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PCC NEUROCIENCIA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
LICENCIATURA EM QUÍMICA 
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
PRÁTICA COMO COMPONETE CURRICULAR (PCC)
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MAÍRA DE ARAÚJO DOS SANTOS 
MATRÍCULA: 202003079774
PARÁNOA, DF
08 NOVENBRO 2020
O que é neurociência?
Neurociência é o campo científico que se dedica ao estudo do sistema nervoso.
Esse aparelho é formado por cérebro, medula espinhal e nervos periféricos – que são os objetos de pesquisa dos neurocientistas.
Por muito tempo, a área ficou mais restrita ao aspecto biológico, ou seja, aos comandos dados pelo cérebro, transportados e executados por outras partes do organismo.
Isso porque as sociedades não relacionavam diretamente o cérebro à consciência humana, que exerce grande influência na postura, pensamentos, desejos e até necessidades.
O que é Neurociência Cognitiva?
Dentre as subdivisões da Neurociência, uma delas é a Neurociência Cognitiva, ela tem como foco, o estudo a respeito das capacidades mentais do ser humano, como seu pensamento, aprendizado, inteligência, memória, linguagem e percepção.
Com base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo são o que norteiam os estudos da Neurociência Cognitiva, ou seja, como uma pessoa adquire conhecimento a partir das experiências sensoriais a que é submetida; uma música, um aroma, o gosto de uma comida, uma imagem ou uma sensação corporal, tudo isso engloba as experiências sensoriais e são elas as responsáveis por captar os dados do ambiente e levá-las ao cérebro.
Verifica-se então, que a Neurociência Cognitiva não diz respeito apenas ao sistema nervoso, como também, como as experiências sensoriais adquiridas ao longo da vida são processadas pelo no cérebro e são transformadas em conhecimento.
Funções cognitivas: As funções cognitivas são divididas em: memória, atenção, linguagem, percepção e funções executivas. O sistema cognitivo nada mais é do que a relação entre estas funções, desde os comportamentos mais simples até os de maior complexidade, que exigem muito mais do nosso cérebro. 
MEMÓRIA:
A memória é uma das funções cognitivas mais utilizadas pelo ser humano em seu cotidiano. Memória é a capacidade de armazenar informações, lembrar-se delas e utilizá-las no presente. O nível de atenção produz o bom funcionamento da memória. Existem várias etapas na memória, sendo estabelecida por: 
Memória de curto prazo: também conhecida como memória de trabalho, armazena (numa quantidade limitada) informações por alguns minutos. A memória de trabalho possibilita, por exemplo, uma pessoa discar um número de telefone que alguém acabou de lhe dizer ou repetir algumas frases de um texto lido naquele exato momento.
Memória de longo prazo: ao contrário da anterior, a memória de longo prazo tem uma capacidade maior para o armazenamento de informações, que permanecem com o indivíduo durante longos períodos, podendo até ficar guardadas indefinidamente.
Por outro lado, existem também fatores que favorecem a memória, como a motivação e as emoções. Quanto maior o interesse em aprender algo, melhor será o armazenamento das informações obtidas nesse processo, assim quanto maior o número de emoções (sejam elas positivas ou negativas) atribuídas a um evento mais chances dele permanecer na memória para uma futura recuperação.
Atenção – Esta é uma função muito complexa e o nível dela é determinado pelo comportamento. Para que a atenção seja bem advinda é importante que o foco seja mantido. A atenção é essencial para os processos existentes para a memorização. Sempre vamos apontar a nossa atenção para algo que avaliamos ser mais importante em determinados momentos dos nossos dias. Porém, diferentes estímulos fazem parte de todo este processo, sendo eles:
Atenção seletiva – ocorre quando uma pessoa escolhe um estímulo que ela deseja prestar atenção. Exemplo: ler uma revista, mesmo quando a televisão esteja ligada e fazendo ruídos de fundo.
Atenção dividida – é uma capacidade que a pessoa possui de prestar atenção em mais de um estímulo. Exemplo: ouvir música e falar ao telefone, andar de bicicleta enquanto conversa com outra pessoa que também está pedalando.
