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Livro_Representação Descritiva I_web

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Fisiologia 
1 
 
Representação Descritiva I 
Helba Maria da Silva Mattos Porto de Oliveira 
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Representação Descritiva I 
2 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Helba Maria da Silva Mattos Porto de Oliveira 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo Campus Niterói 
 
O48e Oliveira, Helba Maria da Silva Mattos Porto de. 
Representação descritiva I / Helba Maria da Silva Mattos de Oliveira ; 
revisão de Rafael Dias de Carvalho Moraes. – 1. ed. – Niterói, RJ : 
UNIVERSO : Departamento de Ensino a Distância, 2016. 
112 p. : il. 
 
1. Catalogação descritiva. 2. Catalogação bibliográfica. 3. Ciência da 
informação. 4. Classificação bibliográfica. 5. Sistema de recuperação da 
informação. 6. Tecnologia da informação. 7. Ensino à distância. I. 
Moraes, Rafael Dias de Carvalho. II. Título. 
CDD 025.32 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins – CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Representação Descritiva I 
3 
 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora. 
Representação Descritiva I 
 
4 
Representação Descritiva I 
5 
 
Sumário 
 
Apresentação da disciplina ............................................................................................. 07 
Plano da disciplina ............................................................................................................ 09 
Unidade 1 – Introdução à Catalogação ....................................................................... 11 
Unidade 2 – O Controle Bibliográfico Universal (CBU)............................................. 29 
Unidade 3 – Representação de Dados Bibliográficos e Catalográficos ............... 47 
Unidade 4 – Sistemas de Alimentação de Catálogos e Bases de Dados .............. 69 
Unidade 5 – Nova Norma de Descrição Bibliográfica - RDA ................................... 83 
Considerações finais ......................................................................................................... 99 
Conhecendo o autor ........................................................................................................ 101 
Referências .......................................................................................................................... 102 
Anexos.................................................................................................................................. 107 
Representação Descritiva I 
6 
Representação Descritiva I 
7 
 
Apresentação da disciplina 
 
Prezado aluno, 
Seja bem-vindo à disciplina Representação Descritiva I. 
Gostaria primeiramente de parabenizá-lo por escolher está profissão que lida 
com o bem mais precioso desta geração que é a informação. A informação sempre 
foi importante para tomada de decisões e para desenvolver as competências de 
diferentes áreas do saber, entretanto, hoje em dia, devido ao aumento significativo 
dela, torna-se importante à atuação deste profissional para organizar e disseminá-
la. 
O profissional de informação precisa possuir algumas competências, e uma 
delas é saber descrever o documento, que pode ser fisicamente ou por assunto. 
Este livro de estudo busca iniciá-lo no campo teórico da descrição bibliográfica, ou 
seja, no estudo das maneiras de representar fisicamente o documento. 
Esta disciplina é o primeiro contato com a descrição física do documento e por 
isso pretende introduzi-lo neste universo, dando um panorama histórico de como 
surgiram às primeiras regras de catalogação, em que momento é feita a descrição 
física do documento dentro da biblioteca ou centro de informação, quais são os 
tipos de catálogos, o que significa um Controle Bibliográfico e levantamentos 
sobre este assunto para uma melhor compreensão e verificar sua importância na 
hora da organização e de uma busca da informação. 
Além disso, há preocupação de mostrar a estrutura do AACR2 e a composição 
de uma ficha catalográfica para ter uma noção dos campos que irão estudar no 
segundo momento e como o documento fica representado. Também será 
abordado rapidamente o formato MARC 21 e as novas tendências para 
representação do documento com o RDA. 
 
Conto com você! Sucesso e bons estudos! 
 
Representação Descritiva I 
8 
 
Representação Descritiva I 
9 
 
Plano da disciplina 
 
A disciplina Representação Descritiva I busca introduzir o aluno nos 
procedimentos de catalogação. Além de demonstrar a importância deste 
conhecimento para organização da informação e acesso da mesma, para que isso 
aconteça teve a preocupação de reunir o máximo de conceitos básicos sobre o 
tema e o que significaa representação neste processo. 
Ementa: Estudo de teorias, princípios, esquemas, estruturas e formatos de 
descrição de recursos informacionais e acesso. Análise de sistemas e práticas que 
atendam às necessidades do usuário, de forma prática e ética. Experiência, em nível 
inicial para a descrição de bibliográfica de documentos. 
Objetivos gerais: Proceder à catalogação descritiva padronizada de recursos 
informacionais e reconhecer os requisitos de um determinado catálogo e a 
utilização dos itens descritos conhecendo a lógica descritiva. 
 
Conteúdo programático: 
Unidade 1- Introdução à catalogação 
 Panorama histórico da evolução da catalogação 
 Tipos de documentos e suportes 
 Papel da catalogação no processo de geração e uso da informação 
 Catálogo como instrumento de informação, modalidades e tipos 
 
Unidade 2 – O Controle Bibliográfico Universal (CBU) 
 Controle bibliográfico no Brasil 
 ISBN, ISSN E DOI 
 ISBN 
 ISSN 
 DOI 
Representação Descritiva I 
10 
 
Unidade 3 – Representação de dados bibliográficos e catalográficos 
 Estrutura do AACR2R segunda edição 
 Áreas da ficha catalográfica 
 Indicação dos pontos de acesso 
 O formato MARC 21 
 
Unidade 4 – Sistemas de alimentação de catálogos e bases de dado 
 Catalogação na publicação 
 Catalogação centralizada 
 Catalogação cooperativa 
 
Unidade 5 – Nova norma de descrição bibliográfica - RDA 
 Conceitos teóricos que embasaram o RDA 
 Diferenças entre o AACR2 e o RDA 
 
 
Bons estudos! 
Representação Descritiva I 
11 
Introdução à Catalogação 1 
Representação Descritiva I 
12 
 
Caro Aluno, 
Começa nossa jornada para compreender a representação descritiva de documentos. 
Espero que no final deste curso, você se torne um profissional apto para exercer a profissão 
de bibliotecário e nunca esqueça que um bom profissional permanece sempre se 
atualizando. 
Nessa primeira unidade pretende dar uma visão de conceitos básicos sobre o tema 
estudado, além de contextualizá-lo de como surgiu e como este assunto está sendo 
abordado nos dias atuais; também conhecer os tipos de documentos e seus suportes, além 
de saber quais os tipos de catálogos. 
 
Objetivos da unidade: 
 Entender como surgiu a catalogação; 
 Conhecer os tipos de documentos e suportes; 
 Compreender o papel da catalogação no processo de geração e uso da informação; 
 Saber os tipos de catálogos e suas utilizações. 
 
Plano da unidade: 
 Quando surgiu a catalogação? 
 Quais os tipos de documentos? 
 Qual o papel da catalogação no processo de geração e uso da informação? 
 Quais os tipos de catálogos? 
 
Bem-vindo à unidade 1! 
Representação Descritiva I 
13 
Neste capítulo através de uma abordagem rápida poderá entender os 
primórdios da descrição física do documento e como aconteceu a evolução desta 
técnica de representação, que facilita o acesso de um documento e/ou item 
documental. Passando por uma viagem rápida da antiguidade até os dias atuais. 
Também entenderá o papel da catalogação no processo de geração e uso da 
informação, percebendo a importância da existência de uma padronização para 
agilizar a recuperação da informação. Além de saber diferenciar catalogação de 
descrição bibliográfica, dentre outros conceitos. 
Serão comentados os tipos de documentos e suportes baseando no AACR2 
segunda edição, instrumento de padronização que se utiliza hoje em dia. Depois 
com uma breve abordagem será falado dos catálogos e os tipos, mencionando os 
catálogos que ainda se baseiam em fichas impressas até os catálogos on-line. 
Com esta pequena introdução pode-se começar a estudar os subcapítulos 
desta unidade 1. 
 
