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Sistema Respiratório


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Sistema respiratório
Davi Cassiano, 119B
2
-Constituintes- 
- Nariz.
- Faringe.
- Laringe.
- Traqueia.
- Brônquios Extrapulmares: principais direito e esquerdo.
- Pulmões:
. Brônquios intrapulmonares: lobares e segmentares.
. Bronquíolos propriamente ditos.
. Bronquíolos terminais.
. Bronquíolos respiratórios.
. Ductos e Sacos alveolares.
. Alvéolos.
- Porção condutora: conduz, umidifica e aquece o ar.
- Porção respiratória: realiza as trocas gasosas. 
-Funções-
- Condução, filtração e aquecimento do ar. 
- Realiza trocas gasosas. 
- Produção de sons a partir do aparelho fonador.
- Olfação.
- Controle do pH sanguíneo. 
- Respostas imunológicas. 
- Hematopoese: Importante função na biogênese de plaquetas e serve de reservatório de células tronco do sangue.
-Nariz-
- Dividido em porção interna e externa. 
- Parte externa:
. Arcabouço ósseo e cartilaginoso:
+ Ossos nasais, maxilares e parte do osso frontal.
+ Cartilagem do septo, cartilagens nasais laterais e cartilagens alares maiores e menores. 
. Tecido cartilaginoso e conjuntivo auxiliam no suporte a asa do nariz.
. Anatomia de superfície: 
+ Dorso, ponta, columela(entre as narinas), narinas e assas do nariz. 
. Recoberta por musculatura e pele.
. Na região das assas há uma grande presença de glândulas sebáceas e sudoríparas. A partir da puberdade, com estímulo hormonal, as glândulas entram em grande atividade e são formados cravos. 
+ Os cravos são secreções das glândulas sebáceas que não foram devidamente limpas.
- Parte interna: 
. Dividido em lado direito e esquerdo a partir do septo nasal: 
+ Septo nasal formado pela lâmina perpendicular do osso etmoide, vômer e cartilagem do septo.
	. Teto: etmoide
. Assoalho: processos palatinos da maxila e lâmina horizontal do osso palatino. 
. Lateralmente na parte óssea surgem as três conchas nasais: superior, média e inferior.
+ Aumentam a área de superfície da cavidade nasal. 
+ Na expiração, elas retêm as gotículas de água expiradas impedindo a desidratação da cavidade nasal. 
. Toda a cavidade é recoberta por mucosa.
. Pode ser dividida em três partes: Vestíbulo, Área respiratória e Área olfatória.
· Vestíbulo: 
. Região anterior da cavidade nasal (onde conseguimos colocar o dedo).
. Recoberto internamente por pele fina. Rica em glândulas sebáceas e sudoríparas. 
. Possui pelos curtos e grossos: vibrissas. São barreiras mecânicas contra grandes partículas invasoras. 
· Área respiratória: 
. É a maior região da cavidade nasal. 
. Coberta por mucosa respiratória:
+ Epitélio cilíndrico, pseudoestratificado, ciliado com células caliciformes.
+ Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo.
	- Ricamente vascularizada: por recobrir a região das conchas, onde o ar é aquecido. Assim a vascularização obedece a função de aquecimento. 
	- Tem muitas glândulas seromucosas: responsáveis pela produção do muco do nariz. 
+ Rica em elementos linfóides para a produção de imunoglobunlinas (principalmete IgA) que protegem a mucosa respiratória já que é a porta de entrada de várias infecções. 
OBS: Mucosa: se trata de um epitélio apoiado em tecido conjuntivo(em geral, frouxo) denominado Lâmina basal. Reveste regiões do corpo/cavidades.
OBS 2: Plexo de Kiessekbach:
	. Região de anastomose das artérias que irrigam o nariz (ramos da carótida interna e interna).
	. A pele dessa região é mais fina. 
	. Muito próxima ao vestíbulo, podendo ocorrer ressecamento pelo contato com o ar e/ou lesão traumática.
