al. (2007), além da pouca experiência dos produtores rurais na 
área de silvicultura, deve-se considerar que em áreas florestais de 
pequena escala os riscos de acidentes tendem a ser altos devido a 
equipamentos inadequados e à falta de mecanismos de segurança, 
trabalhadores desqualificados e inexperientes e desconhecimento 
sobre os riscos inerentes à atividade. Ainda, os autores destacam 
que o emprego de pessoas despreparadas, além de ser um problema 
social dado ao risco de acidentes, compromete também os aspectos 
econômicos da atividade, pois os recursos humanos devidamente 
capacitados são fatores decisivos no aumento da produtividade. 
Minette et al. (2015), ao analisarem algumas atividades 
florestais, concluíram que o ambiente de trabalho proporcionava, 
por suas particularidades, elevados riscos de lesões musculoesque-
léticas e de acidentes, principalmente em função da necessidade 
de o trabalhador se deslocar e transportar cargas em terrenos com 
declividade acentuada, favorecendo o surgimento de dores mus-
culares causadas por posturas forçadas inadequadas ou ferimentos 
por quedas.
Item 31.5 - Gestão de segurança, saúde e meio 
ambiente de trabalho rural
Este item da norma preceitua que os empregadores rurais 
ou equiparados devem implementar ações de segurança e saúde 
111 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
que visem a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do tra-
balho na unidade de produção rural, atendendo a seguinte ordem 
de prioridade: a) eliminação de riscos através da substituição ou 
adequação dos processos produtivos, máquinas e equipamentos; b) 
adoção de medidas de proteção coletiva para controle dos riscos na 
fonte; c) adoção de medidas de proteção pessoal.
Com efeito, o empregado, ao colocar à disposição de ou-
trem a sua força de trabalho, tem como correspondência inúmeros 
direitos, além do pagamento de salários. E um deles, dos mais im-
portantes, é a prestação dos serviços em local salubre e com ade-
quadas condições ambientais, a fim de que possa manter suas ap-
tidões física e mental necessárias ao desempenho das funções para 
as quais foi contratado.
A adoção de medidas de avaliação e gestão dos riscos am-
bientais tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade 
física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, 
avaliação e consequente controle da ocorrência dos riscos ambien-
tais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recur-
sos naturais (BRASIL, 1978). 
Por sua vez, com relação a organização do trabalho, é ne-
cessário aos empregadores ou equiparados investir na ampliação 
da satisfação e motivação no ambiente de trabalho, na integração 
organizacional como fato, na tecnologia e nos recursos voltados 
às metas de produção, na produtividade e no comprometimento 
em substituição à lealdade (KANAN; ARRUDA, 2013). Afirmam 
ainda os autores ser indubitável que todos estes fatores favorecem a 
qualidade de produtos e serviços e apontam para a exigência de am-
bientes de trabalho mais agradáveis e seguros, ainda que, não raro, a 
razão que orienta os empregadores nesse sentido seja a expectativa 
de maior produtividade e, consequentemente, maior lucro. De fato, 
112 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Chiavenato (2013) afirma que as teorizações das diversas correntes 
administrativas acerca da organização do trabalho encontram-se 
ainda bastante centradas no aumento da produtividade e eficiência 
da organização, permanecendo o trabalhador em segundo plano, 
embora, nem sempre, essa condição seja explicitada.
Em outra vertente, partindo do pressuposto que a for-
mação em segurança é essencial para a aquisição de mais conhe-
cimento, e também para uma reflexão sobre atitudes e comporta-
mentos seguros e inseguros praticados no local de trabalho, pre-
parar os trabalhadores para saberem agir seja qual for a situação 
em que estejam envolvidos pode fazer toda a diferença em uma 
situação real de risco. Dessa forma, a falta de campanhas educa-
tivas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais pode ser 
um fator contributivo para aumento da frequência e gravidade dos 
acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais no setor florestal.
Ainda, a ausência ou a precariedade do PCMSO, que é 
parte integrante de uma série de iniciativas com caráter preventivo 
a serem implementadas pelos empregadores no âmbito da saúde 
dos trabalhadores, constitui-se em um sério agravo a saúde destes. 
De acordo com Stürmer (2016), é necessário que, na elaboração e 
na execução desse programa, o empregador ou equiparado enfatize 
questões incidentes sobre o indivíduo e sobre a coletividade de tra-
balhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico 
na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho, possibili-
tando assim a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce 
dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza 
subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças 
profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. 
Por fim, outro importante aspecto refere-se a comunica-
ção de acidentes por parte dos empregadores ou equiparados. No 
Brasil, acidentes de trabalho devem ser comunicados imediata-
113 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
mente após sua ocorrência, por meio da emissão da Comunicação 
de Acidente de Trabalho (CAT), que deve ser encaminhada ao 
acidentado, ao hospital, ao sindicato da categoria corresponden-
te, ao Sistema Único de Saúde (SUS), à Previdência Social e ao 
Ministério do Trabalho. Com a subnotificação dos acidentes de 
trabalho, como consequência da não emissão da CAT, tem-se a 
perda de direitos previdenciários dos trabalhadores (auxílios aci-
dente e doença e aposentadoria por invalidez), bem como um au-
mento de custos para os empregadores (inclusive com a possibili-
dade de geração de passivos trabalhistas).
A subnotificação é um importante agravante do conhe-
cimento da real prevalência dos acidentes de trabalho, fator que 
pode refletir a atitude de desconhecimento ou de menor atenção 
dos profissionais quanto à gravidade dos acidentes. De acordo com 
Marziale (2003), constitui-se uma grande barreira para se enten-
der os riscos e os fatores associados com a exposição ocupacional, 
pois é através do número de notificações que será possível se diag-
nosticar a gravidade do problema e planejar medidas específicas de 
prevenção em cada ambiente de trabalho.
O meio ambiente laboral há de ser assegurado, segundo 
Mancuso (1996), de três maneiras: a) em uma instância primá-
ria, pelo próprio trabalhador, quando ele mesmo obtém e maneja 
os instrumentos adequados à sua atividade, organiza seu local de 
trabalho, enfim, provê por conta própria os meios pelosquais pre-
tende levar a bom termo seu empreendimento; b) em um outro 
plano, a implementação do adequado meio ambiente de trabalho 
passa a depender de atividade alheia, seja o empregador ou equi-
parado que, auferindo a vantagem do negócio deve arcar com o 
ônus correspondente (os chamados custos sociais da mão de obra), 
seja o próprio o Sindicato, enquanto entidade encarregada da de-
fesa e representação institucional de uma certa categoria laboral, 
114 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
seja, enfim, o Estado-fiscalizador, através de seus órgãos voltados à 
segurança e higiene do trabalho; c) em uma instância substitutiva 
ou supletiva, o meio ambiente laboral haverá de ser assegurado, 
impositivamente, pela Justiça do Trabalho, quando, no exercício 
da jurisdição coletiva em sentido largo, ou ainda no âmbito de seu 
poder normativo, estabelece novas condições para o exercício do 
trabalho de certas categorias.
Vale destacar que as diversas legislações nacionais e in-
ternacionais, e demais normas que tutelam o trabalhador, também 
devem ser instrumentos de transformações e conscientizações no 
que tange à prevenção e segurança no sentido de evitar acidentes 
e doenças do trabalho e dar um salto positivo na qualidade de vida 
de toda a sociedade. Talvez por questões culturais, ainda persistem 
visões distorcidas e alguns ranços, em relação às normas e incon-
formidades que possam trazer prejuízos à saúde e segurança no 
trabalho (GEREMIA, 2011). 
Item 31.10 – Ergonomia
Sem desobrigar os empregadores ou equiparados ao cum-
primento da NR-17 (Ergonomia), este item da NR-31 preconiza, 
especificamente, que o empregador rural ou equiparado deve ado-
tar princípios ergonômicos que visem a adaptação das condições 
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, 
de modo a proporcionar melhorias nas condições de conforto e 
segurança no trabalho.
Estudos diversos têm evidenciado ser a ergonomia um 
fator negligenciado pelos empregadores ou equiparados no traba-
lho florestal, o que pode representar um grave fator de risco ao 
desenvolvimento de distúrbios osteomusculares nos trabalhadores 
115 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
florestais. Tal constatação se deve ao fato de que, em grande parte 
das pequenas e médias empresas florestais, o trabalho é realizado 
de forma manual ou semimecanizada.
Estes sistemas de trabalho apresentam levantamento e 
transporte manual de carga em quantidades questionáveis sob a 
ótica dos limites recomendados por diferentes normas nacionais e 
internacionais, muitas vezes associado a posturas inadequadas e a 
características peculiares como: acessibilidade e mobilidade restri-
tas; terrenos íngremes; exposição às condições climáticas extremas; 
ferramentas mal desenvolvidas e, consequentemente, inadequadas; 
e mão de obra pouco qualificada. Esses e outros fatores contribuem 
para que tais atividades apresentam elevados dispêndio energético, 
repetitividade e índices de acidentes de trabalho, além da possibi-
lidade do desenvolvimento de distúrbios osteomusculares (SILVA 
et al., 2008; FIEDLER et al., 2011; GALEAZZI et al., 2012). 
Outro fator relevante e que, também, apresenta grande re-
corrência no setor florestal diz respeito a máquinas, equipamentos, 
implementos, mobiliários e ferramentas. Em virtude dos elevados 
custos de aquisição e manutenção das máquinas específicas para a 
atividade florestal, a utilização de máquinas adaptadas, principal-
mente a partir de tratores agrícolas, tem sido a alternativa utilizada 
por pequenos produtores florestais para as etapas mecanizadas de 
seus sistemas de trabalho semimecanizados.
Entretanto, de acordo com Rozin et al. (2010), durante a 
operação dessas máquinas adaptadas, o operador fica exposto a fa-
tores ambientais que influenciam diretamente em seu rendimento 
e na sua saúde e segurança, como, por exemplo, a posição do corpo 
no acesso as cabines e no posto de trabalho, posição de comandos 
e alavancas; condições climáticas, como as temperaturas extremas, 
radiação solar, problemas de ventilação e umidade; nível de inten-
sidade sonora produzida pelo motor e ou transmissão da máquina; 
116 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
partículas suspensas no ar como poeiras e gases de escapamento; 
vibração do assento causada pela máquina e pelas irregularidades 
do terreno. Todos esses fatores são contrários ao princípio básico 
da Ergonomia, qual seja o de adaptar o trabalho ao ser humano 
(IIDA, 2005).
Ainda, ao estabelecer itens relativos a necessidade de pau-
sas nos trabalhos em pé e naqueles que exigem sobrecarga muscu-
lar, a norma busca tutelar sobre a carga física de trabalho. Ao rea-
lizar suas atividades manualmente, em terrenos acidentados, carga 
física de trabalho e as posturas desconfortáveis podem se apresen-
tar como um problema ergonômico, representando um dos prin-
cipais fatores de risco de lesões para os trabalhadores florestais. O 
aparecimento de sintomas de fadiga por sobrecarga física depende 
do esforço desenvolvido, da duração do trabalho e das condições 
individuais, como estados de saúde, nutrição e condicionamento 
decorrente da prática da atividade (FIEDLER et al., 2011). À me-
dida que aumenta a fadiga, reduz-se o ritmo de trabalho, atenção 
e rapidez de raciocínio, tornando o trabalhador menos produtivo e 
mais sujeito a erros e acidentes (IIDA, 2005).
Item 31.11 – Ferramentas manuais
A utilização de ferramentas inadequadas, bem como a 
falta de treinamento para seu uso e a sua guarda de maneira ina-
propriada, tem sido importantes causas de acidentes de trabalho 
no meio rural. Teixeira e Freitas (2003), em seu estudo abrangendo 
acidentes no trabalho rural, no Estado de São Paulo, em um perí-
odo de dois anos, mostraram que dos 51.644 acidentes de trabalho 
registrados, 49,9% aconteceram devido as ferramentas de trabalho. 
Estimativas indicam que para cada 5.000 acidentes de trabalho 
117 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
que as ferramentas manuais causam, uma pessoa perde a vida devi-
do a golpes violentos e 950 indivíduos permanecem incapacitados 
parcialmente, diminuindo a movimentação das mãos ou ocasio-
nando a perda de dedos (ALMEIDA, 1995).
