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Técnicas de remoção de secreções brônquicas

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Técnicas de remoção de secreções brônquicas
Chapter · January 2016
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Immediate effects of smoking on aerobic capacity and recovery of excess post-exercise oxygen consumption after maximum physical effort in smokers View project
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Ercy Ramos
São Paulo State University
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Dionei Ramos
São Paulo State University
82 PUBLICATIONS   530 CITATIONS   
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Ana Paula Coelho Figueira Freire
São Paulo State University
71 PUBLICATIONS   120 CITATIONS   
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Fabiano Lima
São Paulo State University
34 PUBLICATIONS   51 CITATIONS   
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https://www.researchgate.net/publication/290974141_Tecnicas_de_remocao_de_secrecoes_bronquicas?enrichId=rgreq-6a0df40a1d0f59caeb4f8d4cbf0f895c-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI5MDk3NDE0MTtBUzozMTkyNTQwMzE3MzI3MzZAMTQ1MzEyNzUwMDczOA%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
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 ■ INTRODUÇÃO 
É comum, na prática diária da fisioterapia respiratória, a utilização de técnicas que visam à remoção 
de secreção brônquica, principalmente em pacientes hipersecretivos.1 Para evitar o acúmulo de 
secreções, é necessário que haja um equilíbrio entre integridade do sistema mucociliar, fluxo 
expiratório e eficácia do mecanismo de tosse. No caso de disfunção dessas variáveis, pode 
ocorrer um quadro hipersecretivo. 
O quadro hipersecretivo pode decorrer, principalmente, de:2 
 ■ pneumopatias; 
 ■ disfunção neuromuscular; 
 ■ internações por longos períodos; 
 ■ complicações pós-operatórias.
Dessa forma, as técnicas de “higiene brônquica” têm o objetivo de auxiliar a mobilização e a 
eliminação de secreções, melhorando as trocas gasosas e evitando complicações de um quadro 
de pneumopatia previamente instalado.3
ERCY MARA CIPULO RAMOS
DIONEI RAMOS 
ANA PAULA COELHO FIGUEIRA FREIRE
FABIANO FRANCISCO DE LIMA
JULIANA SOUZA UZELOTO
TÉCNICAS DE REMOÇÃO DE 
SECREÇÕES BRÔNQUICAS
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 ■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor estará apto a:
 ■ compreender os mecanismos fisiológicos de remoção de secreção brônquica;
 ■ conhecer as classificações das técnicas de remoção de secreção brônquica;
 ■ conhecer as particularidades das técnicas de remoção de secreção brônquica;
 ■ compreender as aplicações, as indicaçõese as contraindicações das técnicas de remoção de 
secreção brônquica.
 ■ ESQUEMA CONCEITUAL
Casos clínicos
Ação da gravidade Drenagem postural ou posicionamento
Contraindicações
Posições
Efeitos da drenagem postural
Conclusão
Mecanismos fi siológicos 
responsáveis pela eliminação de 
secreção brônquica
Aspectos técnicos
Aumento do fl uxo expiratório 
lento e aumento do fl uxo 
expiratório brusco
Aumento do fl uxo expiratório
Tosse
Tosse dirigida
Tosse assistida
Técnica de expiração forçada
Oscilação de alta frequência
Flutter VRP1®, Shaker e 
Acapella
Ventilação intrapulmonar 
percussiva
Oscilação de alta frequência da 
parede torácica
Drenagem autógena Aspectos técnicos
Ciclo ativo da respiração Aspectos técnicos
Aspectos técnicos
Contraindicações
Compressão torácica
Expiração lenta total com a glote 
aberta em decúbito infralateral Aspectos técnicos
Alteração de fl uxo
Aspectos técnicos
Contraindicações
Choque mecânico Percussões torácicas manuais
Aspectos técnicosVibratoterapia
Tapotagem
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 ■ MECANISMOS FISIOLÓGICOS RESPONSÁVEIS PELA 
ELIMINAÇÃO DE SECREÇÃO BRÔNQUICA
O trato respiratório é constantemente exposto a diferentes tipos de agentes nocivos que entram 
em contato direto com a mucosa respiratória, como microrganismos e poluentes atmosféricos. 
Para a manutenção da homeostasia desse delicado e complexo sistema, o trato respiratório 
dispõe de um sofisticado mecanismo de defesa: o aparelho mucociliar.4 
O funcionamento adequado do transporte mucociliar depende da estrutura, da sincronia e da 
frequência do batimento ciliar, da quantidade e da qualidade da secreção brônquica e da perfeita 
interação entre esses componentes.4-6 
Em casos de hipersecreção (produção diária acima de 100mL),7 o transporte mucociliar encontra-
se comprometido, pois a produção aumentada do muco, com características reológicas 
(propriedades físico-químicas do fluido, tais como a viscoelasticidade e a adesividade) de mais 
difícil remoção pela atividade ciliar, culminam em seu acúmulo, criando um ambiente de cultura 
para microrganismos.8,9 
O fluxo aéreo também contribui para a limpeza traqueobrônquica, através da sua interação com 
o muco presente nas vias aéreas. Essa interação, no sentido de descolar o muco, torna-se mais 
efetiva quando o fluxo, de característica laminar, passa a ser turbulento.10 
Se o ar flui por um tubo reto de forma rítmica, o fluxo é definido como laminar, e 
pode ser considerado como um conjunto de lâminas concêntricas, de forma que as 
laminas centrais apresentam maior velocidade; já as lâminas que estão em contato 
com a parede do tubo apresentam velocidade mínima.11 
No fluxo turbulento, as partículas misturam-se seguindo trajetórias não paralelas, formando 
vários redemoinhos; assim, apresentam interações com a parede do tubo, o que gera uma onda 
mecânica que acarretará em interação do fluxo aéreo com a presença de muco nas paredes das 
vias aéreas, com consequente poder de limpeza (Figura 1). 
Fluxo laminar
Fluxo turbulento
Figura 1 – Fluxos: laminar e turbulento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
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A limitação do fl uxo aéreo nas vias aéreas pode comprometer o efetivo transporte do 
muco pulmonar, difi cultando a remoção de secreção brônquica.10,11 
Com o aumento da taxa de fl uxo aéreo, o muco pode ser descolado e deslocado no sentido do 
fl uxo, provocando o movimento das secreções no interior das vias aéreas.10 
A tosse é um mecanismo protetor das vias aéreas e uma reação de defesa da árvore 
traqueobrônquica, das pleuras, das vísceras e do pericárdio. Portanto, é uma ação refl exa de 
defesa do organismo, com a fi nalidade de remover substâncias estranhas inaladas, nocivas à 
saúde, além de eliminar acúmulo de secreção retida no interior da árvore brônquica. 
A tosse está presente nos casos em que há comprometimento do transporte mucociliar por 
aumento da camada de muco, por alterações de suas propriedades viscoelásticas ou por perda 
da integridade estrutural da parede brônquica (Figura 2).12
Transporte 
mucociliar
Fluxo 
expiratórioTosse
Figura 2 – Mecanismos fi siológicos responsáveis pela eliminação de 
secreção brônquica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
Desde 1994, após a publicação das recomendações da Conferência do Consenso de Lyon, houve 
uma coerência quanto à forma de classifi cação e de denominação das técnicas de remoção de 
secreção mais utilizadas e estudadas pelas 250 referências bibliográfi cas internacionais coletadas 
pelos organizadores do consenso.12
Assim, as técnicas de remoção de secreção podem ser classifi cadas quanto ao emprego:
 ■ da ação da gravidade para drenar ou para deslocar as secreções de segmentos pré-
determinados da árvore traqueobrônquica; 
 ■ de ondas de choque ou de choque mecânico na parede torácica;
 ■ da compressão do gás ou das variações do fl uxo expiratório, favorecendo a interação gás-líquido.
É importante deixar claro que a classifi cação da Conferência do Consenso de Lyon contempla as 
técnicas de remoção de secreção mais utilizadas, mas, certamente, as técnicas que não foram 
mencionadas encontram-se relacionadas com os meios de emprego citados anteriormente.
