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ERITROPOESE - Produção de Eritrócitos - Maturação Eritróide - Áreas Críticas para Função Eritróide Prof. Ramon Alves Pires ERITROPOESE PROCESSO TOTAL PELO QUAL AS HEMÁCIAS SÃO PRODUZIDAS NA MEDULA ÓSSEA. ERITROPOESE Pode ser dividida em duas fases: Fase Independente de Eritropoetina: Stem-Cell - Comprometimento desta progênie da célula-tronco pluripotente com a proliferação e diferenciação eritróide Extra Embrionária: depende da interação célula-célula, e aparentemente não é influenciada pela eritropoetina. Fase Dependente de Eritropoetina: BFU-E - Produção de Unidade Formadora Explosiva Eritróide (mais primitiva, está relacionada com a célula-tronco hematopoiética) CFU-E - Produção de Unidades Formadoras de Colônias Eritróides (um pouco mais madura, está relacionada estruturalmente com o proeritroblasto) RBC - Maturação/Diferenciação de células eritróides mais maturas e funcionais. Fases hepática e mielóide: são caracterizadas por uma crescente dependência sobre a eritropoetina ERITROPOESE ERITROPOESE O processo dura cerca de 5 a 7 dias com produção de 16 eritrócitos. ERITROPOESE Células grandes primitivas eritróides do saco vitelino têm uma vida relativamente curta; Sobrevida das hemácias geradas nos períodos hepático e mielóide intra- uterino também é menor que das geradas ao nascimento; Pode-se inferir um gradual prolonagamento da sobrevida das hemácias durante o desenvolvimento; Importância: icterícia fisiológica do recém-nascido na destruição de hemácias produzidas no período intra-uterino e substituição da hemoglobina fetal FATORES ESIMULADORES DA ERITROPOESE ERITROPOETINA Vida Uterina: o RIM não é o principal sítio de produção de EPO, após nefrectonia bilateral de fetos caprinos onde se observou produção de EPO, enquanto que hepatectomia parcial houve redução dos níveis de EPO, indicando a importância deste sítio para produção intra-uterina. Vida Pós Natal: o RIM assume a função de principal spitio regulador de produção de EPO, a geração de EPO parece ser regulada pela disponibilidade relativa de oxigênio e não pelos fatores maternos; FATORES ESIMULADORES DA ERITROPOESE ERITROPOETINA Local de Síntese: 90% nos RINS (células epiteliais dos túbulos renais, células endoteliais justaglomerulares); 10% no FÍGADO (difere do período intra-uterino); Estímulo: Hipóxia (baixa perfusão de O2); Funções: (PHD) estimula a PRODUÇÃO de pró-eritroblastos a partir de células-tronco hematopoiéticas; promove HEMOGLOBINIZAÇÃO; estimula a DIFERENCIAÇÃO dos pró-eritroblastos aos diferentes estágios eritroblásticos. FATORES ESIMULADORES DA ERITROPOESE ERITROPOETINA Local de Síntese: 90% nos RINS (células epiteliais dos túbulos renais, células endoteliais justaglomerulares); 10% no FÍGADO (difere do período intra-uterino); Estímulo: Hipóxia (baixa perfusão de O2); Funções: (PHD) estimula a PRODUÇÃO de pró-eritroblastos a partir de células-tronco hematopoiéticas; promove HEMOGLOBINIZAÇÃO; estimula a DIFERENCIAÇÃO dos pró-eritroblastos aos diferentes estágios eritroblásticos. FATORES ESIMULADORES DA ERITROPOESE ERITROPOETINA HUMANA RECOMBINANTE Insuficiência renal crônica Pacientes com AIDS em terapia com zidovudina Pacientes oncológicos em QT TERAPIA ERITROPOÉTICA VITAMINA B12 e ÁCIDO FÓLICO Vitamina B12 e ácido fólico são importantes na ploliferação celular (síntese de DNA). FERRO e VITAMINA B6 Ferro e Vitamina B6 são importantes na maturação (síntese de hemoglobina). FATORES ESIMULADORES DA ERITROPOESE MATURAÇÃO ERITRÓIDE MATURAÇÃO ERITRÓIDE MATURAÇÃO ERITRÓIDE A substituição do conteúdo de RNA (intensa atividade celular) que confere cor azul (cora-se por corante básico – azul de metileno) pela Hemoglobina (transporte de gases) que confere cor vermelho- alaranjado (cora-se por corante ácido – eosina) MATURAÇÃO ERITRÓIDE MATURAÇÃO ERITRÓIDE PROERITROBLASTO Primeira célula morfologicamente distinguível da série vermelha; Célula oval ou arredondada de tamanho entre 18 e 25 μm de diâmetro; Citoplasma reduzido com intensa basofilia e halo claro ao redor do núcleo; Núcleo Grande e arredondado (alta relação Núcleo/Citoplasma) Cromatina frouxa e delicada Presença de 1 ou mais nucléolos Constitui aprox.1% da medula óssea MATURAÇÃO ERITRÓIDE PROERITROBLASTO Primeira célula morfologicamente distinguível da série vermelha; Célula oval ou arredondada de tamanho entre 18 e 25 μm de diâmetro; Citoplasma