Buscar

PROJETO KELLY 2019 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PEDAGOGIA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia 
KELLY FABIANA SOARES LUCENA SANTOS
PRÁTICAS INCLUSIVAS EM LIBRAS:
A aprendizagem do aluno surdo
	
Montes Claros
2019
PRÁTICAS INCLUSIVAS EM LIBRAS:
A aprendizagem do aluno surdo
KELLY FABIANA SOARES LUCENA SANTOS
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.
 
Montes claros
2019
RESuMO
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como acontece o processo de ensino/aprendizagem a inclusão dos alunos. Observar as práticas e estratégias metodológicas, dos professores, no planejamento das aulas para obter um panorama do ensino atual. Nesse sentido tratar-se-á acerca de como se dá a aprendizagem voltada para, o aluno surdo, e quais os procedimentos e instrumentos são utilizados a fim de que esse aluno se desenvolva tal qual o ouvinte. Com isto pretendemos alcançar a compreensão e o desenvolvimento de metodologias para que o ensino-aprendizagem seja vivenciado de maneira plena, tentando proporcionar aos alunos surdos e ouvintes um desenvolvimento de qualidade. A Língua Brasileira de Sinais é de extrema importância para esse processo de aquisição da Língua Portuguesa escrita. Conclui-se que as escolas além de inclusivas e garantir os recursos necessários ao aluno Surdo, é fundamental que tenham professores capacitados e compromissados com a educação de todos numa perspectiva de valorização das percepções docentes sobre temas relacionados ao seu fazer pedagógico, visando a sua melhoria.
Palavras-chave: Educação; Ludicidade; Ensino e aprendizagem; inclusão; surdo; intérprete.
SUMÁRIO
1 Introdução.....................................................................................................5
2 Revisão Bibliográfica ....................................................................................7
2.1. Breve histórico sobre a educação do surdo..............................................7
2.2. A aprendizagem do surdo .......................................................................11
2.3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino..............................15
Tema e linha de pesquisa...............................................................................15
Justificativa.....................................................................................................15
Problematização.............................................................................................15
Ojetivos...........................................................................................................15
Conteúdos......................................................................................................16
Processo de desenvolvimento........................................................................16
Tempo de realização......................................................................................16
Recursos humanos e materiais......................................................................17
Avaliação........................................................................................................17
3 Considerações Finais..................................................................................18
4 Referências.................................................................................................19
1 INTRODUÇÃO
A forma de conduzir ou selecionar os interesses para o aprendizado depende muito da visão que se tem das relações com o mundo. Assim como as relações construídas entre as pessoas com deficiência e as que não possuem algum tipo de deficiência é fato questionável, pois infelizmente vivenciam comportamentos, atitudes e valores que insistem em diferenciá-los. Independentes do âmbito de discussão estão inseridos em um meio social que marca o indivíduo em suas diferenças e dessas surgem preconceitos que muitas vezes engessam as mudanças e negam os valores que lhes são devidos.
 Durante muito tempo, a identidade, cultura e a língua natural dos Surdos foram rejeitados pela sociedade ouvinte. Com o passar do tempo, foram abrindo discussões acerca da educação de Surdos, e mudando as concepções existentes sobre esses sujeitos, que passaram a ser vistos como cidadãos de direitos e deveres iguais perante a sociedade, porém ainda com uma visão de exclusão.
Para o povo Surdo não deve ter sido fácil conviver com a exclusão total, o preconceito absurdo e as injustiças sofridas durante séculos, porém depois de algumas discussões a nível nacional e internacional, o cenário foi mudando e oportunidades acerca do processo educacional dos Surdos foram surgindo.
Na atual conjuntura brasileira, é notória a amplitude que os discursos e debates acerca da educação de Surdos vêm acontecendo. Cada dia se fala mais sobre educação inclusiva dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular.
