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O sistema respiratório é constituído pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos pulmões. Suas partes podem ser classificadas de acordo com sua estrutura ou função. DIVISÃO ANATÔMICA Estruturalmente, o aparelho respiratório é constituído por duas partes: (1) O sistema respiratório superior inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e estruturas associadas; (2) o sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. Funcionalmente, o sistema respiratório também é formado por duas partes: (1) A zona condutora consiste em várias cavidades e tubos interconectados (intrapulmonares e extrapulmonares). Estes incluem o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais; sua função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões. (2) A zona respiratória consiste em tubos e tecidos nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas. Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos e são os principais locais de trocas gasosas entre o ar e o sangue. Nariz O nariz é a parte do sistema respiratório situado acima do palato duro e que contém o órgão do olfato. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal. Cada cavidade nasal pode ser dividida em uma parte olfatória e em uma parte respiratória. As funções do nariz e da cavidade nasal são as seguintes: 1. Olfação (olfato) 2. Respiração 3. Filtração de poeira 4. Umidificação do ar inspirado 5. Recepção e eliminação de secreções provenientes da túnica mucosa da cavidade nasal, dos seios paranasais e dos ductos lacrimonasais. A parte externa do nariz varia consideravelmente quanto ao tamanho e formato, principalmente devido a diferenças nas cartilagens nasais. A parte externa do nariz consiste em parte óssea e cartilagínea. A parte óssea do nariz é constituída pelas seguintes estruturas: I. Ossos nasais II. Processos frontais das maxilas III. Parte nasal do frontal e sua espinha nasal IV. Parte óssea do septo nasal. A parte cartilagínea do nariz consiste em cinco cartilagens principais: duas cartilagens laterais, duas cartilagens alares e uma cartilagem do septo nasal. As cartilagens alares em forma de U são livres e móveis; elas dilatam ou estreitam as narinas quando há contração dos músculos que atuam sobre o nariz. As estruturas ósseas e cartilagíneas do nariz ajudam a manter o vestíbulo do nariz e a cavidade nasal pérvios, ou seja, desobstruídos. Cavidade nasal A cavidade nasal é um espaço grande na face anterior do crânio que se encontra inferiormente ao osso nasal e superiormente à cavidade oral; está alinhada ao músculo e à túnica mucosa. Uma estrutura vertical, o septo nasal, divide a cavidade nasal nos lados direito e esquerdo. A parte anterior do septo nasal é composta principalmente por cartilagem hialina; o restante é formado pelos ossos vômer, lâmina perpendicular do etmoide, maxila e palatinos. Anteriormente, a cavidade nasal se funde ao nariz; posteriormente, comunica-se com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de cóanos. Ductos dos seios paranasais (que drenam muco) e os ductos lacrimonasais (que drenam lágrimas) também se abrem na cavidade nasal. Os ossos do crânio que contêm seios paranasais são o frontal, o esfenoide, o etmoide e a maxila. Além de produzir muco, os seios paranasais servem como câmaras de ressonância para um som ao falar ou cantar. As paredes laterais da cavidade nasal são formadas pelos ossos etmoide, maxila, lacrimal, palatino e concha nasal inferior; o etmoide também forma o teto do nariz. Os palatinos e os processos palatinos da maxila, que juntos constituem o palato duro, formam o assoalho da cavidade nasal. A cavidade nasal está dividida em uma parte respiratória inferior maior e um parte olfatória superior menor. A região respiratória é revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com diversas células caliciformes, que é frequentemente chamada de epitélio respiratório. A parte anterior da cavidade nasal logo no interior das narinas, chamada de vestíbulo do nariz, é circundada por cartilagem; a parte superior da cavidade nasal é circundada por osso. Quando o ar entra pelas narinas, passa primeiro pelo vestíbulo do nariz, que é revestido por pele contendo pelos grossos que filtram grandes partículas de poeira. Três conchas formadas por projeções das conchas nasais superior, média e inferior se estendem de cada parede lateral da cavidade nasal. Perto de alcançar o septo nasal, as conchas se subdividem em cada lado da cavidade nasal em várias estruturas semelhantes a cavernas – os meatos nasais superior, médio e inferior. O arranjo das conchas e meatos aumenta a área de superfície da cavidade nasal e evita a desidratação por aprisionamento de gotículas de água durante a expiração. Conforme o ar inspirado circula pelas conchas e meatos, é aquecido pelo sangue nos capilares. O muco secretado pelas células caliciformes umedece o ar e retém as partículas de poeira. A drenagem do ducto lacrimonasal também ajuda a umedecer o ar e às vezes é assistida por secreções dos seios paranasais. Os cílios movem o muco e as partículas de poeira retidas em direção à faringe, onde podem ser engolidas ou cuspidas, removendo assim as partículas do sistema respiratório. As células receptoras olfatórias, as células de sustentação e as células basais se encontram na região respiratória, que está perto da concha nasal superior e septo adjacente. Essas células formam o epitélio olfatório. Este contém cílios, mas não há células caliciformes. Conchas nasais As conchas nasais dividem a cavidade nasal em quatro passagens : o recesso esfenoetmoidal, o meato nasal superior, o meato nasal médio e o meato nasal inferior. Recesso esfenoetmoidal O recesso esfenoetmoidal, cuja localização é superior e posterior à concha nasal superior, recebe a abertura do seio esfenoidal. Meato nasal superior O meato nasal superior é uma passagem estreita entre as conchas nasais superior e média (partes do etmoide), no interior das quais os seios etmoidais posteriores se abrem por um ou mais orifícios. Meato nasal médio O meato nasal médio é mais longo e mais profundo do que o superior. A parte anterior e superior dessa passagem leva ao infundíbulo etmoidal, uma abertura que comunica o infundíbulo com o seio frontal através do ducto frontonasal. O hiato semilunar é um sulco semicircular, no interior do qual se abre o ducto frontonasal. A bolha etmoidal, uma elevação arredondada localizada acima do hiato semilunar, é visível quando a concha nasal média é removida. A bolha é formada pelas células etmoidais médias, que são parte dos seios etmoidais . Meato nasal inferior O meato nasal inferior é uma passagem horizontal, inferior e lateral à concha nasal inferior (um osso par independente). O ducto lacrimonasal, que se origina no saco lacrimal, abre-se na parte anterior desse meato. A irrigação arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal provém dos ramos da artéria esfenopalatina, das artérias etmoidais anterior e superior, da artéria palatina maior, da artéria labial superior e dos ramos nasais laterais da artéria facial. Na parte anterior do septo nasal, existe uma área rica em capilares (área de Kiesselbach), onde todas as cinco artérias que irrigam o septo se anastomosam. Com frequência, trata-se da área onde ocorre sangramento nasal profuso. Um rico plexo venoso submucoso drena profundamente a túnica mucosa do nariz para as veias esfenopalatina, facial e oftálmico. Seios paranasais Os seios paranasais são extensões preenchidas de ar da parterespiratória da cavidade nasal no interior dos seguintes ossos do crânio: frontal, etmoide, esfenoide e maxilar. São nomeados de acordo com os ossos nos quais estão localizados. Cada seio drena por meio de um ducto frontonasal para o infundíbulo etmoidal, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio. As células (seios) etmoidais compreendem várias cavidades que estão localizadas na massa lateral do etmoide, entre a cavidade nasal e a órbita. Os seios maxilares são os maiores seios paranasais. Essas grandes cavidades piramidais ocupam os corpos das maxilas. O ápice do seio maxilar estende-se lateralmente e, com frequência, no zigomático. A base do seio maxilar forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal. O teto do seio maxilar é formado pelo assoalho da órbita. O assoalho do seio maxilar é formado pela parte alveolar da maxila. A inervação da túnica mucosa do seio maxilar provém dos ramos anterior, médio e posterior dos nervos alveolares superiores, que são ramos do NC V. Faringe A faringe, ou garganta, é um tubo em forma de funil com aproximadamente 13 cm de comprimento que começa nos cóanos e se estende para o nível da cartilagem cricóidea, a cartilagem mais inferior da laringe. A faringe encontra-se discretamente posterior às cavidades nasal e oral, superior à laringe, e imediatamente anterior às vértebras cervicais. Sua parede é constituída por músculos esqueléticos e é revestida por túnica mucosa. Músculos esqueléticos relaxados ajudam a manter a faringe patente. A contração dos músculos esqueléticos auxilia na deglutição. A faringe atua como uma passagem para o ar e comida, fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala e abriga as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra invasores estranhos. A faringe pode ser dividida em três regiões anatômicas: 1. parte nasal da faringe (chamada nasofaringe na prática clínica), 2. parte oral da faringe (chamada orofaringe na prática clínica), 3. parte laríngea da faringe (chamada laringofaringe na prática clínica). Os