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Meios Alternativos de resolução de conflitos

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FASA - FACULDADE SANTO AGOSTINHO
ROBERTA ANDRADE BARROS
MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: Principais obstáculos no acesso à justiça no Brasil 
VITORIA DA CONQUISTA
2020
FASA - FACULDADE SANTO AGOSTINHO
ROBERTA ANDRADE BARROS
MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: Principais obstáculos no acesso à justiça no Brasil 
Atividade escrita apresentada como pré-requisito para obtenção parcial de pontuação, agregada a apresentação oral. 
Professor: Jackson Apolinário Yoshiura 
VITORIA DA CONQUISTA
2020
É de suma importância para a organização social a solução de conflitos por meios amistosos. Com esse objetivo, é atribuída ao Estado competência de jurisdicionar para que as divergências sejam resolvidas na forma da lei, que por sua vez uniformiza o processo. No entanto, embora o acesso à justiça é um direito garantido constitucionalmente, ela encontra alguns entraves para sua efetivação, como as diferenças socioeconômicas e o acumulo de ações judiciais nas mãos das autoridades competentes. Neste trabalho, vamos tratar sobre o inciso XXXV, do artigo 5º da Constituição Federal que versa do Princípio do Acesso à Justiça e fazer uma breve análise a forma como se dá alguns dos obstáculos encontrados por quem busca a resolução de suas dissensões por meio do Poder Judiciário no nosso pais.
O Título II, Capítulo I da Constituição Federal de 1988 traz no quinto artigo os Direitos e Garantias Fundamentais que são salvaguardados a brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. O texto do artigo 5º, inciso XXXV traz expressamente que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Este é tratado como Princípio do acesso à justiça e visto como um desdobramento do dever de jurisdição do Estado, que possui a competência de dirimir conflitos e por sua vez não os pode recusar sem que ao menos examine a demanda. Após a apreciação é livre o provimento pois, este, depende da análise do mérito da lide, da defesa apresentada pelo réu, da produção de provas, dentre outros fatores.
Não há como negar a necessidade de intervenção do Estado na resolução de determinados conflitos, porém, variados fatores dificultam ou prejudicam o acesso de alguns cidadãos a justiça. A desigualdade socioeconômica está entre as principais causas, visto que para que seja custeada uma demanda judicial é necessário gozar de recursos financeiros. No entanto, além do acesso à justiça, é também princípio constitucional, a isonomia, que garante, no decorrer de todo o processo, igualdade entre as partes como forma de esmaecer essa diferença social. Também, o Código de Processo Civil, traz no caput do artigo 98 que:  “A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei” beneficiando aqueles que não possuem condições financeiras de arcar com o processo com a Justiça gratuita, como se lê na letra da lei. 
Outro aspecto a ser observado é que, estando a solução de conflitos única e exclusivamente em poder do Estado a demanda acabou se tornando superior ao número de profissionais designados pelo Poder Judiciário para apreciação dos conflitos. Visando a redução no número de processos na justiça brasileira, o Novo Código de Processo Civil, que entrou em vigência no ano de 2016, trouxe como novidade em seu artigo 3º a permissão da arbitragem, conciliação e mediação que são vistos como meio de solução de conflitos quando, expressamente por vontade das partes houver acordo de solução da lide sem que haja envolvimento do poder judiciário em si, esta tarefa estará nas mãos de um terceiro, na chamada arbitragem. 
O Poder Judiciário vem buscando meios para tornar justiça mais acessível e a solução dos conflitos mais efetiva. O Conselho Nacional de Justiça – CNJ - através do “Relatório Justiça em Números”, divulga, anualmente, utilizando, como base os dados do ano anterior o fluxo processual no sistema de justiça brasileiro, incluindo o tempo de tramitação dos processos, os indicadores de desempenho e produtividade, as estatísticas por matéria do direito, além de números sobre despesas, arrecadações, estrutura e recursos humanos. Nas palavras do Ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli. “O relatório traduz-se em importante instrumento de controle democrático do Judiciário. O conhecimento de dados precisos acerca do Judiciário possibilita a formulação e a execução de políticas mais adequadas e efetivas no aprimoramento da atividade judicial em nível nacional”. Vê-se, portanto, que há uma busca pela efetividade no acesso à justiça e na resolução dos conflitos. 
REFERÊNCIAS
https://www.trilhante.com.br/curso/formas-alternativas-de-resolucao-de-disputas
https://www.editorajc.com.br/justica-em-numeros-2020-nova-edicao-confirma-maior-produtividade-do-judiciario/

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