A comunidade surda vem ascendendo sua participação na sociedade e por isso, surgiu o interesse de realizar uma pesquisa referente ao processo de aprendizagem do aluno surdo, tendo em vista que a LIBRAS ainda não faz parte do conhecimento de todos e que para ensinar precisa-se do mínimo de conhecimento na área, ou seja, formação para subsidiar os alunos público alvo. O presente trabalho busca analisar o processo de ensino e aprendizagens dos alunos surdos com ênfase no português como segunda língua.
A pesquisa pretende analisar a importância da aprendizagem dos alunos surdos, por meio de metodologias que facilitem a aquisição da língua portuguesa escrita. Indica ainda reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem do aluno surdo, a discussão sobre a inclusão no contexto escolar e a necessidade de adaptação curricular para complementar e adequar o ensino da LIBRAS e da língua portuguesa.
Assim sendo, consideramos que a relevância da pesquisa está em compreender que o assunto tem um sentido muito particular, no momento em que se busca um aprofundamento no estudo sobre os métodos usados para de transmissão de conhecimento aos alunos surdos dentro do ensino regular na atualidade. E pode ser útil a comunidade acadêmica no sentido de indicar novos rumos para os métodos de ensino, pois as mudanças estão ocorrendo de forma constante e os profissionais da área da educação especial estarão sempre necessitando de se qualificar para que possam se tornar aptos a desenvolver um trabalho educativo de qualidade para a formação dos surdos cidadãos.
2 Revisão Bibliográfica
2.1.Breve histórico sobre a educação do surdo
	Nos dias atuais percebemos que as pessoas com deficiência vêm conquistando direitos que até pouco tempo não tinham tais como o direito à educação na rede regular de ensino, apoio e permanência do profissional intérpretes de Libras na sala regular, o Atendimento Educacional Especializado para o público alvo da Educação Especial.
A surdez pode ser causada por problemas na gestação como infecções, meningite bacteriana, anômalas craniofaciais, entre outros (PASSOS, 2010), podendo ainda haver a perda da audição no período pós-lingual, que é quando a criança já teve contato com a língua oral, por conta de acidentes ou patologias.
Sendo assim, entendemos que, 
Art.2º Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais- Libras. (BRASIL, 2015)
	Segundo Moura (2016) a história da educação de Surdos no Brasil é bastante conturbada desde o seu início no Império, por volta do ano de 1857, até os dias recorrentes, devido a discriminação, o preconceito e as formas de tratamento sórdidas em relação aos Surdos. Durante muito tempo, a identidade, cultura e a língua natural dos Surdos foram rejeitados pela sociedade ouvinte. Com o passar do tempo, foram abrindo discussõesacerca da educação de Surdos, e mudando as concepções existentes sobre esses sujeitos, que passaram a ser vistos como cidadãos de direitos e deveres iguais perante a sociedade, porém ainda com uma visão de exclusão.
Há alguns anos a pessoa surda enfrentava obstáculos que dificultavam o processo de comunicação, interação e aprendizagem. A política de inclusão e o direito das pessoas com necessidades educacionais especiais é visto na legislação brasileira desde o século XVIII como aponta Sigolo et al (2010, p.174, apud SAMPAIO, 2012, p.22)
O brasil deu início à sua legislação especifica para a educação da pessoa com deficiência com o decreto imperial Nº 1.426, de 12 de setembro de 1854, que cria a fundação do imperial Instituto dos meninos cegos (atualmente Instituto Benjamin Constant- IBC). Três anos depois cria a fundação do Imperial Instituto dos Surdos-mudos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos –INES), através da Lei Nº 839, de 26 de setembro de 1857.
A política pública de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular de acordo com Lázari [s/d] é sustentada em primeiro momento com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional- LDBEN (LEI 4024/61) dando ênfase a educação como direito de todos, e o processo de integração da educação especial ao sistema nacional de educação que até então não se fazia parte ainda. A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, dispõe sobre as normas e critérios básicos de promoção e acessibilidade as pessoas com necessidades educacionais especiais.
A língua portuguesa é a língua oficial do Brasil, mas quando nos referimos aos surdos e após muitas lutas, nos referimos a Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS, o português fica como segunda língua, dessa forma para que as pessoas com surdez pudessem de fato manter uma comunicação plena era necessário que pudessem ter o conhecimento das duas línguas, a LIBRAS através das expressões faciais, corporais e espaciais e o português através da escrita. 