Panorama histórico da evolução da catalogação 
Ao longo da história e por causa do aumento considerável de informações 
existentes, houve a preocupação e a necessidade de transmitir tais informações 
contidas em determinados acervos de forma mais precisa. Por isso, os profissionais 
da informação ao longo do tempo foram desenvolvendo técnicas para facilitar a 
localização de um documento dentro de um acervo. 
Na Antiguidade até a Renascença, incluindo a Idade Média, a preocupação era 
com o controle bibliográfico, que era feito através de livro de tombo e as 
informações eram organizadas em códices, ou seja, em forma de livro. No 
convento de St. Martin, em Dover, na Inglaterra, em 1389, pode considerar que 
surgiu o primeiro catálogo, pois continha o conteúdo de cada volume e a análise 
das partes (entradas analíticas). 
O primeiro uso das remissivas, que significa encaminhar para outros registros, 
foi no catálogo de Amplonius Ratnick, de Berka, Alemanha em 1410. 
Este avanço pode ser considerado por causa da bibliografia, que começou 
como bibliografias universais para depois bibliografias comerciais. No final do 
século XV, com o bibliógrafo e bibliotecário alemão Johann Tritheim, que 
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Representação Descritiva I 
14 
organizou a bibliografia em ordem cronológica, contendo índice alfabético de 
autor. Na metade do século XVI, com o naturalista e bibliógrafo suíço Konrad 
Gesner confeccionou uma bibliografia em ordem de autor, com índice de assunto. 
No século XVII, buscou-se conhecer e compreender o mundo e além de controlar e 
classificar o conhecimento através de enciclopédias e catálogos de biblioteca, 
neste momento surge a Encyclopedie de Diderot e Encyclopedia Britannica. 
No século XVIII, o catálogo passa a ter como objetivo servir como um 
instrumento de busca para pesquisa. Além de ter um crescimento de bibliotecas 
na Europa. Em 1791 cria-se o primeiro código de catalogação que era simples, 
curto e prático, uso do catálogo em ficha. As bibliotecas, depois de Revolução 
francesa, passam a ter um uso público. 
No final do século XIX se tem início da biblioteconomia como se conhece hoje, 
em termos de fundamentos. Os primeiros teóricos da catalogação são: Anthony 
Panizzi, 91 regras, British Museum da Inglaterra; Charles Jewett com o código da 
Smithsonian Institute nos Estados Unidos; Carl Dziatzko com as instruções 
prussianas; Charles Ami Cutter com Rules for a dictionary catalogue. 
De acordo com Barbosa (1978, p. 29) o código de Charles Ami Cutter, que ficou 
conhecido como tabela para notação de autores 
 
[...] consagrou a existência da escola americana de catalogação, 
ao publicar, em 1886, suas Rules for a dictionary catalog, cuja 
quarta e última edição em 1904, coincidiu com a preparação do 
primeiro código da ALA. 
[...] No entanto, trata-se de um verdadeiro código, consistindo 
em 369 regras que incluem normas não só para entradas por 
autor e por título, mas também para a parte descritiva, 
cabeçalhos de assuntos, e ainda alfabetação e arquivamento de 
fichas. 
 
Em 1908, ALA (American Library Association) publicou seu primeiro código 
utilizando as regras estabelecidas por Panizzi, Jewett, Cutter e pela LC (Library of 
Congress). Entretanto devido ao excesso de detalhes os bibliotecários solicitaram 
mudanças, ocasionando revisões. Segundo Corrêa (2008, p. 23) 
 
A segunda edição definitiva foi publicada em 1949 em dois 
volumes. 
 O volume ALA Cataloguing rules for author and title entries, 
editado por Clara Beetle e publicado pela ALA, popularmente 
conhecido como Red Book, contém regras para a escolha e 
formas dos cabeçalhos. O outro volume foi elaborado pela 
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Representação Descritiva I 
15 
Library of Congress (LC) para contemplar a descrição 
bibliográfica, uma vez que, o Código da ALA não mencionava 
regras para esta parte da catalogação. 
 
Entretanto, as regras propostas neste código continuaram não satisfazendo os 
bibliotecários, fazendo com que a ALA solicitasse uma avaliação a Seymour 
Lubetzky, que produziu um relatório e publicou em 1953, sendo considerado para 
área da catalogação uma das mais importantes contribuições para o séculoXX. 
Depois da publicação do relatório acabou assumindo a função de editor do código 
revisado e, em 1967, foi publicado o Anglo-American Cataloging Rules (AACR) em 
duas versões: uma norte-americana e outra britânica. 
No Brasil, em 1969, foi traduzido e adaptado como o seguinte título: Código de 
Catalogação Anglo-Americano por Abner Lellis Corrêa Vicentini e Astério Campos. 
Precisa ressaltar que este código era baseado em princípios, não tendo regras 
taxativas e por isso permitia a cada catalogador gerar um registro, isso fazia com 
que uma mesma obra pudesse ter registros semelhantes, porém não iguais, 
dificultando uma padronização das informações descritivas. 
Devido a necessidade de padrões mais claros e rígidos a IFLA formou um 
Grupo de Estudos para viabilizar uma proposta de padronização internacional, que 
elaborou um relatório apresentado no International Meeting of Cataloguing Experts, 
em 1969 em Copenhague. O documento, gerado e aprovado por este evento foi o 
International Standard Bibliographical Description (ISBD) que passou a identificar os 
componentes da descrição bibliográfica, sua ordem de apresentação preferencial e 
a pontuação necessária, tendo como base o tipo de documento e suporte. 
Em 1978, foi publicado o AACR2 (Anglo-American Cataloguing Rules, second 
edition) que unificou os dois textos anteriores: norte-americano e britânico. 
Também manteve os pontos de acesso em conformidade com os Princípios de 
Paris e incorporou o padrão ISBD. 
Nos dias de hoje, por causa da realidade digital presente como, por exemplo, a 
Web e os novos suportes existentes, a catalogação está passando por uma nova 
reflexão. Por isso estão pensando no RDA (Resource Description and Access) para 
substituir o AACR2, entretanto ainda está em estudo e sendo avaliado. Na unidade 
5, este tema será abordado com mais profundidade. 
 
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Nota
AACR
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Representação Descritiva I 
16 
Tipos de documentos e suportes 
O profissional da informação precisa saber diferenciar os tipos documentos e 
seus suportes para executar uma boa descrição física do documento, por isso este 
tópico pretende, de forma bem sucinta, demonstrar as particularidades de cada 
documento. 
De acordo com Ribeiro (2006, p.15) “recurso bibliográfico é uma expressão ou 
manifestação de uma obra ou de um item formado a base para a descrição”. O 
item dentro da catalogação é usado em todas as regras, substituindo os termos 
específicos que identificam cada tipo de material ou suporte de informação. 
Segundo Mey (p. 98), o item documental é “entidade intelectual autônoma e 
completa contida em um suporte físico, passível de inclusão no acervo de uma 
biblioteca e base para o estabelecimento de uma entrada primária”. 
No AACR2, o item documentário é entendido como o documento ou grupo de 
documento, portanto, é definido à medida que um suporte de informação sob 
qualquer forma física, editado, distribuído, ou tratado como uma entidade 
autônoma, tendo como base de única descrição, tendo como exemplo: livros, 
periódicos, mapa, disco dentre outros. 
Suporte de informação é o objeto material ou dispositivo sobre ou no qual se 
encontram representados os dados ou informações. 
Seguindo como base o AACR2 segunda edição, temos os seguintes suportes 
de informação: livros, folhetos, folhas soltas impressas, materiais cartográficos, 
manuscritos, música impressas, gravações de som, filmes cinematográficos e 
gravações de vídeo, materiais gráficos, recursos eletrônicos, artefatos 
tridimensionais e realia, microformas, recursos contínuos e análise. 
Os livros e folhetos são recursos bibliográficos completos em uma só parte, 
ou que se pretendem completar em um número pré-estabelecido de partes 
separadas por capítulos. A diferença entre eles é o número de páginas, sendo 
considerado folheto quando tem menos de 50 laudas ou páginas, enquanto que 
acima deste número de laudas é considerado livro. 
Folha solta impressa significa uma peça única de papel, diferente de cartaz 
que também é uma folha solta. 
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Representação Descritiva I 
17 
Materiais cartográficos são qualquer material que representa a terra ou o 
corpo celeste, no todo ou em parte, em qualquer escala. Podem ser: mapas, 
plantas, carta, globo ou Atlas. Os mapas são representações, geralmente em escala 
e em superfície plana, de determinadas características materiais ou abstratas da 
superfície da terra ou do corpo celeste, que podem estar em duas e três dimensões. 
As plantas são mapas ou cartas detalhadas, em escala ampla, com um mínimo 
de generalizações. Carta é um mapa preparado para servir aos navegantes, sempre 
tendo um termo usado de um adjetivo que identifique o tipo, como, por exemplo: 
carta aeronáutica, carta náutica e carta espacial. 
Globo é o modelo da terra ou outro corpo celeste representado em uma 
superfície de uma esfera. Atlas representa um volume que contém mapas, lâminas, 
gravuras, tabelas podendo ter ou não um texto impresso. Pode ser uma publicação 
independente ou acompanhando vários volumes de textos. 
Manuscritos são textos escritos à mão, de valor histórico ou literário, também 
podem ser um conjunto de documentos pessoais que representam uma unidade 
orgânica. Às vezes textos originais datilografados podem ser considerados 
manuscritos. Eles podem ser inscritos em tábuas de argila, pedra, papel, etc. 
Música está definida como um suporte de informação de descrição impressa 
da música, ou seja, da descrição feita desta arte através da sua representação 
impressa. 
Gravação de som é o registro de vibrações sonoras por meios eletrônicos ou 
mecânicos, de forma a permitir a reprodução de som, que podem ser armazenado 
em fita cassete ou Compact Disc (CD). 
Filmes cinematográficos é uma fita, que geralmente se chama filme, que 
identificam uma extensão de filme acompanhado ou não de som, contendo uma 
sequência de imagens que cria uma ilusão de movimento quando projetadas em 
sucessão rápida. 
Gravações de vídeo é o registro de imagens visuais, quase sempre em 
movimento e acompanhado de som, apresentado através de um equipamento de 
televisão. 
Material gráfico aqui entendido como todos os tipos de materiais em duas 
dimensões, opacos como, por exemplo: quadros de pintura, gravuras, fotografias 
dentre outros; ou transparentes que precisam ser vistos por meio de um 
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Representação Descritiva I 
18 
instrumento óptico como diafilmes, tiras de filme, diapositivos, radiografias para 
serem vistos ou projetados sem movimento. 
Recursos eletrônicos são dados, ou seja, informações que representam 
números, texto, gráficos, imagens, imagens em movimento, mapas dentre outros 
ou programas, quer dizer, instruções que processam os dados para uso, ou a 
combinação de ambos. 
Artefatos tridimensionais são objetos tridimensionais, fabricados ou 
modificados por uma ou mais pessoas, à mão ou industrialmente. 
Realia são coisas reais, objetos autênticos ou que se encontram na natureza. 
Microforma é um termo genérico para qualquer meio, transparente ou opaco 
contendo microimagens. 
Agora que você tem uma visão sobre a diversidade de documentos existentes 
percebe-se a importância de representá-los da melhor maneira possível para não 
ficar esquecido dentro de uma biblioteca e que se possa ser localizado com 
facilidade. 
 