	. Assim, essa é uma área de frequentes hemorragias. 
OBS 3: Infecções virulentas: 
	- Algumas infecções por vírus destroem o epitélio, outras, mantêm o epitélio intacto.
	- Corona Vírus: o epitélio da mucosa se mantém intacto.
· Área olfatória: 
. Ocupa o teto da cavidade nasal.
+ Recobre o osso etmoide, parte superior do septo nasal e conchas nasais superiores. 
. É amarelada em pessoas vivas. 
. Presença da mucosa olfatória: epitélio olfatório + lâmina própria. 
+ Epitélio olfatório: pseudoestratificado, cilíndrico ciliado sem células caliciformes. 
	- Virado para a cavidade nasal a partir do seu teto (“de cabeça para baixo”).
	- Neurônio bipolar: o dendrito se projeta para a parede mucosa e origina o botão olfatório que origina cílios imóveis. Nos cílios há os receptores das moléculas odoríferas. 
* Os axônios desses neurônios passam pela placa cribiforme do osso etmoide para alcançar o bulbo olfatório. 
* Período de regeneração de 3 meses.
	- Células de sustentação: ocupam toda a extensão do epitélio, sustenta, nutre e isola eletricamente os neurônios para o seu melhor funcionamento. Período de renovação é de cerca de 1 ano. 
	- Células basais: podem ser globosas ou horizontais:
* Globosas se diferenciam e forma células olfatórias e células de sustentação.
* Horizontais: formam as células globosas.
OBS: SARS-CoV-2 infecta as células de sustentação e as células basais. Sem células de sustentação, o funcionamento dos neurônios é prejudicado e sem células tronco a perda do olfato é continuada até que haja novas células tronco capazes de se diferenciar em células de sustentação. (atualizar após setembro de 2020).
+ Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo porém, podem haver regiões de tecido conjuntivo denso não modelado.
	- Rica em glândulas olfatórias Bowman: glândulas serosas que produzem um líquido que limpa os cílios (onde as moléculas odoríferas se ligam) e produzem OBP (Odorant Binding Protein). 
	- Presença de feixes nervosos: no epitélio há neurônios cujos axônios se projetam pela lâmina própria, se juntam a outros axônios formando feixes que, na lâmina própria, são chamados de filamentos olfatórios.
* OBP: ajuda a fixar moléculas odoríferas na região do epitélio.
-Embriologia- 
- O nariz é formado a partir dos arcos faríngeos: 
	. Começam a se desenvolver por volta da quarta/quinta semana;
. Provenientes da migração de células das cristas neurais após o fechamento do tubo neural. Essas células, na região da cabeça e pescoço formam os arcos. 
. 1º arco: se divide em proeminência maxilar e mandibular dos dois lados.
. 2º arco.
. 3º arco;
. 4º arco;
. 6º arco.
- Ao redor do estomodeu o primeiro arco se divide e superiormente a ele se desenvolve a proeminência frontonasal.
- Os arcos de número 2 a 6 (com exceção do 5º arco que é vestigial) formam pescoço. 
- Na proeminência frontonasal, surgem duas proeminências de ectoderma por volta da 5ª semana (não precisa saber as semanas), os placoides nasais direito e esquerdo: 
- Logo após o surgimento, o ectoderma do placoide (da região medial) invagina e forma um ‘buraco”, a fosseta nasal. 
- Do surgimento da fosseta nasal, o placoide é separado ao meio formando, bilateralmente, processo nasal medial e lateral. 
- Os processos migram medialmente e se fundem, formando o processo intermaxilar.
- Este, cresce e se desenvolve, e por volta da 10ª semana, a morfologia da face está vormada: 
- Assim as estruturas que formam o nariz são: 
· Processo intermaxilar = dorso, ápice e columela do nariz. 
· Filtro do lábio superior e parte central.
· Parte do palato duro (palato primário que contém os 4 incisivos superiores).
· Processo nasal lateral = asa do nariz. 
