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Apostila de Redes de Computadores 2018

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Apostila de Redes de Computadores Professor Evaldo Sousa 
Site : www.professorinfoevaldo.tk Email : professorinfoevaldo@gmail.com 
1 
 
Apostila de Redes de Computadores 
Introdução 
Observamos grandes investimentos em tecnologia neste último século, redes de 
telefonia, rádio e televisão, nascimento da indústria de informática e lançamento de 
satélites de comunicação. Como consequência da facilidade oferecida pelas inovações 
tecnológicas, um mundo mais globalizado surgiu, aproximando e facilitando a comunicações 
entre as pessoas das mais diversas localidades do mundo. Basicamente quando se trata de 
comunicação hoje em dia, está intimamente relacionado a informática, pois o computador 
se tornou a principal ferramenta para esta finalidade. 
Baseados nas ideias acima, o curso tem por finalidade introduzir conceitos de "Redes 
de Computadores" para todas as pessoas interessadas no funcionamento da forma de 
comunicação mais utilizada no cotidiano da nossa era digital. 
 
Conceito básico 
Uma rede de computadores consiste em 2 ou mais computadores e outros 
dispositivos interligados entre si de modo a poderem compartilhar recursos físicos e lógicos, 
estes podem ser do tipo: dados(documentos, planilhas,etc.), aplicativos ( Microsoft Word, 
Microsoft Excel, etc.), Hardwares (modems, impressoras,etc.), mensagens (e-mails),entre 
outros. Existem várias formas e recursos de vários equipamentos que podem ser interligados 
e compartilhados, mediante: 
1) meios de acesso 
2) protocolos 
3) requisitos de segurança 
Uma rede de dados de computador é uma coleção de hosts(computadores ou 
equipamentos) conectados por dispositivos em rede. Um host é qualquer dispositivo que 
envia e recebe informações na rede. Os periféricos são dispositivos conectados aos hosts. 
Alguns dispositivos podem servir como hosts ou periféricos. Por exemplo, uma impressora 
conectada ao seu laptop, que está em uma rede, está agindo como um periférico. Se a 
impressora estiver conectada diretamente a um dispositivo de rede, como um hub, 
comutador ou roteador, ela está agindo como um host. 
As redes de computadores são usadas globalmente nos negócios, em casas, em escolas e nas 
agências do governo. Diversas redes estão conectadas umas às outras pela Internet. 
Vários tipos diferentes de dispositivos podem se conectar a uma rede como por exemplos: 
 Computadores de mesa 
 Laptops 
 Impressoras 
 Smartphones 
 Servidores de arquivos/impressão 
Uma rede pode compartilhar vários tipos diferentes de recursos: 
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Apostila de Redes de Computadores Professor Evaldo Sousa 
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 Serviços, como de impressão ou digitalização. 
 Espaço de armazenamento em dispositivos removíveis, como discos rígidos ou 
unidades óticas. 
 Aplicativos, como bancos de dados. 
Você pode usar as redes para acessar informações armazenadas em outros 
computadores, imprimir documentos usando impressoras compartilhadas e sincronizar o 
calendário entre seu computador e o smartphone. 
Os dispositivos de rede se conectam usando uma variedade de conexões: 
 Cabeamento de cobre – Usa sinais elétricos para transmitir dados entre dispositivos 
 Cabeamento de fibra ótica – Usa cabos com base em vidro ou plástico, também 
chamados de fibra, para conduzir informações como pulsos de luz. 
 Conexão sem fio – Usam sinais de rádio, tecnologia de infravermelho (laser), 
transmissões via satélite ou bluetooth. 
 Os benefícios dos computadores em rede e outros dispositivos incluem custos mais baixos e 
maior produtividade. Com as redes, os recursos podem ser compartilhados, o que resulta em 
menos duplicação e corrupção de dados. 
Menos periféricos necessários 
 Vários dispositivos podem ser conectados em uma rede. Cada computador da rede 
não precisa ter sua própria impressora, scanner ou dispositivo de backup. Várias impressoras 
podem ser instaladas em um local central e compartilhadas entre os usuários da rede. Todos 
os usuários da rede enviam trabalhos de impressão a um servidor de impressão central que 
gerencia as solicitações de impressão. O servidor de impressão pode distribuir trabalhos de 
impressão por várias impressoras ou enfileirar trabalhos que exijam uma impressora 
específica. 
Recursos de comunicação aprimorados 
 As redes fornecem várias ferramentas diferentes de colaboração que podem ser 
usadas para a comunicação entre usuários da rede. As ferramentas de colaboração online 
incluem e-mail, fóruns e bate-papos, voz e vídeo e mensagens instantâneas. Com essas 
ferramentas, os usuários podem se comunicar com os amigos, a família e os colegas. 
Evitar duplicação e corrupção de arquivos 
Um servidor gerencia os recursos da rede. Os servidores armazenam dados e os 
compartilham com os usuários da rede. Dados confidenciais ou sensíveis podem ser 
protegidos e compartilhados com os usuários que possuem permissão para acessar esses 
dados. O software de rastreamento de documento pode ser usado para impedir que os 
usuários sobrescrevam arquivos ou alterem arquivos que outras pessoas estejam acessando 
ao mesmo tempo. 
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Menor custo com licenciamento 
 O licenciamento de aplicativos pode ser caro para computadores individuais. Vários 
fornecedores de software oferecem licenças de site para redes, o que pode reduzir 
drasticamente o custo do software. A licença de site permite que um grupo de pessoas ou 
uma organização inteira use o aplicativo por uma única taxa. 
Administração centralizada 
 A administração centralizada reduz o número de pessoas necessárias para gerenciar os 
dispositivos e dados da rede, reduzindo o tempo e custo para a empresa. Usuários 
individuais da rede não precisam gerenciar seus próprios dados e dispositivos. Um 
administrador pode controlar os dados, os dispositivos e as permissões dos usuários na rede. 
Fazer o backup dos dados é mais fácil porque os dados são armazenados em um local 
central. 
Conservar recursos 
 O processamento de dados pode ser distribuído por vários computadores para impedir 
que um computador fique sobrecarregado com tarefas de processamento 
 
Tipos de Redes 
Ponto-a-Ponto 
Não existe servidor dedicado entre os computadores. É fácil de implementar e tem 
baixo custo. Alguns Sistemas Operacionais gerenciam estas redes sem precisar de software 
especifico, porem de desempenho e a segurança são menores. Computadores na mesa de 
trabalho, usuários atuam como administradores. Usuários estão localizados na mesma área 
e a segurança não é muito importante nesta situação. 
Em uma rede ponto-a-ponto, os dispositivos são conectados diretamente uns aos 
outros sem qualquer dispositivo de rede adicional entre eles. Neste tipo de rede, cada 
dispositivo possui recursos e responsabilidades equivalentes. Os usuários individuais são 
responsáveis por seus próprios recursos e podem decidir que dados e dispositivos irão 
compartilhar. Como os usuários individuais são responsáveis pelos recursos em seus 
próprios computadores, não há nenhum ponto central de controle ou administração na 
rede. 
As redes ponto-a-ponto funcionam melhor em ambientes com dez ou menos computadores. 
Como os usuários individuais estão no controle de seus próprios computadores, não há 
necessidade de contratar um administrador de rede. 
 
 
Figura 01 - Rede em Ponto-a-ponto (Peer-to-peer) 
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As redes ponto-a-ponto possuem várias desvantagens: 
 Não há nenhuma administração de rede centralizada, o que dificulta determinar 
quem controla os recursos da rede. 
 Não há segurança centralizada. Cada computador deve usar medidas de segurança 
separadas para a proteção de dados. 
 A rede se torna mais complexa e difícil de gerenciar à medida que o número de 
computadores na rede aumenta. 
 Pode não existir um armazenamento de dados centralizado. Backups de dados 
separados devem ser mantidos. Essa responsabilidade recai sobre os usuários individuais. 
As redes ponto-a-ponto ainda existem dentro de redes maiores hoje. Mesmo em 
uma rede cliente grande, os usuários ainda podem compartilhar recusos diretamente com 
outros usuários sem usar um servidor de rede. Na sua casa, se você possuir mais de um 
computador, pode configurar uma rede ponto-a-ponto. Você pode compartilhar arquivos 
com outros computadores, enviar mensagens entre computadores e imprimir documento 
em uma impressora compartilhada. 
Ex: Rede em casa ou pequena empresa. 
 