músculos de toda a faringe estão dispostos em duas camadas, uma circular externa e uma longitudinal interna. Parte oral da faringe A porção intermédia da faringe, a parte oral da faringe, encontra- se posterior à cavidade oral e se estende desde o palato mole inferiormente até o nível do hioide e tem apenas uma abertura para ela, a fauce, a abertura da boca. Esta porção da faringe tem funções respiratórias e digestórias, servindo como uma via comum para o ar, a comida e a bebida. Como a parte oral da faringe está sujeita à abrasão por partículas de alimentos, é revestida por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. Dois pares de tonsilas, as tonsilas palatina e lingual, são encontradas na parte oral da faringe. Parte Laríngea da faringe A parte inferior da faringe, a parte laríngea da faringe (conhecida como laringofaringe na prática clínica) começa no nível do hioide. Em sua extremidade inferior, se abre no esôfago (tubo alimentar) posteriormente e na laringe (pregas vocais) anteriormente. Como a parte oral da faringe, a parte laríngea da faringe é tanto uma via respiratória quanto digestória e é revestida por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. Laringe A laringe é uma pequena conexão entre a parte laríngea da faringe e a traqueia. Encontra-se na linha média do pescoço anteriormente ao esôfago e às vértebras cervicais IV a VI (C IV a C VI). A parede da laringe é composta por nove fragmentos de cartilagem. Três ocorrem isoladamente (cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricóidea) e três ocorrem em pares (cartilagens aritenóidea, cuneiforme e corniculada). Das cartilagens pares, as cartilagens aritenóideas são as mais importantes, porque influenciam as mudanças na posição e na tensão das pregas vocais (cordas vocais verdadeiras para a fala). Os músculos extrínsecos da laringe conectam as cartilagens a outras estruturas na garganta; os músculos intrínsecos conectam as cartilagens entre si. A cavidade da laringe é o espaço que se estende desde a entrada da laringe até a margem inferior da cartilagem cricóidea (descrita em breve). A parte da cavidade da laringe acima das pregas vestibulares (cordas vocais falsas) é chamada de vestíbulo da laringe. A parte da cavidade da laringe abaixo das pregas vocais é chamada de cavidade infraglótica A cartilagem tireóidea (pomo de Adão) consiste em duas lâminas fundidas de cartilagem hialina que formam a parede anterior da laringe e conferem a ela um formato triangular. O ligamento que liga a cartilagem tireóidea ao hioide é chamado membrana tíreo- hióidea. A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em forma de folha que é recoberta por epitélio. Existe uma parte inferior afilada (pecíolo epiglótico) que está conectada à margem anterior da cartilagem tireóidea. A parte superior ampla em forma de “folha” da epiglote (cartilagem epiglótica) não está presa a nenhuma estrutura e se move para cima e para baixo como um alçapão. Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem para cima. A elevação da faringe amplia-a para receber alimentos ou bebidas; a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para baixo e cubra a glote, fechando-a. A glote é composta por um par de pregas de túnica mucosa, as pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) na laringe, e o espaço entre elas é chamado de rima da glote. O fechamento da laringe desta maneira durante a deglutição desvia líquidos e alimentos para o esôfago e os mantêm fora da laringe e das vias respiratórias. Quando pequenas partículas de poeira, fumaça, alimentos ou líquidos passam para a laringe, ocorre um reflexo de tosse, geralmente expelindo o material. Cartilagem A cartilagem cricóidea é um anel de cartilagem hialina que forma a parede inferior da laringe. Ela se insere ao primeiro anel de cartilagem da traqueia pelo ligamento cricotraqueal. A cartilagem tireóidea está ligada à cartilagem cricóidea pelo ligamento cricotireóideo. O par de cartilagens aritenóideas são segmentos triangulares formados principalmente por cartilagem hialina localizados na margem posterior superior da cartilagem cricóidea. Eles formam articulações sinoviais com a cartilagem cricóidea e têm uma ampla gama de mobilidade. O par de cartilagens corniculadas, peças em forma de chifre de cartilagem elástica, está localizado no ápice de cada cartilagem aritenóidea. O par de cartilagens cuneiformes, cartilagens elásticas em forma de taco anteriores às cartilagens corniculadas, apoia as pregas vocais e as faces laterais da epiglote. O revestimento da laringe superiormente às pregas vocais é de epitélio escamoso estratificado não queratinizado. O revestimento da laringe inferiormente às pregas vocais é de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado, constituído por células colunares ciliadas, células caliciformes e células basais. O muco produzido pelas células caliciformes ajuda a reter a poeira que não foi removida nas vias superiores. Os cílios da parte superior do sistema respiratório movem o muco e as partículas aprisionadas para baixo em direção à faringe; os cílios da parte inferior do sistema respiratório os movem para cima em direção à faringe. Pregas vocais A túnica mucosa da laringe forma dois pares de pregas: um par superior chamado de pregas vestibulares (cordas vocais falsas) e um par inferior chamado de pregas vocais (cordas vocais verdadeiras). O espaço entre as pregas vestibulares é conhecido como rima do vestíbulo. O ventrículo da laringe é uma expansão lateral da parte média da cavidade da laringe inferior às pregas vestibulares e superior às pregas vocais. Embora as pregas vestibulares não atuem na produção da voz, têm outras funções importantes. Quando elas estãounidas, atuam no prender a respiração contra a pressão na cavidade torácica, como pode ocorrer quando uma pessoa faz força para levantar um objeto pesado. As pregas vocais são as principais estruturas envolvidas na produção da voz. Profundamente à túnica mucosa das pregas vocais, que é de epitélio escamoso estratificado não queratinizado, estão faixas de ligamentos elásticos entre as rígidas cartilagens da laringe como as cordas de uma guitarra. Músculos intrínsecos da laringe se inserem tanto às cartilagens rígidas quanto às pregas vocais. Quando os músculos se contraem, eles movem as cartilagens, que tensionam os ligamentos elásticos, e isso distende as pregas vocais para fora para as vias respiratórias, de modo que a rima da glote é estreitada. Contrair e relaxar os músculos varia a tensão nas pregas vocais, de modo semelhante a soltar ou apertar uma corda de violão. Quando os músculos intrínsecos da laringe se contraem, eles puxam as cartilagens aritenóideas, o que faz com que as cartilagens girem e deslizem. A contração dos músculos cricoaritenóideos posteriores, por exemplo, afasta as pregas vocais (abdução), abrindo assim a rima da glote. O tom do som é controlado pela tensão nas pregas vocais. Traqueia A traqueia é uma via tubular para o ar com aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe até a margem superior da vértebra T V, onde se divide em brônquios primários direito e esquerdo. As camadas da parede da traqueia, da profunda à superficial, são a (1) túnica mucosa, (2) tela submucosa, (3) cartilagem hialina e (4) túnica adventícia (composta de tecido conjuntivo areolar). A túnica mucosa da traqueia consiste em uma camada de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado e uma camada subjacente de lâmina própria que contém fibras elásticas e reticulares. Ela oferece a mesma proteção contra poeira que a túnica que reveste a cavidade nasal e a laringe. A tela submucosa consiste em tecido conjuntivo areolar que contém glândulas seromucosas e seus ductos. A árvore bronquial é composta por vias respiratórias macroscópicas que começam na traqueia e continuam até os bronquíolos terminais. Brônquios Na margem superior da vértebra T V, a traqueia se divide em um brônquio principal direito, que vai para o pulmão direito, e um brônquio principal esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Tal como a traqueia, os brônquios principais contêm anéis incompletos de cartilagem e são revestidos por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. No ponto em que a traqueia se divide em brônquios principais direito e esquerdo, uma crista interna chamada de carina é formada por uma projeção posterior e um pouco inferior da última cartilagem traqueal. As paredes da traqueia e dos brônquios são sustentadas por anéis de cartilagem hialina em forma de C. •O brônquio principal direito é mais largo e mais curto e segue um trajeto mais vertical do que o brônquio principal esquerdo quando passa diretamente em direção ao hilo do pulmão direito •O brônquio principal esquerdo segue em direção inferior e lateral, abaixo do arco da aorta e anterior ao esôfago e à parte torácica da aorta, para alcançar o hilo do pulmão esquerdo. Os brônquios principais entram nos hilos dos pulmões e ramificam-se de maneira constante dentro dos pulmões para formar a árvore bronquial. Cada brônquio principal divide-se em brônquios lobares (dois do lado esquerdo e três do lado direito, e cada um deles supre um lobo do pulmão). Cada brônquio lobar divide-se em brônquios segmentares, que suprem os segmentos broncopulmonares. Cada segmento broncopulmonar é piramidal, com o seu ápice dirigido para a raiz do pulmão e a sua base voltada para a superfície pleural e é suprido independentemente por um brônquio segmentar e um ramo terciário da artéria pulmonar. O bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios, e