Papel da catalogação no processo de geração e uso da informação 
Antes de começar propriamente a falar da catalogação de documentos, se faz 
necessário entender o fluxo documental ou a cadeia documental do centro de 
informação ou biblioteca. O fluxo documental é o conjunto de operações 
necessárias para reunir,tratar ou processar, produzir, difundir visando à utilização 
do documento. Ou seja, as etapas que um documento ou item passa até chegar à 
consulta de um usuário. 
Entendendo a dinâmica fica mais fácil saber a importância de uma boa 
descrição, neste caso, física do documento. Por isso, houve a preocupação de 
demonstrar as etapas que o documento percorre até ser disponibilizado para o 
usuário. Entretanto deve-se ressaltar que esta abordagem é rápida, não tendo a 
preocupação de ser exaustiva, visto que ao longo do curso irão conhecer cada 
etapa do processo. 
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Representação Descritiva I 
19 
 
Na imagem abaixo, perceberá que a catalogação encontra-se na parte do 
processamento técnico, sendo uma das maneiras de representar um item ou 
documento para ser armazenado visando aperfeiçoar a informação ao usuário 
através dos serviços prestados. 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
As etapas que o documento percorre até chegar ao usuário, como dito: 
seleção e aquisição, tratamento técnico, difusão. E como todo sistema de 
informação será sempre importante fazer um feedback de todo processo para 
verificar se tem algum problema ou se está no caminho certo, com isso fica mais 
fácil tomar uma decisão e começar tudo novamente. 
Representação Descritiva I 
20 
A catalogação como pode perceber faz parte do processamento técnico, 
encontra-se no meio do caminho da cadeia documentar. Sendo uma forma de 
representação do documento. O processamento técnico o conjunto de atividades 
que o documento é submentido até estar pronto para ser incluído no acervo para 
utilização do usuário. As etapas que envolvem este processamento entre outras, 
são: aposição de carimbo identificador da biblioteca, número de registro, 
catalogação, classificação, etiqueta com o número de chamada e outros 
preparativos necessários para o empréstimo. Ao longo do curso você irá estudar 
cada etapa, neste momento só foi abordado para visualizar o momento que ocorre 
a catalogação. 
A finalidade da catalogação é padronizar a apresentação dos detalhes físicos 
visando facilitar o usuário na hora da busca por uma informação. Visto que com a 
padronização, qualquer usuário sabe identificar cada parte que compõe os itens 
contidos dentro de um documento. 
A catalogação é um processo técnico do qual resulta o catálogo, seja manual 
ou eletrônico, que é uma linguagem de descrição bibliográfica, que tem como 
finalidade ser um instrumento de comunicação para o usuário localizar um 
documento. Por isso, a importância de existir uma padronização, pois caso 
contrário o usuário ficaria perdido sempre que fosse fazer uma busca, pois não 
saberia como começar sua pesquisa e como está descrita a informação tendo que 
fazer várias modalidades de buscas para tentar localizá-la, perdendo com isso 
muito tempo. 
Como visto anteriormente, ao longo do tempo, muitos pensadores buscaram 
padronizar de alguma forma a informação do documento para facilitar a 
organização. Surgindo os códigos de catalogação, que através das experiências e 
trocas de ideias de bibliotecários ou por associações de bibliotecários que 
perceberam a necessidade de criar padrões ou regras. Os códigos contemplam a 
descrição, a escolha das entradas e forma de cabeçalhos, a descrição da localização 
física dos itens e em alguns casos, a estrutura dos catálogos. Devido à ampliação 
dos formatos de apresentação de informações, há necessidade de atualizações e 
modificações dos códigos para acompanhar a dinâmica dos meios de comunicação 
e de tecnologia. 
 
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Representação Descritiva I 
21 
Mesmo com toda a tecnologia, a descrição bibliográfica continua sendo 
importante para poder tornar um item documental único entre os outros 
existentes dentro de um centro de informação ou biblioteca, pois é a 
representação e codificação das características de um item. 
Neste momento serão abordados os tipos de catálogos que são gerados a 
partir do processo de descrição física dos documentos, ou seja, os instrumentos de 
buscas que são gerados depois deste detalhamento físico. 
 
Catálogo como instrumento de informação, modalidades e tipos 
No início, os catálogos serviam para armazenar e registrar as informações 
sobre os documentos que havia no acervo, entretanto com o aumento da 
produção de livros passou a ser uma ferramenta arrojada para recuperação da 
informação. 
O catálogo é um instrumento que permite que o usuário localize um 
documento tanto pela descrição física e/ou descrição temática, e na maioria das 
bibliotecas também direciona a localização física da estante. Por isso de acordo 
com Ferraz (1991, p.91) “no catálogo, o usuário pode encontrar duas importantes 
peças de informação: se a biblioteca possui o item desejado e, se tem, onde ele 
esta localizado na coleção”. 
Hoje em dia os catálogos on-line ou digitais também possibilitam a busca e o 
direcionamento ao documento recuperado, ou seja, leva ao usuário a ter o texto 
em formato completo sem precisar sair de casa. De acordo com Sousa e Fujita 
(2012, p. 70) “a tendência dos catálogos é de atuar como bases de dados, inclusive 
no que concerne o acesso a textos completos”. 
Os catálogos podem ser manuais ou digitais, se for digital ou automatizado só 
existirá uma ficha. Se for manual haverá vários catálogos, cada um com um tipo de 
entradas diferentes, além da necessidade de fazer várias fichas para representar os 
itens importantes para recuperação. 
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Representação Descritiva I 
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Fonte: Simonato (2014) 
Disponível em: http://pt.slideshare.net/karusimionato/a-catalogao-em-60-minutos. 
 
 
 
Fonte: Simionato,(2014) 
Disponível em: http://pt.slideshare.net/karusimionato/a-catalogao-em-60-minutos. 
 