Cliente/Servidor 
Apresenta um computador dedicado (servidor), para garantir compartilhamento, 
desempenho e segurança dos dados armazenados. Vantagens: centralização do 
gerenciamento, número maior de usuários conectados a rede, computador do usuário 
(cliente) pode ser mais simples. Aplicação: depende do tamanho da empresa, nível de 
segurança requerido, intensidade do tráfego na rede, orçamento. 
Ex: Médias e grandes empresas 
 
 
 
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Figura 02 – Modelo Cliente Servidor 
 
Classificação segundo a arquitetura de Redes 
 
 
LAN(Redes Locais- Local Area Networks): É uma rede de computadores utilizada para 
interconexão de equipamentos com a finalidade de troca de dados. Tais redes são 
denominadas locais por cobrirem apenas uma área limitada (10 Km no máximo, quando 
passam a ser denominadas MANs), visto que, fisicamente, quanto maior a distância de um 
nó (elemento) da rede ao outro, maior a taxa de erros que ocorrerão devido à degradação 
do sinal. As LANs são utilizadas para conectar estações, servidores, periféricos e outros 
dispositivos que possuam capacidade de processamento em uma casa, escritório, escola e 
edifícios próximos. São redes utilizadas para a interconexão de equipamentos para a troca 
de dados. Estas redes têm tamanho restrito, o que significa que quanto maior a distância de 
um equipamento da rede a outro, maior será a taxa de erros, devido a degradação do sinal 
transmitido. 
 A tecnologia das LANs quase sempre consiste em um cabo ao qual os computadores são 
conectados. A taxa de transmissão de uma LAN tradicional está entre 10Mbps e 100Mbps e 
há outras mais modernas que operam em até 10Gbps. 
Geralmente uma LAN é composta por: 
 Estações; 
 Sistema operacional de rede; 
 Meios de Transporte; 
 Dispositivos de redes; 
 Protocolos de comunicação; 
 Servidores. 
 Servidores são computadores com alta capacidade de processamento e armazenagem 
que têm por função disponibilizar serviços, arquivos ou aplicações a uma rede. Como 
provedores de serviços, eles podem disponibilizar e-mail, hospedagem de páginas na 
internet, firewall, proxy, impressão, banco de dados, servir como controladores de domínio, 
além de muitas outras utilidades. 
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 Como servidores de arquivos, podem servir de depósito para que os usuários guardem 
os seus arquivos num local seguro e centralizado. E, finalmente, como servidores de 
aplicação, disponibilizam aplicações que necessitam de alto poder de processamento à 
máquinas com baixa capacidade, chamadas de thin clients (Clientes magros). 
 As LANs de difusão admitem vários tipos de topologia de difusão (a idéia de difusão já 
foi explicada anteriormente). Como o meio de transmissão é compartilhado e suporta 
apenas uma transmissão por máquina, deve existir algum mecanismo de arbitragem para 
resolver conflitos quando duas ou mais máquinas quiserem fazer uma transmissão 
simultaneamente. 
 
WAN(Redes Geograficamente distribuídas ): As WANs são redes que conectam LANs em 
locais geograficamente separados. O exemplo mais comum de WAN é a Internet. A Internet 
é uma grande WAN composta de milhões de LANs interconectadas. Os TSPs 
(telecommunications service providers, provedores de serviços de telecomunicações) são 
usados para interconectar essas LANs em diferentes locais. Em uma LAN tradicional, os 
dispositivos são conectados usando cabeamento de cobre. Em alguns ambientes, instalar o 
cabeamento de cobre pode não ser prático, desejável ou até mesmo possível. Nessas 
situações, os dispositivos sem fio são usados para transmitir e receber os dados usando 
ondas de rádio. Essas redes são chamadas de LANs sem fio ou WLANs. Como ocorre com as 
LANs, em uma WLAN, você pode compartilhar recursos, como arquivos e impressoras, e 
acessar a Internet. 
 
Figura 03 – Rede WAN 
 
MAN (Rede de Área Metropolitana-Metropolitan Area Network): É,o nome dado às redes 
que ocupam o perímetro de uma cidade. São mais rápidas e permitem que empresas com 
filiais em bairros diferentes se conectem entre si. 
A partir do momento que a internet atraiu uma audiência de massa, as operadoras 
de redes de TV a cabo, começaram a perceber que, com algumas mudanças no sistema, elas 
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poderiam oferecer serviços da Internet de mão dupla em partes não utilizadas do espectro. 
A televisão a cabo não é a única MAN. Os desenvolvimentos mais recentes para acesso à 
internet de alta velocidade sem fio resultaram em outra MAN, que foi padronizada 
como IEEE 802.16. O padrão IEEE 802.16, completo em outubro de 2001 e publicado em 8 de 
abril de 2002, especifica uma interface sem fio para redes metropolitanas (WMAN). Foi 
atribuído a este padrão, o nome WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave 
Access/Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas). O benefício crucial do 
padrão WiMAX é a oferta de conexão internet banda larga em regiões onde não existe infra-
estrutura de cabeamento telefônico ou de TV por Cabo, que sem a menor dúvida tem o 
custo mais elevado. Este benefício econômico do padrão sem fio para redes MAN 
proporciona a difusão dos serviços de banda larga em países em desenvolvimento, 
influenciando diretamente na melhoria das telecomunicações do país e consequentemente 
no seu desenvolvimento. 
 
Figura 04 – Rede MAN 
 
WLAN (Wireless Local Area Network): Rede local sem fios. O uso deste tipo de rede tem 
crescido recentemente, pois além de serem adequadas a situações em que é necessária 
mobilidade, são flexíveis e da fácil instalação. Embora os equipamentos sejam mais caros do 
que para uma LAN tradicional e redução significativa dos custos de instalação é muitas vezes 
compensatória. Em uma WLAN, os dispositivos sem fio se conectam a pontos de acesso 
dentro de uma área especificada. Os pontos de acesso são tipicamente conectados à rede 
usando cabeamento de cobre. Em vez de fornecer cabeamento de cobre a cada host de 
rede, apenas o ponto de acesso sem fio é conectado à rede com o cabeamento de cobre. A 
cobertura da WLAN pode ser pequena e limitadaà área de uma sala ou pode ter um alcance 
maior. 
 
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VLAN (Virtual Local Area Network): Rede local virtual. É definida sobre redes locais que 
estão equipadas com dispositivos apropriados (dispositivos que suportam VLANs). Trata-se 
de definir até que zonas da LAN se propagam as emissões em “broadcast” que tem origem 
noutra zona. 
 
VPN (Virtual Private Network): Rede privada virtual. Utilizam uma rede pública, por 
exemplo a internet para estabelecer uma ligação de dados entre dois pontos, estes dados 
têm a particularidade de serem codificados (cifrados) de tal forma que apenas estes dois 
conseguem trocar dados. Os dois pontos da ligação passam a encaminhar seus pacotes para 
as respectivas redes. Esta técnica pode ser usada para interligar redes distantes 
pertencentes a uma mesma organização, com baixa qualidade, mas com grandes vantagens 
econômicas. 
Classificação segundo a Topologia 
 
Figura 05 – Exemplos de Topologias de Rede 
 
 
 
 
 
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Topologia em Anel 
 
 Figura 06 - Rede em Anel(Ring) 
 
É uma topologia com controle de arbitragem descentralizado. A topologia em anel é 
caracterizada como um caminho unidirecional de transmissão formando um círculo lógico, 
sem um final definido. 
O sinal originado por um nó passa em torno do anel, sendo que em cada nó o sinal é 
regenerado e retransmitido. Como acontece em qualquer topologia, cada estação ou nó 
atende por um endereço que, ao ser reconhecido por uma estação, aceita a mensagem e a 
trata. Uma desvantagem é que se, por acaso apenas uma das máquinas falhar, toda a rede 
pode ser comprometida. 
 O padrão mais conhecido de topologia em anel é o Token Ring (IEEE 802.5) da IBM. No 
caso do Token Ring, um pacote (token) fica circulando no anel, pegando dados das máquinas 
e distribuindo para o destino. Somente um dado pode ser transmitido por vez neste pacote. 
Topologia em Barramento 
 Figura 07- Rede em Barramento (Bus) 
 
Rede em barramento é uma topologia de rede em que todos os computadores são 
ligados em um mesmo barramento físico de dados. Apesar de os dados não passarem por 
dentro de cada um dos nós, apenas uma máquina pode “escrever” no barramento num dado 
momento. Todas as outras “escutam” e recolhem para si os dados destinados a elas. Quando 
um computador estiver a transmitir um sinal, toda a rede fica ocupada e se outro 
computador tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão e é preciso 
reiniciar a transmissão. 
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Essa topologia utiliza cabos coaxiais. Para cada barramento existe um único cabo, que vai de 
uma ponta a outra. O cabo é seccionado em cada local onde um micro será inserido na rede. 
Com o seccionamento do cabo formam-se duas pontas e cada uma delas recebe 
um conector BNC. No micro é colocado um "T" conectado à placa que junta as duas pontas. 
Embora ainda existam algumas instalações de rede que utilizam esse modelo, é uma 
tecnologia obsoleta. Existe uma forma um pouco mais complexa dessa topologia, 
denominada barramento distribuído, no qual o mesmo começa em um local chamado raiz e 
se expande aos demais ramos (Ligados a um conector). A diferença entre este tipo de 
barramento e o barramento simples é que, neste caso a rede pode ter mais de dois pontos 
terminais. 
Vantagens: 
Simplicidade das ligações e facilidade com que se acrescenta mais um computador à rede. 
Desvantagens: 
As limitações na transmissão, impostas pelos cabos coaxiais,a avaria numa das ligações, ou a 
interrupção num dos segmentos da rede implica a paragem de toda a rede; 
. Este mecanismo funciona da seguinte maneira: qualquer computador pode 
transmitir dados quando quiser e caso ocorra uma colisão de dados, cada um deles irá 
esperar tempos aleatórios diferentes para fazer a retransmissão dos dados. 
Topologia em Estrela 
 Figura 08 - Rede em Estrela (Star) 
 