cada bronquíolo respiratório fornece 2 a 11 ductos alveolares, cada um dos quais dá origem a 5 a 6 sacos alveolares. O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica da troca gasosa no pulmão. Ao entrar nos pulmões, o brônquio principal se divide formando brônquios menores – os brônquios lobares, uma para cada lobo do pulmão. (O pulmão direito tem três lobos, o pulmão esquerdo tem dois.) Os brônquios lobares continuam ramificando-se, formando brônquios ainda menores, chamados brônquios segmentares, que irrigam segmentos broncopulmonares específicos dentro dos lobos. Os brônquios segmentares então se dividem em bronquíolos. Bronquíolos Os bronquíolos também se ramificam repetidamente e o menor dos ramos ramifica-se em tubos ainda menores chamados bronquíolos terminais. Os bronquíolos terminais representam o fim da zona de condução do sistema respiratório. Esta extensa ramificação da traqueia até os bronquíolos terminais se assemelha a uma árvore invertida e é comumente chamada árvore bronquial. Várias mudanças estruturais podem ser observadas de acordo com a ramificação da árvore bronquial: • As lâminas de cartilagem gradualmente substituem os anéis incompletos de cartilagem nos brônquios principais e por fim desaparecem nos bronquíolos distais. • À medida que a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. O músculo liso circunda o lúmen em faixas espiraladas e ajuda a manter a permeabilidade. No entanto, como não há cartilagem de suporte, espasmos musculares podem fechar as vias respiratórias. Isto é o que acontece durante uma crise de asma brônquica, uma situação potencialmente fatal. Pleuras Cada pulmão é revestido e envolvido por um saco pleural, que consiste em duas membranas contínuas e concêntricas – as pleuras. •A pleura visceral (pulmonar) reveste os pulmões e é aderente a todas as suas superfícies, incluindo as superfícies dentro das fissuras horizontal e oblíqua •A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. A raiz do pulmão está encerrada na área de continuidade entre as pleuras visceral e parietal, a bainha pleural. Inferiormente à raiz do pulmão, essa continuidade entre as pleuras parietal e visceral forma o ligamento pulmonar, que se estende entre o pulmão e o mediastino. A cavidade pleural – o espaço potencial entre as pleuras visceral e parietal – contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e possibilita o deslizamento suave das camadas da pleura uma contra a outra durante a respiração. A sua tensão superficial também fornece a coesão que mantém a superfície do pulmão em contato com a parede torácica. A pleura parietal é constituída de quatro partes 1. A parte costal cobre as faces internas da parede torácica (esterno, costelas, cartilagens costais, músculos e membranas intercostais e faces laterais das vértebras torácicas) e é separada da parede pela fáscia endotorácica. 2. A parte mediastinal reveste as faces laterais do mediastino. 3. A parte diafragmática reveste a face superior do diafragma de cada lado do mediastino. 4. A cúpula da pleura (cervical) estende-se pela abertura superior do tórax até a raiz do pescoço, 2 a 3 cm acima do terço medial da clavícula, no nível do colo da primeira costela. Forma uma cúpula sobre o ápice do pulmão. Pulmões Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua principal função consiste em oxigenar o sangue colocando o ar inspirado em íntimo contato com o sangue venoso nos capilares pulmonares. Embora os pulmões de cadáveres possam estar retraídos, de consistência firme ao toque e com alteração de sua cor, ospulmões saudáveis no indivíduo vivo são normalmente leves, macios e esponjosos. São também elásticos e sofrem retração de aproximadamente um terço de seu tamanho quando a cavidade torácica é aberta. As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos. • O pulmão direito possui três lobos, enquanto o pulmão esquerdo tem dois. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, visto que a cúpula direita do diafragma é mais alta, e o coração e o pericárdio fazem maior protuberância para a esquerda. • A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta, enquanto essa margem no pulmão esquerdo apresenta uma incisura cardíaca. A incisura cardíaca entalha principalmente a face anteroinferior do lobo superior do pulmão esquerdo. Cada pulmão apresenta as seguintes partes: • O ápice do pulmão: forma a extremidade superior arredondada do pulmão, que ascende acima do nível da primeira costela até a raiz do pescoço; é revestido pela cúpula da pleura • Três faces: a face costal, que é adjacente ao esterno, às cartilagens costais e costelas; a face mediastinal, que inclui o hilo do pulmão e está relacionada medialmente com o mediastino e, posteriormente, com os lados das vértebras; e a face diafragmática, que repousa sobre a cúpula convexa do diafragma • Três margens: a margem anterior, onde as faces costal e mediastinal encontram-se anteriormente e se sobrepõem ao coração (a incisura cardíaca produz um entalhe nessa margem do pulmão esquerdo); a margem inferior, que circunscreve a face diafragmática do pulmão e separa a face diafragmática das faces costal e mediastinal; e a margem posterior, onde as faces costal e mediastinal encontram-se posteriormente (é larga e arredondada e situa-se adjacente à região torácica da coluna vertebral). A raiz do pulmão é formada por estruturas que entram e que emergem do pulmão em seu hilo.A raiz do pulmão conecta o pulmão com o coração e a traqueia. Se a raiz for seccionada antes da ramificação do brônquio principal e da artéria pulmonar, sua organização geral é a seguinte: •Artéria pulmonar, a estrutura mais superior à esquerda (o brônquio lobar superior pode ser mais superior à direita) •Veias pulmonares superior e inferior, de localização mais anterior e inferior, respectivamente •Brônquio principal, aproximadamente no meio do limite posterior, circundado imediatamente por vasos bronquiais muito pequenos. A raiz está envolta dentro da área de continuidade entre as pleuras parietal e visceral – a bainha pleural ou mesopneumônio (mesentério do pulmão). O hilo do pulmão é a área na face medial de cada pulmão onde as estruturas que formam a raiz – o brônquio principal, os vasos pulmonares, os vasos bronquiais, os vasos linfáticos e os nervos – entram e saem do pulmão Alvéolos Um alvéolo é uma evaginação em formato de taça revestida por epitélio escamoso simples e apoiada por uma membrana basal fina e elástica; um saco alveolar é constituído por dois ou mais alvéolos que compartilham uma abertura . As paredes dos alvéolos são formadas por dois tipos de células epiteliais alveolares: 1. As células alveolares do tipo I (epiteliais escamosas pulmonares), mais numerosas, são células epiteliais escamosas simples que formam um revestimento quase contínuo da parede alveolar. As células alveolares do tipo II, também chamadas células septais, existem em menor número e são encontradas entre as células alveolares do tipo I. As finas células alveolares do tipo I são os principais locais de trocas gasosas. 2. As células alveolares do tipo II, células epiteliais arredondadas ou cúbicas com superfícies livres contendo microvilosidades, secretam líquido alveolar, o que mantém úmida a superfície entre as células e o ar. Incluído no líquido alveolar está o surfactante, uma complexa mistura de fosfolipídios e lipoproteínas. Componentes dos alvélolos: 1. Células alveolares do tipo 1 (pneumócito do tipo 1): responsáveis pelas trocas gasosas 2. Células alveolares do tipo 2 (pneumócito do tipo 2): responsáveis pela produção do líquido surfactante. O surfactante tem como função principal reduzir a tensão superficial da água, o que aumenta a complacência dos pulmões; 3. Macrófago alveolar: fagocitose de materiais estranhos e patógenos que chegam aos pulmões; 4. Fibroblastos: são as principais células do tecido conjuntivo que produzem fibras colágenas e também fibras elásticas; 5. Capilares anastomosados, ou seja, totalmente colados ou em contato com as células do tipo 1, separados apenas pelas membranas plasmáticas, líquido extracelular e membrana basal. LÍQUIDO SURFACTANTE O líquido surfactante produzido pelas células (pneumócitos) do tipo 2 é lançado no interior da célula do tipo 1, com o intuito de diminuir o trabalho da respiração. O surfactante é uma mistura que contém lipoproteínas como a dipalmitoilfosfatidilcolina. A tendência natural dos alvéolos é colabar. Então entra o surfactante, para reduzir a tensão superficial da água e, consequentemente, aumentar a complacência dos pulmões O surfactante reduz a tensão superficial do líquido alveolar, o que diminui a tendência de colabamento dos alvéolos e, assim, mantém a sua perviedade a (descrita mais adiante) Associados à parede alveolar estão os macrófagos alveolares, que removem partículas finas de poeira e outros detritos dos espaços alveolares. Também são encontrados fibroblastos, que produzem fibras reticulares e elásticas. Subjacente à camada de células alveolares do tipo I está uma membrana basal elástica. Na face externa dos alvéolos, as arteríolas e vênulas do lóbulo se dispersam em uma rede de capilares sanguíneos que consistem em uma camada única de células endoteliais e membrana basal. A troca de O2 e CO2 entre os alvéolos nos pulmões e o sangue se dá por difusão através das paredes alveolares e capilares, que juntos formam a membrana respiratória. Histologia do Sistema Respiratório EPITÉLIO RESPIRATÓRIO A maior parte da porção condutora é revestida internamente por um epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células