Sobre ferramentas manuais, há ainda que se considerar a 
real possibilidade de uso daquelas mal dimensionadas ser capaz de 
gerar diversos constrangimentos aos trabalhadores, que incidem 
desde insatisfação e desconforto até patologias graves que acome-
tem os membros superiores. Os problemas mais recorrentes das fer-
ramentas manuais estão relacionados à inadequação de dimensio-
namento, forma, peso, textura e estabilidade (PASCHOARELLI 
et al., 2010).
Item 31.12.38 – Dispositivo de segurança 
nas motosserras
O corte com motosserra permite produtividade individu-
al relativamente elevada, com baixo investimento inicial, poden-
do essa máquina ser utilizada, inclusive, em locais de topografia 
acidentada e, por tais razões, tem seu uso amplamente difundido 
no setor florestal brasileiro. Entretanto, trata-se de uma máqui-
na extremamente perigosa e que apresenta riscos inerentes tanto 
a si própria quanto a sua operação, chegando ao ponto de ser a 
única máquina utilizada no setor florestal que necessita de regis-
tro e porte junto ao Governo Federal, no caso, junto ao Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA), por exigência da Lei Federal nº 9.605, de 12 de feve-
reiro de 1998 e seu Decreto Regulamentador nº 3.179, de 21 de 
setembro de 1999.
118 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Ao realizarem um estudo no Estado de Minas Gerais, 
envolvendo trabalhadores florestais em atividades de corte ma-
nual, Sant’ana e Malinovski (2002) apontaram que a maioria dos 
acidentes acontece no momento da derrubada com motosserra. 
Apesar de terem recebido treinamento formal, 19,5% dos entre-
vistados pelos autores negaram experiênciacom o uso da máqui-
na, e 44,8% deles já haviam sofrido pelo menos um acidente de 
trabalho. Em outra vertente, muitos acidentes com motosserras 
acontecem pela falta de qualificação e profissionalização adequada 
dos trabalhadores, visto que o conhecimento para o exercício da 
função é repassado por um colega de trabalho ou por instrutores 
não devidamente treinados e, ou, qualificados (VIANNA et al., 
2008; NOGUEIRA et al., 2010). 
Dada a importância do tema, o próximo capítulo é intei-
ramente dedicado à operação segura de motosserras.
Item 31.15 – Acessos e vias de circulação
Com o distanciamento do trabalhador florestal do seu lo-
cal de trabalho surge a necessidade do deslocamento ou transporte 
diário destes trabalhadores até as frentes de trabalho, bem como 
são necessários deslocamentos internos nas propriedades rurais 
durante as operações de colheita, além do transporte do produto 
final, no caso a madeira, até as unidades consumidoras ou pátios de 
estocagem intermediária. Na grande maioria dos casos em geral, 
todo esse deslocamento se dá através de estradas rurais. De acordo 
com o DEINFRA-SC (2000), estrada rural é aquela sem urbani-
zação nas margens, não pavimentada, fora de áreas urbanizadas e 
com função determinante de interligação.
119 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Os itens de segurança exigidos por este item da NR-31 
visam, em especial, garantir um transporte seguro e eficaz dos tra-
balhadores e da produção, bem como o deslocamento do maqui-
nário nas áreas de produção florestal. De acordo com Jaarsma et 
al. (2011), um projeto de engenharia de baixo custo para reduzir 
a velocidade em áreas rurais, apresentou efeitos estatisticamente 
significativos na Holanda. De acordo com os autores, a melhoria 
da sinalização e a instalação de lombadas e elevação da via nos cru-
zamentos perigosos propiciaram uma redução de 24% no número 
de colisões em geral e 44% nas colisões ocorridas em cruzamentos 
nas estradas rurais.
Dessa forma, os produtores florestais, ao negligenciarem 
a aplicação dos requisitos do item 31.15 da NR-31, acabam por 
negligenciar também a segurança do tráfego, dos passageiros e 
pedestres (recordando que estes são, em sua grande maioria, os 
trabalhadores florestais) e dos produtos a serem transportados, 
contribuindo para o acréscimo dos riscos a que estão expostos os 
trabalhadores, bem como de sua gravidade, em caso de ocorrência 
de acidentes. Ainda, há que se considerar que as estradas em má 
conservação podem contribuir para diminuição da produtividade 
das atividades de colheita e transporte de madeira, indiretamente, 
para o aumento dos custos de produção.
Essa situação parece ser recorrente no setor florestal. Ao 
analisar um programa privado de fomento florestal no Estado de 
Minas Gerais, Jardim (2015) concluiu que as estradas foram pla-
nejadas em função da conformação do relevo, o que muitas vezes 
não permitiu a otimização da rede viária. Além disso, o excesso de 
curvas e as condições de trafegabilidade das estradas potencializa-
vam a ocorrência de acidentes, aumentava a distância de extração e 
transporte e limitava o tamanho ou a utilização efetiva da capaci-
dade de transporte dos caminhões.
120 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Item 31.16 – Transporte de trabalhadores
O transporte dos trabalhadores florestais segue uma série 
de regras rígidas, recebendo atenção especial dos órgãos de fiscaliza-
ção, em virtude do caráter precário de suas atividades. Por exemplo, 
em Minas Gerais a Secretaria de Estado de Transportes e Obras 
Públicas, através da Resolução nº 13, de 30 abril de 2009, disciplina 
a emissão de autorização para o transporte intermunicipal de traba-
lhadores rurais neste Estado, além de impor uma série de exigências 
(MINAS GERAIS, 2009). Da mesma forma, a União e os demais 
Estados da Federação também tutelam este tema.
Nessa mesma direção, o item 31.16 da NR-31 visa ofe-
recer garantias mínimas de segurança aos trabalhadores rurais du-
rante seus deslocamentos na ida e retorno do trabalho, bem como 
nos deslocamentos internos nas propriedades rurais durante o de-
senvolvimento de suas atividades.
A legislação brasileira preconiza que o empregador deve 
fornecer vale transporte aos seus empregados que contemple a uti-
lização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho 
e vice-versa, sendo permitido também ao empregador fornecer 
o transporte em veículos adequados ao transporte coletivo para o 
deslocamento integral de seus trabalhadores, conteúdo estabelecido 
pela Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985 (BRASIL, 1985).
Em geral, excluídos os grandes produtores florestais, ob-
serva-se que o transporte de pessoal é realizado de forma impro-
visada, não sendo incomum verificar os trabalhadores sendo trans-
portados nas carrocerias dos caminhões destinados ao transporte 
de madeira ou de caminhões leves destinados ao apoio a colheita. 
Em todos esses casos os trabalhadores florestais são, comumente, 
transportados juntamente com motosserras, combustíveis, peças e 
outros materiais.
121 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Item 31.17 – Transporte de cargas
O transporte manual de cargas é uma das formas de tra-
balho mais antiga e comum, sendo responsável por um grande nú-
mero de lesões e acidentes do trabalho. No setor florestal brasilei-
ro, principalmente em pequenos e médios produtores de madeira, 
isso não é diferente. O carregamento e descarregamento manual 
de madeira na maioria das vezes se constitui de operações peri-
gosas, pesadas e exaustivas. As atividades exigem que o trabalho 
seja executado em posições desconfortáveis durante a jornada de 
trabalho com o manuseio de cargas elevadas. Este fato pode causar 
dores musculares, cansaço físico, além de elevado risco de aciden-
tes (FIEDLER et al., 2015). De fato, Schettino et al. (2015), em 
seus estudos, concluíram que o fato dos trabalhadores permanece-
rem em posturas assimétricas de tronco e utilizarem em excesso os 
membros superiores para manusear e transportar materiais foram 
os responsáveis pela alta incidência de lombalgias e lesões às arti-
culações dos trabalhadores. 
A movimentação manual de cargas implica um elevado 
esforço físico por parte do trabalhador, que a nível biológico se tra-
duz em uma compressão dos vasos sanguíneos e do tecido muscu-
lar, havendo por isso uma diminuição dos níveis de oxigénio, uma 
vez que há uma diminuição do fluxo sanguíneo que o transporta, 
conduzindo a um estado de fadiga. Esse estado conduz à redu-
ção da capacidade do homem para o trabalho causando déficits 
no nível da eficiência de trabalho, destreza e atenção, o que pode 
originar acidentes de trabalho (IIDA, 2005). 
Ainda há que se observar a presença de trabalhadores so-
bre a carga, durante a operação de carregamento. Em se tratando 
de carregamento manual, existe sempre um ou mais trabalhadores 
sobre a carga para receber o torete entregue pelo trabalhador que 
122 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
está no nível do piso e posicioná-lo sobre a carga. Dois aspectos 
devem ser considerados nessa situação: o piso extremamente irre-
gular onde esse trabalhador executa suas atividades (sobre os tore-
tes), com consequente risco de queda em mesmo nível, e a altura 
do caminhão e da carga, com iminente risco de queda em altura.
Dessa forma, a falta de medidas de segurança para que tais 
situações sejam evitadas são um importante agravante para a ocor-
rência de acidentes, visto as estatísticas demonstrarem que, anual-
mente, cerca de 15% dos pacientes que são admitidos em centros 
especializados no atendimento a traumatizados sofreram quedas 
em mesmo nível (PARREIRA et al., 2010); e, segundo dados do 
MTE, 40% dos acidentes de trabalho no Brasil estão relacionados 
a quedas de trabalhadores em altura (BRASIL, 2014).
Item 31.19 – Fatores climáticos e topográficos
Embora, de modo geral, a totalidade das atividades flores-tais sejam suspensas na ocorrência de condições climáticas adver-
sas capazes de comprometer a segurança dos trabalhadores (chuvas 
e ventos, principalmente), esse fato se dá por iniciativa própria de 
grande parte dos trabalhadores, dado o baixo percentual daqueles 
que receberam alguma orientação relativa ao tema por parte dos 
empregadores ou equiparados.
Entretanto, sob o aspecto do esforço físico do trabalhador 
florestal, a questão da organização do trabalho mostra-se um tema 
bastante preocupante. Decorre que a maioria das áreas disponíveis 
para plantios florestais em pequenas e médias propriedades são 
de áreas acidentadas, com baixo índice de mecanização. O deslo-
camento dos trabalhadores em áreas acidentadas, o alto desgaste 
físico das operações, o perigo de acidentes e o baixo índice de con-
123 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
forto térmico têm como consequência problemas de sobrecarga 
física e metabólica dos trabalhadores. 
Assim, como forma de evitar a sobrecarga física, mental 
e metabólica dos trabalhadores, a reorganização do trabalho, quer 
seja com a implementação de pausas para descanso e reidratação, 
quer seja ao evitar os horários mais propensos aos maiores desgas-
tes ou mesmo com a revisão ou eliminação das metas de produção, 
pode contribuir positivamente neste sentido. De fato, Minette et 
al. (2015) ao avaliarem a carga física de trabalho imposta aos tra-
balhadores florestais em regiões montanhosas, concluíram que as 
pausas, embora necessárias naquele caso, não ocorriam devido à 
organização do trabalho em metas, o que induzia o trabalhador 
a cumprir sua tarefa rapidamente para ser logo liberado, prejudi-
cando o mecanismo de recuperação de fadiga e oferecendo riscos 
à sua saúde.
Item 31.20 – Medidas de proteção pessoal
De acordo com o MTE, todo funcionário que trabalha 
em ambiente de risco tem o direito do uso de EPI, que tem como 
objetivo a garantia da saúde e da segurança do trabalhador em 
seu ambiente de trabalho. Esses equipamentos, além de estarem 
em perfeitas condições de uso, também devem ser fornecidos 
gratuitamente pelas empresas, além de prover aos trabalhadores 
treinamento e orientação para a correta utilização e conservação 
(BRASIL, 1978).
Destarte a obrigatoriedade legal e a necessidade de ga-
rantia da saúde e da integridade física dos trabalhadores, diver-
sos estudo demonstram que o uso dos EPIs é negligenciado no 
meio rural, principalmente em se tratando de pequenos e médios 
124 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
produtores, qualquer que seja seu ramo de atividade (CASTRO; 
CONFALONIERI, 2005). No setor florestal este cenário não é 
diferente. Canto et al. (2007), ao avaliarem condições de segurança 
do trabalho na colheita em áreas de fomento florestal, concluíram 
que em 23,0% dos casos em que a colheita era terceirizada e em 
62,1% daqueles em que a colheita era realizada pelos próprios pro-
dutores não utilizavam nenhum EPI, sendo que em todos os casos 
os trabalhadores não dispunham de todos os EPIs necessários as 
atividades que desenvolviam. Trata-se, portanto, de um problema 
estrutural do setor agroflorestal.
