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Instituição De Ensino superior Carlos Renato de lima coelho 201903471567 Joyce Tavares Dos Santos De Jesus 20170314567 Lidiane Felipe Barbosa De souza201903401471 Maria Natalina De Faria Marcelino 201602493189 Vinicius Rios Nascimento 201102249114 Insuficiência Cardíaca Congestiva Rio de janeiro 2020 Introdução A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do coração em bombear sangue para os tecidos de maneira eficaz ou quando esse processo de bombeamento ocorre mediante as elevadas pressões de enchimento. A maior parte dos quadros de insuficiência cardíaca provém de disfunção sistólica – função contrátil inadequada do miocárdio, caracterizando-se como resultado da cardiopatia isquêmica ou da hipertensão. De outro modo, a ICC também pode advir de disfunção diastólica – incapacidade do coração de relaxar e se encher de modo apropriado, como acontece na hipertrofia maciça do VE, na fibrose do miocárdio, na deposição de amilóide e na pericardite constritiva. Apesar de ser considerada uma doença clínica complexa, alguns fatores etiológicos são fundamentais para cooperar com o aumento do número de casos de ICC, são eles doenças isquêmicas, hipertensivas, valvares, cardiomiopatias, entre outras. Sabendose disso, vale ressaltar que a população brasileira mais acometida por esta patologia são os idosos, pois os mesmos em sua grande maioria possuem comorbidades como hipertensão e diabetes mellitus ambos não tratados ou tratados inadequadamente, favorecendo assim o surgimento desta doença. Faz-se necessário a implementação de novas pesquisas que visem identificar os dados epidemiológicos da ICC, com a finalidade de desenvolver estratégias que ajudem a diminuir/controlar a progressão desta patologia, uma vez que é considerada um grave problema de saúde pública a nível mundial. Fisiopatologia Com a falência inotrópica do músculo cardíaco, o coração precisará de uma quantidade de volume maior para a estiragem da câmara, já que a finalidade é garantir a manutenção do débito cardíaco necessário. Além disso, ocorrerá a elevação da frequência cardíaca como tentativa compensatória, visando à melhoria da oxigenação tecidual. Quando ocorre essa insuficiência os tecidos não são perfundidos de maneira adequada, gerando disfunções metabólicas, uma principal alteração se encontra na filtração renal que devido à diminuição de sangue nos tecidos, acaba-se retendo líquidos, eletrólitos e impurezas, consequentemente, haverá edemaciação pelo extravasamento do intra para o meio extravascular. Tipos de ICC: 1. ICC Esquerda Retrógrada: é caracterizada pela incapacidade do Ventrículo Esquerdo (VE) em realizar o bombeamento de maneira adequada, levando à congestão no Átrio Esquerdo (AE) e na chamada circulação pulmonar, podendo gerar nos casos mais graves o famoso Edema Agudo de Pulmão (EAP). Sintomatologia da ICC Esquerda Retrógrada: • Dispnéia; • Ortopnéia; • Dispnéia paroxística noturna; • Estertores bibasais; • B3 (galope ventricular); • Respiração superficial; • Fadiga; • Insônia; • Taquicardia; • Inquietação. 2. ICC Esquerdo Anterógrada: 3. 4. É identificado quando ocorre a redução do Débito Cardíaco (DC) proveniente da falência do VE que resultará na baixa da perfusão nos órgãos, podendo acarretar nos indivíduos portadores desta patologia o denominado choque cardiogênico. Sintomatologia ICC Esquerdo Anterógrada: • Redução do DC; • Taquisfigmia; • Pele fria e pálida; • Hipotensão; • Oligúria; • Nictúria; • Digestão alterada; • Vertigem; • Tonteira; • Confusão mental; • Intolerância às atividades. 