Esta é a topologia mais recomendada atualmente. Nela, todas as estações são conectadas a 
um periférico concentrador (Hub ou Switch). 
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http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cabos_coaxiais&action=edit&redlink=1
 
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 Ao contrário da topologia linear onde a rede inteira parava quando um trecho do cabo 
se rompia, na topologia em estrela apenas a estação conectada pelo cabo rompido para. 
Além disso, temos a grande vantagem de podermos aumentar o tamanho da rede sem a 
necessidade de pará-la. Na topologia linear, quando queremos aumentar o tamanho do cabo 
necessariamente devemos parar a rede, já que este procedimento envolve a remoção do 
terminador resistivo. 
 É importante notar que o funcionamento da topologia em estrela depende do 
periférico concentrador utilizado, se é um hub ou um switch. As redes em estrela, que são as 
mais comuns hoje em dia, utilizam cabos de par trançado e um hub como ponto central da 
rede. O hub se encarrega de retransmitir todos os dados para todas as estações, mas com a 
vantagem de tornar mais fácil a localização dos problemas, já que se um dos cabos, uma das 
portas do hub ou uma das placas de rede estiver com problemas, apenas o PC ligado ao 
componente defeituoso ficará fora da rede. 
Claro que esta topologia se aplica apenas a pequenas redes, já que os hubs costumam ter 
apenas 8 ou 16 portas. Em redes maiores é utilizada a topologia de árvore, onde temos 
vários hubs interligados entre sí por switches ou roteadores. Em inglês é usado também o 
termo Star Bus, ou estrela em barramento, já que a topologia mistura características das 
topologias de estrela e barramento. 
 
 Figura 09-Rede em Malha (Mesh) 
 
Rede mesh ou rede de malha, é uma alternativa de protocolo ao padrão 802.11 para 
diretrizes de tráfego de dados e voz além das redes a cabo ou infraestrutura wireless. 
 Uma rede de infraestrutura é composta de APs (Access point=Ponto de acesso) e 
clientes, os quais necessariamente devem utilizar aquele AP para trafegarem em uma rede. 
Uma rede mesh é composta de vários nós/roteadores, que passam a se comportar como 
uma única e grande rede, possibilitando que o cliente se conecte em qualquer um destes 
nós. Os nós têm a função de repetidores e cada nó está conectado a um ou mais dos outros 
nós. Desta maneira é possível transmitir mensagens de um nó a outro por diferentes 
caminhos. [Já existem redes com cerca de 500 nós e mais de 400.000 usuários operando 
(Free the Net, San Francisco, CA)] 
 Redes do tipo mesh possuem a vantagem de serem redes de baixo custo, fácil 
implantação e bastante tolerantes a falhas. A esta característica tem-se dado o nome de 
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"resiliência". Nessas redes, roteadores sem fio são geralmente instalados no topo deedifícios e comunicam-se entre si usando protocolos como o OLSR em modo ad hoc através 
de múltiplos saltos de forma a encaminhar pacotes de dados aos seus destinos. Usuários nos 
edifícios podem se conectar à rede mesh de forma cabeada, em geral via Ethernet, ou sem 
fio, através de redes 802.11. Quando estiverem 100% definidos os parâmetros para 
padronização do protocolo mesh pelo IEEE, este protocolo será denominado padrão 802.11s. 
Serviços de Redes 
A Internet oferece uma grande quantidade de recursos e possibilidades de uso que 
vão do e-mail e do acesso a páginas Web ao vídeo em tempo real e ao compartilhamento de 
arquivos em sistemas peer-to-peer. Todas essas possibilidades de uso são construídas a 
partir de um conceito relativamente simples: o de serviço de rede. Um serviço de rede pode 
ser visto como uma aplicação distribuída, que executa em dois ou mais computadores 
conectados por uma rede. Cada serviço de rede é composto por ao menos quatro 
elementos: 
 Servidor: computador que realiza a parte principal do serviço, usando seus recursos 
locais e/ou outros serviços. 
 Cliente: computador que solicita o serviço através da rede; geralmente o cliente age 
a pedido de um ser humano, através de uma interface de usuário, mas ele também pode ser 
o representante de outro sistema computacional. 
 Protocolo: é a definição do serviço propriamente dito, ou seja, os passos, o conjunto 
de mensagens e os formatos de dados que definem o diálogo necessário entre o cliente 
e o servidor para a realização do serviço. 
 Middleware: é o suporte de execução e de comunicação que permite a construção 
do serviço. Em geral o middleware é composto por sistemas operacionais e protocolos de 
rede encarregados de encaminhar os pedidos do cliente para o servidor e as respostas de 
volta ao cliente. 
De um ponto de vista arquitetural, os sistemas que constroem serviços de rede podem se 
organizar de várias formas. As arquiteturas de serviços de rede mais frequentes na Internet 
são as seguintes: 
 Two-Tier: esta arquitetura tem dois componentes: o servidor, responsável pela 
execução do serviço, e o cliente, responsável pela apresentação dos resultados e interação 
com o usuário. Se o cliente se preocupar somente com a apresentação dos dados, é 
chamado de “cliente magro”; caso tenha responsabilidade por parte da lógica da aplicação, é 
chamado “cliente gordo”. Alguns exemplos: 
 Clientes gordos: sistemas de e-mail convencionais (não webmail); 
 Clientes magros: terminais remotos gráficos (VNC) 
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 Three-Tier: arquitetura com três componentes: o cliente, responsável pela interface com 
o usuário, o servidor, responsável pela lógica da aplicação, e os repositórios de dados. 
 
 Peer-to-Peer: nesta arquitetura todos os participantes são ao mesmo tempo 
servidores (oferecem serviços e recursos) e clientes (usam serviços e recursos) uns dos 
outros. Muitos serviços de compartilhamento de arquivos e de comunicação entre usuários 
se estruturam dessa forma. 
 
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http://dainf.ct.utfpr.edu.br/~maziero/lib/exe/detail.php/espec:arq-two-tier.png?id=espec%3Aintroducao
http://dainf.ct.utfpr.edu.br/~maziero/lib/exe/detail.php/espec:arq-three-tier.png?id=espec%3Aintroducao
http://dainf.ct.utfpr.edu.br/~maziero/lib/exe/detail.php/espec:arq-p2p.png?id=espec%3Aintroducao
 
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Existem muitos serviços de rede, para as mais diversas finalidades. Eis alguns exemplos: 
 Recuperação de conteúdo 
 HTTP: HyperText Transfer Protocol, para busca de páginas Web 
 FTP: File Transfer Protocol, para busca de arquivos 
 Acesso remoto: 
 Telnet: para terminais remotos em modo texto 
 SSH: Secure Shell, idem 
 VNC: Virtual Network Computer, para terminais gráficos remotos 
 Configuração: 
 DHCP: Dynamic Host Configuration Protocol, para buscar configurações de rede. 
 BootP: Boot Protocol, para buscar um sistema operacional na inicialização do 
computador. 
 LDAP: Lightweight Directory Access Protocol, para buscar informações sobre usuários 
(autenticação, contatos, etc) 
 DNS: Domain Name System, para converter nomes em endereços IP e vice-versa. 
 Monitoração e gerência: 
 SNMP: Simple Network Management Protocol, para monitoração de dispositivos de 
rede (roteadores, switches) e hosts 
 Compartilhamento de recursos: 
 NFS: Network File System, compartilhamento de arquivos em redes UNIX 
 SMB: Server Message Block, para compartilhamento de arquivos/impressoras em 
ambientes Windows. 
 IPP: Internet Printing Protocol, usado para acesso a impressoras em rede. 
 Comunicação entre usuários: 
 SMTP: Simple Mail Transfer Protocol, para envio e transferência de e-mails entre 
servidores. 
 POP3: Post Office Protocol v3, para acesso a caixas de e-mail. 
 IMAP: Internet Message Access Protocol, idem. 
 XMPP: Extensible Messaging and Presence Protocol, para mensagens instantâneas 
(Jabber, GTalk) 
 SIP: Session Initiation Protocol, usado para gerenciar sessões de voz sobre IP, vídeo 
sobre IP, jogos online, etc. 
A maioria dos serviços habituais em redes IP usa TCP ou UDP como suporte de 
comunicação. Esse é o caso de serviços como WWW, E-Mail, sistemas peer-to-peer e de voz 
sobre IP. Esses serviços são implementados basicamente por um processo no lado servidor, 
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com uma porta aberta, cujo número e protocolo de transporte (TCP ou UDP) dependem do 
serviço a ser oferecido. Embora qualquer serviço possa operar em qualquer porta, foram 
estabelecidas portas default para a maioria dos serviços convencionais, visando simplificar a 
conexão entre clientes e servidores. Alguns números de portas e protocolos default são: 
Serviço Porta Transporte 
HTTP 80 TCP 
DNS 53 UDP 
SSH 22 TCP 
SMTP 25 TCP 
FTP 21 e 20 TCP 
SNMP 161 e 162 UDP 
VNC 5900 TCP 
Alguns serviços de rede podem fazer uso de suportes de comunicação mais 
sofisticados, construídos como camadas acima do TCP ou UDP. Esse é o caso dos serviços 
baseados em RPC (Remote Procedure Call), dos Web Services e dos ambientes de objetos 
distribuídos como Java RMI (Remote Method Invocation) e CORBA. Neste caso, as aplicações 
cliente e servidor se comunicam através de chamadas de procedimentos ou de métodos 
remotos, construídos por bibliotecas específicas sobre o TCP/IP. Nesse caso, vários 
processos podem estar envolvidos na construção do serviço, tanto do lado cliente quanto do 
lado servidor. Muitas vezes os números de portas usados não são padronizados e podem 
variar de uma execução para outra, o que pode dificultar a criação de regras de filtragem 
(firewall) para esses serviços. 
 