caliciformes, denominado epitélio respiratório Como se trata de um epitélio pseudoestratificado, as células têm alturas diferentes, mas todas se apoiam na lâmina basal do epitélio. O tipo mais abundante é a célula colunar ciliada. Em termos quantitativos, seguem-se, em segundo lugar, as células caliciformes.A região apical dessas células contém numerosas gotículas de muco composto de glicoproteínas. As demais células colunares deste epitélio são conhecidas como células em escova (brush cells), em virtude dos numerosos microvilos existentes em suas superfícies apicais. Na base dessas células, consideradas receptores sensoriais, há terminações nervosas aferentes. Existem ainda as células basais, que são pequenas e arredondadas, também apoiadas na lâmina basal, mas que não se estendem até a superfície livre do epitélio. Elas são células-tronco que se multiplicam continuamente por mitose e originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório. Existem as células granulares, semelhantes às basais, mas que contêm numerosos grânulos com diâmetro de 100 a 300 nm. ATIVIDADE DE DEFESA DA PORÇÃO CONDUTORA Devido ao trânsito de ar no seu interior, o sistema respiratório está diretamente exposto ao meio externo. Sua mucosa é uma interface do meio interno com o ar inspirado e protege o organismo contra as impurezas do ar por meio de vários mecanismos de defesa, existentes principalmente na porção condutora. As inúmeras células caliciformes do epitélio respiratório, junto com pequenas glândulas situadas na mucosa dos tubos, secretam uma grande quantidade de muco para o lúmen dos tubos da porção respiratória. O muco deposita-se sobre a superfície do epitélioem forma de uma lâmina, que é continuamente deslocada por batimento ciliar ao longo do lúmen em direção à faringe. Grande parte das partículas de poeira e microrganismos presentes no ar adere a essa lâmina de muco e não alcança os alvéolos, que são uma região frágil do sistema respiratório. Fossas nasais São revestidas por uma mucosa cuja estrutura difere segundo a região considerada. Nas fossas nasais, há três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. Vestíbulo e área respiratória O vestíbulo é a porção mais anterior e dilatada das fossas nasais; sua mucosa é a continuação da pele do nariz; porém, o epitélio estratificado pavimentoso da pele logo perde sua camada de queratina, e o tecido conjuntivo da derme dá origem à lâmina própria da mucosa. Os pelos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas existentes no vestíbulo constituem uma barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias. A área respiratória compreende a maior parte das fossas nasais. A mucosa dessa região é recoberta por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, com muitas células caliciformes (o epitélio respiratório, já descrito). Nesse local, a lâmina própria contém glândulas mistas (serosas e mucosas). A superfície da parede lateral de cada cavidade nasal é irregular, em razão da existência de três expansões ósseas chamadas conchas, ou cornetos. Nos cornetos inferior e médio, a lâmina própria contém um abundante plexo venoso. Ao passar pelas fossas nasais, o ar é aquecido, filtrado e umedecido, atribuindo-se ao plexo venoso função importante no aquecimento. Área olfatória É revestida pelo epitélio olfatório, que contém os quimiorreceptores da olfação. O epitélio olfatório é um neuroepitélio colunar pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: células de sustentação, células basais e células olfatórias. • As células de sustentação são prismáticas, largas no seu ápice e mais estreitas na sua base; apresentam, na superfície, microvilos que se projetam para o interior da camada de muco que cobre o epitélio, células têm um pigmento acastanhado que é responsável pela cor amarelo-castanha da mucosa olfatória. • As células basais são pequenas, arredondadas e situam-se na região basal do epitélio, entre as células olfatórias e as de sustentação; são as células-tronco (stem cells) do epitélio olfatório. As células desse epitélio renovam-se constantemente. • As células olfatórias são neurônios bipolares que se distinguem das células de sustentação porque seus núcleos se localizam em uma posição mais basal. Suas extremidades voltadas para a cavidade nasal (dendritos) apresentam dilatações de onde partem seis a oito cílios imóveis, que contêm quimiorreceptores excitáveis pelas substâncias odoríferas. • Os cílios ampliam enormemente a superfície receptora de odorantes. Os axônios que se originam na porção basal desses neurônios sensoriais reúnem-se em pequenos feixes. O conjunto dos feixes atravessa o osso pela lâmina crivosa, e seus axônios estabelecem sinapses com outros neurônios cujos axônios se dirigem para o sistema nervoso central (SNC) em forma do nervo olfatório. Seios paranasais Revestidas por epitélio do tipo respiratório, com células mais baixas que o epitélio da porção condutora e com poucas células caliciformes. A lâmina própria contém apenas algumas glândulas pequenas e é contínua com o periósteo adjacente. Nasofaringe e orofaringe A nasofaringe é revestida por epitélio do tipo respiratório, enquanto na orofaringe o epitélio é estratificado pavimentoso. Laringe Suas paredes contêm peças cartilaginosas de formas irregulares, unidas entre si por tecido conjuntivo fibrelástico. As cartilagens mantêm o lúmen da laringe sempre aberto, garantindo a livre passagem do ar. As peças cartilaginosas maiores (tireoide, cricoide e a maior parte das aritenoides) são do tipo hialino, enquanto as demais são do tipo elástico. A epiglote tem um eixo de cartilagem elástica revestida por tecido conjuntivo e epitélio. A mucosa da laringe forma dois pares de pregas salientes no lúmen do órgão. O primeiro par, superior, constitui as pregas vestibulares (ou falsas cordas vocais); a lâmina própria dessa região é formada por tecido conjuntivo frouxo e contém glândulas. O segundo par, inferior, constitui as pregas vocais (ou cordas vocais verdadeiras), que apresentam um eixo de tecido conjuntivo muito elástico, ao qual se seguem, externamente, os músculos intrínsecos da laringe, do tipo estriado esquelético. O revestimento epitelial não é uniforme ao longo de toda a laringe. Nas pregas vocais, o epitélio está sujeito a mais atritos e desgaste e é do tipo estratificado pavimentoso não queratinizado. Nas demais regiões, é do tipo respiratório, e seus cílios batem em direção à faringe. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e contém pequenas glândulas mistas (serosas e mucosas), as quais não são encontradas nas cordas vocais verdadeiras. Não existe uma submucosa bem definida. A laringe conta com dois conjuntos de músculos do tipo estriado esquelético: músculos extrínsecos e músculos intrínsecos. Na face ventral (anterior) da epiglote, o epitélio é estratificado pavimentoso, enquanto, na face dorsal (posterior), é do tipo respiratório. Traqueia É revestida internamente por epitélio do tipo respiratório. A lâmina própria da mucosa é formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen traqueal. A secreção, tanto das glândulas como das células caliciformes do epitélio superficial, forma uma lâmina viscosa contínua sobre o epitélio, que é levada em direção à faringe pelos batimentos ciliares e, dessa maneira, remove partículas de pó e microrganismos que entraram com o ar inspirado e aderiram ao muco. Árvore brônquica A traqueia ramifica-se originando os chamados brônquios primários. Após curto trajeto, eles entram nos pulmões através do hilo, pelo qual também entram artérias pulmonares e artérias brônquicas e saem vasos linfáticos e veias. Todas essas estruturas são envolvidas por tecido conjuntivo, e esse conjunto é conhecido por raiz do pulmão. Os brônquios primários, na sua porção extrapulmonar, têm a mesma estrutura observada na traqueia. À medida que se segmentam, há simplificação na estrutura da parede desse sistema de condutos, bem como diminuição da altura do epitélio e transformação do epitélio pseudoestratificado em epitélio simples não ciliado (não estratificado). Brônquios Nos ramos maiores, a mucosa é semelhante à da traqueia, revestida por epitélio respiratório; já nos ramos menores, o epitélio é cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria é rica em fibras elásticas. Externamente à mucosa segue-se uma camada de músculo liso, formada por feixes musculares dispostos em espiral Externamente à camada muscular, estão situadas as peças cartilaginosas dos brônquios. Diferente das cartilagens em forma de C da traqueia, a parede dos brônquios tem várias pequenas peças cartilaginosas de formato irregular, cujo conjunto circunda o tubo inteiramente. As peças cartilaginosas são envolvidas por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. A camada adventícia continua com as fibras conjuntivas do parênquima pulmonar adjacente. Tanto na adventícia como na mucosa, são frequentes os acúmulos de linfócitos. Bronquiolos Algumas de suas características diferenciais com os brônquios são: ausência de cartilagem e de glândulas em suas paredes. Nódulos linfáticos do BALT são infrequentemente encontrados. Seu epitélio é cilíndrico simples ciliado nas porções iniciais, passando, na porção final, a cúbico simples inicialmente ciliado e finalmente sem cílios. As células caliciformes diminuem em número, podendo estar ausentes completamenteno final dos bronquíolos. O epitélio dos bronquíolos apresenta regiões especializadas, os corpos neuroepiteliais. Cada corpo neuroepitelial é constituído por 80 a 100 células que contêm grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas. Bronquíolos terminais Sua estrutura é semelhante à dos bronquíolos, tendo, porém, parede mais delgada, revestida internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas e não ciliadas. O epitélio dos bronquíolos terminais apresenta as células em clava, também chamadas células bronquiolares secretoras não ciliadas, anteriormente denominadas células de Clara. São células não ciliadas e com a superfície apical em forma de abóbada e saliente em relação às outras células do epitélio. Apresentam, em sua região apical, grânulos secretores que contêm diversas moléculas. Acredita-se que essas células sejam uma população heterogênea com diversas funções, tais como: atuação como células-tronco de células epiteliais; proteção por meio de secreção de proteases, substâncias antimicrobianas e citocinas; secreção de mucinas; e destoxificação de algumas substâncias presentes no ar inspirado. Sacos alveolares e alvéolos O septo interalveolar é composto por duas camadas de células epiteliais separadas por uma delgada lâmina de tecido conjuntivo formado de fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do conjuntivo. No tecido conjuntivo do interior dos septos, há também uma extensa rede de capilares sanguíneos. FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO As principais funções desse sistema são: 1. Trocas gasosas: também chamadas de hematose, em que ocorre a entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico do organismo; 2. Proteção: proporcionada pelo epitélio que recobre as vias respiratórias, retirando impurezas e microrganismos patogênicos presentes no ar inspirado; 3. Equilíbrio do pH: por meio da respiração, é possível remover ou aumentar a quantidade de gás carbônico dissolvido no plasma, deslocando a reação química para a direita ou para a esquerda, como demonstrado: H2O + CO2 4 H2CO3 4 H+ + HCO3– , em que a água reage com o gás carbônico formando ácido carbônico, que se dissocia em ácido e bicarbonato; 4. Vocalização: por meio da vibração das cordas vocais, ocorre a produção da voz. O sistema respiratório consegue obter o ar da atmosfera e prepará- lo adequadamente, deixando-o filtrado, limpo, úmido e quente. Isso ocorre devido aos mecanismos de ventilação ou respiração LIMPEZA DO AR A limpeza do ar é feita em todo o sistema respiratório. Primeiramente, logo na entrada das narinas, existem pelos que dificultam a passagem de partículas grandes. Em seguida, nas fossas nasais, o ar passa por um processo de turbilhão, chocando- se nas paredes de um verdadeiro labirinto formado pelas conchas e os cornetos. Quando esse ar “bate” no epitélio, as partículas sólidas que estão suspensas no ar ficam depositadas, ou seja, elas caem e, então, ficam grudadas em uma verdadeira cola, chamada muco, produzida pelas células caliciformes. Esse muco pegajoso, agora contendo muitas impurezas, está localizado na superfície das células epiteliais, as quais apresentam uma especialização de membrana que são os cílios. Os cílios, por sua vez, têm movimentos sincronizados, ou seja, movem-se na mesma direção, empurrando todo aquele muco que está por cima, direcionando-o até a região da epiglote. Quando o muco chega a essa área, a epiglote fecha a traqueia e abre o esôfago, lançando o muco em direção ao estômago. Desse modo, o ácido gástrico destrói todos os agentes patogênicos e os detritos contidos no ar que respiramos. Nas vias respiratórias superiores, os cílios batem “para trás ou para dentro do corpo”, em direção à epiglote. Agora, nas vias respiratórias inferiores, os cílios batem “para cima, ou para fora” em direção também à epiglote, para que seja possível engolir o muco vindo das regiões inferiores das vias respiratórias. Passando a epiglote, o ar penetra na traqueia e chega às vias respiratórias inferiores. A traqueia é constituída por anéis de cartilagem e fica sempre aberta, permitindo a livre passagem do ar. Nas proximidades dos pulmões, a traqueia se divide em direita e esquerda, em uma região denominada carina, a qual direciona o ar para os pulmões direito e esquerdo. Já o pulmão esquerdo contém dois lobos: o superior e o inferior e um espaço ao lado, a cavidade cardíaca, que abriga o coração. Logo que entra nos pulmões, a traqueia é chamada de brônquios, que consistem em tubos de calibre decrescente (bronquíolos primários, secundários), ou seja, vão ficando cada vez menores ou mais finos, até tornarem-se microscópicos. Os bronquíolos terminam ou chegam ao fim até alcançarem a principal estrutura dos pulmões: os alvéolos. Estes são as estruturas responsáveis pelas trocas gasosas. São semelhantes a cachos de uvas, totalmente enrolados por uma rede de vasos sanguíneos. A lei de Henry diz o seguinte: “O gás migra de regiões de pressão parcial mais elevada para regiões de menor pressão.” No corpo humano, tanto o oxigênio como o gás carbônico cumprem essa lei. Nos tecidos corporais, o oxigênio em alta pressão no sangue arterial se difunde para as células. Já o gás carbônico é o contrário, pois este se encontra em maior pressão dentro das células dos tecidos e, por isso, difunde-se para o sangue venoso. MECÂNICA RESPIRATÓRIA Quando inspiramos, ocorre a contração dos músculos inspiratórios e do diafragma. Os músculos inspiratórios (intercostais externos, escalenos, esternocleidomastóideo) se contraem, empurrando as costelas para cima e para fora (“alça de balde”). Quando inspiramos, os músculos da inspiração e a contração do diafragma aumentam o volume da caixa torácica e diminuem a pressão interna dentro dos pulmões.Com isso, o ar atmosférico entra por diferença de pressão. VOLUME AUMENTA. PRESSÃO DIMINUI. INTERCOSTAIS CONTRAEM E SOBE. DIAFRAGMA CONTRAI E ABAIXA. Após a inspiração, ocorre o relaxamento dos músculos inspiratórios e, devido às estruturas elásticas dos pulmões, ocorre um relaxamento passivo a que chamamos de expiração passiva. Na expiração os músculos expiratórios (intercostais internos e abdominais) que diminuem o volume da caixa torácica e ocorre o relaxamento do diafragma. Os músculos expiratórios e o relaxamento do diafragma diminuem o volume da caixa torácica, aumentando a pressão interna dos pulmões, fazendo com que o ar flua para fora do corpo. VOLUME DIMINUI. PRESSÃO AUMENTA. INTERCOSTAIS RELAXAM E DESCE. DIAFRAGMA RELAXA E SOBE. MECANISMOS RESPIRATÓRIOS Os mecanismos que estão envolvidos na manutenção do sistema respiratório são as trocas gasosas, ventilação, perfusão e difusão. 1. TROCAS GAOSAS: As trocas gasosas podem ocorrer entre a atmosfera e os pulmões; entre os pulmões e o sangue; e entre o sangue e as células. E para que esses mecanismos ocorram é necessário a cooperação entre os sistemas respiratório e circulatório; O mecanismo de trocas gasosas está associado as estruturas que realizam essas respectivas funções, sendo realizado pelos bronquíolos e pelos alvéolos. As trocas gasosas ocorrem com o auxílio do sistema condutor, respiratórios e órgãos/músculos acessórios. 2. VENTILAÇÃO: Na ventilação pulmonar, o sangue flui entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões em decorrência das diferenças de pressão. Essa diferença de pressão é decorrente da contração e relaxamento dos músculos respiratórios. Há dois tipos de ventilação: -Ventilação externa (pulmonar), que é caracterizada pela inspiração e expiração do ar. É a troca de gases entre os alvéolos dos pulmões e o sangue nos capilares pulmonares atreves da membrana respiratória , nesse processo o sangue capilar ganhaO2 e perde CO2. Esse processo ocorre por difusão. -Ventilação interna (tecidual): É a troca de gases entre os alvéolos sistemáticos e as células teciduais; nessa etapa o sangue perde O2, e ganha CO2, dentro das células as reações metabólicas que consomem O2 e liberam CO2 durante a produção de ATP são denominadas respiração celular. 3. PERFUSÃO A perfusão é o processo pelo qual o sistema cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões. O sangue oxigenado circula por meio das veias pulmonares, indo dos pulmões do lado esquerdo do coração, que fará o bombeamento para o resto do corpo. Já o sangue pobre em oxigênio e rico em gás carbônico é bombeado pela artéria pulmonar, do coração até os pulmões, para que o dióxido de carbono seja expelido do corpo. Ou seja, é o sangue que percorre os capilares. 4. DIFUSÃO: A respiração externa ou troca gasosa pulmonar é a difusão do O2 do ar nos alvéolos pulmonares para o sangue dos capilares pulmonares e a difusão do CO2 na direção oposta. A respiração externa nos pulmões converte o sangue venoso (discretamente com pouco O2) que vem do lado direito do coração em sangue oxigenado (parcialmente saturado com O2) que retorna para o lado esquerdo do coração. Conforme o sangue flui pelos capilares pulmonares, capta O2 do ar alveolar e descarrega CO2 no ar alveolar. Embora este processo geralmente seja chamado de “troca” gasosa, cada gás se difunde independentemente da área em que sua pressão parcial é maior, para a área em que sua pressão parcial é menor. VARIÁVEIS RESPIRATÓRIAS O tamanho e a viscosidade são variáveis constantes no sistema respiratório, o raio das vias respiratórias é o principal fator que determina a resistência e o efluxo de ar; essa resistência é estabelecida basicamente pela traqueia e pelos brônquios, podendo ocorrer broncodilatação e broncoconstrição. GÁS CARBÔNICO: • Broncodilatação. HISTAMINAS: • Broncoconstrição. EPINEFRINA: • Broncodilatação (atua nos receptores beta2). Quando o ar chega aos pulmões, ocorre a hematose, ou seja, a troca gasosa, com a saída do gás carbônico do corpo e a entrada do oxigênio no sangue. Oxigênio Gás Carbônico Pressão no álveo 100mmHg 40mmHg Pressão no Sangue 40mmHg 46mmHg HEMATOSE Hematose, é o termo comum para a troca de gases no organismos humano. As trocas gasosas no organismo ocorrem por meio do fluxo de gases, do fluxo de soluções de gases e da difusão gasosa através dos tecidos. Hematose é a transformação do sangue pobre em oxigênio em sangue rico em oxigênio que ocorre nos pulmões, através de uma troca de gases que ocorre devido à diferença de concentração de oxigênio e dióxido de carbono (CO2) por um processo conhecido como difusão. A difusão é a passagem de substâncias de uma área onde estão em maior concentração para uma área em que estão em menor concentração (sangue arterial para venoso). Como nos alvéolos a concentração de oxigênio está maior, ele se difunde para o sangue que fica nos pulmões. E como no sangue que chegou nos pulmões a concentração de dióxido de carbono era maior, este se difunde dos capilares para os alvéolos. Essa transformação do sangue rico em dióxido de carbono em sangue rico em oxigênio é conhecida como hematose. 