reduzido com intensa basofilia e halo claro ao redor do núcleo; Núcleo Grande e arredondado (alta relação Núcleo/Citoplasma) Cromatina frouxa e delicada Presença de 1 ou mais nucléolos Constitui aprox.1% da medula óssea MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITROBLASTO BASÓFILO MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITROBLASTO BASÓFILO Célula menor que o PROERTROBLASTO, com tamanho entre 16 a 18 μm de diâmetro; Citoplasma Intensamente basofílico, mas variável pelo início da hemoglobinização; Núcleo Menor que o do PROERITROBLASTO, com cromatina um pouco condensada e grosseiramente disposta Já não apresenta nucléolos visíveis (com panóptico) Grande e arredondado (alta relação Núcleo/Citoplasma) Constitui aprox. 1 a 4% da medula óssea MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITROBLASTO POLICROMÁTICO MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITROBLASTO POLICROMÁTICO Célula com tamanho entre 10 a 13 μm de diâmetro; A Hemoglobina está presente em grande quantidade, mas os ribossomas ainda persistem, assim... Citoplasma A coloração citoplasmática varia de azul à cinza/alaranjado Núcleo Mais centralizado e ocupa cerca de 25% da célula Cromatina mais compactada expressando uma menor relação N/C Constitui aprox. 10 a 20% da medula óssea MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO Célula com tamanho entre 8 a 12 μm de diâmetro; Nesta fase atinge o fim de sua sintese de DNA e capacidade mitótica; Citoplasma É saturado de hemoglobina com consequente acidofilia Núcleo Picnótico e normalmente excêntrico, fase que precede sua expulsão; Constitui aprox. 5 a 10% da medula óssea MATURAÇÃO ERITRÓIDE RETICULÓCITO MATURAÇÃO ERITRÓIDE RETICULÓCITO Célula “anucleada”com tamanha ligeiramente maior que de eritrócitos maduros; Em coloração panóptica apresenta citoplasma acidófilo (alaranjado); Em coloração supravital (Novo Azul de Metileno ou Azul de Cresil Brilhante) apresenta um retículo basófilo (RNAm) em seu citoplasma; Os retículos são lançados no sangue periférico e encaminhado ao baço; MATURAÇÃO ERITRÓIDE RETICULÓCITO Permanecem por até 1 dia e meio na M.O em seguida são lançados no sangue periférico onde em aproximadamente 3 dias tornam-se eritrócitos maduros Sua contagem em sangue periférico é útil para classificação fisiológica das anemias Anemias HIPERPROLIFERATIVAS (valores aumentados de reticulócitos) Anemias HIPOPROLIFERATIVAS (valores reduzidos de reticulócitos) MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITRÓCITO / HEMÁCIA MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITRÓCITO / HEMÁCIA Elemento sanguíneo figurado que apresenta forma circular e bicôncava sendo dotado de grande flexibilidade devido ao arranjo de sua membrana e suas funções metabólicas. Principal função??? Diâmetro variando entre 6 a 8μm Vida em média de 120 dias Hemocaterese realizada por macrófagos esplênico e hepático MATURAÇÃO ERITRÓIDE ERITRÓCITO / HEMÁCIA São os elementos mais abundantes encontrados na corrente sanguínea: 4,5 a 6 milhões/mm³ (♂); 4 a 5,5 milhões/mm³ (♀). O equilíbrio entre eritopoese e hemocaterese mantém aproximadamente 5 milhões/mm3 de eritrócitos A contagem de reticulócito indica a atividade medular e a dosagem de urobilinogênio indica destruição do eritrócito MATURAÇÃO ERITRÓIDE HEMOGLOBINA MEMBRANA METABOLISMO (BIOENERGÉTICA) FATORES NUTRICIONAIS ÁREAS CRÍTICAS PARA A FUNÇÃO ERITRÓIDE ÁREAS CRÍTICAS PARA A FUNÇÃO ERITRÓIDE BIBLIOGRAFIA • WINTROBES’S, M. M. et. Al. Clinical hematology. 9 ed., 1998 • ZAGO, MA, et al Hematologia, fundamentos e prática 2ª. Edição 2005, Atheneu • FAILACE,R. Hemograma, Manual de interpretação 4ª. Ed.. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003. • VERRASTRO, Therezinha; LORENZI, Therezinha; WENDEL NETO, Silvano. Hematologia e hemoterapia: fundamentos de morfologia, fisiologia, patologia e clínica. São Paulo: Atheneu , 2005. 303 p • HOFFBRAND, A.V.; PETTIT, J.E. Hematologia clínica ilustrada: manual e atlas colorido. 3ª Ed., São Paulo: Manole, 2001 • CECIL, Russell La Fayette; GOLDMAN, Lee; BENNETT, J. Claude. Tratado de medicina interna Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. V. 1. 1266 p • FLEMANS, R. J.;HAYHOE, F. F. J. Citologia Hematológica. 3ª ed. São Paulo, 1995. • CARVALHO, William F, Técnicas médicas de Hematologia e Imunohematologia, 1999
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