Modelos de Rede 
Intitulam-se Modelos de Rede os formatos de estrutura, física e lógica, de Redes de 
Computadores. Atualmente existem três bases fundamentais para modelos de rede das 
quais resultam muitos modelos variantes. Estes modelos-base são: Rede Centralizada, Rede 
Descentralizada e Rede Distribuída. Cada um destes modelos-base representa na prática 
uma arquitetura diferente e a opção pelo uso de um ou de outro está diretamente ligado ao 
uso que se quer fazer de determinado conjunto de máquinas. Vejamos os conceitos de cada 
um deles. 
Rede Centralizada 
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Rede Centralizada 
O foco neste modelo é a centralização das tarefas e dos serviços, daí o nome: Rede 
Centralizada. Seu uso é indicado às redes que necessitam de gerenciamento central de 
tarefas e serviços, bem como, é indicado a uma rede de computadores que necessite de 
controle de tráfego e de uso do que transita pela rede. 
Exemplos de Redes Centralizadas: redes bancárias, redes de automação comercial, redes de 
escolas, universidade, telecentros, etc. 
 
Rede Descentralizada 
 
Rede Descentralizada 
O foco neste modelo é a descentralização e a independência das tarefas e dos serviços, daí o 
nome: Rede Descentralizada. Ao contrário da Rede Centralizada, neste modelo não há pleno 
e central controle sobre tarefas e serviços e os acompanhamento de tráfego e de uso do que 
transita pela rede, embora possível, se torna muito mais complexo e limitado no 
gerenciamento. 
Exemplos: redes com múltiplos sistemas operacionais, redes domésticas, a Internet. 
 
Rede Distribuída. 
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http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Imagem:Rede_centralizada.png
http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Imagem:Rede_descentralizada.png
 
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Rede Distribuída 
Uma rede distribuída assemelha-se a uma malha ou a uma rede de pesca, na qual cada nó é 
independente do outro, mas está diretamente ligado ao outro completando assim a trama. 
Seu nome está ligado ao modo como gerencia processos: distribuidamente. Uma rede 
distribuída é indicada para redes de computadores que devam trabalhar em conjunto, 
somando seu processamento, mas ao mesmo tempo mantendo sua independência no caso 
de alguma das máquinas tornar-se indisponível. Como o próprio nome diz, este modelo de 
rede visa a distribuição de tarefas. Assim, a rede distribuída consiste em adicionar o poder 
computacional de diversos computadores interligados, para processar colaborativamente 
determinada tarefa de forma coerente e transparente, ou seja, como se apenas um único e 
centralizado computador estivesse executando a tarefa. A união desses diversos 
computadores com o objetivo de compartilhar a execução de tarefas e o software que faz 
esse gerenciamento leva o nome de sistema distribuído. 
Exemplos de rede distribuída: Clusters para execução de tarefas complexas como 
mapeamento de constituição química de determinadas proteínas, clusters para quebra de 
algoritmos numéricos complexos, etc. 
Rede Descentralizada – Ponto-a-Ponto 
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http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Imagem:Rede_distribuida.png
 
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A imagem 1 reproduz graficamente um modelo típico de rede descentralizada, onde cada 
computador é um máquina independente das demais. Neste tipo de arquitetura costuma-se 
trabalhar logicamente com o conceito de “Grupo de Trabalho”. É possível definir vários 
grupos de trabalho, ex: “Administrativo”, “Design”, “Editores”, etc. 
Nesta rede adotou-se a nomenclatura dos hosts (computadores) por nomes de planetas do 
nosso sistema solar. Da mesma forma, outro conjunto de nomes poderia ter sido escolhido. 
O administrador de redes é em geral quem decide os nomes que cada host deverá ter. 
Estados do Brasil, países da América latina, países do mundo, nomes próprios femininos, 
nomes de cientistas famosos, são em geral nomes usados para batizar o conjunto de 
computadores de uma rede. Essa metodologia de nomeação não é uma regra. Ela visa 
apenas facilitar o entendimento sobre a rede e sobre as estações que a compõem. 
Indicações: 
Este modelo é indicado para redes onde a necessidade de independência de trabalho seja 
alta. 
Em um modelo de rede descentralizada é comum encontrar computadores completamente 
diferentes uns dos outros, compondo uma mesma rede. 
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http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Imagem:Modelo_1_-_rede_descentralizada_-_pontoaponto-fine.png
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Neste modelo é possível ter máquina com composição de hardware diferente, sistemas 
operacionais diferentes, aplicativos diferentes, periféricos diferentes, entre outras 
peculiaridades. 
 
Rede Centralizada – Thin Client 
 
Reproduz graficamente o modelo típico de rede centralizada do que costumamos classificar 
de Thin Clients ou terminais burros, onde cada computador-cliente é dependente de um 
servidor. 
 
Indicações: 
Este modelo é indicado para redes onde a necessidade de desempenho de uso de 
recursos de hardware e de periféricos não seja tão preponderante. 
É indicado para redes com máquinas mais antigas, com limitados recursos de hardware. 
Rede Centralizada – Fat Client – Terminais Inteligentes 
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http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Imagem:Modelo_2_-_rede%28des%29_centralizada_-_ltsp-fine.png
 
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Pequeno Histórico 
Anos 50-60 
✔ Computadores Grandes Porte 
✔ Sistemas Batch (Lote) 
Anos 60-70 
✔ Time-sharing 
✔ Terminais Burros (Ligados a um sistema central) 
Anos 70-80 
✔ Processamento distribuído 
✔ Surgimento dos micros 
✔ Conceito de Rede de Computadores 
Anos 90 até os dias atuais 
✔ Redes de Alta Velocidade (ATM / FDDI / GigaEthernet) 
✔ Internet Comercial - Brasil 
✔ Internet Faixa Larga - Brasil 
✔ (A)DSL - Telefonia 
✔ HFC – TV à cabo 
✔ Radio 
 
A ARPANET 
Em 1966, o Departamento de Defesa do governo americano iniciou, através de sua 
agência DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) projetos para a interligação de 
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http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Imagem:Modelo_3_-_rede_centralizada_-_diskless-fine.png
 
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computadores em centros militares e de pesquisa, com o objetivo de criar um sistema de 
comunicação e controle distribuído com fins militares. Esta 
iniciativa teve como um dos motivadores o surgimento de mini-computadores com grande 
poder de processamento, que poderiam ter seu emprego enriquecido com o acesso a uma 
grande rede de comunicação. 
A ARPANET ou ARPANet foi, pode-se dizer, a "mãe" da Internet. Desenvolvida pela agência 
Americana ARPA (Advanced Research and Projects Agency - Agência de Pesquisas em 
Projetos Avançados) em 1969, tinha o objetivo de interligar as bases militares e os 
departamentos de pesquisa do governo americano. Esta rede teve o seu berço dentro do 
Pentágono e foi batizada com o nome de ARPANET ou ARPANet. 
 
A ARPANet foi totalmente financiada pelo governo Norte-Americano, durante o período que 
ficou conhecido como Guerra Fria, período este caracterizado pelo embate ideológico entre 
a extinta União Soviética (URSS) e os EUA. Temendo um ataque por parte dos seus 
opositores, os americanos tinham como objetivo desenvolver uma rede de comunicação que 
não os deixasse vulneráveis,caso houvesse algum ataque soviético ao Pentágono. 
 
Usando um Backbone que passava por baixo da terra, a ARPANet ligava os militares e os 
investigadores sem ter um centro definido ou mesmo uma rota única para as informações, 
tornando-se quase indestrutível. 
 
