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Aula 2 - Farmacocinética

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Aula – FARMACOCINÉTICA 
Prof. Dr. Ricardo Guimarães Amaral
FARMACOLOGIA GERAL
Iniciamos em 
10 minutos
Farmacocinética 
O que o Organismo faz com 
Fármaco?
É o estudo das alterações plasmáticas e 
da quantidade total no corpo, após a 
administração dos medicamentos por 
várias vias. 
O
rg
an
is
m
o
Farmacocinética 
1. Absorção 
2. Distribuição 
3. Metabolização 
4. Eliminação 
Via de Administração
Eliminação 
A disponibilização do fármaco é dividida em quatro 
estágios denominados “ADME”
(Permite a entrada do 
fármaco no plasma)
(urina, na bile ou nas fezes)
1. Absorção 
➢ Absorção é definida como a passagem de um fármaco de seu 
LOCAL de administração para o PLASMA. 
Administração do
fármaco
Plasma
Fármaco 
ligado
Fármaco
livre
Absorção
(do local de administração 
para o plasma)
Fármaco Sítio de ação
Barreiras = Membranas biológicas
Bicamadas Lipídicas
1. Absorção 
➢ Fatores que interferem na absorção de fármacos : 
1. Absorção 
✓ Efeito do pH na absorção de fármacos
✓ Fluxo de sangue no local de absorção
✓ Área ou superfície disponível para absorção
✓ Tempo de contato com a superfície de absorção
✓ Característica do fármaco (tamanho, solubilidade e ionização) 
✓ Via de administração e forma farmacêutica
O grau de ionização afeta a permeabilidade na membrana
Formas não ionizadas (HA e B)
Atravessam mais facilmente 
a membrana lipídica
Mais facilmente absorvidas pelo trato GI
A absorção também depende de outras características da molécula. Ex: polaridade.
1. Absorção 
Biodisponibilidade (F)
É a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica e
então está disponível (biodisponível) para ser utilizada.
Administração i.v.: F = 1 (100%)
C
o
n
c
e
n
tr
a
ç
ã
o
(m
g
/m
l)
0
200
ASCi.v.
50
150
100
ASCv.o.
2 4 6
Tempo (h)
8 10
Biodisponibilidade oral = ASCv.o.
ASCi.v.
ASC = área sob a curva
1. Absorção 
(Concentração total de 
fármaco administrado)
1. Principais Vias de Administração
➢ Determinação da via de administração:
1º propriedades do fármaco
2º pelos objetivos terapêuticos
(p. ex., hidro ou lipossolubilidade, ionização) 
(p. ex., necessidade de um início rápido de ação, necessidade de 
tratamento por longo tempo, ou restrição de acesso a um local específico)
A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato 
com o organismo; é sua porta de entrada
➢ Conceito 
Vias de 
administração
Enteral 
Parenteral 
Outras 
➢ Tópica 
➢ Transdérmica
➢ Inalatória 
➢ Oral
➢ Sublingual
➢ Bucal
➢ Retal
➢ Intravenosa
➢ Intramuscular
➢ Intradérmica
➢ Subcutânea 
➢ Intratecal
1.1 Principais Vias de Administração
O Caminho do Fármaco – Trato gastrointestinal
1. Boca
2. Faringe
3. Esôfago
4. Estômago
5. Intestino Delgado
6. Intestino Grosso
Duodeno
Jejuno
Íleo
Ceco
Cólon
Reto
Ânus
Maior parte da absorção 
dos fármacos 
Via Enteral 
➢ Via Oral 
Absorção Restrita. Fármacos 
com características ácidas
Ex: AAS, Álcool, 
fenobarbital
Intestino Delgado
Via Enteral 
➢ Via Oral 
✓ Absorção da maior parte das
substâncias;
✓ grande superfície de absorção
(~200 m2), por causa das
vilosidades e dobras;
✓ a absorção também depende da
ionização e de transportadores;
Observação das vilosidades intestinais 
VANTAGENS
✓ Simples, Indolor, Conveniente, 
baixo custo, aceita socialmente
e sem infecção.
DESVANTAGENS
✓ Cooperação do paciente
✓ Passagem pelo estômago e pelo trato intestinal (irritações)
✓ Metabolismo de primeira passagem
✓ Influência de: alimentação, esvaziamento gástrico, motilidade gastrointestinal, 
bactérias intestinais e formulações.
Via Enteral 
➢ Via Oral 
Formas farmacêuticas
QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS?
Via Enteral 
➢ Via Oral 
Via Enteral 
➢ Via Sublingual 
✓ O fármaco é mantido em contato com a mucosa oral
✓ Absorção ocorre por mucosa oral 
VANTAGENS
✓ Absorção rápida
✓ Evita metabolismo de 1ª passagem
✓ Evita ação do suco gástrico
DESVANTAGENS
✓Pequena área superficial
✓Irritação da mucosa
✓Paciente pode engolir
OBS: A via bucal (entre a 
bochecha e a gengiva) é similar 
à via sublingual
Via Enteral 
➢ Via Retal 
VANTAGENS
✓ Pequena porção do fármaco absorvido sofre efeito de 
primeira passagem
✓ Adequada para pacientes onde a via oral está
impossibilitada/dificultada (Êmese, pós-operatório...) 