Há dois tipos de catálogo manual: os do público ou externos e os auxiliares ou 
internos. O primeiro tipo de catálogo, como o nome indica, serve para o uso dos 
usuários da biblioteca ou centro de informação. Os catálogos auxiliares ou internos 
servem para o uso dos profissionais da biblioteca. 
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Representação Descritiva I 
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Hoje, ainda existem várias bibliotecas que têm os três tipos de catálogos 
externos, que são de nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor 
também é chamado de catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico e 
o de assunto de catálogo ideográfico. Esses catálogos podem ser organizados 
alfabeticamente, como um todo, ou seja, com todas as entradas (autor, título e 
assunto) em único catálogo sendo chamado de catálogo dicionário. Também 
podem ser organizados com três catálogos diferentes, um para cada tipo de 
entrada, ou podem ter a organização sistemática, com as entradas feitas pelos 
números de classificação. 
Os catálogos internos ou auxiliares podem ser: dicionário, autores ou 
onomástico, títulos ou didascálico, assuntos ou ideográfico, topográfico, 
cronológico, editores, número de classificação, de séries e títulos uniformes, 
catálogo decisório e catálogo de registro. Os catálogos externos são de autor, título 
e assunto. 
Catálogo dicionário é um instrumento para facilitar o acesso às obras de um 
acervo, ele é organizado em ordem alfabética e funciona como um verdadeiro 
dicionário basta saber o nome do autor, o título ou o assunto de uma das obras 
para saber se existe ou não na biblioteca. 
O catálogo de autor ou onomástico é organizado pelos nomes dos autores e 
entidades, também pode ser conhecido como de identidade. 
O catálogo de assuntos é organizado pelos assuntos dos livros. 
O catálogo sistemático ou catálogo de número de classificação é organizado 
pela classificação que o documento recebe, de acordo com as regras que está 
sendo adotado. 
O catálogo de séries e títulos uniformes organizados pelo título dos mesmos. 
O catálogo decisórioé o que organiza as decisões tomadas pelos profissionais 
da biblioteca concernentes à catalogação. 
O catálogo topográfico é utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é 
organizado pelo número de chamada dos livros. 
O catálogo oficial é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o 
ponto de acesso principal. 
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Representação Descritiva I 
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O catálogo de registro, para fins de controle do patrimônio da biblioteca. Hoje 
em dia quase todas as bibliotecas utilizam o livro tombo para fazer este tipo de 
controle. 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às 
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
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Representação Descritiva I 
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Exercícios – Unidade 1 
 
1.(SESC-SE, 2010): [...] o suporte, ou meio que contém um ou mais conteúdos 
de registro do conhecimento, ou parte de um conteúdo. [...] pode conter uma obra, 
várias obras, ou partes de obras (MEY, 2003) 
[...] um conjunto completo de criação intelectual ou artística, ou registro do 
conhecimento sobre qualquer suporte ou meio. 
[...] uma entidade abstrata, que pode reproduzir-se em diferentes suportes 
(MEY, 2003) 
No contexto da Catalogação, estas definições aplicam-se, respectivamente, a: 
a) Item e obra. 
b) Fonte e registro. 
c) Obra e formato. 
d) Formato e item. 
e) Registro e fonte. 
 
2.(PG-DF, 2011): Em um sistema de gerenciamento de bibliotecas, o controle 
de autoridade, de entrada de dados e de importação de registro de outras bases de 
dados são funções básicas 
a) do controle de circulação. 
b) dos catálogos em linha de acesso público. 
c) da catalogação. 
d) da informação comunitária. 
e) do controle de publicações seriadas. 
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Representação Descritiva I 
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3.(IBGE, 2010): O catálogo, cujas entradas são ordenadas de acordo com um 
plano lógico e incluem, além da descrição bibliográfica, informações críticas, 
bibliográficas e explicativas, sendo utilizado, comumente, na catalogação de livros 
raros, denomina-se 
a) didascálico. 
b) cronológico. 
c) anotado. 
d) biblionímico. 
e) assindético. 
 
4.(UFAL, 2011): De acordo com Mey e Silveira (2009), os catálogos manuais 
podem ser divididos em externos ou internos. São catálogos internos ou catálogos 
auxiliares, exceto: 
a) catálogo de identidade e catálogo de autoridade de assunto. 
b) catálogo de número de classificação e catálogo decisório. 
c) catálogo de títulos: títulos de séries e títulos uniformes. 
d) catálogo dividido e catálogo de registro. 
e) catálogo oficial e catálogo topográfico. 
 
5.(SEDAM-RO): Com relação aos tipos de documentos, é correto afirmar que 
radiografias e transparências são exemplos de documentos: 
a) Sonoros. 
b) Catográficos. 
c) Iconográficos. 
d) Tridimensionais. 
e) Gráficos. 
 
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Representação Descritiva I 
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6.(Prefeitura Municipal de Itapema, 2006): Assinale a alternativa correta. O 
catálogo cuja finalidade é registrar as remissivas de outras formas do nome do 
autor feitas para o catálogo principal, como remissivas de sobrenomes compostos 
ou de pseudônimos é denominado: 
a) Catálogo de autoridade. 
b) Catálogo dicionário. 
c) Catálogo topográfico. 
d) Catálogo de autor. 
e) Catálogo de assunto. 
 
7.(DEGASE, 2012): Um conjunto de informações que simbolizam um registro do 
conhecimento recebe o nome de: 
a) Classificação. 
b) Referência. 
c) Informação. 
d) Indexação. 
e) Catalogação. 
 
8.(SESI/DF, 2012): Em relação à tipologia documental, assinale a alternativa que 
apresenta a denominação correta da coletânea de mapas, organizada de acordo 
com determinados critérios 
a) Carta náutica. 
b) Atlas. 
c) Globo. 
d) Guia turístico. 
e) Livro de bordo. 
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Representação Descritiva I 
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9.Diferencie o catálogo interno de externo e dê dois exemplos de cada um 
deles. 
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10.Defina o que é representação descritiva de documento e informe sua 
importância dentro de uma biblioteca ou centro de informação. 
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Representação Descritiva I 
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O Controle Bibliográfico 
Universal (CBU) 2
Representação Descritiva I 
 
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Caro Aluno, 
Nesta segunda unidade se pretende conhecer o Controle Bibliográfico 
Universal e sua importância na descrição bibliográfica, saber como é feito este 
controle a nível nacional e internacional, além de diferenciar o ISBN, ISSN e DOI. 
 
Objetivos da unidade: 
 Conhecer os padrões internacionais do Controle Bibliográfico Universal; 
 Conhecer o Controle Bibliográfico Nacional; 
 Entender e diferenciar o ISBN, ISSN e DOI; 
 
Plano da unidade: 
 O que é CBU? 
 Como é feito o Controle Bibliográfico no Brasil? 
 O que significa ISBN, ISSN e DOI e quando se utiliza? 
 
Bem-vindo à unidade 2! 
Representação Descritiva I 
 
31 
 
Na unidade anterior foi visto que, ao longo do tempo, houve um aumento 
considerável de informações lançadas diariamente no mundo. Devido a isto, 
começou a se pensar em uma forma de ter o controle destas informações. O 
Controle Bibliográfico Universal (CBU) nasceu com objetivo de reunir e 
disponibilizar de forma mais eficiente os registros de produção bibliográfica dos 
países, formando uma rede internacional de informação. 
De acordo com Machado (2003, p. 51), o CBU, foi 
 
[...] idealizado pela IFLA e adotado pela UNESCO, deve ser entendido 
como um programa com objetivosde longo alcance e cujas atividades 
levam à formação de uma rede universal de controle e intercâmbio de 
informações bibliográficas, de modo a tornar prontamente disponíveis, 
com rapidez e de forma universalmente compatível, os dados 
bibliográficos básicos de todas as publicações editadas em todos os 
países. 
 