· Narinas = fossetas nasais.
· Se invaginam e crescem interiormente.
-Formação do palato- 
- O assoalho da cavidade nasal vem dos processos palatinos da maxila e lâmina horizontal do palatino. 
- Processos palatinos: 
. Crescem medialmente e se fusionam entre si e formam o palato secundário.
. Se fusionam ainda com o palato primário previamente formado. 
. Anatomicamente forma-se a sutura cruciforme (palato primário + secundário) que contém o forame incisivo e sutura palatina mediana (fusão dos processos palatinos).
-Palato duro e palato mole- 
- O palato primário se ossifica completamente. 
- O palato secundário se ossifica parcialmente e parcialmente sofre diferenciação em musculatura formando o palato mole.
. Inervação pelo trigêmeo e vago (pares V e X).
-Origem do trato respiratório-
- Da invaginação das fossetas nasais algumas de suas células se diferenciam em células neurossensoriais.
. Emitem axôniospara o encéfalo em formação. 
. Com o crescimento do embrião, as células se reposicionam o que leva a formação do bulbo olfatório (no encéfalo) e a diferenciação das mesmas em células olfatórias (neurônios amielínicos). 
-Distúrbios nasais congênitos e adquiridos-
- A maior parte dos recém natos é respirador nasal obrigatório. 
	. O palato mole e a epiglote se sobre posicionam nesse período da vida se separando com o crescimento. 
	. Isso permite que o recém nato mame e respire ao mesmo tempo.
	. Porém, em caso de um defeito congênito nasal que impeça a respiração a criança pode vir a óbito. 
- Congênitos:
	. São os mais incomuns; 
	. Arrinia: não formação dos placoides nasais, resultando em uma criança sem nariz, 
	. Hipoplasia nasal: má formação dos ossos nasais. 
	. Dentes supranumerários: dentes na cavidade nasal que cresceram do palato.
	. Atrésia de coanas: fechamento das coanas (por estrutura óssea ou membranosa).
+ Uni ou bilateral; 
+ Sintomas variam de acordo com o caso.
	§ Unilateral: sintomas aparecem mediante primeira infecção respiratória, no mais, sem sinais aparentes. 
	§ Bilateral: a criança respira pela boca, e nesse caso, ou não consegue respirar (geralmente o recém nato é respirador nasal obrigatório) ou respira pela boca e apresenta cianose ao mamar.
+ Diagnostico: sintomas apresentados e não dá pra passar cateter pela cavidade nasal.
+ Tratamento: remover a obstrução. 
- Adquiridos: 
	. Epistaxe: sangramento da cavidade nasal (principalmente na área de Kiessekbach) mais raro no recém nato e mais comum na infância.
+ Causas: ressecamento, corpo estranho, refluxo gastro esofágico intenso retornando pela cavidade nasal. 
+ Vomito e fezes: a epistaxe pode ocorre durante o sono e ser percebida em vômitos e fezes, nesse caso então, confundida com parasita, por exemplo.
+ Tratamento: pressão no local até estancar o sangramento.
-Seios paranasais-
- Estruturas aéreas dentro dos ossos da face: frontal, maxilares, etmoide e esfenoide. 
- Funções: 
	. Aumentar a superfície de contato da cavidade nasal. Os seios crescem de fato a partir da cavidade nasal, são a representação de sua expansão.
	. Servem de amortecimento em caso de traumas na região frontal da face. Protegem, dentro de seus limites, o encéfalo de impactos. 
	. Tornam a caixa craniana mais leve. 
	. Ressonância da voz. Amplificam a voz sem que seja necessário ficar gritando. 
- Mucosa: 
	. São formados por ossos, e o espaço nesses ossos é preenchido por mucosa respiratória.
	. Epitélio respiratório (pseudoestratificado, cilíndrico, ciliado e com células caliciformes) apoiado em lâmina basal de tecido conjuntivo frouxo.