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 ■ AÇÃO DA GRAVIDADE 
DRENAGEM POSTURAL OU POSICIONAMENTO
As drenagens posturais (DPs) ou simplesmente posturas têm como objetivo remover secreções 
brônquicas das regiões periféricas para as regiões centrais dos pulmões pelo emprego da ação da 
gravidade. Dessa forma, o posicionamento do paciente favorece a remoção de secreção por meio 
das forças gravitacionais. 
A verticalização dos brônquios segmentares ou lobares facilita a remoção de 
secreção localizada nas regiões ventiladas por esses brônquios.13
LEMBRAR
Além da mobilização das secreções, as posturas favorecem a abertura de brônquios e de alvéolos, 
melhorando a interação gás-líquido, e inibem a formação de microatelectasias, principalmente em 
indivíduos acamados, torporosos e prematuros.14
A DP aplicada de forma isolada tem seu efeito reconhecido nos quadros de bronquiectasia do tipo 
sacular. Contudo, a DP é considerada uma técnica que potencializa e que auxilia na efetividade de 
muitas outras técnicas e raramente é utilizada de forma isolada, podendo, assim, ser associada 
com outras práticas. 
A DP deve ser indicada principalmente para pacientes com hipersecreção de muco 
brônquico e com dificuldade de expectoração.15 
LEMBRAR
Outro aspecto importante a ser citado sobre a DP é que a ventilação das diferentes zonas 
pulmonares é dependente da postura, e esse efeito é utilizado para evitar o acúmulo de secreção 
em indivíduos acamados.
Portanto, a DP é basicamente embasada pelo princípio da gravidade, e por isso auxilia na 
mobilização da secreção brônquica. Essa técnica é considerada simples, sendo amplamente 
utilizada nas condutas fisioterapêuticas e, na maioria das vezes, associada a outras técnicas e 
também como ação paliativa à imobilidade.
O tempo e a frequência para aplicação da DP ainda são controversos. Embora o tempo necessário 
de DP varie para cada indivíduo, estima-se que sua aplicação efetiva pode promover a remoção 
de secreções entre 10 e 20 minutos. 
A DP deve ser realizada de 3 a 4 vezes ao dia, para manter a região afetada livre de 
secreção, de acordo com as condições clínicas do paciente.16 
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Para a aplicação da DP, deve-se considerar que existe uma tendênciapara acúmulo de secreções 
nas áreas mais distais da árvore brônquica. Assim, nos casos de acúmulo de secreção em 
áreas pulmonares basais, para se obterem os efeitos gravitacionais da técnica, deve-se empregar 
o posicionamento em que o quadril do paciente fique mais elevado que os ombros, o chamado 
posicionamento invertido. 
Com o posicionamento invertido, favorece-se o direcionamento da secreção para áreas 
traqueobrônquicas mais proximais com maior calibre e, em conjunto com a realização de padrões 
ventilatórios e de técnicas de tosse, promove-se a eliminação de secreções. Assim, a escolha 
do posicionamento a ser empregado vai depender da ausculta pulmonar e condições clínicas do 
paciente.13,15
A acentuada inclinação, por vezes empregada em um determinado decúbito, é inadequada, e a 
maioria dos pacientes a considera desconfortável. Os decúbitos laterais são necessários para a 
efetividade de algumas técnicas de fluxo expiratório controlado. Cada posição adequada de DP 
deve, de forma ideal, ser mantida até que a área afetada esteja livre de secreções.15,16
Contraindicações
A DP é contraindicada nos seguintes casos: 
 ■ hemoptise; 
 ■ hipertensão arterial acentuada; 
 ■ edema cerebral; 
 ■ aneurismas da aorta e do cérebro; 
 ■ cardiopatias associadas com arritmia ou edema pulmonar;
 ■ doenças do esôfago ou diafragma que produzam refluxo do conteúdo gástrico;
 ■ pacientes hemodinamicamente instáveis.
Em muitos casos de asma aguda e de enfisema acentuado, a dispneia aumenta quando 
se utiliza a posição de DP para as bases pulmonares. Deve-se ter cautela na aplicação 
da DP em pacientes em terapia intensiva, aos quais, quando indicada, recomenda-se 
níveis de elevação menos acentuados.
Entretanto, é interessante relatar que a maioria dos estudos, ao mesmo tempo em que apresentam 
novas formas de tratamento fisioterapêutico visando à “higiene brônquica”, continuam utilizando a 
DP como uma técnica padrão em associação com manobras de tapotagem e com a técnica de 
expiração forçada (TEF), com o objetivo de aumentar a eficácia do ato tussígeno.
Efeitos da drenagem postural
São efeitos da DP:
 ■ melhora da relação ventilação/perfusão (V/Q);
 ■ melhora da oxigenação;
 ■ melhora do pico de fluxo expiratório.
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Posições
A ausculta pulmonar e a condição clínica são determinantes da seleção das posições de drenagem:
 ■ de 10° a 15° para as áreas correspondentes ao lobo médio e à língula;
 ■ de 20° a 30° para as bases pulmonares;
 ■ caso o paciente apresente dispneia nos graus estabelecidos, deve-se diminuir a angulação 
para maior conforto do paciente, ainda que isso possa tornar a aplicação da técnica menos 
eficiente;
 ■ para os ápices pulmonares, o paciente deve ser posicionado em posição semissentada.
ATIVIDADE
1. Quais são os mecanismos fisiológicos responsáveis pela eliminação de secreção 
brônquica?
A) Complacência pulmonar, fluxo expiratório e tosse.
B) Retração pulmonar, transporte mucociliar e volume expiratório.
C) Transporte mucociliar, fluxo expiratório e tosse.
D) Volume expiratório, fluxo expiratório e retração pulmonar.
Resposta no final do artigo
2. Qual é o objetivo das técnicas de “higiene brônquica”?
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 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
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3. Qual é a diferença conceitual entre os fluxos laminar e turbulento?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
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4. Como podem ser classificadas as técnicas de remoção de secreção? Justifique sua 
resposta.
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5. Por quantas vezes ao dia deve ser realizada a DP para manter a região afetada livre 
de secreção?
A) 1 a 2.
B) 2 a 3.
C) 3 a 4.
D) 4 a 5.
Resposta no final do artigo
6. Para quais pacientes a DP é contraindicada?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
7. A ausculta pulmonar e a condição clínica são determinantes da seleção das posições 
de drenagem, sendo:
A) de 10° a 20° para as áreas correspondentes ao lobo médio e à língula, e de 25° a 
30° para as bases pulmonares.
B) de 10° a 15° para as áreas correspondentes ao lobo médio e à língula, e de 20° a 
30° para as bases pulmonares.
C) de 10° a 15° para as bases pulmonares, e de 20° a 30° para as áreas correspondentes 
ao lobo médio e à língula.
D) de 10° a 20° para as bases pulmonares e de 25° a 30° para as áreas correspondentes 
ao lobo médio e à língula.
Resposta no final do artigo
 ■ ALTERAÇÃO DE FLUXO 
Sabe-se que o muco é sensível às velocidades elevadas; em vista dessa característica, o possível 
efeito destrutivo do fluxo aéreo sobre o muco é de grande interesse. Quando uma oscilação de alta 
frequência (OAF) é aplicada sobre o muco, a viscosidade aparente é reduzida e essa degradação 
é irreversível. Esse achado é de grande valor na interação fluxo aéreo-muco no processo de 
remoção de secreção brônquica.17 
COMPRESSÃO TORÁCICA
A compressão torácica (CT) pode ser entendida como uma compressão passiva do gradil costal 
do paciente, realizada na fase expiratória, com o objetivo de deslocar as secreções localizadas em 
brônquios de menor calibre para os de maior calibre. 
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Em pacientes hipersecretivos e hiperinsuflados, a CT pode ser uma excelente técnica, pois a 
desinsuflação, mesmo que momentânea, auxilia na remoção de secreção e melhora a oxigenação. 