Segundo Silva (2010),
[...] a Libras sempre deverá estar presente, não como meio de comunicação secular restrito a crianças em horário de intervalo, mas como língua de instrução, aprendizagem, pois é possível perceber que a Libras é entendida como a primeira língua e o português como segunda (SILVA, 2010, p. 144).
A língua refere-se a um conjunto de palavras, utilizadas pelo um determinado povo para o exercício de sua comunicação, onde existem as regras combinatórias gramaticais e sintaxe. Desse modo não podemos nos referir a LIBRAS como linguagem, pois ela é uma língua, onde possui todas regras gramaticais presentes em qualquer outro idioma.
Em 26 de setembro de 1857 o professor Hernest Huet com o apoio do imperador, fundou no Rio de Janeiro a primeira escola para Surdos no Brasil, hoje chama-se Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Através da fundação desse Instituto os alunos tiveram a oportunidade de serem educados, inclusive na língua de sinais, recuperando assim sua comunicação expressiva e o convívio e interação com os alunos ouvintes, e portanto nesse dia é comemorado o dia nacional dos Surdos.
	Para FENEIS (2006, p.16): 
A LIBRAS, como toda língua de sinais, é uma língua de modalidade gestual-visual porque utiliza, como canal ou meio de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão; portanto, diferencia-se da Língua Portuguesa, que é uma língua de modalidade oral auditiva, por utilizar esses recursos como canais ou meios de comunicação, onde os sons são percebidos pelos ouvidos. Mas, as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.
De acordo com Caldeira (1998, p. 17) “A língua de Sinais é a língua natural do surdo. É aquela que ele aprende sem que seja necessário um ensino sistemático”, já o português é todo sistemático. Para que o aluno com surdez possa ter de fato uma educação plena e de qualidade é preciso que ambas as línguas possam ser trabalhadas de formas distintas, garantindo assim, o desenvolvimento do educando.
Na Comunicação Total, o estabelecimento de uma comunicação eficiente entre professor e aluno assume lugar privilegiado, em detrimento de outros pontos importantes, para o processo do desenvolvimento cognitivo dos surdos. Entre esses pontos está a necessidade de aquisição, pelos surdos, de sua primeira língua – de sinais –, a qual dará suporte a todas as suas aquisições futuras, incluindo-se a Língua Portuguesa (Brito, 1990).
Mediante isto, compreendemos que o bilinguismo é de considerável importância na vida das pessoas com surdez, pois a partir daí o aluno poderá desenvolver-se de forma ampla e participativa, estimulando não apenas a interação com pessoas surdas, mas com toda e qualquer pessoa que apresente ou não alguma deficiência, permitindo o desenvolvimento cognitivo e todos os aspectos que envolvem a aprendizagem.
A partir dessa necessidade e buscando melhor atender a política de inclusão da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBDEN) em 2002 foi a oficialização da Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS. No qual a mesma trouxe avanços e muitas discussões nesse campo.
As políticas públicas destinadas a educação de Surdos visa bastante a educação bilíngue. A escola tem papel importante e, mesmo com as condições adversas do contexto econômico-político-ideológico, tem função específica, que, exercida de forma competente, deve possibilitar a apropriação do saber por todos os cidadãos. 
Desta forma através do Bilinguismos a escola estará formando cidadãos que possam interagir por meio de duas línguas, facilitando a socialização e comunicação no meio em que vive. O Bilinguismo tem como objetivo proporcionar a criança surda o direito de conhecer e aprender duas línguas, a língua materna –LIBRAS chamada de L1 e a Língua Portuguesa-L2.
A partir desse momento, novos caminhos para as pessoas com necessidades educacionais especiais foram surgindo e sobretudo o povo Surdo, onde os mesmos iriam aprender através do uso dos sinais, de maneira natural. Nesse período, a língua de sinais ainda não era a língua oficial da comunidade surda.