	. Tecido conjuntivo frouxo: muito irrigado, presença de muitos elementos linfoides e numerosas glândulas seromucosas. 
- Desenvolvimento: 
	. Começam a se desenvolver no período embrionário, porém, crescemos com seios muito pequenos. 
	. Eles se desenvolvem ao longo do crescimento até mais ou menos a fase adulta. 
+ Graças a isso, mas também a outros fatores, a ressonância da voz se altera muito de crianças para adultos. 
+ Sinusite: inflamação dos seios paranasais que se enchem de muco. Alterações na voz são muito perceptíveis. 
	. Os seis dos ossos maxilares, frontal e etmoide crescem a partir da cavidade nasal. 
	. O seio do osso esfenoide se forma a partir do fechamento do recesso esfeno – etmoidal. 
	. Os cílios do epitélio dos seios batem em direção a cavidade nasal. Ao passo que os cílios da cavidade nasal se movimentam em direção a faringe (o objetivo é deglutição ou expectoração a partir da laringe). 
	. O crescimento dos seis acarreta em crescimento do viscerocrânio. 
	. O neuro crânio no recém nato é bem maior que o viscerocrânio. Porém, com o desenvolvimento, o viscerocrânio cresce (por conta não só dos seios paranasais mas também por conta da erupção dentária, fala e alimentação com sólidos) ao passo que o neuro crânio se espessa mas não apresenta tão evidente crescimento. 
-Faringe- 
- Se localiza superiormente no pescoço tendo contato com a cavidade nasal por meio das coanas. 
- Se estende inferiormente com duas aberturas, uma anterior(laringe) e outra posterior(esôfago). 
- É um tubo musculoso. Duas camadas de músculo estriado esquelético. 
- Relações: estabelece relações com:
	. Cavidade nasal por meio das coanas. 
	. Cavidade oral por meio do istmo. 
	. Tubas auditivas na nasofaringe. 
	. Laringe e esôfago inferiormente.
- Serve ao sistema respiratório e digestório: passagem de ar e comida. 
- É também um instrumento de ressonância. 
- Pode ser dividida em três porções: 
+ Nasofaringe: mucosa respiratória;
+ Orofaringe: epitélio pavimentoso, estratificado, não queratinizado. Lâmina própria semelhante à da mucosa respiratória. 
· O epitélio mais espesso é importante pois há atrito com o alimento.
+ Laringofaringe: mucosa semelhante à da orofaringe.
· Há nessa região os recessos piriformes/seios piriformes. 
- Tem função de defesa por conta do contato com o meio esterno por meio das cavidades nasal e oral: 
+ Anel de Waldeyer: protege a região da faringe. Formado por estruturas da oro e nasofaringe: 
· Nasofaringe: tonsilas tubárias bilateralmente e tonsila faríngea posteriormente. Formam a parte superior do anel. 
· Orofaringe: tonsilas palatinas (popularmente: amigdalas) e tonsilas linguais. Formam a parte inferior do anel. 
- Desenvolvimento: 
	. Vem do intestino primitivo: endoderma + mesoderma esplâncnico. 
OBS: É importante saber da origem embrionária do intestino primitivo pois dele derivam os órgãos estudados no 3º período. 
	. Intestino anterior: irrigado pelo tronco celíaco. 
	. Intestino médio: irrigado pela artéria mesentérica superior. 
	. Intestino posterior: irrigado pela artéria mesentérica inferior. 
	. A faringe é a parte cranial do intestino anterior. Parte que tem contato com o estomodeu. 
· Arcos faríngeos: 
· A faringe primitiva está contida nos arcos. 
· Cada arco possui 4 elementos: 
1. Músculo. 
2. Cartilagem.
3. Nervo. 
4. Artéria. 
· As reentrâncias externas dos arcos faríngeos são os sulcos faríngeos.
· As reentrâncias internas dos arcos faríngeos são as bolsas faríngeas. 
· Os locais de encontro de um sulco com uma bolsa formam as membranas faríngeas (em embriologia, membrana é uma estrutura desprovida de mesoderma).