Consequentemente, o paciente sente-se aliviado, principalmente quando a compressão é realizada 
sem prolongar ou encurtar o tempo expiratório do paciente. 
A CT pode ser aplicada com associação de outras técnicas, como, por exemplo, a 
vibratoterapia, percussões torácicaspara facilitar a condução de secreções soltas 
na luz brônquica. 
LEMBRAR
A vibratoterapia funciona como um coadjuvante, principalmente quando não se pode contar com 
a colaboração do paciente para tosse assistida ou para TEF, como acontece nos casos de torpor, 
de prematuridade e em casos de comprometimento motor.
Durante a aplicação da CT, para garantir sua efetividade, o paciente deve estar com o 
tronco firmemente apoiado, em decúbito dorsal ou lateral, principalmente em crianças, 
pela maleabilidade do tórax.17
Aspectos técnicos 
A CT é realizada pelo fisioterapeuta durante o período expiratório do paciente, portanto, deve 
acompanhar o movimento expiratório das costelas. 
É importante que a CT facilite a “desinsuflação” sem causar opressão ao movimento 
torácico inspiratório. Para tanto, é preciso que o fisioterapeuta realize a compressão em 
sincronia com o ato respiratório do paciente. 
A CT pode ser realizada com o paciente em decúbito dorsal, em Fowler (sentado a mais ou menos 45o) 
e em decúbitos laterais. Em decúbito dorsal, o fisioterapeuta pode realizar a compressão com as 
duas mãos nas regiões superior e inferior do tórax (Figuras 3A-D). 
A
C
B
D
Figura 3 – Pressão expiratória: A) em ápices, inspiração; B) expiração; C) em bases inspiração; D) expiração.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores. 
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Quando a CT é realizada na região inferior do tórax, as mãos devem estar colocadas no sentido 
anteromedial, de forma que os dedos indicadores fiquem próximos às axilas. Dessa forma, ao 
executar a manobra, ao final da expiração, as mãos do fisioterapeuta não avançarão sobre o 
abdome do paciente. O paciente colaborativo pode participar da CT deixando os lábios e os dentes 
semiabertos, para facilitar a desinsuflação. 
Contraindicações
A técnica de CT realizada com compressão exagerada pode provocar fraturas ou luxações 
torácicas, principalmente em pacientes com tórax senil ou raquíticos. 
A CT com compressão exagerada deve ser evitada em pacientes com:
 ■ história de pneumotórax espontâneo; 
 ■ derrame pleural; 
 ■ edema agudo de pulmão; 
 ■ fratura de costelas.
TOSSE
A eficiência da tosse espontânea pode estar alterada em várias situações. Assim, uma vez que o 
fisioterapeuta tenha avaliado a necessidade da tosse terapêutica, fatores como grau de colaboração, 
nível de consciência e condições hemodinâmicas do paciente, além da avaliação da localização 
da secreção pulmonar e da avaliação da força dos músculos expiratórios são fundamentais para 
direcionar a escolha do tipo ou da modalidade de tosse que deverá ser empregada.
A expulsão brusca e poderosa de ar promovida pela tosse desempenha um papel ímpar e 
fundamental na eliminação das secreções mobilizadas pelas demais técnicas de “higiene 
brônquica”. Por isso, ela está presente, associada em todos os protocolos de atendimento 
fisioterapêutico que visam avaliar a efetividade de técnicas de remoção de secreção brônquica.
Parece haver um consenso de que a tosse, em suas modalidades, é eficaz nos pacientes com 
grande quantidade de secreção. No entanto, deve ser observado que a depuração é mais eficaz 
na eliminação de secreções de vias aéreas centrais.18,19 
Tosse dirigida
A tosse dirigida recebeu também a denominação de tosse técnica ou controlada, mobilizando alto 
volume (iniciada na capacidade pulmonar total) ou baixo volume (iniciada na capacidade residual 
funcional). Ela é intencional, ensinada e visa mimetizar as características da tosse espontânea 
eficaz. Dessa forma, a tosse dirigida tenta compensar as limitações físicas que comprometem a 
tosse reflexa.1,19,20 
Segundo a American Association for Respiratory Care20 (AARC), a tosse é eficaz quando o 
paciente é cooperativo. Os indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) avançada 
ou com restrições ventilatórias severas podem apresentar dificuldades no sucesso da tosse por 
serem incapazes de gerar elevados fluxos expiratórios.21 Ainda, existem os casos de dor ou de 
medo de senti-la durante a tosse, fazendo com que o indivíduo execute a tosse de forma ineficaz. 
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As características reológicas e de hidratação do muco podem comprometer a tosse 
eficaz.
O controle desses fatores é fundamental para que todo o gasto de energia necessário para cada ato 
tussígeno seja recompensado pela eliminação de secreção. A oxigenoterapia é um complemento 
indispensável da tosse dirigida, até mesmo em nível ambulatorial, em pacientes que dessaturam.
Pacientes com DPOC, na maioria das vezes, dessaturam com facilidade e, quando hipersecretivos, 
precisam lançar mão de esforços para executar a tosse. Sendo assim, parece sensato associar 
ao protocolo de remoção de secreções brônquicas técnicas de posicionamento e de controle da 
respiração, além de exercícios de fortalecimento dos músculos expiratórios.20
Aspectos técnicos
A tosse dirigida é executada de maneira mais eficaz quando o paciente está sentado, pois essa 
posição facilita a expiração e a compressão torácica. O paciente pode, ainda, realizar uma 
pequena inclinação anterior do tronco, com os ombros rodados internamente e os antebraços 
relaxados ou apoiados. 
Na técnica da tosse dirigida, os pés do paciente devem estar apoiados, para intensificar o suporte 
abdominal e torácico. Uma posição alternativa é o decúbito dorsal, com a cabeceira elevada, com 
flexão dos joelhos e com o apoio dos pés sobre o colchão.
Após o posicionamento para a tosse dirigida, o paciente é orientado a realizar um ato inspiratório 
profundo seguido do fechamento da glote, contração dos músculos abdominais e, por fim, a 
expulsar o ar em alta velocidade. Quando o paciente apresentar tendência ao broncoespasmo, 
essa última etapa pode ser fracionada, evitando o fechamento brusco e colapso brônquico.14,21
Técnica de expiração forçada
A TEF é considerada uma variação da tosse dirigida com o objetivo de auxiliar na remoção de 
acúmulo de secreção brônquica e de minimizar a compressão dinâmica e o colapso das vias aéreas 
decorrentes da expulsão brusca e forçada do ar. A TEF possibilita a eficiência da expectoração do 
muco sem que ocorra aumento da obstrução do fluxo aéreo. 
A característica básica da TEF é a presença do huff, expulsão forçada de ar, porém não violenta, 
gerada a partir da contração dos músculos abdominais com a glote aberta. Tal técnica pode variar 
quanto ao volume mobilizado. 
Um huff de médio para baixo volume pulmonar promove a eliminação de secreção localizada em 
regiões mais distais da árvore traqueobrônquica, enquanto um huff de maior volume mobiliza as 
secreções situadas nas vias aéreas mais próximas à traqueia.2,14
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Aspectos técnicos 
A TEF é uma combinação de um ou dois esforços expiratórios (huffs), realizados com a glote 
aberta, partindo da capacidade inspiratória média e chegando à capacidade residual funcional, 
seguidos de um período de relaxamento, preferencialmente com respiração diafragmática.1,7,17,20
Tosse assistida
A tosse assistida é um recurso não invasivo empregado nos casos em que os pacientes são 
incapazes de expulsar forçadamente o ar para remover as secreções brônquicas. Podem-se citar 
os pacientes com comprometimentos neuromusculares, no pós-operatório imediato de cirurgias 
torácicas e abdominais altas, e pouco colaborativos.