O trabalho simultâneo entre as duas línguas permite que o aluno apresente avanços significativos, entretanto não pode ser descartado a bagagem que o aluno carrega e toda a aprendizagem que já adquiriu através de outros métodos.
Santana (2010, p. 168), considera que o bilinguismo “(...) aumenta as capacidades cognitivas e linguísticas do surdo, possibilitando melhores resultados educacionais que os conseguidos sob a priorização da língua na modalidade oral.” Portanto, este método é o considerado mais indicado, pois permite que o indivíduo tenha avanços cognitivos e pedagógicos.
Essa igualdade de condições pode ser promovida pela escola, na medida em que o conhecimento, sem restrições, seja possível a todos. Só pelo acesso ao conhecimento, ou, no dizer de Saviani (1994), ao saber sistematizado, pode-se pensar no ensino como meio para a participação democrática na sociedade.
Ter o conhecimento da língua de sinais proporciona ao educando uma nova perspectiva de aprendizagem, pois é através do conhecimento da LIBRAS que o aluno pode ser alfabetizado e compreender a leitura e a escrita como processo facilitador da aprendizagem em relação ao português, "a língua de sinais vai ser adquirida por crianças surdas que tiverem a experiência de interagir com usuários de língua de sinais". (QUADROS,2006, p.25).
	O Atendimento Educacional Especializado complementa o ensino obtido em sala de aula regular. O atendimento para os alunos surdos acontece de forma a garantir o direito de ter conhecimento das duas línguas. A aquisição do português escrito é de extrema importância para o desenvolvimento do surdo, pois o conhecimento de uma outra língua proporciona uma maior articulação em nossa sociedade, “O AEE para o ensino da língua portuguesa é indispensável.” (ALVEZ, 2010, p.21).
2.2. A aprendizagem do surdo
	
A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendoaspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.  
O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação. Esse processo se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. 
De acordo com Skiliar (1996), a inclusão da criança surda tem como objetivo a socialização e, também, a aceitação dessa criança por parte do grupo de alunos ouvintes, apesar da necessidade de comunicação diferenciada. As autoras destacam a importância da mediação do professor na preparação dos alunos ouvintes para receberem o aluno com surdez.
Segundo Baleiro (2011), a criança Surda mantém contato com o mundo à sua volta por meio de sinais e expressões faciais, alertando que esse meio de comunicação deve ser entendido pelos pais e professores e que os mesmos devem estimular essa criança a expressar seus desejos e necessidades.
A aquisição da língua, para o aluno surdo, permite que o indivíduo possa manter a interação e para tanto, é necessário que o mesmo seja estimulado desde muito cedo. A pessoa com deficiência auditiva pode desenvolver suas habilidades educacionais e sensoriais da mesma forma que uma pessoa ouvinte “O desenvolvimento humano se dá por uma sucessão irreversível de acontecimentos, tanto naturais quanto sociais” (SANTANA, 2007, p.56). O diferencial será como essas habilidades serão estimuladas e até que ponto o aluno estará interagindo, trocando experiências com o outro.
É necessário que o indivíduo tenha conhecimento da Língua Portuguesa, tendo em vista ser a língua oficial do Brasil. O português escrito permitirá ao aluno surdo o conhecimento das várias funções da língua portuguesa. De acordo com o Decreto Federal n°5626 de 22, de dezembro de 2005, é um direito do aluno surdo aprender a língua portuguesa.
De acordo com Quadros (2006, p. 24): 
O ensino do português pressupõe a aquisição da língua de sinais brasileira” língua de criança surda. A língua de sinais também apresenta um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem do português. A ideia não é simplesmente uma transferência de conhecimentos da primeira língua para a segunda língua, mas sim um processo paralelo de aquisição e aprendizagem em que cada língua apresenta seus papéis e valores sociais representados.
A ação educativa da escola com esse alunado deve incluir: conteúdos curriculares específicos, como suporte e complementação ao trabalho a ser desenvolvido em sala de aula com os currículos regulares de modo a atingir os objetivos traçados.
O português escrito é para o surdo uma representação de significados, onde o significado é representado através da língua de sinais.