· 1º par de bolsas faríngeas: dão origem as tubas auditivas que se comunicam com o ouvido médio.
· 2º par de bolsas faríngeas: formam as tonsilas palatinas. 
· O restante das tonsilas se forma a partir de glândulas seromucosas da mucosa da faringe invadidas por tecido linfoide. 
-Laringe- 
- Inferior a laringofaringe. 
- Anterior ao esófago. 
- No adulto: entre C4 e C6. 
- Função: 
	. É um órgão fonador.
	. Permite também a passagem de ar. 
- A laringe é um órgão patente e sua patência é permitida por um conjunto de cartilagens presentes neste órgão.
 OBS - Patência: capacidade de um órgão de se manter aberto para a passagem de ar. 
- Cartilagens da laringe: possuem cartilagens elásticas e hialinas. 
· Hialinas: cartilagem tireóidea, cartilagem cricóidea (importante para intubação) e cartilagens aritenóideas. 
· Elásticas: epiglote, cartilagens cuneiformes e cartilagens corniculadas. 
- Mucosa: é coberta por mucosa respiratória em sua luz. Exceto por duas regiões: parte da epiglote e as pregas vocais.
	. A luz possui dois pares de pregas: superiores(falsas pregas) e inferiores (pregas vocais verdadeiras). 
	. Epiglote: conforme o alimento é deglutido, ele força a epiglote a fechar o ádito da laringe. Dessa forma, A região da epiglote em contato com os alimentos deglutidos tem um epitélio pavimentoso, estratificado e não queratinizado. 
	. Pregas vocais: epitélio pavimentoso, estratificado e não queratinizado. Isso graças ao atrito do ar para produção de sons. 
+ A lâmina própria do epitélio das pregas vocais é dividida em 3 camadas: 
1. Superior.
2. Intermediária.
3. Profunda.
+ Da camada superior para profunda acontece um aumento no número de fibras elásticas.
+ Assim, a camada intermediária + camada profunda formam o ligamento vocal. 
+Camada superficial + epitélio = Espaço de Reinke. 
OBS – Edema de Reinke: 
	$ Comum em fumantes e pessoas que trabalham muito com a voz. 
	$ Relacionado ao envelhecimento e hipotiroidismo. 
	$ Incidência: mais comum em mulheres de meia idade fumantes. 
	$ Clínica: voz mais rouca e grave.
- Divertículo respiratório:
	. Surge aproximadamente no 22º dia a partir do intestino anterior. 
	. Origina o sistema respiratório inferior: laringe, traqueia e pulmões.
OBS – Septação do intestino anterior: 
	$ O intestino anterior precisa se septar para formar o sistema digestório e respiratório inferior separadamente. 
	$ Melhor explicado em sistema digestório. 
	. O divertículo respiratório se divide em 3 partes: 
1. Cranial: origina a laringe. 
2. Média: traqueia.
3. Inferior: arvore brônquica e pulmões.
- Desenvolvimento da laringe: 
	. Epitélio derivado do endoderma esplâncnico 
	. Lâmina própria deriva do mesoderma esplâncnico. As glândulas dessa região são derivadas do endoderma. 
	. Cartilagem, musculatura e inervação derivam do 4º e 6º pares de arcos faríngeos. Formam todas as cartilagens exceto a epiglote. 
	. Epiglote: deriva da parte caudal da eminência hipofaríngea. (melhor visto em sistema digestório). 
	. Inervação: nervo vago principalmente. 
-Laringe pediátrica- 
- A laringe pediátrica é mais alta (entre C2 e C3).
- Dessa forma, a epiglote consegue se sobrepor ao palato mole. 
- Com isso, o recém nato possui habilidade de mamar e respirar ao mesmo tempo. 
- Esse desvio de alimento e ar acontece nos recessos piriformes. 
- Graças a isso, a maioria dos recém natos é respirador nasal obrigatório. 