Item 31.23 – Áreas de vivência
O item 31.23 da NR-31 traz importantes determinações 
relacionadas à implementação de áreas de vivência em ambientes 
de trabalho rural. A referida norma regulamentadora tem como 
objetivo principal fazer valer o princípio universal da dignidade da 
pessoa humana. As várias determinações nela contidas visam me-
lhorar as condições de meio ambiente de trabalho rural, com con-
sequente proteção da saúde e segurança dos trabalhadores rurais.
Apesar da evolução tecnológica nas atividades rurais no 
Brasil, as condições de meio ambiente de trabalho rural ainda são 
precárias em inúmeras situações. Ainda são encontrados casos 
em que acampamentos precários e improvisados, com barracas de 
lonas plásticas pretas, são instalados para abrigar trabalhadores, 
sem as mínimas condições sanitárias, com falta de água potável, 
entre outras irregularidades. Nas frentes de trabalho ainda são 
comuns condições inaceitáveis, sem espaço higiênico para refei-
ções, sem instalações sanitárias, ou ainda sem abrigos para as si-
tuações de intempéries.
125 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Visando garantir condições de dignidade aos trabalhado-
res, os locais para refeição devem ter boas condições de higiene e 
conforto, água limpa para higienização, mesas, depósitos de resí-
duos sólidos, entre outras determinações. Para as frentes de tra-
balho são exigidos abrigos que protejam os trabalhadores de in-
tempéries durante as refeições. Quanto às instalações sanitárias, 
segundo determina esta norma, devem ter portas de acesso que 
impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o 
resguardo conveniente, serem separadas por sexo, estarem situadas 
em locais de fácil e seguro acesso, disporem de água limpa e papel 
higiênico. Todos esses são requisitos mínimos, o que não impede 
que o empregador ou equiparado, disponibilize condições que per-
mitam qualidade superior ao exigido na norma regulamentadora, 
no meio ambiente de trabalho que gerenciem garantindo, assim, a 
qualidade de vida dos trabalhadores.
Por outro lado, os produtores florestais ao negligencia-
rem tais requisitos mínimos, contribuem para uma deterioração 
do ambiente de trabalho e, consequentemente, uma degradação da 
qualidade de vida dos trabalhadores, que são fatores para o surgi-
mento de condições inseguras (risco de acidentes) e para o desen-
volvimento de doenças ocupacionais, componentes que concorrem 
para a precarização do trabalho nas atividades florestais.
NR 35 – TRABALHO EM ALTURA
Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves 
e fatais se deve a eventos envolvendo quedas de trabalhadores. Os 
riscos de queda em trabalhos em altura existem em vários ramos 
de atividades e em diversos tipos de tarefas. Por isso, a criação de 
normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho tor-
126 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
naram-se um importante instrumento de referência para todos os 
ramos de atividade para garantir o trabalho seguro. 
Considera-se trabalho em altura, atividades executadas 
a um nível de 2 metros de um nível inferior e que neste haja 
o risco a queda. Esta é uma rotina para diversos trabalhadores 
em diferentes setores de atividades econômicas. O principal ris-
co inerente ao trabalho em altura é a possibilidade de queda. 
Estatísticas indicam que acidentes relacionados ao trabalho em 
altura, em especial decorrente de quedas de nível, são representa-
tivos e frequentemente citados como uma das principais causas 
de lesões ocupacionais fatais.
A Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35) preenche uma 
lacuna, pois as medidas de proteção contra queda eram previstas 
apenas em normas específicas de segmentos econômicos, como a 
construção e a indústria naval. Segundo o Ministério do Trabalho 
e Emprego (MTE), com a nova norma, as obrigações agora al-
cançam todas as empresas, incluindo diversos setores industriais e 
segmentos como o de telecomunicações e energia elétrica, etc. 
Segundo o Ministério do Trabalho (BRASIL, 2012), a 
principal obrigação do empregador prevista na NR-35 é de imple-
mentar em sua empresa a gestão do trabalho em altura, envolvendo 
o planejamento, a organização e a adoção de medidas para evitar a 
ocorrência ou minimizar as consequências dos acidentes em altura. 
Essa gestão envolve, além das medidas técnicas, como a análise 
de risco da atividade, a implementação de um programa de capa-
citação. Já por parte dos trabalhadores, a principal obrigação é de 
colaborar com o empregador na aplicação dessas medidas.
O princípio adotado na NR-35 trata o trabalho em altura 
como atividade que deve ser planejada, evitando-se a exposição do 
trabalhador ao risco através da adoção de medidas que eliminem 
perigos de queda ou medidas que minimizem as suas consequên-127 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
cias quando o risco não puder ser evitado. Esta norma propõe a 
utilização dos preceitos da antecipação dos riscos para a implan-
tação de medidas adequadas, pela utilização de metodologias de 
análise de risco (AR) e de instrumentos como as Permissões de 
Trabalho (PT), conforme as situações de trabalho, para que o mes-
mo se realize com a máxima segurança.
Com suas particularidades, o setor florestal sempre 
lidou com árvores nativas de grande porte, cujos frutos e se-
mentes constituíram base para reprodução por meio de mudas 
e, ainda, fonte de renda para comunidades extrativistas loca-
lizadas em áreas remotas de trechos de Floresta Amazônica e 
Mata Atlântica. Estes usos primários geraram a demanda por 
colheita em altura em um contexto de trabalhadores com baixos 
índices de renda e escolaridade. Consequentemente, a escalada 
sem qualquer proteção ou em condições precárias se populari-
zou, gerando altos índices de acidentes.
A escalada em florestas nativas ganhou investimentos em 
segurança quando a demanda veio de instituições públicas de pes-
quisa e privadas de prestação de serviços, pela necessidade de cole-
ta de material botânico ou genético, ou da realização de inventários 
florestais para planos de manejo. Soma-se, ainda, a popularização 
do turismo ecológico.
Adaptaram-se, assim, técnicas de atividades esportivas 
como a escalada e práticas seguras aplicadas na área de Construção 
Civil, gerando avanços em segurança, porém não necessariamen-
te soluções, visto se tratar de adaptações nem sempre adequadas 
ao contexto. O alcance não atingiu e não atinge ainda muitas das 
comunidades anteriormente citadas, onde a visibilidade e grau de 
instrução são reduzidos. 
O avanço real em segurança e conscientização veio como 
consequência do crescimento e modernização do setor de flores-
128 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
tas plantadas. A produção otimizada por melhoramento genético 
originou vastos plantios de clones, principalmente de espécies do 
gênero Eucalyptus, com altura em torno de 30 m e demanda por 
coleta manual de sementes para propagação controlada. O fato de 
as grandes empresas a que esta realidade se aplica estarem sub-
metidas a padrões internacionais de certificação, qualidade e se-
gurança levou ao investimento em treinamentos, procedimentos 
e técnicas que alinhassem produtividade e o cumprimento da Lei.
Por fim, registra-se também o alto nível de exigência 
no que tange ao trabalho em altura para manejo de florestas ur-
banas, que inclui podas, cortes, avaliação de árvores de risco e 
cabeamentos, atividades em geral realizadas por profissionais de 
companhias elétricas, telefônicas ou de órgãos públicos, mas as-
sessorados pela área técnica florestal. Devido a alta visibilidade 
e impacto socioeconômico de tais atividades, o investimento em 
segurança foi proporcional. 
A criação de um instrumento normativo não significa 
contemplar todas as situações existentes na realidade fática. No 
mundo do trabalho existem realidades complexas e dinâmicas e 
uma nova Norma Regulamentadora para trabalhos em altura pre-
cisaria contemplar a mais variada gama de atividades. Foi o que se 
buscou com a NR-35, concebida como norma geral, a ser comple-
mentada por Anexos específicos por atividades e, principalmente, 
aplicada por profissionais que analisem bem o contexto da ativida-
de que realizam.
CAPÍTULO 7 
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO 
DE MOTOSSERRAS
Apesar de sua grande utilidade, a motosserra, quando uti-
lizada de forma incorreta e sem as manutenções adequadas, tor-
na-se muito perigosa, sendo um dos principais causadores de aci-
dentes no setor florestal, muitos dos quais de elevada gravidade e 
até mesmo fatais. Para que isso não aconteça e o trabalhador possa 
desenvolver suas atividades sem nenhum perigo, ele deve utilizar 
todos os EPIs recomendados e a motosserra deve ser usada cor-
retamente, sempre de acordo com as instruções do fabricante e as 
medidas preventivas recomendadas.
Dentre os principais riscos de acidentes decorrentes da 
utilização da motosserra, destacam-se:
• Contatos com a corrente durante a partida, o trans-
porte da motosserra em funcionamento de um local 
para outro, e a manutenção e limpeza da motosserra.
• Projeção de partículas (cavacos, terra, estilhaços de 
pedras, galhos, etc.) durante o corte das árvores e 
das toras, capazes de provocar graves acidentes no 
motosserrista.
• Vibrações produzidas pelo motor e pela corrente da 
motosserra, as quais, transmitidas pelas mãos e pelos 
braços, podem ocasionar graves danos fisiológicos ao 
motosserrista.
• Ruído excessivo, capaz de provocar a surdez do ope-
rador, conforme o grau de exposição diária do mesmo.
130 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Quebra da corrente resultante do desgaste dos rebites 
ou da ruptura dos elos de união, provocando lesões no 
operador quando não protegido adequadamente.
• Temperatura elevada do escapamento, capaz de provo-
car queimaduras nas mãos ou nos braços do operador.
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NA 
OPERAÇÃO DE MOTOSSERRAS
Manutenção e Conservação
Para que o trabalho com motosserras seja executado com 
maior segurança e eficiência, algumas recomendações devem ser 
observadas, tais como:
• Durante as atividades de corte, procurar aumentar a 
frequência de lubrificação da corrente, principalmen-
te quando se tratar de madeira seca ou muito dura.
• Fazer a lubrificação dos rolamentos da ponta do sa-
bre (quando existir) sempre no mesmo momento do 
reabastecimento do tanque de combustível. Lembrar 
de utilizar graxa de boa qualidade, a base de Lítio, 
própria para rolamentos.
• Ajustar periodicamente a tensão da corrente, espe-
cialmente durante prolongados períodos de corte.
• Lembrar-se de manter a tensão da corrente sempre de 
acordo com as recomendações do fabricante. Nunca a 
deixar frouxa.
• Sempre que limar os cortadores da corrente, procurar 
fazê-lo de dentro para fora e vice-versa, mantendo-os 
131 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
do mesmo tamanho e limando o tempo necessário 
para remoção de qualquer sinal de abrasão ou danos 
existentes na placa superior ou lateral dos mesmos.
• Caso algum elo da corrente quebre no alojamento do 
rebite, deverá ser prontamente substituído o elo de li-
gação danificado. Lembrar-se de usar luvas e óculos 
de proteção durante a operação.
Medidas Gerais de Segurança
Para evitar ou minimizar os riscos de acidentes ocasiona-
dos pela utilização da motosserra durante a execução dos trabalhos 
florestais, algumas medidas gerais de segurança devem ser adota-
das, conforme se segue:
• Cada operador de motosserra deve levar consigo um 
apito, celular, rádio transmissor ou semelhante, para 
avisar sempre que necessite apoio caso haja alguma 
emergência. Jamais utilizar a motosserra sem ter a 
possibilidade de pedir ajuda em caso de acidente.
• Evitar trabalhar sob condições meteorológicas adver-
sas tais como nevoeiro, chuva e ventos fortes. Trabalhar 
com mau tempo é cansativo e pode ocasionar situa-
ções perigosas como, por exemplo, solo escorregadio, 
influência do vento da direção da derrubada, etc.
• Manter o combustível em depósito e local adequado, 
próximo da área de trabalho, onde não haja risco de 
acidentes ou de contaminação ambiental.
• Antes de dar a partida na motosserra, verificar se a 
mesma se encontra em perfeitas condições de uso.
• Antes de iniciar o corte, verificar a direção de queda 
das árvores, retirando no momento todos os arbustos 
132 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
e outros obstáculos existentes em sua volta. Não se 
esquecer de observar se existe alguma pessoa na área 
de alcance das árvores.
• Caso seja necessário caminhar em direção a árvores 
mais distantes para efetuar o corte, procurar desligar 
o motor da motosserra e transportá-la sempre com o 
sabre voltado para frente.• Durante a execução dos trabalhos, manter-se sem-
pre ao lado da motosserra e nunca diretamente atrás 
da mesma.
• Procurar lembrar que as equipes devem trabalhar a 
uma distância entre si de, no mínimo, duas vezes e 
meia a altura aproximada da árvore a ser cortada.