Percepção - é uma função cognitiva onde o indivíduo é capaz de formar e distinguir os estímulos vindos de um ambiente através dos órgãos sensoriais e poder dar um significado para eles.
Linguagem – Esta é uma função que também utilizamos todos os dias e durante a maior parte do nosso tempo. Utilizamos a linguagem de maneira oral (conversando) ou escrita (lendo ou escrevendo um texto).
A linguagem tem uma importância muito ampla, e é definida pelo uso de um meio aparelhado de combinar as palavras a fim de se comunicar, apesar de que a comunicação não se constitui excepcionalmente em um processo verbal. 
Funções Executivas: Funções executivas são as habilidades cognitivas que nos permite controlar e regular nossos pensamentos, nossas emoções e nossas ações diante das distrações. Existem três categorias de funções executivas:
· O autocontrole, ou seja, a capacidade de resistir contra fazer algo tentador para privilegiar a ação desejada. Ele ajuda as crianças a permanecer atentas, a agir de forma menos impulsiva e a ficar concentrada em seu trabalho. 
· A memória de trabalho, ou seja, a capacidade de conservar as informações na mente, o que permite utilizá-las para fazer o vínculo entre as ideias, calcular mentalmente e estabelecer prioridades. 
· A flexibilidade cognitiva, ou seja, a capacidade de pensar de forma criativa e de se adaptar às demandas inconstantes. Ela permite utilizar a imaginação e a criatividade para resolver problemas.
TESTE DO MARSHMALLON
O famoso teste do marshmallow , criado por Walter Mischel, na Universidade de Stanford. Sendo que o teste foi baseado em suas observações feitas em suas filhas.
 Na final dos anos 60, Mischel tinha três meninas com idades entre 2 e 5 anos. Como muitos pais provavelmente notam, muitas mudanças acontecem no comportamento das crianças por volta dos 4 anos. Quando uma das suas filhas fez 4 anos, ela adquiriu repentinamente a capacidade de retardar a gratificação imediata. Andando no mercado, a menina fazia um escândalo porque queria alguma coisa e tinha que ser na hora. Depois dos 4 anos, passou a entender que se esperasse ao chegar em casa, poderia negociar algo melhor. Mischel observou esse tipo de autocontrole acontecer com todas as suas filhas, como se estivessem programadas pra isso.
 Baseado nestes pressupostos Mischel começou seus estudos com conotação cientifica, sendo que a primeira série de tais estudos foi publicada em 1972, onde o psicólogo criou o famoso “Teste de Marschmallow”, sendo que o mesmo media o autocontrole e a capacidade de adiar recompensas. Um grupo de crianças recebia um prato com um um delicioso “marshmallow” (um tipo de doce, muito apreciado por lá), com a seguinte explicação: “Você pode comer o doce a hora que quiser, mas se conseguir resistir por 15 minutos e não comê-lo, ganhará dois doces” .
 O pesquisador retirava-se da sala e deixava a câmera filmando as reações das crianças. Ao analisar os vídeos de seu experimento, Mischel chegou à conclusão de que: as crianças que conseguiram resistir ao marshmallow apresentaram uma estratégia de atenção. Ao fechar os olhos, esconder-se debaixo da mesa ou cantar uma canção, essas crianças estariam tirando o foco da tentação. Elas eram capazes de distrair-se pensando em outra coisa ou praticavam outra atividade como forma de adiar a recompensa por mais tempo. Mischel estava inicialmente interessado nos vários estilos cognitivos que as crianças iriam usar para adiar a gratificação e obter mais sucesso.
BIBLIOGRAFIA:
https://fia.com.br/blog/neurociencia/
http://www.enciclopedia-crianca.com/funcoes-executivas#:~:text=Compartilhar%3A,dos%20conflitos%20ou%20das%20distra%C3%A7%C3%B5es.&text=A%20flexibilidade%20cognitiva%2C%20ou%20seja,se%20adaptar%20%C3%A0s%20demandas%20inconstantes.
http://www.plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=66

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