No início da década de 70, universidades e outras instituições que faziam trabalhos 
relacionados com a defesa, tiveram permissão para se conectarem à ARPANet e em meados 
de 1975 existiam aproximadamente 100 sites. Pesquisadores que trabalhavam na ARPANet 
estudaram como o crescimento da rede alterou o modo como as pessoas a utilizavam. 
No final dos anos 70, a ARPANet tinha crescido tanto que o seu protocolo de 
comutação de pacotes original chamado Network Control Protocol (NCP), tornou-se 
inadequado. A ARPANET era baseada em IMPs (Interface Message Processors), rodando 
diversos protocolos, sendo o principal o NCP (Network Control Protocol). Foi então que 
a ARPANet começou a usar um novo protocolo chamado TCP/IP (Transmission Control 
Protocol/Internet Protocol). 
ARPANet divide-se e origina a MILNET -- para assuntos militares -- e o restante da 
rede torna-se pública. Nesta época, os computadores com potencial para se ligar na rede 
eram de grande porte e em número reduzido. As diferenças de porte desta rede imaginada 
na época e o que se observa hoje é gigantesco. Um dos projetistas dos sistemas de 
comunicação da ARPANET, referindo-se ao tamanho de um byte para os identificadores das 
máquinas, afirmou que “256 máquinas é essencialmente infinito”. 
 
A INTERNET 
Nesta época, a ARPA decidiu adotar o Unix como sistema operacional prioritário para 
o suporte de seus projetos de pesquisa (dos quais a ARPANET era um deles), escolhendo a 
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Universidade da Califórnia – Berkeley com centro de desenvolvimento. A ARPA incentivou a 
criação nativa do suporte de TCP/IP no Unix. 
O protocolo TCP/IP começou a ser projetado em 1977 com o objetivo de ser o único 
protocolo de comunicação da ARPANET. Em 1/1/1983, todas as máquinas da ARPANET 
passaram a utilizar o TCP/IP como protocolo de comunicação. Isto permitiu o crescimento 
ordenado da rede, eliminando as restrições dos protocolos anteriores. 
Em 1986, a NSF (Network Science Foundation) passou a operar o backbone (espinha 
dorsal) de comunicações com o nome de NSFNet e iniciou a formação de redes regionais 
interligando os institutos acadêmicos e de pesquisa. Desde 1983 começaram a surgir 
diversas redes paralelas nos Estados Unidos financiadas por órgãos de fomento a pesquisa 
como a CSNET (Computer Science Net), HEPNet (High Energy Physics Net) , SPAN (Nasa 
Space Physics Network) e outras. Estas redes foram integradas ao NSFNet e adicionadas a 
redes de outros países, caracterizando o início de uso do termo Internet em 1988. 
A Internet (nome próprio) é a denominação da rede mundial que interliga redes no 
mundo. É formada pela conexão complexa entre centenas de milhares de redes entre si. A 
Internet tem suas políticas controladas pelo IAB (Internet Architecture Board), um fórum 
patrocinado pela Internet Society, uma comunidade aberta formada por usuários, 
fabricantes, representantes governamentais e pesquisadores. 
 Internet é um termo usado para definir uma rede genérica formada pela interligação 
de redes utilizando o protocolo TCP/IP. 
 
PROTOCOLOS DE NAVEGAÇÃO 
Em 1993, foram criados os protocolos HTTP e o browser Mosaic, dando início ao 
World Wide Web (WWW). O World Wide Web foi o grande responsável pelo crescimento 
exponencial da Internet, pois permitiu o acesso a informações com conteúdo rico em 
gráficos e imagens e de forma estruturada. O WWW foi também o grande motivador do uso 
comercial da Internet, permitindo às empresas disponibilizar informações e vender produtos 
via Internet. 
A NSFNet foi privatizada em 1995, e o backbone passou a ser distribuído e complexo, 
formado por múltiplas redes de prestadoras de serviços de telecomunicações como AT&T, 
MCI, Sprint e outros. Hoje a Internet não é mais formada por um único backbone central, 
mas por um conjunto de grandes provedores de acesso. Em 1995 foi permitido também o 
tráfego de informações comerciais na Internet. 
No Brasil, o acesso à Internet foi iniciado em 1989 com a conexão de instituições 
acadêmicas como a FAPESP, USP, Unicamp, PUC-Rio, UFRJ e outras. Foram formados dois 
backbones regionais, a RedeRio e a ANSP (An Academic Network at São Paulo) interligando 
as principais instituições destes estados. Posteriormente foi 
criada a RNP (Rede Nacional de Pesquisa) com o objetivo de formar um backbone nacional 
de acesso à Internet e de estimular a formação de redes regionais como a Rede Minas, Rede 
Tchê e outras. Em 1995, foi liberado o tráfego comercial, com a Embratel montando e 
operando o backbone comercial no Brasil. O fornecimento de serviços IP não foi considerado 
monopólio da Telebrás, permitindo o surgimento de provedores de acesso à Internet. 
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Hoje o backbone da Internet no Brasil é formado por diversos backbones nacionais 
interligados entre si, como a RNP, a Embratel e de outras empresas como IBM, Unisys, 
GlobalOne e outros provedores. O Comitê Gestor da Internet Brasil é o responsável pela 
determinação de regras e políticas para a porção brasileira da Internet e a FAPESP é 
responsável pelo registro de nomes de domínio .br. 
 
INTRANET 
Uma intranet é a aplicação da tecnologia criada na Internet e do conjunto de 
protocolos de transporte e de aplicação TCP/IP em uma rede privada, interna a uma 
empresa. Numa intranet, não somente a infraestrutura de comunicação é baseada em 
TCP/IP, mas também grande quantidade de informações e aplicações é disponibilizada por 
meio dos sistemas Web (protocolo HTTP) e correio-eletrônico. 
Numa empresa é indispensável que haja a comunicação entre os funcionários e a 
interação entre os departamentos. É através da intranet que a empresa consegue manter 
essa comunicação, mesmo fisicamente separados é possível haver a interação entre os 
departamentos, fácil acesso às informações da empresa, reduz os custos com telefonia, 
impressão de documentos entre outros, aumenta a eficiência nas atividades administrativas, 
facilita e diminui os custos nas divulgações de informações e muitos outros benefícios. 
 
Intranet 
Uma extranet, ou extended intranet é a extensão dos serviços da intranet de uma 
empresa para interligar e fornecer aplicações para outras empresas, como clientes, 
fornecedores, parceiros, etc. Desta forma a extranet é a utilização de tecnologias como Web 
e correio-eletrônico para simplificar a comunicação e a 
troca de informações entre empresas. 
 
 
CAMADA FÍSICA 
O objetivo da camada física é transmitir um fluxo de dados de uma máquina a outra. 
Vários meios físicos podem ser usados para este fim e cada um deles possui suas limitações 
quanto a retardo, taxa máxima de transferência, custo, facilidade de implantação e outros. 
 Podemos dividir em meios de transmissão guiados e os meios sem fio. Iremos passar 
por alguns meios de transmissões guiados. 
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CABEAMENTO 
 
Meios Magnéticos 
Apesar de não ser propriamente um modo de transmissão de alta tecnologia como 
um satélite geossíncrono, este meio é o mais utilizado no transporte de informação. Bastavocê possuir um disco ou fita magnética, gravar as informações dentro e levar para o 
destino. Isso é interessante sob o ponto de vista do custo para o deslocamento de dados de 
um computador a outro, pois não necessita de nada além de mandar transportar e as fitas 
magnéticas. Talvez seja o modo de transmissão mais comumente utilizado entre as pessoas. 
 
Cabo Coaxial 
A rede coaxial é uma das formas mais antigas de se conectar computadores, mas ainda é 
utilizada em alguns lugares devido ao baixo custo de instalação. Para o seu funcionamento 
são necessários somente os seguintes componentes: 
 Placas adaptadoras de rede com saída de conector tipo BNC; 
 Cabo coaxial de 50 Ohms; 
 Terminações de 50 Ohms. 
Existe a utilização ampla de um cabo de 75 Ohms, o qual foi muito utilizado para as 
transmissões analógicas de televisão por cabo. Hoje podemos observar empresas utilizando 
este cabo também para a transmissão de Internet. 
Ela é considerada lenta, com velocidade máxima de 10 Mb/s ( 10.000.000 bits/s ), mas não é 
problema quando se tem poucas máquinas instaladas ( lembre-se um modem convencional 
trabalha a 56 Kb/s ( 56.000 bits/s no máximo )). 
Nesta conexão um PC se conecta a um outro PC mais próximo por meio de uma placa de 
rede com saída BNC e em cada placa de rede se coloca um conector tipo "T" que permite a 
conexão do cabo que vem de outro PC, do outro lado do conector tipo T conecta-se o cabo 
que vai para o próximo PC consecutivamente. 
Quando a máquina é a última da linha então na outra ponta coloca-se um terminador para 
que os dados sejam absorvidos e não retornem para a rede causando ruídos e interferências. 
Logo, com esses ajustes citados anteriormente, a rede física já estaria instalada, mas é 
necessária, para um completo funcionamento de uma rede, uma configuração lógica das 
máquinas. 
Existe a recomendação de que: 
 Uma rede coaxial não tenha mais que 30 máquinas; 
 Que o comprimento da soma de todos os ramos dos cabos não seja maior que 185 
metros; 
 Que não existam "emendas" entre um conector "T" ao outro conector; 
 Que também a distância mínima do cabo não seja menor do que 0,5 metro. 
O maior problema de uma rede coaxial é que seu funcionamento depende de todos os 
pontos da rede, se um deles falhar toda a rede deixará de funcionar. Se por exemplo um dos 
conectores estiver mal conectado, nenhuma informação conseguirá trafegar por toda a 
rede. 
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O cabo utilizado neste tipo de rede é conhecido no mercado como cabo coaxial 50 Ohm 
facilmente encontrado peças para se montar ele e também de fácil manuseio. Estes cabos 
geralmente são identificados com marcas como RG-58 e também sua impedância de 50 
Ohms. 
 