O tradutor intérprete de LIBRAS é o profissional responsável por intermediar a comunicação entre Surdos e ouvintes, fazendo a tradução da LIBRAS para o Português e interpretação do Português para a Libras, o mesmo é respaldado pela LEI 12.319 de 01/09/2010 que regulamenta a profissão, bem como a formação necessária para o exercício da mesma.
 O intérprete trabalha diretamente nas relações interpessoais e sociais, tendo que ser bastante ágil nas situações e bem prestativo para repassar de maneira correta as informações, sem o mesmo ter tempo para fazer meditações e possíveis observações.
Desse modo percebemos a grande importância que tem a atuação desse profissional no ensino regular, onde o mesmo exercerá o papel de mediador de comunicação, e também deverá estar preparado para atuar como educador, pois de acordo com Lacerda (2014, p.34): 
(...) É importante que este intérprete tenha preparo para atuar no espaço educacional como educador, atento as dificuldades, mediando e favorecendo a construção dos conhecimentos. Não se trata de o IE substituir o papel do professor.
O professor deve dominar a língua de sinais e fazer a própria comunicação com seu aluno surdo, interagir e o questionar acerca do conteúdo, buscando saber se o mesmo está se desenvolvendo, porém se o professor desconhecer a língua de sinais fica desestruturada a proposta de inclusão. O processo de inclusão dos alunos Surdos requer práticas pedagógicas que busquem a valorização das relações no espaço escolar, bem como o uso da LIBRAS pelos professores e intérpretes, mas que não é somente isso para que a inclusão seja bem sucedida.
A escolha dos recursos que será usado nas aulas é de fundamental importância, pois os mesmos são grandes aliados no processo de ensino/aprendizagem dos alunos. Como afirma Lacerda e Santos (2013, p. 186)
(...) Para favorecer a aprendizagem do aluno surdo, não basta apenas apresentar os conteúdos em libras, é preciso explicar os conteúdos de sala de aula utilizando toda a sua potencialidade visual que essa língua tem.
 Torna-se também indispensável oferecer aos alunos surdos condições para interagir com o “mundo ouvinte”, despertando neles interesses, necessidades e desejo de se apropriarem do saber e do saber fazer.
O professor da sala de aula regular como também o da sala de recurso devem direcionar-se ao aluno de modo a permitir que ele enxergue toda a articulação do corpo, tendo em vista, que o seu maior meio de aprendizagem se dar através da visão.
Assim como acontece com ouvintes os alunos surdos tem uma grande dificuldade para expressar-se através da modalidade escrita. O fato de não ouvir, faz com que o aluno surdo, ao escrever, não se preocupe com a estruturação das frases, desrespeitando assim os padrões da língua portuguesa. 
O aluno com deficiência não deve ser visto como incapaz, o educador deve tratá-lo da mesma forma que os demais e elaborar atividades de acordo com a sua necessidade. A contação de histórias por exemplo é um meio que favorece muito a aprendizagem, pois essa prática está presente na sua vida diária. Quadro (2006 p. 42).
Para facilitar a aprendizagem da escrita o educador pode fazer ligações entre uma língua e outra, assim, estimular a percepção e memorização do aluno surdo que aprende com mais facilidade quando associa a objeto ou a imagem, ou seja, deve utilizar sempre materiais concretos, proporcionando aos alunos meios que facilitem sua aprendizagem.
É de inteira responsabilidade do educador adaptar materiais pedagógicos para trabalhar com esse aluno. Este deve estar atento ao fato de que o Surdo possui grande percepção visual, portanto, como destacam Redondo & Carvalho (2000), devem ser exploradas atividades relacionadas a esta capacidade, como: jogos, desenhos, brincadeiras de faz de conta e histórias infantis.
Essas atividades podem auxiliar tanto na aquisição da linguagem, quanto na aprendizagem de conceitos e regras próprias da língua oral. Para o surdo a escrita é a forma de representação da língua portuguesa, que passa a ter significado através da libras. 