A tosse assistida também pode ser reconhecida como tosse cinética ou terapêutica. A técnica 
necessita da compressão manual do fi sioterapeuta sobre o tórax do paciente quando o paciente 
tenta tossir. Nesse momento, é de fundamental importância queo fi sioterapeuta acompanhe com 
as mãos o tempo e o movimento expiratório do paciente. 
Deve-se lembrar que a técnica da tosse assistida deve ser um estímulo e uma assistência sem 
causar incômodos e desconforto ao paciente. Ela está contraindicada em gestantes e nos casos 
de afecções abdominais agudas, aneurisma da aorta abdominal e hérnia de hiato.13,19
Aspectos técnicos 
Na tosse assistida, o paciente deve inspirar profundamente (fase de preparação) ou ser auxiliado 
por meio da aplicação de uma pressão positiva inspiratória durante a assistência ventilatória 
não invasiva. Ao fi nalizar a inspiração, o fi sioterapeuta deve aplicar uma rápida pressão manual, 
durante a fase expiratória, sobre a margem costal lateral ou sobre o epigástrio. 
Para maior efeito da técnica da tosse assistida, o paciente deve permanecer sentado e, durante 
a compressão, realizar uma inclinação anterior do tronco (fase de expiração brusca). O 
fi sioterapeuta pode variar a posição das mãos durante a técnica colocando a mão que exerce a 
pressão na região posterossuperior do tórax do paciente e a outra fi xa anteriormente ao tórax, para 
proteger e evitar o deslocamento ou a queda do paciente para frente.7
A fase de preparação e a fase de expiração brusca da tosse assistida podem ser vistas nas 
Figuras 4A e B, respectivamente.
A B
Figura 4 – Tosse assistida: A) fase de preparação; B) fase de expulsão brusca. 
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
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AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO
A técnica do aumento do fluxo expiratório (AFE) consiste em uma expiração ativa ou passiva 
associada a um movimento toracoabdominal sincronizado, gerado pela compressão manual do 
fisioterapeuta durante a fase expiratória. Dessa maneira, promove-se um esvaziamento passivo 
do ar presente nos pulmões, facilitando o deslocamento das secreções. 
A técnica do AFE foi sugerida e apresentada por Barthe, em 1976, como tratamento 
de remoção de secreções de crianças com mucovisiodose. 
LEMBRAR
O princípio físico da técnica do AFE baseia-se na Lei de Poiseuille, a qual estabelece que a 
resistência ao fluxo de ar em um tubo é inversamente proporcional à quarta potência do raio do 
tubo. A velocidade do fluxo é variável e a amplitude está relacionada com o diâmetro da via aérea. 
Assim, quando se pretende mobilizar secreções de pequenos calibres, aplica-se a técnica do 
AFE em baixa velocidade. Já com fluxo expiratório elevado, há mobilização de secreções de vias 
aéreas proximais. 
Esses conceitos precisam ser mais estudados, principalmente porque vivenciam-se situações 
estruturais pulmonares comprometidas e é bastante incerto avaliar o quanto é fluxo alto ou baixo 
em indivíduos com lesões de parede brônquica, por exemplo. 
Na prática, nota-se que a técnica do AFE é efetiva quando há grande volume de 
secreção e é realizada de forma passiva, em indivíduos sem distensão abdominal.
LEMBRAR
A forma passiva da técnica do AFE é, normalmente, realizada em crianças sem nível de colaboração; 
a ativa-assistida consiste em o paciente realizar a expiração com a glote aberta, necessitando do 
terapeuta na pressão manual, e a ativa consiste na participação plena do paciente.14,20
Aspectos técnicos 
Quando há a participação do fisioterapeuta na execução da técnica do AFE, o paciente deve 
permanecer na posição supina ou em decúbito elevado e, ao expirar (forma passiva), ou estimulado 
a expirar (forma ativa-assistida), a compressão manual do fisioterapeuta deve acontecer com uma 
das mãos na região torácica e a outra na região abdominal. 
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Na técnica do AFE, a mão no tórax realiza a compressão oblíqua, de cima para baixo, de frente 
para trás, e a mão abdominal realiza o movimento oblíquo, de baixo para cima, de frente para 
trás7,14,22 (Figuras 5A e B).
A B
Figura 5 – AFE: A) fase inicial; B) fase de compressão ou aumento do fluxo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
Aumento do fluxo expiratório lento e aumento do fluxo expiratório brusco
A manobra do AFE realizada de forma mais lenta tem como objetivo mobilizar secreções de 
vias aéreas de pequenos calibres. A expiração prolongada favorece a ação de cisalhamento, de 
interação gás-líquido. 
O prolongamento do tempo expiratório também potencializa o mecanismo de transporte, além 
de promover hiperventilação. A manobra mais brusca aumenta o fluxo expiratório e favorece a 
mobilização de secreções localizadas em vias aéreas de médios e grossos calibres. 
OSCILAÇÃO DE ALTA FREQUÊNCIA
A técnica de OAF compreende a combinação de pressão positiva expiratória (PEP), que consiste 
na aplicação de uma resistência ao fluxo aéreo durante a fase expiratória, com o propósito de 
manter uma pressão positiva na via aérea, e OAF, que pode ser produzida por meio de dispositivos 
durante a expiração. 
Entende-se por oscilação o movimento vibratório rápido de pequenos volumes de ar 
para frente e para trás na árvore traqueobrônquica. 
Com frequências de 12 a 25Hz, as OAFs desempenham o papel de “mucolítico” físico,2,5 uma 
vez que essas frequências podem atuar na frequência de deformação do muco por meio da 
propriedade de tixotropismo, que é a capacidade do muco de se fluidificar progressivamente, 
após ser submetido a uma agitação constante.4 
Na verdade, esse é o propósito dos instrumentos Flutter VRP1®, Shaker e Acapella, empregados 
para produção de OAF nas vias aéreas. Outro modo de aplicação de OAF interna nas vias aéreas 
é a ventilação intrapulmonar percussiva (VIP). 
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A OAF das vias aéreas também pode ser aplicada externamente, isto é, na parede 
torácica. Essa técnica é denominada de compressão da parede torácica de alta 
frequência.23
LEMBRAR
Flutter VRP1®, Shaker e Acapella 
Os dispositivos Flutter VRP1®, Shaker e Acapella, de oscilação, são uma alternativa cada vez mais 
utilizada para o tratamento tradicional na fisioterapia respiratória. São bem aceitos pelos pacientes 
e permitem o uso não supervisionado.7,23
Os dispositivos Flutter VRP1® e Shaker têm objetivos e propostas semelhantes, porém são de 
fabricantes distintos. Entre os dois, o Flutter VRP1® está há mais tempo no mercado e já foi mais 
estudado. 
No entanto, os efeitos da aplicação dos dispositivos Flutter VRP1® e Shaker necessitam de maior 
investigação. De custo inferior ao dos coletes e ao do ventilador percussivo, tais dispositivos vêm 
sendo observados em estudos comparativos. 
Apesar de a aplicação ser aparentemente simples, a efetividade do Flutter VRP1® e do 
Shaker depende:
 ■ do grau de cooperação do paciente; 
 ■ do posicionamento das peças bucais; 
 ■ do tipo de fluxo expiratório realizado pelo paciente. 
Em vários estudos compreendendo o uso do Flutter VRP1®, há o consenso de que é um 
aparelho criado para facilitar a remoção de secreção, garantindo independência aos pacientes, 
especialmente aos mais jovens, sendo mais popular na Europa e na América do Norte e menos 
utilizado em outras regiões. 
Aspectos técnicos
O Flutter VRP1® foi desenvolvido na Suíça e combina as técnicas da PEP com as oscilações de 
alta frequência na abertura das vias aéreas.7,21,23 O Shaker é uma alternativa nacional ao Flutter 
VRP1® e apresenta características semelhantes. Ambos são instrumentos portáteis, com formato 
de cachimbo, e são constituídos por quatro peças principais. 
