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Introdução neurofisiologia

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Introdução a neurofisiologia 
Enumeração que estava no quadro: sistema nervoso central, periférico e autônomo. 
Sistema nervoso autônomo esta contido dentro do sistema nervoso central no sentido 
anatômico. 
Sistema nervoso autônomo é muito importante para manutenção da vida, para a manutenção da 
homeostase, há tempos era chamado de vegetativo. 
Diencéfalo esta acima do tronco cerebral e é constituído pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e 
subtálamo. 
Sistema nervosos autônomo esta diretamente ligado a homeostase, a vida. 
O que é sistema nervoso periférico? Raizes nervosas, pares cranianos, junção neuromuscular, 
músculos. 
Miopatias muitas vezes são referenciadas ao neurologista. 
Sistema nervoso central: 
Existem doenças que afetam todos esses elemento listados.
Doenças que afetam determinadas áreas: 
- Exemplo de doença que afeta córtex: alzheimer
- Afeta substancia branca/vias de projeção e associação: AVC isquêmico que afeta por exemplo 
a capsula interna, o que é mais comum. 
- Afeta substancias cinzenta subcortical/núcleos da base: parkinson/Huntington.
- Afeta cerebelo: intoxicação alcoólica/ataxias cerebelares (incoordenação, movimentos 
desorganizados) 
- Afeta sistema ventricular: hidrocefalia que pode afetar a criança, adulto… pode ser adquirida 
- Afeta meninges: meningites (virais, bacterianas, fúngicas) 
- Afeta pares cranianos: doença de Devic - Neuromielite óptica - afeta nervo óptico e medula 
espinhal. É uma síndrome que pode acontecer na esclerose múltipla. Guillain-Barré também 
afeta pares cranianos
- Afeta medula espinhal: esclerose multipa
- Afeta raizes nervosas (raiz que sai no buraco de conjugação entre 2 vértebras): lesão 
traumática do plexo braquial 
- Afeta nervos periféricos: neuropatia diabetica, alcoolismo, hanseníase
- Afeta junção neuromuscular: miastenia graves
- Afeta músculo: miopatias de uma forma geral (adquiridas ou hereditárias). Adquiridas como por 
exemplo com altas doses de tratamento de corticoesteróides que causa miopatia. 
No sistema nervoso autônomo existe um grupo de doenças chamadas disautonomias. Um grupo 
vasto de doenças. Essas doenças podem estar presentes em varias doenças neurológicas como 
por exemplo a doença de parkinson (??? Alguém tossiu 12:11).
Quais são os defeitos na vascularização do sistema nervoso (AVC)? Pode ser um evento 
trombótico, embólicos ou hemorrágicos. 
A forma mais segura de se estudas as doenças desse sistema é estudando anatomia. Ao 
contrario da cardiologia onde a mesma se resume ao coração, coronárias e artérias. Neurologia é 
muito mais vasto, porque a doença pode estar em qualquer lugar do corpo. A parte difícil é que 
as manifestações clinicas são semelhantes. 
*Hidrocefalia no idoso se chama hidrocefalia de pressão normal: síndrome de Hacking 
Adams. ??????? Produz um quadro inicial que eventualmente se confunde com o quadro de 
alzheimer, porem são doenças distintas quanto a sua fisiopatologia e tratamento. 
Fisiologia IV - Gabriella Grabikoski 
Aula 4
Baseado nesse conhecimento anatômico e no exemplo de algumas doenças que acometem 
determinadas áreas, a gente vai evoluir pro raciocínio medico/diagnostico neurológico. E como 
ele funciona? Ele percorre 3 etapas: 
1. Diagnostico sindrômico: tenta reunir tudo que você esta vendo. Exemplo.: síndrome 
meníngea.* 
2. Diagnostico topográfico 
3. Diagnostico etiológico 
Discussão: Ambos os casos apresentam semelhanças, mas qual é a etiologia desses 2 casos, 
ou seja, a causa deles? Se fossemos apostar diríamos que o caso 1 apresenta uma etiologia 
infecciosa por apresentar febre, podendo ser uma meningite bacteriana. No segundo caso não 
tem febre e parece ser mais dramático. O que pode fazer uma pessoa ficar em coma??? A 
paciente 2 começa com síndrome meningea mais evoluiu para o coma. Lesão da meninge dá 
coma?? Precisamos nos lembrar do que nos mantém acordados, e não são as meninges que 
fazem isso. Se a paciente está em coma, algo que mantém o estado de vigília foi afetado. 