- A laringe pediátrica tem aspecto cônico ao passo que a do adulto tem aspecto cilíndrico. 
- A língua no recém nato é maior que a mandíbula. Importante para uma sucção de leite mais eficiente. 
- A proeminência occipital também é maior na criança. 
-Intubação em crianças: 
	. Graças as características que permitem respiração e amamentação ao mesmo tempo, a intubação em crianças é mais complicada que em adultos. 
	. O formato cônico, tamanho da língua (pode causar ptose: deslocamento anormal para região posterior de um órgão) e do occipital (dificuldade em ficar em posição correta para intubação) dificultam a intubação quando necessária.
-Traqueia- 
- Localizada inferiormente a laringe. 
- Termina em uma bifurcação chamada de carina, formando dois brônquios.
- 10 a 11 centímetros .
- Anterior ao esôfago. 
- Função: condução do ar. 
- Mantêm a sua patência por anéis de cartilagem:
. São ligados entre si pelos ligamentos anulares. 
- Músculo traqueal: diminui a luz da traqueia aumentado a velocidade de passagem do fluxo de ar. 
	. Mecanismo que acontece na tosse. 
- Histologia: 
	. Mucosa: epitélio apoiado em lâmina basal.
. Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado. Varia de acordo com o órgão. 
. Adventícia: como a adventícia dos vasos. Tecido conjuntivo frouxo/fibroelástico que se continua com os tecidos ao redor. No caso da traqueia, a adventícia se continua com a adventícia do esôfago.
· Mucosa da traqueia: 
. Mucosa respiratória.
. Entra na lâmina própria para formar glândulas. 
· Submucosa:
. Tecido conjuntivo denso não modelado. 
. Rico em glândulas mistas/seromucosas. 
OBS: Nos livros: existem muitas fibras elásticas separando a mucosa da submucosa. Na prática porém o professor afirma nunca ter visto. 
· Adventícia:
. Tecido conjuntivo fibroelástico. 
. Contém a cartilagem hialina em formato de C. 
OBS: os cílios da traqueia batem em direção a faringe. 
- Desenvolvimento: 
. Se desenvolve a partir do divertículo respiratório em sua parte média. 
. Se forma entre a 4ª e 12ª semana.
. Se forma principalmente por diferenciação tecidual. 
. Endoderma do intestino primitivo: forma o epitélio e glândulas (na mucosa ou submucosa) 
. Mesoderma esplâncnico do intestino primitivo: forma o tecido conjuntivo das camadas e a cartilagem hialina.
. O que determina que o intestino médio forme a traqueia são os genes HOX. 
-Árvore brônquica-
- A bifurcação da traqueia, mais voltada para o lado direito, origina dois brônquios principais fora do pulmão. 
	. Brônquio principal direito é maior, mais curto e mais vertical. Corpos estranhos que penetram a traqueia, preferencialmente se alojam no brônquio principal direito. 
- O brônquio principal direito se divide em 3 brônquios lobares (superior, médio e inferior) e o brônquio principal esquerdo se divide em 2 brônquios lobares (superior e inferior). 
	. Cada brônquio lobar se divide e forma brônquios lobares: 10 do lado direito e 10 do lado esquerdo. 
- Histologia: é igual a traqueia, porém é uma estrutura completa e não um anel em forma de C. 
- Brônquios lobares e segmentares: Estão no interior do pulmão sendo, na histologia, classificados apenas como brônquios intrapulmonares. 
. Brônquio principal X lobar e segmentar: A peça cartilaginosa está fragmentada. 
- Histologia:
	. Mucosa respiratória: epitélio sob lâmina própria. 
. Submucosa: presença de glândulas. 
. Adventícia: tecido fibroelástico. Porém, ao invés do anel de cartilagem inteiro, há fragmentos. 
- Nos brônquios intrapulmonares existe músculo liso separando a mucosa da submucosa:
. Importante para controle da luz dos brônquios e bronquíolos. 