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O Flutter é composto por: 
 ■ uma peça bucal que constitui o corpo do aparelho; 
 ■ um cone de material autolubrificante;■ uma esfera de aço inoxidável; 
 ■ um capuz removível perfurado. 
No Shaker, a peça bucal é separada do corpo do aparelho e apresenta diferenças quanto às 
dimensões de suas peças em relação ao Flutter. Uma vantagem do Shaker é o baixo custo, 
quando comparado ao Flutter (Figuras 6A-C).24
A B C
Figura 6 – A) Shaker.B) Flutter. C) Acapella.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
O movimento de subir e descer da esfera de aço a cada expiração gera uma pressão positiva 
oscilatória controlada e interrupções do débito expiratório de frequência regulável. Esse movimento 
oscilatório envia para a árvore brônquica, em um fundo de pressão ligeiramente positiva, impulsos 
de pressão positiva nitidamente mais intensos.22,23 
Assim, o débito não é diminuído, pois fica submetido a fases sucessivas de aceleração e 
desaceleração que são a base do “efeito flutter”. Esse efeito determina variações do calibre dos 
brônquios, o que diminui a aderência das secreções à parede brônquica e promove a clearance 
das vias aéreas, alterando a reologia das secreções. 
Para um rendimento ótimo, é importante que o paciente adote uma posição adequada, respeitando 
os ângulos de funcionamento do dispositivo. Para que a vibração sentida no tórax seja máxima 
e induza a uma vibração bronquial máxima, é necessário que a gama de frequência de oscilação 
permitida pelo dispositivo durante a expiração corresponda ao espectro das frequências de 
ressonância pulmonar naturais (entre 6 e 26Hz).7,14,23
A frequência de ressonância de um pneumopata depende de alguns fatores, dentre eles: 
 ■ volume pulmonar; 
 ■ elasticidade dos tecidos; 
 ■ grau de obstrução das vias aéreas; 
 ■ condutância. 
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Cada doente adotará uma inclinação em sua posição com relação ao aparelho, 
de modo que sua frequência esteja “afinada” com a frequência de oscilação do 
aparelho.
LEMBRAR
O dispositivo Acapella foi desenvolvido pela DHD Healthcare (Wampsville, New York), e inclui dois 
tipos: 
 ■ um para pacientes que não conseguem manter um fluxo expiratório superior a 15L/min por três 
segundos (azul); 
 ■ um para os pacientes que conseguem manter o fluxo expiratório superior ou igual a 15L/min 
durante pelo menos três segundos (verde). 
O Acapella pode ser usado em qualquer posição, pois seu mecanismo para geração 
de PEP e oscilações do fluxo utiliza força de atração magnética, não sendo, portanto, 
dependente da gravidade. Na porção posterior do aparelho, há um mecanismo para 
ajustar a frequência de oscilação e a resistência ao fluxo expiratório.25 
LEMBRAR
Segundo Santos e colaboradores,24 os dispositivos Flutter VRP1®, Shaker e Acapella podem 
produzir a pressão e a oscilação que são recomendadas para ajudar no transporte de secreções 
respiratórias. No entanto, o Flutter e o Shaker apresentam diferenças na geração de PEP em 
relação ao Acapella.
Oscilação de alta frequência da parede torácica 
A oscilação de alta frequência da parede torácica (OAFPT) consiste na utilização de um gerador 
de pulso de ar variável e de um colete inflável não distensível, que envolve o tronco do paciente 
(colete ThAIRapy). 
O sistema de OAFPT funciona alternando a entrada e a saída de ar no colete ThAIRapy por um 
gerador de pulso de ar, com alta frequência, causando oscilação repercutida na parede torácica. 
Apesar de aparentemente simples, os resultados dos estudos ainda são conflitantes e não dão 
total suporte ao emprego da técnica de OAFPT.
Quando selecionada como técnica de remoção de secreção brônquica, a OAFPT deve 
ser realizada em 30 minutos, com variação de frequência oscilatória de 5 a 25Hz. A 
aplicação pode ser repetida de 1 a 6 vezes ao dia. 
Outro dispositivo, o oscilador Hayard (Breasy Medical Equipment, Conn) funciona de maneira 
semelhante ao colete ThAIRapy. No entanto, o colete é substituído por um escudo conhecido 
como “casco de tartaruga”, acoplado à parede anterior do tórax. Esse escudo é conectado ao 
gerador de pressão negativa/positiva, capaz de produzir oscilações de até 15Hz de frequência. 
Assim como o colete ThAIRapy, o escudo necessita de investigações científicas complementares. 
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Ventilação intrapulmonar percussiva
A VIP consiste na utilização de um dispositivo pneumático que proporciona uma série de 
miniliberações de gás pressurizado em frequência de 100 a 225 ciclos por minuto (1,6 a 3,75Hz). 
Esse sistema gera, através de um bucal, oscilações intrabrônquicas. O controle de cada ciclo é 
feito de forma manual, mantendo uma pressão positiva constante nas vias aéreas. 
O dispositivo da VIP contém um nebulizador pneumático que libera aerossol com ou sem 
medicação. Estudos utilizando a VIP observaram efeitos satisfatórios na mobilização de secreções 
e melhora da ventilação, quando comparado às técnicas convencionais.
ATIVIDADE
8. Como a CT pode ser entendida?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
9. Como o paciente deve ser posicionado durante a aplicação da técnica de compressão 
torácica?
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10. Em que consiste a TEF?
 ...........................................................................................................................................
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11. Como deve ser aplicada a técnica da tosse assistida?
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12. Descreva as principais informações relacionadas à técnica de AFE.
 ...........................................................................................................................................
 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
13. Em relação ao Flutter VRP1®, qual alternativa melhor descreve esse dispositivo e os 
seus efeitos sobre o aparelho respiratório?
A) Utiliza uma OAF em associação a uma pressão positiva que resulta em vibração da 
camada de muco, abertura dos brônquios e diminui o colapso das vias aéreas.
B) Utiliza uma oscilação de média frequência em associação a uma pressão positiva, 
que resulta em vibração da camada de muco, abertura dos brônquios e diminui o 
colapso das vias aéreas.
C) Utiliza uma oscilação de baixa frequência em associação a uma pressão positiva 
que resulta em mobilização da camada de muco, abertura dos brônquios e diminui 
o colapso das vias aéreas.
D) Nenhuma das respostas está correta.
Resposta no final do artigo
14. Conforme o texto, “Quando selecionada como técnica de remoção de secreção 
brônquica, a OAFPT deve ser realizada em ....... minutos com variação de frequência 
oscilatória de 5 a .....Hz. A aplicação pode ser repetida de 1 a ..... vezes ao dia”. Qual 
das alternativas contém as opções que completam corretamente as lacunas?
A) 20 minutos; 20; 4.
B) 20 minutos; 25; 6.
C) 30 minutos; 20; 4.
D) 30 minutos; 25; 6.
Resposta no final do artigo
15. Como funciona a ventilação intrapulmonar percussiva?
 ...........................................................................................................................................
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DRENAGEM AUTÓGENA 
A drenagem autógena (DA) utiliza inspirações e expirações lentas, de forma ativa, controladas 
pelo paciente, que iniciam no volume de reserva expiratório e chegando até o volume de reserva 
inspiratório. Dessa forma, tenta-se mobilizar, inicialmente, secreções de vias aéreas distais e, 
posteriormente, de vias aéreas mais proximais. A DA foi desenvolvida no final dos anos 1960, 
combinando controle respiratório com padrões ventilatórios em vários volumes pulmonares. 
A DA apresenta a limitação de necessitar da colaboração efetiva do paciente. Portanto, 
deve ser evitada em crianças e em indivíduos dispneicos. David (1991)26 observou que 
a DA necessita de 10 a 20 horas de aprendizagem, realizadas em sessões diárias de 30 
a 45 minutos, duas vezes ao dia. 
Na prática, a aplicação da DA não é frequente e, de fato, depende da frequência e 
da dedicação do paciente no controle de seus fluxos aéreos.