A reunião de obras editadas em um único país, a primeira vista parece uma 
tarefa impossível, ainda mais quando se pensa na reunião das obras editadas em 
vários países como um todo, construindo assim um controle bibliográfico 
universal. O registro de todas as obras de todos os lugares do mundo apresenta-se 
como uma utopia, mas espera-se a definição de uma política em que haja a adesão 
de: bibliotecários, editores e autores. 
Esta política consiste, principalmente, em adotar normas para a representação 
documentária aceita internacionalmente, tendo em mente a cooperação 
bibliográfica permitindo assim a troca de informações e o intercâmbio de dados. 
Estabelecida uma forma de representação das informações contidas em 
documentos convencionais ou não, benefícios seriam percebidos por autores, 
pesquisadores e profissionais envolvidos no trabalho de tratamento e recuperação 
da informação sendo grande vantagem à oportunidade de poder ter acesso a 
qualquer documento em pouco espaço de tempo, como já é possível com os 
documentos inseridos nas bases de dados, disponíveis ao acesso público. 
O Controle Bibliográfico Universal se utilizada de três instrumentos para 
conseguir alcançar seus objetivos, que são: o depósito legal, as bibliografias e os 
formatos de intercambio de dados. 
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Representação Descritiva I 
 
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O depósito legal tem como finalidade reunir em um único local todas as 
publicações de um determinado país, por isso há uma determinação de envio de 
um exemplar de cada obra publicada à instituição depositária. Vários países 
adotam essa regra como, por exemplo: Portugal, Espanha, Polônia, Estados Unidos 
e França, que é considerada a pioneira neste tipo de disposição desde 1537, 
quando a Biblioteca do Rei era guarnecida pelo depósito legal das publicações 
nacionais. 
As bibliografias são instrumentos de busca com a finalidade de identificar, 
descrever e classificar textos impressos ou multigrafados a fim de facilitar o 
trabalho intelectual. Para que este instrumento seja feito precisa passar por quatro 
operações, que são: pesquisa, indicação, descrição e classificação. 
Os formatos de intercambio de dados no caso da catalogação significa dizer 
que todas as informações importantes para descrever um documento ou item 
documental serão transmitidas de uma base de dados para outra sem perda de 
informação. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – 
IBICT (1987, p. 11) 
 
O formato de intercâmbio é gerado por programa de computador, a 
partir do formato interno. Deve ter padronização tal que tome eficiente 
e econômico o intercâmbio de informações entre sistemas 
computadorizados de registros bibliográficos e catalográficos, provendo 
estrutura de registro capaz de contemplar as necessidades de grande 
variedade de sistemas de registro bibliográfico em computador. São três 
os componentes básicos de um formato de intercâmbio: a) Regras para 
a organização dos dados em meio legível por computador, incluindo a 
estruturação do meio físico de armazenamento; b) Códigos e regras 
para a identificação dos diferentes elementos de dados no registro, ou 
seja, para a identificação de informações, tais como título, autor, 
assunto, data, etc, c) Regras para a formulação dos diferentes elementos 
de dados em termos de conteúdo e da forma de registrá-los. 
 
A norma internacionalmente aceita para maioria dos formatos de intercâmbio 
no Brasil e no mundo é o padrão ISO 2709, que foi estabelecido pela Organização 
Internacional de Normalização. Esta norma especifica uma estrutura do meio físico, 
capaz de servir a qualquer tipo de registro bibliográfico. 
 
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Controle bibliográfico no Brasil 
Anteriormente se mencionou que o controle bibliográfico foi uma iniciativa de 
bibliotecários nos anos 70, com a parceria da Unesco/IFLA, que propuseram o 
programa de Controle Bibliográfico Universal (CBU). Vários representantes de 
bibliotecas de diversos países compreenderam a ideia de economia e recursos com 
a colaboração mútua e integraram a iniciativa. 
O Controle Bibliográfico Universal utilizou-se de ferramentas, que já existiam 
no campo biblioteconômico, comentadas anteriormente que são: depósito legal, 
as bibliografias e os formatos de intercambio de dados. Para uma melhor 
compreensão será falada cada uma dessas ferramentas dentro do nosso contexto 
nacional. 
O depósito legal no Brasil existe desde 1805, quando obrigava as oficinas 
tipográficas portuguesas a enviar exemplar de publicações produzidas nelas para a 
Real Biblioteca. Depois com a independência do Brasil a obrigatoriedade foi 
transmitida para Imprensa Régia, que instalada no Rio de Janeiro deveria enviar 
suas publicações à Biblioteca Imperial e Pública da Corte que permaneceu até o 
decreto 1825 em 1907. 
O decreto 1825, de 20 de dezembro de 1907, finalmente regulou o Depósito 
Legal no país. Na redação deste decreto ficou obrigado aos administradores de 
oficinas de tipografias, litografia, fotografia ou gravura situada no Distrito Federal e 
nos Estados de remeter a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro um exemplar de 
cada obra que executassem. Isso significa que livros, revistas, jornais, obras de 
músicas, mapas, plantas, estampas, os selos, medalhas e outras espécies 
numismáticas, quando cunhada por conta do governo. No parágrafo terceiro do 
art. 1º deste decreto ainda fala que as obras de novas edições, ensaios, 
reimpressões e variantes de qualquer ordem também precisavam ser enviadas para 
a Biblioteca Nacional por serem consideradas obras novas. 
O decreto foi revogado e substituído pela Lei 10994, de 14 de dezembro de 
2004. O art. 1º da Lei 10994 diz que “regulamentar o depósito legal de publicações, 
objetivando assegurar o registro e a guarda da produção intelectual nacional, além 
de possibilitar o controle, a elaboração e a divulgação da bibliografia brasileira 
corrente, bem como a defesa e a preservação da língua e cultura nacionais”. 
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Representação Descritiva I 
 
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A Biblioteca Nacional continua sendo a instituição responsável pelo depósito 
legal. O conceito de depósito legal foi ampliado nesta lei, visto que hoje em dia 
existem outros meios e formatos de representação de documentos, por isso consta 
no inciso I do art. 2º que todas as publicações produzidas, por qualquer meio ou 
processo, devem ser enviados um ou mais exemplares, não importando se a 
distribuição será gratuita ou através de venda. 
Apesar da existência da lei, ainda hoje várias editoras e tipografias não enviam 
os exemplares para o depósito legal. Em janeiro de 2010, outro instrumento de 
depósito legal veio somar-se ao esforço da preservação da memória cultural 
nacional, que é a Lei nº 12.192, de 14 de janeiro de 2010, que dispõe sobre o 
depósito legal das obras musicais na Biblioteca Nacional. 
Há ainda leis que dispõe no âmbito estadual no Brasil referente a deposito 
legal, entretanto não desobriga o cumprimento da lei nacional, como por exemplo, 
em Santa Catarina e Piauí. 
A bibliografia brasileira tem como marco inicial em 1886, com a publicação do 
Boletim das Aquisições mais importantes feitas pela Biblioteca Nacional, por João 
Saldanha da Gama. Com o decreto de 1825 houve a necessidade de publicação de 
um boletim bibliográfico que prestasse conta dos materiais recebidos. 
O Boletim bibliográfico da Biblioteca Nacional, criadoem 1918, continuou com 
este mesmo título até 1982. Depois passou a ser chamado de Bibliografia brasileira 
permanecendo com este título até 1995, entretanto por problemas operacionais a 
publicação impressa foi suspensa, o último número publicado foi o v. 12, n. 4 
arrolando as obras recebidas no ano de 1994. Nos anos de 1996 e 1997 devido a 
duas exportações de base de dados, originaram duas publicações da Bibliografia 
Brasileira em CD-Rom também não existindo continuidade. Atualmente pode-se 
acompanhar a bibliografia brasileira através dos catálogos da Biblioteca Nacional, 
disponível para consulta através do endereço: http://catalogos.br.br. 
O Instituto Nacional do Livro, no período de 1938 a 1972; o Sindicato Nacional 
dos Editores de Livros, no período de 1963 e 1977; as editoras: Estante e Vozes, 
entre 1952 e 1981 também buscaram publicar bibliografias sendo que não tiveram 
um intervalo regular. Editora Nobel publicou, entre 1980 a 1990, seu catálogo 
brasileiro de publicações, primeiramente com o propósito comercial e depois com 
o fim restrito para o público livreiro. 
Representação Descritiva I 
 