1. OXIGÊNIO Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue, quase todo ele vai penetrar nas hemácias, onde se combina à hemoglobina. Apenas uma pequena porção permanece no plasma e no líquido intracelular eritrocitário, além de ser transportada para os tecidos em solução simples. Cerca de um terço do volume da hemácia corresponde à hemoglobina. O fator mais importante para determinar quanto O2 que se liga à hemoglobina é a PO2; quanto maior for a PO2, mais O2 se combina à Hb. Quando maior a pressão, maior a presença de O2. A relação entre a porcentagem de saturação da hemoglobina e a PO2 está ilustrada na curva de dissociação da hemoglobina, quando a PO2 está alta, a hemoglobina se liga a grandes quantidades de O2 e está quase 100% saturada.Quando a PO2 está baixa, a hemoglobina está apenas parcialmente saturada. -Fatores que influenciam o transporte de oxigênio: Temperatura, pH e atividade enzimática. 2.GÁS CARBÔNICO A afinidade da hemoglobina pelo CO é cerca de 200 a 300 vezes maior que pelo O2, resultando daí que a intoxicação pelo CO (fumaça de cigarro, gases eliminados por motores a explosão, gás para uso domiciliar e outras fontes menos importantes) é extremamente grave, pois o CO ocupa a heme, impedindo a ligação do O2. Cada molécula de hemoglobina, portanto, tem capacidade de transportar no máximo quatro moléculas de O2. Uma vez que o organismo humano produz em média 200 m𝑃 de CO2 por minuto, este gás precisa ser eliminado das células produtoras para o exterior do organismo. A captação de CO2 criado pelas células e seu transporte até o pulmão, onde é liberado para o gás alveolar e daí para o meio ambiente, são feitos pelo sangue. Naturalmente, a PCO2 é maior nas células ativas que no sangue a fluir pelos capilares. Por conseguinte, ele se difunde dessas células para o plasma. O dióxido de carbono é transportado no sangue como: (1) CO2 dissolvido, (2) íons bicarbonato (HCO3–), (3) carbamino- hemoglobina e outros compostos carbamínicos, e (4) quantidades diminutas de ácido carbônico (H2CO3) e íons carbonato (CO32–). SAÍDA DO GÁS CARBÔNICO DO CORPO Quando o sangue venoso rico em gás carbônico chega aos pulmões ocorre hematose. • O oxigênio sai do alvéolo, de maior pressão e vai para o sangue, de menor pressão. • O gás carbônico sai do sangue, maior pressão e vai para o alvéolo pulmonar, menor pressão. • O CO2, que estava dissolvido no plasma saem para os pulmões por difusão simples. O bicarbonato que estava dissolvido no plasma é trocado pelo cloreto e assim retorna para dentro da hemácia; nos c i t o p l a s m a s da hemácia ocorre novamente a reação química , mas invertida, o H+ se desliga da hemoglobina e reage com o bicarbonato, formando ácido carbônico, que irá se dissociar e dará origem a água e gás carbônico, para que seja lançado de dentro das hemácias para os alvéolos e eliminado para o meio externo. CONTROLE DA RESPIRAÇÃO A regulação da respiração é um processo involuntário e inconsciente, cujo ritmo, às vezes, pode ser modificado conscientemente. O centro respiratório está localizado no tronco encefálico, nos núcleos da medula oblonga (de acordo com a Terminologia Anatômica, bulbo) e também da ponte. Na medula oblonga, existem dois núcleos importantes que regulam a respiração: o núcleo respiratório dorsal, cujos neurônios controlam a inspiração, ou seja, os músculos inspiratórios (externos intercostais e diafragma); e o núcleo respiratório ventral, que controla os músculos utilizados na expiração ativa, como os intercostais internos e os abdominais. Durante a respiração calma normal, a área inspiratória (núcleo respiratório dorsal) fica ativa por cerca de 2 s, despolariza-se e envia os sinais ao diafragma para que este se contraia ativamente, promovendo, desse modo, a inspiração calma. Em seguida, essa mesma área, núcleo respiratório dorsal, torna-se inativa por 3 s, em que o diafragma relaxa, acompanhado da retração elástica da parede do tórax e dos pulmões, dando origem à expiração calma normal. Como ocorre: A respiração é iniciada espontaneamente no sistema nervoso central, um ciclo de inspiração e expiração é gerado automaticamente por neurônios localizados no tronco encefálico; esse ciclo de inspiração e expiração gerado de modo espontâneo pode ser modificado, alterado ou ate mesmo temporariamente suprimido por vários mecanismos, de acordo com os receptores que estão localizados no líquido cefalobropinal. Os centros de controle respiratóriono tronco encefálico afetam o rítmico respiratório automático, pela via final da medula espinal, a inervação neural do sistema respiratório consiste, em basicamente autônoma. Não existe inervação motora ou sensorial para dor, quer nas vias respiratórias quer no parênquima pulmonar. Na pleura, todavia, há inervação sensorial dolorosa. O centro respiratório, corresponde a um grupo de neurônios localizados no tronco encefálico, que coordenar a ação dos músculos respiratórios, através de impulsos nervosos. Esse centro pode ser dividido em: Centro respiratório bulbar no bulbo: Esse centro é composto por duas coleções de neurônios, sendo grupo respiratório dorsal e ventral, essas regiões enviam pulsos através do nervo frênico, que irão atuar no diafragma e intercostais, atuando na inspiração e expiração. Centro respiratório na ponte: Pode ser chamada de parte pneumotoráxica; participa tanto na inspiração quanto na expiração, modificando o ritmo básico da respiração produzido pelo grupo retrátil ventral, como ao exercitar-se, falar ou dormir A regulação do centro respiratório, pode ser modificado demais responsada ás informações proveniente de outras regiões do encéfalo, os receptores na parte periférica do sistema nervoso e outros fatores, visando a manutenção da homeostase. FATORES QUE INFLUENCIAM A REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Vários fatores podem afetar o ritmo da respiração e os principais são centros corticais, dióxido de carbono, oxigênio e pH. O encéfalo contém conexões, as sinapses, em que há alguns centros relacionados com as emoções, por exemplo, ou com o planejamento de ideias, que influenciam diretamente o ritmo da respiração, pois os impulsos são enviados pelos nervos frênicos e intercostais até os músculos inspiratórios, independentemente de a pessoa querer ou não. INFLUÊNCIAS CORTICAIS NA RESPIRAÇÃO: Como o córtex cerebral tem conexões com o centro respiratório, podemos alterar voluntariamente nosso padrão respiratório. Podemos até mesmo parar de respirar completamente por um curto período de tempo. O controle voluntário é protetor, pois nos possibilita evitar que água ou gases irritantes entrem nos pulmões. No entanto, a capacidade de não respirar é limitada pelo acúmulo de CO2 e H+ no corpo; quando a PCO2 e a concentração de H+ aumentam a um certo nível, os neurônios do centro respiratório dorsal do centro respiratório bulbar são fortemente estimulados, os impulsos nervosos são enviados pelos nervos frênico e intercostal à musculatura inspiratória, e a respiração é retomada, quer a pessoa queira ou não. Impulsos nervosos do hipotálamo e do sistema límbico também estimulam o centro respiratório, possibilitando que estímulos emocionais alterem a respiração, como por exemplo ao rir e chorar. QUIMIORRECEPTORES REGULADORES QUÍMICOS DA RESPIRAÇÃO Existem neurônios sensitivos (aferentes) localizados na medula oblonga e também na aorta e na carótida que monitoram a quantidade de oxigênio, gás carbônico e o Ph sanguíneo, que influenciam diretamente o ritmo da respiração. Os neurônios nos corpos aórticos e carotídios são conhecidos como quimiorreceptores periféricos. Os quimiorreceptores centrais estão localizados na medula oblonga e respondem a mudanças nas concentrações dos íons H+ ou na Pco2 do líquido cerebrospinal, que é o LEC (líquido extracelular), também chamado de líquido cefalorraquidiano. Funcionamento dos quimiorreceptores Os quimiorreceptores periféricos são sensíveis a três fatores: diminuição de Po2, diminuição do pH e aumento na Pco2. Quando o sangue arterial passa por diminuição da concentração de oxigênio (hipoxia), ou diminuição do pH (acidose), ou também aumento na concentração de gás carbônico (hipercapnia), os neurônios sensitivos localizados nos corpos aórticos e carotídios disparam impulsos nervosos em direção ao centro de controle da respiração na medula oblonga. Esses sinais nervosos são codificados e a resposta do centro respiratório para as três situações, descritas anteriormente, será sempre a mesma: aumento da ventilação. Os quimiorreceptores centrais, juntamente com o gás carbônico, são os principais controladores da respiração. Localizados na medula oblonga, os quimiorreceptores centrais são estimulados pela substância ácida (H+), pois existem receptores de H+. No entanto, o capilar contínuo que recobre a medula oblonga, denominado “barreira hematencefálica”, não possibilita a passagem dos íons H+ do sangue em direção (ou para dentro). Regulação da respiração por quimiorreceptores: Determinados estímulos químicos modulam quão rapidamente e quão profundamente respiramos. O sistema respiratório atua para manter níveis adequados de CO2 e O2 e é muito sensível a mudanças nos níveis desses gases nos líquidos corporais. Quimiorreceptores centrais: Estão localizados no bulbos respondendo a mudanças na concentração de H+ e Pco2. Constituem os principais elementos para adequação respiratória à manutenção da oxigenação e balanço acido/básico. Essas estruturas (neurônios, células da glia ou vasculatura encefálica) atuam como sensores de alteração dos níveis de PCO2 e/ou pH no liquor ou no parênquima encefálico. Quimiorreceptores periféricos: Estão localizados nos glomos para-aórticos (na parede da aorta), eles estão próximos aos barroreceptores, que são sensíveis alteração de Po2, Pco2 e H+. Esses quimiorreceptores respondem também a falta de O2. As células neuroepiteliais derivadas da crista neural, localizadas principalmente nos copos árticos e carótideos, possuem a capacidade de se despolarizar em condições de hipoxia, hipercalcemia e acidose. Mediante essas alterações, há uma despolarização, pela inativação dos canais de potássio e ativação dos canais de cálcio. Essa despolarização sensibilizará os terminais nervosos aferentes, que irão enviar um potencial de ação via nervo vago e glososfaringeo, que então mobilizara os reflexos cardiovasculares e respiratórios para restaura a homeostase. REFLEXOS RESPIRATÓRIOS A tosse e o espirro são reflexos protetores, realizados por neurônios do parassimpático que inervam a musculatura lisa bronquiolar. Ao respirar poeira, muitas partículas, gases irritantes ou venenosos, os neurônios sensitivos (aferentes) que ficam localizados nas vias respiratórias, superiores e inferiores, enviam sinais aos centros respiratórios. O sistema nervoso responde com intensa broncoconstrição: a musculatura lisa se contrai com o objetivo de “lançar a sujeira” para fora do corpo. Durante o exercício, para que os pulmões não fiquem muito cheios de ar, ou superexpandidos, existem neurônios sensíveis ao estiramento; ou seja, se os pulmões se encherem muito de ar, além do limite fisiológico, cerca de 1 l, os neurônios enviam impulsos nervosos para a medula oblonga, que provoca interrupção (parada) da inspiração. MECANISMOS DE MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE HIPERVENTILAÇÃO: Como resultado do aumento de CO2, ocorre a diminuído do Ph, ou seja , grande presença de H+ . Os quimiorreceptores centrais e periféricos fazem a ativação do grupo respiratório dorsal, que é controlado pelo centro respiratório, que respondem com aumento da respiração, se tornando mais rápida e profunda, chamada de hiperventilação. A hiperventilação, possibilidade a inspiração maior de O2 e a expiração de CO2 em maior velocidade. ESTIMULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO POR PROPRIOCEPTORES: Assim que você começa a se exercitar, a sua frequência e profundidade respiratória aumentam, mesmo antes que haja alterações nos níveis de PO2, PCO2 ou H+. O principal estímulo para essas mudanças rápidas no esforço respiratório são as aferências dos proprioceptores, que monitoram o movimento das articulações e músculos. Os impulsos nervosos dos proprioceptores estimulam o GRD do bulbo.Ao mesmo tempo, axônios colaterais (ramos) dos neurônios motores superiores que se originam no córtex motor primário (giro pré-central) também alimentam os impulsos excitatórios no GRD. OUTRAS INFLUÊNCIAS NA RESPIRAÇÃO 1. ESTIMULAÇÃO DO SISTEMA LÍMBICO. A antecipação de uma atividade ou a ansiedade emocional podem estimular o sistema límbico, que envia impulsos excitatórios para o grupo respiratório dorsal, aumentando a frequência e a profundidade da respiração. 2. TEMPERATURA. A elevação da temperatura corporal, como ocorre durante episódios de febre ou exercício muscular vigoroso, aumenta a frequência respiratória. A diminuição da temperatura corporal reduz a frequência respiratória. Um estímulo frio repentino (como mergulhar em água fria) leva à apneia temporária, a ausência de respiração. 3. DOR. A dor súbita e intensa provoca breve apneia, mas a dor somática prolongada aumenta a frequência respiratória. A dor visceral pode diminuir a frequência respiratória. 4. ESTIRAMENTO DO MÚSCULO ESFÍNCTER DO ÂNUS. Esta ação aumenta a frequência respiratória e, às vezes, é usada para estimular a respiração em um recém-nascido ou em uma pessoa que parou de respirar. 5. IRRITAÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS. Irritação física ou química da faringe ou laringe provoca a cessação imediata da respiração, seguida de tosse ou espirro. 6. PRESSÃO ARTERIAL. Os barorreceptores caróticos e aórticos que detectam alterações na pressão arterial têm um pequeno efeito sobre a respiração. Um aumento súbito na pressão arterial diminui a frequência respiratória, e uma queda na pressão arterial aumenta a frequência respiratória. EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE A regulação respiratória do equilíbrio ácido-básico é realizada por meio da eliminação do gás carbônico, o que regula o pega e restabelece o equilíbrio. A reação de acidose e acalose são resultantes de sistemas tampão, que resulta as reação ácido- carbônio/bicarbonato; o dióxido de carbono combina- se com água, formado ácido carbônico, que por sua vez se dissocia em íons bicarbonato e íons hidrogênio. 1. ACIDOSE • A acidose respiratória é decorrente de uma elevação da pressão de CO2, fazendo diminuir o ph. A pressão do gás carbônico é maior no sangue do que nos alvéolos pulmonares, então se a presão do sangue diminui, não há a diferença de pressão, não ocorrendo a difusão e o gás continua nas hemácias, produzido mais ácido e alterando o ph. A retenção de CO2, ou hipercapnia, pode decorrer de hipoventilação alveolar ou de desigualdades da relação ventilação-perfusão. Caso a acidose respiratória persista, o rim entra em ação, retendo bicarbonato. Como resultado, a relação bicarbonato/CO2 tende a retornar a seu valor normal. 2. ALCALOSE A diminuição da pressão do CO2, eleva a relação de gás carbônico/bicarbonato; devido essa interação há um aumento do ph. A alcalose e acidose, são coexistentes no mesmo momento, mas cada uma com o seu subproduto. O sistema excretor atua na regulação da homeostase, com o balanceamento do ph. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Qualquer condição que estreite ou obstrua as vias respiratórias aumenta a resistência, de modo que é necessário mais pressão para manter o mesmo fluxo de ar. A característica da asma brônquica ou da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – enfisema pulmonar ou bronquite crônica – é o aumento da resistência das vias respiratórias decorrente de sua obstrução ou colapso. A DPOC é uma síndrome clínica que compreende a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Os sintomas mais comuns são falta de ar aos esforços, tosse, expectoração e cansaço, que aparecem quando a inflamação dos brônquios e o excesso de muco (característicos da bronquite crônica) dificultam a passagem do ar, causando perda progressiva da função pulmonar. O enfisema, alteração caracterizada pela dilatação dos alvéolos (espaços aéreos microscópicos onde ocorre a troca de gases entre o ar e o sangue dos capilares) e destruição de suas paredes, também agrava a falta de ar por reduzir a capacidade dos pulmões oxigenarem o sangue. A DPOC é uma doença tratável com medicamentos (broncodilatadores, anti-inflamatórios e outros, especificados pelo médico), além da reabilitação pulmonar e suplementação de oxigênio, dependendo da gravidade. PATOLOGIA A DPOC, é o aumento da resistência ao fluxo aéreo podendo ser causado dentro do lúmen das visas áreas, na parede das vias aéreas ou na região peribrônquica. As causas podem ser devido a oclusão do lúmen, por excesso de secreções; pode ser devido a obstrução desse lúmen, por edema pulmonar, aspiração de corpo estranho. A obstrução pode ocorrer por bronco espasmos, como asma e bronquite, ou hipertrofia das glândulas mucosas. Uma caixa extrínseca á via aérea, que pode ocasionar a destruição do parênquima, como uma enfisema, uma neoplasia; essa destruição pode causar o estreitamento da via área, devido à inalação de gases irritantes e tóxicos, como cigarro, lenha queimada, cal e algodão. TRATAMENTO Por ser uma doença crônica, a DPOC deve ser controlada e tratada a longo prazo, com medicações de controle, definidas pelo médico conforme a gravidade da doença. A maioria dos pacientes toma remédios para ajudar na limpeza das vias aéreas, facilitar a respiração, reduzir a inflamação ou aumentar o crescimento e a reparação tecidual. A reabilitação pulmonar consiste em um programa de treinamento físico e medidas educacionais para mudança de comportamento, manejo de sintomas e ganho de tolerância após os esforços físicos¹ do paciente com DPOC. Os exercícios podem ser feitos em casa ou no hospital. Diversos estudos² demonstraram o papel da reabilitação na redução da dispneia (falta de ar), no aumento do desempenho no exercício, na redução na frequência de crises e