Relembrar neuroanatomia -> quais são as estruturas do sistema nervoso que mantém o estado 
de alerta/consciência.
Então você se depara com uma síndrome meníngea que complicou de alguma forma e afetou as 
estruturas que mantém a consciência. 
Resgate neuroanatômico: quais as estruturas do SNC que mantém o estado de vigília??? 
- Sistema reticular ativador ascendente. A formação reticular ativadora ascendente é um grupo 
de neurônios que tá no tronco encefálico, basicamente ponto e mesencéfalo. Esse núcleo se 
projeta para o córtex. Esse grupo de neurônios do sistema reticular ativador ascendente estão 
dispersos na substancia cinzenta da ponte e do mesencéfalo e também se ligam com núcleos 
intralaminares do tálamo que por sua vez se projetam para o córtex cerebral. Se esses 
neurônios desse sistema são ativados -> vigília!
Quando ocorre alguma destruição nessa via, seja no tronco, tálamo, córtex ou região subcortical 
o indivíduo entra em coma. Então considerando o tamanho do tronco, tálamo e da substancia 
branca e do córtex, onde é necessário apenas uma pequena lesão para abolir a consciência? No 
tronco! Então se você for comparar tamanho, uma mesma lesão (área isquêmica por exemplo) na 
ponte faria um grande estrago, indivíduo entraria em coma; porem se houvesse uma lesão do 
mesmo tamanho na substancia branca poderia não acontecer nada. 
Então o indivíduo entra em coma se tiver lesão nessas estruturas: ponte, mesencéfalo, 
diencéfalo, hipotálamo, principalmente tálamo e substancia branca e córtex. 
E para que o indivíduo fique em coma por uma lesão na substancia branca, tem que ser uma 
lesão enorme, que aumente muito a PIC. 
Então precisamos pensar que a paciente 2, além de ter tido algum insulto que produziu dor, teve 
também lesão das estruturas que mantém a consciência. 
* Caso 1: Paciente, 4 anos de idade, sexo feminino, começa apresentar cefaleia na região occipital 
associada a febre (38,5), náusea, vômito (2 episódios) e alteração do estado mental que começou 
com irritabilidade e evolui para sonolência, com 12 horas de evolução do quadro. Não apresenta 
alteração da força muscular. 
Discussão: cefaleia não é uma queixa comum em crianças. Cefaleia de instalação aguda 
acompanhada por vomito e febre. Quando você examina a paciente e ela relata dor e tem rigidez a 
flexão da nuca e outros sinais do exame fisico que indicam sofrimento meníngeo, você estabelece 
aqui o diagnostico de uma “síndrome meníngea”.
* Caso 2: Paciente, 18 anos, estudante de medicina, sexo feminino, cefaleia occipital de forte 
intensidade de instalação súbita. 2 horas depois ela chega no hospital apresentando semelhança 
com a paciente anterior com rigidez na nuca e evolui cerca de 6 horas depois a torpor, coma, 
insuficiência respiratória aguda -> IOT. 
Discussão: o que o caso 2 e o caso 1 tem em comum? Rigidez na nuca e cefaleia de rápida 
instalação indicando irritação meníngea. Ambos são casos de síndrome meníngea. 
Essa segunda paciente não apresentava febre, e teve uma dor mais intensa com comprometimento 
do nível de consciência muito mais severo a nível dela ser intubada e ficar no respirador mecânico. 