• Antes de efetuar o corte, verificar a direção de queda 
natural da árvore. Pode ser necessário derrubá-la des-
sa forma.
• Nunca fazer o corte com a ponta do sabre ou acima 
do nível dos ombros. Em caso de rebote, utilizar ime-
diatamente o freio da corrente.
• Tomar bastante cuidado com os galhos ou toras de 
árvores quando estiverem sendo cortadas. Lembrar-
se de observar as recomendações técnicas de corte du-
rante a execução dos trabalhos.
• Durante o desgalhamento, permanecer ao lado da ár-
vore e nunca sobre o tronco da mesma.
• É impossível controlar uma motosserra com apenas 
uma mão. Para operar, deve-ser agarrar firmemente 
a motosserra com as duas mãos nos punhos. Nunca 
usar uma motosserra empunhando-a com apenas 
uma das mãos.
133 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Como Prevenir o Rebote da Motosserra
Rebote é o golpe de retrocesso que se produz quando a 
ponta do sabre toca um objeto (galho, ramo) durante o corte, ou 
quando se tenta penetrar na madeira com a ponta superior do sa-
bre. Isso ocorre porque o dente de corte da corrente fica em uma 
posição inclinada e tende a dar uma mordida maior na madeira do 
que pode cortar. Não podendo penetrar na madeira ou cortar o ga-
lho ou ramo quando a motosserra está em alta rotação, ocorre en-
tão a reação contrária, que é o rebote. Esse tipo de contato provoca 
um golpe de rebote instantâneo para cima e para trás na direção 
do operador, que pode levá-lo à perda do controle da motosserra e 
provocar sérias lesões.
Para evitar os danos deste contragolpe (rebote), as motos-
serras vêm obrigatoriamente equipadas com uma alavanca de freio 
de segurança (freio manual da corrente), que durante a operação 
de corte deve estar sempre destravada (puxada para trás) e prepa-
rada para qualquer imprevisto.
Nunca se deve confiar exclusivamente nos dispositivos de 
segurança que a motosserra possui. O operador deve tomar uma sé-
rie de precauções durante o trabalho para prevenir acidentes. Com 
um conhecimento básico das razões do golpe de rebote pode-se 
eliminar o elemento surpresa que causa acidentes. A motosserra 
deve ser sempre segurada com as duas mãos e com os polegares 
cruzados durante a operação. Quando a motosserra é segura com 
firmeza, reduz-se a possibilidade do golpe de rebote e se mantém 
o controle do equipamento.
Para minimizar sua ocorrência, tenha certeza de que a 
área de trabalho esteja livre de obstáculos e obstruções. Não permi-
ta que a ponta do sabre tome contato com outros objetos enquanto 
usar a motosserra. Colocar-se sempre em posição equilibrada e não 
134 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
cortar nada que esteja acima da altura dos ombros. Também devem 
ser respeitadas as instruções sobre manutenção, pois uma corrente 
mal afiada ou frouxa aumenta o perigo do rebote.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
para Operação de Motosserras
Em quaisquer circunstâncias de utilização da motosserra 
deverão ser utilizados os EPIs indicados. O EPI não elimina os 
riscos de lesões, mas reduz consideravelmente seus efeitos em caso 
de acidente. O EPI para motosserrista é composto de proteções 
para a cabeça, para o tronco e para os pés e mãos.
A roupa utilizada pelo operador deve assentar de forma 
justa (sem folgas), mas não deve limitar os movimentos. Não de-
vem ser usados agasalhos, joias ou outras peças de vestuário que 
possam ficar presos na motosserra, na vegetação ou nos ramos. Os 
cabelos compridos devem presos (lenço, touca, capacete, etc.).
São necessários os seguintes EPIs para a operação de 
motosserras: capacete de segurança completo (com protetor facial 
e auricular), óculos de proteção, traje de segurança composto por 
calça e jaqueta com capas de material anticorte para proteção do 
tronco, calça de proteção específica para motosserristas com várias 
camadas de material anticorte, botas de segurança com proteção 
anticorte na lingueta e biqueira reforçada de aço, e luvas de vaqueta 
especialmente confeccionadas para operação de motosserras.
CAPÍTULO 8 
SEGURANÇA NA COLHEITA 
MECANIZADA
Dentre as diversas atividades necessárias a produção de 
madeira, a colheita é a etapa mais importante economicamente, 
visto sua grande representatividade na composição do custo fi-
nal do produto, podendo, juntamente com o transporte, chegar 
a até 50% dos custos da madeira posto indústria (MACHADO; 
LOPES, 2000). 
A mecanização da colheita florestal no Brasil visa aumen-
tar a produtividade do sistema de colheita, diminuir os custos de 
produção e a dependência de mão de obra e, na grande maioria 
das vezes, se dá a partir de máquinas importadas e com elevados 
custos de aquisição e manutenção, nem sempre acessíveis a todas 
as empresas e, muito menos, aos pequenos produtores de madeira. 
Estes fatores de ordem financeira tem levado a indústria mecâ-
nica nacional a desenvolver, adaptar e testar diversos modelos de 
máquinas com princípios diferentes, quer seja a partir de tratores 
agrícolas ou de máquinas desenvolvidas para a construção civil, 
dentre outras; e essa tem sido a alternativa encontrada por em-
presas florestais de pequeno e médio portes, além de produtores 
de madeira independentes ou vinculados a empresas por meio de 
contratos de fomento florestal, para a mecanização de suas ativida-
des de colheita de madeira.
De acordo com Rozin et al. (2010), durante a operação 
dessas máquinas adaptadas, o operador fica exposto a fatores am-
bientais que influenciam diretamente em seu rendimento e na sua 
136 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
saúde e segurança, como, por exemplo, a posição do corpo no acesso 
as cabines e no posto de trabalho, posição de comandos e alavan-
cas; condições climáticas, como as temperaturas extremas, radiação 
solar, problemas de ventilação e umidade; nível de intensidade so-
nora produzida pelo motor e ou transmissão da máquina; partícu-
las suspensas no ar como poeiras e gases de escapamento; vibração 
do assento causada pela máquina e pelas irregularidades do terreno. 
Adicionalmente, tem-se os riscos de acidentes causados por falhas 
de operação e, ou manutenção das máquinas e implementos.
Visando regulamentar tais questões relativas a segurança 
do trabalho, a NR 31 possui um capítulo inteiramente dedicado a 
segurança no trabalho em máquinas e implementos (item 31.12 da 
referida norma). Vale ressaltar que tais regulamentos não desobri-
ga a observância do disposto na NR 12, específica para segurança 
em máquinas e equipamentos, mas sim atua de forma a comple-
mentar os itens de segurança considerando as especificidades do 
trabalho no setor florestal.
Como princípios gerais, a NR 31 estabelece que as má-
quinas e implementos devem ser utilizados segundo as especifica-
ções técnicas do fabricante e dentro dos limites operacionais e res-
trições por ele indicados e operados por trabalhadores capacitados, 
qualificados ou habilitados para tais funções. Ainda, estabelece que 
o empregador ou equiparado se responsabilizará pela capacitação 
dos trabalhadores visando ao manuseio e à operação segura de má-
quinas e implementos, de forma compatível com suas funções e 
atividades. Além de determinar o conteúdo programático mínimo 
dos treinamentos, fica estabelecido que a parte prática da capaci-
tação pode ser realizada na máquina que o trabalhador irá operar 
e deve ter carga horária mínima de doze horas, ser supervisionada 
e documentada.
137 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Ainda, as atividades de manutenção e ajuste devem ser 
feitas por trabalhadores qualificados ou capacitados, com as má-
quinas paradas e observância das recomendações constantes dos 
manuais ou instruções de operaçãoe manutenção seguras.
A seguir, considerando as principais atividades desem-
penhadas pelos trabalhadores envolvidos na colheita florestal me-
canizada, será apresentado um guia com o objetivo de orientar e 
esclarecer os trabalhadores sobre os riscos de acidentes e do desen-
volvimento de doenças profissionais, bem como as medidas pre-
ventivas adotadas para reduzir ou neutralizar a ação dos agentes 
ambientais, quando presentes, bem como seus deveres e obrigações. 
Tais informações foram obtidas a partir da realização de PPRAs 
e LTCATs (Programas de Prevenção de Riscos Ambientais e 
Laudos Técnicos de Condições Ambientais de Trabalho, respecti-
vamente), elaborados pelos autores em diversas empresas florestais 
do Brasil. Para as demais funções não contempladas a seguir, são 
válidas as instruções gerais aplicáveis as atividades desenvolvidas 
pelos trabalhadores florestais.
Cabe ressaltar que as orientações aqui contidas não esgo-
tam o assunto sobre prevenção de acidentes, devendo ser observa-
das todas as instruções existentes, ainda que verbais, em especial as 
normas e regulamentos estabelecidos pelo empregador ou equipa-
rado, e aquelas contidas nos manuais das máquinas, equipamentos 
e ferramentas. Além disso, cabe ao trabalhador cumprir as disposi-
ções legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, 
constituindo ato faltoso a recusa injustificada e o não cumprimen-
to das mesmas. 
138 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Operador de Máquina Florestal 
Descrição da atividade: 
• Operar harverster, máquina de pneus ou esteiras, 
equipada com um cabeçote que derruba as árvores, 
desgalha, descasca e realiza o traçamento das mesmas 
no interior dos talhões. Também pode processar ár-
vores derrubadas por motosserras e arrastadas para a 
margem das estradas. Realizam a substituição de sa-
bres e correntes do conjunto de corte do cabeçote.
• Operar feller buncher, máquina de pneus ou esteira, 
utilizada para a derrubada das árvores e formação de 
pilhas dessas no interior dos talhões.
• Operar forwarder, máquina de pneus que efetua o 
carregamento da madeira cortada no interior dos ta-
lhões e seu transporte até a margem das estradas, com 
descarregamento em pilhas de madeira ou diretamen-
te sobre caminhões.
• Operar skidder ou clambunck skidder, máquinas de 
pneus ou esteiras que efetuam o arraste de árvores in-
teiras desde o interior dos talhões até a margem das 
estradas ou outros locais de processamento.
• Operar escavadeira hidráulica, máquina geralmente 
de esteiras com uma garra acoplada, utilizada geral-
mente para o carregamento das toras nos caminhões. 
Também pode vir acoplada com conjunto traça-
dor (juntamente com a garra, denominada “Garra 
Traçadora”) ou com uma mesa slacher (também para 
o traçamento de madeira).
• Operar outras máquinas específicas para alguma eta-
pa da colheita de madeira, como slingshot, cabos aé-
139 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
reos com cabeçote harvester acoplado ou carregadores 
frontais em máquinas de pneus, dentre outras. 
• Em alguns casos, realizam pequenos reparos de ma-
nutenção, como a substituição de mangueiras hidráu-
licas ou outros pequenos componentes.
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído.
• Vibração.
• Exposição a gases de combustão.
• Exposição a temperaturas extremas.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Exposição a queda de galho, troncos e árvores.
• Impactos.
• Cortes.
• Animais peçonhentos.
• Quedas de mesmo e diferente nível.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Luva de vaqueta ou raspa.
• Creme protetor solar.
• Creme de proteção contra graxas e óleos.
• Capa de Chuva.
• Coturno de segurança com biqueira de aço ou calçado 
140 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
de segurança com biqueira de aço juntamente com 
perneira de couro.
• Protetor auricular tipo concha.
• Óculos de Proteção.
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os operadores de máquina da colheita flo-
restal mecanizada deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
• Caso a área a ser trabalhada tenha outras máquinas e 
pessoas, manter uma distância mínima de duas árvores.
• Manter uma distância de 15 metros das outras má-
quinas.
• Verificar a localização do motorista do caminhão du-
rante o carregamento.
• Ao empilhar as toras, evitar terrenos com declive, evi-
tar pilhas altas e tomar os cuidados necessários para 
estas não rolarem.
• Ao carregar caminhões, não passar com a carga sus-
pensa sobre a cabine do mesmo ou sobre a máquina.
• Manter uma distância de 50 metros das outras má-
quinas (aproximadamente duas vezes o comprimento 
das árvores que estão sendo arrastadas).
• Não utilizar ar comprimido para limpeza pessoal.
141 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Estudar a topografia do terreno antes de iniciar os 
trabalhos, observando erosões, ladeiras, rios e estradas 
dento dos talhões.
• Na derrubada, observar a bifurcação das árvores, co-
pas, galhos enroscados e árvores mortas.
• Manter a atenção redobrada em área próxima a redes 
elétricas.