35 
Os formatos de intercâmbio de dados têm sido objeto de estudo e a cada dia 
está tendo uma preocupação de desenvolvê-los devido à facilidade de 
transferência de informações e a diminuição de custo. Pode-se destacar o formato 
MARC (Machine Readable Cataloging). O Controle Bibliográfico Universal foi 
acoplado ao programa de desenvolvimento do formato MARC da IFLA, gerando o 
UBCIM (Universal Bibliographic Control and International Marc Core Programme), que 
se manteve como um programa até 2003. 
ISBN, ISSN E DOI 
O ISBN, ISSN E DOI são códigos que foram criados para individualizar cada 
publicação produzida nacionalmente ou internacionalmente. Uma vez atribuído 
um número para uma publicação não poderá ser utilizado para outra. 
O ISBN é utilizado para livros impressos, catálogos de exposição dentre outros 
documentos. No caso do ISSN é utilizado para publicações seriadas, como por 
exemplo: revistas. O DOI é utilizado para identificar documentos em meio digital, 
tais como artigos eletrônicos e outros documentos. 
ISBN 
O controle desta numeração e feita pela Agência Internacional do ISBN, que 
delega os poderes às agencias nacionais. No Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional 
representa desde 1978 a Agência Brasileira, tendo a atribuição de gerar o número 
de identificação dos livros editados no país. 
Quando se fixa uma identificação, só se aplica aquela obra e edição não 
podendo ser jamais utilizada por outra publicação. Este sistema facilita a 
interconexão de arquivos e a recuperação e transmissão de dados em sistemas 
automatizados, por isso é adotado internacionalmente. 
As publicações que recebem o ISBN, segundo as recomendações da Biblioteca 
Nacional, são: agendas predominância de texto e/ou texto e fotografias, ou seja, 
tendo mais informação do que espaço em branco para fazer anotações; os anais, 
seminários, encontros recebem para cada volume,é importante destacar que no 
caso destas obras também recebem ISSN para o título da série que será o mesmo 
para cada volume só mudando o ISBN, precisam estar bem destacados os números 
de ambos; quando os artigos forem individualizados e separados por um editor 
ficarão qualificados como publicação; videoaulas e cursos quando forem 
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educacionais e comercializados; cada capítulo individual separado e 
disponibilizado pelo editor; catálogos de exposição, com texto explicativo; diário 
de bordo com vinculo a projetos educacionais; discursos; guias; livros em fita 
cassete, CD, DVD (audiolivros); livros impressos; mapas com suas escalas 
especificadas; jogos e passatempos infanto-juvenis com intuito de atividades 
educacionais; publicações em Braille; publicações eletrônicas, software educacional 
ou instrutivo; relatórios públicos; cópias digitalizadas de publicação impressa. 
No caso das publicações eletrônicas, seja livro eletrônico, CD Rom ou 
disponível na internet receberá o ISBN caso contenha texto, esteja disponibilizado 
para o público e não tenha intenção de que esta publicação seja um recurso 
continuado. 
Toda obra que tiver uma nova edição; edição em idioma diferente da 
publicação anterior; para cada um dos volumes que integram uma obra em mais 
de um volume e ao conjunto completo da coleção; toda reedição com mudança no 
conteúdo; cada tipo de suporte, tipo de formato, tipo de acabamento e tipo de 
capa; as reimpressões fac-similares; as separatas, caso tenham títulos e paginação 
própria, esses deverão receber um novo número de ISBN. 
Devido à necessidade de aumentar a capacidade do sistema, por causa do 
aumento significativo das publicações, em 2007 o ISBN passou a ter 13 dígitos em 
vez de 10 tendo adotado o prefixo 978. A seguir será demonstrado como é a 
estrutura do ISBN. 
 
 
Fonte: Biblioteca Nacional (2014) 
Disponível em: http://www.isbn.bn.br/website/como-e-onde-utilizar-o-isbn. 
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A localização do número do ISBN é no verso da folha de rosto ou no pé da 
quarta capa, do lado direito junto à lombada. Deve-se ressaltar que atribuição do 
número de identificação do editor é de competência exclusiva da Agência 
Nacional, no caso do Brasil, esta competência é da Fundação Biblioteca Nacional. 
No caso de publicações eletrônicas o ISBN deverá estar disposto de acordo 
com o documento da seguinte forma: na tela de exibição do título; na primeira tela 
de CDs ou publicações on-line; na tela de exibições equivalentes e no caso de 
filmes educativos e/ou instrutivos, dentre outros vídeos nos créditos. 
ISSN 
O ISSN (International Standard Serial Number) e um código numérico que 
individualiza cada título de publicação em série, cujos componentes não tem um 
significado especial em si. Ele e definido pela norma ISO (International Standards 
Organization) 3297. As publicações em series compreendem: as revistas, os jornais, 
as publicações anuais tais como relatórios, anuários dentre outros, as atas de 
sociedades, memórias e qualquer que seja o suporte desde que tenha uma 
periodicidade. 
A rede ISSN (ISSN Network) é uma organização intergovernamental que 
contém 88 centros nacionais e regionais em todo mundo. Esta rede foi criada em 
1971, tendo apoio das Organizações das Nações Unidas para a Educação, Ciência e 
Cultura (UNESCO) e passados três anos foi implantada para apoiar o controle 
bibliográfico mundial das publicações seriadas por meio de um código único, ou 
seja pelo ISSN (International Standard Serial Number). 
Esta rede é coordenada pelo Centro Internacional do ISSN, sua sede fica em 
Paris, tendo mais de um milhão de títulos de publicações seriadas identificadas 
com esse código. Pode-se dizer que é a fonte de informação mais completa de 
publicações seriadas. 
No Brasil, o IBICT se estabeleceu como o Centro Brasileiro do ISSN (CBISSN), 
através de um acordo firmado entre o Centro Internacional do ISSN e o Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ao qual era 
vinculado à época. 
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A distribuição de ISSN é um serviço totalmente gratuito, entretanto para fazer 
o pedido há a necessidade de ter as seguintes informações no formulário que é 
título, editor, data da edição do primeiro número, a periodicidade e o diretor ou 
coordenador da publicação. 
Por ser um código único, o ISSN identifica o título de uma publicação seriada 
durante seu ciclo de existência, ou seja, a fase de lançamento, circulação e 
encerramento da publicação; não importando o idioma ou suporte físico utilizado. 
Ele é composto por oito dígitos distribuídos em dois grupos de quatro dígitos 
cada,separados por hífen e precedido pela sigla ISSN, exemplo: ISSN 1018-4783. 
O ISSN não é obrigatório, entretanto este código é aceito internacionalmente 
para individualizar o título de uma publicação seriada. O número atribuído se torna 
único e exclusivo do título da publicação e seu uso é totalmente padronizado. Isso 
possibilita vantagens ao editor, pois confere rapidez, produtividade, qualidade e 
precisão na identificação e controle da publicação seriada no setor editorial. No 
caso das livrarias, distribuidoras, bancas de jornal, ele agiliza a administração dos 
serviços de vendas e controle dos estoques. 
No caso de serviços institucionais, como Depósito Legal, base de dados e 
bibliotecas, a sua aplicação auxília no controle da produção do país, promove a 
identificação dos títulos, a recuperação e transmissão de dados além de facilitar o 
empréstimo entre bibliotecas, os serviços de indexação e resumos, os serviços de 
aquisição bibliográfica e comutação e a organização de acervos, também facilita a 
transferência de dados e fusão de acervos. 
DOI 
O DOI (Digital object identifier) é um padrão para identificação de documentos 
em redes de computadores, como a Internet. 
Atualmente, cresce a preocupação com a segurança de objetos digitais na 
Internet. Por isso, foi criado o DOI (Digital Object Identifier), um sistema para 
localizar e acessar materiais na web – especialmente, publicações em periódicos e 
obras protegidas por copyright, muitas das quais localizadas em bibliotecas virtuais. 
O DOI representa um sistema de identificação numérico para conteúdo digital, 
como livros, artigos eletrônicos e documentos em geral. Foi desenvolvido 
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recentemente pela Associação de Publicadores Americanos (AAP) com a finalidade 
de autenticar a base administrativa de conteúdo digital. É concebido como um 
número, mas não tem um sistema de codificação pré-definido e também não 
traduz ou analisa esta numeração. O DOI atribui um número único e exclusivo a 
todo e qualquer material publicado (textos, imagens, etc.). 
Este número de identificação da obra é composto por duas sequências: (1) um 
prefixo (ou raiz) que identifica o publicador do documento; (2) um sufixo 
determinado pelo responsável pela publicação do documento. Por exemplo: 
11.1111.1 / ISBN (ou ISSN) O prefixo/raiz DOI é nomeado pela IDF (International DOI 
Foundation), que garante que cada raiz é única. Os livros ou artigos publicados em 
periódicos, por exemplo, provavelmente utilizarão como sufixo o número que já 
consta do ISBN ou ISSN. 
Além de ser um mecanismo utilizado para garantir o pagamento de direitos 
autorais através de um sistema de distribuição de textos digitais, o DOI também é 
útil para auxiliar a localização e o acesso de materiais na web, facilitando a 
autenticação de documentos. 
Recentemente, os livros começaram a entrar nesse sistema, mas já existem 
cerca de três milhões de DOI's em uso, dando referências cruzadas e ativas sobre 
publicações acadêmicas e profissionais on-line. 
No Brasil, a plataforma lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo, utiliza o DOI como uma forma de 
certificação digital das produções bibliográficas registradas pelos pesquisadores 
em seus currículos lattes. Quando um programa navegador encontra um número 
DOI, utiliza o prefixo para encontrar o banco de dados da editora e ali acessa as 
informações relativas ao livro ou ao periódico, que podem incluir dados do 
catálogo, resenhas e links. Este sistema começou a ser utilizado há pouco tempo no 
Brasil, sendo implantado em algumas soluções DRM, como a usada na venda do e-
livro de João Ubaldo Ribeiro. 
 