 
Figura 01 - Placa adaptadora de Rede para Cabo Coaxial 
 
 
 
 
Algumas características do Cabo coaxial 
 
 
Figura 02 - cabo Coaxial 
A - Capa plástica protetora, que protege o condutor externo contra a indução, causada por 
interferências elétricas ou magnéticas. 
B - Blindagem para o condutor interno com uma malha ou trança metálica 
C - Camada isolante flexível que envolve o condutor interno. 
D - Condutor interno, que é fio de cobre rígido central. 
As terminações necessárias para uma rede de cabo coaxial 
 - Terminal resistivo de 50 Ohms 
 - Conector T-BNC para interligação 
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 - Conector BNC para ligação ao T-BNC 
 
 
Figura 03 - Conector BNC 
 
 
Figura 04 - Conector T-BNC 
 
A topologia desta rede é da seguinte maneira: 
 
 
Figura 05 - Topologia Coaxial. 
 
Cabo de Par Trançado 
Há alguns anos a rede feita com cabo de par trançado vem substituindo as redes 
construídas com cabos coaxiais de 50 Ohms devidos principalmente a facilidade de 
manutenção, pois com o cabo coaxial é muito trabalhoso achar um defeito porque se houver 
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um mau contato ou qualquer problema com as conexões em algum ponto da rede o 
problema se refletirá em todas as máquinas da rede, o que não acontece em uma rede de 
par trançado. 
Outro motivo é a vantagem de se atingir maior taxa de transferência podendo-se 
trabalhar não somente a 10 Mbps, mas também a 100 Mbps (Fast Ethernet) ou até 1000 
Mbps (1 Gigabite Ethernet). 
Dá-se o nome de cabo de par trançado devido aos pares de fios se entrelaçarem por 
toda a extensão do cabo, evitando assim interferências externas, ou do sinal de um dos fios 
para o outro. Se utilizarmos cabos convencionais haverá comunicação sim , mas com ruídos 
que prejudicaria muito a comunicação entre as máquinas. 
Como em qualquer comunicação que tenham várias maquinas envolvidos os dados 
só podem ser recebidos ou enviados por uma máquina por vez, enquanto que as outras 
máquinas esperam para enviar os seus dados. Caso haja comprometimento dos dados, a 
máquina que os recebeu pedirá que eles sejam enviados novamente e isto envolve um custo 
de espera das outras máquinas, logo, quanto mais perfeito a linha que trafega os dados, 
mais rápida será a rede. Utilizando placas especiais ´Fast Ethernet´ e cabos CAT 5 podemos 
chegarmos até a 100 Mb por segundo. 
Com a popularização das conexões rápidas ( Speed, Cabo etc... ) as placas de 100 Mb 
e os Hubs tornaram-se acessíveis devido ao seu preço, portanto são estas as mais utilizadas 
em pequenas redes ou redes domésticas. Há também a utilização frequente do cabo UTP 
CAT5. 
Conector RJ-45 – O conector usado nos cabos par trançado é conhecido como RJ-45. Ele é 
bem maior do que o RJ-11 usado nas instalações telefônicas além de possuir 8 vias, 
enquanto o RJ-11 possui apenas 4. Pode ser macho ou fêmea. O macho é usado para ligar 
cabos aos equipamentos ou a conectores fêmea, para ligar dois segmentos de cabo. 
 
 
 Conector RJ-45 macho 
 
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Figura 06 - Conector RJ45 
 
Figura 07 - Conector RJ45 
Deve-se verificar também a ligação do cabo de acordo com os sinais envolvidos, 
como no conector RJ 45 para a ligação de rede convencional (10 ou 100 Mbps) somente os 
pinos 1,2,3 e 6 são na verdade utilizados então devemos fazer a ligação de acordo com o 
mostrado na figura B, se ligarmos os pinos de acordo com a figura A, a rede também 
funcionaria, mas com ruídos a menos de 10 Mb/s e jamais funcionaria a 100 Mb/s podendo 
até travar os computadores da rede. 
 
Figura 08 - Esquema dos pinos 
 
Existem basicamente dois tipos de cabos par trançado: 
 
UTP - Unshielded Twisted Pair - Par Trançado Sem Blindagem 
STP - Shielded Twisted Pair - Par Trançado Com Blindagem 
UTP - Este é sem dúvida o cabo mais utilizado neste tipo de rede, o cabo UTP é de fácil 
manuseio, instalação e permite taxas de transmissão em até 100 Mbps e com a utilização do 
cabo CAT 5 são usados normalmente tanto nas redes domésticas como nas grandes redes 
coorporativas e para distâncias maiores que 150 metros. Hoje em dia, são utilizados os cabos 
de fibra ótica de menor custo para sua implantação. 
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Figura 09 - Cabo UTP ( visão radial) 
 
Figura 10 - Cabo UTP 
 
STP - O cabo brindado STP é muito pouco utilizado sendo basicamente necessários em 
ambientes com grande nível de interferência eletromagnética. Deve-se dar preferência a 
sistemas com cabos de fibra ótica quando se deseja grandes distâncias ou velocidades de 
transmissão. Os cabos STP podem ser encontrados com blindagem simples ou com 
blindagem par a par. 
 
Figura 11 - Cabo STP ( visão radial) 
 
 
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 Figura 12 - Cabo STP 
A - Proteção Externa PVC 
B - Pares Trançados 
C - Isolantes dos Pares 
D - Condutor de Cobre 
E - Proteção Externa Alumínio 
 
Fibra Óptica 
Fibra óptica é um filamento, de vidro ou de materiais poliméricos, com capacidade de 
transmitir luz. Estes filamentos têm diâmetros variáveis, dependendo da aplicação, indo 
desde diâmetros ínfimos, da ordem de micra (mais finos que um fio de cabelo) até vários 
milímetros. A transmissão da luz pela fibra segue um mesmo princípio, independentemente 
do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz em uma extremidade da fibra, 
e pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a fibra através de 
consecutivas reflexões. A fibra possui no mínimo duas camadas: O núcleo e o revestimento. 
No núcleo ocorre a transmissão da luz propriamente dita, embora o revestimento não seja 
menos importante. A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença de 
índice de refração entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre um 
índice de refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do feixe de 
luz, possibilita o fenômeno da reflexão total. 
 
 
 
Figura 14 - Fibra ótica 02 
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A fibra óptica foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kanpany. Há vários 
métodos de fabricação de fibra óptica, sendo os métodos MCVD, VAD e OVD os mais 
conhecidos. As fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas 
eletromagnéticas (como a luz) uma vez que são transparentes e podem ser agrupadas em 
cabos. Estas fibras são feitas de plástico ou de vidro. O vidro é mais utilizado porque absorve 
menos as ondas eletromagnéticas. As ondas eletromagnéticas mais utilizadas são as 
correspondentes à gama da luz infravermelha. 
 
 
Figura 15 - Formação da fibra 
 
 
O meio de transmissão por fibra óptica se enquadra nessa categoria de transmissão 
guiada, porque as ondas eletromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio transmita 
ondas unidirecionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado de 
"não-guiado". Mesmo confinada a um meio físico, a luz transmitida pela fibra óptica 
proporciona o alcance de taxas de transmissão (velocidades) elevadíssimas, da ordem de dez 
elevado à nona potência a dez elevado à décima potência, de bits por segundo, com baixa 
taxa de atenuação por quilômetro. Mas a velocidade de transmissão total possível ainda não 
foi alcançada pelas tecnologias existentes. Como a luz se propaga no interior de um meio 
físico, sofrendo ainda o fenômeno de reflexão, ela não consegue alcançar a velocidade de 
propagação no vácuo, que é de 300.000 km/segundo, sendo esta velocidade diminuída 
consideravelmente (Na realidade a luz não abranda, mas percorre uma distancia maior visto 
que não vai a linha reta, mas sim aos zig-zags). 
 