• Observar o caminho de fuga antes de efetuar os cortes.
• Procurar atender a manutenção periódica do equi-
pamento, evitando a emissão excessiva de gases da 
combustão.
• Realizar inspeção das máquinas e equipamentos antes 
do iniciar os trabalhos, verificando se estão em boas 
condições.
• Não utilizar máquinas, equipamentos ou ferramentas 
sem o uso dos EPIs e EPCs obrigatórios.
• Manter o local de trabalho sempre limpo e organizado.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Observar com atenção a presença de buracos ou la-
deiras dentro dos talhões.
• Ao levantar peso flexione as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos.
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilize os EPIs designados para sua função, manten-
do a guarda e conservação sempre.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Manter atenção especial em relação aos atos insegu-
ros, pois são responsáveis pela maioria dos acidentes.
142 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Mecânico de Máquina Florestal (ou Assistente 
ou Auxiliar de Manutenção Mecânica)
Descrição da atividade: 
• Realizar as atividades referentes a manutenção mecâ-
nica, elétrica, hidráulica, de motores ou automação de 
todas as máquinas e equipamentos da colheita flores-
tal, orientando, facilitando e disponibilizando recur-
sos para que as atividades sejam executadas de manei-
ra eficaz e segura. Contribuir para a disponibilidade 
dos equipamentos visando alcançar os resultados com 
baixo custo e elevada eficiência.
• Prestar assistência técnica e operacional na realização 
de manutenções preventivas, preditivas e corretivas de 
máquinas, motores e equipamentos mecânicos, con-
tribuindo para a continuidade operacional, visando 
a máxima disponibilidade mecânica, desempenho e 
preservação do recurso.
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído.
• Vibração.
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Exposição a produtos químicos, fumos metálicos e 
hidrocarbonetos aromáticos.
• Cortes.
• Choques elétricos.
143 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Quedas de mesmo e diferente nível.
•Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipo concha.
• Protetor facial em acrílico.
• Óculos de proteção.
• Calçado de segurança com biqueira de aço.
• Creme protetor solar.
• Luva de vaqueta.
• Luva nitrílica.
• Creme de proteção para graxas, óleos e solventes.
• Capa de chuva.
• Máscara de soldador.
• Avental de raspa de couro com mangote.
• Perneira de raspa de couro.
• Protetor respiratório para vapores orgânicos.
• Protetor respiratório para fumos metálicos.
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os mecânicos e auxiliares de manutenção 
envolvidos na colheita florestal mecanizada deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
144 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
• Não utilizar ar comprimido para limpeza pessoal
• Não permitir que pessoas não autorizadas manuseiem 
ou utilizem os equipamentos e ferramentas para os 
serviços de manutenção e reparo.
• Não utilizar equipamentos ou ferramentas sem o uso 
dos EPIs e EPCs obrigatórios.
• Não executar os serviços de manutenção e reparo pró-
ximos a produtos inflamáveis.
• Para executar de trabalhos de solda ou com esmeri-
lhadeira, sempre observar a localização ou posição de 
um extintor.
• Observar os riscos de intoxicação com produtos 
químicos e fumaça tóxicos (ex: soldas, escapamento, 
mangueiras com vazamentos e outros).
• Manter o local de trabalho sempre limpo e organizado.
• Verificar as condições das instalações elétricas e o de-
vido e aterramento dos equipamentos energizados.
• Testar as ferramentas e equipamentos e executar os 
movimentos dos serviços antes do acionamento destes.
• Desenergizar os equipamentos para sua manutenção 
e troca de ferramentas.
• Observar a vida útil dos discos abrasivos e utilizar ape-
nas os específicos para cada equipamento e serviço.
• Não abastecer ou realizar qualquer reparo em gerado-
res, motores e outros equipamentos em funcionamento.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Ao levantar peso flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos.
145 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para sua função, manten-
do a guarda e conservação sempre.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Manter atenção especial em relação aos atos insegu-
ros, pois são responsáveis pela maioria dos acidentes
• Somente realizar trabalhos com eletricidade se ti-
ver treinamento e capacitação específicos, bem como 
autorização.
Motorista de Caminhão Comboio (ou 
Abastecedor ou Lubrificador Florestal)
Descrição da atividade: 
• Dirigir caminhões comboio, conservando os equi-
pamentos sob sua responsabilidade, respeitando o 
Código de Trânsito e praticando as regras e políticas 
de segurança e meio ambiente. Abastecer as máquinas 
florestais e lubrificar seus componentes mecânicos, vi-
sando o perfeito funcionamento dos mesmos.
• Desmontar partes de máquinas, soltando parafusos, 
porcas, borboletas e outros, esgotando lubrificante 
usado, examinando as condições gerais da máquina 
e adicionando o novo. Observar manutenção preven-
tiva de máquinas, anotando dados quanto a durabi-
lidade dos lubrificantes e utilização das máquinas. 
Controlar estoque de lubrificantes e solicitar compra 
146 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
nas necessidades. Executar outras atividades correla-
tas e inerentes ao cargo.
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído. 
• Vibração.
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Exposição a produtos químicos através de hidrocar-
bonetos aromáticos.
• Cortes.
• Quedas de mesmo e diferente nível.
• Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipo concha.
• Óculos de proteção.
• Proteção para os pés. 
• Calçado de segurança com biqueira de aço. 
• Creme protetor solar.
• Luva de vaqueta.
• Luva nitrílica.
• Creme de proteção para graxas, óleos e solventes.
• Capa de chuva.
• Protetor respiratório para vapores orgânicos.
147 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os motoristas de caminhão comboio (ou 
denomiações similares) envolvidos na colheita florestal mecaniza-
da deverão observar: 
• Realizar o curso MOPP – Movimentação e Operação 
de Produtos Perigosos, bem como suas reciclagens 
obrigatórias
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
• Não utilizar ar comprimido para limpeza pessoal.
• No momento do abastecimento e lubrificação, isolar 
com cones e placas de segurança tanto o caminhão 
quanto a máquina a ser abastecida.
• No momento do abastecimento, fazer o aterramento 
da estrutura do caminhão.
• Não permitir que pessoas não autorizadas manuseiem 
ou utilizem os equipamentos e ferramentas para os 
serviços de manutenção e reparo.
• Não utilizar equipamentos ou ferramentas sem o uso 
dos EPIs e EPCs obrigatórios.
• Não executar os serviços de manutenção e reparo pró-
ximos a produtos inflamáveis.
• Observar os riscos de intoxicação com produtos quí-
micos e fumaça tóxicos.
• Manter o local de trabalho sempre limpo e organizado
148 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Testar as ferramentas e equipamentos e executar os 
movimentos dos serviços antes do acionamento destes.
• Desenergizar os equipamentos para sua manutenção 
e troca de ferramentas.
• Não abastecer ou realizar qualquer reparo em gerado-
res, motores e outros equipamentos em funcionamento.
• Manter materiais fluidos estocados em contenção e 
com o devido isolamento.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Ao levantar peso flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos.
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para sua função, manten-
do a guarda e conservação sempre.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Manter atenção especial em relação aos atos insegu-
ros, pois são responsáveis pela maioria dos acidentes
• Somente realizar trabalhos com eletricidade se ti-
ver treinamento e capacitação específicos, bem como 
autorização.
CAPÍTULO 9 
SEGURANÇA NA COLHEITA 
MANUAL E SEMIMECANIZADA
A colheita semimecanizada é caracterizada pela utilização 
da motosserra, além de empregar tratores agrícolas adaptados, auto 
carregáveis, mini skidder, tração animal e intensiva mão de obra. 
Não é utilizada em larga escala, sendo viável apenas para pequenos 
e médios produtores florestais (fomentados ou independentes) ou 
em situações onde a utilização de máquinas com elevados custos 
de aquisição, operação emanutenção não é viável para esses produ-
tores florestais, dada a escassez de recursos financeiros.
A colheita manual, por sua vez, é aquela realizada sem 
a utilização de qualquer máquina, onde todas as atividades são 
realizadas única e exclusivamente com a utilização da força hu-
mana de trabalho. Por exemplo: o corte realizado com machado, 
a extração via tombamento manual e o carregamento dos cami-
nhões igualmente manual. Esse sistema, atualmente, encontra-se 
em desuso no Brasil, sendo restrito a áreas bastante reduzidas e 
em condições excepcionais.
Esse cenário, em que a força humana é imprescindível, 
principalmente em terrenos com elevadas declividades e outras 
dificuldades operacionais, submete os trabalhadores a situações 
diárias de elevados dispêndio energético, repetitividade e índices 
elevados de acidentes de trabalho, além da possibilidade do desen-
volvimento de distúrbios osteomusculares.
Sob essa ótica, destaca-se a colheita da madeira (manual 
ou semimecanizada) em todas as suas etapas, desde a derrubada 
das árvores até o carregamento dos caminhões. Trata-se de ativi-
150 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
dade realizada por trabalhadores florestais, homens em sua grande 
maioria, que apresenta elevado grau de repetitividade, além de le-
vantamento e transporte manual de carga em quantidades questio-
náveis sob a ótica dos limites recomendados por diferentes normas 
nacionais e internacionais. Essas condições a que os trabalhadores 
estão expostos poderão comprometer sua produtividade, causar 
desconforto e aumentar os riscos de danos à saúde.
Os distúrbios do sistema osteomuscular são frequentes 
em trabalhadores florestais e causam transtornos tanto para esses 
trabalhadores como para a sociedade. A maioria dos transtornos 
osteomusculares que ocorrem no local de trabalho envolve lesões 
por esforço excessivo. A incidência de diferentes lesões de nature-
za osteomuscular tem sido causada por negligência nas posturas e 
manipulação de cargas excessivas durante a jornada de trabalho, 
diminuindo a produtividade, aumentando o absenteísmo e dimi-
nuindo a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos.
Dependendo da maneira como as atividades florestais são 
executadas, os trabalhadores, muitas vezes, levantam e transpor-
tam cargas com pesos acima dos limites toleráveis, além de reali-
zarem essa movimentação de modo incorreto e de forma contínua 
durante vários anos. Quando um trabalhador adota uma postura 
forçada por períodos prolongados, existe o risco eminente de uma 
sobrecarga mecânica, que pode desencadear quadros álgicos e de-
sequilíbrios de força, colocando em risco a sua integridade física e 
psíquica (KISNER; COLBY, 1998)
A seguir, considerando as principais atividades desempe-
nhadas pelos trabalhadores envolvidos nas atividades de colheita 
manual ou semimecanizada, será apresentado um guia com o obje-
tivo de orientar e esclarecer os trabalhadores sobre os riscos de aci-
dentes e do desenvolvimento de doenças profissionais, as medidas 
preventivas adotadas para reduzir ou neutralizar a ação dos agentes 
ambientais, quando presentes, bem como seus deveres e obrigações. 
151 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Tais informações foram obtidas a partir da realização de PPRAs 
e LTCATs (Programas de Prevenção de Riscos Ambientais e 
Laudos Técnicos de Condições Ambientais de Trabalho, respecti-
vamente), elaborados pelos autores em diversas empresas florestais 
do Brasil. Para as demais funções não contempladas a seguir, são 
válidas as instruções gerais aplicáveis as atividades desenvolvidas 
pelos trabalhadores florestais
Operador de Motosserra (ou Motosserrista) 
Descrição da atividade: 
• Extraem madeira, identificando áreas de extração, 
derrubando árvores mapeadas ou selecionadas, clas-
sificando as toras conforme diâmetro e comprimento 
pré-estabelecidos e separando madeira de acordo com 
sua utilização. 
• Realiza derrubada das árvores, rebaixamento de tocos, 
desgalhamento e traçamento de toretes.
• Abastecimento e manutenção básica da motosserra.
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído. 
• Vibração.
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Exposição a produtos químicos através de hidrocar-
bonetos aromáticos.
• Cortes.
152 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Quedas de mesmo nível.
• Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipo concha.
• Óculos de proteção.
• Viseira de proteção.
• Calçado de segurança com biqueira de aço.
• Creme protetor solar.
• Luva para motosserrista.
• Calça para motosserrista.
• Creme de proteção para graxas, óleos e solventes 
(para as mãos).
• Capa de chuva.
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os operadores motosserra deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso 
de dúvidas, não executar a atividade, consultando 
o superior.
• Utilizar as placas de sinalização de CUIDADO 
DERRUBADA DE ÁRVORES nos dois sentidos 
da estrada ou carreador.
153 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Durante atividade manter distância de segurança dos 
demais motosserristas e ajudantes.