Relembrando porque a Camily disse que não entendeu nada kkkk: secção na ponte que 
evidencia os núcleos pontinos. Nesses núcleos tem neurônios difusos espalhados. Os corpos 
celulares estão aqui e eles se ligam a outros neurônios presentes no tálamo, que por sua vez 
sobem pela substancia branca e vão pro córtex. A influência dessa via é excitatória que 
estimulam o córtex cerebral e mantém o indivíduo acordado/em alerta/vigília.
Experimentos com animais que estavam dormindo. Colocavam eletrodos na ponte e estimulavam 
a formação reticular ativadora ascendente e o animal acordava. Então isso significa que essa 
estrutura tá envolvida com a reação do despertar. 
Então a formação reticular ativadora ascendente é tudo isso: começa no tronco (na parte da 
ponte), engloba o tálamo e termina la no córtex. 
Pro indivíduo tercoma ele necessariamente tem que ter alguma lesão nessas regiões. É 
importante entender que no caso 2 a paciente começou com uma síndrome meníngea e que 
alguma coisa evoluiu para danos no SNC e aboliu a consciência. 
Caracterização da síndrome meníngea: cefaleia intensa acompanhada dos sinais clínicos de 
acometimento meningeo que são rigidez de nuca, sinal de kernig brudzinski. O acometimento 
meningeo é qualquer coisa que acometa a meninge e produza uma reação inflamatória ali que é 
capaz de sensibilizar os receptores de dor ali presentes.
A meningite por exemplo produz uma infecção na meninge que produz dor. Sangue que 
extravasa e entra em contato com a meninge, gera ali uma reação inflamatória e também produz 
dor. 
O ponto que faz o indivíduo ter dor é sempre alguma coisa inflamatória, no caso da paciente 2 
pode ser algo infeccioso (em relação ao patógeno) ou não. Isso porque nem toda inflamação é 
oriunda de infecção por patógenos. Pode ser uma reação inflamatória decorrente de alguma 
coisa química que tá chegando ali na meninge, por exemplo o sangue. 
O caso 2 é um caso de hemorragia subaracnoidea (HSA) por rompimento de uma má formação 
arterio-venosa (MAV) que é uma artéria drenando pra uma veia, sem passar pela arteríola. Um 
defeito, uma má formação dessa circulação fez com que a artéria drenasse direto na veia. E em 
um determinado momento da vida essa MAV pode romper. Onde estava essa veia? Na região da 
fossa posterior, entre ponte e cerebelo. Então o sangue extravasou, inundou as meninges, 
encheu a fossa posterior, entrou pra dentro do tronco, afetou a ponte e o paciente entrou em 
coma. Então isso explica a instalação súbita com dor de cabeça que evoluiu pra coma. A MAV no 
tronco e nas proximidades da ponte, é o diagnostico etiológico (causa) do caso 2. 
Na primeira paciente, a meningite bacteriana identificada pela punção do liquor é o diagnostico 
etiológico. 
E como a gente chega a conclusão de que é uma síndrome meningea? Conjunto de sinais e 
sintomas! 
Por isso que é impossível abordar isso sem falar do exame fisico do paciente. 
Então esta claro que o caso 1 é uma síndrome meningea de etiologia infecciosa? Sim…
Então em ambos os casos (1 e 2) o diagnostico sindromico é “sindrome meninges”. 
O diagnostico topográfico é onde se localiza a lesão no SNC… 
Portanto…
Caso 1 
* Diagnóstico sindrômico: síndrome meníngea 
* Diagnostico etiológico: meningite bacteriana 
Caso 2 
* Diagnóstico sindrômico: síndrome meníngea 
* Diagnostico etiológico: MAV 
Outro caso… caso real 
Discussão: essa síndrome é relacionada ao córtex cerebral? Síndrome meníngea? Síndrome da 
medula espinhal?
Isso é um quadro do ponto de vista de síndrome que chamamos de paralisia areflexa aguda 
(paralisia flácida aguda) - diagnostico sindrômico. 