Não há uma metodologia pronta para a prática pedagógica na educação dos Surdos, ou seja toda a comunidade escolar através do currículo deverá buscar estratégias metodológicas que venham contribuir para o aprendizado significativo dos alunos com necessidades educacionais especiais, e para que isso ocorra da melhor forma possível , é de grande valia que todos os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem dos alunos Surdos, busquem estar discutindo acerca das decisões a serem feitas , para o melhor desenvolvimento do trabalho pedagógico e sempre esforçando-se em conformidade a atender as particularidades dos mesmos, “reconhecendo em uma dimensão política a surdez enquanto diferença.”(CONCEIÇÃO, 2011, p.20).
2.3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
Tema e linha de pesquisa
A aprendizagem do aluno surdo. Este tema é de relevância pois como futura pedagoga me defrontarei com a participação dentro do campo escolar, o que me proporcionará um conhecimento anterior dos processos que envolvem a escolarização e pratica docente em sala de aula. 
Justificativa
Diante do exposto, o presente estudo,justificado pela necessidade de conhecimento e compreensão acerca das complexas abrangências em que a educação para o surdo está inserida, se propõe analisar o processo de aprendizagem pela LIBRAS/Intérprete no âmbito escolar através de uma pesquisa revisão. 
Problematização
Qual o papel do professor de surdos, em particular, e como este contribui para o ensino/aprendizagem dos alunos Surdos que estão frequentando a sala de aula regular? Compreendendo a Educação dentro e fora do uso da linguagem brasileira de sinais como local de aprendizagem e desenvolvimento, não apenas do repassar a língua como é historicamente vista pela sociedade, o objetivo é descrever e discutir como acontece o ensino e aprendizagem do aluno surdo dentro do sistema de aprendizado direcionado para o seu desenvolvimento. 
Objetivos
Este projeto de ensino, almeja elucidar os questionamentos acerca da problematização, ou pelo menos propor novos meios de pensar para que a problematização seja posta em pauta de debate. Tendo por seguinte a linha dos objetivos:
· Diagnosticar práticas da educação inclusiva em sala de aula.
· Identificar o uso da LIBRAS/Interprete em sala de aula.
· Diagnosticar se a escolarização com suas metodologias através da linguagem de sinais são aplicadas de forma plena.
· Identificar as legislações vigentes e quem pode usufruir desta modalidade de ensino.
· Diagnosticar como ocorrem o processo de aprendizagem através do da LIBRAS/Interprete e língua portuguesa.
Conteúdos
Serão tratados os seguintes conteúdos para o tema em questão, a saber: identidade, cultura, concepção e formação, relações interpessoais, planejamento, instrumentos metodológicos, conhecimentos didáticos, língua portuguesa, LIBRAS.
Processo de desenvolvimento
 O processo de desenvolvimento deste trabalho será direcionado através de leitura, coleta dos dados empíricos dos textos utilizados. 
 Após a coleta de informações, será desmembrado todas as informações pertinentes para o desenvolvimento do trabalho para a escrita e colocadas em consonância com os objetivos, e questionamentos deste trabalho, para responder a problematização. 
Tempo para a realização do projeto
	
	Setembro
	Outubro
	Leitura da bibliografia 
	x
	x
	Coleta de dados
	x
	
	Escrita 
	
	x
Recursos humanos e materiais
Os recursos necessários para a realização deste projeto de ensino, serão expedidos de forma unilateral, produzido pela acadêmica investigadora. Não fara uso de materiais que necessitam de validação de setores de saúde e ou jurídicas. Pois se trata de uma coleta de dados, qualitativa para informação de nível primário que possa contribuir para a formação docente. 
Avaliação
Nesse projeto não haverá avaliação sistêmica de dados, mas uma qualificação de como se aporta a satisfação dos profissionais envolvidos no ambiente escolar. 
3 Considerações finais
A educação das pessoas com deficiência é algo que vem sendo discutido há alguns anos, entretanto não era tão visível em nossa sociedade. Hoje podemos perceber que os alunos com deficiência estão inseridos nas nossas escolas, mas isso não é o bastante. É preciso ser sensíveis à Educação Inclusiva e independente das barreiras impostas pela deficiência, precisamos inserir esse aluno em nossa sociedade.