• Realizar inspeção nas ferramentas antes do iniciar os 
trabalhos, verificando se estão em boas condições.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Ao levantar peso, flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos
• Manter limpo e organizado seu local de trabalho e 
áreas comuns
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para a função, mantendo 
a guarda e conservação dos mesmos.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Ter atenção especial em relação aos atos inseguros, 
pois são responsáveis pela maioria dos acidentes.
• Não utilizar a motosserra para quaisquer outras fi-
nalidades que não sejam o abate e processamento 
de árvores.
• Não realizar trabalhos de manutenção com a motos-
serra em funcionamento.
154 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Ajudante de Colheita (ou Ajudante Florestal, 
ou Auxiliar Florestal, ou Trabalhador Florestal 
de Colheita ou outra denominação similar) 
Descrição da atividade: 
• Manusear, carregar, engatar, transpassar e retirar 
correntes ou cabos para o engate das árvores ou pi-
lhas de toretes.
• Puxar o cabo de aço dentro das áreas de refloresta-
mento para o arraste.
• Realizar o desgalhamento de árvores utilizando ma-
chadinha ou foice.
• Realizar o enleiramento manual de toretes ou de ga-
lhadas.
• Movimentar toretes de madeira manualmente ou 
com machadinha.
• Cortar madeiras e galhos com machadinha.
• Realizar roçadas manuais.
• Realizar carregamento manual de toretes em carretas 
acopladas em tratores agrícolas ou em caminhões.
• Combater incêndios florestais, quando de sua ocor-
rência.
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído. 
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Cortes.
155 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Quedas de mesmo nível.
• Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipoconcha.
• Óculos de proteção.
• Calçado de segurança com biqueira de aço.
• Creme protetor solar.
• Creme de proteção para graxas, óleos e solventes 
(para as mãos).
• Capa de chuva.
• Luva de vaqueta.
• Perneira de segurança.
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os ajudantes da colheita semimecanizada 
deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
156 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Durante atividade manter distância de segurança dos 
motosserristas.
• Realizar inspeção nas ferramentas antes do iniciar os 
trabalhos, verificando se estão em boas condições.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Ao levantar peso, flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos
• Manter limpo e organizado seu local de trabalho e 
áreas comuns
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para a função, mantendo 
a guarda e conservação dos mesmos.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Ter atenção especial em relação aos atos inseguros, 
pois são responsáveis pela maioria dos acidentes.
CAPÍTULO 10 
SEGURANÇA NA 
SILVICULTURA
As atividades silviculturais são entendidas como aquelas 
responsáveis pelo preparo do solo, plantio e manutenção da área 
plantada até a idade adulta (em geral, variando de sete a vinte anos, 
de acordo com a espécie plantada e o regime de manejo adotado), 
quando as árvores são colhidas. Em geral, envolvem o preparo do 
solo, plantio, irrigações, fertilizações, combate à matocompetição 
e às formigas, além do manejo das florestas (podas, desbrotas e 
desramas, dentre outras).
A silvicultura pode ser uma atividade perigosa. É ainda 
mais perigosa quando as atividades são realizadas por trabalhado-
res autônomos ou trabalhadores temporários, em vez de empresas 
profissionais. Se a silvicultura é um meio de subsistência, nem os 
proprietários e nem os seus funcionários podem dar-se ao luxo 
de desperdiçar um dia de trabalho, mesmo por ferimentos leves. 
Todos devem se certificar de que todas as pessoas, que trabalham 
desempenhando as atividades, têm a formação e as competências 
necessárias para realizarem o mesmo. É importante lembrar que 
ações negligentes de qualquer parte podem comprometer a segu-
rança de todos, empregadores, trabalhadores e, eventualmente, a de 
terceiros (público em geral) (COMISSÃO EUROPEIA, 2015).
A seguir, considerando as principais atividades desempe-
nhadas pelos trabalhadores envolvidos nas atividades de silvicultu-
ra, será apresentado um guia com o objetivo de orientar e esclare-
cer os trabalhadores sobre os riscos de acidentes e do desenvolvi-
158 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
mento de doenças profissionais, bem como as medidas preventivas 
adotadas para reduzir ou neutralizar a ação dos agentes ambientais, 
quando presentes, bem como seus deveres e obrigações. Tais infor-
mações foram obtidas a partir da realização de PPRAs e LTCATs 
(Programas de Prevenção de Riscos Ambientais e Laudos Técnicos 
de Condições Ambientais de Trabalho, respectivamente), elabora-
dos pelos autores em diversas empresas florestais do Brasil. Para as 
demais funções não contempladas a seguir, são válidas as instru-
ções gerais aplicáveis as atividades desenvolvidas pelos trabalhado-
res florestais.
Tratorista 
Descrição da atividade: 
• Condução do trator na aplicação de herbicida com 
pulverizador em barra, com implementos como plan-
tadeira semimecanizada, aplicador de herbicida e in-
seticidas, subsolador, enxada rotativa, roçadeira, carre-
tas, tanques de água, dentre outros.
• Transporte de insumos, produtos químicos, combus-
tíveis, mudas de árvores exóticas e nativas.
• Verificação dos equipamentos do trator.
• Abastecimento de água do tanque podendo ser atra-
vés de lagos, rios e córregos.
• Preparação de calda para aplicação de produtos quí-
micos.
• Pequenos reparos no trator e nos implementos como 
troca de lâmpadas, mangueiras, regulagem bicos dos 
pulverizadoras, substituição de pneus furados.
159 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído. 
• Vibração.
• Produtos químicos através de herbicidas, inseticidas e 
formicidas, além dos hidrocarbonetos aromáticos.
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Cortes.
• Quedas de mesmo nível.
• Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipo concha.
• Óculos de proteção.
• Calçado de segurança com biqueira de aço.
• Creme protetor solar.
• Creme protetor para pele contra graxas e óleos. 
• Touca árabe (ou boné tipo árabe).
• Luva de vaqueta.
• Luva nitrílica.
• Capa de chuva.
• Perneira de proteção.
• Proteção para corpo durante aplicação de herbicida - 
conjunto hidro-repelente.
• Respirador com filtro químico para vapores orgânicos.
160 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os tratoristas deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
• Manter a atenção redobrada em áreas próximas a re-
des elétricas.
• Observar com atenção a presença de buracos, pedras 
ou outros obstáculos dentro dos talhões.
• Realizar inspeção nas ferramentas antes do iniciar os 
trabalhos, verificando se estão em boas condições.
• Não utilizar ar comprimido para limpeza pessoal.
• Não utilizar ferramentas e equipamentos sem a utili-
zação dos EPIs e EPCs obrigatórios.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Ao levantar peso, flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos
• Manter limpo e organizado seu local de trabalho e 
áreas comuns
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para a função, mantendo 
a guarda e conservação dos mesmos.
• Não utilizar os equipamentos de combate a incêndios 
para outros fins que não o especificado.
161 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Ter atenção especial em relação aos atos inseguros, 
pois são responsáveis pela maioria dos acidentes.
Auxiliar Florestal (ou Trabalhador Florestal 
da Silvicultura, ou Ajudante Florestal ou outra 
denominação similar)
Descrição da atividade: 
• Atuar nas atividades de produção de mudas em vi-
veiros.
• Realizar o enleiramento manual de galhadas e outros 
resíduos.
• Efetuar o alinhamento e marcação para plantio.
• Realizar o coveamento manual (com enxadão) ou se-
mimecanizado para o plantio. 
• Fazer o plantio e replantio de mudas.
• Fazer o coroamento das mudas e árvores jovens.
• Realizar a poda e desgalhamento de árvores.
• Realizar a adubação manual de mudas.
• Confeccionar aceiros manualmente.
• Construir e desmanchar cercas.
• Classificar e carregar de mudas.
• Realizar roçadas manuais ou semimecanizadas.• Combater incêndios florestais, quando de sua ocor-
rência.
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído. 
162 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Vibração.
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Cortes.
• Quedas de mesmo nível.
• Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipo concha.
• Óculos de proteção.
• Calçado de segurança com biqueira de aço.
• Creme protetor solar.
• Creme de proteção para graxas, óleos e solventes 
(para as mãos).
• Capa de chuva.
• Luva de vaqueta.
• Touca árabe (ou boné tipo árabe).
• Perneira de segurança.
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os trabalhadores florestais quando desen-
volvendo as atividades de silvicultura deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
163 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
• Manter a atenção redobrada em áreas próximas a re-
des elétricas.
• Observar com atenção a presença de buracos, pedras 
ou outros obstáculos dentro dos talhões.
• Realizar inspeção nas ferramentas antes do iniciar os 
trabalhos, verificando se estão em boas condições.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
• Ao levantar peso, flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos
• Manter limpo e organizado seu local de trabalho e 
áreas comuns
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para a função, mantendo 
a guarda e conservação dos mesmos.
• Não utilizar os equipamentos de combate a incêndios 
para outros fins que não o especificado.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Ter atenção especial em relação aos atos inseguros, 
pois são responsáveis pela maioria dos acidentes.
164 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Aplicador de Defensivos (Auxiliar Florestal 
ou Trabalhador Florestal da Silvicultura, ou 
Ajudante Florestal ou outra denominação 
similar)
Descrição da atividade: 
• Manuseio e aplicação de produtos químicos (herbici-
das, fungicidas, inseticidas e outros).
Agentes de risco associados a atividade:
• Ergonômicos.
• Ruído. 
• Vibração.
• Produtos químicos através de herbicidas, inseticidas e 
formicidas, além dos hidrocarbonetos aromáticos.
• Exposição a umidade.
• Exposição solar.
• Exposição a dias frios.
• Cortes.
• Quedas de mesmo nível.
• Animais peçonhentos.
• Acidentes de trânsito durante o deslocamento até as 
frentes de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigató-
rio, especificados de acordo com o grau de risco identificado no 
PPRA/LTCAT:
• Capacete.
• Protetor auricular tipo concha.
• Óculos de proteção.
• Calçado de segurança com biqueira de aço.
165 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
• Creme protetor solar.
• Creme protetor para pele contra graxas e óleos. 
• Touca árabe (ou boné tipo árabe).
• Luva de vaqueta.
• Luva nitrílica.
• Capa de chuva.
• Perneira de proteção.
• Proteção para corpo durante aplicação de herbicida - 
conjunto hidro-repelente.
• Respirador com filtro químico para vapores orgânicos.
Como forma de complementar as ações relativas a segu-
rança do trabalho, todos os trabalhadores florestais ao lidar com 
defensivos e outros produtos químicos, deverão observar: 
• Comunicar a Segurança do Trabalho sobre qualquer 
irregularidade capaz de expor qualquer membro da 
equipe a risco de acidentes.
• Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos 
de saúde e segurança do trabalho.
• Obedecer às instruções dos superiores. Em caso de dú-
vidas, não executar a atividade, consultando o superior.
• Observar com atenção a presença de buracos, pedras 
ou outros obstáculos dentro dos talhões.
• Realizar inspeção nas ferramentas antes do iniciar os 
trabalhos, verificando se estão em boas condições.
• Não utilizar ferramentas e equipamentos sem a utili-
zação dos EPIs e EPCs obrigatórios.
• Observar com atenção a presença de buracos ou ou-
tros obstáculos no interior das áreas de plantio.
• Realizar pausas para descanso e alongamento, princi-
palmente da região das costas, pernas, ombros e braços.
166 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• Ao levantar peso, flexionar as pernas, não a coluna.
• Estar atento a animais peçonhentos
• Manter limpo e organizado seu local de trabalho e 
áreas comuns
• Realizar os exames médicos quando solicitados.
• Participar de treinamentos quando solicitados.
• Respeitar a sinalização de segurança.
• Utilizar os EPIs designados para a função, mantendo 
a guarda e conservação dos mesmos.
• Não utilizar os equipamentos de combate a incêndios 
para outros fins que não o especificado.
• Trabalhar com atenção, SEMPRE.
• Ter atenção especial em relação aos atos inseguros, 
pois são responsáveis pela maioria dos acidentes.