**Paciente com AVC: na fase aguda fica flácido - braço … e perna…. Na fase crônica o braço e 
perna estão hipertônicos -> marcha típica do AVC. 
Em relação a paralisia areflexa aguda… se for de um lado só pode ser AVC, mas nesse caso não 
é de um lado só; tem acometimento de ambos MMSS e MMII e com dores em sequencia. Então 
isso já exclui uma lesão da capsula interna por exemplo, porque ele tem um acometimento 
sistêmico. Poderia ser na medula? Sim… mas ai eu pergunto a vocês: fazendo secção da 
medula….
H medular: aqui estão os tendões (??) e aqui as fibras na medula. Aqui tem neurônio e aqui tem 
fibra. Quais são os neurônios que existem na medula espinhal, a termo de função? Neurônios 
motores, sensitivos e autonômicos. Se houver secção completa da medula o indivíduo perde 
movimento, sensibilidade e a capacidade de segurar esfíncteres. No entanto esse paciente não 
apresenta alteração da sensibilidade nem alteração autonômica. Então isso já deixaria em duvida 
a possibilidade de ser uma síndrome medular, porque só tem alteração motora. 
Discussão: O que passa perto do úmero alem de artéria e veia? Nervos… ele teve lesão desse 
nervo periférico, que gerou perda do movimento daquele braço. 
—> Síndrome Guillain-Barré (diagnóstico etiológico) -: síndrome que afeta raizes nervosas. É uma 
polirradiculoneuropatia inflamatória que afeta raizes nervosas produzindo desmielinização dos 
neurônios. Então o predomínio é motor embora possa haver alguma alteração sensitiva. É uma 
doença sistêmica, que afeta as raizes nervosas de forma ascendente, o que explica a piora 
primeiro nos membros inferiores, depois nos membros superiores e depois a musculatura 
respiratória (em decorrência do acometimento das raizes do nervo frênico - diafragma). 
Pode haver acometimento cardiovascular porem é bem mais raro. 
Pode ter alteração sensitiva na fase pós critica - depois da crise, mas não é o mais frequente. 
15 dias antes o paciente do caso 3 teve uma infecção intestinal. Parece que existe alguma tipo 
de reação cruzada entre esse tipo de infecção e essa alteração imune que afeta as raizes 
nervosas. Então isso é uma polirradiculoneuropatia, ou seja, uma doença de varias raizes 
nervosas; e aquilo (caso 4) é uma “doença” que acometeu apenas 1 nervo periférico.
Ambos produziram fraqueza, só que no caso 4 foi uma fraqueza localizada no braço e no caso 3 
uma fraqueza sistêmica (4 membros), mais difusa, mas que exclui uma síndrome medular. 
Isso poderia ter sido uma paralisia infantil por exemplo… poliomielite anterior acuta. 
Então nós vimos: um caso de acometimento difuso de várias raizes nervosas, acometimento 
motor… 2 casos de síndrome meningea com etiologias diferentes - um com sangue e outro com 
infecção; 1 caso de lesão traumática de nervo periférico. 
	
* Caso 3: Paciente, homem, 26 anos, fraqueza de MMII, 24 horas de evolução, sem dor, sem 
alterações sensitivas. Chegou ao hospital 24 horas depois do inicio dos sintomas 
apresentando fraqueza nos MMSS. 48 horas depois começou a ter dificuldades para respirar 
e mais ou menos 50 horas depois de internado ele estava em IOT. Em nenhum momento ele 
teve alteração da consciência, exceto nos minutos que antecederam a extrema dispneia 
caracterizando insuficiência respiratória aguda. 
Ao exame físico: redução da força, areflexia (todos os reflexos tendinoso abolidos nos MMII e 
posteriormente em MMSS). Sem alteração sensitiva. 
* Caso 4: paciente, 38 anos, sexo masculino, vigilante. Teve queda, fratura do úmero esquerdo, 
dor e monoplegia braquial esquerda.

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