 
 
CIELE
Realce
CIELE
Realce
Representação Descritiva I 
 
40 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão ajudá-lo a 
fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. 
Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às envie através do nosso ambiente 
virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
Representação Descritiva I 
 
41 
 
Exercícios – Unidade 2 
 
1. (Município de Acarape, CE, 2012)"Pressupõe um domínio completo sobre os 
materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização 
e obtenção" (Campello e Magalhães, 1997) A definição acima se refere à (ao): 
a) Controle bibliográfico. 
b) Controle redacional. 
c) Index. 
d) Classificação decimal universal. 
e) Ciência técnica. 
	
2.(Município de Acarape, CE, 2012): A respeito do controle bibliográfico 
especializado brasileiro, assinale a alternativa correta: 
a) Faz parte de um processo exclusivo, sem a participação de instituições 
reguladoras no processo. 
b) É de total responsabilidade do bibliotecário que atua arbitrariamente, 
uma vez que não existem regras para o processo. 
c) É regulamentado por instituições como o Instituto Brasileiro de 
Bibliografia e Documentação e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e 
Tecnologia. 
d) É de responsabilidade da nação e não do bibliotecário 
CIELE
Realce
Representação Descritiva I 
 
42 
 
3.(Prefeitura Municipal de Botucatu, 2013): Assinale a alternativa que completa 
corretamente os respectivos claros das afirmações: 
I- O código numérico que padroniza a obra internacionalmente e que no Brasil 
tem o registro controlado pela Fundação Biblioteca Nacional é o ________. 
II- O _____ é um código de identificação atribuído a publicações seriadas. 
a) ISBN – ISSN 
b) ISSN – ISBN 
c) RDA – FRBR 
d) FRBR – RDA 
e) ISBN – RDA 
 
4.(Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO, 2013): Na 
estrutura geral de um ISBN, NBR ISO 2108, o quinto e último elemento é chamado 
de: 
a) elemento de sufixo. 
b) grupo de registro. 
c) dígito de verificação. 
d) agência registrante. 
e) elemento de publicação. 
CIELE
Realce
CIELE
Realce
Representação Descritiva I 
 
43 
 
5.(Secretaria Municipal de Educação de Belém/PA, 2012): Marque a alternativa 
que indica os tipos de publicações que recebem o ISBN: 
a) Publicações em Braille. 
b) Jornais. 
c) Anuários. 
d) Boletim. 
e) Relatórios. 
 
6.(USP, 2012): No site www.isbn.bn.br, há um link que apresenta as seguintes 
regras para solicitar o ISBN de uma publicação eletrônica, a saber: 
a)ser uma publicação que seja continuada, permitir acesso restrito e conter 
texto. 
b) conter texto, estar disponível ao público e não haver intenção de que a 
publicação seja um recurso continuado. 
c) permitir acesso restrito, não haver intenção de que a publicação seja um 
recurso continuado e conter imagens. 
d) estar disponível ao público, não conter texto e conter imagens. 
 
7.(Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, 2013): Qual o 
sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros 
segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os, inclusive por 
edição? 
a) ISSN. 
b) CCN. 
c) BN. 
d) PNBU. 
e) ISBN. 
CIELE
Realce
CIELE
Realce
Representação Descritiva I 
 
44 
 
8.(Guarda Municipal do RJ, 2013): Um novo ISSN será atribuído a um periódico, 
caso ocorra a seguinte situação: 
a) atualização de endereço. 
b) alteração na periodicidade. 
c) mudança de título. 
d) mudança de editora . 
 
9.Explique o Controle Bibliográfico Universal. 
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Representação Descritiva I 
 
45 
10.Explique o que é DOI (Digital Object Identifier) 
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Representação Descritiva I 
 
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Representação Descritiva I 
 
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Representação de Dados 
Bibliográficos e Catalográficos 3
Representação Descritiva I 
 
48 
 
Caro Aluno, 
Nessa terceira unidade, pretende-se entender as formas de representação de 
dados bibliográficos e catalográficos, além de visualizar as áreas que compõe uma 
ficha catalográfica e entender o formato MARC 21. 
 
Objetivos da unidade: 
 Entender o que é catalogação 
 Entender a estrutura do AACR2 segunda edição 
 Conhecer as áreas da descrição bibliográfica 
 Compreender o formato MARC 21 
 
Plano da unidade: 
 O que é catalogação? 
 O que é AACR2? 
 Quais são as áreas de uma ficha catalográfica? 
 O que é formato MARC 21? 
 
Bem-vindo à unidade 3! 
Representação Descritiva I 
 
49 
A representação descritiva realizada em biblioteca ou centro de informação e 
usualmente denominada de catalogação. Inicialmente para fazer a catalogação 
existe a necessidade de identificar o tipo de documento para fazer uma leitura 
técnica do mesmo. Este documento pode estar em diversos tipos de suportes, 
como foi visto anteriormente na unidade 1 deste livro. 
A catalogação é um instrumento de comunicação entre o usuário e o 
documento. Por isso Mey (1995, p. 7) destaque que para esta comunicação 
aconteça precisa ter as seguintes características “integridade, clareza, precisão, 
lógica e consistência”. Segundo Mey (1995, p. 5) “catalogação é o estudo, 
preparação e organização de mensagens codificadas, com base em itens existentes 
ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir interseção 
entre as mensagens contidas nos itens e as mensagens internas dos usuários”. 
De acordo com Siqueira (2003, p. 37) 
 
A catalogação é uma forma de representação sucinta e padronizada de 
um item documentário, que tem como objetivo ampliar as formas de 
acesso a um documento facilitando tarefas e os processos de localização 
de documentos e informações. Por isso, destacamos a importância do 
desenvolvimento de métodos e processos que garantam a qualidade 
das formas de representação para a catalogação e a sua aceitação. 
 
Os dados bibliográficos (catalográficos) são um conjunto de elementos (autor, 
título, local da edição e outros dados empregados na descrição bibliográfica) que 
representam um documento específico. 
A catalogação é composta por descrição bibliográfica, pontos de acesso e 
dados de localização. Isso fica evidenciado quando Mey (1995, p. 38) afirma “a 
catalogação compreende três partes: descrição bibliográfica, pontos de acesso e dados 
de localização”. A descrição bibliográfica é uma das etapas da catalogação, 
entretanto algumas vezes poderá aparecer como sinônimos. Mey (1995, p.43) 
define descrição bibliográfica com sendo “representação sintética e codificada das 
características de um item, de forma a torná-lo único entre os demais”. 
 
 
 
Representação Descritiva I 
 
50 
Segundo Correa (2008, p.20) 
 
A catalogação, como mecanismo essencial para a padronização e 
descrição das informações, é construída a partir de regras que ofereçam 
o máximo de padronização e minimizem as interpretações individuais, 
procurando garantir a unicidade do item informacional representado e, 
ao mesmo tempo, sua universalidade. 
 
Tanto pode se falar da descrição bibliográfica como produto quanto um 
processo ou operação. Ela enquanto processo realiza as seguintes etapas: descreve 
fisicamente o documento ou material que está sendo analisado, ou seja, o tipo de 
documento como visto anteriormente; identifica os elementos do documento seja 
o documento como um todo e as partes ou itens bibliográficos distintos que o 
compõem; e também faz a indicação das relações bibliográficas com elementos 
descritivos de outros documentos. 
Enquanto produto é definido como um conjunto organizado de informações 
acerca de determinado documento, destinado a fornecer uma descrição única 
deste documento, não ambígua, permitindo sua identificação em catálogos e 
bases de dados. 
E muito importante o uso de código normalizado para ter uma padronização 
dos procedimentos em um sistema de informações, visto que possibilita dar 
consistência e qualidade ao sistema, pois fornece registros coerentes entre si e 
índices de acesso com mesmo padrão; além de viabilizar a cooperação entre 
unidades de informação, facilita os processos de informatização e diminui a 
necessidade de tomar decisões individuais para cada documento a ser catalogado. 
 