CAPÍTULO 11 
ESTUDO DE CASOS
CASO 1 - Acidente na Derrubada com 
Motosserra
Em uma área com plantio de pinus, extremamente decli-
vosa, o motosserrista estava derrubando e após terminar o corte de 
abate, a árvore que ele havia cortado puxou uma árvore seca/morta 
que estava atrás dele, puxando-a para cima dele e atingindo sua 
cabeça violentamente. Com o impacto ele foi arremessado a seis 
metros de distância e seus EPI’s ficaram danificados. O mesmo foi 
encontrado por um colega que deduziu que havia acontecido algo 
devido ao silêncio da motosserra. Ao avistar o motosserrista caí-
do foi socorrê-lo e notou que estava sangrando pelo nariz, porém 
estava acordado e meio atordoado pela batida. O funcionário foi 
atendido pelos brigadistas e transportado para o hospital da cidade 
mais próxima (cerca de 40 Km) e, de lá, para outro em uma cidade 
com mais recursos. Neste hospital, obteve atendimento médico e 
foi constado um traumatismo intracraniano.
O que deveria ter feito o motosserrista?
Devia ter efetuado uma simples avaliação dos riscos para 
determinar o que pode acontecer e se transformar em acidente, 
uma vez que:
• o terreno irregular (declividade acentuada) pode difi-
cultar o direcionamento da queda das árvores durante 
o abate;
• a presença de árvores mortas (em pé) pode represen-
tar um risco para a operação e para o motosserrista;
168 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• a presença de galhos e cipós nas copas das árvores 
pode dificultar o abate e a queda das árvores.
Qual é a probabilidade de isto acontecer?
Elevada, considerando que:
• a floresta não foi manejada e não foi realizada a roça-
da pré-corte para limpeza de cipós e sub-bosque;
• o elevado número de árvores mortas (em pé) presen-
tas no povoamento;
• a elevada declividade do terreno;
• a falta de planejamento da derrubada pelos encarre-
gados e pelo motosserrista;
• o excesso de confiança do motosserrista.
Quais são as possíveis consequências (gravidade)?
• lesões, morte.
Se o motosserrista tivesse avaliado a situação previamen-
te, o que devia ter feito para reduzir o risco? Deveria:
• ter pedido a orientação do seu encarregado;
• ter realizado uma Análise Prévia de Risco (APR) em 
conjunto com outros motosserristas, visando identifi-
car os riscos presentes e as ações para minimizá-los;
• ter solicitado a retirada das árvores mortas através 
de cabos de aço acoplados a tratores posicionados na 
margem das estradas;
• terse recusado a derrubar em locais com elevado risco 
para sua segurança e integridade física.
Observação: Neste caso, nota-se claramente que o mo-
tosserrista teve sua vida preservada, apesar da gravidade do ocor-
rido, graças a efetividade dos EPI’s utilizados (principalmente o 
capacete), conforme registros abaixo:
169 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Fonte: Stanley Schettino (acervo pessoal).
CASO 2 - Acidente no Traçamento 
Mecanizado de Madeira
O Operador de Máquina de Colheita estava realizando 
os trabalhos de traçamento de madeiras no estaleiro, utilizando 
uma máquina de esteiras com um cabeçote processador acoplado. 
Para facilitar e aumentar a produção, o operador acionou o botão 
que libera o tracionamento do fuste através dos rolos para realizar 
a medição do comprimento e diâmetro da tora para, ao fi nal do 
comprimento desejado, realizar o traçamento da mesma. Após fa-
zer este processo o operador informou que o botão fi cou acionado, 
não parando de tracionar o fuste e empurrando a árvore para dentro 
da máquina, vindo a quebrar o vidro da mesma e, somente parando 
após o desligamento da máquina. Ao fi m, constatou-se somente 
um pequeno arranhão na perna do operador e danos materiais na 
máquina, não sendo necessário o afastamento do operador.
O que deveria ter feito o operador?
Devia ter efetuado uma simples avaliação dos riscos para 
determinar o que pode acontecer e se transformar em acidente, 
uma vez que:
170 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
• se o posicionamento das árvores a serem processadas 
estava correto;
• a máquina já vinha apresentando sinais de falha me-
cânica;
• as manutenções preventivas e preditivas foram reali-
zadas na máquina conforme o plano de manutenção 
estabelecido pelo fabricante.
Qual é a probabilidade de isto acontecer?
Elevada, considerando que:
• nunca se deve acionar o comando de tracionamento 
dos fustes com o cabeçote virado para a máquina;
• os fustes estavam posicionados de modo incorreto 
para o processamento;
• o operador deveria ter reposicionado a máquina para 
trabalhar em condição segura.
Quais são as possíveis consequências (gravidade)?
• danos materiais de grande monta, lesões, morte.
Se o operador da máquina tivesse avaliado a situação pre-
viamente, o que devia ter feito para reduzir o risco? Deveria:
• ter solicitado a equipe de extração para reposicionar 
os fustes a serem processados;
• ter realizado uma Análise Prévia de Risco (APR) em 
conjunto com outros operadores, visando identificar 
os riscos presentes e as ações para minimizá-los;
• ter solicitado a equipe de manutenção mecânica uma 
inspeção prévia da máquina e do equipamento visan-
do identificar possíveis falhas mecânicas;
• ter se recusado a processar fustes em situações com 
elevado risco para sua segurança e integridade física.
171 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
Obs.: A seguir, o registro do acidente:
Fonte: Stanley Schettino (acervo pessoal).
CASO 3 - Investigação de Acidentes com 
Motosserra
Situação e Histórico
Em uma dada empresa fl orestal, pequena produtora de 
papel e celulose, existiam aproximadamente 25 Operadores de 
Motosserra realizando a colheita de pinus, consistindo nas ativi-
dades de derrubada, desgalhamento e traçamento dos fustes. Em 
dado período, entre dezembro de um ano e fevereiro do ano se-
guinte, ocorreram três acidentes com alguma gravidade envolven-
do esses operadores, conforme descrito a seguir:
• Dia 21/12 - Operador S. S. P. N. - estava desgalhando 
uma árvore já derrubada com a motosserra e, ao cortar 
um dos galhos, a corrente da motosserra arremessou a 
ponta do galho contra sua própria perna direita, vindo 
a perfurá-la.
• Dia 13/01 - Operador E. A. - estava desgalhando 
a árvore já derrubada em um terreno irregular e, ao 
172 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
cortar um dos galhos, a árvore rolou rapidamente em 
sua direção, empurrando a motosserra contra seu pé 
esquerdo, que foi atingindo pela corrente da motos-
serra em funcionamento, momento em que sofreu um 
profundo corte nessa parte do corpo.
• Dia 13/02 - Operador O. T. S. - estava desgalhando 
uma árvore após a derrubada e, ao cortar um galho 
com a motosserra, a mesma deu um rebote e veio a 
atingir seu pé esquerdo, cortando-o através da bota 
de motosserrista.
Objetivo
Investigação das potenciais causas de repetidos acidentes 
ocorridos na operação de corte e desgalhamento com motosserras.
Possíveis Causas Levantadas
1. Necessidade de Reciclagem de Treinamentos de 
Operação de Motosserra
De acordo com o pressuposto no artigo 31.12.39 da NR-
31, os empregadores ou equiparados devem promover à todos 
os operadores de motosserra, motopoda e similares, treinamento 
para utilização segura da máquina, com carga horária mínima de 
oito horas e conforme conteúdo programático relativo à utilização 
constante do manual de instruções.
Todos os Operadores de Motosserra pertencentes aos 
quadros da empresa possuíam o referido treinamento, comprova-
dos através de certificados. 
Entretanto, após verificação documental, foi constatado 
que alguns operadores haviam realizado os treinamentos há 05, 
173 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
06, 08 e até 12 anos. Em verifi cação pessoal juntamente com esses 
Operadores, verifi cou-se que as metodologias de operação destes 
treinamentos estavam bastante defasadas e não condiziam com a 
realidade operacional daquele momento.
Ações Propostas: Realizar a reciclagem de treinamento de 
operação de motosserras para todos os Motosserristas, iniciando 
por aqueles com treinamentos mais antigos.
2. Falhas de Manutenção e Regulagens das Motosserras
No mês anterior a ocorrência do primeiro acidente, ha-
viam sido adquiridas motosserras novas para substituição daquelas 
antigas que atingiram o limite de vida útil. No mês de dezembro 
do ano em questão, cerca de 75% das motosserras eram novas (com 
menos de 01 mês de uso), as quais, teoricamente, não tinham gran-
des possibilidades de apresentar falhas mecânicas.
Entretanto, foram verifi cadas em campo duas situações 
que poderiam acarretar riscos potenciais de acidentes:
a) Motosserras trabalhando com as guias rebaixadas – As 
guias de profundidade das correntes das motosserras são as partes 
que fazem com que a mesma “corra” por dentro do sabre, conforme 
ilustrado na fi gura a seguir:
Deve-se manter todas as guias de profundidade, tanto dos 
cortadores do lado esquerdo como os do lado direito, calibradas, 
174 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
mantendo seu desenho próximo ao original, arredondando a ponta 
quadrada provocada pela lima chata. Isso, além de ajudar a evitar o 
corte inclinado, preservará a “aerodinâmica” da corrente e diminui-
rá a possibilidade de rebote.
O trabalho com as guias rebaixadas provoca um excesso 
de velocidade da corrente o que, também, afeta sua estabilidade, 
aumenta a possibilidade de arremesso de galhos e a possibilidade 
de rebotes.
b) Motosserras com rotação de trabalho excessivamente 
elevada – De acordo com recomendações do fabricante, as motos-
serras devem trabalhar com rotação de 12.800 a 13.000 rpm. 
Foram encontradas motosserras com até 15.000 rpm em 
operação. O trabalho com as motosserras com rotações excessi-
vas, além de ocasionar desgaste prematuro das parte internas do 
motor, provoca um excesso de velocidade da corrente, afeta sua 
estabilidade, aumenta a possibilidade de arremesso de galhos e a 
possibilidade de rebotes.
Ações Propostas: Treinamento sobre regras básicas de ma-
nutenção de motosserras (principalmente com relação a rotação 
dos motores e calibração de guias de profundidade) para os Líderes 
e Encarregados de Colheita, para que possam estar monitorando 
esses itens de segurança.
3. Falta de Resistência dos EPI’s Utilizados pelos 
Motosserristas
De acordo com o artigo 31.20.1 da NR-31, é obrigatório 
o fornecimento aostrabalhadores, gratuitamente, de equipamen-
tos de proteção individual (EPI), ...; já o artigo 31.20.1.1 preconiza 
que os equipamentos de proteção individual devem ser adequados 
aos riscos e mantidos em perfeito estado de conservação e funcio-
175 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
namento. Por sua vez, os artigos 31.20.1.2 e 31.20.1.3 afi rmam que 
o empregador deve exigir que os trabalhadores utilizem os EPI’s e 
fornecerem a orientação aos empregados quanto ao uso dos EPI’s.
Verifi cou-se, em campo, que todos os Operadores de 
Motosserra possuíam os EPI’s necessários ao desempenho de suas 
atividades, que os mesmos estavam orientados quanto ao correto 
uso dos mesmos e que os Técnicos de Segurança constantemente 
estavam fi scalizando e exigindo o uso dos EPI’s.
Entretanto, ao analisar o último acidente ocorrido, verifi -
cou-se que o calçado de segurança utilizado pelo Motosserrista não 
teve a atuação desejada. Apesar de o mesmo possuir biqueira de aço 
e proteção de metatarso, esta última não resistiu ao impacto sofrido, 
fazendo com que houvesse danos (ferimentos) ao Motosserrista. 
Foi constatado que o material utilizado para a proteção 
do metatarso no calçado de segurança tratava-se de uma liga de 
plástico (ou algum material semelhante) e que a mesma se esfa-
celou, quando deveria (teoricamente) ter suportado o impacto. A 
seguir, é apresentada a foto do calçado que estava sendo utilizado 
pelo Motosserrista no último acidente:
Fonte: Stanley Schettino (acervo pessoal).
176 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Ações Propostas: Verificar com o fornecedor dos EPI’s e 
representantes dos fabricantes a possibilidade do teste de botinas 
de segurança confeccionadas com materiais mais resistentes.
4. Derrubada/Desgalhamento Próximo a Áreas de 
Reservas e Estradas
Quando as árvores a serem derrubadas e desgalhadas en-
contram-se próximas às áreas de reservas e estradas (com barran-
cos), ocorre uma dificuldade na operação de desgalhamento devido 
as árvores caírem sobre outras e mesmo sobre os barrancos das 
estradas, ficando os galhos nas partes inferiores dos troncos.
Ações Propostas: Orientar os motosserristas para, nestes 
casos, somente desgalharem as árvores após o arraste das mesmas 
para os estaleiros.