LEMBRAR
Aspectos técnicos 
Com o paciente sentado ou semissentado, a DA é descrita em três fases: descolar, coletar e 
eliminar (Figura 7).27
Fase 1 (descolar)
VRI CPT
VC
VR
VRE
Fase 2 (coletar) Fase 3 (eliminar)
Figura 7 – DA.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
A fase “descolar” da DA é caracterizada por respirações com volumes pulmonares baixos, 
mobilizando muco periférico. A segunda fase, “coletar”, é realizada com respirações no volume 
corrente, coletando muco das vias aéreas mediais e, por fim, as respirações com volumes 
pulmonares mais altos, com o objetivo de “eliminar” ou “expelir” (terceira fase) secreções das vias 
aéreas centrais. Em seguida, solicita-se que o paciente execute um huff a partir de alto volume 
pulmonar, eliminando, assim, secreções localizadas na traqueia.
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CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO
A técnica do ciclo ativo da respiração é uma combinação da TEF, do controle da respiração e de 
exercícios de expansão torácica. Sendo assim, a técnica do ciclo ativo da respiração é efetiva na 
remoção de secreções, evitando o efeito indesejável de obstrução do fluxo aéreo, que pode estar 
presente durante a TEF isolada. 
Com a técnica do ciclo ativo da respiração, a prevenção do broncoespasmo é conseguida pelo 
controle da respiração e pela utilização da respiração diafragmática com volumes correntes 
“normais”. Durante a fase de expansão torácica, na qual ocorrem inspirações profundas com 
expirações relaxadas, podem ser associadas as vibrações e as percussões torácicas. 
A fase de expansão torácica do ciclo ativo da respiração visa promover o deslocamento de 
secreções, otimizar a ventilação, impedir a dessaturação de oxigênio, além de garantir o 
volume de ar necessário para que a TEF ocorra com a menor obstrução do fluxo aéreo possível.17,27
Aspectos técnicos 
Na técnica do ciclo ativo da respiração, o paciente pode estar sentado ou em decúbitos ou em 
posições específicas de drenagem. A sequência da combinação compreende:
 ■ relaxamento e controle da respiração;
 ■ repetição de 3 a 4 exercícios de expansão torácica;
 ■ relaxamento e controle respiratório;
 ■ repetição de 3 a 4 exercícios de expansão torácica;
 ■ repetição do controle da respiração e do relaxamento;
 ■ execução de 1 ou 2 técnicas de expiração forçada;
 ■ encerramento com o controle da respiração e com o relaxamento.
Os aspectos técnicos da técnica do ciclo ativo da respiração podem ser vistos na Figura 8.
1. Controle da 
respiração
7. Controle da 
respiração
5. Controle da 
respiração
6. Huff
7. Controle da 
respiração
2. Expansão 
torácica (3 a 4)
4. Expansão 
torácica (3 a 4)
Figura 8 – Ciclo ativo da respiração.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
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 O tempo de execução do ciclo ativo da respiração, como em qualquer técnica de 
fluxo expiratório ou compressão do gás, depende da quantidade de secreção, da 
localidade da secreção e da fadiga do paciente.
LEMBRAR
EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA EM DECÚBITO INFRALATERAL 
A expiração lenta total com a glote aberta em decúbito infralateral (ELTGOL) é uma técnica proposta 
pelo fisioterapeuta belga Guy Postiaux e consiste em realizar uma expiração lenta total com a glote 
aberta, estando o paciente com a região a ser desobstruída em decúbito homolateral. 
Poucos estudos sobre os efeitos da aplicação da ELTGOL foram realizados. Talvez, 
por esse motivo, sua aplicabilidade não seja muito frequente na maioria dos serviços.
LEMBRAR
A escolha do decúbito lateral para a execução da ELTGOL é caracterizada por uma redução 
progressiva e completa do calibre e do comprimento de toda a árvore brônquica infralateral. 
Isso caracteriza um aumento da desinsuflação pulmonar durante o tempo expiratório e acentua 
a mobilidade do diafragma do lado apoiado. A ELTGOL tem sido descrita como eficiente para 
remoção de secreção brônquica.28
Aspectos técnicos 
Na ELTGOL, o paciente deve estar em decúbito homolateral ao lado que se deseja remover 
secreções e realizar uma expiração lenta e progressiva, com a glote aberta. Para auxiliar nesse 
processo, sugere-se o emprego de uma peça bucal entre os dentes do paciente. 
Para realização da ELTGOL, o fisioterapeuta se posiciona atrás do paciente e, com uma das 
mãos, envolve o mais amplamente possível o hemiabdômen infralateral e auxilia por meio de 
uma pressão lenta dirigida de baixo para cima em direção ao ombro contralateral no período 
expiratório do paciente, acompanhando até obter uma completa deflação dopulmão infralateral. 
Na ELTGOL, a outra mão do fisioterapeuta, espalmada sobre a parede costolateral oposta, realiza 
um contra-apoio. Após várias repetições, o paciente é orientado a realizar a tosse dirigida ou 
técnica (Figuras 9A e B).
A B
Figura 9 – ELTGOL: A) fase inicial; B) fase de compressão abdominal infralateral.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
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Quando o paciente não pode permanecer em decúbito lateral, a técnica recebe a 
denominação de ELTGO.
LEMBRAR
 ■ CHOQUE MECÂNICO 
VIBRATOTERAPIA 
A vibratoterapia, ou vibração, como denominada pelo Consenso de Lyon, pode ser realizada 
manualmente pela tetanização dos músculos agonistas e antagonistas do antebraço ou 
mecanicamente com a utilização de aparelhos elétricos que produzem vibração na parede torácica 
do paciente.
Deve-se considerar vibração como o efeito, e não como a denominação de uma técnica, uma vez 
que as técnicas de percussão torácica também visam promover vibração no interior das vias aéreas. 
Na realidade, essas vibrações tentam atingir a propriedade de tixotropismo do muco brônquico, 
deixando-o mais fluido e com baixa viscoelasticidade, pela constante agitação mecânica. 
O muco apresenta uma frequência de deformação, a qual é atingida, fisiologicamente, 
pelo batimento rítmico ciliar. Assim, quando a vibratoterapia é realizada na frequência 
adequada, acredita-se que a remoção do muco seja facilitada. 
Além disso, uma frequência vibratória adequada pode se aproximar da frequência de batimento 
ciliar (13Hz), ampliando a motilidade ciliar. No entanto, o fato está em o fisioterapeuta possuir 
habilidade e experiência na aplicação da vibratoterapia. 
Na prática, percebe-se que determinados fisioterapeutas apresentam habilidade nata para a 
realização da vibratoterapia, podendo se considerarem privilegiados. Em outros profissionais, 
mesmo com interesse e dedicação, a habilidade vibratória é insuficiente para promover o tremor 
vocálico sempre presente quando se solicita ao paciente que pronuncie qualquer palavra durante 
a execução da técnica. 
Talvez, por isso, ainda são contraditórios os achados de vários estudos utilizando a vibratoterapia. 
Sabe-se, ainda, que, embora cada fisioterapeuta tenha controle sobre sua própria técnica, há 
grande variação na sua execução em termos de magnitude e de padrão de forças aplicadas.29
Os vibradores mecânicos e as almofadas podem substituir ou ser associados à vibratoterapia 
manual. Porém, na maioria das vezes, são menos eficientes, pelo desgaste dos equipamentos e, 
no caso das almofadas, por não apresentarem contornos anatômicos específicos ou individuais 
para cada tórax. Com isso, seus efeitos vibratórios acabam por atingir segmentos corporais 
desnecessários, causando incômodo ao paciente. 
Já os coletes vibratórios da vibratoterapia devem ser usados com precaução em 
pacientes com doença das pequenas vias aéreas, porque eles podem ser mais 
propensas ao colapso.12,14,29
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Aspectos técnicos 
A vibratoterapia manual é aplicada, preferencialmente, na fase expiratória, e o fisioterapeuta deve 
colocar as mãos na região selecionada pela ausculta pulmonar. As mãos executam uma leve 
pressão na região torácica, necessária para potencializar o efeito vibratório, que é produzido pela 
tetanização dos músculos agonistas e antagonistas do antebraço e repercutido para as palmas da 
mão do terapeuta e para o tórax do paciente.