3. ICC Direita Retrógrada; É classificada como a incapacidade do VD para desempenhar o bombeamento de sangue eficaz para a circulação sistêmica causando a congestão da mesma. Sintomatologia: • Edema MMII; • Distensão da veia jugular; • Anorexia; • Náuseas; • Vômitos; • Hepatomegalia; • Ascite; • Fraqueza; • Ganho de peso. OBS: Vale ressaltar que existem alguns tipos de patologias que requerem um desempenho elevado do miocárdio, tais como: HAS e estenose de válvula aórtica, essas doenças acima citadas a médio e longo prazo podem gerar a ICC esquerda. Já as patologias decorrentes de alterações pulmonares podem elevar as chances desses clientes de serem acometidos pela ICC direita, como exemplo pode - se citar o enfisema pulmonar. OBS²: Uma das características da ICC esta relacionada à forma como ela se desenvolve, ela pode ser encontrada na fase aguda, mas, na maioria dos casos, ela passa por um processo de desenvolvimento gradual pode-se perdurar por anos. Os indivíduos portadores dessa doença, na fase crônica, acabam criando um mecanismo de adaptação do músculo cardíaco o que justifica o aumento de sobre vida dos mesmos frente a esta patologia. Manifestações Clínicas O paciente com ICC normalmente não apresenta sinais e sintomas durante anos, devido aos fatores adaptativos. Contudo, quando eles surgem, normalmente vem associados a alguma síndrome congestiva, como: • Síndrome congestiva pulmonar; • Edema agudo de pulmão; • Síndrome congestiva sistêmica; • Síndrome de baixo débito; • Caquexia cardíaca; • Choque cardiogênico. Além dessas associações, a American Heart Association juntamente com a American College of Cardiology desenvolveram uma classificação de acordo com alguns critérios que o paciente apresente que são elas: Classificação Critérios Estágio A Cliente com alto risco para desenvolver disfunção ventricular esquerda, contudo sem doença estrutural, nem sintomas insuficiência cardíaca; Estágio B Cliente com disfunção ventricular esquerda ou doença cardíaca estrutural que não desenvolveram sintomas de insuficiência cardíaca; Estágio C Cliente com disfunção ventricular esquerda ou doença cardíaca estrutural com sintomas atuais ou prévios de insuficiência cardíaca; Estágio D Cliente com insuficiência cardíaca de estágio terminal refratária, exigindo intervenções especializadas. Contudo, não existe somente essa classificação da ICC. A New York Heart Association (NYHA) também apresenta a sua própria classificação: I - A atividade física normal não provoca fadiga indevida, dispnéia, palpitações nem dor torácica; - Cliente não apresenta congestão pulmonar ou hipotensão periférica; - É considerado assintomático; - Em geral, nenhuma limitação nas AVD. II - Pouca limitação nas AVD; - O cliente não informa sintomas em repouso, mas a atividade física aumentada provoca sintomas; - Podem ser identificados estertores basilares e sopro de B³; III - Muita limitação nas AVD; - O paciente sente-se confortável em repouso, mas a atividade abaixo do comum provoca sinais e sintomas; IV - Sintomas de insuficiência cardíaca com o cliente inerte. Fatores de Risco • Idade; • Sexo; • Sedentarismo; • Aumento da circunferência abdominal; • Tabagismo; • DPOC; • HAS; • Uso de betabloqueadores; • Uso de IECA; • DM; • Obesidade; • Hipercolesterolemia; • Dieta pobre em frutas e vegetais; Diagnóstico Para realizar a confirmação do diagnóstico de ICC é primordial que o profissional da saúde realize a anamnese e o exame físico de forma minuciosa, visto que os achados serão determinantes nessa etapa. Embora os achados clínicos sejam decisivos para o diagnóstico, em alguns casos podem ser solicitados avaliações e exames de forma complementar como a radiografiade tórax, eletrocardiograma, holter, estudo eletrofisiológico, teste da caminhada dos 6 minutos, teste ergo-espirométrico, cardiologia nuclear, estudo hemodinâmico, biópsia endomiocárdica. Tratamento não farmacológico São classificados como medidas não farmacológicas quaisquer mudanças que possam ser realizadas a nível funcional e estilo de vida, como: • Identificar o processo etiológico da doença; • Eliminar/corrigir agravos de saúde; • Mudança alimentar; • Diminuir/eliminar o consumo do álcool; • Realizar atividade física, sexual e laboral; • Imunização. Obs: É de extrema importância salientar que para obter um tratamento eficaz desta patologia, devem-se tratar as doenças de base. As principais