DESVANTAGENS
✓ Não é bem aceita socialmente
✓ Absorção irregular e incompleta
✓ Pode causar irritação da mucosa retal
Via Retal 
✓ Absorção ocorre por mucosa retal 
Via Parenteral 
1.2 Parenteral 
➢Intravenosa
➢Intramuscular
➢Intradérmica
➢Subcutânea
➢Intratecal
Via Parenteral 
VANTAGENS
✓ Rápida liberação no local de ação farmacológica 
✓ Alta biodisponibilidade 
✓ Não sujeito a metabolismo de 1ª passagem 
✓ Não sujeito a ambiente TGI
DESVANTAGENS 
✓ Irreversível 
✓ Infecção 
✓ Dor 
✓ Medo 
✓ Profissional capacitado 
Quando usar?
✓ Quando fármacos que são pouco absorvidos ou instáveis no (TGI)
✓ Quando necessário um inicio rápido de ação
✓ No tratamento do paciente impossibilitado de usar via oral
Via Parenteral 
➢ Via Intravenosa ou endovenosa (i.v.) 
➢ Em “bolo” x infusão
VANTAGENS
✓ Ação imediata
✓ Biodisponibilidade total
✓ Substâncias irritantes podem ser injetadas lentamente
✓ Possibilidade de interromper a administração ou alterar
a dose.
DESVANTAGENS
✓ Maior risco de efeitos indesejados
✓ Não é apropriada para drogas oleosas
✓ Riscos de infecções
✓ Profissional especializado
Adaptado de Lullman e col; Color Atlas of Pharmacology,
Via Parenteral 
➢ Via Intramuscular (i.m.) 
Adaptado de Lullman e col; Color Atlas of Pharmacology,
VANTAGENS
✓ Confiável
✓ Apropriada para drogas irritantes para serem 
injetadas s.c.
✓ Apropriada para formulações de depósito
✓ Absorção mais rápida que a subcutânea
DESVANTAGENS
✓ Não apropriada para autoadministração
✓ Dolorosa
✓ Pode alcançar nervos acidentalmente
Fármaco hidrossolúveis: absorção mais rápida
Fármaco em suspensão não aquosa: abs. mais lenta
Via Parenteral 
➢ Via subcutânea
VANTAGENS
✓ Pode ser usada para
administração de
fármacos a base de
óleo
DESVANTAGENS
✓ Início lento
✓ Pequenos volumes 
Exemplos: Anticoagulantes (heparina, 
clexane), hipoglicemiantes (insulina) 
e vacinas (antirrábica e anti-sarampo)
➢ Via intradérmica
Pouco utilizada, apenas para testes de 
sensibilidade ou alérgicos e a vacina BCG.
Via Parenteral 
➢ Via Intratecal ou subaracnóidea
Via Intratecal ou 
subaracnoide
Via peridural ou 
epidural 
Via Parenteral 
➢ Via Intratecal ou subaracnóidea
Anestésicos e/ou analgésicos durante procedimentos cirúrgicos.
A anfotericina B intratecal é usada no tratamento da meningite criptocócico
VANTAGENS
✓ Evita a barreira hematoencefálica 
Desvantagem 
✓ Infecção
✓Necessidade de profissional altamente experiente 
Via Intratecal Via Peridural 
Outras vias 
➢ Via transdérmica
Proporciona efeitos sistêmicos pela aplicação
do fármaco na pele, em geral, por meio de um 
adesivo cutâneo.
Adesivos anticoncepcional Adesivos de nicotina
✓ Pulmão tem grande área superficial (50-100
m2)
✓ Alto fluxo sanguíneo
✓ Adequada para: Anestésicos voláteis, aerosóis
para o tratamento de asma.
Adaptado de Lullman e col; Color Atlas of Pharmacology,
Outras vias 
➢ Via inalatória
➢ Via tópica 
➢ Via transdérmica
✓ A aplicação tópica é usada quando se deseja um 
efeito local do fármaco. 
Ex: o clotrimazol em pomada é aplicado diretamente 
na pele para o tratamento de infecções por fungos.
Administração do
fármaco
Plasma
Fármaco 
ligado
Fármaco
livre
Absorção
(do local de administração 
para o plasma)
2. Distribuição 
➢É o processo pelo qual um 
fármaco reversivelmente 
abandona o leito vascular e entra 
no interstício (líquido extracelular) 
e, então, nas células dos tecidos.