melhora da qualidade de vida, independente do estágio clínico da doença. No entanto, a terapia ainda é pouco difundida. Apenas 1,9% dos pacientes internados com DPOC nos EUA (4.225 de 223.832 indivíduos incluídos na pesquisa²) aderiram aos programas de reabilitação nos 6 primeiros meses. EXACERBAÇÕES Os eventos de piora da tosse, catarro no peito e falta de ar são as chamadas “exacerbações” da DPOC, que podem ocorrer sem causa aparente ou por estímulo de uma infecção respiratória, exposição à poluição, exposição ao tabaco ou descompensação de outras doenças, como eventos cardiovasculares e tromboembólicos. A vacinação para a influenza e para o pneumococo e a cessação do tabagismo são medidas reconhecidas para evitar esses episódios. No dia a dia, há uma série de estratégias (medicamentosas e não medicamentosas) orientadas pelo médico para os casos de piora das queixas respiratórias. Ainda assim, é importante estar atento e procurar ajuda caso os sintomas não melhorem. I NFLUÊNCIA DOS FATORES EXTERNOS A umidade é um fator de risco para a saúde, pois o excesso de umidade pode levar ao crescimento de micro-organismos, como fungos, que emitem esporos que levam a exposição agentes irritantes; casa e ambientes úmidos, tem-se mostrado como um grande fator para a associação a doenças pulmonares, como asma e bronquite, a umidade em residências pode aumentar os sinais e sintomas de obstrução dos brônquios, devido a alta taxa e produção de muco, aumentando a tosse e chocado. O mofo também é um grande problema dos ambientes domésticos, pois consiste na presença de centenas de fungos, bactérias e micro-organismos; esse fato causa uma predisposição a contração de infeções pulmonares e alergias. VOLUME E CAPACIDADE PULMONAR Volume corrente (VC) é o ar que se respira com calma; 500 ml na inspiração e expiração normais. Para obter o volume inspiratório de reserva (VIR), ao final de uma inspiração calma, inspire comforça, ou seja, puxe o máximo de ar possível. Trata-se de um volume adicional além do volume corrente (corresponde a 6 vezes oVC): 3.000 ml. Para obter o volume expiratório de reserva (VER), ao final de uma expiração, pare e expire com força o máximo possível de ar: 1.100 ml. Volume residual (VR) se refere ao volume de ar após uma exalação máxima: 1.200 ml. A capacidade vital (CV) é demonstrada pela seguinte fórmula: CV = VIR + VER + VC Representa a quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente movimentada para dentro e para fora do sistema respiratório em uma respiração. A capacidade pulmonar total (CPT) consiste em: CPT = capacidade vital + volume residual. Na ventilação alveolar (VA), a cada minuto, 6 l de ar entram no sistema respiratório e somente 4,2 l chegam até os alvéolos. VA = Freq. × (VC – espaço morto) VA = 12 × (500 – 150) VA = 4.200 mℓ ou 4,2 ℓ PADRÕES DE RESPIRAÇÃO Os tipos de padrões de respiração consistem em: ■ Hiperventilação: ventilação alveolar aumentada ■ Hipoventilação: diminuição da ventilação alveolar ■ Taquipneia: respiração rápida ■ Dispneia: dificuldade na respiração ■ Apneia: parada da respiração. Na ventilação pulmonar total, os valores de referência são 6 l/min; na ventilação voluntária máxima, 125/170 l/min; na frequência respiratória, 12/20 ciclos/min. APLICAÇÕES DA ESPIROMETRIA 1. Detectar, quantificar e prever disfunção ventilatória; 2. Avaliar resposta ao tratamento; 3. Estudos epidemiológicos. INDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA Tosse crônica Fumantes Obstrução crônica (asma, dpoc...) DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Restritivas: diminuição da expansão do pulmão (expansibilidade dos alvéolos, inspiração) Obstrutivas: Resultados da obstrução da passagem de ar, dificuldade da expiração (exalação do ar) Ambas as doenças podem coexistir no mesmo paciente. TBL Todos os tecidos periféricos consomem nutrientes e oxigênio para realizar a respiração celular e, assim, liberam ATP e gás carbônico. O bicarbonato surge dissolvido no plasma Dentro das hemácias, pela reação química entre Co2 e água na presença da anidrase carbônica, sendo liberado pela troca por cloreto. Após entrar na hemácia, por diferença de pressão, o C02 se liga com a molécula de água com a ajuda de uma enzima denominada anidrase carbônica (AC). A reação da água com o C02 dá origem ao ácido carbônico, que é muito instável e imediatamente se dissocia em ácido (H+) e bicarbonato (HC03-). O H+ formado se liga a uma molécula de hemoglobina. Essa ligação é muito importante, pois assegura que o íon está "preso" (ou seja, tamponado) e que não irá causar eventual acidose no sangue. Já o bicarbonato (HC03-) é lançado para fora da hemácia, ou seja, no plasma sanguíneo. Para isso, a hemácia utiliza uma proteína de membrana do tipo antiporte, a qual leva o bicarbonato para fora da hemácia, mas importa para dentro um íon cloreto (CH-). À tosse e o espirro são reflexos protetores, realizados por neurônios do parassimpático que inervam a musculatura lisa bronquiolar. Ao respirar poeira, muitas partículas, gases irritantes ou venenosos, os neurônios sensitivos (aferentes) que ficam localizado nas vias respiratórias, superiores e inferiores, enviam sinais aos centros respiratórios. O sistema nervoso responde com intensa broncoconstrição: a musculatura lisa se contrai com o objetivo de "lançar” a sujeira" para fora do corpo. Caso de aplicação 1 Katiúcia, 16 anos é asmática. Isso costuma prejudicar alguns momentos de sua vida. As vezes tem falta de ar, o que a faz parar de fazer o que está fazendo. Durante seu acompanhamento médico foi prescrito um broncodilatador e foi orientada a realizar nos momentos de crise uma respiração do tipo "freno-labial". A dificuldade do paciente asmático é maior na inspiração ou na expiração? Porque? A dificuldade do paciente asmático é maior na expiração pois há dificuldade na passagem do ar pelos bronquíolo. A Asma configura o estreitamento dos canais que levam ar aos pulmões, os bronquíolos, o que dificulta a passagem do ar provocando contrações ou broncoespasmos, o que resulta na hiper insuflação, que é a grande retenção de ar nos pulmões, causando a sensação de sufoco. Quando expiramos a pressão interna aumenta e o volume da caixa torácica diminui, se o paciente está em crise, a respiração fica comprometida e difícil, pois o ar que deveria sair, permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco, já que o canal está estreito. Quando os bronquíolos inflamam, secretam mais muco, aumentando a dificuldade respiratória, já que a passagem do ar fica ainda mais difícil. b) Qual é a classe de broncodilatadores mais usada no tratamento asmático? Qual é a via de preferência para sua administração? Cite os 2 efeitos adversos mais comuns e o que pode ser feito para evitá-los? Os β2-agonistas são potentes broncodilatadores e podem ser administrados pelas vias inalatória, oral ou intravenosa, sendo a primeira a preferida. Por essa via, os efeitos desejados são mais rápidos e o risco de reações indesejáveis é menor. Os agonistas dos receptores adrenérgicos Beta 2 (β2) (beta-miméticos, broncodilatadores, beta-2 agonistas) são um grupo farmacológico de broncodilatadores que atua sobre o sistema nervoso simpático para tratar a asma brônquica e a bronquite. Existem dois tipos diferentes de agonistas dos receptores adrenérgicos Beta 2 (β2):de ação rápida (alívio) e de ação prolongada (Controle). Os efeitos indesejáveis mais frequentes (tremor de extremidades e taquicardia) resultam, na maior parte das vezes, da absorção da fração oral da dose inalada. Em geral, os β2-agonistas não trazem risco, apenas desconforto; para evitá-los, deve-se recomendar que o paciente faça higiene oral após cada inalação. c) O que é respiração do tipo freno-labial? Por que este tipo de respiração pode ajudar a paciente? A respiração freno labial (RFL) é caracterizada como uma manobra ventilatória realizada a partir de uma inspiração nasal seguida de uma expiração contra uma resistência, é largamente adotada em centros de reabilitação pulmonar assim como durante a atividade de vida diária de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A respiração freno labial (RFL) é muitas vezes utilizada espontaneamente para alívio da dispneia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A realização da técnica *favorece a saída do ar dos pulmões com menor resistência*, uma vez que induz pressões respiratórias na boca que previnem o colapso precoce das vias aéreas. A RFL tem sido associada à redução da hiper insuflação dinâmica (HD), redução da frequência respiratória (f), melhora do volume corrente (VC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Caso de aplicação 2 Sabe-se que eventualmente, os fumantes podem desenvolver uma série de complicações como, enfisema e bronquite, que podem evoluir para DPOC doença pulmonar obstrutiva crônica quando as trocas gasosas estão prejudicadas em virtude de estreitamento nas vias aéreas inferiores. A maioria das pessoas pode evitar a DPOC simplesmente parando de fumar. Edna, fumou durante 35 dos seus 47 anos de vida e sua DPOC começou com uma bronquite crônica e tosse com presença de muco pela manhã. A respeito disso, pensando em um fumante, responda: a) Por que pessoas com bronquite crônica têm uma taxa de infecções respiratória maior que o normal? A bronquite é uma inflamação dos brônquios, que possuem um acúmulo de muco somado a ausência do movimento adequado dos cílios, favorecendo a entrada de corpos estranhos/microrganismos nos pulmões, aumentando, portanto, as infecções pulmonares.
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