Estrutura do AACR2R segunda edição 
O Código de Catalogação Anglo-Americanosegunda edição (AACR2R) está 
dividido em parte 1 e parte 2. Neste momento não existe a preocupação em 
comentar as principais regras de cada capítulo que o compõe, visto que isto será 
objeto de estudo de Representação descritiva II. A ideia é apresentar a estrutura 
para facilitar os futuros estudos, ou seja, criar um alicerce. 
Representação Descritiva I 
 
51 
Na parte 1, que é organizado de acordo as áreas do ISBD, a descrição dos 
documentos está dividida em 13 capítulos. A tabela abaixo mostra os capítulos e 
do que se trata. 
Partes do AACR2, 
Volume 1 
Conteúdo abordado 
Capítulo 1 Regras gerais para descrição 
Capítulo 2 Livros, folhetos e folhas soltas 
Capítulo 3 Materiais cartográficos 
Capítulo 4 Manuscritos (incluindo coleções manuscritas) 
Capítulo 5 Música 
Capítulo 6 Gravações de som 
Capítulo 7 Filmes cinematográficos e gravações de vídeo 
Capítulo 8 Materiais gráficos 
Capítulo 9 Recursos eletrônicos 
Capítulo 10 Artefatos tridimensionais e realia 
Capítulo 11 Microformas 
Capítulo 12 Recursos contínuos 
Capítulo 13 Análise, que prepara um registro bibliográfico que foi descrito 
uma parte ou partes de um item para o qual foi dada a entrada 
mais ampla 
Fonte: Tabela elaborada pela autora. 
 
A parte 2 está dividida em 6 capítulos, 6 apêndices e um índice. Devo informar 
que começa com o capítulo 21, portanto não segue a ordem lógica de seguir 
contagem da numeração da parte 1, para melhor visualização também se mostrará 
a estrutura através de uma tabela a seguir. 
Partes do AACR2, volume 2 Conteúdo abordado 
Capítulo 21 Escolha dos pontos de acesso 
Capítulo 22 Cabeçalhos para pessoas 
Capítulo 23 Nomes geográficos 
Capítulo 24 Cabeçalhos para entidades 
Capítulo 25 Títulos uniformes 
Capítulo 26 Remissivas 
Apêndice A Regras da utilização das letras maiúsculas e minúsculas 
Apêndice B Regras das abreviaturas 
Apêndice C Regras de como utilizar os numerais 
Apêndice D Glossário 
Representação Descritiva I 
 
52 
 
Partes do AACR2, volume 2 Conteúdo abordado 
Apêndice E Artigos iniciais 
Apêndice F Escreve sobre apêndice à tradução brasileira 
Índice 
Fonte: Tabela elaborada pela autora. 
 
Devido o aparecimento da Internet e a utilização e intercâmbio crescentes de 
recursos eletrônicos houve uma necessidade de repensar as regras existentes no 
AACR de 1978. Por isso três capítulos tiveram alterações substanciais, a saber: 
capítulo 3 que trata de materiais cartográficos; capítulo 9 que trata de recursos 
eletrônicos e capítulo 12 que fala de recursos contínuos. 
Analisando o AACR2R pode perceber que está aplicado a todo tipo de 
material, entretanto não está adaptado aos recursos digitais e às tecnologias de 
informação. Mesmo não tendo a preocupação em estudar cada regra existente no 
AACR2R, serão abordadas a seguir as áreas que compõe uma ficha catalográfica e 
os pontos de acesso, pois facilita ter uma noção ampla do assunto. 
 
Áreas da ficha catalográfica 
A ficha catalográfica é uma ficha que contém as informações necessárias para 
identificar um tipo de documento, ela mede 7,5 cm de altura por 12,5 cm de 
largura, essas dimensões são padronizadas internacionalmente. Ele é uma 
representação documentária que resultou do uso das tecnologias disponíveis na 
época de seu desenvolvimento, hoje com o uso do computador surgiram novas 
estratégias de desenvolvimento catalográfico. De acordo com Siqueira (2003, p. 
36). 
 
A funcionalidade prática de uma ficha catalográfica se destaca no 
processo de identificação e recuperação do documento, visto que a 
mesma apresenta uma forma de representação descritiva do 
documento. Na prática, o usuário pode chegar até o documento após 
fazer uma pesquisa nas fichas catalográficas disponíveis no catalogo da 
unidade de informação. Em uma unidade de informação automatizada, 
a disponibilidade ocorre em catálogos online. 
 
 
 
Representação Descritiva I 
 
53 
As fichas catalográficas continuaram existindo entre um processo de transição 
entre o processo manual para o processo automatizado. Visto que como todo 
processo há um período em que as tecnologias andam lado a lado até que sejam 
consolidadas por completo as novas realidades. Também se deve ter em mente 
que ainda há lugares que têm dificuldade de ter acesso às novas tecnologias e por 
isso continuam utilizando as mesmas tecnologias. 
Neste momento o que se pretende é que saiba e consiga identificar quais são 
as áreas que compõe uma ficha catalográfica para quando for estudar já ter uma 
visão geral. A ficha catalográfica, na qual se apresenta logo a seguir, foi baseada 
nos elementos que compõe cada área e com a pontuação correspondente; 
também se buscou mostrar a posição do número de classificação de Cutter e o 
local que aparece o ponto de acesso e onde se colocam os assuntos, outros 
autores, títulos e série, que são a base para fazer os desdobramentos da ficha 
quando houver necessidade, visto que hoje em dia na base de dados não precisa 
ser feita mais de uma ficha. 
Para uma melhor compreensão será demonstrado através de uma ficha 
catalográfica a seguir cada área que a compõe, entretanto devo informar que na 
matéria Representação Descritiva II estudará em profundidade cada regra dessas 
áreas. 
Número 
de Cutter Ponto de acesso principal (autor pessoa ou entidade) 
 
Título principal [designação geral do material] = primeiro título equivalente : 
outras informações sobre o título / primeira indicação de responsabilidade ; cada 
uma das indicações subsequentes de responsabilidade. – Edição / primeira 
indicação de responsabilidade relativa à edição. – Detalhes específicos do 
material (ou tipo de publicação). – Primeiro lugar de publicação etc. : Primeiro 
editor etc., data da publicação etc. 
Extensão : Ilustrações ; Dimensões + Material adicional. – (Título principal da 
série / Responsabilidade relativa à série, ISSN da série ; numeração dentro da 
série. Título da subsérie, ISSN da subsérie ; numeração dentro da subsérie) 
 
Notas. (Cada nota deve ser indicada em um novo parágrafo) 
ISBN: Modalidades de aquisição 
 
1. Assuntos. I. Outros autores, colaboradores, tradutores, ilustradores etc. , 
Títulos e Série. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Representação Descritiva I 
 
54 
Segundo Cunha (2008, p. 21) áreas quando se refere à descrição bibliográfica é 
 
Campo ou zona onde são incluídos os dados de uma categoria ou de 
um conjunto de categorias, necessários à identificação de um 
documento, isto é, à descrição ou registro bibliográfico. As áreas são de 
título e responsabilidade; de edição de material e tipo de publicação; 
publicação, distribuição, data e outros elementos pertinentes; descrição 
física; de série; de notas; de número normalizado de aquisição; campo 
(ISBD), zona (ISBD). 
 
Visando facilitar a visualização das áreas da ficha catalográfica, a seguir será 
mostrado o quadro elaborado por Ribeiro, que descreve cada área e os elementos 
que a compõe. 
Áreas 
Cada seção da descrição, 
compreendendo dados de uma 
categoria particular ou de um 
conjunto. 
Elementos 
Palavras, frase ou grupo de caracteres 
representado uma unidade distinta de 
informação, fazendo parte de uma área. 
1.1 Título e indicação de responsabilidade 1. Título principal 
2. Título equivalente 
3. Outras informações sobre o título 
4. Indicação de responsabilidade 
1.2 Edição 1. Indicação de edição 
2. Indicação de responsabilidade da edição 
3. Edições subsequentes 
1.3 Detalhes específicos do material 
(ou do tipo de publicação) 
Materiais cartográficos, Música, Recursos 
eletrônicos, Microformas (em alguns casos), 
Recursos contínuos. 
1.4 Publicação, distribuição etc. 1. Lugar da publicação, distribuição etc. 
2. Nome do editor, distribuidor etc. 
3. Data da publicação, distribuição etc. 
4. Lugar de fabricação, fabricante, data. 
1.5 Descrição física 1. Extensão 
2. Outros detalhes físicos 
3. Dimensões 
4. Material adicional

Outros materiais