Ao pensar em inclusão social, devemos compreender a importância da comunicação através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), pois por meio dela os surdos podem se expressar no seio familiar e fora dele. Seria importante que as famílias dos surdos tivessem a oportunidade de aprender essa linguagem, pois facilitaria a comunicação entre eles. O ideal seria que instituições públicas e privadas pudessem contar com pelo menos um intérprete para viabilizar o atendimento das demandas dos surdos, ou seja, a LIBRAS se tornou necessária dentro da sociedade. 
A partir da promulgação da Constituição Federal, o Estado de direito se viu na obrigação promover uma educação igualitária que alcance a todos sem distinção. Dessa forma, os surdos começaram sua caminhada em busca por sua identidade, uma vida digna, sem barreiras nem impedimentos.
Portanto, conclui-se que as informações obtidas configuraram-se em sugestões valiosas para maior reflexão sobre o ensino de surdos em geral, e o papel do professor de surdos, em particular, que contribui para o ensino/aprendizagem dos alunos Surdos que estão frequentando a sala de aula regular.
REFERÊNCIAS
BALEIRO, Anna Cláudia Dutra Lopes. A experiência de mediar o processo de aprendizagem de um sujeito surdo em um estágio profissionalizante. Rio de Janeiro: Faculdade Integrada AVM, 2011.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 — Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em 03 de outubro de 2019.
BRASIL. Lei Federal 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências QUADROS, Ronice Mulller de. Ideias para Ensinar Português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dez. 2005. Presidência da república, Casa Civil, Brasília, DF, 22 de dez. 2005. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em 09 de ago. de 2017.
______. Ldben nº 9394, de 20 de dez. 1996. Presidência da república, Casa civil, Brasília, DF, 22 de dez.1996. Disponível
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em 01 de nov. de 2019.
_______. Lei nº 10.098, de 19 de dez. 2000. Presidência da República, Casa Civil, Brasília, DF, 19 de dez. 2000.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm. Acesso em 13 de out. de 2019.
_______. Portaria nº 3.284, de 07 de nov. 2003. Presidência da República, Casa Civil, Brasília, DF, 07 de nov.2003.
Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/port3284.pdf. Acesso em 09 de ago. de 2019.
BRITO, L.F. Integração social & educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993.
INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DOS SURDOS. Disponível em: www.ines.gov.br. Acesso em: 20 de outubro de 2019. 
CALDEIRA, José Carlos Lassi et al. Programa Comunicar. Belo Horizonte: Clínica-Escola Fono,1998.
FENEIS. Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. Disponível em: www.feneis.com.br. Acesso em: 20 de outubro de 2016.
LÁZARI, M. R. A. de O. Política de Educação Especial: Um estudo sobre a inclusão do aluno surdo no ensino
regularção dos PCNs de Língua Portuguesa. [s/d]. disponível em http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/politica-educacao-especial-um-estudo-sobre-inclusao.htm Acesso em 20 de outubro de 2019. Sem paginação.
MOURA, V.L. Atuação do intérprete de libras no ensino médio/técnico: reflexões sobre a prática e formação. 2016.
60 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação), Universidade Federal do Piauí, Floriano, 2016.
PASSOS, Marileni Ortencio de Abreu. Fundamentos das dificuldades de aprendizagem. CURITIBA: Editora Fael, 2010.
SAMPAIO, M. J. A. Um olhar sobre a efetivação das políticas públicas na educação de surdos: foco na produção textual. 2012. 165 p. Tese (Doutorado em linguística) Centro de ciências humanas, letras e artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2012. Disponível em http://br.123dok.com//document/zpnwo2ry-um-olhar-sobre-a-efetivacao-daspoliticas- públicas-na-educacao-de-surdos-foco-na-producao-textual.html. Acesso em 04 de out. de 2019.
SKLIAR, C. Idealismo y etnocentrismo en las políticas de integración de los sordos a la escuela regular. Cadernos de Educação Especial, v.10, p.22-36, 1997.

Outros materiais