Tecidos e Sítio de ação 
2. Distribuição 
A. Fluxo sanguíneo
B. Permeabilidade capilar
C. Ligação de fármacos a proteínasplasmáticas e dos tecidos
D. Lipofilicidade
FATORES QUE INFLUENCIAM A DISTRIBUIÇÃO 
Tecido % do 
débito cardíaco
Fluxo sang 
(L/min)
% do peso 
corpóreo
Taxa de perfusão 
(mL/min/100g
de tecido)
Rim 20 0,5 350
Cérebro 12 2,0 55
Pulmao 400
Fígado
100
24
1,5
2,8
Coração
Músculo
Pele
4
23
6
Tecido adiposo 10
1,23
0,75
5,40
1,55
0,25
0,80
0,40
0,25
0,5
40,0
10,0
19,0
85
84
5
5
3
2. Distribuição 
A. Fluxo sanguíneo
2. Distribuição 
Estrutura capilar mais 
comum 
B. Permeabilidade capilar
Absorção 
Administração sistêmica
Fármaco livre
Fármaco ligado à
proteínas
Distribuição
Corrente sanguínea
C. Ligação de fármacos a proteínas plasmáticas e dos tecidos
Ligação às proteínas e seqüestro do fármaco
C. Ligação de fármacos a proteínas plasmáticas e dos tecidos
3. Metabolização 
➢ Logo que o fármaco entra no 
organismo começa o processo de 
eliminação.
➢ O metabolismo de fármacos compreen
de o conjunto de reações enzimáticas 
que biotransformam fármacos em 
metabólitos inativos e de polaridade 
crescente, para que sejam excretados 
pela urina.
Administração do
fármaco
Plasma
Fármaco 
ligado
Fármaco
livre
Absorção
(do local de administração 
para o plasma)
Tecidos e 
Sítio de ação 
Metabolização
Eliminação
3. Metabolização 
O fígado é que contém a maior diversidade e quantidade de enzimas 
metabólicas, de modo que a maior parte do metabolismo dos fármacos 
ocorre nesse órgão.
Tornar os fármacos inativos 
ou facilitando a sua 
eliminação
Função:
➢Os rins, o trato gastrintestinal, os 
pulmões, a pele e outros órgãos 
contribuem para o metabolismo 
sistêmico dos fármacos.
3. Metabolização 
FÁRMACO
DERIVADO
ou 
METABÓLIT
O
CONJUGADO
Fase I Fase II
Oxidação
Hidroxilação 
Desalquilação 
Desaminação 
Hidrólise
Conjugação
COOH
OCOCH3
Ácido acetil salicílico
Fase I
OH
COOH
Ácido salicílico
COOH
O
O
COOH
OH
HO OH
Derivado glicuronídio
Fase II
Fase I – Oxidação Fase II – Conjugação 
Função – Principalmente 
Inativação
Hepatócito – No retículo endoplasmáticos 
existe a presença de enzimas chamadas de 
citocromo P450 (CYP)
Função – aumentar solubilidade 
Núcleo 
Retículo 
endoplasmático liso 
Hepatócito 
CYP2C
CYP2D
CYP2A
Responsável por metabolização 
de mais de 50% dos fármacos 
disponíveis na terapêutica
Reações de conjugação: adição 
de grupo de substância 
endógena que reduz 
lipofilicidade
➢ Ácido glicurônico
➢ Ácido sulfúrico
➢ Ácido acético
➢ Aminoácido
3. Metabolização 
ibuprofeno hidroxibuprofeno
(O)
Fármaco Metabólito ativo Metabólito inativo
varfarina varfarina álcool
ácido ácido salicílico salicil glicurônico
acetilsalicílico
(H) (C)
NH
O
O
H 
N
Fenitoína 
(Altamente lipofílico)
4-hidroxifenitoína 
(pouco solúvel em água)
Fase I
NH
O
O
HO
H
N
4-hidroxifenitoína--D-glicuronídio 
(muito solúvel em água)
NH
O
O
H
N
COOH
O O
OH
HO
OH
Fase II
Excreção
3. Metabolização 
Exemplo:
3. Metabolização 
Pró-fármaco 
Sinvatatina sinvatatina hidroxiácido
Os pró-fármacos são fármacos que são administrados em 
forma inativa, sendo ativados somente após biotransformação
Prednisona Prednisolona
Enalapril Enalaprilate
Ciclofosfamida Mostarda de fosforamida
Metabólito ativo Pró-fármaco 
BiliarFecal 
Transpiração e 
respiração. 
Quantidades 
MÍNIMAS
Respiratória e 
Dérmica 
Excreção
Fármacos que não foram 
absorvidos via intestinal ou 
liberados no TGI através do 
líquido biliar 
Renal 
Maior taxa de 
eliminação de fármacos
4. Eliminação 
Tempo de ½ vida – é o tempo necessário para que a 
concentração plasmática do fármaco chegue em 
50%. É utilizado para o cálculo da posologia. 
100%
8mg/mL
50%
4mg/mL
25%
2mg/mL
2min 2min
Tempo de 4 minutos para 
eliminação de 75% do 
fármaco
ricardoamaral23@hotmail.com
Sugestão de Bibliografia 
Capítulo 21

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