comorbidades que influenciam o tratamento da ICC são divididas em duas classes: cardíacas e não cardíacas. • Cardíacas: HAS, doença arterial coronariana e fibrilação atrial; • Não cardíacas: DM, anemia e deficiência de ferro, insuficiência renal crônica, DPOC, caquexia, obesidade e depressão. •Tratamento Farmacológico do ICC Os fármacos utilizados para o tratamento da ICC podem ser divididos por classes, que são eles: 1) Digitálicos ou cardioglicosídeos(Glicosídeos)-Neste grupo estão incluso a digoxina e a digitoxina. A Digoxina é classificada como uma das drogas mais antigas utilizadas com a finalidade de tratar a ICC, ela vai atuar aumentando o trabalho Cardíaco e em contrapartida ela irá auxiliar no processo de redução da frequência cardíaca, quando esses indivíduos encontram-se com taquicardia. O seu uso trás mais benefícios aos indivíduos portadores da ICC sistólica, quando comparamos a digoxina com os demais fármacos podemos observar que a mesma não coopera com aumento da sobrevida desses indivíduos. Tanto a Digoxina como a Digitoxina, vão atuar inibindo a bomba de sódio, que estão presentes na parte das membranas dos miócitos cardíacos. Esses medicamentos acima citados disputam com K pelos sítios encontrados na bomba de Na K -ATPase, gerando um aumento no número de íons presentes no meio intracelular. Essas drogas podem ser encontradas de forma natural em algumas plantas do gênero Digitalis. É importante pontuar que a digoxina pode causar o aumento do tônus do chamado Nervo vago. A digoxina possui uma biodisponibilidade em torno de 80%, já a sua vida plasmática dura em média 40h, seu volume de distribuição é de aproximadamente 5,6 L/ kg, o processo relacionado a ligação dessas proteínas plasmáticas é de 20% e o seu metabolismo de excreção/eliminação renal gira em torno de 80%. Já a digitoxina possui uma absorção oral em torno de 90%, sua meia vida plasmática em média 7,5 dias, seu volume de distribuição 0,5 L/kg,seu processo de ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 90% e o seu metabolismo de eliminação hepática é em média 80%. 2) Não Digitálicos- Nesta categoria eles são divididos em Agonista beta 1, que é responsável por estimular os receptores Beta-1 adrenérgicos, como exemplo podemos citar a Dobutamina e a Dopamina,já os Inibidores da fosfodiesterase, eles atuam impossibilitando o processo de degradação da AMPc, consequentemente gera potencialização das ações da AMPc e eleva o potencial de contratilidade, a Milrinona é um bom exemplo deste tipo de fármaco. 3) Diuréticos- Esses medicamentos são indicados nos casos em que os pacientes acometidos pela ICC não consigam diminuir o índice de retenção de líquidos, mediante a mudança alimentar ou seja a partir do consumo de uma dieta hipossódica. Esses medicamentos são subdivididos em: - De Alça: Furosemida e Bumetamida, são administrados geralmente por via oral e faz-se necessário o uso prologando dos mesmos, afim de garantir a eficácia do tratamento. Vale ressaltar que em situação de emergência pode ser solicitado a administração dessas drogas por via intravenosa, os cliente que necessitam dessa intervenção de emergência são classificados com pacientes portadores da ICC moderada ou grave. Esses fármacos já citados são classificados como os diuréticos mais potentes e pode atuar sobre os rins afetados negativamente.Eles desempenham um importante papel ao atuarem sobre a alça de henle, mas especificamente em sua região ascendente e desempenha um importante papel de trocador Na+/K+/2Cl-. - Tiazídicos: A Hidroclorotiazida é um exemplo que podemos citar, seu efeito quando se comparado aos diuréticos de alça é considerado leve, ela vai atuar no mecanismo de diminuição da pressão arterial, inibindo com isso o metabolismo de reabsorção de Na++, na região distal do túbulo contorcido. Paciente com HAS também podem fazer uso dessa droga, quando prescrita por um Profissional de Saúde habilitado. É de extrema importância abordar que os diuréticos tendem a ocasionar a perda de potássio através da excreção da diurese. - Poupadores de K+: O uso da Espironolactona é indicado com a finalidade de corrigir os níveis de K, seu uso é contraindicado em clientes portadores de ICC com comprimento renal, uma vez que a ingestão dos mesmo podem acabar agravando o quase desses indivíduos que já possuem um deficiente no seu sistema renal. Quando a pessoa utiliza esse fármaco de maneira consciente e adequada, isso contribui para o aumento de sua sobrevida. 