5. Necessidade de Ajustes Operacionais
O sistema de colheita semimecanizado adotado pela em-
presa previa, em regra, 01 Operador de Motosserra realizando a 
derrubada e desgalhamento para cada trator de arraste. Entretanto, 
foi verificado que, em inúmeras situações, torna-se necessário que 
01 Operador de Motosserra realize a derrubada e desgalhamento 
para 02 tratores de arraste. Essa condição operacional é verificada 
quando ocorre quebra de motosserras ou falta de Motosserristas 
ao trabalho.
Quando isso ocorre, torna-se necessário imprimir um 
ritmo acelerado de trabalho, o vem a acarretar desgaste físico ao 
Motosserrista e, consequentemente, um maior risco de ocorrên-
cia de acidentes. A situação é agravada em situações operacionais 
onde, devido à idade dos povoamentos, as árvores possuem um 
maior percentual de galhos.
Ações Propostas: Realizar um levantamento do dimensio-
namento das frentes de colheita e efetuar os ajustes necessários.
177 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
CASO 4 - Mapas de Riscos para Máquinas da 
Colheita Mecanizada
Conforme a Portaria nº 05, de 17 de agosto de 1992, 
do Ministério do Trabalho e Emprego, a elaboração do Mapa de 
Riscos é obrigatória para empresas com grau de risco e número de 
empregados que exijam a constituição de uma CIPA - Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes.
O Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos de 
acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao pro-
cesso produtivo, devendo ser afixado em locais acessíveis e de fácil 
visualização no ambiente de trabalho, com a finalidade de infor-
mar e orientar todos os que ali atuam e outros que, eventualmente, 
transitem pelo local. No Mapa de Riscos, os círculos de cores e 
tamanhos diferentes mostram os locais e os fatores que podem 
gerar situações de perigo em função da presença de agentes físicos, 
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. O mapeamento 
possibilita o desenvolvimento de uma atitude mais cautelosa por 
parte dos trabalhadores diante dos perigos identificados e grafica-
mente sinalizados. Desse modo, contribui com a eliminação e/ou 
controle dos riscos detectados (SEGPLAN-GO, 2018).
A seguir são apresentados modelos de mapas de riscos 
para algumas máquinas utilizadas na colheita mecanizada (desen-
volvidos pelos autores), com o intuito de:
a) Reunir informações suficientes para o estabelecimento 
de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho 
com essas máquinas;
b)Possibilitar a troca e divulgação de informações entre os 
operadores e mecânicos, bem como estimular sua participação nas 
atividades de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais.
178 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
MAPA DE RISCOS
NR5, PORTARIA 3214 DE 08/06/78 E PORTARIA 25 DE 29/12/94
CIPATR - GESTÃO 2019/2021
FELLER-BUNCHER
GRUPO I - RISCOS FÍSICOS
RUÍDO
. MOTOR DO EQUIPAMENTO
VIBRAÇÕES
. OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
GRUPO IV - RISCOS ERGONOMICOS
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO
. OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
MINISTÉRIO DO TRABALHO
TABELA 01 - RISCOS AMBIENTAIS
GRUPO I
RÍSCOS
FÍSICOS
RÍSCOS
QUÍMICOS
GRUPO II
RÍSCOS
BIOLÓGICOS
RÍSCOS
ERGONÔMICOS
GRUPO IVGRUPO III GRUPO V
RISCOS 
ACIDENTES
TABELA DE GRAVIDADE
TIPO DE 
RISCO
SIMBOLO
GRANDE MÉDIO PEQUENO
GRUPO V - RISCOS 
ACIDENTES
QUEDA
. Subir e descer da cabina da 
máquina.
INCÊNDIO
. Alta temperatura / acúmulo 
de folhas e galhos / 
vazamento de óleo
QUEIMADURA
. Contato com partes quentes do
motor durante a inspeção diária
GARRA TRAÇADORA
TOMBAMENTO
. Posicionamento inadequado
da máquina dentro do talhão
(áreas acidentadas)
CHOQUE ELÉTRICO
. Derrubada próximo a rede 
elétrica
MOVIMENTOS REPETITIVOS
. Manuseio dos comandos
Fonte: Stanley Schettino (acervo próprio)
MAPA DE RISCOS
NR5, PORTARIA 3214 DE 08/06/78 E PORTARIA 25 DE 29/12/94
CIPATR - GESTÃO 2019/2021
SKIDDER
GRUPO I - RISCOS FÍSICOS
RUÍDO
. MOTOR DO EQUIPAMENTO
VIBRAÇÕES
. OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTO
GRUPO IV - RISCOS ERGONOMICOS
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO
. OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTO
MINISTÉRIO DO TRABALHO
TABELA 01 - RISCOS AMBIENTAIS
GRUPO I
RÍSCOS
FÍSICOS
RÍSCOS
QUÍMICOS
GRUPO II
RÍSCOS
BIOLÓGICOS
RÍSCOS
ERGONÔMICOS
GRUPO IVGRUPO III GRUPO V
RISCOS 
ACIDENTES
TABELA DE GRAVIDADE
TIPO DE 
RISCO
SIMBOLO
GRANDE MÉDIO PEQUENO
GRUPO V - RISCOS 
ACIDENTES
QUEDA
. Subir e descer da máquina
QUEIMADURA
. Inspeção ( radiador)
GARRA TRAÇADORA
TOMBAMENTO
. Descida em locais 
acidentados
MOVIMENTOS 
REPETITIVOS
. Manuseio dos comandos
Fonte: Stanley Schettino (acervo próprio)
179 SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL
MAPA DE RISCOS
NR5, PORTARIA 3214 DE 08/06/78 E PORTARIA 25 DE 29/12/94
CIPATR - GESTÃO 2019/2021
HARVESTER
GRUPO I - RISCOS FÍSICOS
RUÍDO
. MOTOR DO EQUIPAMENTO
VIBRAÇÕES
. OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
GRUPO IV - RISCOS ERGONOMICOS
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO
. OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
MINISTÉRIO DO TRABALHO
TABELA 01 - RISCOS AMBIENTAIS
GRUPO I
RÍSCOS
FÍSICOS
RÍSCOS
QUÍMICOS
GRUPO II
RÍSCOS
BIOLÓGICOS
RÍSCOS
ERGONÔMICOS
GRUPO IVGRUPO III GRUPO V
RISCOS 
ACIDENTES
TABELA DE GRAVIDADE
TIPO DE 
RISCO
SIMBOLO
GRANDE MÉDIO PEQUENO
GRUPO V - RISCOS 
ACIDENTES
QUEDA
. Subir e descer da máquina
( compartimento motor; 
degraus escada) e gavetas 
ferramentas
CORTE
. Troca de corrente
( conjunto de corte) e sabre
QUEIMADURA
. Inspeção (radiador)
MOVIMENTO 
REPETITIVO
. Manuseio dos comandos
Fonte: Stanley Schettino (acervo próprio)
MAPA DE RISCOS
NR5, PORTARIA 3214 DE 08/06/78 E PORTARIA 25 DE 29/12/94
CIPATR - GESTÃO 2019/2021
FORWARDER
GRUPO I - RISCOS FÍSICOS
RUÍDO
. MOTOR DO EQUIPAMENTO
VIBRAÇÕES
. OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTOGRUPO IV - RISCOS ERGONOMICOS
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO
. OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
MINISTÉRIO DO TRABALHO
TABELA 01 - RISCOS AMBIENTAIS
GRUPO I
RÍSCOS
FÍSICOS
RÍSCOS
QUÍMICOS
GRUPO II
RÍSCOS
BIOLÓGICOS
RÍSCOS
ERGONÔMICOS
GRUPO IVGRUPO III GRUPO V
RISCOS 
ACIDENTES
TABELA DE GRAVIDADE
TIPO DE 
RISCO
SIMBOLO
GRANDE MÉDIO PEQUENO
GRUPO V - RISCOS 
ACIDENTES
QUEDA
. Subir e descer da máquina
( compartimento motor; 
degraus escada) e gavetas 
ferramentas
QUEIMADURA
. Inspeção (radiador)
TOMBAMENTO
. Posicionamento errado
da máquina dentro do
talhão
MOVIMENTOS 
REPETITIVOS
. Manuseio dos comandos
CHOQUE ELÉTRICO
. Extração próximo a rede 
elétrica
Fonte: Stanley Schettino (acervo próprio)
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. L. Um estudo sobre a teoria geral de sistema na gestão de segurança 
e saúde ocupacional em empresas construtoras certificadas em OHSAS 18001. Tese 
(Doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Gradua-
ção em Engenharia Civil, 2009.
ALMEIDA, S.F.; ABRAHÃO, R.F.; TERESO, M.J.A. Avaliação da exposição ocu-
pacional à vibração de corpo inteiro em máquinas de colheita florestal. Cerne, v. 21, 
n. 1, p. 1-8, 201.5
ALMEIDA, W. F. Trabalho agrícola e sua relação com saúde/doença. In: MENDES, R. 
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ÍNDICE REMISSIVO
A
Acidentes de Trabalho 9
Agentes causadores de acidentes 9
Avaliação de acidentes 10
Avaliação dos riscos 9, 81
C
Causas de acidentes 9
Condições de trabalho 9, 186
G
Gerenciamento dos riscos 9
Gestão legal de riscos 9
I
Identificação dos riscos 9
M
Mapas de riscos 10
Medidas de controle 9, 54
Monitoramento das ações 9
N
Normas aplicáveis 9
Normas Regulamentadoras 9, 17, 47, 48, 62, 63, 65, 67, 70, 71, 72, 182
O
Orientações legais 9
R
Riscos biológicos 9
Riscos de acidentes 9, 10
Riscos ergonômicos 9
192 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Riscos físicos 9
Riscos Químicos 9
S
Saúde do trabalhador 9
T
Tipos de acidentes 9
trabalho florestal 5, 14, 15, 25, 67, 92, 106, 109, 114, 183, 187, 190
SOBRE OS AUTORES
Stanley Schettino
Professor Adjunto na UFMG - Universidade Federal de Minas 
Gerais/Instituto de Ciências Agrárias. Engenheiro Florestal 
(Universidade Federal de Viçosa - 1992), Doutor em Ciências 
Florestais (Universidade Federal de Viçosa - 2016), MBA 
em Gestão Empresarial (Fundação Getúlio Vargas - 2002), 
Engenheiro de Segurança do Trabalho (PUC-PR - 2010). Possui 
grande experiência na área Engenharia Florestal, com ênfase em 
Colheita Mecanizada de plantios de reflorestamento, Planejamento 
Florestal e Programas de Gestão de Qualidade, Meio Ambiente e 
Saúde e Segurança do Trabalho, além de participação em processos 
de certificação florestal. Atualmente leciona, dentre outras, a disci-
plina Segurança do Trabalho Florestal para o curso de graduação 
em Engenharia Florestal da UFMG. É professor permanente no 
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais da UFMG.
Luciano José Minette
Engenheiro Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1984), 
Mestre em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa 
(1987) e Doutor em Ciência Florestal pela Universidade Federal de 
Viçosa (1995). Possui especialização em Engenharia de Segurança 
do Trabalho pela FUMEC (2002). Atualmente, é Professor 
Associado IV da Universidade Federal de Viçosa e integrante da 
Universidade Federal do Espírito Santo. Coordenador do curso 
de Especialização Lato-Sensu em Engenharia de Segurança do 
Trabalho, da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na 
área de Engenharia de Produção, com ênfase em Segurança do 
194 
STANLEY SCHETTINO, LUCIANO JOSÉ MINETTE 
 e VINÍCIUS PEREIRA DOS SANTOS
Trabalho e Ergonomia, atuando principalmente nos seguintes te-
mas: ergonomia, colheita florestal, transporte florestal e segurança 
do trabalho.
Vinícius Pereira dos Santos
Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal do 
Espírito Santo - UFES, mestrado em Produção Vegetal pela 
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Graduação em 
Engenharia Agronômica pelo Centro de Ciências Agrárias da 
UFES (2009), pós-graduado em Engenharia de Segurança do 
Trabalho (2013) pela Universidade Cândido Mendes e Técnico 
Agrícola formado pela Escola Agrotécnica Federal de Colatina 
(1998/2000), atual IFES Campus Itapina. Trabalhou como 
Técnico Agrícola pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal 
(IDAF) na função de Inspetor Fitossanitário. Tem experiência na 
área de Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: 
inclusão digital, educação ambiental, legislação e fiscalização am-
biental, plano de manejo, agroecologia, extensão rural e segurança 
do trabalho.
Formato: 14,8x21
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Papel: Pólen 80g /m2 (miolo)
Cartão Supremo 250g / m2
2019
Curitiba/Paraná
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Tel: (41) 3022-6005
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