Cabos fibra óptica atravessam oceanos. Usar cabos para conectar dois continentes 
separados pelo oceano é um projecto monumental. É preciso instalar um cabo com milhares 
de quilômetros de extensão sob o mar, atravessando fossas e montanhas submarinas. Nos 
anos 80, tornou-se disponível, o primeiro cabo fibra óptica intercontinental desse tipo, 
instalado em 1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas telefônicas simultâneas 
usando tecnologia digital. Desde então, a capacidade dos cabos aumentou. Alguns cabos que 
atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200 milhões de circuitos telefônicos! 
 
Para transmitir dados pela fibra óptica, é necessário um equipamento especial chamado 
"infoduto", que contém um componente fotoemissor, que pode ser um diodo emissor de luz 
(LED) ou um diodo laser. O fotoemissor converte sinais elétricos em pulsos de luz que 
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representam os valores digitais binários (0 e 1). 
 
Uma característica importante que torna a fibra óptica indispensável em muitas aplicações é 
o fato de não ser suscetível à interferência eletromagnética, pela razão de que não transmite 
pulsos elétricos, como ocorre com outros tipos de meio de transmissão que empregam o fios 
metálicos, como o cobre. 
Tipos de fibras 
As fibras ópticas podem ser de basicamente de dois modos: 
* Monomodo (apenas núcleo e casca, a casca pode ser simples ou dupla). 
* Multimodo (apresentando diversas camadas de substâncias e índices de refração 
diferentes que ajudam na propagação da luz e combatem a perda de sinal (atenuação)). 
 
Monomodo x Multimodo 
O "modo" em cabos de Fibra Ótica refere-se ao caminho no qual a luz trafega. Cabos 
multimodos possuem o diâmetro do núcleo maior do que cabos Monomodo. Este diâmetro 
de núcleo maior permite múltiplos caminhos e vários comprimentos de onda da luz a serem 
transmitidos. Cabos Monomodo possuem um diâmetro de núcleo menor e permite apenas 
um único comprimento de onda e caminho no qual a luz passa. Fibras Multimodo possuem 
de dois tamanhos, 50 microns e 62.5 microns. Fibras Monomodo geralmente são utilizadas 
em conexões de rede distâncias grandes e possuem núcleo de 9 microns de diâmetro (na 
verdade com exatidão, 8.3 microns). 
 
Figura 16 - Modos da fibra ótica 
 
Fibras de 50 microns x 62.5 microns 
Ambos cabos de fibra de 50 e 62.5 microns, utilizam o chamado LED ou fonte de luz laser. 
Estes são usados nas mesmas aplicações de redes mas as maiores diferenças entre eles são 
que o de 50 microns suporta 3 vezes mais largura de banda do que fibras de 62.5 microns e 
também fibras de 50 microns suportam distâncias maiores do que de 62.5 microns. 
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Cabos Simplex x Duplex. 
Cabos Simplex consistem de um único cabo de fibra ótica. Os dados são transmitidos em 
apenas uma direção por vez, ou transmite ou recebe. 
 
Cabos Duplex consistem em duas fibras óticas lado a lado sendo que uma delas é utilizada 
para transmissão e a outra para recepção. Isto permite uma comunicação bidirecional de 
modo simultâneo, entre os dispositivos. 
Julgue: 
Nos tipos de cabo de par trançado, há a desvantagem de que se houver um mau contato ou 
qualquer problema com as conexões em algum ponto da rede o problema se refletirá em 
todas as máquinas da rede. 
 
Equipamentos para Redes Montando uma Rede Simples 
Cabeamento 
Basicamente você pode montar os cabos quase como quiser, mas existem padrões 
que ajudam principalmente se você não for o único que irá dar manutenção nessa rede, pois 
a padronização organiza melhor tudo. 
Para montagem dos cabos você vai precisar: 
 de cabos, o mais comum é ocabo par trançado; 
 conectores, a maioria das placas de rede utiliza os conectores RJ-45; 
 placas de rede, uma para cada computador e compatíveis com os conectores; 
 um hub (switch burro) ou switch, no caso de redes com mais de 2 commputadores; 
 um alicate crimpador, ou alicate de crimpagem. 
Veja a estrutura de um conector: 
 
Pronto, agora que já está com todo o equipamento podemos iniciar a montagem da 
nossa rede. Os padrões de montagem para os cabos determinam a ordem das cores para o 
posicionamento dos cabos, essa ordem depende também do tipo de rede. Para uma rede 
direta entre dois computadores usa-se a mesma configuração nas duas pontas do cabo, em 
uma rede maior utiliza-se a configuração chada crossover que altera a ordem dos cabos em 
uma das pontas, sendo os padrões chamados de T568A e T568B, e no caso da utilização de 
ambos (para uma rede maior, com switch) a mesma ponta deve estar conectada ao switch 
(sempre a T568A ou sempre a T568B), se for uma ligação direta não faz diferença quanto ao 
padrão seguir: 
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Para montar os cabos, retire a capinha azul do cabo alguns centímetros, organize os 
fios de acordo como esquema que melhor de aplica ao tipo de rede que pretende montar, 
após organizados os fios, corte-os aproximadamente do mesmo tamanho que o conector – 
um pouco menor -, e conecte – observe as figurar em caso de dúvidas -, depois de 
conectados use o alicate crimpador para apertar os fios no conector. 
 
A figura acima mostra a parte utilizável de um alicate crimpador (clique para apliar), 
observe os números em vermelho: 1 é a lâmina a ser usada para cortar o cabo azul, observe 
que ela não fecha totalmente para não cortar os cabos internos; 2 é a parte usada para 
apertar os fios no conector, encaixa-se firmemente a ponta do conector já com os fios no 
alicate e aperte-se então; 3 é apenas uma lâmina de corte simples, você pode usá-la para 
cortas as sobras de fio. 
Configuração 
Agora que os computadores estão todos conectados entra si através do cabeamento, 
podemos configurar os computadores para usar esta estrutura (na verdade isso poderia ter 
sido feito antes da montagem dos cabos). 
Vamos começar facilitando a vida do usuário: imagina se você tem uma rede com 60 
computadores e quer buscar um arquivo em um deles, como acha que seria se tivesse que 
lembrar qual é a máquina com o ip 192.168.10.14, seria algo bem chato. Então o que temos 
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que fazer é dar um nome aos computadores membros da nossa rede, para isso clique com o 
botão direito do mouse em “Meu computador” e vá em “Propriedades”, então vá na aba 
“Nome do computador” e lá procure o botão “Alterar” e clique nele, na janela que aparecer 
coloque em “Nome do computador” um nome para identificar o computador na rede, em 
“Grupo de trabalho” coloque o nome da sua rede. Pronto a vida do seu usuário já foi 
facilitada. Veja um exemplo na figura abaixo (clique para ver no tamanho real): 
 
Agora precisamos fazer com que o computador possa ser localizado em rede, para 
isso ele deve ter um ip, o mais comum em redes de pequeno porte é usar ips do tipo 
192.168.x.x, pra quem não sabe o ip é composto de quatro bytes, separados por vírgula, um 
byte pode ter valores numéricos entre 0 e 255, então os “x” nesse ip de exemplo pode ser 
qualquer número entre 0 e 255, vou colocar por exemplo 192.168.1.1 para um computador 
e 192.168.1.2 para o outro computador. Para configuar o ip vá ao Painel de controle e 
procure por “Conexões de rede e de Internet” e em seguida “Conexões de rede” (isso no 
modo de exibição por categoria) ou simplesmente “Conexões de rede” (no modo de exibição 
clássico), localize o ícone “Conexão local” e clique com o botão direito e clique em 
“Propriedades”. 
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Se quiser compartilhar arquivos e impressoras bata marcar o item 
“Compartilhamento de arquivos e impressoras…” e se perguntar alguma coisa confirme. 
Veja como fica o ip para o primeiro computador (clique pra ver no tamanho original): 
 
Se você for acessar a internet através de um único computador ponha em “Gateway 
padrão” o ip dele, e nele tembém coloque o próprio ip, se não for compartilhar internet 
(cada um se conectar por conta própria ou não haverá conexão) deixe esse campo em 
branco. Veja como ficaria um segundo computador que usa a mesma conexão que o 
primeiro (clique para ver em tamanho real): 
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http://www.mxstudio.com.br/wp-content/uploads/2008/05/conexao-local.jpg
http://www.mxstudio.com.br/wp-content/uploads/2008/05/tcp-ip.jpg
 
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Depois disso tudo, Tá pronto! Se for preciso reinicie os computadores. Se quiser fazer 
um teste na rede vá ao menu “Iniciar” e clique em “Executar”, digite “cmd” (sem aspas) e na 
janela que aparecer digite “ipconfig” para ver o ip do computador, ou “ping x.x.x.x” onde 
x.x.x.x é o ip do computador que quer testar a conexão. 
 
 Transmissão de Sinal 
 
Duas técnicas podem ser usadas para transmitir sinais codificados sobre um cabo: 
transmissão banda base e transmissão banda larga. 
 