4) Vasodilatadores: A administração desses medicamentos, tais como: Hidralazina, isossorbida, entre outros, podem ser utilizados quando os clientes com ICC não respondem de forma satisfatória com o medicamentos classificados como Inibidores da ECA e com os Bloqueadores dos receptores da Angiotensina II ou quando possuem uma restrição ao uso desses fármacos já citados. É essencial abordar que os fármacos denominados como ECA e os Bloqueadores dos receptores da Angiotensina II podem ser associados com os vasos dilatadores,com o objetivo de proporcionar uma melhora na qualidade de vida desses pacientes que possuem à sintomatologia em um grau avançado. Esses vasodilatadores a base de nitrato possuem ação vasodilatadora, auxilia na redução de sangue na região central, diminui com isso as chances desses indivíduos apresentarem dispneia. 5) Inibidores da ECA: Eles vão atuar diminuindo os níveis hormonais da Angiotensina II na corrente sanguínea, consequentemente ira alterar os níveis de aldosterona, que é responsável por cooperar com o aumento da pressão arterial. O uso dessas drogas, ajudam a reduzir à sintomatologia do ICC e com isso ocorre uma queda nas taxas de hospitalização relacionada à está patologia, além de gerar uma melhora nos índices de sobrevida dos mesmos. O Captopril e o Enalapril, são exemplo de fármacos classificados com Eca, eles vão atuar elevando a atividade parassimpática e reduzindo as taxas de trombogenicidade, evitando que ocorra a o remodelamento inesperado do músculo cardíaco, um efeito colateral esperado desses medicamentos é a tosse. 6) Betabloqueadores: Esses fármacos(vão atuar reduzindo a frequência cardíaca, ajuda manter em equilíbrio a pressão arterial, ajuda a inibir possíveis arritmias, desempenha um importante papel de proteção do miocárdio devido à alta toxicidade decorrente da ativação das atividades parassimpáticas elevadas,entre outras funções. Exemplo dessas drogas são: Caverdilol e Propanolol. 7) Bloqueadores dos receptores da Angiotensina II: A Losartana e a Valsartana são exemplos desses fármacos, possuem um efeito parecido com os Inibidores da ECA, porém o seu uso é indicado quando indivíduos portadores da ICC, apresentam efeitos colaterais como tosse intensa mediante ao uso de inibidores da ECA. 8) Antagonistas de Aldosterona: A atuação desses medicamentos está relacionada ao bloqueio direto dos efeitos provenientes da Aldosterona, coopera para a regulação da retenção de líquido. A administração de forma apropriada facilita a reduzir a taxas de internação hospitalar do portadores da ICC, ocorre também o aumentoda sobrevida dessas pessoas. A Eplerenona é um exemplo desta classe de medicamento. 9) Inibidores dos receptores da neprilisina e da angiotensina: É considerado uma classe recente, utilizada para o tratamento da ICC, tem como característica os efeitos semelhantes ao da ECA e do BRA e possui um importante papel no sistema hormonal que é regulado pelo miocárdio. Eles são compostos pela junção do BRA e pelos inibidores da Neprilisina. Esses fármacos são responsáveis por inibir o processo de degradação dos peptídeos, com isso ocorre a redução da pressão arterial e elevam a excreção/Eliminação de sódio, diminuindo assim o trabalho desenvolvido pelo coração. Eles são considerados mais potentes do que os fármacos da ECA e do BRA, em termos de prologar a vida dos pacientes acometidos pela ICC sistólica. O medicamento Entresto composto por sacubitril/valsartana é um exemplo desta nova classe de medicamento. 