-Bronquíolos-
- Bronquíolo propriamente dito: mucosa + muscular+ adventícia. 
. Mucosa: respiratória com epitélio variável. Na parte inicial dos bronquíolos é respiratório, à medida que vão diminuindo o epitélio tende a ficar mais baixo passando para epitélio cilíndrico, simples e ciliado e ainda presença de células cúbicas (ciliadas ou não). 
+ A nível de alvéolos, o epitélio é pavimentoso, mas dificilmente ocorre no corpo uma mudança abrupta de epitélios. Por isso, o epitélio dos bronquíolos vai abaixando até o ponto de epitélio pavimentoso dos alvéolos. 
+ Células de clara: presentes no epitélio. Inúmeras vesículas no citoplasma. 
· Funciona como uma célula tronco para o epitélio. 
· Protege o epitélio por meio da liberação de substâncias contidas em suas vesículas.
· Captura toxinas que porventura chegaram até essa região: citocromo p450 importante. 
· Produz substância semelhante ao surfactante. 
- Bronquíolo terminal: última parte do sistema de condução do ar.	
. Última parte do sistema de condução, histologia semelhante à do bronquíolo propriamente dito. 
. O epitélio está cada vez mais baixo. Sendo nessa região, cilíndrico, cúbico, simples com cílios ou não. 
OBS – Na prática: O bronquíolo propriamente dito tem mucosa estrelada já o terminal não. Se abre formando os bronquíolos respiratórios. 
- Bronquíolo respiratório: primeira parte onde é possível ocorrer trocas gasosas. 
. Mesma histologia do bronquíolo terminal, porém as paredes se abrem em alvéolos ou ductos alveolares que terminam nos sacos alveolares. 
-Alvéolos pulmonares- 
- Os alvéolos são separados entre si pelo septo interalveolar. 
- Formados por pneumócitos do tipo I (95% do epitélio dos alvéolos) e II. 
Tipo I: São unidos entre si por junções oclusivas. 
Tipo II: mais cúbico, produz surfactante pulmonar. 
- Surfactante pulmonar: substância rica em lipídeos e proteínas secretada pelos pneumócitos do tipo II. 
. Mantém a patência do pulmão/impede o colabamento do pulmão. 
OBS: A célula de clara produz substância semelhante ao surfactante para manter a patência dos bronquíolos pois já não há mais cartilagem. 
. Pneumócitos do tipo II são células tronco e substituem os pneumócitos do tipo I quando necessário.
- Os alvéolos se comunicam entre si por meio do poro interalveolar/ poro de Kohn. 
. São importantes na manutenção do equilíbrio gasoso, permitindo a passagem de gás de um lado para outro. Importante para a oxigenação em caso de obstrução. 
. É uma via de migração para os macrófagos alveolares. 
- Macrófago alveolar: chega ao pulmão, através do sangue como monócito, se diferencia em macrófago alveolar. Ultrapassa tecido conjuntivo e pneumócitos até a luz dos alvéolos. 
	. Sua função é manter o ambiente estéril por meio de fagocitose. 
	. Após a fagocitose omacrófago pode voltar pelos bronquíolos (principal caminho), alcançar a faringe carregado pelo batimento ciliar, ser deglutido ou expectorado. 
OBS – Clínica: paciente com sangramento no pulmão (pneumonia bactéria ou insuficiência cardíaca esquerda) apresenta escarro com cor de ferrugem pois o macrófago degrada o sangue acumulado nos alvéolos e apresenta essa coloração detectável por exame patológico. 
. O macrófago pode também passar pelo tecido conjuntivo e seguir pela via linfática. 
. Outros macrófagos ainda ficam no pulmão causando manchas. 
OBS – Fumante: 
. O macrófago em atividade libera proteases.
. Proteases no pulmão desfazem as fibras elásticas e colágenas que mantém a estrutura pulmonar. 
. Assim, o próprio pulmão possui anti-proteases. 