 Transmissão Banda Base 
 
Usa sinalização digital sobre um simples canal. Sinais digitais fluem na forma discreta 
de pulsos de eletricidade ou luz. Neste método de transmissão todo a capacidade de 
comunicação do canal é usada para transmitir um único sinal de dados. A largura de banda 
de banda do canal refere-se a capacidade de transmissão de dados ou velocidade de 
transmissão de um sistema de comunicação digital e é expressa em bps (bits por segundo). A 
medida que o sinal viaja ao longo do meio ele sofre redução na sua amplitude e pode se 
tornar distorcido. Se o comprimento do cabo é muito longo, o sinal recebido pode estar até 
mesmo irreconhecível. 
 
Transmissão Banda Larga 
 
Usa sinalização analógica e uma faixa de freqüências. Os sinais não são discretos e 
são contínuos. Sinais fluem na forma de ondas eletromagnéticas ou óticas. Seu fluxo é 
unidirecional. 
 
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Se toda a largura de banda está disponível, vários sistemas de transmissão podem ser 
suportados simultaneamente no mesmo cabo, por exemplo, tv a cabo e transmissões de 
rede. A cada sistema de transmissão é alocada uma fatia da largura de banda total. 
 
Enquanto que sistemas banda base usam repetidores para fortalecer o sinal, sistemas 
banda larga usam amplificadores para a mesma finalidade. 
 
Como o fluxo do sinal é unidirecional, deve haver dois caminhos para o fluxo de 
dados, de modo que todos os dispositivos sejam alcançados. Há duas formas de fazer isso: 
 
» A largura de banda é dividida em dois canais,cada uma usando freqüência ou faixa 
de freqüências diferentes. Um canal é usado para transmissão e outro para recepção. 
 
» Cada dispositivo é ligado a dois cabos. Um é usado para transmissão e outro para 
recepção. 
 
Formas de transmitir informação 
 
Aumentar a velocidade da transmissão de dados é uma necessidade a medida que 
uma rede cresce em seu tamanho e na quantidade de tráfego. Maximizando o uso do canal, 
podemos trocar mais dados em menos tempo. Existem três formas de transmitir informação 
: simplex, half-duplex e full-duplex 
Simplex – Forma mais básica de transmissão. Nela a transmissão pode ocorrer 
apenas em uma direção. O transmissor envia ao dados, mas não tem certeza se o receptor 
os recebeu. Não há meios de verificar a recepção dos dados. Problemas encontrados 
durante a transmissão não são detectados e corrigidos. Um bom exemplo de transmissão 
simplex é a transmissão de TV aberta. 
Half-Duplex – A transmissão pode ocorrer em ambos as direções mas não ao mesmo 
tempo. Detecção de erro é possível. Um bom exemplo é a comunicação com walk-talkies. 
Modems usam half-duplex. 
 Full-Duplex – A melhor forma de transmissão. Os dados podem transmitidos e 
recebidos simultaneamente. Um bom exemplo é uma conexão de TV a cabo, em que você 
pode ver TV e navegar na internet ao mesmo tempo. 
 
Conceitos básicos de Transmissão e Comutação 
 
• Transmissão: 
 Informação 
 + 
 Sinais 
 + 
 Meios Físicos 
 
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Tipos de Informação 
 Voz-telefonia 
 Figura ou texto impresso - Fax 
 Imagens – vídeo, TV 
 Texto-mensagem 
 Arquivos ou programas – computação 
 Música 
 
Sinais 
Ondas que se propagam através de algum meio físico. 
Variam em amplitude com o tempo conforme codificação da informação transmitida. 
 
Analógico 
• Variação contínua 
Exemplo: Fontes sonoras 
Digital 
• Variação discreta 
Exemplo: Computadores 
 
Informação digital ou analógica  Sinal digital ou analógico 
Sinais 
• Sinal de rádio é uma onda de energia 
• No vácuo, velocidade de 297000 Km/s 
• Tipos de ondas: 
– Terrestres ou de superfície 
– Ondas espaciais trafegam em linha reta 
– Ondas celestiais usam ionosfera 
– Ondas de satélite 
– Sistemas de micro-ondas Segundo o Meio de Transmissão: 
 
Ondas 
Algumas bandas são nocivas 
Ouvido humano - banda de 40 a 18000 Hz 
Voz humana - banda 200 a 5000 Hz 
Sinal de voz - banda de 300 a 3400 Hz 
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Ouvido e cérebro - reconstruir e inferir 
Transmissões rádio: 30 KHz a 300 GHz 
 
• Largura de banda na faixa de audição é da ordem de 3000Hz 
• Transmissões via rádio largura de banda pode chegar a 300 MHz. 
• Ondas de superfície exploram as baixas frequências, longos comprimentos de onda (10000 
metros) e sujeitas a variações topográficas. 
• Ondas espaciais: transmissões de TV, faixa de VHF a SHF 
• Ondas celestiais: faixa HF, e usadas para transmissões de rádio e telefonia de longa 
distância. 
• Microondas exploram o espectro de UHF e SHF provendo uma ampla banda, pequenos 
comprimentos de onda e menores antenas. 
 
Sinal Digital 
• Bit - Unidade de informação 
• Bit - Variação da amplitude do sinal digital 
• Codificação de sinais - Níveis de amplitude 
• 4 níveis - dibit - dois bits/nível 
• 8 níveis - tribit - três bits/nível 
• 2 n níveis - nbit - n bits/nível 
• N níveis - log 2 N bit - log 2 N bits/nível 
 
Banda 
• Banda - intervalo entre duas frequências 
• Largura de Banda 
– Diferença entre a maior e a menor frequência 
– Qualidade de voz - 300 Hz a 3400 Hz 
» Banda = 3400 - 300 = 3100 Hz 
Banda Passante 
• Banda Passante do Meio (BPM): faixa de frequências praticamente preservada pelo meio 
• Banda Passante Necessária de um Sinal: 
– Largura mínima necessária na BPM para garantir uma qualidade mínima no recebimento 
do sinal (analógico ou digital) 
– Qualidade de voz - 3100 Hz 
» Maior Banda - Melhor recepção do sinal 
Taxa de Transmissão 
• Qual a banda passante B para um sinal digital 1/T bps? 
• Quantos bps podem ser transmitidos com a banda B Hz? 
⇓ 
– Taxa de transmissão Máxima de um Canal 
– Teorema de Nyquist 
Teorema de Nyquist 
Se um sinal é transmitido através de um canal de largura de banda B Hz, o sinal resultante da 
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filtragem pode ser completamente reconstruído pelo receptor através da amostragem do 
sinal transmitido, a uma frequência igual a no mínimo 2B vezes por segundo. 
Taxa de Transmissão Máxima 
• No. intervalos de sinalização/s de um s. digital = nº bauds 
• Cada intervalo codifica log2N bits ⇒ 1 baud = log2N bps 
• Largura B Hz ⇒ transmite um sinal digital de no máximo 
2B bauds. 
⇓ 
 – Capacidade do canal = 2B log 
Distorção de Sinais em Transmissão 
• Banda Passante Limitada 
• Ruídos 
• Atenuação 
• Ecos 
 
Multiplexação 
A multiplexação consiste na operação de transmitir várias comunicações diferentes 
ao mesmo tempo através de um único canal físico. O dispositivo que afeta este tipo de 
operação chama-se multiplexador. Existem diferentes modos de efetuar a multiplexação: 
 
 
 Multiplexação por Divisão de Frequência (FDM - Frequency Division Multiplexing); o 
espectro de frequências é dividido em diversas faixas, uma para cada transmissão ou 
comunicação distinta. 
 
Multiplexação por divisão de Frequencia (FDM) 
 
 
Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM - Time Division Multiplexing); o tempo de 
transmissão de um canal é dividido em pequenas fracções de tempo (iguais ou de acordo 
com uma proporção estatística), atribuindo-se uma fracção a cada uma das várias 
transmissões que estão a decorrer ao mesmo tempo. 
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Multiplexação por divisão de tempo (TDM) 
 
• STDM - Statistical Time Division Multiplexing 
• WDM - Wavelength Division Multiplexing 
• CDMA - Code Division Multiplexing Access 
Sistemas Celulares 
• Técnicas para arquiteturas de acesso de usuários 
FDMA (Frequency Division Multiplexing Access 
TDMA (Time Division Multiplexing Access ) 
CDMA (Code Division Multiplexing Access ) 
 
 CDMA disponibiliza toda a banda para os usuários 
 FDMA uma arquitetura de faixa estreita 
 TDMA poder ser de faixa estreita ou larga 
 
CDMA de faixa larga 
 
Padrões Mundiais Sem Fio 
• Integração de voz, dados e serviços multimídia 
• Redução de custos 
• Competição mais visível para o usuário 
• Sistemas 2.5G, 3G e 4G 
• FPLMTS ( Future Public Land Mobile Telecommunications) ou IMT-2000 ( International 
Mobile Telecommunications 2000 ) 
 • UMTS (Universal Mobile Telecommunications System ) 
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Comutação 
A comutação é o processo de interligar dois ou mais pontos entre si. No caso de telefones, as 
centrais telefônicas comutam (interligam) dois terminais por meio de um sistema 
automático,