1- Assistência de enfermagem ao cliente portador de insuficiência cardíaca congestiva Conhecer condições clínicas, grau de ICC do cliente e seus agravamentos Elaborar SAE Realizar exame físico diário Administrar O2 para reduzir dispneia e fadiga, se necessário Manter via aérea pérvea Monitorizar a frequência de pulso, pressão arterial e saturação de O2 Reduzir esforço Posicionar em Fowler para facilitar a respiração e aliviar a congestão pulmonar Registrar intolerância ao decúbito (ortopnéia) e elevá-lo além de 30º, se necessário Monitorizar frequência respiratória, profundidade e facilidades respiratórias Colher gasometria arterial Observa e monitorar valores na oxímetria de pulso se <90% Manter balaço hídrico rigoroso Observar sinais de oligúria Pesar o cliente sempre que possível Acompanhar níveis séricos de eletrólitos (Ht, HB, Na) Auscultar os ruídos pulmonares ao menos uma vez ao dia Determinar o grau de distensão venosa jugular Identificar e avaliar a gravidade do edema gravitacional Não elevar membros inferiores, na presença de ortopnéia Examinar o turgor cutâneo e as mucosas para sinais de desidratação Avaliar os sinais de sobrecarga hídrica e avaliar as alterações Observar sinais e sintomas de perfusão periférica prejudicada: pele fria, palidez facial, enchimento capilar em tempo maior que 3 segundos Administrar terapêutica prescrita e avaliar a resposta quanto ao alívio de sintomas PIRES, N. L. Assistência a clientes com comprometimento cardiocirculatório. Minas Gerais, UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro, 2016. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Assist%C3%AAncia+a+cliente s+com+comprometimento+cardiocir culat%C3%B3rio.pdf/6da7045c-6133-47c2- 8455-94a405b3ebc7. Acesso em: 15|09|2020. RAUJO, Angela Amorim de; NOBREGA, Maria Miriam Lima da; GARCIA, Telma Ribeiro. Diagnósticos e intervenções de enfermagem para pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva utilizando a CIPE®. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 47, n. 2, p. 385-392, Apr. 2013. Disponível em: . access on 15 Sept. 2020. https://doi.org/10.1590/S0080- 62342013000200016. Acesso em: 15|09|2020. Conclusão Então se baseando em todos os dados e estudos que vimos até agora se houver persistência dos sintomas as razões envolvem a persistência da doença de base (p. ex., hipertensão, isquemia/infarto e doença valvar) apesar do tratamento; tratamento subótimo da insuficiência cardíaca; não adesão aos medicamentos; ingestão excessiva de álcool ou sódio na dieta; e a existência de doenças da tireoide ou anemia não diagnosticadas; além disso, há superposição de arritmia (p. ex., FA com resposta ventricular rápida e taquicardia ventricular intermitente). Fármacos utilizados para tratar outras doenças podem interferir no tratamento da IC. Em geral, não devem ser utilizados AINEs, tiazolidinedionas (p. ex., pioglitazona) para diabetes e bloqueadores dos canais de cálcio, di- hidropiridínicos ou não dihidropiridínicos, de curta ação, pois podem piorar a insuficiência cardíaca e devem ser evitados, a menos que não haja alternativas; pacientes que precisem tomar esses fármacos devem ser acompanhados atentamente. Com os resultados desse estudo foi possível concluir que os aspectos físicos e emocionais constituíram dimensões de maior impacto nas vidas de portadores de IC . Esse estudo pode contribuir para a melhora da assistência de enfermagem prestada a portadores de insuficiência cardíaca na medida em que ressalta as limitações vivenciadas por esses indivíduos, bem como o impacto dessas limitações em seu padrão de vida normal. Tendo em vista a importância das ações de enfermagem para o aumento da QV de pacientes portadores de IC faz se necessária a realização de mais estudos relacionados a essa área, tendo finalidade de identificar a QV comprometida nesses pacientes e, consequentemente, contribuir para o aumento da qualidade de assistência de enfermagem prestada.
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