. Nos fumantes, a fumaça do cigarro inibe as anti – proteases. Também, muita substância chega na luz dos macrófagos aumentando a sua atividade liberando mais proteases. 
. As proteases então começam a ‘digerir’ o pulmão levando ao desenvolvimento de enfisema pulmonar com o tempo. 
- No septo interalveolar se localizam os capilares do pulmão. É nesse ponto que ocorrem as trocas gasosas.
. Os capilares são irrigados pela artéria tronco pulmonar e drenados pelas veias pulmonares (diferente da circulação que nutre os pulmões). 
. O sangue nesses capilares serve unicamente ao objetivo de fazer trocas gasosas não oxigenando o pulmão. 
-Barreira hematoaérea- 
- Pneumócitos do tipo I (apoiado em lâmina basal) + célula endotelial e lâmina basal do capilar contínuo. 
-Desenvolvimento da árvore brônquica e pulmões-
- Parte caudal do divertículo respiratório. 
- O pulmão se bifurca para formar a árvore brônquica. 
- Todo o epitélio no interior do pulmão, assim como as glândulas vem do endoderma e o mesoderma esplâncnico forma o tecido conjuntivo do pulmão. 
- Os pulmões se desenvolvem até os 8 anos de idade: 
. O desenvolvimento dos pulmões é morfológico e fisiológico. 
. O pulmão necessita sofrer maturação. 
-Maturação pulmonar- 
- Somente é possível respirar no ambiente quando a produção de surfactante é suficiente.
- A produção do surfactante melhora em qualidade no fim da gestação. 
- Assim, o prematuro preciso ficar na UTI neonatal por falta de surfactante suficiente que impede que ele respire normalmente. 
- Fases da maturação pulmonar: 
1. Pseudoglandular: da 5ª a 17 semana. O nome se dá pois o pulmão se parece com uma glândula.
. Não há elementos de trocas gasosas.
2. Canalicular: 16ª á 26ª semana. Surgimento das primeiras estruturas respiratórias. 
. Surgimento dos bronquíolos respiratórios. 
. Aumento da vascularização do pulmão. 
. Nascimento ainda inviável.
3. Sacular: 24ª semana ao nascimento. 
. Desenvolvimento dos sacos alveolares.
. Há estrutura de respiração porém não há surfactante suficiente. 
. Prematuros.
. Diferenciação dos pneumócitos tipo I e II. 
4. Alveolar: 32ª semana aos 8 Anos. 
. Formação dos alvéolos. 
. 300 milhões de alvéolos nos adultos (140 m2 de alvéolos) recém nato tem metade nessa área. 
. Muitos alvéolos se desenvolvem pós nascimento. 
. Há o alvéolo primitivo, dele surgem os septos alveolares aumentando o número de alvéolos. 
- Movimentos respiratórios fetais- 
- Começam na 11ª semana e são avaliados pelo médico para checagem dos sinais vitais e possíveis distúrbios. 
- Ocorrem de forma intermitente e aumentam com o avanço da gestação. 
. Ocorrem mais durante o sono REM.
- Auxiliam no desenvolvimento dos pulmões:
. Por meio desses movimentos o feto aspira o liquido amniótico. O contato do líquido amniótico com o tecido pulmonar auxilia na bifurcação/trifurcação. Deficiência do líquido amniótico: hipoplasia pulmonar.
. O movimento mecânico dos pulmões é que proporciona a diferenciação dos pneumócitos.
- Treinamento da musculatura respiratória.
-Transição para a respiração pulmonar- 
- Absorção do líquido amniótico pelo epitélio pulmonar durante o trabalho de parte. 
. A pressão do canal de parto durante o parto normal proporciona saída do líquido pelo nariz e boca. 
. Na cesariana utiliza-se a pêra de sucção que aspira o líquido e é importante para verificar se as vias aéreas não estão obstruídas. Pérvia = vias livres de obstruções. 
- Circulação vascular e linfática é aumentada para ajudar a remover o excesso de líquido que tenha permanecido.