Na vibratoterapia, a utilização da pressão exige que o fisioterapeuta acompanhe a movimentação 
do gradil costal durante a expiração para frente e para baixo. Para tanto, a localização das suas 
mãos durante a execução da vibratoterapia para regiões mediais e basais bilaterais é muito 
importante, pois, se elas forem localizadas, inicialmente, muito abaixo das axilas, o movimento 
do gradil fará com que as mãos fiquem, ao final da expiração, muito próximas ao abdômen, o que 
poderá causar dor e desconforto ao paciente e vibração de estruturas extratorácicas. 
A vibratoterapia pode ser feita de forma mais localizada nas regiões do tórax, como se as mãos do 
fisioterapeuta simulassem um vibrador mecânico e, quando necessário, promovessem a vibração 
em regiões correspondentes a lobos ou a segmentos pulmonares.
A utilização da pressão na vibratoterapia e a técnica realizada de forma mais localizada na 
região do tórax, que compreendem os aspectos técnicos da vibratoterapia, podem ser vistas, 
respectivamente, nas Figuras 10A-D. 
A
C
B
D
Figura 10 – Vibratoterapia manual: A) início da manobra; B) término da manobra; C-D) vibratoterapia manual localizada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
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Embora a vibratoterapia seja amplamente utilizada, os estudos sobre seus efeitos são conflitantes. 
Apesar disso, a vibratoterapia não possui contraindicações absolutas, devendo-se ter cuidados e 
precauções pertinentes ao conforto e aos sinais clínicos do paciente. Por outro lado, o profissional 
necessita ter a habilidade necessária para sua realização. 
A literatura a respeito da vibratoterapia ainda é escassa; seria necessário realizar sua validação 
e estabelecer protocolos rígidos relativos exclusivamente a esse método, uma vez que, nos 
trabalhos publicados até o presente momento, essa técnica foi sempre associada a outras técnicas 
denominadas convencionais.
PERCUSSÕES TORÁCICAS MANUAIS
As percussões torácicas manuais (PTMs) são ondas de choque mecânico sobre a parede 
torácica, principalmente na região a ser tratada (correspondente à ausculta de ruídos adventícios 
pulmonares). Pretende-se, com essas percussões, promover vibrações direcionadas aos espaços 
aéreos e ao tapete mucoso, tentando, com isso, atingir a frequência de deformação do muco e 
sua remoção.
Das modalidades de aplicação de percussões torácicas, a tapotagem foi e é a mais 
utilizada, existindo também a punho-percussão, dígito percussão e a percussão 
cubital. 
LEMBRAR
Nas PTMs, pode-se dizer que a forma como as ondas mecânicas são transmitidas ao pulmão se 
assemelha a círculos que se espalham na água para fora do ponto onde se atira uma pedra em 
uma direção única, no caso os pulmões, de um único ponto, as mãos do fisioterapeuta.12,14 Seu 
objetivo é promover a liberação das secreções da parede das vias aéreas.19 
Na realidade, como o modo de aplicação e a frequência de percussões nas PTMs ainda mereçam 
estudos, parece claro que, em estando as secreções devidamente hidratadas pela nebulização 
prévia, o afrouxamento do muco da parede brônquica pode ser conseguido com percussões 
torácicas adequadas, sendo mais eficientes em pacientes com grande quantidade de secreção 
em vias aéreas proximais, e podem ser úteis ainda como estímulo de tosse. 
As PTMs não podem ser pensadas como método único para a “higiene brônquica”. 
São necessários estudos com metodologia aceitável para verificar, de forma mais 
precisa, tanto os mecanismos de ação como a sua eficácia.
LEMBRAR
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Como já foi dito, a tapotagem foi a percussão torácica mais estudada durante toda a história da 
fisioterapia respiratória, e por isso será destacada mais à frente. Porém, é necessário registrar 
que, na prática, a punho-percussão, apesar de pouco utilizada, quando aplicada com as duas 
mãos simultaneamente, apresenta um efeito vibratório mais intenso. Isso pode ser confirmado 
observando o tremor vocálico durante a aplicação da tapotagem e da punho-percussão, solicitando 
aemissão de sons pelo paciente (Figuras 11A e B).14,27
A B
Figura 11 – A-B) Punho-percussão com punhos alternados (480 a 520 percussões).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
TAPOTAGEM
A tapotagem é uma técnica fisioterapêutica que consiste em o fisioterapeuta percutir com as 
mãos em forma de concha na parede torácica e, com isso, produzir uma onda de energia que é 
transmitida através dessa parede para as vias aéreas.
Considera-se que o efeito mecânico da tapotagem afrouxa o muco das paredes brônquicas, 
parecendo ser mais eficaz quando a técnica é associada a exercícios de expansão torácica do 
que quando associada à respiração em volume corrente normal. Deve-se percutir ou tapotar sobre 
a roupa ou outro tecido, para evitar a irritação da pele.7,14,27
Na prática, a tapotagem parece ser bastante eficaz, principalmente em pacientes com hipersecreção 
e na ausência de broncoespasmo, uma vez que, após sua execução, pode-se observar aumento 
da expectoração com melhora da ausculta e até reaparecimento de murmúrio vesicular em 
regiões onde encontrava-se ausente.
O fato de ser amplamente utilizada em algumas regiões fez com que a tapotagem fosse confundida 
ou se tornasse sinônimo de percussão torácica. Atualmente, a tapotagem é mais utilizada do que 
assumida, apresentando contraindicações específicas e genéricas que devem ser consideradas. 
Aspectos técnicos 
A tapotagem deve ser aplicada com as mãos em forma de concha, nas regiões torácicas 
correspondentes aos lobos ou aos segmentos pulmonares, direcionados pela ausculta pulmonar. 
O tórax do paciente deve estar envolto por uma toalha fina, para minimizar o impacto da percussão 
e evitar hiperemia (Figuras 12A e B). 
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A B
Figura 12 – A-B) Tapotagem com as duas mãos alternadas (480 a 520 percussões).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
Na tapotagem, o paciente deve ser orientado, sempre que possível, a inspirar pelo nariz e a expirar 
pela boca, o que faz com que o volume corrente seja discretamente aumentado para favorecer 
uma boa ventilação dos espaços aéreos acometidos por acúmulo de secreção, evitando possíveis 
colabamentos de parede brônquica. 
Durante a aplicação da tapotagem, devem-se respeitar as estruturas ósseas proeminentes do 
tórax anterior e posterior (clavículas, escápulas, apófises espinhosas da coluna vertebral, costelas 
flutuantes), bem como a região das mamas nas mulheres. 
A tapotagem pode ser realizada tanto na inspiração quanto na expiração. Aqueles que a utilizam 
somente na expiração justificam tal atitude pelo fato de que, na fase expiratória, as secreções já 
descoladas são facilmente deslocadas para as regiões mais proximais da traqueia, favorecendo 
sua eliminação. 
Por outro lado, ao se aplicar a tapotagem durante a inspiração, o movimento aéreo levaria as 
secreções para as regiões mais distais dos pulmões. No entanto, quando aplicada continuamente 
durante as fases do ciclo ventilatório, o efeito da tapotagem é intensificado pela ritmicidade das 
percussões e pela propagação do efeito vibratório.
Um ritmo de 240 a 260 percussões por minuto na tapotagem parece ser o mais eficiente 
para produzir um efeito vibratório capaz de afrouxar o muco da parede brônquica por 
interferência no tixotropismo do muco. 
Quando se realiza a tapotagem com as duas mãos, simultaneamente, o efeito é ampliado. Todavia, 
há um maior desgaste físico do fisioterapeuta. Por isso, a técnica deve ser associada a outras 
menos exaustivas e que proporcionem um tempo de recuperação para o fisioterapeuta. 
O importante é deixar claro que, apesar de ser amplamente utilizada e, por muitos, questionada 
e até mesmo proscrita, a tapotagem necessita ser investigada não só quanto ao seu efeito, mas 
também em relação à sua aplicação (número de percussões por minuto e tempo de emprego). 
Em estudos sobre a análise da viscoelasticidade do muco brônquico expectorado após 
DP, tapotagem e TEF, observou-se que, quando a tapotagem foi aplicada em 22 pacientes 
bronquiectásicos, continuamente, com as duas mãos simultaneamente, em três séries de 20 
minutos, o muco expectorado apresentou um comportamento mais viscoelástico, o que significa 
dizer que a técnica removeu um muco que dificilmente seria eliminado somente pela tosse.7,12,14
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Contraindicações
A tapotagem deve ser evitada após as refeições e em indivíduos portadores de: 
 ■ osteoporose; 
 ■ edema agudo de pulmão; 
 ■ fraturas de costelas; 
 ■ tumores do pulmão e do mediastino; 
 ■ tuberculose pulmonar; 
 ■ pulmão sibilante;
 ■ broncoespasmo; 
 ■ dispneia; 
 ■ hemoptise; 
 ■ cardiopatias graves; 
 ■ derrame pleural; 
 ■ pneumotórax; 
 ■ crise asmática; 
 ■ enfisema subcutâneo. 
O conhecimento das principais contraindicações à técnica da tapotagem torna sua 
aplicação segura.
LEMBRAR
ATIVIDADE
16. Trata-se de manobra de compressão do gás cujo objetivo é aumentar o fluxo 
expiratório. Deve ser realizada com a glote aberta e pode ser realizada em fluxos 
altos e baixos. Tais descrições fazem parte de qual procedimento?
A) Ciclo ativo da respiração.
B) DA.
C) AFE.
D) TEF.
Resposta no final do artigo
17. Na DA, como é realizada a fase “coletar”?
A) A baixos volumes, e o objetivo é mobilizar secreções periféricas.
B) A volume corrente, e o objetivo é mobilizar as secreções de vias aéreas mediais.
C) A altos volumes, e o objetivo é mobilizar secreções de vias aéreas centrais.
D) A volume corrente, e o objetivo é mobilizar as secreções periféricas.
Resposta no final do artigo
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18. Sobre as técnicas de remoção de secreção, qual é a alternativa correta?
A) A DA é uma técnica de remoção de secreção brônquica ativa, que utiliza respirações 
em diferentes volumes pulmonares.
B) O ciclo ativo da respiração combina o dispositivo de OAF, exercícios diafragmáticos, 
exercícios de reexpansão pulmonar e TEF, podendo associar a manobras de 
percussão e de vibração.
C) A ELTGOL utiliza os mesmos princípios da DP e tem por objetivo a reexpansão 
pulmonar.
D) A TEF tem a finalidade de remoção de secreção brônquica e é indicada para recém-
nascidos (RNs).
Resposta no final do artigo
19. De quais fatores é dependente o tempo de execução do ciclo ativo da respiração?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
20. A técnica que modifica a reologia do muco brônquico por meio de um choque mecânico 
ocasionado pela tetanização dos músculos do antebraço do fisioterapeuta recebe 
qual nome?
A) Vibratoterapia.
B) Tapotagem.
C) ELTGOL.
D) Drenagem autógena.
Resposta no final do artigo
21. Quanto à tapotagem, um ritmo que parece ser o mais eficiente para produzir um 
efeito vibratório capaz de afrouxar o muco da parede brônquica por interferência no 
tixotropismo do muco é de:
A) 200 a 220 percussões por minuto.
B) 220 a 240 percussões por minuto.
C) 240 a 260 percussões por minuto.
D) 260 a 280 percussões por minuto.
Resposta no final do artigo
22. Em quais pacientes a tapotagem deve ser evitada?
 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
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 ■ CASO CLÍNICO 
Paciente B. T. J., 72 anos de idade, chega para atendimento ambulatorial na clínica de 
fisioterapia com diagnóstico de DPOC. Na avaliação inicial, apresenta:
 ■ ausculta pulmonar: murmúrio vesicular diminuído com roncos em bases anteriores 
e posteriores (indicativo de hipersecreção);
 ■ frequência cardíaca: 76bpm;
 ■ saturação de pulso de oxigênio: 90%; 
 ■ frequência respiratória: 24;
 ■ fraqueza muscular generalizada;
 ■ tosse ineficaz;
 ■ dispneia.
ATIVIDADE
23. Sendo você o fisioterapeuta responsável, qual seria a melhor conduta a escolher 
para o paciente do caso clínico?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
 ■ CONCLUSÃO
A terapia de remoção de secreção brônquica exige indicações individuais e específicas de acordo 
com as condições clínicas do paciente, com o nível de consciência, com as doenças de base ou 
associadas com a experiência do fisioterapeuta e com os recursos disponíveis. 
No entanto, com base nos dados encontrados na literatura, ainda não é possível estabelecer um 
protocolo específico. Os estudos nessa temática, apesar de demonstrarem crescimento importante 
nos últimos anos, ainda apresentam falhas na metodologia, principalmente pela dificuldade de 
inclusão de grupos controle. 
Além disso, as pesquisas ainda não são capazes de afirmar efetividade de técnicas e suas 
variáveis de execução adequadas, como tempo de duração e séries. É importante ressaltar que 
a escolha da técnica de “higiene brônquica” deve visar à aderência do paciente, ao impacto nos 
sinais clínicos, à dispneia e à melhora da qualidade de vida.
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 ■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: C
Comentário: Os mecanismos fisiológicos que favorecem a eliminação de secreção compreendem 
o transporte mucociliar, que, com auxilio e com direcionamento do fluxo aéreo, transporta a 
secreção para ser eliminada pela tosse ou pela deglutição.
Atividade 5
Resposta: C
Atividade 7
Resposta: B
Atividade 13
Resposta: A
Comentário: Esse dispositivo de oscilação mostra-se uma alternativa cada vez mais utilizada para 
o tratamento tradicional na fisioterapia respiratória, pois é bem aceito pelos pacientes e permite o 
uso não supervisionado, com bons resultados.
Atividade 14
Resposta: D
Atividade 16
Resposta: C
Comentário: O prolongamento do tempo expiratório também potencializa o mecanismo de trans-
porte, além de promover hiperventilação regional.
Atividade 17
Resposta: B
Comentário: A segunda fase da DA é realizada com respirações a volume corrente, coletando 
muco das vias aéreas mediais e, por fim, as respirações com volumes pulmonares mais altos, com 
o objetivo de “eliminar” ou “expelir” secreções de vias aéreas centrais.
Atividade 18
Resposta: A
Comentário: Os dispositivos de OAF não são utilizados durante a execução do ciclo ativo da 
respiração, e a técnica ELTGOL não visa à reexpansão pulmonar, e sim à remoção de secreção 
das vias aéreas. Com relação à TEF, é necessária a colaboração do paciente para sua realização, 
sendo inviável sua realização com RNs. 
Atividade 20
Resposta: A
Comentário: A vibratoterapia pode ser realizada manualmente, pela tetanização dos músculos 
agonistas e antagonistas do antebraço, ou mecanicamente, com a utilização de aparelhos elétricos 
que produzem vibração na parede torácica do paciente.
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Atividade 21
Resposta: C
Atividade 23
Resposta: Por ser um paciente idoso, com fraqueza muscular generalizada e dispneia, o mais 
adequado seria utilizar técnicas passivas ou assistidas. O mais indicado seria a inaloterapia 
associada à vibratoterapia manual, para hidratar e fluidificar o muco, respectivamente. Em seguida, 
para favorecer a mobilização da secreção para a orofaringe, poderia ser utilizada a técnica do 
AFE, para, posteriormente, essa secreção ser eliminada. 
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